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CÁLCULO NUMÉRICO. Profa. Dra. Yara de Souza Tadano

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(1)
(2)
(3)
(4)

MOTIVAÇÃO

¨  A seguinte tabela relaciona densidade da água e temperatura:

¨  Suponha que se queira calcular:

¤  A densidade da água à 32,5oC;

¤  A temperatura para a qual a densidade é 993,3 kg/m3.

Temperatura (oC) 20 25 30 35 40

(5)

MOTIVAÇÃO

¨  A seguinte tabela fornece os resultados do censo no Brasil,

em milhões de pessoas, entre 1960 e 2010.

¨  Poderíamos nos perguntar:

¤  Esses dados podem ser utilizados para fornecer uma estimativa

razoável da população, digamos em 1983?

Ano 1960 1970 1980 1991 2000 2010

População

(6)

Quando aplicar

¨  A interpolação nos ajuda a resolver estes tipos de problemas.

¨ 

¤  Quando são somente conhecidos os valores numéricos da função

para um conjunto de pontos, e é necessário calcular o valor de um ponto não tabelado.

¤  Quando a expressão da função é complicada demais para ser

(7)

INTERPOLAÇÃO

POLINOMIAL

(8)

¨  Uma das classes mais conhecidas e úteis de funções que

levam o conjunto de números reais em si mesmo é a classe

dos :

P

n

( )

x

= a

0

+ a

1

x + a

2

x

2

+

!+ a

n

x

n

=

a

i

x

i i=0 n

,

a

i

∈ R, ∀i

n ∈ Ζ

+

%

&

'

('

(9)

PORQUE POLINÔMIOS???

¨  Os polinômios são importantes, pois aproximam as funções

contínuas uniformemente.

¨  Dada qualquer função definida e contínua em um intervalo

fechado, existe um polinômio que está tão próximo da função dada quanto quisermos.

(10)
(11)

PORQUE POLINÔMIOS???

¨  Suponha f definida e contínua em [a, b]. Para cada ε > 0,

existe um polinômio P (x), tal que:

(12)

PORQUE POLINÔMIOS????

¨  Outra razão para considerar a classe de polinômios na

aproximação de funções é que derivadas e integrais de

polinômios são também polinômios, têm tratamento

(13)

COMO DETERMINÁ-LOS???

¨  Os polinômios de Taylor são uma opção, mas nem sempre

são satisfatórios (podem divergir).

¨  Eles têm uma boa aproximação para pontos específicos.

¨  Um bom polinômio interpolador precisa fornecer uma

(14)

Polinômios e Série

de Taylor

(15)

Teorema de Taylor

¨  Suponha que , que exista em [a, b] e

que . Para todo , existe um número entre x0 e x, tal que , onde:

f ∈ C

n

[

a, b

]

f

(n+1)

x

0

∈ [a, b]

x ∈ [a, b]

ξ

( )

x

f x

( )

= P

n

( )

x

+ R

n

( )

x

P

n

( )

x

= f x

( )

0

+ f ' x

( )

0

(

x − x

0

)

+

f " x

( )

0

2!

(

x − x

0

)

2

+!+

f

n ( )

x

0

( )

n!

(

x − x

0

)

n

(16)

Teorema de Taylor

ou ainda:

¨  Pn(x) é chamado polinômio de Taylor de grau n de f em x0

e

¨  Rn (x) é chamado resto (ou erro de truncamento)

relativo a Pn (x).

P

n

( )

x

=

f

k ( )

x

0

( )

k!

(

x − x

0

)

k k=0 n

R

n

( )

x

=

f

n+1

(

)

ξ

( )

x

(

)

n +1!

(

x − x

0

)

n+1 Erro envolvido na utilização de uma adição truncada ou finita

(17)

¨  ξ é um valor que depende de x, porém não sabemos

determiná-lo explicitamente.

¨  O Teorema de Taylor apenas garante que tal função existe

e que seu valor está entre x e x0 .

¨  PROBLEMA nos métodos numéricos: Determinar uma

limitação realística para o valor de quando está definido em um intervalo específico, tal que a aproximação f (x) ≈ Pn (x) seja razoável.

(18)

Exemplo 1

¨  Use expansões em série de Taylor com x0 = 0 (em série de

Maclaurin) para aproximar:

f (x) = e

x

¨  Começando com a versão mais simples ex = 1, some um

termo de cada vez para estimar e0,5. Depois que cada termo

for adicionado, calcule o erro verdadeiro e o erro relativo percentual aproximado. Observe que o valor verdadeiro é

(19)

Exemplo 1

¨  Adicione termos até que o valor absoluto do erro estimado

aproximado εa esteja dentro do critério de erro

pré-estabelecido εs que garanta três algarismos significativos.

¨  Portanto, adicionaremos termos à série de Taylor até que εa

esteja abaixo de 0,05%.

(20)

Exemplo 1

¨  Usando os polinômios de Taylor centrados em x0 = 0 para

estimar e0,5.

P

0

( )

x

= 1

P

n

( )

x

=

f

k ( )

x

0

( )

k!

(

x − x

0

)

k k=0 n

P

5

( )

x

= 1+ x +

x

2

2

+

x

3

6

+

x

4

24

+

x

5

120

P

1

( )

x

= 1+ x

P

2

( )

x

= 1+ x +

x

2

2

!

(21)

Exemplo 1

¨  1a Tentativa: ¨  2a Tentativa:

P

0

( )

x

= 1

e

x

≈ 1

e

0,5

≈ 1

P

1

( )

x

= 1+ x

e

x

≈ 1+ x

e

0,5

≈ 1, 5

(22)

Exemplo 1

¨  A segunda tentativa apresenta um erro relativo percentual

verdadeiro de:

=

1, 648721−1, 5

1, 658721

×100% = 9, 02%

ε

t

=

x

analítico

− x

aproximado

(23)

Exemplo 1

¨  E apresenta uma estimativa aproximada do erro de:

¨  Como εa > εs, então temos que acrescentar mais um termo à

série.

=

1, 5 −1, 0

1, 5

×100% = 33, 3% > 0, 05%

ε

a

=

x

j

− x

j−1

x

j

⋅100%

(24)

Exemplo 1

¨  3a Tentativa:

P

2

( )

x

= 1+ x +

x

2

2

e

x

≈ 1+ x +

x

2

2

e

0,5

≈ 1, 625

ε

t

= 1, 44%

ε

a

= 7, 69% > 0, 05%

(25)

Exemplo 1

¨  Como εa > εs, então temos que acrescentar termos à série de

Taylor até que Como εa < εs .

¨ 

Termos Resultados

ε

t

(%)

ε

a

(%)

1

1

39,3

2

1,5

9,91

33,3

3

1,625

1,46

7,69

4

1,645833

0,175

1,27

5

1,648438

0,0172

0,158

(26)

Exemplo 1

¨  Portanto, depois que seis termos foram incluídos à série, o

erro aproximado cai abaixo de:

¨  Observe que, em vez de três algarismos significativos, os

resultados são exatos até cinco!

(27)

Exemplo 1

Próximo de x0 = 0 erros pequenos

Quanto mais longe de x0 maior o erro

(28)

Exemplo 2

¨  Considere, agora, o uso dos polinômios de Taylor para

expandir f (x) = 1/x em torno de x0 = 1 e obter uma

aproximação para f (3) = 1/3.

¨  Os polinômios de Taylor são:

Pn

( )

x = f k ( ) 1

( )

k! k=0 n

(

x −1

)

k

(29)

Exemplo 2

¨  Aplicando em x = 3, teremos:

n 0 1 2 3 4 5 6 7

(30)

Exemplo 2

¨  Neste exemplo fica claro que os polinômios de Taylor

podem não fornecer uma boa representação de f.

¨  Isto se deve, essencialmente, ao fato do polinômio de Taylor

ser construído apenas com “informações locais”, isto é, analisando f e suas derivadas em apenas um ponto.

(31)

POLINÔMIOS

INTERPOLADORES

DE LAGRANGE

(32)

Forma de Lagrange

¨  Iremos encontrar polinômios aproximadores que são

determinados, simplesmente, especificando-se certos pontos no plano pelos quais eles devem passar.

¨  Caso mais simples Interpolação

Linear

(33)

Interpolação Linear

¨  Os coeficientes a0 e a1 de P1 (x) devem ser tais que:

e

ou seja, o P1(x) coincide com a

função f nos x0 e x1 (também chamados

malhas de interpolação).

(34)

Interpolação Linear

¨  Definiremos, então: onde:

L

0

( )

x

=

x − x

1

x

0

− x

1

,

L

1

( )

x

=

x − x

0

x

1

− x

0

P

1

( )

x

= L

0

( )

x

f x

( )

0

+ L

1

( )

x

f x

( )

1

(35)

Interpolação Linear

¨  P1 (x) é a única função linear que passa por (x0 , f (x0)) e

(x1 , f (x1)) x x y0 = f (x0) y1 = f (x1) y y = f (x) y = P1(x)

(36)

Interpolação Polinomial de ordem n

¨  Para generalizar o conceito de interpolação linear, vamos

considerar a construção de um polinômio de grau n (maior potência de x é, possivelmente, n) que interpola f nos pontos

x0 , x1 , ..., xn .

¨  Os coeficientes ak de Pn (x) devem ser tais que:

(1)

(37)

¨  Definiremos as funções Li (x) com a seguinte propriedade:

L

i

( )

x

k

=

δ

ik

=

1, se i = k

0, se i ≠ k

"

#

$

%$

,

Delta de

i = 0,1,

!, n

(38)

¨  Caso tais funções existam:

¨  satisfaz, por construção, a eq. (1).

¨  Determinando as funções Li (x), Pn (x) é facilmente obtido.

( )

( ) ( )

=

=

n

k

k

k

n

n

x

L

x

f

x

P

0

,

(39)

¨  Para satisfazer Ln,k (xi) = 0, para cada i ≠ k, é necessário que

o numerador de Ln,k (xi) contenha o termo:

¨  Para satisfazer Ln,k (xk) = 1, para cada i = k, o denominador

de Ln,k (xi) deve ser igual ao numerador calculado em x = xk .

L

n,k

=

(

x − x

0

)

! x − x

(

k−1

)

(

x − x

k+1

)

! x − x

(

n

)

x

k

− x

0

(

)

! x

(

k

− x

k−1

)

(

x

k

− x

k+1

)

! x

(

k

− x

n

)

x − x

0

(40)

N-ésimo polinômio interpolador

¨  Se x0 , x1 , ..., xn são n+1 números distintos e f é uma função

cujos valores são dados nesses números, então existe um

único polinômio P(x) de grau no máximo n com:

(41)

N-ésimo polinômio interpolador

¨  Esse polinômio é dado por:

onde, para cada k = 0, 1, ..., n:

P

n

( )

x

= f x

( )

0

L

n,0

( )

x

+

!+ f x

( )

n

L

n,n

( )

x

=

f x

( )

k

L

n,k

( )

x

k=0 n

L

n,k

( )

x

=

(

x − x

i

)

x

k

− x

i

(

)

i=0 i≠k n

(42)

Qual o erro envolvido???

¨  Agora, vamos apresentar um para o erro envolvido

na aproximação de uma função por um polinômio interpolador.

(43)

¨  Suponha x0 < x1 < ... < xn, (n + 1) pontos distintos em [x0, xn]

e que . Então, para cada x em [x0, xn], existe um número ξ (x) (geralmente desconhecido) em ] x0, xn[, tal que:

onde Pn (x) é o polinômio interpolador de f nos pontos

x , x , ..., x .

f ∈ C

n+1

[

x

0

, x

n

]

R x

( )

= f x

( )

− P

n

( )

x

=

f

n+1 ( )

ξ

( )

x

(

)

n +1

(

)

!

(

x − x

0

)

(

x − x

1

)

! x − x

(

n

)

(44)

¨  Observe que a forma do erro para o polinômio de Lagrange é

bastante semelhante àquela do polinômio de Taylor.

Informações em x0 Polinômio de Taylor de ordem n em torno de x0 Polinômio de Lagrange de ordem n

f

(n+1)

(

ξ

( )

x

)

n +1

(

)

!

(

x − x

0

)

n+1

f

(n+1)

(

ξ

( )

x

)

n +1

(

)

!

(

x − x

0

)

(

x − x

1

)

! x − x

(

n

)

Informações em x0, x1, ..., xn

(45)

¨  A fórmula para o erro tem uso limitado na prática, dado que

serão raras as situações em que conheceremos f (n+1) (x), e o

(46)

¨  Sob as hipóteses do Teorema 2, podemos escrever a seguinte relação: onde:

R

n

( )

x

= f x

( )

− P

n

( )

x

≤ x − x

(

0

)

(

x − x

1

)

! x − x

(

n

)

M

n+1

n +1

(

)

!

M

n+1

= máx

x∈I

f

n+1

(

)

x

( )

(47)

¨  Se além das hipóteses anteriores, os pontos forem

igualmente espaçados, ou seja:

¨  então:

¨  Observe que este majorante do erro independe do ponto x

considerado, .

f x

( )

− P

n

( )

x

<

h

n+1

M

n+1

4 n +1

(

)

x

1

− x

0

= x

2

− x

1

=

! = x

n

− x

n−1

= h

x ∈ x

[

0

, x

n

]

(48)

Exemplo 3

¨  Use os nós x0 = 2, x1 = 2,5, x2 = 4 para determinar o segundo

(49)

Exemplo 3

¨  Lembre-se que nenhum polinômio de Taylor, expandido

em torno de x0 = 1, pôde ser usado para aproximar

(50)

EXERCÍCIO

¨  Determine o polinômio interpolador para os pontos:

¨  A resposta será:

i

x

i

f (x

i

)

0 -1

6

1

0

1

2

1

0

P

2

( )

x

= 2x

2

− 3x +1

(51)

Exemplo 4

¨  Determine o limitante para o erro cometido na aproximação

de f (x) = 1/x por P2 (x) do exemplo 3. Polinômio de Lagrange de ordem 2

f

(2+1)

(

ξ

( )

x

)

2 +1

(

)

!

(

x − x

0

)

(

x − x

1

)

(

x − x

2

)

(52)

¨  Na prática, geralmente, teremos apenas um conjunto de

pontos que representa um problema, portanto não conhecemos f (x).

¨  Qual será o erro cometido devido à uma certa interpolação

polinomial?

(53)

Nem sempre a aproximação baseada

em

é a que se aproxima

(54)

Exemplo 6

¨  A tabela abaixo fornece os valores de uma função em vários

pontos. Compare as aproximações para f (1,5) obtidas pelos diversos polinômios de Lagrange.

x

f (x)

1,0 0,7651977

1,3 0,6200860

1,6 0,4554022

1,9 0,2818186

2,2 0,1103623

(55)

L

n,k

( )

x

=

(

x − x

i

)

x

k

− x

i

(

)

i=0 n

P

n

( )

x

= f x

( )

0

L

n,0

( )

x

+

!+ f x

( )

n

L

n,n

( )

x

=

f x

( )

k

L

n,k

( )

x

k=0 n

Exemplo 6

¨  A função que está sendo aproximada é a função de Bessel de

primeira espécie e ordem zero, cujo valor em 1,5 é conhecido como sendo 0,5118277.

(56)

Exemplo 6

¨  A função que está sendo aproximada é a função de Bessel de

primeira espécie e ordem zero, cujo valor em 1,5 é conhecido como sendo 0,5118277.

Pn (1,5) Valor 0,5102968 0,5112857 0,5124715 0,5118302 0,5118127 0,5118200 P1 P2 ˆ P2 ˆ P3 P3 P4 precisão de 2×10-5

(57)

Exemplo 6

¨  Como coincidem até uma precisão de

2×10-5, espera-se essa ordem de precisão para essas

aproximações.

¨  Espera-se, também, que P4 (1,5) seja a aproximação mais

precisa, pois utiliza mais dados fornecidos.

(58)

Exemplo 6

¨  Comparação das aproximações com o valor exato

f (1,5) = 0,5118277.

P

1

( )

1, 5

− f 1, 5

( )

≈ 1, 53×10

−3

P

2

( )

1, 5

− f 1, 5

( )

≈ 5, 42 ×10

−4

ˆ

P

2

( )

1, 5

− f 1, 5

( )

≈ 6, 44 ×10

−4

P

3

( )

1, 5

− f 1, 5

( )

≈ 2, 50 ×10

−6

ˆ

P

3

( )

1, 5

− f 1, 5

( )

≈ 1, 50 ×10

−5

P

4

( )

1, 5

− f 1, 5

( )

≈ 7, 70 ×10

−6 Embora P3 (1,5) seja a aproximação mais precisa, se não conhecermos o valor real de f (1,5) aceitaríamos P4 (1,5) como a melhor aproximação

Referências

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