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A ANSIEDADE NO CONTEXTO PRÉ-ADOTIVO E SEUS REFLEXOS NA VIDA DE MULHERES INFÉRTEIS (2011) 1

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A ANSIEDADE NO CONTEXTO PRÉ-ADOTIVO E SEUS REFLEXOS NA VIDA DE

MULHERES INFÉRTEIS

(2011)

1

MAHL, Fernanda Donato

2

; JAEGER, Fernanda Pires³;

1 Trabalho Final de Graduação – UNIFRA (2009)

2 Psicóloga formada pelo Centro Universitário Franciscano (UNIFRA), Santa Maria, RS, Brasil 3 Professora do curso de Psicologia do Centro Universitário Franciscano - (UNIFRA), Santa Maria,

RS, Brasil

E-mail: fe.donato@hotmail.com/ fpjaeger@unifra.br/ Registro na CONEP: Nº1246

Registro CEP-UNIFRA: 341.2008.3

RESUMO

Este trabalho apresenta um estudo sobre a espera pela maternidade no contexto da adoção.Tem como objetivo conhecer os sentimentos do contexto pré-adotivo na vida de mulheres inférteis e discutir os reflexos deste fato na maternidade adotiva. Nesta pesquisa de caráter qualitativo, contou-se com a participação de oito mulheres que estão habilitadas no cadastro da Comarca de Santa Maria/RS no período de, no mínimo, seis meses. Como instrumento de coleta de dados foi utilizada a entrevista semi-estruturada, sendo seus resultados analisados a partir da Análise de Conteúdo. Os dados coletados permitiram constatar que a espera pelo filho adotivo trouxe muita ansiedade para as pretendentes a adoção. Observou-se que as entrevistadas evocam sofrimentos e traumas, ainda presentes da experiência da infertilidade. Chama-se a atenção que para todas as mulheres deste estudo ocorre um super investimento em relação à maternidade, onde a maioria dos interesses se concentram nesse fato.

Palavras-Chave: Adoção; Ansiedade; Infertilidade; Maternidade. 1. INTRODUÇÃO

Para Ribeiro (2004) é importante considerar como as mulheres reagem à situação que a dificuldade de engravidar evidencia. Sendo que a interdição da gravidez pode ser vista como uma ferida narcísica que pode vir a abalar seus referenciais identificatórios, já que a maternidade parece ser um importante elo na construção da identidade feminina (RIBEIRO, 2004).

Portanto, a pesquisa em questão, tem como objetivo conhecer os sentimentos do contexto pré-adotivo na vida de mulheres inférteis e discutir os reflexos deste fato na maternidade adotiva. Sendo este um momento inicial mas crucial da futura relação mãe-filho.

No caso de famílias recompostas pela adoção é necessário ter consciência dos múltiplos fatores que comportam a futura mãe para uma boa adaptação das formas particulares que este tipo de parentalidade impõe (PAIVA, 2004). Porém, percebe-se que não há um consenso entre fatores que impulsionam um casal a adotar um filho e a

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qualidade da relação estabelecida entre eles após a adoção. Weber (2004) conclui que a perfilhação impulsionada por questões altruístas ou por infertilidade, não se relaciona a dificuldades afetivas depois da adoção. Em contrapartida, Paiva (2004) afirma que uma adoção não pode ser vivida como uma substituição, como um recurso para obturar algo que falta para tentar minimizar ou apagar marcas de um fracasso. Provavelmente isso ocorra, por que nenhuma história se parece com outra, sendo o processo de espera pelo filho adotivo muito complexo e ditado pela subjetividade de cada um, como a própria autora afirma. Dessa maneira, fica difícil afirmar como será o vínculo no futuro. O que pode-se ressaltar, é que o fato de adotar uma criança não isenta o conflito relativo à impossibilidade de gerar um filho, pois, muitas questões podem estar entrelaçadas a isto até a adoção vir a acontecer. Sendo que, ocorre à existência de um luto por uma ausência da experiência biológica e psicológica de gravidez, fato que se tornou evidente nos discursos das participantes.

2. METODOLOGIA

O presente trabalho apresentou um delineamento qualitativo, que conforme Minayo (1997) consiste em trabalhar com um universo de significados, opiniões e atitudes de processos e fenômenos estudados.

A pesquisa foi realizada com 8 mulheres, que tinham idade entre 30 e 45 anos, casadas, sem filhos biológicos ou adotados, que estavam aguardando o processo de adoção na Vara da Infância e da Juventude do Fórum de Santa Maria/RS. Essas mulheres estavam aguardando pela adoção, por um período de no mínimo seis meses.

O instrumento de captação dos dados da presente pesquisa foi uma entrevista semi-dirigida individual, com questões semi-estruturadas. Minayo (1997) ressalta que a entrevista semi-estruturada caracteriza-se por ser utilizada quando o pesquisador conhece a maioria das questões a perguntar, porém não pode predizer as respostas, sendo que é dirigida conforme o objetivo da pesquisa. Dessa forma, o entrevistado tem a possibilidade de discorrer sobre o tema proposto, sem respostas ou condições prefixadas pelo pesquisador, para que se tenha maior possibilidade de respostas e um maior aprofundamento do tema.

Após a finalização das entrevistas foi realizada a análise dos dados coletados através da análise de conteúdo. De acordo com Bardin (1977) é uma técnica que pretende analisar, sobretudo, as falas e as informações coletadas, de forma extensiva. Seguindo os passos dessa análise, desde o texto literário passando pelas entrevistas e discursos, tudo

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foi suscetível de ser analisado, pois, o objetivo dessa técnica é aprofundar a análise de conteúdo das informações prestadas pela pessoa que forneceu os dados.

Logo após a finalização do projeto, este foi encaminhado ao Comitê de Ética da Unifra para a devida avaliação. Após o mesmo ter sido aprovado sob o registro na CONEP Nº 1246 e no CEP - UNIFRA 341.2008.3 entrou-se em contato com as participantes via telefone, onde foram explicados detalhadamente os objetivos desse estudo, sendo as mesmas convidadas a participar de uma entrevista individual. Além disso, foi apresentado o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido que garante o sigilo em relação à identidade e as respostas das participantes. Ou seja, os entrevistados são detalhadamente informados sobre os propósitos do estudo, os riscos associados aos procedimentos e seu direito de interromper a participação quando for necessário, como afirma Cosby (2003).

3. RESULTADOS E DISCUSSÕES

Ao longo desse estudo, pode-se notar o quanto a espera pelo filho adotivo trouxe ansiedade para as pretendentes, fato que se observa nas falas das seguintes participantes:

É uma fase de bastante ansiedade pra mim. Eu choro muito, eu choro, é uma fase braba. (Roberta)

Esta espera realmente tem que tentar outros meios de não pensar, deixar fluir, pra tu não ficar meio pirada. Por que tu imagina, começa a comprar revista de decoração de quartinho e tal, bate aquela ansiedade, nossa. Eu tenho umas crises de choro, de angústia. (Letícia)

Eu não vejo minha vida sem filhos, já gostaria de tê-los, mas né? Tenho pressa. Queria pra ontem né! Tenho pressa sim, muita pressa e muita ansiedade também, todos os dias da minha vida. (Ângela)

De acordo com Levinzon (2004), a ansiedade vivida no período que precede a adoção, como no caso das entrevistadas, muitas vezes é preenchida com angústias que se intensificam a cada dia que passa. Nota-se a intensa ansiedade das participantes frente à espera. Fato que se parece muito às vivências anteriores à decisão da adoção, quando estavam na saga de tratamentos de fertilização ou até mesmo insistindo em uma concepção natural. Logo, percebe-se que os discursos se confundem como nota-se a seguir.

Pra mim só falta o parto, a adoção é uma gestação sem barriga, eu sempre digo. É uma mistura confusa, por que é uma mistura de angústia, tristeza, às vezes tu te sente uma droga, por que ah poxa vida, por que eu não tenho capacidade de ter um filho? Eu fico triste as vezes por isso. (Letícia)

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Dá uma ansiedade na gente nessa fase de espera pela adoção. Mas eu levo a marca comigo. Por que será que não consegui segurar um filho aqui? É esta a sensação, de estranheza, e questionamento junto com incapacidade. Por que não deu? Meus óvulos não são bons e isso me deixa frustrada demais. (Tânia)

A questão da infertilidade é retomada pelas entrevistadas, através de fortes sentimentos de incapacidade e frustração. Por ser uma experiência caracterizada por sofrimentos acentuados, exige das mulheres uma redefinição de identidade frente à impossibilidade de ter filhos biológicos, como afirma Ribeiro (2004). Sendo assim, observar-se que está observar-sendo processada a perda do filho genético na faobservar-se de espera pela adoção. Por isso, é importante salientar que o fato culmina em uma inevitável comparação entre gravidez biológica e adoção. Como percebe-se nos recortes abaixo.

A adoção é diferente da gestação sabe. É bem diferente de tu gestar nove meses, que daí tu já vai pensando, mais planejadinho, mas certinho, desejado e tá. (Ângela)

Eu acho que dá muito mais ansiedade, por que o filho da tua barriga tá ali né, então dá mais ansiedade por que tu não sabe quando vai ser a hora, pode ser daqui um ano ou pode ser daqui quatro ou cinco anos. (Letícia) Eu penso que os outros sintomas a gente tem. Menos o sintoma de gravidez. Só a barriguinha que não tem. Então a gente fica bem ansiosa, acaba comparando, é bem diferente daquele que a gente queria no início. Então gente precisa de um tempo pra se ajeitar e aceitar. (Ana)

Nestes depoimentos estão reveladas novamente as feridas narcísicas em relação à impossibilidade de gerar filhos biológicos. A espera pela adoção, no entanto, é comparada à gestação que se espera nove meses, e se constrói a imagem do bebê que vai chegar. É evidente a ansiedade por que nota-se que é uma mistura de decepção, pela impossibilidade de gerar biologicamente um filho, juntamente com a expectativa para a adoção. Observa-se que somente depois de um tempo inicia-se um período de aceitação da adoção, como afirma a participante Ana, pois, precisa-se de um tempo para “se ajeitar” e posteriormente “aceitar” a situação.

E, é neste período que os candidatos expressam seus sentimentos de decepção e revolta. Fato que se nota especialmente no trecho a seguir, pois, a participante encontra-se abalada, até mesmo frágil e vulnerável, frente ao processo de espera pelo filho.

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ansiedade. Bah poxa vida quando vou poder ser mãe? Quando vai chegar a minha vez? (Renata)

Os momentos ansiogênicos vividos nesse período relacionam-se aos achados de uma pesquisa realizada por Weber (2004), que demonstra que a maioria absoluta das pessoas revela esse sentimento em todo o processo de adoção. Nesse estudo, a autora percebeu que muitos pretendentes referiram como necessária uma preparação para a adoção, e também, preparação psicológica para lidar com o fato da não procriação de um filho. Portanto, nota-se que é essencialmente necessário um acompanhamento, mais ainda em fase que precede a adoção, do que acompanhamento após a adoção, como acontece na maioria das vezes.

A ansiedade frente à realização da maternidade e conseqüentemente a espera pelo filho adotivo, faz com que muitas mulheres criem alternativas para enfrentá-la. Quando se deparam com a situação de não conseguir engravidar e partem para a adoção, se vêem confrontadas com a necessidade de incorporar novas formas para enfrentar o processo.

Sendo assim, algumas entrevistas relataram que tem sobrinhos que consideram como filhos, o que faz suprir a ausência da maternidade, aparentemente.

Tenho uma sobrinha de três aninhos que passa comigo, eu acho que isso, tá tá certo que eu tô ansiosa, que venha o filho de uma vez, mas ela me ajuda muito, ela supre muito a falta sabe. Passa comigo, ajuda muito mesmo. Até meu marido diz, vamos pegar a X pra ela ficar aqui com a gente, ele pede por ela, adoramos ela. (Roberta)

Eu tenho sobrinhos que fui eu criei, eu digo que eles são meus filhos. Hoje são homens, e eu cuidei desde bebê. E eles me consideram assim também, eles falam que sou meia mãe deles, tipo metade mãe sabe. (Mariana) E tem meus sobrinhos que eu amo passar todos os fins de semana, Tia Ângela posso dormir ai? Pode sem dúvida! É aquele apego né, todo fim de semana. (Ângela)

Aparentemente as entrevistadas criaram estratégias para evitar o sofrimento de não ter filhos. Frente a esse fato, protegem-se da falta de uma criança convivendo com os sobrinhos diariamente ou em finais de semanas. O que supre momentaneamente a ausência de um filho, pois, houve um rearranjo como saída da situação para afastar a angústia. No entanto, também encontram na profissão um apoio emocional, sendo que trabalham diretamente com crianças pequenas.

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Meus alunos me amam, falam que sou perfeita! Bah, mas tu sabe que eles são como filhos, já que não tenho ainda né? Eu adoro (..) tu fica mais presente na vida dos alunos. Eu sempre digo pra eles que eles são meus também. (Tânia)

Eu sou professora (...) quer dizer uma coisa muito especial tem ai né? Então as crianças se apegam mais em quem elas gosta delas, e eu adoro demais, eu digo que são meus filhos de coração. Pra mim é um prazer trabalhar com os pequenos. (Ângela)

Percebe-se que ocorre um investimento significativo em outra área, a profissional. Sendo que existe um contato diário com crianças das quais denominam seus “filhos de coração” como se fosse um ensaio para o futuro, como adotante. Dessa maneira, ocorre um investimento em torno do eu, que é alimentado pela sensação de completude, por isso, fonte de identificação e reconhecimento mútuo, sendo a imagem “perfeita” de si mesmo, como ressalta Tânia.

A dedicação ao trabalho é uma válvula de escape na vida de algumas entrevistadas, como observamos a seguir.

Por enquanto não tem criança, então vou trabalhando. Enquanto não vier eu trabalho normal. Vou me ocupar com coisas boas pra mim. Agora somos só eu e ele, a gente tá adquirindo para usufruir depois com o filho. (Roberta) Eu me debrucei no trabalho, eu tinha muito horário vago, ai pensava de mais no filho. Tô igual louca de tanto trabalhar. Mas pretendo parar assim que eu adotar, pra curtir né. (Luíza)

Hoje eu priorizo o trabalho por que hoje é o que eu tenho. Por que daí ocupo meu tempo com coisas boas, por que se eu parar e ficar pensando, ah mas minhas amigas todas têm, ai fica ruim. Mas a prioridade vai ser o filho, eu sonho com isso, eu quero isso. Me vejo antes realizando o papel de mãe do que de profissional. (Ângela)

Ribeiro (2004) revela que quando um filho é desejado, e esse fato não se realiza, ocorre um hiperinvestimento no projeto da maternidade. Fato que se confirma nos trechos acima, pois, os outros investimentos da vida ficarão em segundo plano, depois que as entrevistadas tornarem-se mães.

4. CONCLUSÃO

A filiação adotiva parece mobilizar as entrevistadas, em uma história conflitiva, fonte de ansiedade e sofrimento em suas vidas. Dessa maneira, pode-se afirmar que a aceitação de não poder conceber um filho e a elaboração da perda da capacidade de gerar, parece que ainda não foram totalmente assimiladas. Observa-se que as entrevistadas evocam

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sofrimentos e traumas, ainda presentes da experiência da infertilidade. Mas este fato é necessário por que a partir de então, as pretendentes começem a pensar as resignificações da criança idealizada, desejada inicialmente e começam a aceitar a parentalidade adotiva.

As futuras mães adotivas criam uma criança imaginária, porém, gradualmente afastam-se da imagem do filho biológico, para somente então perceber a criança que vão encontrar, no caso destas mulheres, no futuro quando encontrarem seu filho por adoção.

Freqüentemente ocorrem circunstâncias que levam a mulher a uma esterilidade biológica, e a criança adotiva enquanto tal tem que suportar uma cota de dificuldades e feridas dos próprios pais. Fato que nos propõe refletir duas questões: quais as repercussões para a saúde mental da criança adotada e qual é o lugar que a criança adotada vai ocupar no desejo da futura mãe por adoção, sendo este, um questionamento que pode ser estudado em futuras pesquisas.

Chama-se a atenção que para todas as mulheres ocorre um super investimento em relação à maternidade, onde todos os interesses se concentram nesse fato. Ou seja, o sonho de ser mãe é investido de muita idealização. Tanto o âmbito pessoal, quanto profissional, será deixado de lado depois que terão seu filho, sendo somente a maternidade o desfecho de maior realização. Nota-se que as participantes preenchem seu tempo com atividades profissionais ou cuidam de sobrinhos, porém, vão abdicar de seus planos individuais logo que um filho vier, sendo que pretendem curtir somente a maternidade.

REFERÊNCIAS

BARDIN, L. Análise de Conteúdo. Lisboa: Editora 70, 1977.

COZBY, P.C. Métodos de Pesquisa em Ciências do Comportamento. São Paulo: Atlas S.A., 2003. LEVINZON, G. Adoção. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2004.

MINAYO, M.C.S. Pesquisa Social: Teoria, Método e Criatividade. Petrópolis: Vozes, 1997.

RIBEIRO, M. F. R. Infertilidade e Reprodução Assistida: desejando filhos na família contemporânea. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2004.

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