REGULAMENTO DO MERCADO DE BRAGA CAPÍTULO I DA ORGANIZAÇÃO, NATUREZA E CONDIÇÕES GERAIS DE UTILIZAÇÃO. Artigo 1º

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Regulamentos e Posturas

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REGULAMENTO DO MERCADO DE BRAGA

CAPÍTULO I

DA ORGANIZAÇÃO, NATUREZA E CONDIÇÕES GERAIS DE UTILIZAÇÃO

Artigo 1º

A organização e funcionamento do Mercado de Braga obedecerão às disposições do presente regulamento.

Artigo 2º

O Mercado destina-se à venda de hortaliças, legumes, frutas, carne, peixe, criação, flores e em geral de quaisquer géneros alimentícios.

§ 1º- Quando o julgar conveniente, a Câmara poderá autorizar a venda,

acidental, temporária ou contínua, de outros produtos ou artigos.

§ 2º- Nas lojas exteriores do Mercado pode efectuar-se a venda de quaisquer artigos que não sejam insalubres, incómodos, perigosos ou tóxicos, desde que a Câmara previamente haja autorizado.

Artigo 3º

São locais de venda de produtos no Mercado:

a) As lojas, assim se considerando os recintos fechados, com espaço

privativo para a permanência dos compradores;

b) As bancas;

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C MB - Regu la me n to – C MB -R EG .0 1 .0 5 Artigo 4º

A utilização do Mercado para venda de produtos ou quaisquer outros fins depende de autorização da Câmara, concedida directamente ou por intermédio dos seus representantes, a qual é sempre onerosa, precária e condicionada pelas disposições do presente regulamento e demais disposições legais ou regulamentos aplicáveis.

Artigo 5º

Nenhuma autorização será concedida sem que o interessado apresente documento comprovativo do cumprimento das disposições legais respeitantes ao pagamento das contribuições e impostos devidos pelo exercício do comércio, indústria ou profissão.

§ único – Os produtos deverão, por certificado da respectiva Junta de Freguesia, da Casa do Povo ou do Grémio da Lavoura, cuja renovação a fiscalização, poderá exigir sempre que assim o entenda o Encarregado do Mercado, provar a sua qualidade e que cultivam os produtos por eles expostos à venda.

Artigo 6º

As lojas e as bancas que venham a ficar disponíveis serão concedidas mensalmente, por arrematação em hasta pública, sob a base de licitação que a Câmara fixar, o que será anunciado por meio de editais, afixados com antecedência de, pelo menos, 15 dias, no átrio dos Paços do Concelho e nos locais habituais do Mercado.

§1º - A praça realizar-se-á perante o Presidente da Câmara, assistido pelo Chefe da Secretaria, devendo a adjudicação ser homologada pela Câmara na primeira reunião ordinária.

§2º - O facto de haver um só lanço não impedirá a arrematação, mas a praça poderá ser adiada se houver suspeita de conluio entre os concorrentes.

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§3º - Os arrematantes serão devidamente identificados e, quando não sejam os próprios, deverão apresentar procuração bastante.

Artigo 7º

Quando houver mais de duas lojas ou de duas bancas disponíveis quando não tenha havido pretendentes no acto de arrematação, a Câmara poderá conceder a sua ocupação, a requerimento de qualquer interessado, com dispensa de arrematação e pela taxa mínima fixada.

§1º - Se houver, porém, dois ou mais requerentes para a ocupação da mesma loja ou banca, efectuar-se-á sempre a arrematação nos termos do artigo anterior e seus parágrafos.

§2º - Os requerimentos mencionarão o nome, estado, idade, residência e profissão dos requerentes e os produtos ou artigos que estes pretendem vender.

Artigo 8º

Aos adjudicatários é garantido o direito de permanência nas lojas ou bancas, nos anos seguintes, mediante o pagamento das taxas de ocupação que lhe venham a ser atribuídas até 25 de Novembro de cada ano, em relação ao ano imediato, entendendo-se que pretendem usar daquele direito, quando não comuniquem por escrito à Secretaria da Câmara, até 30 de Novembro, a desistência de respectiva ocupação.

§ único – Quando não for atribuída nova taxa de ocupação, entender-se-á que vigora a taxa em curso.

Artigo 9º

A recusa de autorização, por parte da Câmara, em consentir a exploração de

determinado ramo de comércio, na loja arrematada, não desobriga o adjudicatário do pagamento das respectivas taxas de ocupação até ao fim do mês em referência.

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O arrematante é obrigado a liquidar, no primeiro dia útil a seguir à praça, a importância da arrematação, sob pena de esta caducar e do pagamento da multa correspondente ao valor de uma mensalidade, até ao limite de 500$00.

Artigo 11º

O arrematante é obrigado a iniciar a ocupação do local no prazo máximo de 30 dias, a partir da data da arrematação sob pena de lhe ser declarada caduca a respectiva autorização, sem restituição das taxas já pagas.

Artigo 12º

Dois dias após a praça, os locais arrematados consideram-se para todos os efeitos a cargo dos adjudicatários, que os poderão ocupar desde logo.

Artigo 13º

Os terrados poderão ser concedidos diária e mensalmente. A ocupação diária será permitida:

a) Aos cultivadores e criadores, para venda dos seus produtos, em todos os

dias e nos locais que lhe foram designados pela fiscalização;

b) Aos revendedores e contratadores, só nas terças –feira, nos dias da feira

semanal e nos locais ao ar livre.

Para a concessão mensal, os terrados serão atribuídos por despacho do Presidente da Câmara, a requerimento do interessado, em que declare a mercadoria que deseja vender e o local que pretende ocupar.

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Salvo casos excepcionais, devidamente justificados, a nenhum vendedor serão concedidas autorizações para utilizar, no Mercado, mais de duas lojas, de três bancas ou de três terrados e, cumulativamente, de uma loja e duas bancas ou de uma loja e dois terrados.

Artigo 15º

O pagamento da ocupação mensal será feito na Tesouraria, mediante guias pedidas na Secção de Impostos, até ao dia 8 do mês anterior aquele a que respeitar a ocupação.

§ único – Na falta de pagamento no prazo devido, a Câmara poderá, independentemente do prosseguimento da cobrança coerciva, declarar a perda do direito de ocupação e declará-la-á sempre que o concessionário não satisfaça esse pagamento, no prazo devido, mais de duas vezes no mesmo ano.

Artigo 16º

O pagamento da ocupação diária será feito por meio de senhas fornecidas pelo Serviço de Fiscalização, as quais são intransmissíveis e estarão em poder dos interessados durante o período da sua validade, sob pena de se poder exigir outro pagamento.

Artigo 17º

Todos os titulares de autorização de ocupação mensal são obrigados a munir-se de carteira de utilização do Mercado, a qual de deverá manter munir-sempre actualizada e servirá:

a) De identificação do titular e seus empregados;

b) De título de autorização, onde esteja identificado o local ocupado, com

referência aos produtos a vender e à actividade exercida;

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§1º- A cada loja, banca ou terrado ocupado corresponde uma carteira de utilização.

§2º- Nos casos de inutilização ou extravio – que deverão ser imediatamente participados – e sempre que se não encontrem em bom estado de conservação, limpas e legíveis, as carteiras serão obrigatoriamente substituídas, mediante o pagamento da taxa respectiva.

§3º- Finda a utilização, as carteiras serão imediatamente entregues ao Encarregado do Mercado.

§4º- As carteiras estarão sempre no local a que digam respeito, devendo ser prontamente mostradas aos agentes que, no exercício das suas funções, o solicitem.

Artigo 18º

O ocupante dum local do Mercado não pode exercer nele comércio de produtos diferentes daqueles a que está autorizado e a que o local se destina nem dar-lhe uso diverso daquele para que lhe foi concedido, sob pena de lhe poder ser retirada a respectiva autorização, em qualquer altura em que haja conhecimento da infracção, sem direito à restituição das taxas pagas.

Artigo 19º

Salvo o disposto no artigo 21º, a direcção da actividade exercida em qualquer local do mercado só é permitida ao titular da respectiva autorização, responsável perante a Câmara pelo cumprimento das disposições do presente regulamento.

Artigo 20º

A venda nos mesmos locais só é normalmente permitida aos titulares da autorização, mas nela podem também intervir, cumulativamente e sob responsabilidade daquele, empregados seus devidamente inscritos para esse fim.

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§ único – Aos titulares de mais de uma autorização será permitida a venda apenas por empregados, mas sempre sob a sua responsabilidade e direcção e desde que eles próprios a exerçam simultaneamente em qualquer outro local do Mercado.

Artigo 21º

Qualquer ocupante para venda a retalho só se pode fazer substituir na efectiva direcção da loja, banca ou terrado, ou na própria venda, por pessoa julgada idónea e mediante a autorização da Câmara, a qual será concedida por motivo de doença devidamente justificada ou quando se verifiquem circunstâncias especiais, alheias à vontade do interessado, consideradas absolutamente impeditivas.

§ 1º - A substituição não isenta o titular da autorização da responsabilidade por quaisquer acções ou omissões do substituto, mesmo que por motivo delas a este hajam sido aplicadas penalidades.

§ 2º - A verificação da inexactidão dos motivos alegados para justificar a autorização especial importa o seu imediato cancelamento.

Artigo 22º

As autorizações de ocupação não poderão ser cedidas, proibindo-se ajustes particulares ou que terceiros tomem conta das lojas, bancas ou terrados e dirijam a respectiva venda, salvo nos casos especiais consignados neste regulamento.

Artigo 23º

Por morte do ocupante e com dispensa de quaisquer formalidades ou encargos, mas sem prejuízo de pagamento da taxa desde o falecimento, será concedida nova autorização para a utilização do local ao cônjuge sobrevivo e, na sua falta, a favor dos filhos menores, se um ou outros o requererem nos trinta(30)

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dias seguidos, instruindo processo com certidões dos registos de óbito, de casamento ou de nascimento, conforme os casos.

§1º - A autorização a favor dos filhos menores será dada a quem efectivamente os mantiver e cessará um ano após a maioridade do mais novo.

§2º - Na falta do cônjuge sobrevivo ou de filhos menores, ou ainda quando cessar a autorização nos termos do parágrafo 1º, será concedida aos filhos maiores e aos pais o direito de opção na praça para arrematação do mesmo local, dando-se preferência aos filhos e procedendo-se a licitação limitada quando mais do que um, em iguais condições usar de tal direito.

Artigo 24º

Mediante requerimento dos interessados, poderá ser autorizada a troca de bancas ou de terrados de ocupação mensal, depois de passados oito (8) dias sobre a afixação do aviso, feita no local próprio do Mercado.

Artigo 25º

Revogado por deliberação da C.M. de 16/11/2006 e A.M. de 7/12/2006.

Artigo 26º

Nas lojas e bancas do Mercado não poderão ser feitas quaisquer beneficiações ou modificações sem autorização da Câmara Municipal, e, quando impliquem a realização de obras, deverão elas ser requeridas nos termos legais e sujeitas ao pagamento das respectivas licenças.

§ único – As obras de conservação das lojas e das bancas incumbem aos respectivos ocupantes e poderão ser feitas sem dependência de licença, por iniciativa destes, ou em cumprimento de intimação camarária.

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É proibido, sem prévia autorização do Encarregado do Mercado, retirar ou transferir dos locais onde foram postas, quaisquer instalações, armações ou móveis, mesmo que sejam pertença dos utilizantes.

§ único – Das obras e benfeitorias autorizadas, ficarão sendo pertença da Câmara todas as que fiquem incorporadas nos pavimentos, paredes, tectos ou outras partes do edifício e cuja remoção possa causar prejuízos ao local, pelo que não poderão ser retiradas pelos utilizantes.

CAPITULO II DO FUNCIONAMENTO

Artigo 28º

O Mercado terá o horário de funcionamento que a Câmara determinar e qualquer alteração será anunciada, pelo menos, com oito(8) dias de antecedência.

§ 1º - O horário estará patente, no Mercado, em local bem visível.

§ 2º - O encerramento será anunciado duas vezes pelo sino do Mercado:

primeiro com trinta minutos(30) e depois com quinze(15) de antecedência.

§ 3º - As portas exteriores das lojas do Mercado poderão continuar abertas depois do encerramento deste, regulando-se a duração do funcionamento dos estabelecimentos comerciais que nas mesmas lojas estiverem instaladas pelos respectivos horários em vigor.

Artigo 29º

Não será permitida a permanência no Mercado de pessoas estranhas ao serviço, para além das horas de encerramento.

§ único – Aos utilizantes será concedida a tolerância de quinze minutos para

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É proibido aos revendedores comprar quaisquer géneros no Mercado antes das dez (10) horas.

§ único – Esta disposição é extensiva às imediações do Mercado numa

distância de cem (100) metros da sua periferia.

Artigo 31º

A entrada e saída de géneros ou mercadorias e respectivas embalagens só pode fazer-se pelas portas a esses fins destinadas.

Artigo 32º

A entrada de veículos no recinto ao ar livre só é permitida quando esses veículos transportem os géneros e artigos para venda, não podendo demorar-se mais do que o tempo necessário para ser efectuada a descarga.

§ único – Nas terças-feiras, dia de feira semanal, a entrada de veículos só

poderá efectuar-se na primeira hora após a abertura.

Artigo 33º

A colocação e ordenação dos géneros ou mercadorias será regulada pelos empregados do Mercado, em harmonia com as instruções superiormente fornecidas, de modo que as diferentes classes fiquem, tanto quanto possível, separadas segundo a sua natureza e tendo em vista a comodidade do público e o conveniente aproveitamento da área de venda.

Artigo 34º

Os utilizantes não podem ocupar, a pretexto algum, mais do que o espaço restritamente correspondente ao seu local e serão responsáveis pelos artigos ou

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utensílios camarários de que se sirvam, devendo indemnizar prontamente a Câmara dos prejuízos a que derem causa.

Artigo 35º

No Mercado só é permitida a entrada de cães quando conduzidos à trela e açaimados, sendo sempre os respectivos condutores responsáveis pelos estragos que os animais provoquem.

Artigo 36º

Nas ruas que circundam o Mercado e nas que directamente comunicam com aquelas, numa distância de cento e cinquenta metros(150) do mesmo Mercado e durante as horas do seu funcionamento, é proibida a venda ambulante, ainda que os vendedores estejam munidos de licença, de produtos ou artigos iguais ou semelhantes aos que ali normalmente se vendem.

CAPITULO III

DEVERES GERAIS DOS UTILIZADORES

Artigo 38º

Todos os titulares de autorização de venda e seus empregados, em especial os ocupantes de bancas e lojas, são obrigados a apresentar-se com o maior asseio e a manter esses locais em estado de limpeza escrupulosa.

§ único – Os ocupantes de lugares permanentes deverão deixá-los em perfeita arrumação e asseio, cumprindo-lhes a limpeza das bancas, que deve estar concluída quinze minutos antes do encerramento do Mercado e não poderá ser feita, em caso algum, depois da lavagem dos arruamentos pelo pessoal camarário.

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Os vendedores são responsáveis por todas as deteriorações que forem causadas, por si ou pelos seus empregados, nas lojas ou bancas que ocupem, ou em outras dependências do Mercado, pagando as respectivas indemnizações, sempre que para isso sejam intimados, voluntária ou coercivamente.

Artigo 40º

Todos os vendedores são obrigados a respeitar e acatar as ordens e determinações dos empregados da Câmara em serviço no Mercado, podendo reclamar perante a Câmara, por escrito, quando, de qualquer modo se julgarem lesados ou agravados.

Artigo 41º

É proibido aos vendedores, sob pena de 25$00 de multa:

1. Efectuar qualquer venda fora das lojas, bancas, terrados ou carreiras para

esse fim expressamente destinados;

2. Colocar quaisquer objectos nas coxias ou fora da área correspondente ao

lugar que ocupam;

3. Deixar aberta qualquer torneira ou gastar água para outro fim que não

seja a limpeza das lojas e bancas;

4. Conservar animais de criação em lugares acanhados e sem a cubagem

necessária para poderem livremente mover-se e respirar ou sem alimentação e água necessárias para a sua conservação;

5. Colocar nas lojas, bancas ou terrados, sem autorização da Câmara,

mesas, baldes, estantes, estrados ou qualquer outro mobiliário;

6. Deixar de cumprir o disposto no artº 38º e seu parágrafo único;

7. Pregar pregos e escápulas nas paredes, ou fixar armações, sem licença

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8. Apregoar os géneros ou mercadorias;

9. Deixar recipientes de limpeza, ou outros, abandonados nos arruamentos

destinados ao público.

Artigo 42º

É igualmente proibido aos vendedores, sob pena de 60$00 de multa:

1. Expor à venda géneros ou mercadorias sem a devida autorização;

2. Dar entrada a volumes com quaisquer géneros encobertos, sem o

declarar;

3. Matar, depenar ou preparar qualquer espécie de criação;

4. Dar entrada a quaisquer géneros ou mercadorias sem ser pela porta

destinada a esse fim;

5. Acender lume em qualquer local do Mercado, a não ser nas lojas

destinadas a leitarias ou casas de pasto;

6. Molestar de qualquer modo os empregados, os outros vendedores ou

quaisquer pessoas que se encontrem dentro do Mercado.

Artigo 43º

É também proibido aos vendedores, sob pena de 100$00 de multa:

1. Desacatar os funcionários do Mercado ou outros empregados da Câmara no

exercício das suas funções;

2. Formular de má fé, verbalmente ou por escrito, queixas ou participações

inexactas ou falsas contra os funcionários ou empregados do Mercado, e contra qualquer utilizante ou seu empregado.

§ 1º - Por deliberação da Câmara, poderá ser proibido, transitória ou definitivamente, o exercício da venda no Mercado, a qualquer vendedor ou seu substituto ou auxiliar, que tenha sido punido, nos termos deste artigo, há menos de um ano, e venha a reincidir na mesma falta.

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§ 2º - A proibição cominada no 1º pode ser aplicada logo após a primeira transgressão a este artigo, quando se verifique que a pessoa punida tem cadastro criminal ou policial.

CAPITULO IV

DISPOSIÇÕES ESPECIAIS RELATIVAS À VENDA DE PEIXE

Artigo 44º

A venda de peixe fresco e salgado, a retalho é feito em mesas agrupadas e dispostas para esse fim.

Artigo 45º

Nesta secção não é permitido:

1. A salga de peixe;

2. Depositar peixe ou resíduos de peixe nos pavimentos, nem escamar ou

preparar peixe fora dos locais para esse fim destinados;

3. Gastar água para outro fim que não seja a lavagem e conservação do peixe

e limpeza dos lugares de venda;

4. Conservar o peixe em tinas ou viveiros para o dia seguinte; 5. Obstruir os locais de venda com objectos estranhos ao serviço.

Artigo 46º

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Os detritos de peixe serão depositados em baldes junto das mesas fora das vistas do público e transportados no próprio dia para local determinado.

CAPITULO V

DISPOSIÇÕES POLICIAIS

Artigo 48º

Sob pena de multa de 20$00, é proibido a qualquer pessoa, dentro do Mercado:

1. Pernoitar nas lojas ou no interior do Mercado;

2. Lançar para o pavimento quaisquer resíduos, tais como espinhas, penas de

aves, folhas ou restos de hortaliças, cascas de frutas ou legumes verde, lixo, água suja, etc., ou conservar esses restos ou resíduos fora dos baldes ou caixas de limpeza destinados a esse fim;

3. Estar deitado ou sentado nas ruas e coxias, nas bancas ou balcões e sobre

os géneros expostos à venda;

4. Transitar fora das ruas e coxias destinados a esse fim;

5. Correr, gritar, altercar, proferir palavras obscenas, empurrar ou incomodar

por qualquer forma os transeuntes, compradores ou fornecedores;

6. Intervir em negócios alheios ou em questões de serviço e desobedecer aos

empregados do Mercado;

7. Passar através das lojas exteriores do Mercado;

8. Amolar ou afiar facas, ou qualquer ferramenta nas paredes, nos

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9. Cuspir no chão ou nas paredes.

Artigo 49º

São aplicáveis no interior do Mercado as disposições de polícia urbana, relativas a ruas e praças da cidade, contidas no Código de Posturas em vigor, em tudo o que seja adaptável às condições especiais do Mercado e não seja contrário a este regulamento.

Artigo 50º

É proibida a entrada de quaisquer veículos no Mercado, sob pena de multa de 60$00.

§ único – Exceptua-se a entrada no recinto ao ar livre, conforme o disposto

no Artigo 32º.

CAPITULO VI

DO PESSOAL EM SERVIÇO NO MERCADO

Artigo 51º

O serviço interno do Mercado será orientado e dirigido pelo Chefe dos Serviços do Mercado, coadjuvado pelo Fiel e executado pelos fiscais do Mercado, de harmonia com as disposições deste regulamento e com as ordens que lhes sejam transmitidas.

§ único – A cobrança de Impostos e de taxas diárias será feita por Fiscais

do Mercado, sob as ordens do Chefe dos Serviços ou do Fiel e com a coadjuvação de fiscais de Impostos.

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Todo o pessoal que preste serviço no Mercado é obrigado:

1. A apresentar-se irrepreensivelmente limpo em todos os actos de serviço e

com fardamento e distintivo que lhe competir;

2. A não se ausentar do lugar de serviço que lhe for destinado, sem a devida

autorização e sem se apresentar quem o substitua;

3. A não se valer do seu lugar ou da sua autoridade para prejudicar seja

quem for;

4. A velar pelo cumprimento das disposições deste regulamento, mantendo

rigorosa ordem e disciplina no interior do Mercado;

5. A ser correcto com todas as pessoas que frequentem o Mercado e

prestando os esclarecimentos que lhe sejam pedidos;

6. A velar pela cobrança das taxas e dos impostos camarários, procurando

com diligência evitar as fraudes;

7. A não exercer no Mercado, directa ou indirectamente, qualquer ramo de

comércio ou indústria;

8. A manter boas relações com os camaradas;

9. A ser zeloso dos interesses legítimos do Município;

10. A informar, com verdade, aos seus superiores de tudo o que interessa ao

serviço.

Artigo 53º

É vedado aos serventuários municipais prestar no Mercado outros serviços que não sejam os inerentes às suas funções ou os que lhe tenham sido determinados superiormente.

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É proibido aos funcionários e empregados municipais que prestem serviço no Mercado receber directa ou indirectamente dos seus utilizantes dádivas de qualquer espécie.

Artigo 55º

Compete especialmente ao Chefe dos Serviços:

1. Superintender nos Serviços de Fiscalização do Mercado;

2. Velar pela polícia especial do Mercado, sua ordem, distribuição e bom

funcionamento com a faculdade de recorrer à força pública quando necessário;

3. Ter à sua guarda o inventário de todo o material e utensílios e verificá-lo

com frequência, para tomar conhecimento e dar parte das faltas ou avarias ocorridas;

4. Atender com solicitude qualquer queixa, fazendo imediatas averiguações,

tomando testemunhas e resolvendo as questões, quando sejam da sua alçada, ou comunicando-as à Câmara, em caso contrário;

5. Velar cuidadosamente pela boa ordem , higiene e asseio dos locais de

venda e pelas boas condições dos géneros expostos, chamando a atenção da autoridade sanitária para todos os que se tornem suspeitos e suspendendo entretanto a venda dos mesmos;

6. Fazer inutilizar imediatamente todo o peixe que for encontrado sobre o

pavimento do Mercado, bem como todos os animais que forem encontrados mortos dentro das respectivas taxas ou canastras;

7. Fazer afixar e cumprir todas as Ordens de Serviço; 8. Escriturar e ter em dia os livros respectivos;

9. Executar e fazer executar as disposições do presente regulamento e todas

as ordens ou instruções que legitimamente lhe sejam dadas;

10. Verificar se os funcionários e assalariados, seus subordinados, cumprem

com zelo e competência os deveres do seu cargo;

11. Participar à Câmara, por escrito, qualquer ocorrência que interesse ao

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12. Requisitar o material e reparações necessárias ao serviço;

13. Assistir à abertura do Mercado e determinar o serviço de cada

empregado;

14. Proceder à revisão dos talões passados pela fiscalização de impostos; 15. Verificar, antes de abandonar o Mercado, se tudo está em ordem e se no

seu interior fica alguma pessoa ou animal que possa causar prejuízos;

16. Não permitir que o material de que é responsável, seja utilizado para fins

diversos daqueles para que é destinado;

17. Orientar e fiscalizar o Serviço do frigorífico e a venda de gelo. Artigo 56º

Ao Fiel do Mercado cumpre especialmente:

1. Proceder à abertura e encerramento do Mercado;

2. Dirigir o serviço interno, sob a orientação directa do Chefe dos Serviços; 3. Proceder com os fiscais, à cobrança diária das taxas, arrecadando a

respectiva importância e entregando-a semanalmente na Tesouraria da Câmara, depois de prestadas contas nos Serviços de Impostos;

4. Dirigir diariamente a limpeza e a lavagem do Mercado devendo

merecer-lhe especial atenção a parte destinada à vendo de peixe;

5. Substituir, na sua ausência ou impedimentos, o Chefe dos Serviços do

Mercado, desempenhando as funções que lhe são atribuídas neste regulamento.

Artigo 57º

Cumpre especialmente aos fiscais do Mercado:

1. Apresentar-se trinta (30) minutos antes da hora de abertura excepto nas

terças-feiras, em que devem fazer a sua apresentação sessenta (60) minutos antes;

2. Não consentir sem ordem superior, a entrada ou saída de volumes pelos

portões vedados a esse fim;

3. Comunicar imediatamente aos seus superiores todas infracções que se

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4. Não permitir que nas entradas dos portões estacionem quaisquer pessoas

ou sejam depositados volumes;

5. Proceder diariamente à lavagem do Mercado;

6. Efectuar o serviço de cobrança, cumprindo com exactidão as ordens que

receberem para esse fim;

7. Auxiliar o empregado do frigorífico no seu serviço ou substituí-lo, de acordo

com as instruções que receberem do Chefe dos Serviços;

8. Executarem com prontidão e rigor todas as ordens dos seus superiores; 9. Providenciar para que a circulação dentro do Mercado seja livre e fácil;

Artigo 58º

Os guardas da noite são responsáveis por todos os valores existentes no Mercado, assim como por qualquer avaria produzida no edifício ou no material.

Artigo 59º

Os guardas das retretes devem conservar as mesmas no máximo estado de limpeza e têm a seu cargo a cobrança das taxas respectivas e a conservação do material desse serviço.

Artigo 60º

São aplicáveis aos empregados do Mercado as disposições do Código Administrativo sobre disciplina dos funcionários, que forem compatíveis com a natureza das suas funções.

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C MB - Regu la me n to – C MB -R EG .0 1 .0 5 CAPITULO VII DISPOSIÇÕES GERAIS Artigo 61º

Quando os vendedores do Mercado reconheçam conveniência em transferir o dia de descanso semanal, por motivo que possa ser considerado de interesse geral, solicitarão a autorização da Câmara, com o mínimo de três dias de antecedência.

Artigo 62º

As infracções às disposições deste regulamento, para que não estejam previstas penas especiais, serão punidas com multa de 40$00.

Artigo 63º

Todas as multas serão acrescidas de um terço por cada reincidência.

Artigo 64º

As taxas a pagar pelas vendas no Mercado são as constantes da tabela em vigor.

Artigo 65º

O Presidente da Câmara promulgará as ordens ou instruções que entender necessárias ou convenientes para a boa execução do disposto neste regulamento.

Artigo 66º

Os casos omissos e as dúvidas suscitadas na interpretação do presente regulamento serão resolvidas pela Câmara.

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C MB - Regu la me n to – C MB -R EG .0 1 .0 5 CAPITULO VIII FRIGORIFICO Artigo 67º

O frigorífico do Mercado Municipal destina-se ao fabrico de gelo para a venda ao público, à guarda de pequenos volumes de quaisquer particulares e à guarda e conservação de carnes verde e peixe pertencentes aos comerciantes estabelecidos no Mercado.

Artigo 68º

As instalações do frigorífico compreendem:

a) Casa das máquinas; b) Fábrica de gelo;

c) Posto de venda de gelo; d) Câmaras frias.

§ único – As câmaras frias são numeradas de um(1) a sete(7) e destinam-se:

1. À guarda e conservação do gelo retirado da fábrica para venda ao público,

e quando o espaço o permita à guarda de pequenos volumes em recipientes de vidro.

2. À guarda de carnes retiradas dos estabelecimentos e que se encontrem em

boas condições de conservação.

3. À guarda de peças grandes de carnes verdes retiradas dos

estabelecimentos também de pequenos volumes quando haja espaço sobrante.

4. Exclusivamente à guarda de carnes verde chegadas do matadouro.

5. À guarda de volumes de particulares e a complemento da Câmara 6(seis),

quando esta estiver cheia.

6. À guarda de miudezas vindas do matadouro e volumes dos comerciantes. 7. À guarda e conservação de peixe.

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As carnes verde de qualquer espécie que não forem vendidas nos talhos do Mercado até à hora regulamentar do encerramento, terão de ser recolhidas diariamente no frigorífico, sendo proibida a sua guarda, de um dia para o outro, nos talhos ou em qualquer outro local.

Artigo 70º

Pela guarda de carnes os comerciantes pagarão mensalmente taxas de ocupação de ganchas ou de compartimentos de câmaras frias de acordo com as tabelas em vigor.

Artigo 71º

As câmaras frias de nºs 2(dois) a 7(sete) tem horário de aberturas aprovados pela Câmara, e, fora desse horário, só poderão ser abertas com autorização do Chefe de Serviço do Mercado, mediante prévio pagamento da taxa de abertura, que será cobrada pelo encarregado do frigorífico.

Artigo 72º

O pessoal encarregado do transporte de carnes deverá apresentar-se de bata branca, limpa, e as carnes serão transportadas cobertas com panos asseados.

Artigo 73º

A guarda de volumes no frigorífico será feita, mediante prévio pagamento da respectiva taxa de ocupação diária, ao Encarregado do frigorífico.

§ único – Pode ser recusada a guarda de volumes quando a sua embalagem seja inconveniente ou exalem cheiros que possam prejudicar os outros géneros guardados.

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É proibido a qualquer pessoa:

1. Entrar nas câmaras frias ou noutras dependências do frigorifico sem ser

por motivo de serviço;

2. Cuspir nas paredes ou nos pavimentos das mesmas dependências; 3. Fumar ou fazer lume, dentro das mesmas dependências;

4. Cortar qualquer peça de carne, dentro das câmaras frias, sem dar prévio

conhecimento ao pessoal de serviço;

5. Lavar ou preparar recipientes de miudezas e tripas, dentro das

dependências do frigorifico.

6. Guardar quaisquer volumes nas câmaras frias que não sejam destinados a

esse fim.

7. Tocar, dentro das câmaras frias em carnes que lhe não pertençam.

Artigo 75º

As transgressões a este capítulo serão punidas:

a) Com multa de 100$00 as do artº 69º; b) Com multa de 50$00 as do artº 72º;

c) Com multa de 30$00 as de qualquer outra disposição do artº 74º; § único – As multas serão acrescidas de um terço em caso de reincidência.

Artigo 76º

A venda de gelo efectuar-se-á diariamente no respectivo posto, ao preço fixado pela Câmara, das 7 ás 23 horas.

§ único – Entre as 23 e as 7 horas da manha, poderá a venda de gelo ser feita pelo guarda nocturno do Mercado, em caso de urgência, mediante o pagamento de taxa de serviços extraordinários.

(25)

O serviço do frigorifico será desempenhado por um Encarregado e dois fiscais do Mercado sob a direcção imediata do Chefe do Serviços do Mercado.

Artigo 78º

Além dos deveres gerais dos funcionários administrativos que lhe sejam aplicáveis, são obrigações especiais do Encarregado do frigorífico:

1. Providenciar sobre o bom funcionamento e conservação das máquinas e

dos seus acessórios;

2. Requisitar ao Chefe dos Serviços de Mercado, com a devida antecedência

tudo quanto seja necessário ao bom funcionamento das máquinas e informá-lo de qualquer deficiência que notar nesse funcionamento;

3. Vigiar a manutenção de temperatura conveniente das câmaras frias

segundo as instruções que lhe forem dadas pelos técnicos ou pelos seus superiores;

4. Assistir às aberturas das câmaras frias para a entrada e saída de carnes e

outros volumes, velando por que as portas das referidas câmaras se encontrem abertas pelo menor espaço de tempo possível;

5. Comunicar ao Veterinário Municipal a existência de carnes ou outros

géneros que lhe pareça não estarem em condições de poderem ser consumidos;

6. Fazer fabricar e vender gelo para consumo público;

7. Entregar semanalmente na Câmara Municipal as receitas provenientes da

venda de gelo, da guarda de volumes e da cobrança avulso de ganchas;

8. Ter devidamente escriturado e em dia o inventário do frigorífico.

Artigo 79º

São obrigações especiais dos fiscais afectos ao serviço:

1. Desempenhar todos os serviços respeitantes à conservação e bom

(26)

2. Auxiliar em todos os serviços do Encarregado do Frigorifico;

3. Abrir e fechar as câmaras frias nas horas das aberturas ou quando

recebam ordens superiores;

4. Não consentir, em qualquer das dependências, a entrada de peles,

intestinos de animais ou outros géneros que, pelo seu estado de conservação ou por emanações produzidas, possam prejudicar os restantes;

5. A encher ou esvaziar as formas da fábrica do gelo; 6. Vender o gelo entre as 7 e 23 horas;

7. Manter no melhor estado de asseio todas as dependências do frigorífico; 8. Cumprir e fazer cumprir tudo o que estiver estipulado neste regulamento.

Nota:

- Aprovado em 07/09/61

- Alterado em 07/12/61

- Alterado em 07/12/62 (art.s. 6º, 55º, 76º e 79º)