FUNDAÇÃO SANTO ANDRÉ
Aos vinte e cinco dias do mês de junho de dois mil e dois, na sala da 1
Reitoria, realizou-se reunião extraordinária do Conselho Diretor, sob a 2
presidência do Prof. Dr. Odair Bermelho, Reitor do Centro Universitário 3
Fundação Santo André e com a presença dos Senhores Conselheiros: Profa. 4
Herminia Moraes dos Santos, Profa. Cleuza Rodrigues Repulho, Prof. 5
Acylino Bellissomi, Sr. Cezar Moreira Filho, Profa. Maria Elena Villar e Villar, 6
Profa. Ocléia Maria de C. Cattaruzzi, Prof. Valdir Demarchi, Prof. Murilo 7
Andrade Valle, Sra. Rosa Maria Fontes, Prof. Marcio Silva, Sr. Nilson 8
Zacharias, Sr. Tarcisio Secoli e Sr. Cláudio Pereira Noronha. Justificadas as 9
ausências do Dr. Ivo Bastos Ruiz e Ac. Kleber Okumura Paiva. Verificada a 10
existência de número legal para deliberação, o Sr. Presidente deu por abertos 11
os trabalhos, às 17h20. Informou que a convite da Presidência estão 12
presentes à reunião, o Assessor Jurídico da Instituição, Dr. Carlos Alberto 13
Nunes Barbosa e o Prof. Alcides Melilo Galante, Pró-Reitor de Administração 14
e Planejamento. 01 – Aprovação da ata da reunião ordinária de 11.06.02 15
(6ª) – O Prof. Marcio, solicitou correção nas linhas 171/172 – onde se lê “... 16
para se atrelar ao Conselho Universitário...”, leia-se “...para se integrar ao 17
Centro Universitário...”. A Profa. Cleuza informou que o Sr. Mauricí participou 18
do esclarecimento prestado por ela às linhas 156/160, devendo constar às 19
linhas 156 no início da frase: “A Profa. Cleuza, acompanhada pelo Sr. 20
Mauricí, informou que...”. Em votação, o Conselho aprovou a ata com as 21
alterações propostas, por unanimidade. 02 – Processo n° 7879/02 – 22
Informações solicitadas por ocasião da aprovação do Balanço do 23
exercício de 2001 – O Prof. Galante informou que, conforme solicitação do 24
Conselho Diretor na última reunião, o escritório de advocacia Tojal Renault 25
enviou relatório com relação à posição do processo COFINS, do qual fez a 26
leitura. O Prof. Demarchi, pelo relatório, verifica que o escritório não visualiza 27
expectativa de êxito no processo. Assim é necessário pensar em se fazer 28
uma provisão para essa conta já no próximo ano. Solicitou que se solicite ao 29
escritório, uma vez que não foi apresentada, as alternativas para liquidação 30
do débito na justiça. Que se consulte também se quando esgotados todos os 31
recursos, e houver condenação, se terá possibilidades de negociação do 32
pagamento junto à parte administrativa. O Prof. Galante disse que como são 33
muitas as entidades educacionais envolvidas nesse processo, imagina que o 34
supremo não seja muito rigoroso, pois, se houver condenação total, muitas 35
escolas ficarão numa situação gravíssima. Disse que na medida em que a 36
Instituição efetuar um possível parcelamento e efetuar o primeiro pagamento, 37
estará assumindo a condenação e deixará de beneficiar-se de qualquer 38
absolvição ou anistia. Dessa forma, concluiu que seria um risco muito grande 39
para a Instituição iniciar qualquer negociação de pagamento. O Conselho 40
Diretor aprovou que se estude uma forma de incorporar no orçamento de 41
2003 provisão para essa conta. O Prof. Galante, com relação às aplicações 42
financeiras, informou que em 2001 não houve aplicações em CDB que são 43
mais rentáveis, só em FAFEM. Em 2000 houve aplicações em CDB que 44
rende de 1,5 a 1,7, sendo que em FAFEM rende perto de 0,7. Informou o 45
Prof. Galante que desde maio do corrente ano está aplicando em CDB. Com 46
relação ao controle de estoque da dívida o Prof. Galante distribuiu material 47
contendo as informações: “Débitos de 1990 a 2001 (R$ 10.263.607,02) + 48
Débitos de 2002 – posição de 11/06/02 (R$ 2.635.936,05) = Total de R$ 49
12.899.543,07: Débitos de alunos matriculados em 2002 e de anos anteriores 50
(R$ 4.011.389,88) + Débitos de alunos não matriculados em 2002 (R$ 51
8.888.153,19); Débitos ainda não negociados na Camargo Rodrigues (R$ 52
8.909.008,34) + Débitos negociados na Camargo Rodrigues e ainda não 53
quitados (R$ 3.990.534,73); Débitos já negociados na Camargo 54
Rodrigues: Quitados (R$ 4.702.913,38), A vencer (R$ 3.013.994,54) e 55
Vencidos (R$ 976.540,19) – Total de R$ 8.693.448,11 – Inadimplência 56
Camargo Rodrigues: 11,23%; Inadimplência FSA (11/06/02): Valor orçado 57
(R$ 15.624.303,06), Valor Quitado (R$ 12.988.367,01), Valor em débito – 58
corrigido (R$ 2.635.936,05) – Inadimplência: 16,87%”. A Profa. Maria Elena 59
observou que o índice de inadimplência está mais alto do que no ano 60
anterior. O Prof. Galante disse que é em função da rotatividade de 61
pagamento pelos alunos. Quanto à consulta que o Conselho Fiscal sugeriu 62
que se fizesse ao Ministério Público, informou o Prof. Galante que solicitou 63
reunião do Conselho Fiscal, da qual participou, tendo verificado que aquele 64
Conselho estava preocupado com a Lei de Responsabilidade Fiscal que é 65
afeta a órgãos públicos. O Dr. Carlos informou que cabe ao Ministério Público 66
fiscalizar as contas da Fundação e, para isso, nomeia um perito. Já na 67
fiscalização das contas de 1999 há um parecer do perito desaconselhando 68
fazer lançamento de regime por competência, devendo ser feito, por regime 69
de caixa, que é o que efetivamente é recebido, para se evitar que o balanço 70
fique inflacionado. O Prof. Demarchi disse que o controle dessa dívida não 71
pode ser perdido, a fim de não se perder o controle. Gostaria de conhecer 72
esse registro de controle. O Prof. Galante informou que a Fundação tem 73
auditoria do sistema desse controle, para se evitar qualquer tipo de alteração 74
no registro. Terminadas as informações e, não havendo manifestação, 75
passou-se ao item 03 – Processo n° 7984/02 – Relatório Financeiro de 76
2002 (Gestão Quadrimestral) (continuação da reunião anterior) – 77
informações – A Profa. Maria Elena disse que fez um estudo mais apurado do 78
material recebido na reunião anterior e, após ter recebido a referida ata, 79
diante da preocupação que seus pares manifestaram, elaborou um 80
documento, que distribuiu aos presentes, e solicitou que faça parte integrante 81
desta ata, pois constam itens que precisam ser pautados. Fez a leitura do 82
documento. Disse a Profa. Maria Elena, que na qualidade de representante 83
da Câmara, passou esse documento aos vereadores, sendo que em razão de 84
não ter tido tempo hábil para receber retorno, essas reflexões são somente 85
suas. Ressaltou que entendeu que a Prefeitura cumpriu com o que estava 86
proposto. A Profa. Cleuza disse que o Governo tinha em mãos uma previsão 87
apresentada pela Fundação que foi analisada pela Prefeitura e que, 88
lamentavelmente, não contemplou todas as necessidades da FSA. A Profa. 89
Maria Elena, para ficar claro a toda comunidade acadêmica, pelo exposto e 90
pelos documentos, disse que a Prefeitura cumpriu com o que se 91
comprometeu com base em solicitação feita pela Fundação; que se não 92
houve previsão correta para o que era realmente necessário não é culpa da 93
PMSA e nem desta gestão. Assim, relembrou de que tanto ela, quanto Prof. 94
Demarchi e Prof. Murilo solicitaram muitas vezes, nas reuniões, informações 95
claras e que os assuntos não fossem colocados para decisão de forma 96
emergencial, devido às necessidades de análise profunda de orçamento. 97
Disse que o Conselho Estadual exige dos Centros Universitários, para sua 98
consolidação, a elaboração de Plano Diretor, Plano Qüinqüenal, Plano 99
Plurianual e Plano de Expansão. Ressaltou que é muito importante ter esses 100
planos e solicitou que se inicie sua elaboração imediatamente. Quanto ao 101
acompanhamento da execução orçamentária, para inclusive orientar nesse 102
tipo de decisão, disse a Profa. Maria Elena que não há instrumentos 103
adequados, propondo que seja feito de uma forma que fique disponível a 104
todos que precisam tomar decisões, como por exemplo em “on line”. Disse a 105
Profa. Maria Elena que faz suas as palavras do Prof. Murilo constantes às 106
linhas 200 da Ata da reunião anterior e, na seqüência as do Prof. Demarchi, 107
quanto à transparência do que foi aprovado e início dos erros e quanto à 108
revisão do orçamento, motivo pelo qual havia sugerido na reunião anterior 109
que o Conselho Universitário tomasse conhecimento e revisse o orçamento. 110
Sua proposta havia sido nesse sentido: aprovação da revisão orçamentária 111
pelo Conselho Universitário para, após, ser apreciado pelo Conselho Diretor, 112
conforme constou da ata. O Prof. Murilo disse que compete ao Conselho 113
Diretor aprovar uma peça orçamentária e não elaborá-la. A sua preocupação 114
é de que não há garantias que até o final do ano não apareçam novas 115
situações intempestivas. Assim, o ideal seria uma nova peça orçamentária já 116
com previsões atuais. Ressaltou que não está discutindo a importância da 117
Faculdade de Engenharia ou do Colégio. Nesse momento a Profa. Cleuza 118
informou da sua necessidade de retirar-se da reunião, deixando seu voto em 119
razão do conhecimento que tem de toda a situação: vota favoravelmente à 120
transferência da verba para a Faculdade de Engenharia. O Sr. César disse 121
que, sem entrar no mérito, a transferência de verba é uma posição não 122
onerosa uma vez que, seria para viabilizar um investimento já feito. Quanto à 123
possibilidade de empréstimo, aí sim é algo oneroso. O Prof. Galante informou 124
que postergar essa construção custará aos cofres da Instituição muito mais 125
do que investir nela agora, pois é necessário manter segurança, iluminação, 126
limpeza e manutenção, o que chegaria a cerca de 50 mil reais por mês em 127
um prédio sem utilização. Terminando a obra ela proporcionará receita que 128
será investida na própria obra. Prof. Odair informou que ontem, na reunião do 129
Conselho Universitário, foi aprovada a realocação de verba para a Faculdade 130
de Engenharia. O Prof. Marcio disse que o Colégio ainda não faz parte do 131
Centro Universitário e que 10% dos alunos da Fundação Santo André estão 132
sendo atingidos, com a não finalização da obra do Colégio pois, como dito, 133
450 mil não finalizam essa obra. Assim, supõe-se que, remanejando essa 134
verba, para a Faculdade de Engenharia, não haverá no 2° semestre nenhum 135
investimento na obra do Colégio. O Prof. Galante disse que, como já 136
informou, não há nenhuma obra prevista, com exceção do Colégio, que tem 137
toda a prioridade. Isso não significa que 100% da disponibilidade financeira 138
será aplicado no Colégio pois as Faculdades vêm sendo sacrificadas nesses 139
últimos anos e, dessa forma, é necessário disponibilizar alguma coisa para as 140
Faculdades. A Profa. Maria Elena perguntou qual a posição do Conselho de 141
Escola do Colégio. O Prof. Odair informou que já está agendada para quinta-142
feira próxima (27/06) uma reunião sua com o Conselho de Escola para 143
responder a vários itens de um Ofício que recebeu e que preferiu respondê-144
los pessoalmente. A Profa. Hermínia informou que o Conselho de Escola não 145
foi consultado pois não houve reunião. Disse que já tinha informações de que 146
não ocorreria a mudança do Colégio em agosto pela segurança de todos, 147
uma vez que parte está, ou estava em obras. Pelo exposto e, lhe parecendo 148
que nada será feito no 2° semestre, em razão das discussões nesta reunião, 149
pergunta se também não ocorrerá a mudança no 1° semestre de 2003. O 150
Prof. Galante disse que por questões de segurança, com obras no Colégio 151
em 2003, a mudança deveria ocorrer em 2004. O Prof. Odair disse que nada 152
impede que haja o lado positivo e que a perspectiva melhore e, dessa forma, 153
como compromisso, o Colégio será o primeiro a receber o investimento. 154
Assim, se é da competência do Conselho Diretor referendar o que foi 155
aprovado pelo Conselho Universitário em sua reunião de 24/06/02, e não 156
havendo ainda posição do Conselho de Escola uma vez que não se reuniu, 157
coloca em votação o remanejamento da verba da construção do Colégio para 158
o Centro Tecnológico – Faculdade de Engenharia. Sim – para o 159
remanejamento da verba; Não – para o não remanejamento da verba: Por 8 160
votos contra 2 e 4 abstenções, foi aprovado o remanejamento da verba. 161
Foram feitas as seguintes declarações de voto: Prof. Odair votou sim porque 162
o Centro Tecnológico e a Faculdade de Engenharia são novas formas de 163
captação de recursos, o que viabiliza a conclusão de obras que o Centro 164
Universitário precisa e merece e, dessa forma, o Colégio poderá funcionar em 165
condições ainda melhores. O Prof. Demarchi votou sim em função do 166
investimento feito nas obras da Faculdade de Engenharia que já estava 167
previsto. Se retardasse seria prejudicial para as receitas previstas com o 168
funcionamento daquela Faculdade e, dessa forma, o Colégio ficará depois em 169
situação melhor. A Profa. Ocléia, representante do Conselho Municipal de 170
Educação, votou sim em coerência com a representação do Conselho 171
Municipal no Conselho Universitário que votou a favor. Ressaltou o quanto a 172
condição de representante e representado é difícil quando há que se tomar 173
decisões a “toque de caixa”. A posição que assumimos é do compromisso 174
com o Município. Quanto ao Colégio todos sabem que não é o prédio que dá 175
a qualidade do ensino mas sim as condições. Assim, pela leitura da ata da 176
reunião anterior, solicita que haja questionamentos quanto à qualidade de 177
ensino do Colégio e que nos coloquemos à disposição para melhorar tal 178
condição. O Prof. Murilo disse que se absteve por julgar que o processo foi 179
mal instrumentalizado, o que não permitiu uma articulação e um trabalho 180
mais eficaz junto com os seus pares. Faltaram informações que poderiam ser 181
potenciais para o estudo deste processo. A Profa. Maria Elena votou não sem 182
considerar as duas obras mas: pela falta de esclarecimento total com relação 183
à peça orçamentária, conforme constou de seu documento entregue, e 184
desconhecimento do andamento do orçamento; a sua proposta na reunião 185
anterior era que fosse revisto o orçamento pelo Conselho Universitário, o que 186
não ocorreu; não houve consulta ao Conselho de Escola do Colégio pois o 187
Colégio é o órgão totalmente envolvido, não houve tempo hábil para 188
consultar seus pares – Vereadores – para trazer posição fechada da sua 189
representação, que é uma questão de mérito. A Profa. Hermínia disse que 190
votou não porque, pautada com o que consta da ata da reunião anterior, no 191
sentido da proposta da Profa. Maria Elena de solicitação de revisão do 192
orçamento pelo Conselho Universitário, aguardava que nesta reunião fosse 193
apresentada a revisão do orçamento e, assim como a própria Profa. Maria 194
Elena, sente-se impossibilitada de fazer um interpretação diferente do que 195
consta do orçamento anteriormente aprovado e que estava em vigor, ou seja, 196
não houve fato novo. O Prof. Odair distribuiu aos Conselheiros presentes o 197
Regimento Interno do Conselho Diretor aprovado na reunião anterior. O Prof. 198
Demarchi disse que nesse regimento está prevista a constituição de 199
comissões de assessoramento e entende que devam ser criadas 200
imediatamente. O Prof. Odair se comprometeu a convocar reunião deste 201
Conselho para o início de agosto próximo, devendo constar da pauta a 202
constituição das Comissões de Assessoramento. Nada mais havendo a 203
tratar, a presente reunião foi encerrada às 19h40, determinando o Sr. 204
Presidente, que esta ata fosse lavrada. Eu, Doris Simonassi Sellmer, 205
Secretária Executiva da Fundação, que a lavrei. 206