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Manejo de Ecossistemas

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(1)

Manejo de

Ecossistemas

Ecossistemologia 2017 Ecossistemologia 2017

Departamento de Ecologia – UFRJ Prof. Reinaldo Bozelli

1

(2)

Estrutura da Aula

Manejo de Ecossistemas

Definição

Por que manejar?

Manejo e sustentabilidade

O manejo inclui

Dos conceitos à prática

Dos conceitos à prática

Manejo e legislação ambiental

O manejo adaptativo

Ainda alguns exemplos

2

(3)

Qual o maior desafio da

Ecologia hoje?

3

(4)

"O desafio final para a Ecologia é integrar,

sintetizar a informação ecológica disponível

de todos os níveis de investigação em um

entendimento que seja significativo e útil

para os gestores e tomadores de decisão.

"

para os gestores e tomadores de decisão.

"

(Likens 1992, p. 3)

4

(5)

Definição

"Manejo de ecossistemas é a gestão orientada

por metas explícitas, executada por políticas,

protocolos e práticas, adaptável pelo

monitoramento e pesquisa com base em

nossa

melhor compreensão

das interações ecológicas e

melhor compreensão

das interações ecológicas e

processos necessários para sustentar a

composição, estrutura e função do ecossistema.”

(Christensen et al., 1996)

5

(6)

Por que manejar?

Para usar, mas ...

Para proteger

Para manter funcionando

Para o futuro

Pela justiça intergeracional

....

6

(7)

É importante considerar...

1.

Informações inadequadas sobre a biodiversidade

2.

Não conhecemos a dinâmica dos ecossistemas

3.

Ecossistemas são abertos e interconectados

.,

19

96

4.

Percepção pública de que mais valem os benefícios

imediatos

7

Ecossistemologia 2017 - Prof. Reinaldo Bozelli

Ch risten sen et al ., 19 96

OBSTÁCULOS

!

(8)

O Manejo inclui...

(9)

A busca da Sustentabilidade

9

Ecossistemologia 2017 - Prof. Reinaldo Bozelli

(10)

O Manejo inclui...

Metas

não só bens

Trajetórias, comportamentos desejáveis do ecossistema

Mensuráveis e monitoráveis

 Concentração de CO2(ppm)

 Cobertura vegetal (%)

 Riqueza de espécies (número)

 Diversidade (valor do índice)

10

(11)

O Manejo inclui...

Embasar em compreensão ecológica sólida

Enraizar em princípios ecológicos

Pesquisa em diferentes níveis de organização

11

(12)

O Manejo inclui...

Complexidade e conectividade

Implicam em resistência e resiliência

Recursos genéticos à adaptação

Modelos simplificados (agricultura, aquicultura, etc...) podem ser deficientes e instáveis

podem ser deficientes e instáveis

Surpresas e incertezas, que não podem ser eliminadas

12

(13)

O Manejo inclui...

Caráter dinâmico dos ecossistemas

Não dá para congelar os ecossistemas

Manejo não pode desprezar o conjunto de elementos de todo o ecossistema

todo o ecossistema

13

(14)

O Manejo inclui...

Contexto e escala

Processos operam em várias escalas

Não há escala única adequada para o manejo

Contexto é muito importante para sistema particular

Contexto é muito importante para sistema particular

14

(15)

O Manejo inclui...

Adaptabilidade e Realismo

Especificidades locais, temporais

Novas informações e compreensões – “Provisoriedade"

Operacional, bem embasado e com monitoramento

Operacional, bem embasado e com monitoramento

Compreensão e aceitação pública da natureza experimental do manejo

15

(16)

O Manejo inclui...

Humanos como integrantes dos ecossistemas

Crescimento populacional

Desigualdades

Percepções no uso dos recursos

Percepções no uso dos recursos

16

(17)

O Manejo inclui...

1.

Sustentabilidade

2.

Metas

3.

Compreensão ecológica sólida

4.

Complexidade e conectividade

et al ., 199 6

4.

Complexidade e conectividade

5.

Caráter dinâmico dos ecossistemas

6.

Contexto e escala

7.

Adaptabilidade e Realismo

8.

Humanos como integrantes dos ecossistemas

Ch risten s en et al

17

(18)

Categoria Ecossistema Uso Humano Intensidade e Metas do manejo Entradas Saídas Intensivo Urbano Agricultura silvicultura aquicultura etc. Intensivo; produzir alimentos e proteção para ser humano Elevados subsídios, energia, pesticidas, fertilizantes trabalho Produtos manufaturados, poluentes, Alimentos, água

Seminatural Florestas Moderado; Moderadas Colheita de Seminatural Florestas Campos Lagos Rios Estuários etc. Moderado; produção sustentada e manutenção de processos Moderadas de energia, materiais e trabalho humano Colheita de produtos naturais; Serviços ecossistêmicos Natural Reservas Áreas selvagens Mínimo; manter diversidade biológica e de habitat, processos Mínima para manter situação próxima do natural Recreacional, usos culturais Ch risten sen et al ., 19 96

18

(19)

Dos conceitos à prática

1.

Definir metas e objetivos sustentáveis

Não focar exclusivamente em bens

Importância da complexidade e diversidade

Importância de impactos em áreas próximas

Evitar aspectos de curto prazo

19

(20)

Dos conceitos à prática

2. Reconciliar escalas espaciais

Os muitos interessados

“Stakeholders”

Os conflitos

20

(21)

Dos conceitos à prática

3. Reconciliar escalas temporais

Decisões rápidas x de longo prazo

21

(22)

Dos conceitos à prática

4. Tornar o sistema adaptável e “contabilizável”

Ignorâncias, incertezas, inacabamento

É experimental, mas não improvisado

Instituições adaptáveis a mudanças nos ecossistemas bem como de nosso conhecimento

22

(23)

Definição na Lei

Lei 9985/00 – SNUC

Art. 2º

 VIII - manejo: todo e qualquer procedimento que vise assegurar a conservação da diversidade biológica e dos ecossistemas;

23

(24)

Outras definições, ainda SNUC

XI - uso sustentável: exploração do ambiente de

maneira a garantir a perenidade dos recursos

ambientais renováveis e dos processos ecológicos,

mantendo a biodiversidade e os demais atributos

ecológicos, de forma socialmente justa e

ecológicos, de forma socialmente justa e

economicamente viável;

XII - extrativismo: sistema de exploração baseado na

coleta e extração, de modo sustentável, de recursos

naturais renováveis;

24

(25)

Objetivos do SNUC

Art. 4o O SNUC tem os seguintes objetivos:

I - contribuir para a manutenção da diversidade biológica

e dos recursos genéticos...

II - proteger as espécies ameaçadas...;

IV - promover o desenvolvimento sustentável a partir

dos recursos naturais;

XIII - proteger os recursos naturais necessários à

subsistência de populações tradicionais,

respeitando e valorizando seu conhecimento e sua

cultura e promovendo-as social e economicamente.

25

(26)

Grupos de UCs

Art. 7o As UC dividem-se em dois grupos, :

I - Unidades de Proteção Integral;

II - Unidades de Uso Sustentável.

§ 2o O objetivo básico das Unidades de Uso

Sustentável é compatibilizar a conservação da

natureza com o uso sustentável de parcela dos seus

recursos naturais.

26

(27)

Unidades de Uso Sustentável - SNUC

 Art. 14. Constituem o Grupo das Unidades de Uso Sustentável as

seguintes categorias de unidade de conservação:

 I - Área de Proteção Ambiental;

 II - Área de Relevante Interesse Ecológico;

 III - Floresta Nacional;

 IV - Reserva Extrativista;

 V - Reserva de Fauna;

 VI - Reserva de Desenvolvimento Sustentável; e

 VII - Reserva Particular do Patrimônio Natural.

27

(28)

Planos de Manejo de UC

“documento técnico mediante o qual, com fundamento

nos objetivos gerais de uma UC, se estabelece o seu

zoneamento e as normas que devem presidir o uso da

área e o manejo dos recursos naturais” (SNUC)

Ambientes, relações e processos

Ambientes, relações e processos

Usos e impactos

História e futuro

Interior e entorno

Diagnóstico, planejamento e documento

Multidisciplinar

28

(29)

SERVI ÇO PÚBLI CO FEDERAL M I NI STÉRI O DO M EI O AM BI ENTE

I NSTI TUTO CHI CO M ENDES DE CONSERVAÇÃO DA BI ODI VERSI DADE

I NSTRUÇÃO NORM ATI VA Nº 01, DE 18 DE SETEM BRO DE 2007

(Publicada no Diário Oficial da União Nº. 182, Seção I, páginas 101 e 102, de 20/09/2007)

Disciplina as diretrizes, normas e procedimentos para a elaboração de Plano de Manejo Participativo de Unidade de Conservação Federal das categorias Reserva Extrativista e Reserva de Desenvolvimento Sustentável.

29

(30)

Roteiros Metodológicos

/po rt a l/ im age s /storie s /img s -rotei roflo n a.p df /Portal /Meg aD rop Dow n /Estud os eP

Ecossistemologia 201 - Prof. Reinaldo Bozelli

30

http :/ /w w w .icmb io.g ov .br /po rt a l/ u ni da de s -cose rva cao /rotei roflo n a.p df http :/ /20 0 .20 .53 .3 :80 8 1 /Portal / ub licaco es /Pub licaco e s

(31)

Planejamento da FLONA

...

3. Zoneamento

Zona Preservação

Zona Primitiva

Zona de Manejo Florestal Sustentável

Zona de Uso Conflitante

Zona de Uso Especial

Zona de Mineração

Zona de Uso Público

Total de 10 Zonas possíveis + a de amortecimento

31

(32)

Preservação Primitiva Manejo Florestal Mineração

32

Amortecimento Uso Conflituoso

(33)

Planejamento da FLONA

...

4. Programas de Manejo

Pesquisa

Monitoramento

Uso público

Manejo Florestal

Recuperação

.... Total 15 programas

33

(34)

Definição

"Manejo de ecossistemas é a gestão orientada por metas

explícitas, executados por políticas, protocolos e

práticas e adaptável pelo monitoramento e pesquisa

com base em nossa melhor compreensão das interações

ecológicas e processos necessários para sustentar a

composição, estrutura e função do ecossistema.”

composição, estrutura e função do ecossistema.”

(Christensen et al., 1996)

34

(35)

Metas Conhecimento

PLANEJAR

Tecnologia Inventário

CICLO DO

AGIR

Tecnologia Nova Conhecimento Novo Revisar Metas

CICLO DO

MANEJO

ADAPTATIVO

AVALIAR

MONITORAR

AGIR

Inventário USD A.org

35

(36)

O Manejo Adaptativo

O manejo adaptativo é um processo que combina

princípios democráticos, análise científica, educação e

aprendizado

institucional

para

manejar

recursos

sustentavelmente num ambiente de incertezas (Holling

1978, Lee 1993). Claramente o manejo de ecossistemas

tem que ser adaptativo. No manejo adaptativo a ciência

tem que ser adaptativo. No manejo adaptativo a ciência

faz contribuições cruciais através da pesquisa científica

normal e da educação, modelos, e o delineamento e

análise de experimentos únicos na escala do manejo

(Holling 1978, Walters 1986, Matson & Carpenter 1990,

Kitchell 1992, Lee 1993, Peterson 1993).

36

(37)

O Manejo Adaptativo

“...learning

from

experience

and

modifying subsequent behavior in light

of that experience...”

of that experience...”

USDA, 2005

37

(38)

Acordos de Gestão

INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 29, DE 5 DE SETEMBRO DE 2012

Disciplina, no âmbito do Instituto Chico Mendes, as

Disciplina, no âmbito do Instituto Chico Mendes, as

diretrizes, requisitos e procedimentos administrativos

para a elaboração e aprovação de Acordo de Gestão em

Unidade de Conservação de Uso Sustentável federal com

populações tradicionais.

38

(39)

Termo de Compromisso sobre a pesca na

lagoa de Carapebus

Serviço Público Federal

Termo de Compromisso entre o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e a Associação de Pescadores Artesanais da Lagoa de Carapebus (APAC), intermediado pelo Ministério Público Federal.

I. Considerações Iniciais

Considerando:

1. Que é dever do poder público e da coletividade proteger e preservar o meio ambiente para as presentes e futuras gerações, de acordo com o artigo 225 da Constituição Brasileira;

2. Que incumbe ao Ministério Público a defesa do meio ambiente, bem como zelar pelo efetivo respeito dos poderes públicos aos direitos constitucionais;

3. Que a Lei Federal nº 11.516 de 28 de agosto de 2007, que criou o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), atribuiu a este órgão o dever de executar ações da Política Nacional de Unidades de Conservação da Natureza, referentes às atribuições federais relativas à proposição, implantação, gestão, proteção, fiscalização e monitoramento das Unidades de Conservação instituídas pela União;

....

39

Santos

,

2008

(40)

Floresta de Várzea Regeneração ( 4 anos) Extrativismo de Coleta (Frutos) Extrativismo por aniquilamento (Palmito) Re is et al., 1993

40

(41)

Manejo do Açaizal

Floresta

de

Várzea

Extrativismo

de coleta

(Óleos, frutos, látex)

Extrativismo

Seletivo

(Palmito, fibra, madeira) - avaliação do estoque disponível - as taxas de incremento

- regeneração natural de cada espécie a ser explorada

Enriquecimento

Floresta

Econômica

Raleamento Re is et al., 1993

R$ 400  R$ 700/ha

41

(42)

O Manejo Kayapó

“Entre os índios Kayapó, o

manejo é uma atividade

que segue - em vez de

contrariar - os processos

naturais. Portanto, suas

naturais. Portanto, suas

roças têm características

semelhantes às da própria

vegetação sucessional.”

Anderson & Posey, 1989

42

(43)

O Manejo Kayapó

98% das espécies coletadas foram utilizadas pelos Kayapó.

Principais categorias de uso:

 remédios (72% ),

 atrativos para caça (40%),

 comida (25%),  lenha (12%),  adubo (8%),  adubo (8%),  sombra (3%) e  outros usos (30%).

Papel ativo na formação de "ilhas" de vegetação lenhosa (apêtê) no campo cerrado: 75% das spp dos apêtê foram plantadas

Apêtê são fonte constante de recursos, servem de refúgios

em epidemias, guerras e locais estratégicos para emboscar inimigos.

Anderson & Posey, 1989

43

(44)

O Manejo Kayapó

”O manejo de cerrado pelos Kayapó parece basear-se

numa filosofia ambiental completamente distinta da

vigente em sociedades ocidentais. Ao invés de um

manejo que requer subsídios caros, os Kayapó utilizam

tecnologias simples e baratas, Em vez de virtualmente

eliminarem a heterogeneidade ambiental, os Kayapó na

realidade

aumentam-na.

Isto é

feito

através

do

realidade

aumentam-na.

Isto é

feito

através

do

estabelecimento e manutenção de aglomerados de

vegetação ricamente diversificada

, dentro de uma matriz

ambiental relativamente inalterada, tanto em savanas

abertas como em florestas fechadas. Esta tática de

manejo visa à manutenção de comunidades altamente

diversificadas

de

plantas

e

animais,

para

servir

necessidades múltiplas durante gerações."

Anderson & Posey, 1989

44

(45)

O Manejo Kayapó

Portanto, além de ser um sistema ecologicamente

harmonioso, que traz benefícios substanciais, o manejo

de cerrado pelos Kayapó foi desenvolvido ao longo de

muito tempo e, no passado, era amplamente praticado.

Os resultados deste trabalho implicam que muitos dos

Os resultados deste trabalho implicam que muitos dos

ecossistemas tropicais até agora considerados "naturais"

podem ter sido profundamente moldados por populações

indígenas.

Anderson & Posey, 1989

45

(46)

Estrutura da Aula

Manejo de Ecossistemas

Definição

Por que manejar?

Manejo e sustentabilidade

O manejo inclui

Dos conceitos à prática

Dos conceitos à prática

Manejo e legislação ambiental

O manejo adaptativo

Ainda alguns exemplos

46

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