N°
13
JANEIRO-FEVEREIRO2001
Em menos de 5 anos, o URB-ALjá deu provas do seu mérito. A Comissão decidiu portanto dar início a uma segunda fase de mais 5 anos. É neste contexto que a sua Carta de Informação acompanha o ritmo de mudança e muda de visual. Publicada a partir de agora
pelo Secretariado técnico do URB-AL, passará a abordar múltiplos temas e a tratá-los de forma concisa. Tudo o que é específico ao programa, acontecimentos passados e futuros, projectos e informações úteis, ser-lhe-á dado a conhecer nas rubricas
AGENDA,O PROGRAMA,
ECOS DAS REDESe LISTA DE
ENDEREÇOS. A rubrica OUTROS PERCURSOSirá falar-lhe das diversas acções urbanas levadas a cabo no mundo inteiro.
Certas iniciativas da União Europeia dizem-lhe directamente respeito. A rubrica EUROPAmantê-lo-á sempre informado. Ideias e
abordagens novas fazem progredir as cidades dia após dia.
A rubrica INFORMAÇÕES ÚTEISassinalará as informações que, de alguma forma, estejam relacionadas com o programa. Neste número, certos artigos merecem uma leitura mais atenta :
o lançamento das REDES N° 7em Rosario e N° 8em Estugarda, bem como o acordo assinado entre o URB-AL e o DelNet.
As informações complementares e as versões integrais de vários artigos aguardam-no na página web do URB-AL e das redes. Boas descobertas e uma agradável leitura.
info
CARTA DE INFORMAÇÃO DO PROGRAMA URB-AL, programa horizontal de cooperação descentralizada da Comissão Europeia, destinado às cidades, regiões e otras entidades locais da União Europeia e da América LatinaCOMISSÃO EUROPEIA EuropeAid
Serviço de Cooperação Direcção América Latina Os textos da URB-AL/INFO são publicados sob a responsabilidade do Secretariado técnico do programa URB-AL
N E S T E N Ú M E R O
Parque de Espanha Rosario, Argentina
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JANEIRO-FEVEREIRO 2001AGENDA
A
CTIVID
ADES D
AS REDES
PARTICIPANTES
R E D E N ° 3 A democracia na cidade21-22 de junho de 2001 Terceira reunião anual Issy-les-Moulineaux (França)
R E D E N ° 4
A cidade como promotor do desenvolvimento económico
Final de setembro de 2001 Segunda reunião anual Madrid (Espanha)
R E D E N ° 6
Meio ambiente urbano
15-16 de junho de 2001 Seminário de lançamento Málaga (Espanha)
R E D E N ° 7
Gestão e controlo da urbanização
Final de outubro de 2001 Primeira reunião anual Rosario (Argentina)
R E D E N ° 8
Controlo da mobilidade urbana
12-13 de novembro de 2001 Primeira reunião anual Estugarda (Alemanha)
E N C O N T R O B I E N A L *
setembro 2001 Segundo encontro bienal do programa URB-AL
«A integração social na cidade» Rio de Janeiro (Brasil)
Nota: Todas as datas são comunicadas sem a confirmação prévia por parte da cidade organizadora. Para mais informações, consulte a página web das respectivas redes ou a página web do programa: www.urb-al.com
* Depois da publicação da Carta de Informação em francês, as datas de realização do encontro bienal foram modificadas.
SITU
AÇÃO A
CTU
AL
Após 4 anos de funcionamento, o programa URB-AL reúne mais de650 cidades e colectividades locais da União Europeia e da América Latina, o que representa cerca de 1 200 participações organizadas em torno de 8 redes temáticas. Isto inclui as principais metrópoles das duas regiões, mas também, e sobretudo, um número significativo de pequenas e médias cidades. A participação não cessa de aumentar graças à dinâmica própria do programa e das suas redes.
Participação das entidades locais e dos parceiros externos
(actualização a 15.12.2000)Cidades diferentes Total das Total das Total das
participações das participações dos participações entidades locais parceiros
externos América latina 362 596 73 669 Argentina 59 100 19 119 Bolívia 8 18 3 21 Brasil 45 73 6 79 Chile 52 87 18 105 Colômbia 60 85 6 91 Costa Rica 16 19 2 21 Cuba 3 9 0 9 Equador 8 21 3 24 El Salvador 2 7 0 7 Guatemala 6 11 0 11 Honduras 5 11 0 11 México 30 43 7 50 Nicarágua 11 17 0 17 Panamá 1 4 0 4 Paraguai 8 13 2 15 Peru 30 46 2 48 Uruguai 12 19 3 22 Venezuela 6 13 2 15 União Europeia 306 415 85 500 Alemanha 22 29 2 31 Áustria 4 6 0 6 Bélgica 12 16 4 20 Dinamarca 2 2 0 2 Espanha 82 124 35 159 Finlândia 7 10 0 10 França 36 50 12 62 Grécia 15 19 0 19 Irlanda 2 2 0 2 Itália 69 88 21 109 Luxemburgo 1 1 0 1 Holanda 5 6 2 8 Portugal 34 43 8 51 Reino Unido 10 13 1 14 Suécia 5 6 0 6 Total para as duas régiões 668 1011 158 1169
PROJECTOS
As informações relativas às propostas de projectos comuns das redes 1 a 5 poderão ser consultadas nas respectivas páginas web, bem como na página web do programa: www.urb-al.com
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JANEIRO-FEVEREIRO 2001URB-AL
é um programa de cooperaçãodes-centralizada da Comissão Europeia e tem por principal objectivo contribuir para o desenvol-vimento de relações directas e duradouras entre as cidades, regiões e outras entidades locais da União Europeia e da América Latina. Procura desenvolver o intercâmbio de experiências entre os responsáveis locais, bem como a aplicação e a difusão das “boas práticas” na área das polí-ticas urbanas.
URB-AL
abrange cerca de 650 cidades eregiões e uma centena de outros agentes locais das duas regiões que trabalham em conjunto de ambos os lados do Atlântico. Os protago-nistas são, na sua maioria, as grandes metró-poles (nomeadamente 38 das 46 cidades latino-americanas com mais de um milhão de habitantes) e sobretudo um número significa-tivo de pequenas e médias cidades, que par-tilham, confrontam e desenvolvem, em con-junto, as suas experiências e os seus projectos urbanos.
URB-AL
é o conjunto de 8 redes temáticas– com cerca de 1200 participações – que cons-tituem um âmbito de trabalho que permite desenvolver o intercâmbio das boas práticas urbanas em áreas como, por exemplo, as polí-ticas locais de luta contra a droga, o patrimó-nio histórico, a democracia local, o desenvolvimento económico local, as políticas
sociais, a protecção do meio ambiente, a gestão da urbanização e o controlo da mobilidade urbana.
URB-AL
é a soma de 37 projectos comunsaprovados (e duas dezenas de propostas de pro-jectos apresentadas recentemente), com a par-ticipação de cerca de 250 cidades e parceiros que dão vida a este intercâmbio de experiên-cias, estabelecendo e estreitando os laços entre si.
URB-AL, é também a produção quotidiana
de resultados – por vezes intangíveis, mas não menos concretos –, nomeadamente os resul-tados obtidos através do processo de aprendi-zagem ‘learning-by-doing’ da cooperação internacional e do trabalho em rede.URB-AL
é uma oportunidade única emter-mos de integração regional e de cooperação entre cidades da União Europeia e da América Latina, promovendo a aquisição das ferramen-tas indispensáveis para que esferramen-tas regiões assu-mam um papel novo e pró-activo, como agentes de pleno direito no cenário internacional.
URB-AL
torna-se progressivamente umareferência obrigatória no mundo da cooperação internacional, em matéria de experiências e de projectos de políticas urbanas.
MEIOS FINANCEIROS REFORÇADOS E MODALIDADES MAIS FLEXÍVEIS PARA OS PROJECTOS
URB-AL em pleno
desenvolvimento
No seguimento do parecer positivo por parte dos estados membros da União Europeia, expresso na reunião do Comité PVD-ALA, de 7 de Dezembro de 2000, a Comissão decidiu aprovar a proposta de financiamento da segunda fase do programa URB-AL (URB-URB-AL II). Com um orçamento de 50 milhões de euros e uma duração de 5 anos, o URB-AL II con-solidará a experiência do programa, reforçando os laços directos e duradouros entre entidades locais europeias e latino-americanas.
Desta forma, com base num convite para a apre-sentação de propostas publicado em 2001 no JOCE(1),
6 novas redes serão lançadas e os seus temas irão reflectir as prioridades da cooperação com a América Latina definidas pela Comissão (ver pág. 10). Os projectos comuns continuarão a ser orientados no sentido do intercâmbio de informação, de
experiências e de boas práticas em maté-ria urbana.
Entretanto, os novos projectos permitirão aplicar os resultados deste intercâmbio, consolidar as acti-vidades do programa e conferir-lhe uma melhor visibilidade, através de resultados concretos e tan-gíveis. Num âmbito mais flexível, o URB-AL II apoiará a abertura internacional, o reforço insti-tucional e a governabilidade das cidades, desde que estas se convertam em agentes incontornáveis do desenvolvimento económico e social.
(1) Jornal Oficial das Comunidades Europeias
O PROGRAMA
URB-AL
, a cidade em acção!
URB-AL
é um instrumento ideal para o desen-volvimento, nas e pelas cidades, das prioridades propostas pela Comissão Europeia no segui-mento da Cimeira do Rio : a defesa e a pro-moção dos direitos do Homem, a propro-moção da sociedade da informação e a redução dos dese-quilíbrios sociais e da pobreza (ver a página 10).URB-AL
é a combinação destas trêspriori-dades num programa de acção coerente ao ser-viço de um objectivo comum : colocar o desenvolvimento humano e a sociedade civil no centro das relações entre as duas regiões, atra-vés da acção das cidades que concentram cerca de 80% dos seus habitantes.
URB-AL
é também, e sobretudo, mulheres ehomens de todos os horizontes que decidi-ram trabalhar em conjunto, animados pela con-vicção de que conhecer e aprender com o “outro” é a melhor forma, e sem dúvida a mais eficaz, de construir a cidade de amanhã, a cidade dos nossos filhos.
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JANEIRO-FEVEREIRO 2001REDE N° 7
Temas dos grupos
de trabalho
Articulação entre a planificação urbana e a planification estratégica.
As limitações da planificação física de uma cidade foram reconhecidas há já um certo tempo. No entanto, a experiência acumulada em matéria de planificação estratégica demonstra igualmente que a sua consolidação depende em grande parte de uma articulação estreita com os planos urbanos.
Acções nos centros históricos e nos centros modernos.
Um desenvolvimento urbano equilibrado volta a dotar cada uma das partes da cidade de sentido e de funções. Reduzir o impacto negativo deste processo nos centros históricos exige acções compensatórias : a reabilitação, o controlo da degradação e a recuperação de certas funções centrais.
Reconversão urbana. Zonas industriais, portuárias, militares e ferroviárias. O desenvolvimento das zonas costeiras.
O abandono dos grandes espaços, por parte dos seus utilizadores originais, espaços estes que gozam frequentemente de uma localização estratégica, conduz a processos de degradação. A reinserção funcional desses espaços públicos na cidade, exige a elaboração de projectos urbanos e de mecanismos de gestão específicos.
Áreas degradadas e marginais: integração e programas de habitação.
A marginalidade é um problema de toda a cidade e não apenas dos sectores marginais. Em particular, esta situação constitui uma oportunidade para a cidade de realizar transformações na sua estrutura física e social, tendo por base acções concertadas entre os diferentes agentes.
Gestão do desenvolvimento metropolitano e controlo do urbanismo fragmentado.
A integração progressiva da periferia no espaço urbano cria relações funcionais de complementaridade, mas também de rivalidade entre os bairros «perdedores» e os bairros «vencedores». A área metropolitana torna-se palco de grandes projectos (parques tecnológicos e industriais, programas de habitação, infra-estruturas) que requerem novas formas de gestão, de coordenação entre as administrações públicas e de concertação entre todos os intervenientes.
DISCURSO DE ABERTURA
Por Hermes J. BINNER, Presidente da Câmara de Rosario, e Jérôme POUSSIELGUE, Comissão Europeia e responsável pelo programa URB-AL.
EXPOSÉS
■Apresentação do programa URB-AL por Marc RIMEZ, director do Secretariado técnico.
■Apresentação da rede por Roberto Miguel LIFSCHITZ, o seu coordenador.
■Apresentação do documento de base pelos seus co-autores, os peritos Jordi BORJA (Espanha), Hervé HUNTZINGER (França), Mario COREA (Argentina) e Raquel ROLNIK (Brasil).
■Apresentação, por parte do grupo de coordenação, da metodologia para os trabalhos em grupo e a formulação dos projectos comuns.
GRUPOS DE TRABALHO
■Articulação entre a planificação urbana e a estratégica
■Acções nos centros modernos e nos centros históricos
■Reconversão e recuperação das áreas abandonadas
■Integração das áreas marginais
■Gestão do desenvolvimento
metropolitano e controlo do urbanismo fragmentado.
SESSÃO PLENÁRIA DE ENCERRAMENTO
■Apresentação dos resultados dos grupos de trabalho: duas dezenas de ideias para projectos.
■Intervenção dos presidentes de Câmara presentes.
■Discurso de encerramento por Hermes J. BINNER e Jérôme POUSSIELGUE.
CIDADES REPRESENTADAS PELOS SEUS PRESIDENTES DE CÂMARA
Aguirre, Costa Rica Bragado, Argentina Caracas, Venezuela Jesús María, Peru Pergamino, Argentina Pachacamac, Peru Rancagua, Chile Río Claro, Brasil Santiago de Cuba, Cuba
ORDEM DO DIA
O lançamento da rede n° 7 teve lugar no Centro Cultural “Parque de España” de Rosario, na Argentina, nos dias 8 e 9 do passado mês de Novembro, atraindo um público tão numeroso quanto variado: membros do corpo diplomático e consular, representantes de mais de 50 cidades membros da rede, funcionários, coordenadores das redes n° 3, 6 e 8, responsáveis de organismos ligados à temática na ordem do dia,
estudantes universitários, profissionais e docentes. RELATÓRIO DO SEMINÁRIO DE LANÇAMENTO - ROSARIO
Gestão e controlo da urbanização
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JANEIRO-FEVEREIRO 2001REDE N° 7
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Temos hoje a honra de acolher os
presiden-tes de Câmaras Municipais e os representanpresiden-tes de
diferentes cidades europeias e latino-americanas, que
vieram participar no lançamento da rede n° 7 do
programa URB-AL. A cidade de Rosario deseja-lhes
cordialmente as boas-vindas.
O programa URB-AL tornou-se, no decorrer da sua
curta existência, um excelente espaço de
intercâm-bio e de cooperação entre várias centenas de cidades
europeias e latino-americanas. (...) O nosso grande
desafio consiste em prolongar os laços que se
cria-ram no decorrer deste progcria-rama, em criar relações
sólidas entre as nossas cidades e, desse modo,
con-tribuir assim de uma forma crescente para a
inte-gração da Europa e da América Latina através,
precisamente, das suas cidades. (...)
A cidade possui a capacidade de inovar e de criar os
instrumentos necessários para a melhoria da
quali-dade de vida dos seus habitantes. A concentração
urbana, incentivada pela globalização, incita-nos a
realizar, a partir das autoridades locais, uma
inte-gração em redes, que lhes permitirão assumir
ple-namente o seu papel. É aí que reside a riqueza do
programa URB-AL. (...)
As cidades latino-americanas revelam cada vez mais
as desigualdades do processo económico. Ao lado do
crescimento urbano não controlado, vê-se sobretudo
surgir a desigualdade entre os habitantes, conforme
a sua localização no espaço. (...)
As condições de vida precárias travam o
desenvolvi-mento integral das cidades. A falta de
possibilida-des impele o indivíduo a reagir de forma hostil para
com o seu meio ambiente. Eis o problema que
deve-mos abordar na América Latina: como construir uma
cidade com igualdade de oportunidades, a cidade da
dignidade dos seus habitantes, para que todos se
tor-nem cidadãos.
Devemos adoptar uma abordagem integral que
per-mita, sem equívoco, concretizar o exercício dos
direi-tos dos cidadãos ao nível dos planos do governo local
e das disposições orçamentais correspondentes. A
par-ticipação dos cidadãos nas tomadas de decisão
cons-titui a força fundamental de transformação da
realidade.
Em Rosario, vemo-nos confrontados com problemas
característicos dos processos gerais de crescimento
urbano. É neste âmbito e a partir de diferentes
rea-lizações, que aplicamos, ao nível da gestão da cidade,
as ideias de planificação comum, de cooperação e de
responsabilidade partilhada:
- o plano estratégico, que integra as visões e as
expec-tativas do conjunto das instituições da cidade, que
orienta e estabelece as grandes linhas de acção no
âmbito de um projecto urbano colectivo;
- o plano director, que reúne todas as experiências
e os antecedentes da cidade em matéria de
planifi-cação, que oferece uma nova perspectiva
relacio-nada fundamentalmente com a recuperação da
margem costeira com fins públicos e que adiciona
novos espaços para o usufruto comum;
- o programa de descentralização e de modernização
municipal que gere a reforma da administração
local, a fim de a colocar em sintonia com uma
cidade moderna, equilibrada e policêntrica;
- o programa de acção sobre a ocupação informal
do território que visa realizar a inclusão dos
sec-tores excluídos dos meandros da vida formal.
É neste sentido de integração social que os
seminá-rios como o que hoje estamos a inaugurar adquirem
um significado e um interesse particulares; eles
apro-fundam o conhecimento, a interpretação e a análise
das dinâmicas territoriais que condicionam a gestão
local.(...)
Desejo-lhes novamente as boas-vindas à nossa
que-rida cidade ».
Extracto. Versão integral : www.urb-al.com
No seu discurso de boas-vindas, Hermes BINNER,
Presidente da Câmara de Rosario, insiste na importância
da cooperação horizontal, descreve as cidades
latino-americanas como um espelho das desigualdades do
processo económico e apresenta as soluções já
elaboradas em Rosario.
O apoio de Fernando de la Rua Presidente da República da Argentina
DISCURSO
“Construir a cidade da
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JANEIRO-FEVEREIRO 2001REDE N° 8
RELATÓRIO DO SEMINÁRIO DE LANÇAMENTO EM ESTUGARDA
Controlo da mobilidade urbana
DISCURSO DE BOAS-VINDAS
Proferido por Wolfgang SCHUSTER, presidente da Câmara de Estugarda, Ulrich MÜLLER, ministro do Ambiente e dos Transportes de Land Baden-Württemberg, e Jérôme POUSSIELGUE, da Comissão Europeia e responsável pelo programa URB-AL.
EXPOSIÇÕES
■ Apresentação do programa do seminário por Theodor HÄUßLER, director municipal.
■ Apresentação do programa URB-AL por Marc RIMEZ, director do secretariado técnico.
■ Apresentação do documento de base por Carlos CEDANO CABREJOS, Brasil, Gerhard HEIMERL e Eckhart RIBBECK, Alemanha.
■ Apresentação dos temas dos grupos de trabalho, exposição sobre a meto-dologia dos projectos comuns e o modo de funcionamento dos grupos, formação dos grupos de trabalho.
GRUPOS DE TRABALHO
■ Tráfego e técnica
■ Construção e planificação urbana
■ Principais factores demográficos e socioeconómicos; papel e oportunidades da administração municipal.
SESSÃO PLENÁRIA DE ENCERRAMENTO
■ Comunicação das ideias de projectos comuns resultantes dos grupos de trabalho.
■ Discurso de encerramento proferido por Wolfgang SCHUSTER.
Wolfgang Schuster (Presidente da Câmara de Estugarda), José Vivanco Bolivar Castillo (Presidente da Câmara de Loja, Equador) e Theodor Häußler (coordenação da rede 8)
Foi na Casa da Economia em Estugarda, Alemanha,
que teve lugar o lançamento da rede n° 8,
nos dia 19 e 20 de Outubro de 2000. Mais de 120 participantes,
representando grande parte das
administrações municipais, empresas de transporte e organismos de investigação e pesquisa, trocaram experiências, debateram problemas com que se depararam e soluções possíveis.
ORDEM DO DIA
ESTUGARDA VISTA POR
“A mobilidade é também
uma questão de agilidade
de espírito”
O artigo de Jutta DEFFNER, engenheiro e
partici-pante no seminário, não é nem uma crónica, nem
uma reflexão filosófica, nem um inventário, mas
sim tudo isso ao mesmo tempo. Um todo que
nos desperta o desejo de saber mais e de
acom-panhar de perto os projectos da rede 8...
“A maioria dos participantes na elaboração do documento
de base eram membros do FOVUS (Centro de investigação
em matéria de transportes da Universidade de Estugarda),
do Instituto dos Caminhos de Ferro e dos Transportes,
da Conservação das Redes de Comunicação Públicas e de
Transportes, do Instituto de Estudos Urbanísticos e do
Instituto Geográfico. (...) Este documento é baseado numa
análise da evolução do urbanismo e dos transportes nos
dois continentes, em particular durante a segunda metade
do século XX, que demonstra que os desenvolvimentos
actuais – sobretudo no plano da mobilidade automóvel
– intervêm de forma similar nos dois continentes, apesar
de uma certa disparidade no tempo. (...)
Por unanimidade, os participantes identificaram os
seguintes problemas e desafios :
- controlo do aumento da circulação individual,
- financiamento dos transportes públicos,
- reorganização dos sistemas de transportes,
- controlo dos fenómenos urbanísticos como a tendência
para a suburbanização, a expansão dos complexos
comerciais de grande envergadura (shopping malls,
etc.), a privatização do espaço público, etc.
- tendências de mudança social (hábitos no plano da
mobilidade, contexto demográfico)
- efeitos nefastos da circulação automóvel na qualidade
de vida urbana. (...)
Em paralelo, a cidade de Estugarda tinha organizado um
programa de visitas a empresas que visava
proporcio-nar uma percepção dos diferentes aspectos da mobilidade
no quotidiano da cidade de Estugarda.
O resultado do seminário e as experiências dele
decor-rentes são claras: tanto o trabalho realizado nos grupos
como as discussões informais ilustraram o clima de
aber-tura e de criatividade que dominava o encontro. Todos os
participantes deram provas de uma notável disposição
para a colaboração. E isto apesar de alguns obstáculos de
ordem linguística.”
■
Trecho do artigo de Jutta DEFFNER, engenheiro na Universidade de Estugarda.
Versão integral: www.urb-al.com Jérôme Poussielgue (Comissão Europeia), Heloísa Passareiro (Secretariado Técnico),
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JANEIRO-FEVEREIRO 2001Na Bélgica, a «Avenida Verde de
Hasselt» é um bom exemplo de
uma colaboração bem sucedida
entre uma Câmara Municipal e
uma empresa.
“Em conjunto, a Cidade de Hasselt, o governo flamengo e a empresa dos trans-portes públicos ‘De Lijn’, pensaram na criação de um centro da cidade, que fosse atraente e acessível, mas também habi-tável e inovador. Desta reflexão nasceu um projecto urbanístico completo, a ‘Avenida Verde de Hasselt’.
A abordagem dos três parceiros deu ori-gem a um acordo de mobilidade, que defi-niu ao mesmo tempo as grandes linhas das medidas a serem tomadas para alcançar uma mobilidade durável e as soluções de financiamento do projecto.
A estrada periférica que rodeia o centro da cidade tornou-se uma ‘Avenida Verde’. Metade dessa estrada de quatro faixas foi então novamente desenhada. O espaço ganho com esta transformação foi então utilizado na criação de passeios largos e pistas para bicicletas. Milhares de arbustos e 450 árvores foram plantados na ‘Avenida Verde’ e ao seu redor.
Foram tomadas inúmeras medidas a fim de melhorar o periférico exterior utilizado
para a passagem do trânsito : semáforos sincronizados, painéis inteligentes e túneis para ciclistas e peões. Construíram-se locais de estacionamento na proximidade do peri-férico exterior, contribuindo assim para o sistema ‘park & ride’.
A fim de reduzir o trânsito no pequeno cir-cuito, as estradas de acesso radiais foram completamente reconstruídas e adapta-das: as bandas de circulação foram estrei-tadas e o espaço livre disponível foi adicionado aos passeios, às pistas para as bicicletas e aos espaços verdes.
Um plano de circulação totalmente novo foi elaborado para este centro da cidade: um grande número de locais de estacio-namento situados nas ruas foi suprimido, e foram criadas praças públicas e passeios. E para se ter o prazer de desfrutar de uma folhagem verde logo, desde a conclusão da Avenida, seleccionaram-se apenas ace-res com 20 cm de diâmetro e com 6 a 7 metros de altura.
Os antigos locais de estacionamento à super-fície foram substituídos por simpáticas praças que permitem acolher acontecimentos públi-cos. Os transportes públicos representam uma importante prioridade na ‘Avenida Verde’. Os equipamentos electrónicos per-mitem aos autocarros influenciarem os semáforos e apresentam ainda uma prio-ridade em relação aos outros veículos.”
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ENCONTRO BIENAL
A AVENIDA VERDE DE HASSELT
Cada um a seu ritmo!
MENSAGEM DE CÉSAR MAIA, PREFEITO DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO
Bem-vindos
ao segundo
Encontro Bienal
“O Rio de Janeiro prepara-se para acolher, em Setembro de 2001, os participantes do segundo Encontro Bienal do Programa URB-AL. (...)
Este acontecimento dedicar-se-á ao tema da
inte-gração social na cidade, sob dois ângulos :
- conceitos, paradigmas e indicadores da
inte-gração social,
- políticas de integração social através da
habi-tação e do trabalho.
Mais do que nunca, as cidades e as autoridades
locais esforçam-se por compreender o seu papel
num mundo onde é necessário fazer frente às
desigualdades.
Metrópole com seis milhões de habitantes, o Rio
de Janeiro é frequentemente apresentada como
uma das mais belas cidades do mundo; a sua
diversidade é a sua maior riqueza. Constitui
assim o cenário ideal para um debate que deverá
permitir às autoridades locais clarificar a agenda
social para o século XXI.
O Rio de Janeiro dá desde já as boas-vindas aos
participantes do segundo Encontro Bienal do
Programa URB-AL”.
Informações e Inscrições: www.rio.rj.gov.br/urbal
Extracto de um artigo de Jean VANDEPUTTE, engenheiro chefe
dos serviços técnicos da Cidade de Hasselt. Versão integral: www.urb-al.com 1. A «Avenida Verde de Hasselt» 2. Planos em perfil - Antes - Depois
A s u a o p i n i ã o
i n t e r e s s a - n o s !
Os seus comentários, observações e sugestões sobre a nova “URB-AL INFO”
são bem-vindos. Não hesite em contactar-nos :
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JANEIRO-FEVEREIRO 2001REDE N° 3
França-Brasil,
um encontro
que mereceu
bem a viagem!
Para André SANTINI,
Presidente da Câmara
de Issy-les-Moulineaux,
o balanço da reunião de
trabalho em Belo Horizonte
é positivo.
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(...) Este acontecimento permitiu lançar três
grandes eixos de acção para o futuro do programa.
O primeiro é o prosseguimento do diálogo sobre a
democracia na cidade... (...).
Iremos alargar o campo do nosso debate, tendo em
conta os desafios cada vez maiores que são
coloca-dos para as nossas cidades : o desemprego, a
preca-riedade e a pobreza, a exclusão, a violência e a
insegurança, a fraca educação, etc. (...) Estas
pro-blemáticas requerem respostas mais bem
adapta-das... (...). Não se pode ter medo de utilizar as novas
ferramentas para reforçar os processos de construção
democrática, em particular, as novas tecnologias da
informação e da comunicação. (...)
O contacto humano é o veículo essencial da
demo-cracia. Essa é também uma das razões principais da
organização dos nossos encontros”.
■
Extraído de “Um programa que uniu a América Latina e a Europa”, artigo de EvertonV. Machado, publicado no N° 4 de Revista Latina, Julho de 2000.
MÁLAGA TORNA-SE COORDENADORA DA REDE N° 6
Para beneficio de todos
Presidência internacional e colaboração urbana : na opinião de Francisco de la Torre, Presidente da Câmara de Málaga, as principais vantagens de que Málaga auferirá da sua selecção como coordenadora da rede n° 6, subordinada ao tema ‘Meio ambiente urbano’, emanarão da sua projecção no cenário internacional.
A presença dos presidentes de Câmara e representantes de 84 cidades (números de Novembro de 2000) no seminário de lançamento, que ocorrerá em Junho de 2001, significa “não ape-nas a promoção do estudo e as trocas de pontos de vista, mas também a repercussão do nome de Málaga”.
A cidade coloca-se assim ao mesmo nível das 7 cidades coordenadoras das outras redes do programa : Santiago do Chile, Vicenza, Issy-les-Moulineaux, Madrid, Montevideo, Rosario e Estugarda (ver a página 12).
Trecho de um artigo do Miguel FERRARY em «A opinião de Málaga» de 28 de Novembro de 2000.
Odense, o primeiro membro dinamarquês
da rede n°5 «Políticas sociais urbanas»,
decidiu em Junho de 2000 de coordenar um
projecto de cooperação URB-AL.
Esta acção surgiu no seguimento de um pro-jecto co-financiado pela Comissão Europeia “Local Women / Global Network”, concluído em Junho de 2000, no âmbito do programa para a igualdade de oportunidades (parceiros: Finlândia, Dinamarca, Espanha e Itália). A data limite para a entrega do projecto URB-AL tinha sido fixada para 30 de Setembro de 2000. Bem preparados e dispondo de um prazo suficiente – pelo menos, assim o julgávamos !
ECOS DAS REDES
– iniciámos a redacção do projecto, em cola-boração com os nossos associados espanhóis e costa-riquenhos. Ao mesmo tempo, iniciáva-mos a corrida às cartas de adesão…
Às 14h30, no dia D da entrega do projecto à cidade de Montevideo, coordenadora da rede n° 5, recebíamos o último documento de adesão, após uma inacreditável corrida em que equívocos, destinatários errados, falta de selos, documentos enviados para endereços errados e mil e uma confusões, sucederam-se umas após as outras.
APESAR DE TUDO,
CONSEGUIMOS CHEGAR A TEMPO!
Isto só prova que, apesar de uma boa prepa-ração e de uma recolha cuidada dos dados necessários, o tempo é sempre muito pouco. “De nada nos serve correr, tem de se partir a horas !”, dizia La Fontaine. Eis um ditado que se aplica perfeitamente aos projectos do URB-AL! Como as propostas de projectos devem ser enviadas 5 meses após a reunião de uma rede, um tal prazo não pode ser considerado um luxo para a respectiva elaboração e envio... Hoje, esperamos com impaciência os resulta-dos da selecção resulta-dos projectos. Entretanto, esforçamo-nos para manter a chama acesa junto dos nossos parceiros costa-riquenhos e espan-hóis. Mesmo se os dias de emoção já estão bem longe, julgamos que, tão cedo, não nos esque-ceremos desta experiência!
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Adaptado de um texto de Peter SAUGMAN, Odense Denmark EU-Office, e-mail: odense@odense.be A DINAMARCA ADERE AO URB-AL
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JANEIRO-FEVEREIRO 2001O “TOOLKIT”,
OU COMO INTENSIFICAR A PARTICIPAÇÃO DOS CIDADÃOS NAS TOMADAS DE DECISÃO LOCAIS
Os cidadãos decidem!
D
esenvolvido por três organismos holandeses – o “International Project Unit” (IPU) da Associação das Municipalidades Holandesas (VNG), o organismo de desenvolvimento Novib e a plata-forma Habitat - , o ‘Toolkit’ propõe um conjunto de instrumentos e de técnicas políticas que visam o reforço do processo democrático da tomada de decisão, intensificando a participação dos cidadãos na gestão local. Destina-se às autoridades locais, nomeadamente nos países em vias de desen-volvimento e em fase de transição, bem como às organizações da sociedade civil que trabalham em parceria com as autoridades locais.Desenvolvido sob a forma de uma página web, estará disponível em cinco línguas e apoiado por uma versão em ‘papel’, destinada tanto aos projectos educativos como às regiões onde a Internet ainda não chegou ou é pouco acessível.
O seu lançamento ocorrerá logo depois que os promotores tenham reunido no mínimo 100 exem-plos qualitativos da participação dos cidadãos. Estes exemexem-plos serão classificados de acordo com critérios tais como a dimensão da cidade, os principais agentes envolvidos, os instrumentos ou téc-nicas utilizados e os centros de interesse sectoriais ou temáticos. Para além disso, os utilizadores poderão intervir e ter acesso a outras páginas web relacionadas com o mesmo tema.
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Para maiores informações:
Barbara PERQUIN, VNG/IPU - Tel. : +31-70-3738799, E-mail: barbara.perquin@vng.nl Anne KOOISTRA, Novib - Tel. : +31-70-3421824, E-mail: anne.kooistra@novib.nl
PARA OS CITADINOS FRANCESES, OS PRESIDENTES DE CÂMARA
E OS ARQUITECTOS DEVERIAM INTERVIR MAIS NO ORDENAMENTO URBANO
Um reconhecimento
apreciado
“A questão urbana é o ponto central da segunda
edição dos Encontros de Arquitectura, (La
Villette, Novembro de 2000) (...) novas questões
foram formuladas e colocadas aos Franceses
por Ipsos. (...)
O papel do arquitecto não só é reconhecido,
como também se apresenta como
indispensá-vel ao trabalho no espaço quotidiano dos
Franceses : a cidade. Para 20% dos Franceses, o
arquitecto é o primeiro agente do ordenamento
da cidade, para 49%, o arquitecto
apresenta-se como um agente importante. (...)
Quem é o responsável pelo ordenamento das
cidades ? Resposta sem ambiguidade : as
colec-tividades territoriais, muito antes do Estado e
das associações. A descentralização já entrou
nos hábitos e costumes. Quem deverá ser o
res-ponsável ? Os mesmos, isto quando as pessoas
interrogadas não expressarem o desejo de verem
as associações a desempenhar um papel de
maior relevo. (...) 74% (...) declaram-se
satis-feitos com os seus vereadores em matéria de
urbanismo. Como consequência desta
bem-aventurança, os questionados estimam que as
questões urbanas desempenharão um papel
essencial na orientação do seu voto nas
próxi-mas eleições municipais (...).”
Extraído do jornal «Le Monde» de 14 de Novembro de 2000.
‘‘
Terceira maior cidade do país, (...), Belo Horizonte aplica o orçamento participativo desde 1993. Para o Prefeito Municipal, Sr. Célio de Castro, o orçamento participativo pertence à esfera do projecto político e não apenas ao âmbito da gestão e da administração. «O orça-mento participativo é um sinónimo de decisão democrática. É claro que as decisões são toma-das após uma vasta discussão colectiva. E cabe a quem se encontre no comando deste grande processo democrático, assumir totalmente a responsabilidade pelas decisões tomadas». O orçamento participativo exige um esforço con-jugado de planificação e de mobilização, que se divide em três processos: o orçamento partici-pativo regional, o orçamento participartici-pativo de habitação e o orçamento participativo da cidade. A mobilização dos habitantes diz respeito à tomada de decisões para os trabalhos de infra-estrutura, à construção de habitações e à exe-cução de programas sociais e urbanos. (...) ‘O orçamento participativo é uma velha reivin-dicação dos movimentos populares’, relembra António Carlos Damião Pereira, um dos coor-denadores da central dos movimentos popula-res, que reúne associações de habitantes e grupos culturais. Para ele, as principais conquistas dos sete anos de adopção do orçamento par-ticipativo são : a possibilidade de inverter asOUTROS PERCURSOS
prioridades em favor de operações nas regiões economicamente mais desfavorecidas; uma maior racionalização das despesas públicas; um alargamento da democracia, com a sensibili-zação dos cidadãos que acabam por ter uma visão mais ampla dos problemas da cidade. Maria Auxiliadora Gomes, directora do orça-mento participativo, explica que o funciona-mento do orçafunciona-mento participativo da cidade permite analisar a determinação de programas nas áreas da saúde, educação, transportes, etc. «No âmbito do orçamento participativo da cidade, organizamos pré-conferências que reú-nem cerca de seis mil pessoas ligadas a estas áreas. Estas são responsáveis pela definição das prioridades e pela selecção de 700 delegados para a Conferência da cidade. Esta instância dedica-se a uma classificação hierárquica dos requerimentos que deverão ser executados pela Prefeitura Municipal. Por sua vez, a Conferência selecciona os membros da Assembleia Municipal, composta por 79 elementos, que procederão ao acompanhamento de toda a exe-cução orçamental.”
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Extraído de “Os cidadãos decidem o orçamento”, artigo de Ana Maria Rodrigues de Oliveira.
Versão integral : www.urb-al.com ORÇAMENTO PARTICIPATIVO
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JANEIRO-FEVEREIRO 2001SEGUIMENTO DA CIMEIRA DO RIO E PREPARAÇÃO DA CIMEIRA DE MADRID
Três prioridades
No dia 31 de outubro de 2000, a Comissão
enviou ao Conselho e ao Parlamento
Europeus uma comunicação –
COM 2000(670) – que traça os pontos
principais do que ficou definido no
seguimento da Cimeira do Rio em Junho de
1999, na perspectiva da preparação da
segunda Cimeira conjunta que deverá
realizar-se em Madrid no ano 2002, durante
a presidência espanhola da União Europeia.
As prioridades manifestadas no Rio e retoma-das em Tuusula são confirmaretoma-das e especifica-das. Particularmente, a Comissão definiu três eixos estratégicos :
■ A promoção e a defesa dos direitos do Homem, incluindo os direitos económicos e sociais;
■ A promoção da sociedade da informação;
■ A redução dos desequilíbrios sociais e a luta contra a pobreza.
Nestas áreas, a Comissão propõe programas de acções específicos que deverão permitir regis-tar avanços significativos.
No que respeita aos programas de cooperação descentralizada, entre os quais o URB-AL, a Comissão evidencia, entre outras coisas, que: “Convém sublinhar que (…) as áreas prioritá-rias definidas em Tuusula continuarão a ser tra-tadas por meio dos instrumentos de cooperação existentes, nomeadamente os programas hori-zontais descentralizados (…). Estes instrumen-tos deverão igualmente contribuir para apoiar o diálogo com a sociedade civil, outra priori-dade essencial definida na Cimeira do Rio”.
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Extracto. Versão integral: www.urb-al.com
Em VII capítulos e 53 artigos, a Carta resume o essencial:
“A dignidade humana é inviolável. Deve ser respeitada e protegida”.
“Ninguém poderá ser condenado à pena de morte, nem executado”. (...) A interdição da clonagem
repro-dutiva dos seres humanos. A União respeita a diversidade cultural, religiosa e linguística. As crianças têm o
direito à protecção e aos cuidados necessários para o seu bem-estar. Podem exprimir livremente a sua
opi-nião (...). A Uopi-nião reconhece e respeita o direito das pessoas idosas a ter uma vida digna e independente (...).
Todos os trabalhadores têm direito às condições de trabalho que respeitem a sua saúde, a sua segurança e
a sua dignidade. Todos os cidadãos ou cidadãs da União têm o direito ao voto e à elegibilidade (...). Todos
os acusados são considerados inocentes até que a sua culpabilidade seja legalmente declarada”.
O primeiro passo para a sua inserção nos tratados constitutivos da União
Na parte do seu discurso relativo à Carta, o Sr. Romano Prodi, Presidente da Comissão Europeia
especifi-cou: “Para a Comissão, esta proclamação marca o compromisso das instituições em respeitar a Carta em
todas as acções e em todas as políticas da União. Em suma, a Carta é a ferramenta que permite o controlo do
exercício das competências comunitárias, em observância dos direitos fundamentais. Os cidadãos e as cidadãs
podem contar com a Comissão para fazer respeitar a Carta em todas as facetas da vida da União, tanto no
seu interior como nas relações com outros países.
No momento em que assino esta Carta em nome da Comissão, e olhando para o futuro, estou certo de que
esta proclamação permite pôr um alicerce sólido na evolução da protecção dos direitos fundamentais no seio
da União. Nesta base, a protecção dos direitos fundamentais poderá continuar a reforçar-se. Também sobre
esta base, poderemos com serenidade considerar a inserção da Carta nos tratados constitutivos da União,
inserção esta que a Comissão deseja ver concretizada o mais breve possível”.
Versão integral da Carta (disponível em francês e inglês): http://europa.eu.int/comm/justice_home/unit/charte/index_fr.html
EUROPA
A CARTA DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS DA UNIÃO EUROPEIA
Aprovada em Biarritz,
proclamada na Cimeira de Nice
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JANEIRO-FEVEREIRO 2001URBANIZAÇÃO E DESENVOLVIMENTO LOCAL
A CEPAL,
uma fonte
de informações
A CEPAL (Comissão Económica para a América Latina) é uma das comissões regionais das Nações Unidas que, desde a sua criação, cons-titui nomeadamente um importante centro de reflexão e uma referência obrigatória para as políticas de desenvolvimento económico e social da América Latina. A página web da Cepal é uma fonte privilegiada de informações sobre todos os aspectos destas políticas.
No seguimento da Conferência Habitat e da preparação da Conferência Regional para a América Latina, que ocorrerá em Santiago do Chile em 2001, a Divisão ‘Meio Ambiente e Habitat’ publicou recentemente um docu-mento cuja leitura é recomendada pelo secretariado: ‘de la urbani-zación acelerada a la consolidación de los asientos humanos en amé-rica latina y el Caribe: el espacio regional’. Uma série de obras de foro mais técnico encontra-se igual-mente difundida na série ‘Meio Ambiente e Desenvolvimento’. Por outro lado, em Outubro de 2000, a Cepal organizou um semi-nário de apresentação dos resulta-dos do projecto conjunto Cepal / GTZ sobre o tema ‘Desenvolvi-mento económico local e descen-tralização na América Latina’. No âmbito deste projecto, foram publi-cados 45 estudos de casos
relati-vos às cidades ou às regiões latino-americanas ou europeias*. Entre as cidades seleccionadas no que respeita as experiências significativas nas duas regiões, encontram-se várias que são membros activos do programa URB-AL.
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Página web cepal: www.cepal.org Os estudos dos casos encontram-se disponíveis na página:
www.cepal.org/espanol/proyectos/deslocal/indice.htm
INFORMAÇÕES ÚTEIS
PARA LER ANTES DE AGIR
“El ciclo del proyecto
de cooperación al desarrollo.
El enfoque del marco lógico”
De leitura fácil, esta obra foi
con-cebida e redigida por Manuel
Gómez Galán e Héctor Sainz
Ollero como sendo uma
ferra-menta pedagógica.
A cooperação para o
desen-volvimento realiza-se, em
grande parte, através dos
projectos executados
com base em certos
conceitos e metodologias de trabalho,
segundo o modelo apresentado neste manual.
Esta obra revela-se um instrumento precioso para
a elaboração ou a execução de projectos comuns.
Este manual poderá ser encomendado através do seguinte endereço: cideal@cideal.org
sendo o seu preço de 2 000 pta, acrescidos das despesas postais. COOPERAÇÃO DELNET / URB-AL
Um acordo
prometedor
Este acordo inscreve-se no âmbito das priori-dades da Comissão Europeia e da OIT relati-vas à coordenação entre as instituições e à exploração das sinergias existentes em favor dos beneficiários da cooperação internacional. O DelNet, programa de apoio ao desenvolvi-mento local do Centro de Formação da Organização Internacional do Trabalho, e o Programa URB-AL da Comissão Europeia assi-naram recentemente um acordo de cooperação. Esta convenção permitirá realizar actividades conjuntas e executar completamente as partes complementares dos dois programas em favor dos mesmos beneficiários, as entidades locais e os outros agentes locais da União Europeia e da América Latina.
Este acordo prevê, entre outros pontos :
■ a difusão recíproca das informações sobre as actividades dos dois programas,
■ a participação recíproca nas actividades dos dois programas,
■ a incorporação dos documentos produzidos no âmbito das actividades URB-AL na biblio-teca virtual - InfoDoc - do DelNet,
■ a possibilidade, para os participantes do URB-AL, de aceder aos serviços do DelNet com uma tarifa preferencial, a partir da Primavera de 2001. A saber: a formação à distância, os serviços de informação e de assistência téc-nica virtuais, e o acesso à Intranet DelNet, que inclui uma biblioteca virtual, um fórum electrónico e outras bases de dados. Os diferentes pontos deste acordo serão esta-belecidos conjuntamente pelo DelNet e pelo Secretariado técnico do URB-AL, a partir de Janeiro de 2001. Regista-se já um certo número de participantes activos simultaneamente nos dois programas.
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Página web Delnet: www.itcilo.it/delnet Contacto: delnet@itcilo.it
REDE N°
1
Droga e cidade
Coordenador: Municipalidad de Santiago de Chile Contacto: Sra. Maria José Bunster, Directora de
Relaciones Públicas
Endereço: Municipalidad de Santiago de Chile Programa URB-AL - Red n° 1 Plaza de Armas s/n Santiago - Chile Tel.: +56 2 632 70 42 Fax: +56 2 280 60 55 e-mail: mjbunster@munistgo.cl Internet: www.urb-al.cl REDE N°
2
Conservação dos contextos
históricos urbanos
Coordenador: Provincia di Vicenza
Contacto: Dott. Franco Pepe, Capo di Gabinetto Endereço: Amministrazione Provinciale di Vicenza
Programma URB-AL - Rete n°2 Contra Gazzolle,1
I-36100 Vicenza - Italia Tel.: +39 0444 399208 / 326768 Fax: +39 0444 327825 / 323574 e-mail: urb-al.rete2@provincia.vicenza.it Internet: www.urb-al.net/rete2 REDE N°
3
A democracia na cidade
Coordenador: Ville d’Issy-les-Moulineaux Contacto: Mme. Marie Virapatirin Endereço: Programme URB-AL - Réseau n°3
Hôtel de Ville - Bureau de la coordination 62, rue du Général Leclerc
F-92130 Issy-les-Moulineaux - France Tel.: +33 1 40957920 / 40956772 Fax: +33 1 40959725 / 40956532 e-mail: urb-al@wanadoo.fr Internet: www.issy.com/urb-al REDE N°
4
A cidade como promotora
do desenvolvimento económico
Coordenador: Ayuntamiento de Madrid
Contacto: Sra. Mercedes de la Merced Monge, Primera Teniente de Alcalde Endereço: Programa URB-AL - Red n° 4
Antiguo Laboratorio Municipal Calle Bailén n° 41- 2ª planta E-28005 Madrid - España Tel.: +34 91 588 47 60 / 90 Fax: +34 91 588 47 88 e-mail: fronn@munimadrid.es urbal4@munimadrid.es Internet: www.munimadrid.es/urbal REDE N°
5
Políticas sociais urbanas
Coordenador: Intendencia Municipal de Montevideo Contacto: Sra. Marta Ponce de León, Directora de
Cooperación y Relaciones Internacionales Endereço: Programa URB-AL - Red n° 5
Luis Piera 1994
Edificio Mercosur (STP Mercociudades) 11200 Montevideo - Uruguay Tel / Fax.: +598 2 400 23 38 / 413 66 24 / 413 66 25 e-mail: red5@deir.imm.gub.uy Internet: www.montevideo.gub.uy/urbal.htm REDE N°
6
Meio ambiente urbano
Coordenador: Ayuntamiento de Málaga Contacto: Sr. Pedro Marín Cots, Endereço: Programa URB-AL - Red n° 6
Palacio de Salinas Salinas n° 6, 1ª planta E-29015 Málaga - España Tel: +34 95 260 27 77 Fax: +34 95 222 30 92 e-mail: red6@urbalmalaga.com pmarin@ayto-malaga.es Internet: www.urbalmalaga.com REDE N°
7
Gestão e controlo da urbanização
Coordenador: Intendencia Municipal de Rosario Contacto: Ing. Roberto Miguel Lifschitz,
Secretario General Endereço: Programa URB-AL - Red n°7
Av. Belgrano 328 Piso 3° AR-2000 Rosario - Argentina Tel.: +54 341 421 37 51 / 421 30 14 Fax: +54 341 449 34 00
e-mail: urbal@rosario.gov.ar Internet: www.rosario.gov.ar/urbal
REDE N°
8
Controlo da mobilidade urbana
Coordenador: Landeshauptstadt Stuttgart Contacto: Ing. Wolfgang Forderer Endereço: URB-AL Programm - Netz nr.8
Nadlerstraße, 4 D-70173 Stuttgart - Deutschland Tel.: +49 711 216 87 99 / 216 87 98 Fax: +49 711 216 87 97 e-mail: urb-al@stuttgart.de Internet: www.stuttgart.de/europa/urb-al
LISTA DE ENDEREÇOS
R E D E S U R B - A L
I N F O R M A Ç Ã O
SEGUNDO ENCONTRO BIENAL
«A integração social na cidade» Coordenação:
Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro Contacto:
Sr. Raul Leite Ribeiro, Embaixador Endereço:
Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro Relações Internacionais e Cerimonial Palacio da Cidade - Rua São Clemente, 360 - Botafogo
22260-000 Rio de Janeiro, RJ - Brasil Tel.: +55 21 2862239 / 2861045 Fax: +55 21 2869246
e-mail: urbalrio@pcrj.rj.gov.br Internet: www.rio.rj.gov.br/urbal
E A I N D A
PROGRAMA ASIA URBS
(o equivalente do programa URB-Al para o continente asiático)
Asia Urbs Secretariat 205, rue Belliard B-1040 Bruxelles (Belgique) Tel.: +32 2 230 76 88 Fax: +32 2 230 69 73 e-mail: secretariat@asia-urbs.com Internet: www.asia-urbs.com layout: tell&graph COMISSÃO EUROPEIA
EuropeAid Serviço de Cooperação Direcção América Latina Unidade «Integracão regional. Apoio institucional»
Endereço: Programa URB-AL Rue de la Loi, 200 B-1049 Bruxelles - Belgique Tel.: +32 2 295 12 29 Fax: +32 2 299 36 22
SECRETARIADO TÉCNICO URB-AL
Contacto: Chantal Jacquot
Endereço: Av. de Broqueville, 116- Bte 6 B-1200 Bruxelles - Belgique Tel.: +32 2 775 93 00 Fax: +32 2 775 93 09 e-mail: secretariat@urb-al.com Internet: www.urb-al.com
I N T E R L O C U T O R E S
Esta publicação foi realizada pelo Secretariado técnico do programa URB-AL com o apoio financeiro da Comissão Europeia. Os pontos de vista nela expressos não reflectem de forma alguma a opinião oficial da Comissão Europeia.