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Gestão do risco nos vales a jusante de barragens: da probabilidade de ocorrência da cheia induzida à vulnerabilidade do vale a jusante

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(1)

LNEC, 24 de Maio de 2010

vale a jusante

Maria Teresa Viseu, tviseu@lnec.pt

(2)

Cheia induzida – Mapa de

inundação - Exposição

Magnitude da cheia induzida –

Perigosidade - Zonamento de

risco

“Resistência dos elementos

expostos” - Vulnerabilidade

Elementos em risco –

caracterização da ocupação no

vale a jusante

Eventos (“Hazard”)

-Acção - Causas

Barragem - Resposta

Rotura – Efeito ou

consequência crítica

P(evento) x P(rotura/evento)

x x exposição

x consequências

R

vale

=

Conceito de risco nos vales a jusante de barragens

Conceito de risco nos vales a jusante de barragens

Enquadramento geral

(3)

Estimativa das consequências

1. Simulação da cheia induzida

3. Identificação dos elementos em risco

2. Zonamento de risco ou magnitude da cheia induzida (perigo)

4. Vulnerabilidade dos elementos em risco

(4)

Fase I - Simulação da cheia induzida

Processo de formação da brecha e

hidrograma efluente Processo de propagação da cheia

0

)

Uh

(

h

x t

+

δ

=

δ

)

J

i

(

gh

)

2

gh

(

)

h

U

(

)

Uh

(

2 x 2 x t

+

δ

+

δ

=

δ

5 , 1 c 5 , 0 w s

(

)

`

g

8

q

τ

τ

γ

γ

=

An

(5)
(6)

Mapa de inundação (“exposure assessment map”)

Mapa de zonamento de risco (“Hazard map”)

An

An

á

á

lise do risco nos vales a jusante de barragens

lise do risco nos vales a jusante de barragens

(7)

Magnitude evento % perdas

Funcões de “dano / perda” Magnitude da cheia (perigosidade) relaciona-se com a

probabilidade P(perdas/rotura)

O zonamento toma em linha de conta o facto de o grau de destruição (ou de perigo) poder assumir valores muito díspares

nas diversas zonas da área de inundação em função das características hidrodinâmicas da cheia

5 4 3 2 1 0 0 2 4 6 COLA PSO DE STR UIÇÃO PARC IAL SUBM ERSÃO

Velocidade escoam ento (m/s)

Altura de água (m)

A perigosidade está associada a diversos factores (de dano), muitas vezes não necessariamente independentes:

Altura de água: acção - solicitação estática

Velocidade do escoamento: acção - solicitação hidrodinâmica e força erosiva (instabilidade , perda da fundação)

Duração da submersão: consequência - efeito na interrupção de comunicações (diferentes graus de tolerância na vegetação) Tempo de chegada da frente da onda: consequência - tempo

disponível para aviso

(8)

Perigosidade com base no tempo de chegada da cheia - tcheg

Zona de AutoSalvamento (ZAS) -RSB,2007

Tcheg< 30 minutos

Zona de Intervenção Principal (ZIP) 30 min < Tcheg< 120 minutos

Zona de Intervenção secundária (ZIS) Tcheg> 120 minutos

O tempo de chegada da cheia induzida condiciona o tempo de aviso às

populações

An

An

á

á

lise do risco nos vales a jusante de barragens

lise do risco nos vales a jusante de barragens

(9)

Fotografia aérea actualizada + trabalho de campo

INFRA-ESTRUTURAS

rede viária e ferroviária – (IGEOE)

sistema de comunicação – rede fixa, rede móvel (ICP+CM+Telecom)

rede de distribuição de energia eléctrica (EDP+REN+CM) sistemas de adução – captações, reservatórios, sistemas elevatórios, adutores e redes de abastecimento, rede de drenagem de águas residuais, sistema de tratamento (SMAS + CM)

POPULAÇÃO:

localidades (IGEOE. Carta Militar 1: 25000 + PDM) população – ( INE)

SÓCIO-ECONOMIA

Indústrias – “instalações de produção de subst.perigosas” (PDM, CM, GPS)

agricultura, infra-estruturas agrícolas

equipamento urbano (de proteção civil, sociais e colectivos, zonas públicas)

AMBIENTE: “Bens ambientais de grande valor…” – ICN PATRIMÓNIO: Imóveis classificados – CM, IPAR

(10)

Legenda Antena Û Central Telefónica « Postos de Transformação Ò

Linhas de Alta Tensão

15 30 60 150 Conduta Edificios Vias Rhpline.shp albufeiras Captação # Y ETA â Estação elevatória 0 Reservatório de Medeiros ^ Reservatório do Castelo ^ Central eléctrica ÿ Estação elevatória 0 Pontes $ Estação elevatória 0

Equipamento e Edifícios Notáveis

Banco -Biblioteca ; Bombeiros þ CTT l Centro Cultural t Centro de Saúde Ñ Cinema š

Cruz Vermelha Portuguesa

Ñ Câmara Municipal W Depósito de Água T Desporto ù EDP ! Edifício Administrativo A Escola  Estabelecimento Prisional ® Farmácia 6 GNR/PSP 5 Igreja î Lar de 3ª Idade ý Mercado 5 Museu ã Outros Equipamentos # Y Serviços Municipalizados Ì TLP Subestações Eléctricas Armação de Pera % [ Lagoa % [ Porto de Lagos % [ Silves % [ Concelhos Canal de Rega N # Y ®   î Ñ T Ì Ì 5 t A !    š ù þ Ì t 6 ý 6 ; Ì t Ì 5 -6 - l AÑ A ; t ã AWAA Ì ùÌAÌý 5 t tš t Ì # Y # Y # Y # Y #Y # Y #Y # Y A # Y î î ý Ñ # Y # Y # Y # Y # Y # Y 0 $ $ $ $ 0 ^ ^ 0 54 50 101 88 98 86 115 98 71 83 66 103 76 80 70 97 73 82 78 84 65 96 55 76 89 108 82 64 73 105 16 34 15 56 41 47 47 37 48 45 67 50 14 46 34 52 41 43 55 64 72 57 68 31 34 40 14 24 40 62 73 44 18 15 50 32 32 21 5 15 20 7 7 7 6 59 15 68 64 56 8 7 68 32 84 77 81 78 89 72 90 66 76 61 61 64 32 4 8 50 5 6 4 3 56 51 14 6 5 3 12 21 2 56 79 88 84 94 91 85 89 86 84 ENCHERIM 88 MEDEIROS 96 Ò Ò Ò Ò Ò Ò Ò Ò Ò Ò Ò Ò Ò Ò Ò Ò Ò Ò Ò Ò Ò Ò Ò Ò Ò Ò Ò Ò Ò Ò Ò Ò Ò Ò Ò Ò Ò Ò Ò Ò Ò Ò Ò Ò 124 1152 « Û FR 30-4 -6 2 -FR15-191-2 FR15-69-6 FR 15 -68 -1 F R 1 5 -6 9 F R1 5 -1-3 FR 15 -6 9-2 -F R 1 5 -6 9 -2 -FR 30 -4 -FR30 -4-FR15-6 9-2 F R 30 -4 -Silves N 172000 172500 173000 173500 174000 174500 175000 24 500 25 000 25 5 00 26 000 26 50 0 Antena Û Central Telefónica « Postos de Transformação Ò

Linhas de Alta Tensão

15 30 60 150 Conduta Edificios Vias Rhpline.shp albufeiras Captação # Y ETA â Estação elevatória 0 Reservatório de Medeiros ^ Reservatório do Castelo ^ Central eléctrica ÿ Estação elevatória 0 Pontes $ Estação elevatória 0

Equipamento e Edifícios Notáveis

Banco -Biblioteca ; Bombeiros þ CTT l Centro Cultural t Centro de Saúde Ñ Cinema š

Cruz Vermelha Portuguesa

Ñ Câmara Municipal W Depósito de Água T Desporto ù EDP ! Edifício Administrativo A Escola  Estabelecimento Prisional ® Farmácia 6 GNR/PSP 5 Igreja î Lar de 3ª Idade ý Mercado 5 Museu ã Outros Equipamentos # Y Serviços Municipalizados Ì TLP Subestações Eléctricas Armação de Pera % [ Lagoa % [ Plano de Emergência Externo

Cenário de Roptura das Barragens do Funcho e do Arade

Pormenor da Zona de Silves

(11)

EDIFÍCIOS: resistência e características dos materiais quando imersos

VIAS DE COMUNICAÇÃO: principal causa de dano é a erosão; elementos mais vulneráveis são as pontes e troços de estradas paralelos aos cursos do rio; danos

podem comprometer a resposta durante a emergência

INFRA-ESTRUTURAS (abastecimento de água): danos em tomadas de água,

estações de bombagens; efeitos secundários: contaminação Vulnerabilidade do vale também se

relaciona com a probabilidade P(perdas/rotura) mais vulnerável menos vulnerável 1.0 0.9 0.8 0.7 0.6 0.5 0.4 0.3 0.2 0.1 0.0 0 2 4 6 8 10 magnitude vulnerabilidade

POPULAÇÃO: características sócio-económicas (grupos mais vulneráveis que

devem ser identificados para efeitos de planeamento de emergência)

Fase IV - Vulnerabilidade dos elementos em risco

0 - no damage 1- total damage

Susceptibilidade à “destruição” das estruturas e capacidade de sobrevivência

(12)

Por exemplo Iedi- Resistência do edificado construído (potencial para servir como “abrigo” para indivíduos

que se encontram na área de risco durante a ocorrência da cheia)

Indicadores: material dos elementos resistentes, nº de pisos, por ex.

Índice de vulnerabilidade

)

(

100

7 2 6 5 4 max

ln edi soc eco prep

vu

K

I

K

I

K

I

K

I

I

I

=

+

+

+

Fase IV - Vulnerabilidade dos elementos em risco

An

An

á

á

lise do risco nos vales a jusante de barragens

lise do risco nos vales a jusante de barragens

Physical household vulnerability Indicator

Percentage of buildings where concrete is the material of the

resistant elements

Class Indicator

Percentage of buildings with more than one floor

Class concrete buildings>80% 60%<concrete buildings≤80% 40%<concrete buildings≤60% 20%<concrete buildings≤40% concrete buildings≤20% 0 1 2 3 4 buildings +1 floor>80% 60%<buildings + 1 floor≤80% 40%<buildings + 1 floor≤60% 20%<buildings + 1 floor≤40% buildings +1 floor ≤ 20% 0 1 2 3 4

(normalização por classes e agregação de indicadores)

(13)

Fase IV - Vulnerabilidade dos elementos em risco

Quadro síntese da caracterização sócio-económica da população

Variáveis Indicadores ZAS ZIP ZIS Vale

Número PAR 885 6 973 2 544 10 402 Estrutura etária % indivíduos < 15 anos % indivíduos 15-64 anos % indivíduos > 65 anos 11,9 63,5 24,6 18,9 67,0 14,1 19,8 67,5 12,7 18,5 66,8 14,7 Escolaridade % analfabetos 30,6 16,75 15,2 17,58 Actividade % desempregados 7,8 5,4 6,4 6,5

Quadro síntese da caracterização do edificado

Variáveis Indicadores ZAS ZIP ZIS Vale

Volume 393 2231 626 3 250

Nº de pisos % edifícios com 1 ou 2 pisos 99,75 95,04 88,8 94,41

Estrutura % edifícios com elementos

resistentes com betão 41,615 50,246 35,965 46,46

Quadro síntese de outros indicadores

Indicadores ZAS ZIP ZIS Vale

Hospital/centro de saúde Não Sim Sim Sim

Cooperação de bombeiros Não Sim Sim Sim

(14)

Fase IV - Vulnerabilidade dos elementos em risco

An

An

á

á

lise do risco nos vales a jusante de barragens

lise do risco nos vales a jusante de barragens

Indicador Dados Índice

Ou sub-indice

Classes

% de edifícios com suporte em betão 46,46 Iresist 2

% de edifícios com 1-2 pisos 94,41 Inpis 4

18,52[1] % indivíduos com menos de 15 anos

% indivíduos com mais de 65 anos 14,65 Imob 2

Taxa de analfabetismo 17,58 Ianalf 3

Taxa de desemprego no distrito 6,5 Idesemp 2

Existência de infra-estruturas de protecção civil e de

equipamento social médico Sim

Iequi

0

(15)

Significado Medidas

0-20% Vulnerabilidade não importante práticas de planeamento de emergência Não é importante o desenvolvimento de

20-40% Vulnerabilidade de importância reduzida

O desenvolvimento de práticas de planeamento de emergência tem importância

reduzida

40-60% Vulnerabilidade de importância média planeamento de emergência tem importância O desenvolvimento de práticas de média

60-80% Vulnerabilidade importante É importante o desenvolvimento de práticas de planeamento de emergência 80- 100% Vulnerabilidade muito importante É muito importante o desenvolvimento de práticas de planeamento de emergência

Fase IV - Vulnerabilidade dos elementos em risco

Vulnerabilidade Indicador

Nome Classe Peso

Meio físico Elemento resistente I

resist 2 K 0,5

Iedi 3 K4 0,30 Número de pisos Inpis 4 K 0,5

Social Percentagem de crianças e de idosos

Imob 2 K 0,5

Isoc 1 K5 0,10

Número de infra-estruturas de protecção civil e de equipamentos sociais médicos

Iequi 0 K 0,5

Económica Taxa de analfabetismo

Ianalf 3 K 0,5

Ieco2 2,5 K6 0,10 Taxa de desemprego Idesemp 2 K 0,5

Preparação

Iprep 2 K7 0,50

(16)

Fase V - Estimativa das consequências Muito importante 4 Importante 3 Média 2 Reduzida 1 Negligenciável 0

ZIS ZIP ZAS

Vulnerabilida

de

Zonamento de risco Magnitude

2. Vulnerabilidade do vale Caracterização do vale a jusante

1. Perigosidade da cheia Modelação da cheia induzida

An

An

á

á

lise do risco nos vales a jusante de barragens

lise do risco nos vales a jusante de barragens

Desastres de igual magnitude com consequências diversas

Risco

Riscoelevadoelevado Risco

Riscomméédiodio Risco Riscobaixobaixo

(17)
(18)

(Adaptado de USBR, 1998)

Filosofia: “avoid becoming a victim….”

PAR (pessoas em risco)vs NEV (número excpectável de vítimas)

Metodologias

Metodologias

de

de

mitiga

mitiga

ç

ç

ão

ão

do

do

risco

risco

(19)

9

Avisos Públicos

através de sinais

sonoros (sirenes fixas e megafones

em viaturas móveis)

9

Aviso pessoal:

contactos directos

através dos telefones; uso de SMS

para todos os utilizadores na área

de inundação; aviso “porta a porta”

9

Aviso “misto” via meios de

comunicação social:

mensagens ao

público através de boletins de rádio

e televisão

Os sistemas de aviso (EWS - early warning systems) podem ser

agrupados por 3 tipos:

Nenhum sistema de aviso pode por si só e completamente

resolver as necessidades de aviso. Cada sistema tem vantagens

e fraquezas

(20)

Como avisar? … Exemplo da barragem de Alqueva

Metodologias

(21)

Definição de :

1. Estradas e caminhos de

evacuação

2. Vias a fechar ao trânsito

3. Refúgios, infra-estruturas

e espaços para alojamento

temporário de desalojados

(22)

Oque se passa após o aviso? …Evacuação da população por Auto-salvamento na ZAS Exemplo da barragem de Alqueva

Metodologias

(23)

9

a probabilidade de rotura de barragens

é muito reduzida

9

a protecção das populações deve ser o

menos complexa possível. Na cidade suíça

de Zurique, por exemplo, o elemento

essencial do plano de evacuação é de um

desdobrável contendo zonas de segurança e

seus acessos. Fora da zona de risco maior, a

medida prática de protecção consiste em

deslocar as pessoas para andares

superiores ao 3ºpiso dos edifícios

4 Observações importantes

-6

Rotura

10

(24)

9

o número de vítimas mortais é

influenciado pelo número de pessoas a

residir em áreas de risco e muito

essencialmente pela existência, ou não,

de um sistema de aviso e alerta

4 Observações importantes

Gestão

Gestão

do

do

risco

risco

nos

nos

vales a

vales a

jusante

jusante

de

de

barragens

barragens

Barragem de Zeyzoum, Síria Junho de 2002

9

de uma forma geral a reacção da

população à implementação de

medidas de protecção é positiva,

mostrando que acreditam na

afirmação de que a probabilidade de

rotura das barragens é muito

(25)

Maria Teresa Viseu, tviseu@lnec.pt

Referências

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