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Hannah Howell - Família Wherloke #6 - Se Ele Se Atrever [Revisado]

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Academic year: 2021

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Sinopse

Sinopse

Roubar a carruagem de um estranho foi a segunda coisa mais imprudente que Lady Catrin Gryffin Roubar a carruagem de um estranho foi a segunda coisa mais imprudente que Lady Catrin Gryffin de Warrene já fizera. A primeira fora sucumbir à sua poderosa atração pelo proprietário da de Warrene já fizera. A primeira fora sucumbir à sua poderosa atração pelo proprietário da carruagem. Catrin ouvira rumores sobre a família de Sir Orion Wherlocke e seus dons de outro carruagem. Catrin ouvira rumores sobre a família de Sir Orion Wherlocke e seus dons de outro mundo. No entanto ele é a única pessoa que pode manter seu filho e sua herança a salvo do irmão mundo. No entanto ele é a única pessoa que pode manter seu filho e sua herança a salvo do irmão im

impiedoso piedoso de seu falecido marido. Quande seu falecido marido. Quanto a comto a como se o se protegproteger… Pode er… Pode ser tarde ser tarde demdemais ais para ipara isso.sso. Orion está enfrentando o pior perigo que um homem de sua linhagem pode encontrar: uma mulher  Orion está enfrentando o pior perigo que um homem de sua linhagem pode encontrar: uma mulher  de quem não pode se afastar. Catrin é uma mistura inebriante de inocência e sensualidade, e, pela de quem não pode se afastar. Catrin é uma mistura inebriante de inocência e sensualidade, e, pela  primeira vez, a sedução é

 primeira vez, a sedução é mmuituito mo mais ais do que um do que um jogo. Mas sua beleza e fortujogo. Mas sua beleza e fortuna fna fizeram izeram dela dela um um alvoalvo  —um

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 De repente, ela estava consciente de estar sentada próxima a Orion, que mantinha seu braço ao redor dela. Era bom, o calor de seu corpo mantendo longe o frio crescente da noite. Era também  grandemente impróprio mas até então ela já estava fazendo muitas coisas que eram impróprias, como atravessar o campo com um homem solteiro que não possuía qualquer relação com ela. Ela

levantou os olhos para olhar para ele e o encontrou olhando-a.

Seu rosto estava tão perto e era tão formoso. Ela pôde ver preocupação por ela em seus lindos olhos azuis. Sua boca era quase tão bonita quanto os olhos, o lábio inferi or levemente mais cheio que o superior. Catryn não pôde lembrar a última vez que havia sido beijada por um homem e ela

de repente desejava um beijo.

Orion soube que era um erro enquanto baixava sua boca para a dela, mas o jeito que ela o olhou era uma tentação que ele não podia resistir. Havia uma faísca de desejo e curiosidade em  seus olhos verdes e cada parte dele fortemente o encorajou a responder a ambos. Levou apenas um

roçar de sua boca sobre os cheios e macios lábios dela para dizer que estava arriscando muito só  por roubar este pequeno gosto mas ele ignorou esse aviso...

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Capítulo 1

 Inglaterra, Outono, 1790

O grunhido ecoou pela pequena casa, cada parte dele cheio de dor e fúria frustrada.

Catryn atirou sua bolsa no gancho perto da porta e se apressou em direção ao cômodo de onde ela estava certa de que o som vinha. Seu coração batia com medo por sua família enquanto se amaldiçoava por tê-los deixado sozinhos. Ela nunca deveria ter cedido ao pedido de sua amiga Anne  para juntar-se a ela durante o dia de folga dos servos. Ela certamente não deveria ter se demorado lá,

tanto quanto havia.

Ela encontrou seu pai de joelhos na biblioteca, uma mão na cadeira enquanto lutava para se levantar. Catryn correu para ajudá-lo a levantar e depois insistiu que se sentasse. Sangue manchava sua pálida bochecha enquanto escorria ao lado de sua cabeça, o vermelho contrastando com o branco de seu cabelo. Os nódulos de sua mão direita estavam esfolados e seu olho esquerdo já estava inchando. Uma rápida olhada ao redor revelou uma mesa virada e um vaso quebrado. Quem iria atacar seu pai? O homem era apenas um quieto e recluso estudioso.

A necessidade de saber o que havia acontecido queimava em sua língua pela necessidade de ser  manifestada, mas ela a segurou. Seu pai precisava de cuidados, o olhar confuso em seus olhos verde-escuros a dizia que ele não estava pronto para responder a todas as suas perguntas, nem mesmo aquela que gritava dentro de sua mente. Onde está meu filho?

Catryn rapidamente molhou seu lenço em um pouco de água de primavera que seu pai sempre trazia da cidade para sua casa no campo e que mantinha em um recipiente em sua mesa. Seu coração ainda cheio de medo, enquanto gentilmente lavava o sangue de seu rosto. Quando terminou, seu ferimento não parecia tão ruim quanto a princípio pensou que fosse, e seus olhos haviam se desanuviado. As primeiras palavras que ele disse a fizeram tremer até os ossos.

 —Ele levou Alwyn.

 —Quem o levou, papai?  — ela perguntou, mesmo tendo uma boa ideia de quem poderia ter 

cometido tal crime contra ela.

 —Morris —. Ele tomou o lenço molhado das mãos dela e pressionou contra o pequeno ferimento ao lado de sua cabeça.  —Ele e algum brutamontes contratado entraram nessa casa, marcharam diretamente a esse quarto enquanto eu estava lendo uma história para Alwyn, e ordenou que eu entregasse o garoto. Eu o disse que ele era um tolo louco e que fosse embora. Então nós lutamos e eu  perdi .

Ela pôde ver o quanto isso o envergonhava e tocou seu joelho. —Eram dois homens contra um,  papai. Eu sei, com todo meu coração, que o senhor fez tudo o que pôde para impedi-lo. Agora eu o

farei .

Lewys Gryffin olhou para sua filha, sua única filha, e desejou que ele tivesse atirado em Sir  Morris de Warenne há muito tempo. Desde que seu marido, Henry, havia morrido há aproximadamente dois anos, a vida se tornou uma viciosa e interminável batalha com o irmão mais novo do homem sobre quem deveria ter controle sobre a herança, seu filho, e todas as riquezas que agora o menino possuía. Os meses de confrontos os deixaram cansados e furiosos. Estava claro que a luta por Alwyn tinha agora se tornado verdadeiramente perigosa e o magoava ser de tão pouca ajuda a sua filha quando ela mais precisava.

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 —Eu

 —Eu deveria deveria ser ser aquele aquele a a enfenfrentrentar ar issoisso  —ele  —ele mmurmurmurouurou..  —é  —é mmeu eu luglugar ar comcomo o hhomomem em nnestaesta fam

famíliília, coma, como cabeça o cabeça desta casadesta casa ..  —Ah

 —Ah papaipapai  —ela  —ela disse disse enquenquantanto o sentsentava ava próximpróxima a a a ele ele e e beijabeijava va sua sua bochechbochecha.a.  —V —Você ocê temtem enfrentado e feito um bom trabalho quanto a isso. Lutando desde o momento que Henry deu seu enfrentado e feito um bom trabalho quanto a isso. Lutando desde o momento que Henry deu seu último suspiro. E tão cedo eu trouxer Alwyn de volta para casa conosco onde ele pertence, você terá último suspiro. E tão cedo eu trouxer Alwyn de volta para casa conosco onde ele pertence, você terá de lutar novamente. Agora é minha vez de assumir essa briga. Eu irei atrás de Morris e recuperarei de lutar novamente. Agora é minha vez de assumir essa briga. Eu irei atrás de Morris e recuperarei meu filho

meu filho ..  —Não

 —Não será será fácil. fácil. Não Não se se esqueça esqueça de de comcomo o eles eles tiraram tiraram ele ele de de nnós. ós. Isso Isso foi foi um um ataquataque. e. EleEle ordenou, e quando eu disse não, ele atacou. Ele veio preparado para lutar conosco pelo menino. Eu ordenou, e quando eu disse não, ele atacou. Ele veio preparado para lutar conosco pelo menino. Eu acho que Morris p

acho que Morris perdeu a cerdeu a cabeça, abeça, provavelprovavelmmentente quane quando perdo perdeu a última batalhdeu a última batalha no tribuna no tribunal al para para ser ser  nomeado guardião de Alwyn. Eu nunca considerei Morris esperto, mas eu nunca imaginei que ele nomeado guardião de Alwyn. Eu nunca considerei Morris esperto, mas eu nunca imaginei que ele carecesse de habilidades mentais assim

carecesse de habilidades mentais assim ..  —Tão pouco eu. Eu

 —Tão pouco eu. Eu nnão tive avião tive aviso nenso nenhuhumm, nem , nem sentsenti que isso i que isso poderia poderia acontacontecer.ecer. Isto parece puroIsto parece puro desespero, papai

desespero, papai ..  —Sim

 —Sim. . Eu Eu achei achei o o mmesmesmo o ququando ando ele ele apareceu apareceu com com a a óbvia óbvia intintenção enção de de levar levar o o garotgaroto, o, nãonão importando quem ficasse em seu caminho. Eu ouvi que ele está tendo algumas dificuldades importando quem ficasse em seu caminho. Eu ouvi que ele está tendo algumas dificuldades financeiras, mas isso ainda é uma atitude drástica de se tomar 

financeiras, mas isso ainda é uma atitude drástica de se tomar ..  —Isso

 —Isso depende depende do do quão quão profuprofunndo do seus seus probleproblemmas as finfinanceiros anceiros sãosão —Ela  —Ela resiresistiu stiu ao ao imimpulso pulso dede dizer tudo que ela havia descoberto sobre ele e das precárias condições das finanças de Morris, pois dizer tudo que ela havia descoberto sobre ele e das precárias condições das finanças de Morris, pois oo homem não precisava da adição de mais peso em suas preocupações comhomem não precisava da adição de mais peso em suas preocupações com Alwyn.Alwyn. —T —Todos odos essesesses  proble

 problemmas as com com o o tribuntribunal al e e advogados advogados nnão ão pode pode ter ter sido sido barato barato para para ele. ele. CertamCertamentente e pesou pesou emem nossos bols

nossos bolsos. O porqos. O porquue não importe não importaa —ela di —ela disse enqusse enquantanto se levao se levanntava.tava. —Ele não t —Ele não tinhinha o direia o direitoto ..  —Não, el

 —Não, ele não tinhe não tinha, mas agora ela, mas agora ele tem o me tem o meninenino, elo, ele poe pode pede pensar que é nsar que é o so sufuficieiciennte para te para ajudá- ajudá-lo a

lo a gganhanhar o car o casoaso ..  —Ent

 —Então ele está errão ele está errado. Tuado. Tudo que ele gdo que ele ganhanhará disará disso é umso é uma cela na cadeia.a cela na cadeia.

Lewys amaldiçoou enquanto ela se apressava para fora do quarto. Ele colocou o lenço que ela Lewys amaldiçoou enquanto ela se apressava para fora do quarto. Ele colocou o lenço que ela deixou para trás sobre seu olho inchado. Ele deveria estar ao seu lado nesta briga, mas sabia que deixou para trás sobre seu olho inchado. Ele deveria estar ao seu lado nesta briga, mas sabia que seria de pouca ajuda, seus reflexos ainda afetados pelo golpe no olho, e pelo golpe na cabeça que seria de pouca ajuda, seus reflexos ainda afetados pelo golpe no olho, e pelo golpe na cabeça que  pulsava

 pulsava tão tão fortforte e e e constconstantantemementente e que atrapalque atrapalhava shava seus peeus pennsamsamententos. os. Bom senBom senso so não o não o imimpediu pediu dede ficar furioso por sua filha de meramente um metro e meio de altura, e de menos de cinquenta quilos ficar furioso por sua filha de meramente um metro e meio de altura, e de menos de cinquenta quilos estar 

estar  prestes a confron prestes a confrontar utar um m hhomomem em que acabara de revelque acabara de revelar o quão violentar o quão violento poderio poderia se tornar qua se tornar quandoando não conseguia o que queria.

não conseguia o que queria. Catryn

Catryn já  já estava estava tirando tirando seu seu vestido vestido enquenquantanto o ententrava rava em seu em seu quartquarto. o. Ela Ela rapidarapidammentente e trocou trocou dede roupa para algo mais confortável e então começou a embrulhar mais dois vestidos. Levou apenas roupa para algo mais confortável e então começou a embrulhar mais dois vestidos. Levou apenas algu

algunns mins minututos paros para empacota empacotar aar algulgummas outras coias outras coisas qsas quue considerae considerava necessáriva necessário o e e ententão ão se se apressapressouou até a cozinha para pegar alguns alimentos. Havia uma boa chance de ela poder confrontar Morris em até a cozinha para pegar alguns alimentos. Havia uma boa chance de ela poder confrontar Morris em sua casa na cidade, mas ela foi ensinada a sempre se preparar para o pior. Havia uma chance de ela sua casa na cidade, mas ela foi ensinada a sempre se preparar para o pior. Havia uma chance de ela ter de persegui-lo.

ter de persegui-lo.

Eles haviam se preparado para que Morris tentasse tirar Alwyn

Eles haviam se preparado para que Morris tentasse tirar Alwyn desde o momento em que seudesde o momento em que seu m

marido arido hhavia avia mmorridorrido, pois o, pois sabiam que ele havia sabiam que ele havia fortfortemementente dese desaprovado aprovado o fato de que seu pai o fato de que seu pai haviahavia sido nomeado guardião de Alwyn e, junto com algumas liberdades, dado controle sobre a herança de sido nomeado guardião de Alwyn e, junto com algumas liberdades, dado controle sobre a herança de Alwyn. Ainda assim, enquanto os meses passavam e tudo o que Morris havia feito foi arrastá-los Alwyn. Ainda assim, enquanto os meses passavam e tudo o que Morris havia feito foi arrastá-los  para

 para o o tribuntribunal, al, de de nnovo ovo e e de de nnovo, ovo, eles eles haviam perhaviam perdido dido aquele aquele mmedo. edo. Ele Ele haviam sihaviam sido do tolos tolos por por  terem baixado a guarda.

terem baixado a guarda. Correndo para

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Entrando na biblioteca, ela ficou aliviada de ver que sua cor estava melhor.

Entrando na biblioteca, ela ficou aliviada de ver que sua cor estava melhor.  —Eu a tenh —Eu a tenho o comcomigo,igo,  papai.

 papai. Eu Eu serei serei mmuituito o cuidadosa. cuidadosa. Não Não se se preocupe. preocupe. E E faça faça com com que que Eccles Eccles de de umuma a olhada olhada nessesnesses ferimentos quando ele retornar. Eu retornarei quando tiver Alwyn e não antes disso

ferimentos quando ele retornar. Eu retornarei quando tiver Alwyn e não antes disso  —Enqu —Enquantanto o sese apress

apressava parava para fora, confiana fora, confiante de que seu esperte de que seu esperto mto mordomordomo cuidaria o cuidaria bem de seu pai.bem de seu pai.

Lewys queria argumentar mas escutou a porta da frente bater. Ele fez um intento de levantar mas Lewys queria argumentar mas escutou a porta da frente bater. Ele fez um intento de levantar mas escorregou com a tontura que o assaltou e rapidamente sentou-se novamente. Tomando várias escorregou com a tontura que o assaltou e rapidamente sentou-se novamente. Tomando várias respirações enquanto se recuperava de quase ter desmaiado de forma tão indigna, ele pensou sobre respirações enquanto se recuperava de quase ter desmaiado de forma tão indigna, ele pensou sobre Catryn indo atrás de Morris, armada para a batalha com nenhum homem forte para protegê-la ou Catryn indo atrás de Morris, armada para a batalha com nenhum homem forte para protegê-la ou ajudá-la . Ela era verdadeiramente uma cabeça vermelha

ajudá-la . Ela era verdadeiramente uma cabeça vermelha[1][1] em todos os sentidos, seu temperamentoem todos os sentidos, seu temperamento

raramente aparecia. Ela também era uma mãe pronta para lutar por seu filho. Morris não fazia ideia raramente aparecia. Ela também era uma mãe pronta para lutar por seu filho. Morris não fazia ideia do que ele havia despertado.

do que ele havia despertado. Catryn

Catryn checou sua bagagem se certificando de que estavam bem firmes na cela antes de subir emchecou sua bagagem se certificando de que estavam bem firmes na cela antes de subir em sua égua. Ela havia empacotado o suficiente para perseguir Morris a casa de campo dos Warennes, sua égua. Ela havia empacotado o suficiente para perseguir Morris a casa de campo dos Warennes, mas sinceramente esperava não precisar. Apesar de ser uma boa amazona, ela há muito tempo não mas sinceramente esperava não precisar. Apesar de ser uma boa amazona, ela há muito tempo não montava por longas distâncias.

montava por longas distâncias.

Fúria acendeu seu sangue enquanto cavalgava pelas frias e molhadas ruas de Londres em direção Fúria acendeu seu sangue enquanto cavalgava pelas frias e molhadas ruas de Londres em direção da casa de Morris. O homem vinha sendo uma pedra no sapato desde o momento que seu marido da casa de Morris. O homem vinha sendo uma pedra no sapato desde o momento que seu marido imprestável deu seu último suspiro, mas esse ato havia passado dos limites de loucura. Por um imprestável deu seu último suspiro, mas esse ato havia passado dos limites de loucura. Por um momento ela considerou colocar as autoridades em seu rastro, mas não estava segura a quem recorrer  momento ela considerou colocar as autoridades em seu rastro, mas não estava segura a quem recorrer  ou se poderia pagar por tal ajuda.

ou se poderia pagar por tal ajuda.

Ajuda legal de qualquer espécie não saía barato e, após tantas lutas judiciais contra seu cunhado, Ajuda legal de qualquer espécie não saía barato e, após tantas lutas judiciais contra seu cunhado, ela

ela e seu pai ee seu pai estavam stavam com com as bolas bolsas dolsas dolorosamenorosamente leves.te leves.

Quando se aproximou da casa de Morris o viu atirando um gritante Alwyn dentro de sua Quando se aproximou da casa de Morris o viu atirando um gritante Alwyn dentro de sua carruagem.

carruagem. Gritar lhe rendeu apenas uma rápido olhar de Morris antes do mesmo se juntar ao seuGritar lhe rendeu apenas uma rápido olhar de Morris antes do mesmo se juntar ao seu filho na carruagem, que logo entrou em movimento. O tráfico pesado na rua fez uma escapada rápida filho na carruagem, que logo entrou em movimento. O tráfico pesado na rua fez uma escapada rápida im

impossívepossível, mas taml, mas também atbém atrasou todas arasou todas as chances dela s chances dela de alde alcançá-lo.cançá-lo.

Amaldiçoando levemente, ela fez o seu melhor para ganhar velocidade para ultrapassar a Amaldiçoando levemente, ela fez o seu melhor para ganhar velocidade para ultrapassar a carruagem de Morris, mas a única coisa que foi capaz de fazer foi mantê-la a vista, Catryn sabia que carruagem de Morris, mas a única coisa que foi capaz de fazer foi mantê-la a vista, Catryn sabia que logo ele alcançaria a estrada que levava para fora da cidade. Se não pudesse pegá-lo antes disso, logo ele alcançaria a estrada que levava para fora da cidade. Se não pudesse pegá-lo antes disso, então iria rapidamente perdê-lo de vista.

então iria rapidamente perdê-lo de vista. Sua égua era rápida, uma criatura forte, mas o animal nãoSua égua era rápida, uma criatura forte, mas o animal não  poderi

 poderia alcançar uma alcançar uma carruagem a carruagem puxpuxada por quatro cavalos fortes.ada por quatro cavalos fortes.  —Nu

 —Nunca nca esperei esperei que eque ele le realmenrealmente te saísssaísse e da da cidade, cidade, SorleySorley —.  —. Ela Ela mmurmurmurou para urou para seu seu cavalo.cavalo.  —Estou ce

 —Estou certamrtamentente e preparapreparada da para para umuma a jornada jornada mmasas verdadeiramente não esperava , ou desejava,verdadeiramente não esperava , ou desejava, fazer uma.

fazer uma.

Ignorando a maldição do homem a quem havia esguichado água enquanto cavalgada entre as ruas Ignorando a maldição do homem a quem havia esguichado água enquanto cavalgada entre as ruas cheias de

cheias de gengente, ela lte, ela lututou para não perder ou para não perder a cara carruagruagem em de Morris de Morris de vide vista. A sta. A preocupou qupreocupou que ele eles les logoogo deixariam a parte da cidade com que era familiar, talvez até passassem pelas ruas mais perigosas. deixariam a parte da cidade com que era familiar, talvez até passassem pelas ruas mais perigosas. Mesmo quando criança, era severamente alertada sobre as negras, sujas e perigosas ruas onde os Mesmo quando criança, era severamente alertada sobre as negras, sujas e perigosas ruas onde os desesperadamente pobres e os criminosos viviam. Catryn orou para que a carruagem de Morris se desesperadamente pobres e os criminosos viviam. Catryn orou para que a carruagem de Morris se afastasse daquele perigo eminente.

afastasse daquele perigo eminente.

Um momento depois a carruagem de Morris virou a esquerda e ela suspirou de alívio. Um momento depois a carruagem de Morris virou a esquerda e ela suspirou de alívio. Rapidamente se movimentou para segui-lo, apenas para ver vários meninos correrem para a rua para Rapidamente se movimentou para segui-lo, apenas para ver vários meninos correrem para a rua para  pegar m

 pegar moedas que Morris oedas que Morris hhavia avia jogado de dentro da carjogado de dentro da carruagruagemem. Em . Em seu frenseu frenético intenético intento de evitar to de evitar asas crianças, Sorley

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novamente. Uma vez que ela atravessou a multidão, Catryn percebeu que a rápida prece que fez para novamente. Uma vez que ela atravessou a multidão, Catryn percebeu que a rápida prece que fez para que todos sobrevivessem a breve confrontação sem armas não havia sido atendida. O galope de que todos sobrevivessem a breve confrontação sem armas não havia sido atendida. O galope de Sorley já não era suave.

Sorley já não era suave.

Movendo-se para o lado da rua, Catryn desmontou e começou a andar próxima ao cavalo Movendo-se para o lado da rua, Catryn desmontou e começou a andar próxima ao cavalo observando como o animal se movia. O ferimento não era um dos piores, apenas uma dor no músculo observando como o animal se movia. O ferimento não era um dos piores, apenas uma dor no músculo ou casco, mas não haveria mais perseguição no lombo daquele cavalo. Não apenas por piorar seu ou casco, mas não haveria mais perseguição no lombo daquele cavalo. Não apenas por piorar seu ferimento ao continuar montando a égua, mas também porque ela não teria mais chance de pegar o ferimento ao continuar montando a égua, mas também porque ela não teria mais chance de pegar o homem enquanto montava um cavalo machucado. Ela deveria achar uma nova forma de ir atrás do homem enquanto montava um cavalo machucado. Ela deveria achar uma nova forma de ir atrás do homem. Lutando com a urgente chorar ou gritar, Catryn caminhou tentando pensar no que ela poderia homem. Lutando com a urgente chorar ou gritar, Catryn caminhou tentando pensar no que ela poderia fazer.

fazer.

Então ela o viu. Era como uma milagrosa resposta as suas orações. A carruagem parada em frente Então ela o viu. Era como uma milagrosa resposta as suas orações. A carruagem parada em frente a um

a uma bela bela casa casa da a da cidade, cidade, prontpronta para para ser a ser diridirigida. Estava sendo mgida. Estava sendo metodicametodicamentente le limimpa por pa por um um servoservo enquanto o homem esperava pela chegada do passageiro. Roubar uma carruagem era uma ofensa enquanto o homem esperava pela chegada do passageiro. Roubar uma carruagem era uma ofensa sujeita ao enforcamento, lembrou-se enquanto se aproximava do veículo e do servo, mas ela haveria sujeita ao enforcamento, lembrou-se enquanto se aproximava do veículo e do servo, mas ela haveria de achar a

de achar algulgumma pia piedade peedade pelas las suas ações suas ações desde desde que estava tenque estava tentantando redo resgatsgatar sar seu feu filho sequestrado.ilho sequestrado.  —Posso

 —Posso ser ser de de algualgumma a ajuda, ajuda, mmadamadame? e? PerguPerguntntou ou o o servo servo quanquando do ela ela parou parou em em sua sua frenfrente, te, ee  pegou

 pegou suas bolsas de seu cavalo.suas bolsas de seu cavalo.  —Sim

 —Sim, eu acredito que você pode, eu acredito que você pode —Ela pux —Ela puxou suou sua pisa pistola de um tola de um bolso bolso escondido em suescondido em suas saias saias eas e apontou para o homem.

apontou para o homem. —Eu preciso desta carruagem —Eu preciso desta carruagem.. O homem deu um passo atrás e piscou.

O homem deu um passo atrás e piscou. —Madam —Madame?e? —  —  —É  —É de de ggrande urgênrande urgência cia que eu tenhque eu tenha a essaessa carruagem. Eu devo perseguir um homem. Como pode ver minha montaria não é mais capaz de me carruagem. Eu devo perseguir um homem. Como pode ver minha montaria não é mais capaz de me servir nesse propósito. O nome dela é Sorley. Ela é uma boa égua. Eu a deixarei com você em troca servir nesse propósito. O nome dela é Sorley. Ela é uma boa égua. Eu a deixarei com você em troca da car

da carruagruagemem ..  —Mas, m

 —Mas, madamadame...e...  —Eu sint

 —Eu sinto mo muituitoo —ela  —ela disse disse enquenquantanto so se e mmovia ovia para para a a frenfrente da te da carruagcarruagemem, man, mantentendo sdo sua pistolaua pistola apontada para o homem.

apontada para o homem.  —Realm —Realmentente, e, realrealmmentente e sinto, sinto, mmas as eu eu devo devo fazfazer er isso. isso. Eu Eu retornarei retornarei aa carruagem, mas se algo sair errado e eu não o possa, você deve manter a égua como pagamento

carruagem, mas se algo sair errado e eu não o possa, você deve manter a égua como pagamento —Ela —Ela ogou suas bolsas no assento e escalou atrás delas.

ogou suas bolsas no assento e escalou atrás delas. —Se  —Se não não for for o o sufsuficieiciennte te para para cobrir cobrir os os custcustosos então vá atrás de Lorde Lewys Gryffin, Barão de Gryffin Manor em Chester. Ele está residindo agora então vá atrás de Lorde Lewys Gryffin, Barão de Gryffin Manor em Chester. Ele está residindo agora na casa Gryffin em Londres. Diga a ele que Lady Gryffin de Warrenne mandou você pegar uma na casa Gryffin em Londres. Diga a ele que Lady Gryffin de Warrenne mandou você pegar uma recompen

recompensa sa pela pela carruagemcarruagem..

Ela agitou as rédeas no momento que ele se adiantou em sua direção. Catryn quase gritou quando Ela agitou as rédeas no momento que ele se adiantou em sua direção. Catryn quase gritou quando os cavalos entraram em movimento. O puxão em seus braços foram maiores do que ela havia os cavalos entraram em movimento. O puxão em seus braços foram maiores do que ela havia antecipado. Doeu, muito, e ela teve de se segurar para se manter no lugar. Um rápido olhar para trás antecipado. Doeu, muito, e ela teve de se segurar para se manter no lugar. Um rápido olhar para trás lhe disse que o homem não a estava seguindo, então ela retornou sua total atenção em fazê-la passar  lhe disse que o homem não a estava seguindo, então ela retornou sua total atenção em fazê-la passar   pelas

 pelas ocupadas, ocupadas, e e restritivas restritivas ruas. ruas. AlgAlgununs s gritos gritos foram foram necessários necessários para para perguperguntntar ar as as pessoas pessoas por por  quem passava sobre o paradeiro de Morris, pois a carruagem luxuosa azul e dourada chamava a quem passava sobre o paradeiro de Morris, pois a carruagem luxuosa azul e dourada chamava a atenção das pessoas por quem passava.

atenção das pessoas por quem passava.

Quando ela finalmente estava livre da multidão da cidade, Catryn respirou um breve suspiro de Quando ela finalmente estava livre da multidão da cidade, Catryn respirou um breve suspiro de alívio.

alívio.

O suspiro de alívio teve vida curta, entretanto, quando ela percebeu que Morris estava indo em O suspiro de alívio teve vida curta, entretanto, quando ela percebeu que Morris estava indo em direção ao Sudeste. Como se ele estivesse levando Alwyn para a costa, ele poderia estar planejando direção ao Sudeste. Como se ele estivesse levando Alwyn para a costa, ele poderia estar planejando levar

levar seu filhseu filho para o para fora da Infora da Ingglaterra. laterra. FicariFicaria ma muuito mito mais ais difícil difícil para elpara ela encona encontrar seu filho.trar seu filho.

Uma descarga de medo deixou um gosto amargo em sua boca antes que ela pudesse controlá-lo. Uma descarga de medo deixou um gosto amargo em sua boca antes que ela pudesse controlá-lo. Morris poderia estar levando seu filho para sua casa no Campo em Easebourne. Catrynse advertiu, Morris poderia estar levando seu filho para sua casa no Campo em Easebourne. Catrynse advertiu,

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determinada a não entrar em pânico. Tal medo encheria sua mente e ela deveria manter a mente limpa e afiada. Seus pensamentos precisavam estar fixos em uma só coisa: Resgatar Alwyn, não importando onde Morrfis o levava ou quais obstáculos fossem postos no caminho.

Os braços de Catryn e suas costas estavam cheios de dor, mas ela manteve a carruagem em alta velocidade pela estrada. Ela não estava surpresa pelos ocasionais olhos em choque que ela viu nos rostos das pessoas por quem passava. Conduzir uma carruagem não era algo que uma mulher  supostamente poderia fazer.

Ela apenas havia aprendido esta habilidade pois havia sido necessário. Todos em Gryffin Manor  tiveram de trabalhar muito duro durante os dois anos anteriores ao seu casamento com Henry, aprendendo tantas habilidades quanto pudessem para tentar salvar o status após uma grande perda em um investimento que seu avô havia tolamente feito. Eles haviam vencido, mas durante esses tempos difíceis ela havia perdido tanto o avô quanto a mãe. Pesar havia roubado seu pai dela em tantos modos, deixando-a carregar mais peso do que uma garota em sua idade deveria poder.

A dor dessas perdas permanecia, apesar das boas memórias vierem bem mais do que as tristes. Catryn não se arrependia de tudo o que havia aprendido, tampouco. Ela desejou ter usado essas habilidades de tempo em tempo, pois agora ela não sabia quanto tempo conseguiria continuar sem um descanso. Ela estava há quase uma hora dirigindo a carruagem e todo o seu corpo estava protestando  pelo exercício.

A carruagem de Morris há muito estava fora de vista, mas ela estava certa de que estava no rastro certo. Ajudaria se ela tivesse algum ideia do quão atrás dele ela atualmente estava, entretanto.

Preocupação era uma constante dor em seu coração. Ela não pensava que Morris fosse machucar  seu filho, mas até então ela não pensara que ele fosse sequestrar Alwyn também. Morris nunca havia  passado muito tempo com seu filho e não sabia nada sobre ele. Ela duvidou até que tivesse passado muito tempo com qualquer criança. Catryn temia o que o homem poderia fazer quando ficasse sabendo do hábito de Alwyn em falar com pessoas que não estavam realmente ali, como por  exemplo, o pai morto. Ela havia trabalhado duro para fazer Alwyn entender que ele precisava esconder essa pequena mania, porque incomodava, até mesmo assustava, muitas pessoas, mas ele tinha apenas 5 anos. Ele não podia realmente entender o perigo disso.

O primeiro dos obstáculos chegou cerca de uma hora depois, e ela se perguntou se o destino estava jogando contra ela. O grupo de cavalos começou a desacelerar. Tirando-a de seus  problemáticos pensamentos ela por um tempo considerou pressioná-los com mais força e então suavemente amaldiçoou. Catryn sabia que agora tinha de encarar a mesma escolha que foi forçada a fazer com sua égua Sorley. A única diferença era que esses cavalos simplesmente precisavam de descanso.

Ela colocou de lado todos os pensamentos que teve enquanto tentava alcançar Morris, e também os não gentis pensamentos que ela alimentou pelo homem de quem ela havia roubado a carruagem e a  pouca energia que seus cavalos possuíam. Não iria lhe fazer bem nenhum fazer os animais correrem

até que já não pudessem. Ela poderia até ganhar de Morris por pouco, mas ela perderia de novo se tivesse de desmontar e procurar novos cavalos. Morris iria precisar descansar seus cavalos também em algum momento do longo caminho. Catryn começou a procurar por um lugar seguro para permitir  que os cavalos descansassem, talvez um com água e algum lugar para pastarem.

Uma hora se passou antes que ela achasse um lugar perfeito. Catryn manobrou a carruagem para fora da estrada em um pasto próximo a um riacho. No momento que ela desceu do lugar de condutor, ela soube que não eram apenas os cavalos que precisavam de descanso. Ela teve de se segurar ao lado da carruagem por um momento até que suas pernas parassem de tremer. Não havia uma parte

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sequer de seu corpo que não doía, mas seus braços e costas eram os que mais sofriam. Ela iria pagar  caro por essa aventura.

Enquanto ela estava massageando seu traseiro, uma jovem voz disse de detrás dela, —Seu traseiro está machucado, não está?  — Catryn virou-se tão rápido que cambaleou alguns passos para trás enquanto lutava para recuperar o equilíbrio. Um jovem garoto estava parado lá, sorrindo para ela, seus olhos azuis brilhando com o riso. Com seus cabelos pretos cheios, balançando ao redor de seu rosto em ondas que estavam perigosamente perto de serem cachos, ele era um garoto extremamente  bonito. Ela julgou que ele fosse alguns anos mais velho que seu filho e se perguntou de onde ele

havia vindo. Era tarde do dia para que um garoto da sua idade estivesse vagando pelo campo sozinho.

 —Quem é você e de onde você veio? —ela perguntou.

 —Eu sou Giles Werlocke e eu estava sentado na carruagem que você pegou. Quem é você?  —   —Lady Catryn Gryffin de Warrenne .

Quando terminou de dizer seu nome a importância do que ele havia dito chegou até sua mente. Catryn encarou o menino em crescente horror. Não havia como negar a verdade que agora estava em sua mente. Em seu cego desespero de conseguir seu filho de volta, ela havia roubado o filho de outra  pessoa.

 —Santa misericórdia —ela murmurou. —Seus pais me quererão enforcada por isso .

 —Só tenho um deles, milady. Só meu pai, Sir Orion Werlocke. Verdade seja dita, um incrível número de pessoas têm roubado sua carruagem nos últimos dias, apesar dessas pessoas serem sempre de sua família. Você não é, eu acho. Não com esse cabelo vermelho. Então porque você  precisava da carruagem do meu pai? E, devo dizer, você lidou com Cody muito bem, sim você lidou.  Não sabia que uma Lady podia segurar uma pistola de forma tão determinada .

Mesmo estando um pouco absorta pela maneira que o rapaz falava, uma mistura de formal e informal, Catryn notou que o garoto não lhe garantiu que não enfrentaria algum tipo de punição pelo que havia feito. —Eu precisava .

 —Porque? Você é uma dama e tudo. Deve ter uma própria .

 —Meu cavalo se machucou e eu precisava de uma carruagem para continuar minha caçada atrás do homem que roubou meu filho. Eu não poderia me permitir tomar o tempo de retornar para casa e  providenciar outro cavalo ou carruagem .

 —Porque algum homem levaria seu filho? Ele quer dinheiro pelo garoto?

Ela passou as mãos pelos cabelos, notando que ele havia se soltado do estilo elegante que sua empregada havia passado um bom tempo aperfeiçoando. —Eu preciso ver os cavalos agora .

Giles não a pressionou por uma resposta a sua pergunta mas se moveu para ajudá-la. Enquanto trabalhavam para libertarem os cavalos, alimentou-os com punhados de grama, e então com água, disse a Giles tudo sobre Morris e sua luta para ganhar controle sobre Alwyn e sua herança.

Sua sinceridade com o garoto a surpreendeu, mas decidiu que era apenas uma profunda necessidade de colocar em palavras os seus pensamentos para alguém, e ele estava lá, olhando e ouvindo, seus lindos olhos afiados com inteligência. As vezes Catryn sentia que falava com um adulto, enquanto que em outras, especialmente quando o garoto perguntava porque de novo e de novo, ela podia ver a criança por baixo do ar de tenacidade e maturidade.

Apenas falando de tudo o que Morris havia feito, fez com que sua raiva acalmasse. No momento em que os cavalos estavam livres para poderem pastar, ela começou a falar enquanto andava. Cuspindo tudo para fora, como seu pai chamava. E isso era exatamente o que estava fazendo. Amaldiçoou Morris pela ganância, sua inabilidade de aceitar o que era certo por lei e pelo

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testamento do seu irmão, e até mesmo sua extravagante carruagem azul e dourada. Mesmo dizendo a si mesmo que um jovem garoto não deveria ser submetido a sua fúria por Morris e seu medo por seu filho, não pôde parar de falar. Ou caminhar.

 —Morris está se dirigindo para a costa —ela disse, abruptamente mudando o assunto sobre todos os crimes passados de Morris e pensando apenas no que ele havia cometido no momento.  —Ele pode estar tentando tirar Alwy do país. Ele pode até mesmo estar pensando em jogar meu bebê em auto mar .

 —Não, ele nunca iria fazer isso —Giles disse enquanto caminhava ao seu lado. —Ele quer o que o seu garoto tem e isso significa que ele fará seu melhor para manter o garoto vivo até que ele consiga o que quer. É assim que o jogo funciona .

Ela parou para encará-lo —Quantos anos você tem?  —Eu acho que tenho oito .

 —Você acha? —  —Bem, não há como ter certeza desde que minha mãe me deixou em um beco na cidade quando eu era um bebê, enrolado e tudo —.

Catryn não sabia o que dizer e o encarou em chocado silêncio por um momento. —E seu pai? .  —Eu te disse: acabei de achá-lo. Eu e meus parceiros estávamos ajudando a prima dele quando ele veio ajudar também, e uma das ladies mais velhas disse que eu era dele. Ninguém argumenta com ela, disse que sabia o que estava falando, então ele me pegou. Meus parceiros estão ficando com a  prima dele em sua casa de campo agora. Iremos melhorar nós mesmos e não iremos mais morar em  becos escuros, talvez roubando um pouco, talvez passando fome. Eu começo a pensar que a lady

sabia do que estava falando, porque meu pai e eu nos damos bem o suficiente .  —Mas como você sobreviveu até achar seu pai?

 —Meus parceiros. Havia uma mulher ou duas ao longo do caminho que nos ajudava, mas foi  principalmente meus parceiros que me criaram. Como eu te disse, eles estão todos com Penelope agora e era para lá que meu pai estava me levando. Lady Pen é prima do meu pai e costuma ter uma casa onde todos os bastardos Werlockes ficam. Meu pai a chama de Toca Wherlocke. Agora que lady Pen está casada, ela mantêm aqueles que tinha e lida com os outros novos do jeito que achar melhor  .

Era impossível para Catryn pensar na vida da qual ele falou. Tão dura, difícil e perigosa. Que uma mãe iria abandonar seu bebê em um beco como se uma criança fosse nada mais do que lixo para ser 

ogado fora, era algo impossível de entender. Sem seus companheiros, Giles teria morrido e ela tinha certeza de que ele sabia muito bem disso. Não era de se admirar que ele parecesse mais velho do que era.

 Não estava certa se sua sorte havia melhorado desde que havia sido reclamado por seu pai. Uma  prima que administra uma casa para crianças bastardas da família? Que ainda assumia algum novo ocasionalmente? Era muita bondade da mulher de cuidar das crianças que muitos colocavam de lado, mas quão bom era tal escândalo para a vida de um jovem garoto em crescimento? Melhor do que viver em um beco, disse a si mesma firmemente, e jogou de lado sua preocupação sobre o futuro dele. Poderia cuidar disso mais tarde, quando levasse Alwyn de volta para casa em segurança.

 —Você teve muita sorte de encontrá-los .

 —Eu tive. E você irá achar seu garoto logo e o levará para casa .  —Se Morris não o tiver machucado .

 —Por que você continua pensando que o homem machucaria seu filho? Ele não ganhará nada com isso. Você precisa ver isso .

 —Eu vejo, mas, Alwyn é apenas um menininho, e Morris não tem jeito com crianças. Não entenderia o jeito de Alwyn, suas pequenas peculiaridades e o modo que ele brinca.  —Catryn havia

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visto como as pessoas reagiam ao seu filho mantendo conversas com pessoas invisíveis, ou dizendo aos outros o que diziam a ele, e sabendo que Morris não iria ter paciência, poderia até ter medo, o que seria muito perigoso para seu filho.

 —O que quer dizer com as peculiaridades e o modo eu ele brinca? Esse Morris nunca foi criança? .

 —Claro que ele foi .

 —Então o que o garoto faz que a faz pensar que Morris iria machucá-lo?

 —Alwyn fala com pessoas que não estão lá —ela respondeu, surpresa com sua própria franqueza.  —É apenas um jogo infantil. Ele tem poucos amigos para brincar e apenas raramente, então ele

inventou alguns. Mas as pessoas acham alarmante e eu tenho ensinado a ele sobre ficar quieto sobre isso. Mas ele só tem cinco anos .

 —Então ele tem alguns garotos que inventou para brincarem com ele .

 —Não apenas garotos —ela admitiu relutantemente. —Ele afirma estar falando com o pai, que está morto por quase dois anos —Ela balançou a cabeça. —É apenas um jogo .

 —Suspeito que seja. O garoto está sozinho, é só .

Havia algo no jeito que o garoto disse essas palavras que fez Catryn pensar que ele não quis dizer  exatamente o que havia dito, mas não o pressionou. —Iria aborrecer Morris, mas você está certo, não há ganho algum em machucar Alwyn .

Ela percebeu que cuidar dos cavalos e falar com o garoto havia acalmado seu medo por Alwyn. Ainda estava lá mas não tão agudo. O garoto estava certo. Não haveria ganho algum em Morris ferir  Alwyn seriamente. Mas isso não queria dizer que o homem não iria machuca-lo ou assustá-lo.

 —Ficará tudo bem, milady —disse Giles, afagando seu braço.

 —Tem que ficar. Mas por agora, devemos deixar os cavalos descansarem e conseguir algo para comermos. Eu temo que trouxe muito pouco comigo pois pensei que Morris estava levando Alwyn  para sua casa na cidade, não fora da cidade .

 —Não se preocupe .

Glies entrou na carruagem, subiu-a, e rapidamente retornou com uma cesta. O jeito que ele a carregou mostrou que estava bem estocada com comida. Fazia sentido que algo assim estivesse lá uma vez que o homem estava levando o filho em uma viagem para o campo. Ela sentou na grama ao lado dele e abriu a cesta para achar pão, queijo, carne fria, cidra e tortas de maça.

 —Pelo menos comerei bem antes de ser jogada para dentro da prisão —ela murmurou.

Giles riu. —Você não será jogada dentro de uma prisão, milady. Você tem boa razão para roubar a carruagem do meu pai. Ele entenderá .

Catryn não estava segura disso, mas balançou a cabeça. Odiava que o tempo estava passando e tudo que podia fazer era ficar sentada, comer, e esperar que os cavalos estivessem prontos para  puxar a carruagem depois do sol se pôr completamente. Quanto mais cedo ela recuperasse seu filho

de Morris melhor.

 —Será o homem que levou seu filho que irá apodrecer na prisão —disse Giles.

 —Eu realmente espero que sim —. Ela também esperava que Giles julgasse seu pai bem e que o homem provasse ser compreensivo como o garoto pensava ser.

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Capítulo 2

Sir Orion Werlocke deu uma última olhada em sua imagem no espelho, arrumando seu lenço de  pescoço, e então começou a sair do quarto. Era tolice ser tão preciso sobre sua aparência quando ele estava prestes a fazer uma longa jornada a casa de campo Radmoor, mas ele havia uma vez feito uma  promessa a si mesmo, que iria sempre estar em sua melhor aparência e não conseguia se libertar 

desse voto. Era um voto nascido de uma experiência humilhante em sua infância e já deveria ter  superado.

Prometendo a si mesmo que iria trabalhar em libertar-se dessa corrente emocional, pisou fora e olhou para o lugar onde a carruagem deveria estar esperando por ele. Orion ouviu Cody gritar e virar  na direção em que sua carruagem desaparecia no meio do pesado tráfico de Londres. Aquele rápido vislumbre que teve de seu transporte rapidamente recuando o disse que o motorista não se parecia em nada com os seus muitos parentes homens e mulheres, que haviam ultimamente costumado roubar sua carruagem com uma irritante regularidade para realizar algum ato de ousadia que necessitava acesso imediato ao transporte.

Infelizmente, isso tinha normalmente provado ser sua carruagem . Até onde ele estava ciente, não havia mulheres em sua família com tal brilhante cabelo vermelho. Olhou para Cody e a preocupação clara na cara do homem lembrou a Orion que ele tinha dito a seu filho para esperar por ele na carruagem, a carruagem que havia acabado de desaparecer.

 —Giles? —perguntou a Cody.

 —Dentro da carruagem, sir  —respondeu Cody, e então ele olhou brevemente para a égua parada  placidamente a seu lado.

 —A carruagem que acabou de ser levada, aquela que você não parece estar perseguindo.

 —A lady me deu as rédeas e apontou uma pistola para mim. Eu fiquei tão chocado, sir, que não houve um pensamento em minha cabeça sobre lutar com ela. Não podia persegui-la nesse cavalo, tampouco, pois está coxo. E estava pensando em um modo de ir atrás dela .

 —Eu acredito que posso entender você não lutar com ela, entretanto desejava que fosse o contrário. Então, uma mulher acabou de roubar minha carruagem e meu filho .

Cody franziu a testa.  —Bem, sim, ela levou a carruagem, me deu até sua égua, disse que irá devolver a carruagem. Não sei porque eu penso isso, sir, mas eu posso jurar pela alma de minha mãe que a mulher não tem ideia que o garoto estava dentro da carruagem. O garoto não fez um único som, também .

Orion suspirou. Não, Giles não iria soar nenhum alarme. O garoto iria pensar que era tudo uma grande aventura, confiante em sua habilidade de se libertar de qualquer complicação. Giles ainda  pensava como um garoto que era permitido correr livre pelas ruas, um encorajado de tempos em

tempos a roubar ou armar alguma fraude, e em cuja vida, tinha sido boa o suficiente para que nunca tenha sofrido muito por isso. Levaria um tempo para ensinar o garoto que os confortos de um lar e da família que agora ele apreciava vinham com a responsabilidade de não pular de cabeça em qualquer   problema que estava por perto. Orion decidiu que deveria lembrar Giles de que ele não estava mais

sem família, e que sua família possuía fundos que muitos criminosos iriam cobiçar. Ele não deveria ser tão livre em arriscar a si mesmo. O garoto também deveria entender que a família que agora o havia reclamado iria se preocupar com ele.

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 —Traga—me um montaria, Cody, enquanto vou preparar algumas coisas para uma jornada  —ordenou ao homem. —Deixarei uma mensagem para você entregar a minha anfitriã sobre o evento

desta noite que irá explicar adequadamente minha ausência .

Enquanto Orion retornou ao seu quarto e rapidamente reuniu o que iria precisar para a caçada que estava prestes a entrar, não sentiu arrependimento sobre perder o baile que havia planejado ir após deixar Giles com seus primos. Ele, entretanto, experimentou certa irritação em perder sua chance de conquistar Beatrice, uma viúva rechonchuda bem conhecida por sua habilidade e apetite no quarto, apesar de seus esforços em ser discreta sobre seus amantes. Estava muito perto do sucesso e perder a chance de se encontrar com ela poderia atrasar sua sedução um pouco. Havia sido um longo tempo sem encontrar prazer nos braços de uma mulher e estava procurando uma chance de encontrá-lo novamente.

A mulher estava fora de seu alcance por um tempo e apenas recentemente disponível. Beatrice estava envolvida com um rico, e mais velho por meses, e Orion nunca havia mexido no território de outro homem, não importando quão incrível era a tentação ou necessidade. Quando Beatrice havia indicado seu interesse nele, enquanto ainda estava nos braços do outro homem, e em sua cama, Orion havia respondido com nada mais que com educação. A chance de fazer mais veio apenas, na semana  passada, e ele não havia perdido tempo em agir depois de saber que Beatrice estava livre para ser   procurada.

O atraso no jogo poderia não ajudar, disse a si mesmo e se apressou de novo para fora. Giles era seu filho. O garoto não era legítimo e havia apenas recentemente sido descoberto, mas a ligação já estava lá. Mesmo que não estivesse, Orion sabia que ainda iria atrás do garoto. Todo Werlocke e Vaughn era ensinado sobre a importância de cuidar de sua prole, mesmo que essa prole fosse semi-selvagem, moleque de rua. Houve uns poucos que haviam tentado ignorar essa regra, um que ocasionalmente precisou ser duramente lembrado de suas responsabilidades, mas a maioria a seguia sem hesitação. Muitos deles haviam sido vítimas de pais desertores que os negligenciaram.

Suas preocupações sobre o destino de Giles não era tão forte quanto achou que seria, mas rapidamente afastou o sentimento de culpa sobre isso. Giles era esperto e havia crescido nas ruas  perigosas de Londres. Seu filho não havia sido ternamente criado, excessivamente protegido como as crianças da pequena nobreza. Ele nem ao menos tinha tido uma vida fácil como os outros dois filhos de Orion, apesar de os garotos terem sido colocados de lado pelas próprias mães. Mesmo que essa mulher se revelasse ser uma ameaça, Giles tinha destreza e um forte instintos de auto-preservação como um rato das docas de Londres. O garoto podia facilmente se manter seguro até que Orion o resgatasse.

A última sombra de preocupação a que se agarrava foi acalmada pela lembrança de suas próprias habilidades. Sua família e seus colegas no governo não o chamavam de O Cão de Caça à toa. Ele  podia, e normalmente fazia, encontrar alguém com uma mera sugestão de pista para guiá-lo. Ninguém

que o conhecia iria apostar com ele ou jogar xadrez ou cartas, nem mesmo pelo bem de passar o tempo. Podia descobrir o próximo movimento da pessoa, sua estratégia completa, com facilidade. Iria achar essa mulher e recuperaria seu filho. Orion jurou também que iria descobrir que jogo ela estava jogando. Se alguém havia descoberto quem ele era, o que fazia para o governo, e então descoberto o quão próximo Giles estava conectado a ele, era possível que tentassem usar o garoto  para conseguir informação. A conexão de Giles a ele havia se tornado maior e mais conhecida do que

com os jovens Paul e Hector. Alguém descobrindo isso e usando contra ele era uma possibilidade distinta. Esperava que não fosse isso, pois isso significava que poderia ter sangue de uma mulher em suas mãos.

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A nota a sua anfitriã levou apenas um momento para ser escrita. Não havia necessidade de elaborar nenhuma desculpa. Apenas falou de alguma emergência familiar indefinida. Maior parte da sociedade sabia que os Werlockes e Vaughn eram uma família extraordinariamente próxima. Era uma das coisas que os marcavam como estranhos. Havia aqueles entre as famílias que haviam abandonado seus maridos, esposas, e filhos; algumas pessoas se perguntaram se os rumores sobre uma família próxima eram realmente verdade, mas apenas alguns permaneceram em dúvida por muito tempo. Nem levou muito para uma pessoa determinada descobrir o porquê das deserções. O que ele sempre considerou triste foi o vasto número de pessoas que acreditavam que era perfeitamente aceitável para essas mulheres, e homens, abandonarem uma família tão estranha mesmo quando isso incluía abandonar seus próprios filhos.

Orion balançou sua cabeça abandonando tais pensamentos pois eles agitavam muitas memórias infelizes, deixou a mensagem em sua mesa para Cody entregar, e andou em direção a rua. Ainda estava em choque de descobrir que tinha outro filho. Paul havia sido menos surpreendente, uma vez que tinha mantido a mulher que o havia colocado no mundo. Hector havia sido o resultado dos  primeiros anos de Orion em liberdade dos laços de dever familiar e vivendo a vida como um

saudável homem jovem na cidade. A surpresa foi quando se viu responsável por esse garoto em maneiras além de visitá-lo constantemente e dar dinheiro para sua mãe. Ainda agradecia ao destino  por Penelope, que havia pegado Paul e Hector sob seus cuidados sem hesitação.

Agora havia Giles. Orion estava se tornando um homem de família e não pensava estar pronto  para tal responsabilidade. Ainda era muito jovem para isso. Grunhiu em irritação quando pisou fora

da casa e tentou não amaldiçoar quando viu um cavalo ao invés de sua carruagem.

 —A mulher deu seu nome? —perguntou quando entregou suas bolsas para Cody amarrá-las ao cavalo.

 —Lady Catryn Gryffin de Warenne  —Cody respondeu.  —Ela disse para pegar a égua como  pagamento.

 —Essa égua coxa .

Cody ignorou seu resmungo —mas jurou que iria devolver a carruagem quando acabasse. Então disse que se não pudesse, e ficasse em dívida conosco, eu deveria recorrer ao seu pai, Lorde Lewys Gryffin da Casa Gryffin, aqui na cidade, e ele pagaria o resto.

 —Nunca ouvi falar do homem .

 —Eu também não, mas eu posso descobrir quem ele é se o senhor quiser isso feito. Ela me disse que ele é o Barão de Gryffin Manor.

 —Eu desejo saber tudo o que você puder descobrir sobre ele, mesmo assim planejo recuperar  minha carruagem e meu filho bem cedo. Também gostaria de saber tudo o que você descobrir sobre a lady. O que eu faço com Lady de Warenne continua em aberto. Saber mais sobre ela, seu pai, sua família poderá ajudar-me a decidir.

 —Ela foi muito educada.

 —Você disse que ela apontou uma pistola para você.  —Sim, eu disse isso.

 —Educadamente.

 —Mas ela não atirou em mim, atirou?. Disse que precisava fazer isso, que precisava perseguir um homem .

 —Que homem?  —Orion esperava que todo esse problema não fosse causado por alguma discussão amorosa.

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muito certo de que ela não sabia que o jovem Giles estava dentro da carruagem.

 —Eu não pretendo ir atirar na mulher. —Orion disse enquanto montava no cavalo. —Eu deixarei o ulgamento dela até a pegar.

Incitando o cavalo a um trote cuidadoso, Orion sorriu para uma carranca no rosto quadrado de Cody. Se houvesse sido um homem a tentar roubar a carruagem, com pistola ou não, Cody haveria lutado como um tigre. Por isso ele havia contratado o sujeito. Com a repentina tendência de seus  parentes em roubar sua carruagem, havia decidido que um guarda forte era necessário então eles teriam de suportar umas batidas sólidas antes de roubá-lo. Cody tinha os músculos para parar alguém e a habilidade de fazer sem infligir muitos danos. Ele não queria, afinal de contas, mutilar ou matar  seus primos ladrões.

Mas Cody tinha uma fraqueza. As mulheres. Ele poderia ser torcido facilmente por dedos tão macios. Orion não possuía tal fraqueza. Se essa mulher fosse uma ameaça a Giles, ele, ou qualquer  outro em sua família, iria ter certeza de que ela nunca mais causasse trabalho a alguém novamente.

 Não levou muito tempo para ele achar o rastro da mulher. Uma pequena mulher ruiva dirigindo uma carruagem era um sinal que poucos perdiam. O fato de que ela estava se dirigindo para fora da cidade o preocupou. Haviam muitos motivos para se roubar um garoto e fugir. Era triste e tranquilizador ao mesmo tempo, que Giles estivesse consciente de cada um deles.

Um dos homens com quem falou disse ter visto um rosto sorridente pela janela da carruagem e Orion ficou aliviado com as notícias de que Giles ainda estava ileso. Ele não se preocupou em corrigir a opinião do homem que o rosto era de um espírito, uma caveira sorrindo. O homem estava certo de que ela estava correndo do espírito, era por isso que a mulher estava agindo de forma tão escandalosa como dirigir uma carruagem e viajar sem um homem para atendê-la. Nem tinha a intenção de avisar a pequena ladrazinha ruiva, como o homem havia sugerido, que o demônio da qual tentava fugir estava sentado na carruagem que ela dirigia.

Apesar de ser uma ideia idiota, ele sabia que Giles iria gostar de ouvir isso mais do que deveria. Quando pegasse a mulher, Orion pretendia ter certeza de que quando a mulher pensasse em demônios,  pensasse nele.

Uma voz familiar o saudou quando chegou na rua mais aberta longe do coração da cidade.  —Olá, sir.

Orion olhou para o jovem que se moveu para andar ao seu lado quando diminuiu o ritmo do cavalo. Trenton Cotter era um homem novo no grupo em que Orion trabalhou para o governo, um grupo com a intenção de permanecer secreto até Orion e seus companheiros não tinham certeza de como se chamava. O jovem homem era ansioso, patriota, e muito verde. Ainda não havia nenhum sangue nas mãos de Trenton. Esperava que servir a coroa não levasse tudo isso dele. Certamente havia cansado a Orion, mas sempre disse a si mesmo que estar cansado era muito melhor, muito melhor do que estar morto.

 —Para onde está indo, sir? Algo em que posso ajudar?.

Era tentador chamar Trenton para acompanha-lo, mas Orion resistiu a tentação.  —É um assunto  pessoal. Se você pudesse fazer a gentileza, eu apreciaria se dissesse ao nosso capitão que posso

ficar indisponível por um tempo.

 —O farei. Fiquei surpreso em vê-lo, mas até então tem sido um dia cheio de coisas estranhas.  —Tem sido? O que mais você viu?

 —Uma mulher ruiva dirigindo uma carruagem sozinha. Havia também um menino sorridente aparecendo pela janela enquanto me ultrapassava, e se parecia muito com o garoto que você reclamou como seu. Eu acredito que ele possa ter me reconhecido porque acenou enquanto passava.

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 Na verdade, aquela carruagem e os cavalos pareciam muito com os seus, também.

 —Isso é estranho. —Orion amaldiçoou por dentro sua má sorte, porque queria manter esse assunto em segredo se apenas fosse vergonhoso ter uma mulher roubando sua carruagem de frente de sua casa. —Eu fortemente sugiro que mantenha essa visão em segredo, pois poderia te causar problemas. Porque, soa bastante com o conto que me contaram na cidade por um homem que jura que era um demônio com a cabeça da morte aparecendo pela janela da carruagem.

Os olhos cinzentos de Trenton brilhavam com o riso e sua boca se contraiu enquanto lutava para suprimi-lo. —Nada sobre demônios e cabeças da morte deverá passar por meus lábios.

 —Obrigado.

 —Nem sobre pequenas ruivas dirigindo sua carruagem enquanto uma criança sorridente acenava alegremente para as pessoas por quem passava.

Orion encarou o céu por um momento antes de rolar os olhos e olhar para Trenton novamente.  —Eu tenho minha pistola comigo.

 —Muito bem. Eu ouvi dizer que cabeças vermelhas podem ter certo temperamento.  —Você está gostando disso demais.

 —Eu temo estar. Isso implora por ser desfrutado. Há mais um sinal de estranheza.  —Você parece ter tido um passeio interessante.

 —Muito interessante. Houve uma carruagem que passou por mim um pouco antes de eu ver a sua. Era de um surpreendente tom de azul com detalhes em ouro, puxada por quatro éguas cinzas. Ela, também, estava indo rapidamente, e também, havia um rosto na janela. Outra criança, mas essa não estava sorrindo. O garoto com uma cabeça cheia de ondas pretas, e ele parecia muito assustado. Eu quase me virei para segui-los para ver o que estava acontecendo, mas eu precisava voltar para a cidade.

 —Poderia ser apenas uma criança que não gosta de viajar.

 —Podia ser, mas eu achei que deveria dizer desde que está indo na mesma direção. E se me recordo bem, aquela carruagem berrante pertence a Sir Morris de Warenne, e eu não acredito que ele seja casado ou que seja pai. Ele tem estado muito ocupado tentando ganhar a guarda da criança de seu irmão.

 —E como você sabe disso? Esse tal de Warenne é alguém que a coroa esteja interessado?

 —Não, mas meu irmão é advogado de Warenne, e ele veio a minha casa para jantar comigo algumas noites atrás. Queixou-se muito sobre o homem, pois não iria desistir e trouxe muito trabalho desnecessário para meu irmão e os outros da firma. —Deu de ombros. —Apenas perguntando-me se ele finalmente ganhou o caso no tribunal, ou talvez decidiu contornar as decisões do tribunal e tomar  o assunto em suas próprias mãos. —Deu de ombros novamente. —Olharei para isso quando puder. Pode não ser meu trabalho, mas tenho uma forte aversão a homens que tentam tirar a herança de uma criança, o que parece ser o caso.

 —Eu acredito que farei o mesmo —Orion se perguntou se o roubo de sua carruagem havia algo a ver com Sir Morris e aquele menino assustado que Trenton havia visto. Não tinha certeza se uma  batalha por custódia era melhor do que uma briga de amantes, entretanto. Ambos podiam ser confusos

e cheios de sentimentos que tentava evitar.  —Está certo de que não precisa de ajuda?

 —Com uma pequena mulher de cabelo vermelho? —falou pausadamente, e Trenton riu brevemente antes de dar a Orion um olhar sério e escuro.

 —Ela não deve ser um problema se estiver sozinha, mas há sempre a chance de que não esteja agindo sozinha. Você tem inimigos, sir. É possível que isso se trate de uma armadilha.

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O jovem homem podia não ser tão verde quanto Orion achou a princípio. —Eu já considerei isso, mas eu tenho plena autoridade e certeza de que ela nem percebeu que há uma criança na carruagem.

 —Ah, bem, boa sorte então —Sua voz agradável cresceu dura e fria. —Se descobrir o contrário, tenha certeza de minha assistência. As pessoas que trabalham para a coroa precisam ter certeza de ter  suas famílias a salvo e protegidas. Se esse assunto crescer em seriedade, pediria que chamasse seus compatriotas por ajuda. Boa caçada! —Ele virou sua montaria e se dirigiu de volta para a cidade.

Definitivamente não tão verde depois de tudo, Orion pensou enquanto incitava o cavalo novamente. Por um segundo considerou trazer de volta o homem mas então desistiu da ideia. Queria fazer o possível para ver esse problema resolvido e colocado de lado sem que muitas pessoas soubessem sobre isso. Além disso, não queria que o mundo soubesse sobre Giles ainda. Muitos já sabiam. Ele também não queria que seus inimigos pensassem que o garoto podia ser facilmente levado e usado como uma arma contra seu pai. Orion nunca quis ter de escolher entre seu filho e seu  país.

Poderia ser hora de encerrar seus serviços a coroa, Orion pensou. Tinha um terceiro filho agora e não podia manter três filhos escondidos para sempre. Nem mesmo era bom continuar longe em trabalhos, como vinha fazendo, deixando para trás nenhuma informação em como encontra-lo ou mesmo que nome poderia estar usando. Seu trabalho o forçava a manter muitos segredos. Era gratificante trabalhar para a coroa, até mesmo excitante, mas certamente não era conveniente ou  propício para criar três filhos.

Amaldiçoando suavemente, virou seus pensamentos para a caçada atrás de Giles e a pequena ruivinha ladra de carruagens. Agora não era hora de tomar decisões importantes sobre o futuro. Faria isso depois. O fato de estar se debatendo sobre tais assuntos mostrou que seria sensato deixar o serviço ou ao menos reduzir suas missões. Agora tinha uma família com que se preocupar, e deixa-los para trás sem proteção poderia se provar fatal.

Muitas vezes parou para falar com pessoas que encontrou, mas não foi até parar para cumprimentar um jovem fazendeiro conduzindo um bezerro pela estrada que Orion ouviu algo mais do que apenas a certeza de que haviam visto a carruagem. Tinha uma boa ideia de para onde a mulher  estava indo, mas confirmar não fazia mal. Quando perguntou sobre sua carruagem, o fazendeiro olhou  para ele com suspeita e calmamente coçou a fina e irregular barba em seu queixo pontudo. Essa

exibição de desconfiança disse a Orion que tinha uma chance de obter alguma informação útil.  —Que carruagem você está procurando, milorde?

 —Sir, não milorde. Apenas sir. Eu procuro aquela sendo dirigida por uma pequena lady ruiva.  —Por quê?

 —Porque acontece de ser minha carruagem que a mulher está dirigindo. Ela pegou sem minha  permissão.

 —Aquela pequena mulher pegou a carruagem de um homem tão grande quanto você?  —o fazendeiro perguntou, seu ceticismo era claro.

 —Eu estou relutante em usar a palavra roubo. É um assunto pessoal. Eu apenas preciso dela e da

minha carruagem. Eu estou quase certo de que ela não tinha ideia de que meu filho estava sentado na carruagem quando a pegou.

 —O rapaz parecia estar tendo um bom momento quando o vi. Sorrindo e acenando para mim enquanto a carruagem passava. Não como o pequeno rapaz na carruagem que passou algumas horas antes da sua.

 —Uma azul com detalhes dourado-ouro e quatro éguas cinza puxando-a?

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estradas como essa. Não parecia tão bem quando passou por mim. O motorista teve de parar porque o velho Jude estava levando suas ovelhas para o outro lado da estrada. O homem na carruagem estava pendurando sua cabeça para fora e gritando para o velho Jude e para as ovelhas, como se isso fosse fazer com que se movessem mais rápido.

Orion estava rindo fracamente quando o jovem homem ria da memória do incidente.  —Essa deve ter sido uma bela visão.

 —Oh sim, foi. Mas então eu vi o garoto. O pequeno rapaz com cabelos ondulados muito pretos e olhos grandes e azuis. Estava olhando para fora da carruagem para mim e estava realmente triste. Pobre pequeno companheiro parecia um pouco assustado, também. Estranho e tudo, pois achei ter  visto uma luz atrás dele, mas deve ter sido outra coisa, porque o tolo gritando com Jude e suas ovelhas estava bloqueando a luz da outra janela. O garoto olhou para mim como se estivesse tentando abrir a porta e eu juro, acho que estava dizendo Me ajude. Pensei em chegar perto, mas então o tolo

 puxou o rapaz para longe da janela e, de onde eu pude ver, lhe deu um forte tapa.  —Então eles se moveram depois disso?

 —Se moveram quando eu estava pensando que ainda iria falar com o rapaz e ver o que estava errado. Depois de duas horas aquela Lady passou dirigindo sua carruagem e o garoto não parecia em nada triste. Não. Ele não parecia. Estava sorrindo como um tolo, sim estava. Como eu falei, tendo um  bom momento.

 —Sim, isso parece com Giles.

 —Você acha que ela roubou o garoto também? Levou seu filho?

Orion hesitou apenas por um momento antes de sacudir a cabeça. —Não, Eu não acho. Como eu disse, ela apenas não sabia que ele estava lá e ele não parece estar inclinado a deixá-la saber.  —Honestidade pesava em suas palavras porque ele estava começando a pensar que Cody estava

certo. Eu começo a acreditar que ela está perseguindo o homem na carruagem azul e dourada porque ele levou seu filho.

 —Um assunto triste.  —Sim, é.

 —Bem, você irá consegui-lo de volta cedo. Os cavalos puxando sua carruagem pareciam cansados, sim pareciam. Ela deve estar parando em breve.

Agora ele tinha de se preocupar sobre com os cavalos, Orion pensou, e silenciosamente amaldiçoou antes de perguntar ao homem quando havia visto a segunda carruagem. Deixou o jovem fazendeiro após descobrir que sua carruagem não estava tão a sua frente. Quanto mais informação conseguia mais começava a pensar que Lady de Warenne estava fazendo exatamente o que ela disse a Cody que estava fazendo. Estava perseguindo um homem. Orion tinha um profundo pressentimento de que o garoto triste da primeira carruagem era filho dela. Não era uma bagunça para a qual quisesse ser arrastado, mas tinha de recuperar seu filho e sua carruagem de volta.

Enquanto cavalgava começou a notar diferenças na trilha que seguia. O fazendeiro estava certo. Seus cavalos estavam se cansando. O grupo não era feito para puxar a carruagem em passo rápido  por tanto tempo. Tinha a intenção de manter um passo lento enquanto levava Giles para Radmoor, e um passo lento enquanto retornava para a cidade após permitir que o grupo descansasse ou talvez até mudasse de cavalos em Radmoor. Orion não pôde acreditar que pudesse contar com que uma mulher  tivesse experiência em julgar se o grupo precisava de descanso, e o pensamento de que ela poderia machucar o grupo agitou sua raiva novamente.

Quando viu sinais de sua carruagem ao lado da estrada, temeu que ela pudesse ter ferido irreparavelmente um de seus cavalos, mas então viu o grupo. Os cavalos estavam placidamente

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 pastando embaixo de uma árvore. Seu filho e a pequena mulher ruiva que estava perseguindo estavam sentados no chão desfrutando da comida que havia empacotado para ele e Giles.

Era mais do que sua mal controlada raiva podia tolerar. Orion desmontou perto de sua carruagem, e marchou em direção a mulher que havia causado tantos problemas. O olhar de medo em seu rosto enquanto ele se aproximava era gratificante e ao mesmo tempo perturbador. Quando ela saltou ficando em pé e se pôs entre ele e seu filho, se recusou a permitir que a admiração ofuscasse sua raiva. Não gostava de assustar mulheres, mas ela merecia. Orion decidiu que devia pelo menos ensiná-la algumas lições necessárias. Ele se asseguraria de que da próxima vez ela pensasse duas vezes em pegar algo sem permissão.

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