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Educação Ambiental Marinha e Costeira no Brasil; aportes para uma síntese.

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In: PEDRINI, A. de G. (Org.) Educação Ambiental Marinha e Costeira no Brasil. Rio de Janeiro: Editora da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, 2010.

Educação Ambiental Marinha e Costeira no Brasil; aportes para uma síntese.

Alexandre de Gusmão Pedrini Introdução

O planeta Terra atravessa uma de suas maiores crises socioambientais e talvez seja derradeira, pois há vários perigos aparentemente insuperáveis como o aquecimento global que já está fazendo o nível dos oceanos subirem assustadoramente. Além disso, os mares vêm sendo impactados negativamente há mais de cem anos de modo violento e severamente preocupante, apesar dos cientistas de todo os países litorâneos já terem alertado para esse perigo.

Nos mares costeiros da Terra vivem milhares de espécies de organismos na massa d´água como seres do plâncton, peixes e mamíferos marinhos como baleias e lobos do mar ou sobre seu fundo como em recifes de coral. Várias são as atividades que causam impacto negativo nos mares e vários pesquisadores de todo o mundo vêm propondo metodologias e modelos para mitigar seus efeitos ambientais negativos (cf. SAPHIER e HOFFMAN, 2005).

No Brasil, ocorrem no seu litoral, recifes de coral e praias arenosas e rochosas que são impactados significativamente de modo negativo por várias atividades humanas que jogam nos mares uma série de refugos industriais como os de extração e refino de petróleo, efluentes industriais e do esgoto humano e também oriundo da atividade (eco) turística (cf. AUGUSTOWSKI e FRANCINE, 2002; KAWAMOTO, 2005; VALLE e MELO, 2006; CREED, PIRES;FIGUEIREDO, 2007; PALAZZO Jr, 2007; PEDRINI et al., 2007ª,b,2008ª,b, submetido; ILARRI et al., 2007;). Cientistas brasileiros preocupados em propor planos de manejo integrado, incluindo as demandas turísticas vêm publicando trabalhos nesse sentido, buscando evitar mais problemas de incompatibilidade entre todas as demandas e interesses de uso no ambiente costeiro, incluindo o turístico. (cf. POLETTE et al., 2003).

O (eco) turismo marinho vem aumentando progressivamente em termos numéricos, sendo o turismo de mergulho (PEDRINI et al., nessa coletânea) tanto com

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o uso de snorkel como por SCUBA um dos que mais potencialmente podem causar estragos ambientais irreversíveis. Cientes disso MEDIO et al., (1999) mostraram que a adoção de um “BRIEFING” ou seja, uma preleção rápida imediatamente antes da realização de um mergulho pode diminuir até 80% o impacto negativo de má conduta de mergulhadores que voluntária ou involuntariamente tocam, arrancam ou pisoteiam organismos fixos marinhos. A adoção dessas preleções têm sido consideradas por alguns pesquisadores (cf. BERCHEZ et al. 2007) como atividade de Educação Ambiental (EA) e por outros como Interpretação Ambiental (IA), pois esses termos apresentam problemas conceituais (cf. PEDRINI, 2007b). Dificilmente essa modificação no ato de mergulhadores apenas uma vez na sua vida não se configura como aderente aos pressupostos da EA, segundo o Programa Nacional de Educação Ambiental (BRASIL, 2005) que adota a Educação Ambiental para Sociedades Sustentáveis (EASS) que é o paradigma da EA latinoamericana (PEDRINI, 2006, 2007a) e objetiva mais que a transferência pontual de informações. Desse modo, a adoção de preleções curtas ou longas não podem se configurar como atividade de EASS e sim de IA, tal como vem sendo adotado em outros países em que a prática do mergulho é uma atividade pungente. De qualquer modo, relatos emblemáticos sobre a Educação Ambiental Marinha e Costeira (EAMC) será apresentada nesse capítulo.

1. A Educação Ambiental Marinha e Costeira

A Educação Ambiental Marinha e Costeira (EAMC) é ainda restrita se a compararmos com a terrestre. No entanto alguns esforços já estão sendo difundidos por meios acadêmicos, principalmente por meio de resumos ou trabalhos em eventos, monografias ou dissertações de mestrado da área socioambiental. Esforços governamentais têm sido identificados, porém seus relatos ainda são superficiais como estratégia de difusão de um de seus instrumentos pedagógicos (PROJETO ORLA) ou resumidos (SECRETARIA DO AMBIENTE DO RIO DE JANEIRO, 2007). Recentemente, relatos detalhados vêm sendo disseminados (CARRILHO, 2007). Pelo meio acadêmico, pouquíssimos têm sido publicados em artigos de periódicos no Brasil e raríssimamente no exterior (BERCHEZ et al., 2005) ou em trabalhos completos de eventos e no Brasil (MATAREZI et al., 1998a,b). Há ainda menções encontradas em “homepages” e em prospectos. O único livro centrado na EAMC é a obra de GHILARDI et al. (2007) que publicaram um guia para EA em costões rochosos marinhos que apresenta e descreve com ilustrações os principais organismos de

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costões marinhos do sudeste brasileiro e menciona os principais impactos antrópicos no litoral.

O trabalho pioneiro que estudou algumas ações sobre EAMC realizados no Brasil foi o de MADUREIRA e TAGLIANI (1997) que também foi pioneiro na adoção do Tratado de Educação Ambiental para Sociedades Sustentáveis e Responsabilidade Global (TEASS) como referencial teórico. Atualmente, o TEASS é a base teórica do Programa Nacional de Educação Ambiental, versão 2004, que é o braço operacional da Política Nacional de Educação Ambiental. Esses autores, promoveram ampla avaliação da Educação Ambiental para Sociedades Sustentáveis (EASS) em áreas protegidas brasileiras tendo sido estudadas as seguintes unidades de conservação: a) Parque Nacional da Lagoa do Peixe no estado do Rio Grande do Sul; b) Reserva Biológica do Arvoredo no estado de Santa Catarina; c) Área de Proteção Ambiental de Guaraqueçaba no estado do Paraná; d) Reserva Biológica de Comboios no estado do espírito Santo; e) Reserva Biológica de Santa Isabel no estado de Sergipe; f) Área de Proteção Ambiental de Mamanguape no estado da Paraíba; g) Entornos de unidades de conservação na zona costeira no estado do Rio Grande do Sul. Concluíram que: a) as unidades possuem uma orientação quase que exclusivamente de cunho preservacionista, e, portanto, inadequada para adotar o TEASS e realizar a EASS; b) as organizações não governamentais estavam presentes e eram atuantes nos vazios deixados pela atuação do MMA; c) as universidades praticamente não atuavam nas unidades de conservação(UC´s); d) equipes das administrações das UC´s eram essencialmente das ciências naturais com pouca visão das áreas humanas; e) muitas das ações eram financiadas por organismos internacionais, impedindo a prática de objetivos essencialmente brasileiros; f) falta de vontade política do MMA para adotar o Programa Nacional de Educação Ambiental (PRONEA, versão 1999); g) visão repressora e inábil na gestão das UC´s em relação a população humana que habita as UC´s ou seu entorno. A maioria dessas conclusões se mantém inalterada até hoje em dia, pois se desconhece o trabalho dos educadores ambientais governamentais tanto federais como estaduais e municipais e nas áreas de conservação particulares menos ainda. Suas atividades não são divulgadas amplamente e não se sabe nem se elas existem. Considerando que cabe à essas UC´s evitar que a biodiversidade seja erodida essas práticas precisam ser urgentemente identificadas, mapeadas e verificadas sua adesão ás políticas públicas como a PNEA e o ProNEA.

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2.A Interpretação e a Educação Ambiental Marinha e Costeira

A IA muitas vezes tem sido confundida com a EA, no ambiente terrestre, segundo PEDRINI (2007b). No seu trabalho, esse autor apresentou propostas consensuais para a diferenciação dos dois construtos, pois cada um deles tem propósitos diferentes. A IA seria (cf. SALVATI, 2003): a) atividade que envolva a percepção e envolvimento da personalidade do visitante, ligando o visitante ao ambiente através de seus sentidos, visando presenciar, experimentar, sentir, tocar, etc.; b) o objeto de interesse em sua forma real pela experiência e não por adjetivos e valores afirmados por terceiros; c) a arte de comunicação: isso significa que, embora existam pessoas com maior ou menor facilidade para tal, ela pode ser aprendida em algum grau; d) a provocação do ecoturista, avivando a curiosidade e o interesse: espera-se que o visitante aprofunde por si mesmo a interpretação do objeto em foco, que ele questione e se sinta o conquistador de seus novos conhecimentos; e) dirigida a audiências específicas: embora nem sempre seja possível, a interpretação mostra-se mais eficiente quando o público-alvo não mostra-se apremostra-sente muito diverso em mostra-seus interesses e objetivos; f) a apresentação dos fenômenos na sua totalidade: isso significa o compromisso da interpretação com a realidade, que não é fragmentada ou divisível a não ser em nossas mentes; significa assim uma abordagem holística, exibindo as relações existentes entre os diversos fenômenos naturais, históricos e culturais. Assim, interpretar o meio ou a natureza é uma tarefa tão complicada quanto promover a EA e deve fazer parte de um programa de EA permanente onde quer que esteja sendo desenvolvida, segundo PEDRINI (2007).

A adoção do termo IA no contexto marinho foi usada no trabalho de MADIN e FENTON (2004) que realizaram uma avaliação dos programas por eles chamados de Interpretação Ambiental Marinha (IAM) realizados no Parque Marinho da Grande Barreira de Corais na Austrália. Concluíram que estava havendo mudanças significativas no comportamento ambiental dos turistas visitantes dos corais e que a metodologia de avaliação da eficácia dos programas de IAM podia ser feita pelo envio de questionários. Mudança de comportamento frente a questões ambientais é uma das metas da EA e assim os programas aludidos podem ser considerados como de EA. No contexto marinho a EA, segundo DIXON e SHERMAN (1990) pode aumentar em 50% o limite de capacidade de carga definido em estudo específico na área de mergulho. Assim, EA e a IA ampliam as possibilidades de utilização de áreas protegidas por parte de mergulhadores marinhos.

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Internacionalmente como no Brasil há uma confusão conceitual com os termos IA e EA tanto para o ambiente terrestre com para o marinho. Limitadíssimos trabalhos se referindo a EAM vêm sendo publicados recentemente. No exterior pode-se citar três autores emblemáticos. ORAMS (1997) aprepode-sentou um modelo de EAM para a Austrália, propondo que a atividade contivesse o seguinte: a) estimulasse a curiosidade; b) incentivasse emoções como a afetividade; c) abordasse problemas ambientais; d) incentivasse a participação em mobilizações sociais; e) realizasse sempre avaliação do seu desempenho. Esse modelo foi aplicado no turismo de observação de golfinhos. TOWSEND (2000) apresentou resultados de uma pesquisa para mitigação de impactos por mergulhadores num parque marinho nas Ilhas Virgens Britânicas no Caribe. Adotou o uso de preleções (“briefings”) associado a mostra de pôsteres para informar os mergulhadores antes do mergulho, usando basicamente a metodologia de MEDIO et al. (1997) realizado no Mar Vermelho que mitigou a cerca de 80% os efeitos ambientais negativos causados por mergulhadores em recifes de coral.

Há dez anos praticamente nada era publicado em termos de EA Marinha (EAM) ou EA Costeira no Brasil. MATAREZI (1998 ª,b,c) publicou três trabalhos originalíssimos sobre EAMC –todos tendo como referencial teórico os preceitos da Declaração de Tbilisi que era o mais avançada para a época. O primeiro trata dos conflitos gerados pelos diferentes atores sociais envolvidos na criação da Reserva Biológica Marinha do Arvoredo (REBioA), estado de Santa Catarina. Nesse trabalho, ele mostra que os atores eram mergulhadores recreativos, pescadores artesanais e industriais e turistas, além do poder legal constituído (IBAMA). O interessante é que as operadoras de mergulho com SCUBA foram autorizadas a mergulhar na área da REBioA, pois essa atividade foi classificada pela Justiça federal como Educação Ambiental. No entanto, sem fiscalização por parte da autoridade federal responsável pela UC as operadoras realizavam atividades que não se sabia se impactavam negativamente ou não e na realidade não eram de EAM. Apenas a equipe de MATAREZI é que tentava realizar atividades de EAM, articulando e envolvendo todos os atores sociais interessados na REBioA. Foram promovidas dezenas de atividades como palestras, produção de informativos, cursos de capacitação, oficinas de EA dirigidas tanto a professores quanto aos alunos da quarta série de 51 escolas da rede pública de ensino, pescadores, turistas e mergulhadores. Uma equipe de doze monitores selecionados para essa atividade foi capacitada e atendeu cerca de 350 pessoas.

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O segundo trabalho apresenta em detalhes o Programa de Orientação e Educação Ambiental (POEA) que tentava evitar os esperados impactos ambientais negativos das atividades dos pescadores, turistas e mergulhadores. Atividades foram realizadas, tendo Tbilisi como referencial teórico, sendo adotadas a estratégias pela resolução de problemas para buscar uma nova tomada de consciência e estimular as pessoas a participarem do processo de decisório sobre o fim das atividades negativas no ambiente. No entanto os resultados ficaram aquém do esperado. Os autores apontaram os seguintes motivos pela baixa participação da coletividade no processo de EAMC: a) falta de existência conceitual dos variados atores envolvidos na atividade de EASS; b) A EA é usada com variadas metas e propósitos, gerando insegurança e descrédito nos seus atores como os caiçaras; c) os processos organizacionais e representativos dos atores humildes eram frágeis; d) a legislação gerava contradições; e) a ocorrência de injustiças sociais como as econômicas e o declínio da pesca artesanal na região; f) a contradição da impossibilidade da região não ter uso algum, mas os turistas tudo podiam de modo desordenado; g) a existência de alto índice da população flutuante; h) a falta de engajamento da população, impedindo a sua participação na solução dos problemas; g) a permanência da visão de recurso natural disponível para ser explorado e não a de patrimônio intocado; h) o incipiente avanço do recente Comitê de Gestão Participativa da REBioA. Desse modo torna-se impossível o desenvolvimento de uma atividade de EA, pois os problemas locais superavam a capacidade dela poder ser implantada.

O terceiro trabalho apresenta detalhadamente uma das estratégias lúdicas aplicadas nos dois trabalhos acima descritos. O jogo apresentado intitulou-se de “ Trilha do Arvoredo” . Nela os jogadores tem a possibilidade de simular 35 situações representativas dos problemas principais da REBioA e na sua zona de amortecimento. O jogo era dirigido às crianças das escolas orientado pelo professor e sua prática mostrou uma grande potencialidade para despertar disciplina e reflexão sobre as sérias questões e contradições no uso público da REBioA.

Até o final do século 21 a EA de qualidade era aquela que tinha como referencial teórico os pressupostos pedagógicos da conferência de Tbilisi. Porém, contemporaneamente o referencial de escolha da coletividade dos educadores ambientais no contexto latinoamericano tem sido entendida como a Educação Ambiental para Sociedades Sustentáveis (EASS). Ela deveria, segundo a Política Nacional de Educação Ambiental (PNEA) e o Programa Nacional de Educação Ambiental (ProNEA) espelhar os preceitos do Tratado de Educação Ambiental para

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Sociedades Sustentáveis e Responsabilidade Global (TEASS). Esse paradigma conceitual e processual demanda propostas para sua operacionalização, devendo ser conhecidos os trabalhos de MADUREIRA e TAGLIANI (1997), BERCHEZ et al. (2007), PEDRINI (2006a; 2007 a,b). Os atributos desejáveis da EASS, segundo os autores supra-citados, são de que ela seja minimamente: a) emancipatória; b) transformadora; c) holística; d) crítica; e) contextualizadora; f) globalizadora; g) interdisciplinar; h) permanente; i) abrangente, dentre outras características fundamentais. Assim, percebe-se como será difícil planejar, realizar e avaliar atividades de EASS no contexto ecoturístico tanto terrestre como aquático. Certamente se fossem feitos estudos para analisar cada uma das atividades e projetos intitulados como de EA tanto terrestre como costeira ou marinha certamente eles deverão apontar a tendência que vem se verificando no contexto empresarial de que podem ser apenas treinamento (FRITZEN e MOLÓN, 2006) ou enganação (MARASCHIN e PEDRINI, 2005; PEDRINI e MERIANO, 2007). Desse modo, pesquisas para a construção de metodologias de EASS a serem aplicadas nos diversificados contextos da sociedade é uma demanda urgente (PEDRINI, 2007c).

A EAMC vem sendo praticada com diferentes tipologias cujos esforço de organização está sendo proposto: a) através de espécies-bandeira ou ícones; b) em função de variados ecossistemas marinhos e costeiros; c) para diferentes públicos; d) baseados em simulacros da realidade; e) como aulas de biologia marinha.

3.Tipologias da prática da EAMC

PEDRINI (2006b) no seu ensaio sobre a prática da EA no contexto de pesquisas relacionadas com a biodiversidade brasileira entendeu que ela podia ter uma tipologia baseada em duas perspectivas. Uma seria a abordagem por espécies ícones ou bandeiras e a outra por biomas. Nesse capítulo são agregadas as abordagens por atores sociais ou por simulacros. O Quadro I que mostra experiências emblemáticas da primeira abordagem no meio marinho expande seus resultados mostrando que as espécies ícones são: baleias, golfinhos, peixe-boi, botos, tartarugas e corais. O Quadro II mostra relatos por biomas costeiros como: manguezais, recifes de coral e costões rochosos. O Quadro III apresenta trabalhos sobre caiçaras, pescadores, etc.

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Quadro I: Trabalhos emblemáticos de EAMC por organismos ícones na região costeira e marinha brasileira.

Organismos Autores Entidade

Golfinho-Rotador

SILVA JR (nessa coletânea) ONG

Tartarugas-marinhas

SUASSUNA (2004) IBAMA

Baleia-Franca HORACIO et al.(2007) ONG

Baleia-Jubarte BARRETO e ALVARENGA (2007)

ONG

Cavalo-marinho ROSA et al (2005) UFPb

Lobos e leões marinhos SILVA, ESTIMA e MONTEIRO (2007) ONG Mero GERHARDINGER et al (2007) ONG

Botos-cinza GURGEL et al. (2002) UERJ

Peixes ornamentais

FERREIRA et al. (2005) UFPe

Peixe-boi marinho

VIANNA et al. (2006) IBAMA

Corais Coral Vivo UFRJ

Lagartixa da areia

ROCHA et at. (2002) UERJ

Como pode ser visualizado no Quadro I os organismos que recebem EA são, na maioria, os que têm apelo estético, povoam o imaginário da população, a maioria é de vertebrados tal qual o Homem e organismos do topo da teia alimentar.. Organismos

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microscópicos não são lembrados e parece que não são importantes e são justamente aqueles que compõem a base da teia alimentar do mar. Sem eles não haveria os animais acima. Note-se também que não existem plantas marinhas ícones ou bandeiras. Tais fatos sugerem que há um aparente desconhecimento estético sobre a flora marinha e as causas pela ausência de plantas marinhas como ícones deveria ser investigado. Dentre outras hipóteses possíveis há a de que muitos hidrozoários e briozoários que possuem colônias na sua forma pólipo e lembram algas marinhas devem parecer a muitos mergulhadores e pessoas leigas que são algas.

O Quadro I mostra também que o Ministério do Meio Ambiente através do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade que herdou do IBAMA a responsabilidade de cuidar das áreas marinhas e costeiras protegidas brasileiras ou praticamente nada desenvolve, dissemina ou divulga o que se já tem de conhecimento acumulado feito por seus parceiros ou pelo antigo IBAMA. De fato, a realização de atividades de EAMC com organismos ícones marinhos é praticamente uma ação de organizações não governamentais. Desse modo, cabe ao MMA assumir suas responsabilidades legais e tornar a EAMC uma prioridade, pois a ciência já provou que o ar que respiramos é composto basicamente do oxigênio produzido pelas microalgas presentes no mar costeiro e corpos d´água continentais limpos e não no oceano ou na terra.

Quadro II. Trabalhos emblemáticos (a maioria não citada no Quadro I) em EA em ecossistemas da região costeira e marinha brasileiras.

Ecossistema Autores Entidades

Bacia hidrográfica

costeira

ORLANDO et al. (2007) UFSC

Costões Rochosos

BERCHEZ et al. (2007) USP

Manguezal NASCIMENTO (2006) UFPb

Praias Arenosas

VASCONCELOS (1997) ETFPb

Restinga LOPES e BOZELLI (2004) UFRJ

Dunas Costeiras

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Recifes rochosos ou

biológicos

FERREIRA et al. ( 2005) UFPe

Lagunas ZEE et al. (1991) UERJ

O Quadro II mostra que são vários os ecossistemas costeiros e marinhos que têm recebido atenção da EAMC, incluindo áreas de preservação permanente como manguezais e dunas costeiras. Percebe-se também que as universidades é que têm essencialmente se preocupado com esse trabalho.

Os Quadros I e II mostram que os trabalhos emblemáticos e difundidos no meio acadêmico em EA na costa marinha brasileira são ainda bem restritos e não mostram uma preocupação assídua do ator governamental na realização da EAM, sendo essa ainda um trabalho quase exclusivo do meio acadêmico e de ONG´s e mesmo assim esporádica. Tem-se noticias de que só existem programas permanentes em relação às espécies ícones/bandeiras de apelo público como as tartarugas graças ao Projeto Tamar que tem relatos para o sul, sudeste e nordeste brasileiros e aos cetáceos devido a ONG´s e universidades.

A consulta às citações dos trabalhos constantes nos quadros I e II apesar de não ser derivada de uma análise detalhada pareceu mostrar ser na maioria absoluta de atividades essencialmente de informação científica e sensibilização ambiental. De modo algum pareceram atividades de interpretação ou de EA, embora um estudo minucioso dessas práticas seja uma demanda urgente. Alguns desses trabalhos merecem uma abordagem mais detalhada. A parte que tratará de organismos bentônicos fixos será tratada no capítulo de PEDRINI et al. (nessa coletânea).

A EAMC além de ser realizada com espécies ícones e ecossistemas vem recebendo atenção centrada em alguns atores ou sujeitos sociais. O Quadro III apresenta alguns exemplos emblemáticos de públicos que vêm participando de atividades de EA.

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Quadro III. EAMC com variados públicos.

Ator social Autores Entidades

Pescadores MELLO et al. (2004) IBAMA

Banhistas MENESES Jr et al. (2002) UCB

Caiçaras WUNDER (2002) Unicamp

Professores BOZELLI et al. (2007) UFRJ

Turistas BERCHEZ et al. (2005) USP

Mergulhadores PEDRINI et al. (nessa coletânea)

UERJ Grande

Público

PRATES et al. (2007) MMA/ONG

Portuários KITZMANN (nessa coletânea)

FURG

Estudantes SILVA et al. ONG

Monitores HADEL (nessa coletânea) USP

Como nas tipologias anteriores as universidades é que vêm contribuindo com a EAMC para a maioria dos públicos preferenciais. No entanto, já possível identificar o esforço da equipe do Núcleo da Zona Marinha do Ministério do Meio Ambiente (PRATES et al., 2007) em colaboração coma Universidade Federal de Pernambuco em divulgar seus importantes trabalhos em EA e dirigidos ao grande público que é mesmo o seu dever constitucional. Esse trabalho que é intitulado de “Conduta Consciente em Ambientes Recifais” vem sendo conduzido com vários materiais de apoio, incluindo cartilhas com desenhos coloridos e com mensagens de alerta para evitar impactos negativos nos recifes de corais do nordeste brasileiro.

Vale ressaltar que os trabalhos citados nos quadros acima nem sempre são exclusivos a determinados ecossistemas, espécies-ícones ou públicos preferenciais. No caso de ONG´s e universidades é muito comum a diversificação dos perfis das atividades. Um caso exemplar é a ONG “Núcleo de Informação e Educação Ambiental” da Fundação Universidade do Rio Grande (RS) em que eles desenvolvem uma miríade de ações desde o desenvolvimento da mentalidade marítima até um trabalho exemplar com dunas costeiras (SILVA et al., 2002). Partindo do princípio que a prática da EA deva ser contextualizada o ideal seria que os grupos atuassem apenas com um

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perfil de atores sociais, ecossistemas ou espécie ícone. Cada um deles possui características próprias e ainda podem evoluir e se especializarem ou se diversificarem mais com o tempo e isso precisa ser acompanhado.

Há também a possibilidade de compor mais duas possibilidades de atividades de EAMC no Brasil. Em primeiro lugar, os denominados simulacros, isso é, tentariam simular a vida marinha em pequenas escala em aquários/oceanários marinhos como o Aquário Marinho de Ubatuba (ALMEIDA et al., 2006), trilhas interpretativas marinhas concretas e simuladas (BERCHEZ et al., 2007), ambientes virtuais de aprendizado cooperativo (GUERRA, 2002), exposições interativas fixas ou itinerantes, maquetes, etc. Mas, nessa área de simulacros há restritos relatos convincentes de que se faz mais do que uma excelente divulgação científica. Em segundo lugar, as conhecidas aulas de biologia marinha básica promovidas por professores de ciências e biologia do ensino fundamental, médio e superior que ao apresentar a geobiodiversidade marinhas aos interessados sempre tentam “conscientizá-los” sobre a necessidade da preservação e conservação dos ambientes costeiros.

Considerações Finais

O presente capítulo teve como objetivo central fazer um esforço de síntese, arrolando e selecionando relatos que possibilitam apresentar um panorama geral do que vem sendo realizado nas duas últimas décadas no Brasil quanto à EAMC.

Apresenta quatro tipologias identificadas, a critério do autor, como emblemáticas do grande esforço acadêmico e não governamental em desenvolver tanto Interpretação Ambiental como EA no contexto marinho e costeiro brasileiro. Seriam por cinco modos: espécies ícones, ecossistemas, atores sociais, simulacros e aulas de biologia marinha. Há várias atividades de EAMC sendo relatadas em detalhes (geralmente em documentos acadêmicos como dissertações de mestrado e teses de doutorado) e outras superficialmente. Isso faz com que diferentes abordagens estejam sendo apresentadas nos quadros desse capítulo, dando a impressão de que todas contribuem com igual pujança e reflexividade. Isso não é verdade. Há teses extensas e detalhadas e resumos estendidos com pouca informação. Mas, foram aceitos para serem citados, pois foi o que pode ser identificado e obtido no permanente acompanhamento bibliográfico realizado pelo autor até enfeixar esse capítulo.

Um levantamento urgente acompanhado de um diagnóstico do que vem sendo feito como atividades/projetos/programas de EAMC, primeiramente, nas unidades de

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conservação governamentais e secundariamente nos outros locais levantados por esse estudo deve ser implementado pelos governos federal, estadual e municipal. Os gestores das unidades de conservação marinhas e costeiras devem ter em mente que a EASS precisa ser implementada em paralelo com a fiscalização e deve ser estimulado a todas as pesquisas realizadas nas unidades de conservação ambiental marinhas brasileiras.

Resumo

O capítulo faz um esforço de síntese, arrolando relatos emblemáticos que apresentam um panorama geral da EAMC nas duas últimas décadas no Brasil. Apresenta quatro tipologias identificadas, a critério do autor, como representativas do esforço acadêmico e de organizações não governamentais (ONG´s) para desenvolver metodologias tanto de Interpretação Ambiental como EA no contexto marinho e costeiro brasileiro. São apresentadas quatro tipologias por: a) espécies ícones; b) ecossistemas; c) atores sociais; d) simulacros; e) aulas de biologia marinha. Os restritos relatos detalhados em EAMC são, em geral, documentos acadêmicos como dissertações de mestrado e teses de doutorado e publicações de ONG´s. Uma ampla avaliação de eficácia desses relatos é questão emergencial. Os gestores das unidades de conservação marinhas e costeiras devem realizar EASS em paralelo com a fiscalização e incentivadas amplas pesquisas nas unidades de conservação ambiental marinhas brasileiras.

Palavras Chave: educação ambiental marinha costeira,unidades de conservação, interpretação ambiental.

Abstracts: The chapter makes a synthesis effort, putting together relevant reports which presents a general overview of the Coastal Marine Environmental Education in the last two decades in Brazil. It presents four identified typologies, due to the author, as representatives of the academic effort and the non governmental organizations (NGO) to develop methodologies such as Environmental Interpretation as Environmental Education in the coastal and marine Brazilian concept. Four typologies are presented as: a) icons species; b) ecosystem; c) social actors; d) fake copies;e) marine biology classes. The few detailed reports about CMEE are, generally, academic documents as a Master’s Degree paper and Doctorate thesis and NGO’s publications. A wide evaluation of these reports’s efficiency is the emergencial issue. The coastal

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Education for Sustainable Societies at the same time with the inspection and support wide researches in the Brazilian marine environmental units of conservation .

Key Words: coastal marine environmental education,conservation units,environmental interpretation.

Literatura Citada

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