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APLICAÇÃO DL COMPLEXOS LANTAKlDIOS NA PURIFICAÇÃO DO DI-ISO-BÜTILSULFÕXIDO

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APLICAÇÃO DL COMPLEXOS LANTAKlDIOS NA

PURIFICAÇÃO DO DI-ISO-BÜTILSULFÕXIDO

Viktoria K. Lakatos Osório*

Slndo Antonio Quintas Martinez**

Rosa Maria Xavier da Silva

ABSTRACT

This paper deals with a new procedure for the

purification of suifoxides based on the selective precipitation

of their complexes with class (a) metallic ions. A commercial

sample of dl-iso-outllsulfoxide containing about 5-10% of the

corresponding sulfone was purified by precipitation with

lanthanlde perchlorates from alcoholic solutions. The recovery

of the sulfoxide from the solid complex was accomplished by

dissolving the complex in water and extracting the sulfoxide

with chloroform. Alternatively the aqueous solution of the

complex was passed successively through columns containing

strongly acidic cation-exchange resin in the H-cycle and

strongly basic anionlc exchanger in the OH-cycle. T.L.C. -

ho-rogeneous sulfoxide was obtained simply by evaporation of the

solvent at reduced pressure.

• instituto de Qulralca, USP, C.P. 20780, Sao Paulo, SP.

••••JO

I si sta do CNPo

(2)

1. INTRODUÇÃO

No decorrer de investigações sobre complexos de lantanídeos com sulfõxidos dialquflicos, tivemos necessidade de testar e aprimorar métodos analíticos de determinação de sulfóxi^ dos (1). Isto nos colocou frente ao problema da dificuldade de obtenção destas substâncias em grau de pureza adequado para uso como padrões primários.

Os métodos usuais de preparação de sulfõxidos se baseiam na oxidação do sulfeto correspondente por meio de agen-tes oxidanagen-tes como ácido nítricô, tetróxido de dinitrogênio, ozo ne, água oxigenada, etc. (2). Esta última ê a mais utilizada, a-tualmente. Todos estes oxidantes, porém, produzem simultaneamen-te as sulfonas, que contaminam os produtos, constituindo impure zas difíceis de serem removidas (3). Os métodos clássicos de se-paração, tais como a der c.4 lação sob pressão reduzida, a subiima-ção ou a recristalizasubiima-ção, nem sempre são adequados ã purificasubiima-ção dos produtos, pois sulfõxidos e sul fonas freqüentemente fornam soluções sólidas (4,5) ou volatilizam-se conjuntamente. Além dis_ so, a instabilidade térmica' de diversos sulfóxidos prejudica a sua purificação por destilação ou sublimaçao. Um método cromato-gráflco descrito na literatura (6) não deu bons resultados para sulfóxidcs dialquílicos em nossos laboratórios, além de consumir volumes mui^o grandes de solventes orgânicos.

Para evitar a formação de sul fonas, foram propos-tos oxidantes mais brandos, como o periodato de sódio (2), o di-metilsulfoxido (7) e o hexanitratocerato(IV) de amônio (8). 0 primeiro, porém, além do inconveniente do preço muito elevado, não impede a oxidação dos sulfetos até sulfonas, principalmente se a temperatura se elevar durante a reação (2). 0 dietilsul fõxi^ do, por exemplo, foi obtido com um teor de 5% de sulfona(2). O dimetilsulfõxido apresenta aplicação restrita, pois não reage com diversos sulfetos, por exemplo, o terc-but.Illco e o di--iso-propllico (7). Finalmente, o hexanitratocerato(IV) de amô-nio não pode ser utilizado para a oxidação de sulfetos dialqutli^ cos contendo átomos de hidrogênio em posição a, pois ocorrem rea ções secundárias (8). A água oxigenada, continua sendo, portan-to, a melhor opção, embora se obtenha um produto contaminado cem sulfona.

(3)

. IS8.

A diferença do comportamento dos sulíóxidos e das sulfonas, no tocante ã química de coordenação, sugeriu a possibjL lidade de um novo método de separação visando obter sulfõxidos isentos de sulfonas. A investigação deste novo método constitui o objetivo do presente trabalho.

A basicidade dos sulfóxidos é pronunciadamente su-perior â das sulfonas (9,10). Com efeito, há um número apreciá-vel de compostos de coordenação de sulfóxidos com cátion3 metáli_ cos descritos na literatura, enquanto pouquíssimos complexos de sulfonas foram isolados (10) , sendo totalmente desconhecidos os cem lantanídeos. Conclui-se, portanto, que quando se precipitam complexos do tipo H A .nR,S0 (em que M = cátion metálico, A = â-nion e R2SO «= sulfoxido), partindo de soluções apropriadas do sal metálico e do sulfóxido contaminado com sulfona, esta última deve permanecer em solução. O complexo sólido pode ser separado da solução-mãe, o que corresponde a separar o sulfõxido da sulfo na. Por tratamentos convenientes do complexo isolado,recupera-se posteriormente o sulfõxido puro. Este procedimento deve permitir tar.:bê«Ti a separação de impurezas de sulfetos eventualmente preseii tes, desde que se utilizem para a formação do complexo ions meta licos tipicamente duros, na classificação de Pearson. For esta razão, foram utilizados Ions lantanldicos na presente investiga-ção.

O sulfóxido escolhido foi o di-iso-butUlco, i-Bu-SO, por se tratar de um sólido estável ao ar, não higroscõpico,e por precipitar prontamente com percloratos lantanldicos, a partir de soluções etanôllcas (XI).

No presente trabalho, são descritos dois procedi-mentos diferentes para efetuar a recuperação do sulfóxido conti-do no complexo sóliconti-do, após a separação da solução-mãe contenconti-do a sulfona. Um deles utiliza resinas trocadoras de Ions para desi onizar a solução aquosa do complexo e o outro se baseia na extra ção do sulfóxido com solvente orgânico.

(4)

2. PARTE EXPERIMENTAL

2.1 Reagentes

Foi utilizado o di-iso-butilsulfóxido originário da K & K Lab., Plainview, N.Y. 0 produto foi recristalizado a partir da solução em éter de petróleo, usando gelo sec» e aceto-na como mistura refrigerante.

Preparou-se a di-iso-butilsulfona por oxidação do sulfõxido com permanganato de potássio em presença de ácido sul-fúrico (12). A sulfona é um liquido viscoso, de ponto de ebuli-ção 265°C ã pressão de 750 mmllg (13).

Utilizaram-se os solventes tetracloreto de carbo-no, tolueno e éter de petróleo 30-60°C, de qualidade analítica. Os demais solventes foram purificados pelos procedimentos conven cionais. O clorofõrmio foi submetido a tratamentos sucessivos com ácido sulfúrico concentrado, lavado abundantemente com nc\:a e destilado a 56-57°C. O acetato de etila foi aquecido sob refíu xo cora anidrido acético e ácido sulfúrico concentrado e destila-do a 64-70°C. 0 éter dietílico foi submetidestila-do ao tratamento pa^ei a remoção de peróxidos e a seguir aquecido sob refluxo com ácido

sulfúrico e destilado.

Foram utilizadas as resinas trocadoras Amberlite IR-120 H+ e IR-4 00 Cl~, da Rohm & Haas. A resina aniônica foi convertida para a forma 0H~ por tratamento com solução de hidró-xido de sódio.

2.2 Preparação dos complexos

Os complexos foram preparados por Teixeira (11), conforme o seguinte procedimento geralj 1,0 mllimo1 de perclora-to lantanldico hidratado e 9 milimoles de di-iso-butilsulfóxido foram dissolvidos separadamente em porções de 1 ml de etanol.Jun tando-se as duas soluções, ocorre precipitação Imediata do com-plexo. 0 sólido obtido foi separado por filtração, lavado coro

S-ter e seco em dessecador a vácuo contendo pentóxido de fósforo. A composição dos complexos preparados correspondeu a Ln(ClO^),. .6 i-Bu-,S0 e os rendimentos oscilaram entre 65 e 90%. A secagem

(5)

.160.

do sólido pode ser efetuada em dessecador a pressão ambiente,com s í l i c a - g e l , obtendo-se complexos aparentemente não hiçroscóplcot>, contendo cerca de 2 moléculas de ãgua de hidratação (11).

Os rendimentos mencionados foram calculados em re laçao ao lantanldeo. Como foi usado excesso de sulfoxido, os ren dimentos em relação ao mesmo são menores (4 3 a 60%). Visando au rrentar a fração de sulfoxido recuperada, o procedimento foi modi ficado, usando-se proporção molar Ln-iBu-SO estequiométrica(l:6) e adicionando-se é t e r d i e t l l i c o (20 ml) ao sistema antes de efe-tuar a f i l t r a ç ã o . 0 rendimento foi de 80%. Concentrando-se o f i l trado obteve-se uma 2- fração de complexo e o rendimento t o t a l passou a 90%.

2.3 Medidas f1sico-qufmicas

Os espectros de absorção no infra-vermelho, na xa de 4000 a 4 00 cn , foram obtidos utilizando um espectrofotõ-r>etro Perkin-Elmer modelo 337. Foram registrados espectros do suifõxido em pastilha de KBr, suspensão em Nujol e soluções em rxtracloreto de carbono, clorofórmio e é t e r de petróleo e espec-tros da sulfona em filme liquido e em solução em t e t r a c l o r e t o de carbono. As soluções foram contidas em celas com janelas de clo-reto de sódio e caminho óptico 0,0095 cm, determinado experimen-talmente pelo método das franjas de interferência (14). Uma cela idêntica contendo solvente foi colocada no feixe de referência.

Os espectros de absorção do sulfóxido no ultra-vio l e t a , na região de 240 a 200 nm, foram registrados em um espec-trofotômetro Cary, modelo 17. As soluções aquosas foram coloca-das em celas retangulares de quartzo, de caminho óptico 1,000 cm.

Os intervalos de fusão das substâncias foram o b t i -dos nun aparelho de ponto de fusão da Fisher-Johns, usando aque-cimento l e n t o .

2.4 Determinação dos confLcientes de partição

(6)

-fõxido recristalizado foi dissolvida num .volum medido do água. Adicionou-se igual volume do solvente não aquoso e agitou-se vi-gorosamente durante 2 minutos. Deixou-se o sistema em repouso até as fases se separarem e retirou-se uma amostra de uma das fases para a determinação espectrofotométrica de sua concentra-ção.

No caso do solvente ser o éter de petróleo, os vo-lumes de água e éter usados foram iguais a 25,0 ml. Após o esta-belecimento do equilíbrio de partição, retirou-se uma amostra da fase aquosa, diluiu-se com água na proporção de 1:60 e tirou-se o espectro de absorção no ultra-violeta, conforme descrito em 2.3. Na cela de referência foi colocada uma solução preparada misturando-se solução aquosa saturada de éter de petróleo e água na proporção de 1:60.

No caso dos solventes clorofórmio e tetracloreto de carbono, foram utilizados na extração volumes de 10 ml de á-gua e solvente clorado. Tirou-se o espectro de absorção da solu-ção não aquosa, no infra-vermelho, conforme secsolu-ção 2.3, colocan-do-se na cela de referência o solvente saturado com água.

2.5 Cromatografia em camada delgada (CCD)

A pesquisa da presença de sulfona nas diversas a-mostras de sulfoxido foi efetuada por CCD em placas de vidro re-cobertas por uma camada de s£lica-gel 60 G, da Merck, de espessu ra 0,25 mm. Amostras de ca. 0,1 g foram Jlssolvidas em 1,0 ml de clorofórmio, aplicando-se, na placa, 25 ul das soluções, com au-xilio de micropipeta. Como fase móvel utilizou-se uma mistura 1:1/ em volume, de tolueno e acetato de etil/i (15) e, como reve-lador, vapor de iodo. O teor aproximado de sulfona foi determina^ do pela intensidade da coloração da mancha, comparativamente às das manchas produzidas por quantidades conhecidas de sulfona a-plicadas sobre a placa. 0 limite de detecção da sulfona foi de 17 wg, o que eqüivale a um teor de ca. 0/7% em peso de impureza de sulfona na amostra do sulfõxido.

(7)

.162,

3. RESULTADOS E DISCUSSÃO

0 di-iso-butilsulfcxido comercial utilizado apre-senta cerca de 5 a 10% em peso de sulfona, conforme estimativa feita por CCD e com base em dados dos espectros de absorção no infra-vermelho (Fig. 1 ) . A Tabela i reúne as freqüências caracte rlsticas e as absortividad.es mo lares para as duas substâncias.

Tabela 1. Freqüências características de absorção no infra-verme lho

Composto Atribuição Valores obser-vados (cm~ ) Meio Ref i-Bu2SO vs o vas( S 02> i-Bu SG - 2 2 V8(SO2) 1039 1019 1013 1012 1042 1038(e = 325) lC22(c « 320) 1295 1304 1310 1308(e = 290) 1142 1138 1139 1140(e * 250) CC1.4 nujol nujol pastilha KBr éter de petróleo

cci

4 CHC13 filme liquido

cci

4

cci

4

cci

4 filme liquido

cci

4

cci

4

cci

4 16 16 11 * * * * 17 17 18 * 17 17 18 * Este trabalho

A recristalizaçâo do produto comercial não elimina totalmente a impureza de sulfona, porém diminui o seu teor para cerca de 2 a 3%, podendo ser detectada por CCD e nos espectros no infra-vermelho (Fie;. 1 ) .

(8)

comple-o W -O o U •O A—

i

(ft c o 1300 1200 1000 V(cm-I)

Fig. 1 Espectros de absorção no lnfra-vermelho do diisobutiisulfóxido. (A) Amostra comercial (pastilha KBr)/ (B) -mostra recristalizada (suspensão em n u j o l ) , (C) a-mostra purificada pela formação de complexo (pastilha K B r ) , (%)

(9)

. 1 6 4 .

xos àe di-iso-butilsulfóxido con percloratos de lantânio, cêric, neodír.iio e I t r i o sintetizados por Teixeiia (11) . Foram escolhi-das estas terras raras por razões de abundância na monazita bra-s i l e i r a e/ou preço maibra-s acebra-sbra-sível. Obra-s complexobra-s, quando dibra-sbra-solvi^ dos em água, dissociamse, liberando o sulfoxido. Foram i n v e s t i -gados dois procedimentos diferentes para a recuperação do svlfó-xido contido na solução aquosa do complexo.

3.1 Procedimento usando resinas de troca iônlca

Este procedimento, esquematizado na Fig 2, consiss ;.e em passar a solução aquosa do complexo por colunas contendo esina catiônica fortemente ácida na forma H+ e resina aniõnica fortemente básica na forma OH . O eluído da segunda coluna é uma -olução aquosa do sulfoxido, desionizada. Evaporando-se a água zvam evaporador rotatório, sob pressão reduzida, obtem-se o sulfó .tido puro. Não se recomenda a remoção da água por fervura ã pres_ :>ão ambiente pois podem ocorrer decomposição térmica e perdas por volatilização do sulfoxido.

3.2 Procedimento baseado em extração com solvente

A escolha do solvente para a extração do sulfõxido deve levar em conta os requisitos de baixa miscibilidade com á-çua, boa capacidade solvente em relação ao sulfõxido, disponibi-lidade no comércio e facidisponibi-lidade de manipulação. Além disso, devt apresentar ponto de ebulição relativamente baixo, para permitir i separação sulfõxido-solvente por destilação deste em temperatu ras não multo elevadas. A escolha recaiu nos solventes éter de petróleo, tetracloreto de carbono e clorofórmio, que já foram u-tilizados na literatura para extração ou recrlstalização de

sul-fõxidos. Não há, porém, dados quantitativos a respeito destes pio cessas. Foram efetuadas, então, estimativas dos coeficientes de distribuição do dl-ifo-butilsulfóxido entre água e os solventes escolhidos. Volumes Iguais do solvente e de uma solução aquosa

de concentração conhecida do sulfoxido foram agitados até o esta

u-lecimento do equilíbrio de partição. Ensaios com tempos

variã->..•-..-nnstraram que 2 minutos de agitação são suficientes.

(10)

equi-m « 0,567 g i-Bu

2

SO

Coluna com 15 ml de

resina catiõnica H

Resina nas formas

H

+

e La

3+

Efluente n9 1

+ lavagens da coluna

Coluna com 15 ml de

resina aniônica OH

Resina nas formas

0H~ e CIO 7

Efluente n9 2

+ lavagens

(Evaporação a P reduzida)

i-Bu

2

SO

m

n

0,512

90%

Fig. 2 Recuperação do sulfõxido usando resinas trocadoras de

£ons. O efluente n<? 1 contem HC1O, e i-Bu

o

S0 e o e f l u

-4 i

(11)

.106.

líbrio, através da medida da absorbância da soluçãc, em cela de cairánho óptico conhecido. 0 coeficiente de partição K de un solu to nolecular S é dado pela expressão (19)

o -

Y Vw

S v lS]W <X-Y)VO

onde o s s u b s c r i t o s o c w se referem respectivamente ãs fases o r -qânica c aquosa, em e q u i l í b r i o ; a = a t i v i d a d e ; X •= número de mo-l e s de s o mo-l u t o S i n i c i a mo-l m e n t e d i s s o mo-l v i d o s em Vw ml de âgua;Y = nu

mero de moles de S e x t r a í d o s em V ml de s o l v e n t e o r g â n i c o . As coTicentrações das soluções em clorofõrmio e t e -< r a c i o r e t o de carbono foram determinadas por a b s o r c i o m e t r i a no ' n f r a - v e r m e l h o , enquanto para o é t e r de p e t r ó l e o foi n e c e s s á r i o a n a l i s a r a fase aquosa, na região do u l t r a - v i o l e t a , devido ã vo-l a t i vo-l i d a d e da fase e t é r e a . Para cada s o vo-l v e n t e , v e r i f i c o u - s e expe l i m e n t a l n e n t e a obediência â l e i de Beer, nos comprimentos de on

ca selecionados (Tabela 2). Na f a l t a de melhor padrão p r i m á r i o ,

: ; soluções para e s t e s estudos foram preparadas com amostras r e -. r i s t a l i z a d a s do sulfóxido c o m e r c i a l -. As f i g u r a s 1 e 3 reproduzem cs e s p e c t r o s infravermelho e u l t r a v i o l e t a do sulfõxido r e -crJ --.talizado.

Li.ii a 2. De ter minarão das absortivídades molares de soluções de di-iso-butilsulfóxido Solvente Cone, de petróleo , 1,17 x 1 0 "J M 30-60°C Tetracloreto <i«í carbono Ciürofórmío 0,200. M M l ou 204 M 213 1090 1038 3000 i.022 y nra nm cm cm"1 cm cm 66S 915 100 325 380 320 estimativa do desvio nadrao 25 6ü 4 14 "7 13

(12)

0 , 6

-o c «o

210 2 2 0 230 2 4 0 A ( n m )

Pig. 3 Espectro de absorção do dJ-iso-butlículfóxl !o no ultra-— 4

(13)

Os valores obtidos para os c o e f i c i e n t e s de p a r t i -ção (Tabela 3) nostran que o solvente riais e f i c i e n t e para a ex-tração do sulfóxido é o clorofõrmio. I s t o se deve ã formação de associações por pontes de hidrogênio entre soluto e solvente,que aur.enta a solubilidade do sulfóxido neste s o l v e n t e , comparativa-mente aos outros d o i s . A formação de pontes de hidrogênio é a causa também do deslocamento da freqüência vg_ para valores mais

baixos (Tabela 1 ) . Os valores de K obtidos para o clorofõrmio são os mais imprecisos (Tabela 3) porque o termo (X-Y) da expressão de K é pequeno, sendo muito afetado pelas flutuações da determi-nação experimental de Y. Admitindo K - 7 , 5 , o valor calculado da fração de sulfóxido e x t r a í d a usando volumes i g u a i s de água e clorofórmio ê 88%. Fazendo-se duas extrações, com nova porção de clorofõnaio na 2a etapa, extraem-se 98,6% do sulfóxido e coro

mais uma extração, 99,8%.

Foi então efetuada a recuperação do sulfóxido contjdo nos complexos de t e r r a s r a r a s , conforme o procedimento e s quenatizado na Figura 4, A d e s t i l a ç ã o do clorofõrmio dos e x t r a -tos reunidos pode s e r f e i t a ã pressão ambiente ou reduzida. O di_ - i s o - b u t i l s u l f ó x i d o ê e s t á v e l ã temperatura de ebulição do cloro f c r - i o ã pressão ambiente (cerca de 57°C), conforme foi v e r i f i c a do aquecendo-se sob refluxo, durante 4 horas, uma solução do su.1 fõxido em clorofõrmio. Em i n t e r v a l o s de 30 minutos, foram r e t i r a das amostras para o r e g i s t r o dos espectros de absorção no i n f r a --vermelho. Não houve evidência de a l t e r a ç ã o do sulfóxido, nem de formação de sul fona.

Caso a d e s t i l a ç ã o do olorofórmio seja efetuada ã pressão ambiente, recornenda-se porém que a r e t i r a d a da porção fi^ aal do solvente seja f e i t a ã pressão reduzida (trompa d'água),pa_ ra e v i t a r eventuais superaquecimentos e decomposição térmica(20) do sulfóxido r e s i d u a l .

3.3 Conclusões

Os espectros de absorção no infrvormelho das a-trobtras de sulfõxido, purificadaa pelos procedimentos propostos r<-• ste trabalho, demonstraram a ausência das bandas de sulfona,que r.os espectros do produto comercial e recristalizado(Fig.l).

(14)

Solvente não-aquoso Éter de petróleo

cci

4 CHC13 (t = 25°C) Cone. inicial fase aquosa (M) 2,55xlO~2 5,58xl0"2 6,13xlO~2 6,13xlO~2 6,33x1O"2 0,144b Cone Fase aquosa aquosa não-aquosa não-aquosa não-aquosa não-aquosa não-aquosa não-aquosa . equilíbrio0 Cone. (M) l,79xlO~2 l,76xlO~2 3,79xlO"2 3,85xlO"2 5,29xlO"2 5,47xlO"2 5,46xlO~2 0,12? X ou medida 204 213 1090

1038

3000 1022 1022 1022 v d a de A nm run cm cm ca"1

cm"

1 cm

cm"

1 K 0,42 0,45 2,4 2,1 6,3 8,3 6,3

7,5

* Equilíbrio estabelecido a p a r t i r de volumes iguais da solução aquosa e do

sol-vente não-aquoso.

b S o l u ç ã o c o n t e n d o Y(C1O4>3 0 , 0 2 4 M ( f o r ç a iôivLca 0 , 1 4 ) .

IO

(15)

A'O.

Nd(ClO4)3.6i-Bu2SO.2H2O + 10 ml H2O

m

0,421g i-Bu2SO

— 10 ml CHC1.

Agitação 2 min

(Decantação)

Fase não-aquosa Fase aquosa

— 10 ml CHC1. Agitação 2 min Extratos reunidos (Decantação) Fase não-aquosa Fase aquosa NcUClO.) , !l>istilaçõo) m » 0,4 r » 99%

(16)

Os i n t e r v a l o s de fusão (Tabela 4) diferem* também entre o i . C . *_eí> t e s com CCD e f e t u a d o s com o s u l f o x i d o p u r i f i c a d o permitem con-c l u i r que o teor de impureza de sulfona é i n f e r i o r a 0,7%.

Tabela 4 . Intervalos de fusão do d i - i s o - b u t i l s u l f õ x i d o

Amostra Temperatura (°C) comercial 64,0 - 70,0 r e c r i s t a l i z a d a 65,0 - 70,0 purificada pelo procedimento proposto 70,0 - 71,5

Valor da l i t e r a t u r a (21) 65 - 67

Comparando os dois procedimentos propostos para ie_ euperar o sulfôxido contido nos complexos,conclui-se que ambos permitem porcentagens de recuperação muito boas (90 a 99%). A ex-tração com clorofõrmio apresenta vantaqens, pois o volume da so-lução final de sulfôxido, bem como o ponto de ebulição do solven t e , são menores, o que f a c i l i t a a etapa de remoção do solvente. Além d i s s o , aaapta-se melhor para sulfóxidos higroscõpicos, pois os extratos reunidos podem ser secos com secantes apropriados,an tes da destilação do solvente. Entretanto, a sua u t i l i z a ç ã o as restringe aos complexos contendo ânions com baixa capacidade de coordenação, que é o caso do p e r c l o r a t o . A prenença de âniors :o mo cloreto e n i t r a t o pode levar ã formação de complexo.'; neutras que seriam extraídos juntamente com o sulfôxido. Ge a p r e c i p i t a -ção i n i c i a l do sulfõxido for efetuada sob a iorma de co.rMexos deste t i p o , deve ser utilizado o procedimento baseado na dosioni_ zação com trocadores iônicos para obter o sulfõxido puro.

0 fator limitar.tc ào rendimento do processo de pu-rificação de sulfóxidos descrito neste trabalho encontra-se na etapa de precipitação do complexo. No caso do d i i s o b u t i l s u l f ó -xido, foi possível alcançar bons rendimentos (ca. 90%), traba-lhando- se com o solvente misto etanol-éter dietT.liec para isolar o coíiplexo. Ko comenda-se a adirão de í t o r ; ai a reouvir a soiubl

(17)

.172. 1idade do complexo.

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Referências

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