IMED
Escola de Saúde – Curso de Psicologia Programa de Pós-Graduação em Psicologia
Dissertação de Mestrado
TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO (TIC): ESTAR FORA DA FAMÍLIA, ESTANDO DENTRO DE CASA
Cristian Fátima Piccini
Passo Fundo 2019
CRISTIAN FÁTIMA PICCINI
TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO (TIC): ESTAR FORA DA FAMÍLIA, ESTANDO DENTRO DE CASA
Dissertação de Mestrado apresentada como requisito obrigatório para o Programa de Pós-Graduação em Psicologia da IMED, sob Orientação da Prof.ª Dr.ª Cláudia Mara Bosetto Cenci.
Passo Fundo 2019
CIP – Catalogação na Publicação
Catalogação: Bibliotecária Janaína Cruz Alvariz CRB-10/2239
P588t Piccini, Cristian Fátima
Tecnologias de informação e comunicação (tic): Estar fora da família, estando dentro de casa / Cristian Fátima Piccini. – 2019. 90 f., il.; 30 cm
Dissertação (Mestrado em Psicologia) – Escola de Saúde, IMED, 2019.
Orientador: Prof.ª Dr.ª Cláudia Mara Bosetto Cenci.
1. Tecnologias de informação. 2. Adolescentes. 3. Família. 4. Psicologia. I. Cenci, Cláudia Mara Bosetto, Orientadora. II. Título.
CDU: 159.9
Autora: CRISTIAN FÁTIMA PICCINI
Título: TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO (TIC): ESTAR FORA DA FAMÍLIA, ESTANDO DENTRO DE CASA
Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu – Mestrado em Psicologia – da IMED, como requisito para a obtenção do grau de Mestre em Psicologia.
Passo Fundo, RS, 20 de novembro de 2019.
_____________________________________________ Prof.ª Dr.ª Cláudia Mara Bosetto Cenci (PPGP/IMED) Presidente
_____________________________________________ Dr.ª Camila Rosa de Oliveira (PPGP/IMED) Membro
_____________________________________________ Dr.ª Carmen Moret Tatay (UNIVERSIDAD DE VALÊNCIA/ ESPANHA) Membro
Agradecimentos
O caminho percorrido, considerando o tempo, a quilometragem e fundamentalmente o investimento de energia, nesse que é um projeto parcial de vida muito significativo, oportunizou-me contar com contribuições de pessoas valiosas que repercutiram na consecução do resultado alcançado com a presente produção acadêmica, às quais agradeço.
Em especial, ao meu esposo, Carlos Alberto, pela presença incentivadora desde o momento inicial de decisão por fazer o Mestrado em Psicologia e pelas trocas discursivas que auxiliaram no delineamento do caminho a percorrer nessa proposta de estudo.
Ao meu amado filho, Giordano, que se mostrou capaz de enfrentar os desafios de sua rotina, apesar de minha participação menos efetiva durante o período de dedicação ao Mestrado. A meus familiares – especialmente a meus pais, Vilmar e Amélia, meus irmãos, Kelin e Cleiton, meu sobrinho, Ricardo, e a meus cunhados, Daniel e Marcela – pelo incentivo na rotina de viagens e pela compreensão nos inúmeros momentos em que me fiz ausente em nome desta sonhada conquista.
À Prof.ª Dr.ª Cláudia Mara Bosetto Cenci, minha orientadora, pelas orientações, pela sua disponibilidade e seriedade com as quais exerce sua posição. Muito obrigada por acreditar no meu potencial e na relevância da minha pesquisa.
À Prof.ª Dr.ª Camila Rosa de Oliveira e à Dr.ª Carmen Moret Tatay, por aceitarem fazer parte da minha banca de defesa e pelas contribuições concedidas à minha pesquisa.
Aos colegas e professores do Programa de Pós-Graduação em Psicologia da IMED, pela oportunidade de discussões intelectuais profícuas nos grupos de estudo e nas aulas.
Enfim, a todos que, de alguma forma, participaram da trajetória percorrida para a realização deste estudo, obrigada!
Resumo
O objetivo desta dissertação foi desenvolver uma pesquisa sobre como as Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) incidem na relação entre pais e filhos(as) adolescentes. A dissertação está estruturada em dois artigos. No primeiro, o objetivo foi analisar a produção científica acerca de como as TIC incidem na relação entre pais e filhos(as) adolescentes. Trata-se de uma revisão sistemática da literatura de artigos publicados sobre o tema, na última década, por meio das bases de dados Springer, Scopus, Emerald, Wiley e Science Direct. As buscas foram realizadas com os descritores “Information Technology AND Adolescent AND Family AND Psychology”. Foram analisados 10 artigos na íntegra, em que predominaram publicações dos Estados Unidos e da Espanha. A análise temática foi usada para a discussão dos artigos selecionados. Constatou-se que as TIC causam impactos positivos e negativos aos(às) adolescentes que as utilizam. Tais impactos refletem não somente no(a) adolescente como indivíduo, mas igualmente no âmbito familiar. Comportamentos adequados dos familiares em relação ao uso das TIC no cotidiano, organização da vida familiar e gestão do tempo se configuram como práticas desafiadoras das famílias na contemporaneidade. No segundo artigo, de caráter transversal, exploratório e descritivo, participaram 36 indivíduos divididos em 12 famílias (casal de pais e um filho adolescente), selecionados por meio da técnica Snowball. Os instrumentos utilizados na coleta dos dados foram um questionário sociodemográfico e um roteiro de entrevista semiestruturada. Com os dados coletados, procedeu-se a análise temática, da qual emergiram duas categorias como resultado. A primeira categoria refere-se à dinâmica relacional de pais e filhos(as) adolescentes acerca das TIC: benefícios e malefícios; e a segunda categoria refere-se às estratégias utilizadas pelo núcleo familiar no manejo das facilidades e dificuldades relacionadas às TIC. Evidenciou-se que as TIC se configuram como um importante elemento de mediação comunicacional nas relações entre pais e filhos(as). As estratégias utilizadas pelos casais de pais no manejo das facilidades e dificuldades relacionadas às TIC
referem-se às tentativas de controle e supervisão do uso que seus/suas filhos(as) fazem dessas tecnologias. Essas estratégias estão associadas mais a uma dinâmica relacional de condutas restritivas, porém pouco reflexivas entre os membros do sistema familiar.
Abstract
This thesis aimed to develop a research about how Information and Communication Technologies - ICT affect the relationship between parents and adolescent sons and daughters. The thesis is structured in two articles. In the first article the objective was to analyze the scientific production on how ICT affect the relationship between parents and adolescent sons and daughters. It consists on a systematic literature review of articles published on the subject in the last decade through the databases Springer, Scopus, Emerald, Wiley and Science Direct. Searches were performed using the descriptors “Information Technology AND Adolescent AND Family AND Psychology”. We analyzed 10 full articles, in which publications from the United States and Spain predominated. Thematic analysis was used to discuss the selected articles. As a result it was found that ICTs have positive and negative impacts on adolescents who use it. Such impacts reflect not only the teenagers as individuals, but also in the family environment. Appropriate behaviors of family members regarding the use of ICT in daily life, the organization of family life, and time management are configured as challenging practices of families in contemporary times. In the second article - a cross-sectional, exploratory and descriptive research -, participants were 36 individuals divided into 12 families (couple of parents and one teenage son), selected through the Snowball Sampling technique. The instruments used in data collection were a sociodemographic questionnaire and semi-structured interview script. The collected data were analyzed from the point of view of thematic content analysis and two categories emerged as results. The first category refers to the relational dynamics of parents and adolescents about ICT: benefits and harms; and the second category refers to the strategies used by the family nucleus to manage ICT-related facilities and difficulties. It was shown that ICT is an important element of communication mediation in the relationship between parents and their adolescent sons and daughters. The strategies used by parents in managing ICT-related facilities and difficulties refer to attempts at control and
supervision related to their children's use of ICTs. These strategies are more associated with a relational dynamics of restrictive, but little reflexive behavior among family members.
Apresentação
As tecnologias de informação e comunicação (TIC), presentes no cotidiano, desencadearam mudanças nas relações pessoais e familiares. A virtualidade do mundo digital impacta a sociedade de diversas formas e modifica os modos de relacionamento entre as pessoas.
A família, um sistema aberto, regido por suas leis e regras, possui sua organização, de modo que todos os seus membros são interdependentes e se influenciam reciprocamente no cotidiano da vida em família (Calil, 1987). Os padrões transacionais que se desenvolvem entre os vários subsistemas da família se classificam em parental, fraternal e conjugal. A estrutura familiar coloca-se como o conjunto de exigências funcionais que não pode ser vista, mas que organiza os modos de se relacionar dos membros do núcleo familiar (Minuchin, 1996).
Os fatores tecnológicos impactam a comunicação no ambiente familiar, mas não apenas de modo linear. Numa concepção sistêmica, os fatores tecnológicos se articulam a fatores sociais, culturais, políticos e econômicos, que interagem no cenário sociocultural para produzir consideráveis modificações na vida em sociedade. Tal processo impacta a comunicação no contexto interacional das famílias, que, por sua vez, experimenta muitas transformações ao longo dos ciclos de vida familiar, pelos valores que cultuam, pelos padrões de comportamento e de comunicação, pelos fatores geracionais e econômicos vivenciados no ambiente familiar, pelas regras, tradições e crenças (Boechat, 2017).
Novas práticas de interação comunicativa interpessoal associada ao uso de ferramentas de comunicação e a outros dispositivos e redes de contatos ampliam o espectro relacional. Ou seja, o uso das TIC está transformando diversos âmbitos e gerando múltiplos impactos no cotidiano das pessoas (Ontiveros, 2015; Pérez Del Río, 2011). Segundo Echeburúa e De Corral (2010), existem hábitos aparentemente inofensivos relacionados ao uso das TIC que, em determinadas circunstâncias, podem converter-se em malefícios para os usuários e interferir na
vida cotidiana das pessoas. Esses hábitos maléficos referem-se à perda de controle do tempo de uso e à dependência das TIC.
Diversos fatores de risco e vulnerabilidade relacionam-se com o uso inadequado e problemático das TIC. Essa vulnerabilidade se acentua no período da adolescência pelo uso mais frequente da Internet, assim como do telefone móvel. O uso se dá, em parte, porque os adolescentes estão mais familiarizados com as TIC, mas também porque tendem a buscar novas sensações, estando mais abertos a uma nova experiência relacional (Martínez, Miralles, & González, 2012). Nessa fase do desenvolvimento, o indivíduo passa por transformações biológicas, mudanças físicas, cognitivas, alterações nas emoções, personalidade, relação com outras pessoas e no convívio social (Santrock, 2014). Além disso, o jovem está mais propenso a exercer trocas sociais, que são melhores vislumbradas pela tendência grupal, na qual seu comportamento, anteriormente dependente da estrutura familiar, passa para uma nova dependência, a dos amigos (Walsh, 2016). Tal alteração é vista como uma forma de conquista da autonomia, uma habilidade que se apresenta tanto na relação com o outro, quanto na relação consigo mesmo (Barbosa & Wagner, 2013). Mediante as transformações vivenciadas nessa etapa da vida e com a estimulação do uso de internet pelas políticas públicas, os jovens estão inclusos na parcela que mais utiliza a internet. Os jovens estão “hiperconectados” e o início é precoce, em torno de 9 a 10 anos de idade (Comitê Gestor de Internet no Brasil [CGI], 2013).
A rede proporciona infinitas possibilidades de aprendizagem, expressão, comunicação, relacionamentos e entretenimentos. As relações intergeracionais têm sido afetadas pela rapidez na implantação de novas tecnologias, pelas transformações relacionadas à informatização e pela obsolescência das técnicas produtivas e administrativas, o que provoca mudanças nas relações familiares. A família apresenta-se como um espaço privilegiado para a observação das relações intergeracionais, especialmente durante a adolescência dos(as) filhos(as), pois, nesse momento, eles(elas) têm seu status modificado pelos processos de individuação e autonomização, que
redefinem seus modos de relacionar-se intra e intergeracionalmente (Rial, Gómez, Braña, & Varela, 2014).
A pluralidade de definições sobre geração e família sinaliza para as muitas formas de tratar-se a adolescência, a juventude e os relacionamentos dos(as) jovens com as famílias, particularmente com os pais, com quem estabelecem forte relação de alteridade, chegando a definir suas identidades, em grande medida, baseados nesse laço. As etapas da vida tornam-se relacionais e, atualmente, se percebe um processo em que as fronteiras entre elas têm se dissolvido, ocorrendo um embaçamento das fronteiras entre as idades (Debert, 2010).
Nesse sentido, se objetivou desenvolver a produção de pesquisas voltadas para a reflexão sobre o impacto do uso das TIC na relação pais e filhos(as) adolescentes no núcleo familiar. Esta dissertação parte do entendimento de que as tecnologias se constituem como uma ferramenta de comunicação fortemente presente nas famílias. Entretanto, há dificuldades no manejo de estratégias de uso das tecnologias pelos membros da família, como no caso dos pais, que, em geral, não possuem domínio de tal ferramenta para ajudar os(as) filhos(as) adolescentes. A dissertação está estruturada em dois artigos, conforme explanado a seguir.
O artigo 1, intitulado “As tecnologias de informação e comunicação (TIC) e a relação entre pais e filhos(as) adolescentes: Uma revisão sistemática da literatura”, foi resultado da realização de uma análise de produções científicas acerca de como as TIC incidem na relação entre pais e filhos(as) adolescentes. Trata-se de uma revisão sistemática da literatura de artigos publicados sobre o tema, na última década, por meio das bases de dados Springer, Scopus, Emerald, Wiley e Science Direct. As buscas foram realizadas com os descritores “Information Technology AND Adolescent AND Family AND Psychology”. O interesse em desenvolver o presente artigo surgiu da necessidade de aprofundar a busca sobre produções científicas que abordassem a temáticadas TIC e a relação entre pais e filhos(as) adolescentes.
O artigo 2, intitulado “Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC): Estar fora da família, estando dentro de casa”, foi resultado da realização de uma pesquisa de caráter transversal, exploratória e descritiva que buscou conhecer e compreender como as TIC incidem na relação entre pais e filhos(as) adolescentes. Este artigo pode auxiliar as famílias a compreenderem como ocorre o processo de comunicação familiar acerca das tecnologias e a entenderem como os pais gerenciam a rotina de uso de TIC de seus filhos(as) adolescentes. Além disso, a compreenderem o impacto que as tecnologias causam na relação filio-parental por meio de benefícios e malefícios, assim como as estratégias utilizadas pelo casal de pais na gestão do uso de TIC pelos(as) filhos(as).
Considerações finais
A finalização desta dissertação permite tecer algumas considerações acerca da temática das tecnologias de informação e comunicação (TIC) e a relação entre pais e filhos(as) adolescentes. Ao longo do desenvolvimento das pesquisas e da construção dos artigos, foram realizadas diversas leituras de produções científicas e estudo de postulados de vários autores sobre a comunicação através das tecnologias. Diversos estudos sobre esse conteúdo foram encontrados. Entretanto, com relação a estudos que versassem a respeito das TIC sob a ótica das relações familiares não se encontrou um número significativo, menos ainda ao focar-se na temática das TIC e a relação entre pais e filhos(as) adolescentes.
A investigação científica, ao mesmo tempo em que proporciona entendimentos sobre o fenômeno estudado, fomenta uma gama significativa de novos questionamentos. Esses questionamentos se apresentam como elementos de estímulo para a realização de novas pesquisas. A caminhada científica deu-se com a apropriação de construtos teóricos, assim como a redação do projeto de pesquisa, a escolha meticulosa de estratégias de investigação empírica, a coleta e análise dos dados, configurando-se intensa toda a trajetória percorrida.
Com o intuito de atribuir robustez à temática de pesquisa, desenvolveu-se um artigo teórico, a partir das seguintes produções científicas: “ICTs and Family Functioning: A Study on Portuguese families with adolescents and emerging adults”; “A systematic review of recent research on adolescent social connectedness and mental health with internet technology use; ICT to promote well-being within families”; “Ventajas y desventajas del uso adolescente de las TIC: Visión de los estudiantes”; “Usos y abusos de las TIC en los adolescents”; “Using information and communication technologies for family communication and its association with family well-being in Hong Kong”; “Information and communication technologies impact on family”; “Framework of ICT impact on adolescent”; “Cyberbullying and emotional distress in adolescents: The importance of family, peers and school”; “Children, adolescents, and the
media”. Entende-se que quanto mais conhecimento científico, mais propriedade para realizar intervenções se possui. O embasamento teórico pautado em estudos científicos proporciona aos profissionais a segurança para intervir, para dissertar sobre a temática e oferecer orientações ao público em geral.
A opção pelo delineamento qualitativo, compreendido no segundo artigo, se deu porque se entende ser necessário discorrer verbalmente sobre determinada questão para conseguir conhecer e compreender com o máximo de profundidade e riqueza de detalhes acerca do fenômeno estudado. Durante o processo de coleta de dados, através das entrevistas, foi possível constatar dificuldade dos pais em discursar sobre a relação entre eles e seus/suas filhos(as) adolescentes no que tange às TIC. Tal constatação instiga a avaliar que as tecnologias se apresentam como ferramentas novas para os pais, que, por sua vez, possuem pouco conhecimento sobre elas e, consequentemente, possuem algumas dificuldades de manejo quanto ao uso que seus/suas filhos(as) adolescentes fazem das tecnologias. Supõe-se, desse modo, que o investimento por parte dos pais em conhecer com mais propriedade o “mundo digital” poderá servir de suporte para se familiarizarem com o contexto no qual os(as) filhos(as) se encontram em contato na atualidade. Entende-se, dessa forma, que, quanto mais familiarizados com as TIC os pais estiverem, mais capazes estarão de compreender seus/suas filhos(as) e orientá-los(as) no tocante às tecnologias. Acredita-se que os pais, ao assumirem essa conduta, estarão mais próximos de seus/suas filhos(as) e terão mais embasamento científico para abordar questões relacionadas às TIC com eles(as).
Acredita-se que esta dissertação contribuirá principalmente à ciência e poderá servir de auxílio aos estudantes e profissionais da Psicologia, da educação, pais e filhos(as), a conhecerem mais sobre o funcionamento, sobre a dinâmica familiar em torno das tecnologias. Essa produção acadêmica favorecerá pais de adolescentes e estes, igualmente, a relacionar-se de forma dialogada e respeitosa acerca da rotina de uso de TIC no núcleo familiar, não
exclusivamente dos(as) filhos(as), mas do uso adequado de todos os membros da família. A expectativa que se apresenta a partir deste estudo, se configura pela busca de maior conhecimento teórico e científico sobre o mundo digital por parte dos pais. E que cada vez mais se debata em casa, no núcleo familiar, conteúdos que dizem respeito às tecnologias e à relação entre pais e filhos(as), em especial filhos(as) adolescentes.
Referências
Barbosa, P. V., & Wagner, A. (2013). A autonomia na adolescência: Revisando conceitos, modelos e variáveis. Estudos de Psicologia, 18(4), 639-648. doi:10.1590/S1413-294X2013000400013
Boechat, I. T. (2017). As famílias e as tecnologias digitais: A comunicação pela articulação de vieses não antes explorados. Curitiba, PR: Ed. Appris.
Calil, V. L. L. (1987). Terapia familiar e de casal: Introdução às abordagens sistêmica e psicanalítica. São Paulo, SP: Ed. Summus.
Comitê Gestor de Internet no Brasil [CGI]. (2013). TIC Kids Online Brasil 2012: Pesquisa sobre o uso da internet por crianças e adolescentes. São Paulo, SP: Comitê Gestor da Internet no Brasil. Recuperado de https://cetic.br/media/docs/publicacoes/2/tic-kids-online-2012.pdf
Debert, G. G. (2010). A dissolução da vida adulta e a juventude como valor. Horizontes Antropológicos, 16(34), 49-70. doi:10.1590/s0104-71832010000200003
Echeburúa, E., & De Corral, P. (2010). Adicción a las nuevas tecnolo-gías y a las redes sociales en jóvenes: Un nuevo reto. Adicciones, 22(2), 91-96. doi:10.20882/adicciones.196 Martínez, C. B., Miralles, R. M., & González, R. O. (2012). El riesgo de adicción anuevas
tecnologías en la adolescencia: ¿Debemos preocuparnos?. Formación Médica Continuada en Atención Primaria (FMC), 19(9), 519-520. doi:10.1016/s1134-2072(12)70462-0
Minuchin, S. (1996). Famílias: Funcionamento e tratamento. Porto Alegre, RS: Artes Médicas. Ontiveros, E. (2015). Treinta años después: Evidencias e interro-gantes. Telos: Cuadernos de Comunicación e Innovación, 100(1), 34-38. Recuperado de https://repositorio.uam.es/bitstream/handle/10486/675318/Treinta_Ontiveros_TELOS _2015.pdf?sequence=1
Pérez Del Río, F. (2011). Las adicciones sin sustancia en estos últimos 40 años. Norte de Salud
Mental, 9(40), 47-56. Recuperado de
https://dialnet.unirioja.es/servlet/articulo?codigo=4830497
Rial, A., Gómez, P., Braña, T., & Varela, J. (2014). Actitudes, percepciones y uso de internet y las redes sociales entre los adolescentes de la comunidad gallega (España). Anales de Psicología, 30(2), 642-655. doi:10.6018/analesps.30.2.159111
Santrock, J. W. (2014). Adolescência. Porto Alegre, RS: Ed. Artmed.
Walsh, F. (2016). Processos normativos da família: Diversidade e complexidade. 4. ed. Porto Alegre, RS: Ed. Artmed.
