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CANDIDATOS À CÂMARA CRITICAM FALTA DE ESTRATÉGIA PARA A CULTURA

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Academic year: 2021

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Diretor: António José Ferreira www.jornaldamarinha.pt SEMANÁRIO QUI01JUL2021 ANO: LX - Nº 2962 Preço: 1,20 € (IVA inc.)

» pág. 2

No debate “Cultura: Que Futuro na Marinha Grande”, que não contou com a presença da candidata do PS e atual presidente da Câmara, Cidália

Ferreira, os cabeças de lista das diferentes candidaturas às eleições autárquicas consideram não existir uma política cultural definida » pág. 8

Porte Pago A u t o r i z a d o p e l o s C T T a c i r c u l a r e m invólucro fechado de plástico. Autorização nº DE11332021GSB2B

“CIDÁLIA FERREIRA

NÃO TEM QUALQUER

ESTRATÉGIA”

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“LEÕES” DA EMBRA CADA VEZ

MAIS PRÓXIMOS DA SUBIDA

» pág. 11 Ò CRIME

DOIS HOMENS DETIDOS

POR TENTATIVA DE HOMICÍDIO

A Polícia Judiciária anunciou a detenção de dois

homens suspeitos de vários crimes, entre os quais

homicídio qualificado na forma tentada » pág. 3

Pub

Carlos Caetano encabeça

a candidatura do PSD à

Câmara da Marinha Grande

na qualidade de independente

e explica os motivos da sua

saída do PS » págs. 6 e 7

Ò MOLDES

ISDOM ABRE LICENCIATURA

“ÚNICA NO PAÍS”

O ISDOM viu aprovada

pela Agência de Avaliação

e Acreditação do Ensino

Superior a licenciatura em

Engenharia e Gestão da

Produção de Moldes » última

Ò ASSOCIATIVISMO

RUI VERDINGOLA DEIXA

DIREÇÃO DO SP. MARINHENSE

O presidente eleito do Sp. Marinhense demitiu-se das

suas funções por alegadas incompatibilidades com

outros membros da direção » pág. 12

CANDIDATOS À CÂMARA CRITICAM

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JORNAL DA MARINHA GRANDE | www.jornaldamarinha.pt

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local

FONTE SANTA

MORADORA PEDE LOMBAS JUNTO À ROTUNDA

Lina Ferreira, residente na Rua

Quinta do Warnhagem, na Fonte

Santa, queixa-se da velocidade,

que considera excessiva, com

que alguns condutores circulam

no local. Já pediu umas lombas

à autarquia, mas aguarda

resposta

Em novembro último, mais precisamen-te na madrugada do dia 14, uma viatura despistou-se e entrou, literalmente, dentro da casa de Lina Ferreira, destruindo o muro de vedação da habitação e a pare-de, e causando diversos danos no interior. Dias depois, Lina Ferreira, que diz “não ter ganho para o susto” com o acidente, enviou uma carta à Câmara da Marinha Grande a solicitar a colocação de sina-lização relativa à existência da rotunda, bem como a colocação de lombas para que os veículos circulem mais devagar na-quela zona, mas alega que “até ao mo-mento não recebi qualquer resposta ao meu pedido”. No entanto, a autarquia já providenciou a colocação de sinalização relativa à aproximação de rotunda.

Ao JMG, a moradora refere que não

consegue descansar durante a noite por temer que volte a haver outro despiste do género junto à sua casa, acrescentando que já houve, pelo menos, 5 despistes gra-ves naquela rotunda, “muito procurada para fazer peões”.

O nosso jornal questionou a autarquia, há mais de um mês, a respeito da possibili-dade de serem colocadas lombas no local ou aplicadas outras medidas com vista à acalmia do trânsito, mas não obtivemos qualquer resposta. ß

REABILITAÇÃO

RUA DO SOL

RECEBE OBRAS

DE 400 MIL EUROS

Já foi adjudicada a obra

de reabilitação da Rua

do Sol, num investimento

camarário que ronda os

400 mil euros e que trará

“grandes melhorias no que

toca à mobilidade”

Segundo a Câmara da Marinha Grande, a empreitada prevê a co-locação de um novo pavimento, a requalificação da rede pública de abastecimento de água, o sanea-mento doméstico e drenagem plu-vial e a reformulação das zonas de circulação pedonal com a criação de passeios.

“Garantir-se-ão boas condições de circulação, escoamento eficaz das águas pluviais e ligação aos arruamentos existentes”, garante o Município, acrescentando que as faixas de rodagem serão dimensio-nadas “para dar resposta ao tipo de tráfego que aflui ao local”.

Refira-se que esta era uma obra há vários anos reclamada pelos moradores, nomeadamente no que se refere ao escoamento das águas e aos entupimentos frequentes da ribeira que atravessa a rua. ß

TECH-I9

CEFAMOL DINAMIZA

FÓRUM ONLINE

A Associação Nacional da Indús-tria de Moldes (CEFAMOL) vai levar a efeito, de 6 a 8 de julho, o Fórum Tech-i9 que consistirá na realização de sessões online. No dia 6, a partir das 14h30, estará em debate o tema “Novos modelos de negócio”, com a presença, entre outros oradores, de José Carlos Caldeira (INESC TEC). No dia 7, à mesma hora, estará em discussão “Design for manufac-turing”, com João Magrinho (CEN-TIMFE), e no dia 8 a temática em análise será “Sucessão Empresarial versus Fusões e Aquisições”, com a consultora Catarina Caldeira. Mais informações através do site www. cefamol.pt. ß

F1 IN SCHOOLS

PINHAL DO REI VENCE CONCURSO

Os alunos da Escola Secundária

Pinhal do Rei, do Agrupamento

de Escolas Marinha Grande

Nascente, alcançaram o

1.º lugar na Final Regional

do Concurso F1 in Schools,

realizada no dia 23 de junho,

pelo CENTIMFE, nas instalações

da incubadora de empresas

OPEN, na Zona Industrial de

Casal da Lebre

O projeto vencedor, nas categorias de velocidade, comunicação e engenharia, foi desenvolvido por um grupo de alunos do 1.º ano, turma C, do Curso Profissional de Programação e Sistemas Informáticos da Secundária de Pinhal do Rei. Aerodinâmica e design foram outros dos aspetos tidos em conta pelos elementos do Júri.

Na prática, os estudantes, que formaram a equipa “Os Relâmpagos”, desenharam um carro de fórmula 1, com recurso a ferra-mentas CAD/CAM, e criaram um protótipo

que foi depois transposto para a realidade no formato de uma miniatura feita em balsa.

Os alunos tiveram ainda a oportunidade de colocar a correr miniaturas de carros F1, propulsionados com cápsulas de ar compri-mido.

Com esta vitória, a equipa da Pinhal do Rei ficou apurada para a final nacional do

concurso F1 in Schools, promovido no âm-bito do Projeto “Pense Indústria i4.0”, e que está agendada para os próximos dias 21 e 22 de julho!

O 2.º lugar foi atribuído à “Phoenix Team” e o 3.º posto à “F’Ones”, ambas da Escola Tecnológica, Artística e Profissional de Pombal. ß

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JORNAL DA MARINHA GRANDE | 1 de julho de 2021

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local

ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL

AGRUPAMENTO NASCENTE

PROMOVE CONCURSO DE

QUADRAS

No âmbito do Plano de Atividades do Agrupamento de Escolas Marinha Grande Nascente, foi dinamizado na Escola Gui-lherme Stephens o 3.º Concurso de elabo-ração de quadras subordinado ao tema “Alimentação Saudável e Sustentável”. A atividade, aberta a todos os alunos da es-cola, teve como objetivos fundamentais, promover e contribuir para uma educação alimentar saudável; estimular a criativida-de e a originalidacriativida-de dos alunos; e reforçar a participação dos alunos na vida da es-cola, assim como o envolvimento dos pais e encarregados de educação, que podiam ajudar os seus educandos neste desafio.

De acordo com o Regulamento do Con-curso, foram atribuídos 3 prémios: um avental com a respetiva quadra impressa, aos alunos Afonso Malpique (1.º lugar), Francisco Vieira (2.º lugar) e Luz Pinho (3.º lugar), todos do 5.º D. Todos os participan-tes receberam um certificado de participa-ção e um boné.

- 1.º lugar

“Comer fruta, dá saúde Todos devemos comer. Maçãs, peras e outros frutos Vitaminas, tu vais ter!”

- 2.º lugar

“Laranja grande ou pequenina Ajuda-nos a crescer.

Com as suas vitaminas Jamais vamos adoecer.”

- 3.º lugar

“Com a escola a chegar Os meus lanches vou fazer. Fruta e legumes vou levar

Assim a refeição vou preencher.” ß

TENTATIVA DE ABUSO SEXUAL DE CRIANÇA

AUTORES DE RAPTO

EM PRISÃO PREVENTIVA

Ficaram em prisão preventiva os 3 homens e 2 mulheres, com

idades entre os 26 e os 51 anos, que foram detidos pela Polícia

Judiciária no dia 22 de junho, em Leiria e na Marinha Grande,

suspeitos dos crimes de rapto, tentativa de homicídio, abuso

sexual de criança e danos com arma de fogo

Segundo a PJ, foi ainda identificado um sexto homem envolvido na consuma-ção dos crimes, que terão ocorrido num fim de semana de junho, “como reação

ao facto de familiares de uma menina, de 13 anos de idade, não aceitarem o casamento dela com um rapaz da mes-ma idade”. De acordo com as

autorida-des, perante a recusa terão reagido “a tiro” contra o pai da menor, “provocan-do danos com arma de fogo em diversos bens, nomeadamente numa casa de ha-bitação e numa viatura”.

“Usando grande violência, os suspei-tos terão raptado a menor, no intuito de a constrangerem a “casar” com o rapaz e a manter relacionamento sexual, aca-bando a vítima por ser libertada, no dia seguinte, pelos presumíveis raptores”. ß

HOMICÍDIO TENTADO

PJ DETÉM DOIS HOMENS NA MARINHA GRANDE

A Polícia Judiciária anunciou a detenção de dois homens suspeitos de vários crimes, entre os quais homicídio quali-ficado na forma tentada, com arma de fogo, na Marinha Grande, a 20 de maio.

Em comunicado a PJ refere que “na sequência de

dis-túrbios provocados pelos arguidos, em contenda familiar, foram disparados vários tiros contra um edifício e contra um homem de 47 anos de idade que correu perigo de vida”, acrescentando que os arguidos se deslocaram “para para-deiro incerto, não prestando qualquer socorro à vítima”. ß

MÚSICA

PROTUR PROMETE “VERÃO CULTURAL”

Arrancou no passado sábado, 26 de junho, em São Pedro de Moel, mais uma edição do “Verão Cultural”, uma iniciati-va dinamizada pela PROTUR e que até 11 de setembro promete muita música e animação. Os primeiros artistas a subi-rem ao Palco do Vale foram “Mr. Gallini” e “The Dirty Coal Train”. Este sábado, dia 3 de julho, às 22h, atua “Madflirt” e uma hora depois a artista Ana Santo.

Segundo a organização, nos meses de julho e agosto o Posto de Turismo de São Pedro terá atividades para crianças e exposições. Entre os eventos agenda-dos, destaque para a realização, de 20 a 22 de agosto, de mais uma edição do Festival Afonso Lopes Vieira, com poesia, teatro, música, artesanato, literatura, pin-tura e workshops.

O programa “Verão Cultural” é apoia-do pela autarquia marinhense no mon-tante de 50 mil euros.

Ò“TRANSPARÊNCIA ORGÂNICA” EM EXPOSIÇÃO

O Posto de Turismo de São Pedro acolhe a partir desta sexta feira, 2

de julho, a exposição “Transparência Orgânica”, da autoria da designer in-dustrial Susana Ramalho. Segundo a autora, as obras expostas resultam da manipulação do vidro, com recurso a várias técnicas (a quente e frio), “onde a essência da forma busca os

elemen-tos orgânicos da região envolvente, S. Pedro de Moel, da sua fauna e flora”. “Todas as obras expostas sao uma ho-menagem à biodiversidade da região, e estão repletas de simbolismo”, refe-re ainda a artista. A inauguração está marcada para as 19h. ß

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JORNAL DA MARINHA GRANDE | www.jornaldamarinha.pt

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opinião

»CARTA AO DIRETOR

Percursos pedestres de São Pedro

Fiz este percurso novamente hoje

e continua tudo como há 3 anos. É indescritível este abandono. Encontra-se tudo igual ou pior ain-da. Os percursos pedestres são dos poucos recursos turísticos que sobram a São Pedro. Seria impor-tante recuperar os 3 percursos que existem ou reformulá-los e porque não, no pouco de mata que sobrou, criar outros. Neste momento, um tu-rista que queira fazer um percurso

pedestre, dos três que existem em S. Pedro de Moel, não consegue termi-nar um. São postes de madeira com as indicações caídos, escondidos pela vegetação, pinturas sumidas por falta de manutenção ou sinali-zações que pura e simplesmente desapareceram. Trata-se de um dos poucos recursos turísticos que São Pedro de Moel tem. Este desleixo da câmara é perturbador. Não estamos a falar de muito investimento para

operacionalizar estes três percursos. Com umas poucas centenas de eu-ros, seguramente que se recupera-vam estes ou, porque não, se refor-mulavam e se criavam uns novos na zona de pinhal que sobreviveu ao fogo de 2017. A Mata Nacional de Leiria continua a ter recantos fantás-ticos que merecem ser divulgados e visitados.

Leitor devidamente identificado

»PARTICIPAR PARA MELHORAR

Política de quase nada

Nos últimos tempos, as críticas à governação PS têm vindo a subir de volume. Pouco a pouco, e de forma cada vez mais contundente, os cida-dãos têm mostrado o seu desconten-tamento perante a ineficácia deste Executivo PS na resolução dos pro-blemas que afetam o seu dia-a-dia. Dois temas estão na ordem do dia da discussão: (i) Adutora Alto dos Picotes – Marinha Grande e (ii) Processos de obras.

Relativamente à Adutora, obra prometida há mais de vinte anos, tem sido sucessivamente adiada durante este mandato. Em 2019, na reunião realizada no dia 11 de fevereiro, o Vereador responsável informou que “Tenho um cronograma dos procedi-mentos que permitirá lançar a obra, provavelmente, em maio. Finalmente, há um calendário, vontade e condi-ções para executar as obras faladas há tantos anos”. Perante o que temos assistido, algo deverá ter corrido mal ou a informação dada não era ver-dadeira. Possivelmente, a vontade deixou de existir e as condições não eram as melhores para o efeito. Em 2020, sempre em reuniões extraor-dinárias, no dia 14 de maio, foi aprovado o concurso público para a realização da referida obra e em 30 de julho a adjudicação da obra foi finalmente aprovada pelo valor de 1 875 464 euros. Em 21 de setembro foi aprovado o seu Plano de

Segu-rança e Saúde. Tudo indicava que a obra estava prestes a iniciar-se. Passa-do quase um ano, a obra ainda não saiu do papel. Seria importante que a autarquia informasse a que se deve este atraso e informasse quem não teve capacidade para pôr no terreno um projeto que é essencial para os munícipes marinhenses. A boa nova foi anunciada na reunião do passado dia 21 de junho. Nesta, a Presidente anunciou que a mesma iria ter início no dia 5 de julho, acreditando na es-perança de que o governo decrete o aumento de materiais para as obras, que ainda não está em vigor, e assim permita o aumento de 200 mil euros exigidos pela empresa. É tudo uma questão de fé.

Outro tema refere-se aos proces-sos de obras que há muito funcionam mal, nos últimos quatro anos, pessi-mamente. As últimas informações re-ferem a admissão de mais arquitetos. Se assim for, será bom para os muníci-pes e para as empresas que precisam dos seus licenciamentos aprovados e bom para a autarquia que vê, assim, um problema resolvido. Na última reunião de Assembleia Municipal, dia 18 de junho, o Deputado Carlos Wilson sugeriu que seria interessante conhecer o rácio do número de pro-cessos por cada arquiteto. Assim, poderia saber-se, com mais precisão, quantos técnicos seriam necessários a autarquia contratar para ter o depar-tamento em ordem. Como resposta, a Presidente informou que tinha rea-lizado uma reunião com a Chefe de Divisão e os técnicos para perceber quantos processos tinha cada um. Respondeu “São muitos”. Uma res-posta esclarecedora. Importante foi

o contributo do deputado Frederico Barosa nesta discussão. Deu os pa-rabéns à Câmara pelo anúncio da desmaterialização dos processos de obras, “um início do que pode ser o acelerar de todos os procedimentos”. No entanto, referiu que a autarquia deve dar o passo seguinte “Criar o portal que nos permita acompanhar toda a tramitação do processo via on-line”. Assim, considerou fundamental que, tal como já foi feito em outros mu-nicípios, haja a revisão do RMEU (Re-gulamento Municipal de Edificação e da Urbanização) de modo a tornar mais ágil todo o processo, algo que podia ser feito ainda neste mandato. A alteração deste Regulamento foi prometida pelo ex-Vereador na reu-nião do dia 11 de fevereiro de 2019. Nesta, informou que “31 de março é a data estabelecida para a revisão do RMEU. O trabalho já foi distribuí-do pelos técnicos”. Indescritível. Possi-velmente, os documentos perderam-se pelo caminho. Passaram dois anos e o ex-Vereador não chegou a ter tempo de apresentar a revisão do referido Regulamento. É uma vergonha para a Marinha Grande que ninguém assu-ma responsabilidades por nada resol-verem e que coloquem a autarquia no lote das mais atrasadas em termos de eficácia e modernização.

Quando a Oposição na última Assembleia Municipal acusou o Exe-cutivo PS de “quatro anos de quase nada”, a Presidente respondeu “Não é verdade. Se os senhores estivessem atentos, viam o muito que se fez: Zona Industrial, Estradas, Centro de Saúde requalificado e Escolas qualificadas”. Uma mão cheia de nada. É mesmo uma política de quase nada. ß

»TEMAS PARA REFLEXÃO

A Benção

de poder Respirar

Nesta fase da COVID-19 (Portugal, junho de 2021) em que os mais idosos já estão vacinados quase a cem por cento e que, portanto, já não estão a morrer às dezenas, diariamente, assiste--se aos comportamentos atrevidos dos mais jovens, cansados de tantas regras sociais, com consequências lógicas de que os hospitais começam a encher-se de gente com duas, três e qua-tro décadas de vida. Não morrem, mas têm de ser internados, alguns vão para os Cuidados Intensivos onde são submetidos a tratamentos violentos de sedação e outros, com consequências catastróficas para a sua saúde futura.

As pessoas que sofreram ou ainda sofrem de asma bem sa-bem o terror que é não conseguir respirar.

Mas, exceptuando estas, a maior parte das pessoas não tem a noção consciente da bênção maravilhosa que é conseguir res-pirar, normalmente.

Para tomar decisões sobre novas regras à medida da evolu-ção desta pandemia, o Governo deveria reunir com equipas mul-tidisciplinares que, além dos «políticos», dos médicos pneumo-logistas e infecciopneumo-logistas, mais os especialistas em Direito e em Matemática, deveria ter também Psicólogos e Sociólogos porque são estes Técnicos que conhecem e podem prever os comporta-mentos e as emoções reactivas das pessoas do mundo ocidental das diversas faixas etárias quando confrontados com restrições da Liberdade.

Estes Técnicos sabem quais as atitudes mentais e comporta-mentais expectáveis dos mais jovens, atrevidos e hedonistas por estarem cansados de ordens a que não gostam de obedecer (porque confundem a «obediência de escravo» com o «Respei-to»), inebriados com a sua liberdade, autonomia, independên-cia, «imortalidade», egocentrismo e prazer imediato («Eu quero e já!»). Especialmente na cultura latina, as pessoas também estão habituadas a «contornar» aquilo que não querem para si mes-mos e/ou a implementar «esquemas» de evitação para ultrapas-sar as situações que lhes desagrada e os deixa orgulhosos da sua inteligência e subtileza de «chicos-espertos».

Psicólogos e Sociólogos saberiam, de antemão, que as pes-soas teriam estes comportamentos e emoções que estão a agra-var a situação.

Logo, as regras deveriam prever as desobediências!

Talvez fosse bom que quem «fura» as regras pudesse conhe-cer os testemunhos sobre os problemas físicos e psicológico-cog-nitivos, funcionais, das pessoas que ficaram a sofrer das sequelas da COVID-19: No Sistema Respiratório, as pessoas, mesmo jo-vens, ficam com uma reduzida capacidade, os pequenos passos dentro de casa são uma dificuldade enorme porque não têm fôlego, sofrem de um cansaço extremo (mais do que um velho normal). Têm dores no corpo e fraqueza geral. Às vezes, ainda têm febre e tosse. Alguns podem perder o paladar e o cheiro.

Mas também sei quão terrível é a pressão dos «vícios». Pense nisto com bom senso e maturidade e decida se vale a pena «abusar». ß

Isabel Antunes

Psicóloga Clínica/Escritora

Elvira Ferreira

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local

JORNAL DA MARINHA GRANDE |1 de julho de 2021

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local

PLANIMOLDE REINVENTOU-SE NA PANDEMIA

GRUPO PARLAMENTAR DO PS

VISITOU EMPRESA “EXEMPLO”

A Planimolde, fabricante de mol-des para plásticos, foi visitada esta segunda feira, 28 de junho, por de-putados do Grupo Parlamentar do PS. Ao JMG, Ana Catarina Mendes explicou que o objetivo foi perce-ber como é que a economia resis-tiu perante a pandemia e como se reinventou para fazer face às difi-culdades. Segundo a presidente do Grupo Parlamentar, a Planimolde, que conta 43 anos de existência, é “um exemplo de uma empresa que soube responder às exigências da pandemia, ligando a microbiologia e o conhecimento à indústria de moldes, e sendo um produtor na-cional de alguns dos produtos que fizeram falta na pandemia”, dando como exemplo as viseiras, os tubos clínicos e as zaragatoas. “Com as ajudas do Estado conseguiram rein-ventar-se e, por outro lado, com a sua própria criatividade, a aliança e a cooperação de esforços tivemos um país que não parou e soube res-ponder com solidariedade àquilo

que eram as exigências do momen-to”, referiu a responsável.

Da parte da Planimolde, o diretor geral, Telmo Ferraz, deu conta que a empresa se “reali-nhou” para “ultrapassar” a dificul-dade criada pela pandemia, indo ao encontro das necessidades do mercado. “2021 ainda não é o ano de reabilitação do setor au-tomóvel, que é o nosso core

busi-ness, mas não parámos, encontrá-mos novas resistências e energias dentro da organização, e com a ajuda de todos e aproveitando também os apoios colocados à disposição das empresas, fizemos o que qualquer gestor deve fazer, que é encontrar soluções em altu-ras de dificuldade”.

Veja a reportagem em www.ma-rinhatv.com ß

»LEITURAS

“No mundo há livros

fantásticos que ninguém lê”,

Umber

to Eco

“A Sul. O Sombreiro”,

de Pepetela, Dom Quixote, 2011

Numa incursão pela história antiga de Angola, Pepetela relata--nos acontecimentos ali ocorridos num período difícil para Portugal, aquando da ocupação pelos Filipes de Espanha. São intervenientes, além do então governador de Angola, Manuel Cerveira Pereira, os padres da Companhia de Jesus naquela colónia, que o apoiavam nas práticas criminosas junto dos nativos enquanto que, hipocrita-mente, apregoavam a Religião Católica e a evangelização. O go-vernador acaba por ser acusado de abuso de poder, crueldade e roubo do erário público sendo preso e enviado para Lisboa. Retorna, porém, com o apoio de Filipe II para a conquista de Benguela onde, afirmava, existiam minas de cobre e ouro para explorar.

«Manuel Cerveira Pereira, o conquistador de Benguela, é um filho de puta. O maior filho de puta que pisou esta miserável terra. Pisou no sentido figurado e no próprio, pisou, esmagou, dilacerou, cons-purcou, rasgou, retalhou. O filho de

puta admito ser apenas no figurado, pois da mãe dele pouco sei, até di-zem ter sido prendada senhora e de bem. Embora quem tal crocodilo dei-xou crescer no ventre pomba não de-via ser, afirmam os entendidos. Mas mereço eu, desgraçado padre, julgar o ventre de donas bem casadas? Ven-tres não se julgam, dão frutos, alguns podres. Sou sacerdote. De rito cató-lico. A vida perigosa me fez assim. Talvez não o coração, mais de judeu. Entretanto, nestes pesados tempos

dos bons reis Filipes de Espanha, quem quer ser judeu? O meu pru-dente bisavô, de nascimento Jacob, mesmo antes de ser obrigado, mudou o nome de família para Oliveira por isso me chamo Simão de Oliveira.» O autor do romance introduz, nas descrições históricas, uma outra história paralela, esta de ficção, que atrai e prende o leitor. Na forma descontínua dos capítulos surge Carlos Rocha um angolano mulato de cabelo encarapinhado, educado pelos jesuítas, que fala português e talvez seja bisneto de Diogo Cão que, na foz do rio Kongo onde chegou em 1482, “pusera barriga” numa prin-cesa do reino. Carlos Rocha, fugido de seu pai, antigo traficante de escravos, inicia uma aventura pelo interior de Angola acompanhado pelo seu escravo e amigo Mulende e munido de um mosquete. Con-segue estabelecer amizade com os povos que enfrenta e apaixona-se por kandalu, uma jovem de mamas redondas e duras sequestrada em criança pelos ferozes guerreiros da etnia “jaga”, que praticavam rituais canibalísticos.

Pepetela (1941) nasceu em Benguela, Angola. Licenciou-se em Sociologia, em Argel e foi professor na Universidade Agostinho Neto em Luanda. Destacado dirigente de associações culturais, foi-lhe atri-buído o Prémio Camões em 1997 confirmando o seu lugar de desta-que na literatura lusófona. ß

Carlos Reys

Designer

ECONOMIA

MARINHA GRANDE

TEM DUAS EMPRESAS GAZELA

Entre as 119 empresas Gazela identificadas na Região Centro pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro, duas estão localizadas no concelho da Marinha Grande, mas apenas uma permite a divul-gação: a RB Drinks Portugal, Lda. Segundo a CCDRC, trata-se de

empresas jovens que, num curto espaço de tempo, apresentam um crescimento acelerado no empre-go e no volume de negócios. Na Comunidade Intermunicipal da Re-gião de Leiria há ainda mais 16 empresas Gazela, 14 das quais em Leiria, uma em Ansião e outra em Pombal.

As duas empresas Gazela da Marinha Grande tinham ao ser-viço, em conjunto, 12 colabora-dores em 2016, 26 em 2018 e 41 em 2019; quanto ao volume de negócios, em 2016 era de 709694 euros, em 2018 era de 1385239 euros, e em 2019 era de 1869626 euros. ß

ENSINO SUPERIOR

MINISTRO VISITA VIPEX

“Qualificação, Requalificação e Inovação: impulso para a produtivi-dade e competitiviprodutivi-dade” é o mote da visita do ministro da Ciência, Tecno-logia e Ensino Superior, Manuel Hei-tor, esta sexta feira, dia 2 de julho, à região. O roteiro arranca pelas 13h,

na Marinha Grande, com uma visi-ta à VIPEX, um caso de sucesso na relação entre a academia e o setor empresarial. Está prevista uma visita guiada por diplomados e estudantes do Politécnico de Leiria aos proces-sos de inovação da empresa. ß

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JORNAL DA MARINHA GRANDE | www.jornaldamarinha.pt

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entrevista

ENTREVISTA A CARLOS CAETANO, CABEÇA DE LISTA DO PSD:

“A MARINHA GRANDE MUDARÁ

NA PROPORÇÃO DA NOSSA CORAGEM”

Carlos Caetano encabeça a candidatura do PSD à Câmara

Municipal da Marinha Grande na qualidade de independente e

explica, em entrevista ao JMG, os motivos da sua saída do Partido

Socialista. “Coragem para mudar” é o mote de Caetano, que

defende uma mudança de atitude na governação do Município

CARLA FRAGOSO

Que razões o levam a encabeçar uma candidatura ao Município marinhense pelo PSD, quando no atual mandato foi eleito pelo PS?

Sempre segui as minhas convicções e princípios. Para mim, a Marinha Grande e os Marinhenses estão, e sempre estiveram, acima de ideologias ou partidos.

Desliguei-me da minha antiga organiza-ção política de consciência tranquila por lhe ter dado todo o meu esforço e o melhor de mim. Ficarei para sempre grato pela oportu-nidade que me proporcionou de poder servir a nossa terra, enquanto Deputado Municipal e Vice-Presidente da Câmara. Hoje tenho a li-berdade que me vem de ser um cidadão livre e independente e assim poder continuar ao serviço de todos.

Quando, aos 19 anos, iniciei a minha in-tervenção política local fi-lo por convicção e pela minha terra.

O processo de elevação da Marinha Grande a cidade que nessa época promovi, desenvolvi e levei até ao fim é um bom exem-plo da minha antiga dedicação à nossa terra e da minha determinação em contribuir para o seu engrandecimento.

Depois de uma profunda reflexão pessoal e familiar, aceitei o convite do PSD para ser o cabeça de lista à Câmara Municipal por-que acredito por-que, dessa forma, posso ajudar a construir um futuro melhor para a Marinha Grande e devolver a dignidade e respeitabili-dade a tão importante órgão autárquico.

A conjugação da minha experiência en-quanto autarca com funções executivas e a trajetória histórica do PSD marinhense ofe-rece aos nossos cidadãos a melhor solução para a construção de um melhor futuro para o nosso concelho. Acima de qualquer ideolo-gia, acima de tudo sou e serei o que sempre fui: marinhense.

Para reflexão, gostaria de citar um dos mais famosos pensamentos de Winston Chur-chill: “Algumas pessoas mudam de partido em defesa dos seus princípios. Outras mudam de princípios em defesa do seu partido”.

Que condições lhe ofereceu o PSD que o PS não lhe deu?

Liberdade, humildade, verdade, vontade, coragem, consideração e estima.

O que correu mal na sua ‘relação’ com o Partido Socialista?

Com os cidadãos socialistas, militantes de base ou simples simpatizantes, nada correu mal. Antes pelo contrário. Muitos deles foram os primeiros a ligar-me manifestando solida-riedade e a sua compreensão pela tomada de posição que assumi felicitando-me pela co-ragem demonstrada. A surpresa de muitos re-sidiu no facto de não ser usual alguém optar por bater com a porta ao invés de se remeter a uma espécie de silêncio ruidoso, que rói e mói mas não constrói.

Quanto ao “poder local dominante”, per-sonalizado, centralizado, egocêntrico e pre-potente, não sobrava outro caminho que não o do divórcio.

Escreveu recentemente que: “Teria sido muito mais fácil ficar acomodado e «bem comportado» no PS”. A que se estava a referir?

Importa enquadrar esta afirmação naquilo que é o argumentário popular, que encontra-mos com frequência, que diz, na falta de ar-gumentos objectivos, que “o que eles querem é tacho”.

Não estou na política local com esse pro-pósito mas sim com o de trabalhar pela mi-nha terra.

Sou um marinhense comum, igual a muitos milhares de outros, que vive do seu salário. Mesmo assim, pelos meus princípios e pela Marinha, troquei o seguro pelo incerto.

Ficar no PS seria ficar “acomodado”. Sen-do Vice-Presidente da Câmara, algo havia de me “calhar”.

Eu não sou assim. Como disse claramente na apresentação da minha candidatura, co-migo a Marinha nunca estará de joelhos pe-rante Lisboa ou pepe-rante outras entidades do poder central. Como tal também nunca estive de joelhos perante dois ou três que localmen-te se acham donos da verdade e do partido a que pertenci até há pouco.

Mas neste momento, como diz uma famo-sa letra dos Xutos, “é uma escolha que se faz, o passado foi lá atrás”.

Na sua apresentação como candidato disse ser “o único” que conhece todos os

dossiers existentes na autarquia. No en-tanto, deixou muitos problemas por resol-ver dentro das áreas sobre as quais tinha responsabilidades. O que correu mal?

No conjunto de candidatos anunciados à Presidência da Câmara sou, de facto, o único que conhece todos os dossiers.

De facto, tive à minha responsabilidade a maioria dos Pelouros, participava activa-mente naqueles que são, por lei, da exclu-siva responsabilidade da Presidente, como as questões financeiras orçamentais e tinha uma extraordinária relação com a Vereadora Célia com que me aconselhava sobre alguns dos meus pelouros e a quem aconselhava so-bre os seus.

Quanto à segunda parte da vossa ques-tão, diria que quem tem a maioria dos Pelou-ros terá sempre alguns assuntos por resolver. Discordo em absoluto que tenha deixado “muitos assuntos por resolver”, especialmente quando fazemos a comparação com os mui-tíssimos assuntos que ficaram resolvidos.

Só como exemplo, refiro as redes de sa-neamento construídas na Amieira, Charneca, Picassinos, Tojeira, Pedrulheira ou Mirante, as mais de 80 vias urbanas requalificadas, a Adutora Picotes/São Pedro de Moel, o re-forço da rede de água nas Figueiras, a ex-pansão da Zona Industrial do Casal da Le-bre, para enumerar simplesmente uma ínfima parte daquilo que foi realizado pelos meus Pelouros.

Como caracteriza o presente mandato autárquico, sendo que ocupou o cargo de vice-presidente até há bem pouco tempo?

Disse na minha primeira comunicação pública após a saída do executivo com Pelouros, que não renego nada do que se passou no presente mandato, quer o bom quer o mau.

Nos muitos Pelouros à minha responsabi-lidade houve muito trabalho realizado, em-bora não todo o que eu desejava, como já falámos no ponto anterior.

Contudo, o que mais me inquietou neste mandato foi a falta de diálogo com os restan-tes membros da Câmara e com a sociedade.

Não tenho dúvida que tendo existido um diálogo franco e aberto com todos teria sido possível encontrar soluções para alguns dos temas que se vão tornando crónicos unica-mente por falta de humildade política para aceitar os contributos de todos.

E foi por isso mesmo, que a 10 de Maio de 2021, na minha primeira reunião de Câ-mara enquanto Vereador sem Pelouros, re-queri à Sra. Presidente a marcação imediata de reuniões de câmara extraordinárias para tratar de dois assuntos que requerem um con-senso alargado: o futuro da FEIS e a revisão do PDM, que se encontra em fase muito avan-çada dos trabalhos e não pode parar.

Após muita insistência, numa segunda reu-nião de câmara, lá acabou por se realizar a reunião de trabalho sobre o tema FEIS e, pasme-se, em poucas horas conseguimos de-finir um plano de trabalho com o acordo de todos que vai permitir que as escolhas a fazer para aquele lugar sejam tomadas de forma transparente, objectiva e democrática.

E é assim que pretendo desenvolver todo o meu mandato se os eleitores me escolherem para liderar a Câmara como Presidente.

Como avalia o desempenho da Presi-dente Cidália Ferreira?

A avaliação do desempenho da Sra. Presi-dente será um trabalho da responsabilidade dos eleitores quando exercerem o seu direito de voto nas próximas eleições.

Contudo, já houve alguém que estando muito próximo da Sra. Presidente, fez essa

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JORNAL DA MARINHA GRANDE |1 de julho de 2021

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entrevista

avaliação, que é pública, e que utiliza termos como “sem qualquer estratégia”, “sem calen-darização de prioridades”, “sem discussão interna”, para citar somente os mais ligeiros, ao que eu acrescentaria a total subserviência ao Governo da República e instituições com ele relacionadas bem como uma enorme difi-culdade em tomar decisões.

E da oposição?

Tive sempre uma excelente relação com a oposição, quer com os vereadores eleitos quer com aqueles que, pelas mais variadas razões, fizeram substituição dos colegas.

Na vida militar há uma expressão que diz que “a boina não se ganha, conquista-se”. Também na política a consideração e estima se conquistam através dos nossos actos. Co-lhemos o que semeamos.

Quanto ao comportamento político, cada um tem o seu estilo próprio, que respeito, em-bora possa nem sempre concordar e serão também os eleitores a ter que fazer essa ava-liação.

Contudo, não deixo de achar que a oposi-ção poderia ter sido mais “interventiva”, usan-do mais os poderes que o próprio Regimento da CMMG lhes atribui, perdendo-se muitas vezes nas “tricas” do diz-que-disse e do post publicado no Facebook no dia anterior.

“Coragem para mudar” é o slogan da sua candidatura. O que é preciso mudar no concelho?

A atitude. Em primeiro lugar, a forma como os eleitos se relacionam e como devem trabalhar em conjunto para o bem comum. Todos têm importância. Todos representam cidadãos. Todos devem participar.

No dia em que isso ocorrer a Marinha dis-para rumo ao futuro.

Quem teve oportunidade de ver a forma como conduzi as Reuniões de Câmara en-quanto Vice-Presidente compreende o que digo e como é simples fazê-lo.

Basta ver as minhas iniciativas enquanto vereador sem pelouros.

Basta perguntar aos vereadores da CDU e do MPM, quem acordava com eles, e como, a marcação de reuniões extraordinárias ou de trabalho informais. Sempre com sucesso, respeito e cooperação. Sempre.

E depois, numa perspectiva dirigida aos eleitores, é preciso coragem para mudar os hábitos, os paradigmas e os preconceitos.

Não há o hábito de votar PSD em eleições autárquicas no nosso Concelho, embora o mesmo já não se verifique em eleições para a Assembleia da República.

A Coragem de Mudar aplica-se também a esses cidadãos. Sei que é preciso ter coragem para realizar grandes mudanças nas nossas vidas, nas nossas famílias, no nosso trabalho e na nossa comunidade. Por vezes é preciso coragem para mudar a rota e seguir novos caminhos. Coragem para mudar é o primeiro passo para atingir os nossos objetivos e en-frentar os imensos desafios que se colocarão aos Marinhenses nos tempos difíceis que se

adivinham no período após a pandemia. Somos um Concelho de gente corajosa e empreendedora que busca a melhoria contí-nua em todos os aspectos da vida.

É chegado o momento de ter a coragem de mudar uma realidade de que não gosta-mos. Mudanças são processos que exigem vontade, coragem e acção e a nossa história é uma prova disso.

A Marinha Grande mudará na proporção da nossa coragem porque quando não temos coragem de mudar o futuro não acontece.

Que assuntos quer colocar na ordem do dia?

Isso é algo que faz parte das nossas pro-postas que serão apresentadas oportunamen-te. Mas naturalmente que assuntos como a modernização administrativa e reestruturação orgânica dos serviços, a implementação das novas zonas industriais propostas no novo PDM de forma a apoiar o desenvolvimento económico, o apoio social em todas as suas vertentes, o bem-estar animal, a criação de uma cidade sustentável e inclusiva, a coope-ração intermunicipal regional e uma nova forma de relacionamento mais firme com o Governo da República e outras entidades pú-blicas farão parte desses assuntos.

Quais são, para si, as principais lacunas da Marinha Grande?

A principal é mais sociológica do que material: falta de autoestima. Isso leva a que tudo seja mais difícil de acontecer. Sem au-toestima e sem orgulho tudo parece cinzento, por muito colorido que seja.

Veja-se o exemplo das Festas da Cidade. Neste período de tempo a cidade transforma--se, os cidadãos rejubilam e o ambiente que se vive transcende tudo. No dia em que esse júbilo e orgulho forem transpostos para outras áreas da nova vida colectiva viveremos num território feliz.

Cabe a nós, autarcas, criar as condições para que tal aconteça. E isso só se consegue com a mudança de atitude que refiro mais acima.

Nas últimas Autárquicas, o PSD per-deu o vereador que tinha. O que o leva a crer que conseguirá recuperar/mobilizar o eleitorado social-democrata?

Quero mobilizar todo o eleitorado, não só o tradicionalmente PSD. Nas eleições autárquicas contam as pessoas, caso contrá-rio o PSD não teria perdido o seu vereador nas últimas eleições. Por isso acredito que, com as 5 equipas (Câmara, Assembleia e Juntas de Freguesia) que iremos apresentar a eleições, os marinhenses terão no PSD um conjunto de cidadãos capazes de devolver a confiança e autoestima ao concelho, sejam eles social-democratas, socialistas cansados ou desiludidos, comunistas que não se revêem na esquerda das elites, bloquistas “perdidos” e sem rumo, ou simplesmente cidadãos que nem sempre votam e que poderão encontrar um porto seguro nas listas do PSD.

Só precisam de Coragem para Mudar.

Mudar o hábito, ultrapassar o preconceito e escolher o PSD.

Admite vir a filiar-se no Partido Social--Democrata?

Não conheço ninguém que após um divór-cio diga que se voltará a casar. A longo pra-zo há quem mantenha essa opção enquanto outros acabam por repetir o acto. Tudo é pos-sível mas não é algo fundamental nem para mim nem para o PSD.

O que será diferente com o Carlos Cae-tano na liderança da autarquia?

A transparência e a cooperação com todos os eleitos. O nunca estar de joelhos perante o Governo. Serei o mesmo que fui enquanto Vice-Presidente.

Um autarca que sai do gabinete, que vai aos lugares, que desce à terra, que dá o cor-po às balas em todas as ocasiões e em qual-quer lugar.

Como exemplo disso, posso referir os di-versos encontros que tive com cidadãos na Sede da Ordem, nas Figueiras (em plena crise de falta de água), na Passagem, na Galeota, na Comeira, entre muitos outros, bem como os inúmeros atendimentos que fiz à quarta-feira na sede da Junta de Freguesia da Vieira para evitar a deslocação dos viei-renses à Marinha.

Porque é que se afirma “o candidato melhor preparado”?

Pelo conhecimento que tenho de todos os assuntos da Câmara que resulta do facto de ter tido a maior parte dos pelouros à minha responsabilidade até há pouco tempo.

Destaco também o bom relacionamento que mantenho com todos os restantes eleitos.

Além disso, representei a CMMG nas reuniões do Conselho Intermunicipal da Co-munidade Intermunicipal da Região de Leiria mantendo excelentes relações com todos os Presidentes de Câmara da Comunidade, fiz parte como Vogal do Conselho de Admi-nistração da Valorlis em representação dos Municípios associados, presidi à Mesa da Assembleia Geral da Enerdura – Agência de Energia da Alta Estremadura, representei a CMMG em todas as Assembleias Gerais da Lusitânia Gás, representei a CMMG em to-das as Assembleias Gerais e Conselhos Con-sultivos das Águas do Litoral Centro, além de ter participado em missões da CIMRL em Es-panha e França.

Também a minha posição como Presiden-te do Conselho de Administração da TUMG é algo que contribui muito para esta minha afirmação. Enquanto Presidente do CA da TUMG tivemos oportunidade de levar a TUMG à Moita (Linha 13), à Vieira (Linhas 14 e 15) e a São Pedro (Linha 16), além do reforço de linhas em muitas outras zonas da cidade. Tivemos ainda oportunidade de au-tonomizar totalmente a empresa através da aquisição de diversos autocarros e contrata-ção de diversos motoristas, operando toda a rede de transportes urbanos com meios pró-prios sem necessidade de recurso a serviços

externos.

Por último, parece-me importante referir, que nunca faltei, nem faltarei, a reuniões importantes, sejam Reuniões de Câmara, da Assembleia Municipal, da Comunidade Inter-municipal, com membros do Governo ou com a D. Maria num qualquer lugar do Concelho. Sei o que é o contacto directo com as po-pulações no terreno, mas também sei o que é o contacto numa Secretaria de Estado ou num Ministério.

Como vê o surgimento de partidos ex-tremistas com representação no concelho (Chega)? Considera que é o resultado da falta de alternância política na governa-ção camarária nos últimos anos?

Os novos partidos que refere surgem “de fora”, não nascem na Marinha. Não vejo, por isso, qualquer relação com aquilo a que chama “falta de alternância” na governação camarária.

O que já me parece resultado da falta de alternância é a visível desmobilização dos eleitorados tradicionais do PS e da CDU.

Onde estão? Por onde andam?

Muitos acabam por cair na abstenção, nos extremismos ou no egocentrismo dos “sal-vadores da pátria” locais. A esses, digo que encontrarão nas listas do PSD o porto seguro que a Marinha precisa, com gente da terra, com provas dadas e trabalho feito. A alter-nância está em nós.

Caso vença as eleições haverá distri-buição de pelouros por todos os eleitos? Porquê?

A todos os que vierem por bem. Porque todos somos poucos.

De que forma é possível chamar os jo-vens para a política local?

Há jovens na política local, inclusive nes-ta corrida à Câmara Municipal. O que não podemos ter é jovens na idade mas com discursos e posturas já batidas e gastas. Aí são os jovens a afastar os seus pares. Os jo-vens virão naturalmente para a política local quando sentirem que os paradigmas mudam, que não servem só para agitar bandeiras nas campanhas eleitorais, mas que têm voz e pa-lavra própria. Felizmente, nesta candidatura, encontrei mais jovens do que contava. Foi uma boa e agradável surpresa.

Como imagina o concelho daqui a 20 anos?

Imagino um concelho com uma elevada qualidade de vida, com um território susten-tável, posicionado no centro do mundo da vanguarda tecnológica e claramente multicul-tural. Um concelho que me permita gozar os meus 76 anos com tranquilidade, segurança e bons serviços de saúde e ver os meus netos crescer tendo acesso a boas escolas, espaços desportivos e de lazer com qualidade. Mas, lá no fundo, quando fecho os olhos para ima-ginar tudo isto, vejo um mar de pinheiros bem verdes e saudáveis onde hoje só vejo dunas. E essa visão não a consigo separar de tudo o resto. ß

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local

»OPINIÃO

A APAMG merece mais respeito da parte da Câmara Municipal da Marinha Grande!

Para o ano de 2021 a Câmara Municipal da Marinha Grande tem um apoio financeiro para a Associação Protetora de Animais da Marinha Grande (APAMG) de 13000 euros. É certo que este valor é superior aos 4600 eu-ros da média dos apoios fornecidos nos últi-mos cinco anos a esta associação.

Vejamos que a APAMG é nada mais nada menos que a mais antiga associação de

pro-teção animal no nosso concelho tendo nos últimos 17 anos substituído o município nesta função. É uma associação que como tantas ou-tras é constituída por voluntários que dedicam o seu tempo em prol de uma causa tão nobre. Devido à inoperacionalidade dos serviços ca-marários que descartam os seus deveres para as associações de proteção animal e para os munícipes, a APAMG vê-se diariamente a braços com mais trabalho, mais despesas e menos lotação para albergar e cuidar dos di-versos animais. Durante vários anos vivenciei de perto o pouco interesse da Câmara Muni-cipal para com esta Associação. Praticamente todos os dias, as forças de segurança e os mu-nícipes recorrem à APAMG para a recolha de animais em virtude da falta de resposta e de atendimento da Câmara Municipal!

Sem entrar no campo das instalações há vários anos prometidas pela Câmara Munici-pal e afastadas pelos sucessivos executivos, não é correto e arrisco mesmo a dizer que não é justo a Câmara Municipal achar sequer que um apoio de 13000 euros e 150 sacos de ração para 2021 seja suficiente para esta associação. Espera-se que aquando da deci-são tenham olhado para diversos fatores, re-lembremo-nos que ainda em 2020 o total de despesas da APAMG foi superior a 110000 euros, que há animais a ser alimentados to-dos os dias, animais doentes e a necessitar de auxílio médico todos os dias, animais de-saparecidos e animais achados todos os dias, colónias para controlar, animais para vacinar e esterilizar, ações de sensibilização, melho-ramentos de espaços e muito mais. Espera-se

que o executivo camarário tenha analisado to-das estas situações, mas certamente que não o fez ou o apoio não teria sido tão pouco.

Enquanto o executivo camarário apoia a Associação com 13000 euros para desempe-nhar um papel que devia ser o seu, contratuali-za com uma clínica privada (com sede fora do concelho) serviços de esterilização de animais no valor de mais de 23000 euros. Para que servem então as instalações do Centro de Re-colha Oficial da Garcia?

As associações que servem os munícipes e neste caso a APAMG, merecem mais respei-to e apoio por parte do executivo camarário, ainda para mais quando estas se substituem aos serviços camarários! Temos de ser uma ci-dade verci-dadeiramente amiga dos animais e das associações marinhenses! ß

ELEIÇÕES AUTÁRQUICAS

CANDIDATOS CRITICAM AUSÊNCIA

DE ESTRATÉGIA CULTURAL

O JMG/Marinha TV, em parceria com a ACR Comeira e o Teatro à

Solta, promoveu na noite de sexta feira, 25 de junho, o primeiro debate

entre os candidatos à liderança da Câmara da Marinha Grande nas

próximas Autárquicas. Os 5 candidatos presentes criticaram a ausência

de uma estratégia municipal para a cultura

“Cultura: Que futuro na Marinha Grande?” foi o mote para o debate que decorreu na sede da ACR Comeira e que foi transmitido em livestreaming pela Marinha TV.

Alexandra Dengucho, da CDU, criticou a atuação da autarquia em tempos de pande-mia face à “ausência de ideias e iniciativas”; defendeu a ligação entre educação e cultura; a aposta no turismo desportivo e na identida-de marinhense; o diálogo com os agentes cul-turais; e uma reflexão alargada sobre o futuro da Fábrica Escola, considerando que este é um património que pode alavancar economi-camente o concelho.

Aurélio Ferreira, do +MPM, criticou a au-sência de planeamento no domínio da cultura; defendeu a definição de um Plano Municipal de Cultura; a criação do Dia do Município a 11 de Março com reconhecimento de mérito aos cidadãos; a criação de um Conselho Mu-nicipal da Cultura; a aposta na cultura gastro-nómica; e a recuperação da Bienal de Artes Plásticas.

Para Carlos Caetano, do PSD, o primeiro passo será a elaboração do Plano Municipal de Cultura, que será a “base de tudo”; apoiar os agentes culturais locais; valorizar os even-tos à escala regional para atrair novos

públi-cos; valorizar a multiculturalidade da Marinha Grande; e valorizar os espaços culturais do Município e das associações.

Pelo Bloco de Esquerda, Pedro Luzio lamen-tou a inexistência de uma política cultural na Marinha Grande; defendeu a realização de eventos nos parques da cidade; o envolvimen-to das escolas e do desporenvolvimen-to nas iniciativas culturais; o trabalho em rede entre as coleti-vidades; a criação de um Orçamento Parti-cipativo para a Cultura; e criticou a demora na criação de um sistema de bilheteira digital

para a Casa da Cultura.

Para Pedro Moreira, do Chega, primeiro é preciso definir o que é a cultura; defendeu que a autarquia deve “ouvir mais”; a criação de uma bolsa de artistas locais; a aposta no turismo e na oferta cultural das praias; e, entre outras ideias, potenciar a arte vidreira e dá-la a conhecer sobretudo aos mais pequenos.

A candidata do Partido Socialista à Câ-mara, atual presidente e vereadora da cultu-ra ducultu-rante vários anos, Cidália Ferreicultu-ra, não compareceu ao debate. ß

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Pedro Luzio

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opinião

»PEÇO A PALAVRA...

Futebol e política

Como os leitores puderam verificar enga-nei-me sobre o resultado da equipa portu-guesa de futebol no jogo com a França, o que demonstra que sei pouco do assunto. To-davia, vou tentar explicar as razões do meu raciocínio, naturalmente influenciado pelo mau jogo com a Alemanha. Mas não só, a equipa portuguesa foi campeã europeia com alguma sorte, com um percurso sofrível e, tal como agora, apesar de ter alguns dos melho-res jogadomelho-res do mundo, nunca mostrou ter a organização e a mentalidade própria das grandes equipas.

Aliás, existe uma grande similitude entre o futebol e a política. Também aqui, apesar dos portugueses serem um povo trabalhador, industrioso e que dá cartas nos outros países nos mais variados domínios, Portugal afunda--se no seu processo de desenvolvimento e é ultrapassado em desenvolvimento económico por quase todos os países da União Euro-peia.

Há séculos que levamos às costas o labéu de um povo que não se governa e não se

deixa governar e a equipa de futebol é parte do problema: um conservadorismo asfixiante, fuga ao risco e um receio histórico dos povos mais organizados e mais determinados. Por isso, deveríamos ter agradecido ao treinador português a vitória em 2016 e compreendido que era tempo de construir sobre a excelente base humana do jogador português, um ou-tro futuro. O professor Michael Porter quando por cá andou há quase trinta anos previu-o.

Quanto ao avião estrangeiro com alguma idade, usado em vez de um avião da TAP, es-panta que os responsáveis pela decisão não tenham pensado que no caso improvável de um acidente, a sua decisão os tornaria culpa-dos, potenciais criminosos. Porque será que raramente sabemos prever os acontecimen-tos, os previsíveis e os outros, como é este o caso. Felizmente pouco provável, mas que, em qualquer caso, convém sempre recordar que “everything that can go wrong, will go

wrong”. 25-06-2021 ß

Henrique Neto

Empresário henriquejosesousaneto@gmail.com

# EDITORIAL

O debate, as ideias e a ausência

O Jornal da Marinha Grande, em parceria com a Marinha TV e a coletividade da Comeira (que cedeu o espaço e providenciou o som), promoveram o primeiro debate autárquico tendo em vista as próximas eleições autárquicas no concelho, na noite de sexta feira.

A primeira nota digna de registo foi a ausência da candidata do Partido Socia-lista, Cidália Ferreira, que uma hora antes da iniciativa comunicou que não estaria presente. É legítimo que um autarca em funções se recuse a debater, mas obviamen-te que a sua decisão poderá obviamen-ter leituras políticas.

Do nosso ponto de vista, um presidente eleito não deve perder uma oportuni-dade para prestar contas aos munícipes, seja em que fórum for. Naturalmente que num debate promovido por um jornal local, a falta de comparência é um sinal, cuja interpretação deixamos para as outras candidaturas e para os eleitores. A nós compete-nos suscitar o debate, com rigor e o profissionalismo que se exige nestes momentos. Foi o que fizemos. A três meses de eleições, os marinhenses, vieirenses e moitenses pretendem saber quais as ideias de todos os candidatos no domínio da cultura (e não só) para, depois, em consciência, votarem naquele ou naquela que melhor defenderá os interesses de todos.

A ausência de Cidália Ferreira não permitiu explicar qual a política cultural da autarquia nos últimos três anos e meio e o que defende para o futuro, nas mais variadas dimensões, uma vez que cultura é muito mais do que o movimento asso-ciativo, a programação da Casa da Cultura, o regresso da Bienal ou o despejo de milhares de euros numa associação de S. Pedro de Moel que nem sequer tem a preocupação de apoiar os artistas locais, os músicos da terra, as empresas de luz e som e até mesmo os mensageiros da programação cultural. Não se percebe como é que uma época cultural não tenha uma estratégia de comunicação que envolva os meios locais, a não ser que os espetáculos sejam para ninguém os ver. Talvez seja mesmo essa a ideia. No debate ficou claro o que cada candidatura defende mas também foi evidente a falta de preparação de alguns candidatos. Tal como se esperava, Alexandra Dengucho e Aurélio Ferreira destacaram-se dos demais, o que é natural pois estão na política há vários anos e já vão tendo alguma experiência destas lides. A primeira deixou um momento musical agradável e algumas ideias interessantes, o segundo prometeu a recuperação da Bienal embalado pelas boas relações que mantém com o autarca de Cerveira.

O jovem Pedro Luzio foi uma agradável surpresa, não tendo o receio de afirmar que não existe qualquer política cultural na Marinha Grande, deixando a ideia de se desenvolver um plano municipal de cultura.

Carlos Caetano mostrou algumas inseguranças numa área que não tutelou no presente mandato, porém, a questão da multiculturalidade acabou por ser uma achega pertinente numa noite em que todos ficámos a saber pelo candidato Pedro Moreira que “saneamento também é cultura”. Assim vai a Marinha Grande…

Rui Verdingola já não é presidente do Sporting Clube Marinhense. Ser dirigente associativo nesta altura do campeonato é uma missão da maior complexidade, por várias razões. Mas este era um desenlace esperado numa altura em que os nervos andam à flor da pele devido à pandemia, à falta de apoios, a uma nova realidade que aí vem mas que poucos ainda a descodificaram.

Aqueles que pensam que o desporto e a cultura voltarão a ser como no passado, esqueçam. Entrámos numa nova era, que será diferente em tudo e os dirigentes, treinadores, atletas, pais, associados e simpatizantes vão ter que se adaptar. O problema é que, por vezes, há quem ainda viva no século passado e não esteja disponível para encarar a nova realidade de frente.

Esta semana, os bombeiros da Marinha Grande recorreram à corporação de S. Martinho do Porto para acederem, através de escada, à parte superior do quartel. É salutar este tipo de intercâmbio entre os “soldados da paz”, mas é urgente pensar em adquirir uma escada para segurança de todos. Esperar pelos sapadores de Lei-ria ou pelos bombeiros de S. Martinho talvez não seja a melhor opção. Fica a dica, mais uma vez, pois este já não é um problema propriamente novo e as emergências não escolhem a hora mais oportuna.

A Direção do Jornal da Marinha Grande

NÃO HAVIA NECESSIDADE…

Para quando a aquisição de uma autoescada para os Bombeiros que servem o concelho da Marinha Grande? Esta semana, para uma ação de rotina foi preciso chamar a corporação de São Martinho do Porto. E se fosse uma urgência? Proteção Civil e segurança, temas a que os candida-tos autárquicos devem estar atencandida-tos… ß

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JORNAL DA MARINHA GRANDE | 1 de julho de 2021

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desporto

HÓQUEI EM PATINS

SP. MARINHENSE PODE FESTEJAR

SUBIDA ESTE FIM DE SEMANA

O Sp. Marinhense somou mais duas vitórias na jornada

dupla do passado fim de semana e está cada vez mais

próximo de garantir o regresso à 1.ª divisão

A quatro jornadas do final do cam-peonato, os “Leões” da Embra têm 9 pontos de vantagem do segundo clas-sificado, ou seja, na prática falta uma vitória e um empate para garantir a subida, que pode ser festejada já no próximo fim de semana.

No sábado, o Sp. Marinhense ven-ceu o aguerrido Juventude Pacense, por 6-4, numa vitória “arrancada a fer-ros”. Ao intervalo registava-se um em-pate a dois golos, com o Juv. Pacense já a dar mostras de uma agressividade muitas vezes para lá do aceitável.

Na segunda parte, a equipa da Ca-pital do Móvel continuou a “dar pau até na sombra” e assustou, ao chegar ao 2-4, porém nos últimos dez minu-tos, assistiu-se à já habitual ponta final frenética do conjunto de Nuno Domin-gues. O empate surgiu à entrada para os 5 minutos finais e, nos últimos dois minutos, o Sp. Marinhense fez outros tantos golos e assegurou o triunfo, numa partida onde, apesar de uma

arbitragem muito permissiva em termos disciplinares, o Juventude Pacense con-seguiu o feito de lhe serem assinaladas 23 faltas de equipa! Mathias Arnaez fez três golos, David Costa, Gonçalo Domingues e Nico Carmona marca-ram os restantes, numa exibição menos bem conseguida por parte da equipa da Embra.

ÒTRIUNFO TRANQUILO PERANTE O INFANTE SAGRES

No domingo, novo embate com uma equipa aflita, o Infante Sagres, que luta pela manutenção na 2.ª divi-são, mas desta vez o Sp. Marinhense não deu quaisquer possibilidades ao seu opositor de sonhar com a obten-ção de pontos. Ao intervalo, o Sp. Marinhense ganhava por 3-0, com dois golos de Pablo Gonzalez e um de Mathias Arnaez. Na segunda par-te, o Sp. Marinhense foi gerindo o seu esforço e, apesar de permitir dois golos aos portuenses, fez mais três

go-los, por Thomas Korosec, Mathias Ar-naez e Gonçalo Domingues, este num lance de excelente execução técnica, e garantiu a 20.ª vitória na zona norte da 2.ª divisão, em 22 jogos disputa-dos, mantendo a invencibilidade, pois apenas cedeu dois empates.

ÒSUBIDA À DISTÂNCIA DE UMA VITÓRIA E UM EMPATE

A quatro jornadas do final do cam-peonato, a disputar em mais duas jornadas duplas, nos dois próximos fins de semana, o Sp. Marinhense tem uma vantagem de 9 pontos sobre o segundo, Académica de Espinho. Nas três últimas jornadas os “Leões” da Embra terão pela frente três adversá-rios do topo da classificação. No pró-ximo sábado, pelas 16 horas, o Sp. Marinhense recebe o aflito Paredes e domingo, pelas 18 horas, visita o 3.º classificado, Académico da Feira. Em caso de duas vitórias ou uma vitória e um empate, ou se o Espinho perder pontos nas suas partidas (defronta os complicados Carvalhos e Cambra), o Sp. Marinhense irá festejar o regresso à 1.ª divisão, já no próximo fim de semana. ß

ATLETISMO

INICIADAS CONQUISTAM

3.º LUGAR DISTRITAL

O Estádio Municipal da Marinha Grande recebeu este fim de semana, dias 26 e 27 de junho, o Campeonato Distrital de Iniciados em que a equipa feminina do Clube Atletismo de Marinha Grande (CAMG) alcançou o 3.º lugar Distrital.

Destaque para a equipa de estafeta 4x80m (Carolina Santos, Matilde Soares, Bruna Soares e Diana Vatula) que se sagrou campeã distrital e para a atleta Carolina Santos que se sagrou vice-campeã no lançamento do disco e ainda para Matilde Soares que foi 3.ª no salto em comprimento.

Contribuíram para os excelentes resultados obtidos as atletas: Matilde Batista 5.ª no quádruplo, 8.ª nos 80m bar-reiras e no salto em comprimento; Matilde Soares 5.ª no salto em altura e 9.ª nos 80m barreiras; Bruna Soares 10.ª nos 80m e 5.ª nos 250m; Carolina Santos 4.ª nos 250m barreiras; Diana Vatula 7.ª no dardo e 6.ª nos 250m; Matil-de Angélico 9.ª no dardo e 4.ª nos 800m; e Leonor Bonita 7.ª nos 800m. ß

ATLETISMO

INFANTIS DO CLUBE MÓNICA ROSA

DESTACAM-SE NO DISTRITAL

O Estádio Municipal da Marinha Grande recebeu este fim de semana, o Campeonato Distrital de Iniciados, que contou com a participação de vários infantis do Clube de Atletismo Mónica Rosa (CAMR).

Em masculinos, Rafael Duarte foi 7.º no Salto em Compri-mento, saltando 3,58m, e Diogo Clérigo, nos 80m, ficou em 12.º lugar (12”,79). Em femininos, Bruna Silva foi 6.ª nos 80m, com 11”,43, e 9.ª no Salto em Comprimento (3,88m); no Lançamento do Dardo Beatriz Silva foi 6.ª classificada, lançando 19,20m; Sara Pereira, nos 80m, obteve a 20.ª po-sição, com 13”,08; e nos 800m correram Inês Salvado (10.ª com 3’00”,03) e Mariana Folgado (13.ª com 3’16”,51).

De referir ainda que o CAMR, que conta 4 anos de exis-tência, alcançou a 8.ª posição entre os clubes do Distrito no setor Feminino, e a 7.ª posição no setor Masculino. ß

VOLEIBOL

OPERÁRIO COM EXCELENTE VITÓRIA FRENTE AO FREI GIL

O Sport Operário Marinhense ba-teu o Frei Gil por 3-1 e a equipa da Marinha Grande tem a manutenção na 2.ª divisão de seniores masculinos praticamente assegurada.

Na receção ao Frei Gil Voleibol Clube, o conjunto do prof. Cláudio Sousa mostrou estar cada vez mais competitivo e alcançou os três pontos em disputa, ganhando por 3-1, com os parciais de 25-20, 24-26, 30-28 e 25-22. Com esta vitória o Operário fechou a primeira volta da fase 2, sé-rie dos últimos, da 2.ª divisão, em 2.º lugar, a um ponto do líder (Gueifães) e com mais um que o 3.º classifica-do, Frei Gil. Estas três equipas partem para a segunda volta desta fase, já com o objetivo de manutenção mui-to bem encaminhado. No próximo sábado, pelas 17 horas, o Operário recebe o aflito Lousã Volley Clube, po-dendo, em caso de triunfo, festejar a

manutenção, e, no domingo, visita o Gueifães.

Os juniores venceram por 3-0 em sets frente à UJR Mirense e estão a ru-bricar uma época histórica, muito per-to de carimbar a presença na fase fi-nal do campeonato naciofi-nal, onde já se sabe que, caso o Operário consiga estar presente, irá defrontar Esmoriz, Leixões e Benfica, numa fase concen-trada num só fim de semana (17 e 18

de julho).

As juvenis, por sua vez, realizaram o 2.º jogo da fase zonal do campeo-nato regional e perderam por 2-3 em sets, em casa, frente ao Colégio São João de Brito. As infantis perderam em casa dos Salesianos do Estoril, por 3-0, com os parciais de 25-4, 25-8 e 25-13, e as seniores também perde-ram, por 2-3, frente à equipa da To-cha (AE Gândara Mar). ß

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desporto

DESPORTO

RUI VERDINGOLA

DEIXA SP. MARINHENSE

O presidente eleito do

Sporting Clube Marinhense

demitiu-se das suas

funções por alegadas

incompatibilidades com

outros membros da

direção. O presidente da

mesa vai agora convocar

eleições antecipadas para

escolher uma nova equipa

diretiva

Para alguns um cenário previsível, o presidente do Sp. Marinhense afas-tou-se do cargo após divergências de opinião com alguns dirigentes do clu-be. Pouco tempo depois de assumir a liderança dos “leões da Embra”, Rui Verdingola não resistiu e bateu com a porta.

Dono de uma personalidade muito própria, o antigo treinador do clube entrou com muita determinação nesta fase difícil em que a atividade despor-tiva esteve suspensa por razões sanitá-rias mas não resistiu.

Agora que a atividade tende a re-gressar à normalidade, Verdingola

op-tou por abandonar o projeto uma vez que as diferenças de pontos de vista eram de tal forma irreconciliáveis que a melhor opção para o clube foi “sair e abrir caminho a novas soluções”, que para já passam por Vasco Santos. O ainda vice deverá passar a presi-dente nas eleições do próximo dia 9 de julho, mantendo-se toda a equipa

que vinha da atual direção.

O JMG apurou que António Ron-quilho será o vice-presidente da futura direção, que manterá os responsáveis pelas secções, numa altura em que o Sp. Marinhense está muito perto de subir à 1.ª Divisão nacional de hóquei em patins e a equipa de basquetebol conquistou a manutenção. ß

ANDEBOL DE PRAIA

CÔRRO E PERIQUITO

INTEGRAM SELEÇÃO A

QUE VAI AO EUROPEU

A Nazaré voltou a ser o sítio escolhido para a preparação final de Portugal antes da par-ticipação no Women’s Beach Handball Euro 2021, que terá lugar em Varna, na Bulgária. As atletas da SIR 1.º Maio, Luana Periquito e Helena Côrro, voltaram a estar entre as eleitas para representar o nosso país, tendo participa-do no estágio que decorre de terça feira até esta quinta.

Após o estágio, a Seleção Nacional partirá para Varna, na Bulgária, no dia 11 de julho para disputar o Women’s Beach Handball Euro 2021 numa competição que terá como adver-sárias as homónimas dos Países Baixos, Alema-nha e Suíça, no Grupo C. ß

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SAÚDE

JORNAL DA MARINHA GRANDE | 1 de julho de 2021

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SAÚDE

»OPINIÃO

À população utente do Centro

de Saúde da Marinha Grande

Os acontecimentos vividos por di-versos utentes, relatados a membros desta Comissão, sobre situações que se estão a passar no SAP e no Centro de Saúde, pondo em causa o normal funcionamento dos serviços e que ul-timamente se têm multiplicado, levam esta Comissão de Utentes a pedir de imediato uma reunião com a direc-ção do ACES do Pinhal Litoral, para questionar e procurar encontrar solu-ções que respondam às necessidades e à vontade dos utentes.

Para além da continuação da au-sência de médico no SAP, em deter-minados horários, sem informação prévia, provocada pela subcontra-tação, com consequências na activi-dade de enfermagem, que não pode ser exercida sem supervisão médica; também se acentuam agora, com a pandemia, as dificuldades nas mar-cações regulares de consultas, nas entregas e marcações de exames, entre várias outras.

Por exemplo, a não comparência durante três semanas consecutivas da médica, na extensão de Saúde da Moita e o afixar na mesma extensão, à quarta semana, da sua deslocação para as equipas de vacinação, é

in-compreensível e inaceitável para os fregueses deste lugar, com as inevitá-veis consequências no seu dia a dia, obrigando-os a deslocar-se ao Centro de Saúde da M.ª Grande, para o sim-ples levantar de receitas.

Os utentes sentem e entendem que a pandemia não pode ser um justifi-cativo para o abandono de uma po-lítica de acompanhamento da saúde. Ao invés, pretendem um investimento de forma adaptada numa política de acompanhamento de Saúde Pública. A Comissão de Utentes está com eles nesta sua pretensão e neste sentido

informa a população que está a pre-parar uma Reunião Aberta a todos os Utentes, para em conjunto discutir estes problemas. Reunião guardan-do as condições sanitárias impostas pela DGS, numa Colectividade asso-ciativa central, em data a informar o mais brevemente possível, apelando desde já a uma participação empe-nhada de todos, com o máximo de elementos à disposição.

A Comissão de Utentes em Defesa do

SAP 24 Horas e do Centro de Saúde

da M.ª Grande

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COVID-19

MARINHA GRANDE

COM 25 CASOS ATIVOS

O concelho da Marinha Grande

registava à data de fecho desta

edição, na passada terça feira, 29 de

junho, 25 casos ativos de infeção pelo

novo coronavírus

Segundo a Comissão Distrital de Proteção Civil de Leiria, e olhando para o relatório emitido na ma-drugada de terça feira, haviam sido registados 4 novos casos e 4 recuperações no dia anterior, pelo que o total de infetados era de 1999, havia 1927 recuperados e, no que se refere a óbitos atribuídos à COVID-19, não tinha havido alterações (47).

Quanto ao distrito, haviam sido registados 5 no-vos casos de infeção, 4 dos quais na Marinha Gran-de e 1 em Pombal. No que se refere a recuperações, foram 29, nos concelhos de Leiria (14), Alvaiázere (6), Marinha Grande (4), Pombal (3) e Batalha e Porto de Mós (1 cada). O número de casos ativos desceu para os 299, menos 24 que no dia anterior, e o número de óbitos mantinha-se nos 772.

Leiria continuava a ser o concelho com o maior número de casos ativos (87), seguido de Pombal (26), Marinha Grande (25), Batalha (9), Porto de Mós (5), e dos concelhos de Alvaiázere e Ansião (2 cada). Castanheira de Pera, Figueiró dos Vinhos e Pedrogão Grande não apresentavam qualquer caso ativo da doença.

De referir ainda que os dados relativos aos con-celhos do ACES Oeste Norte não estavam atualiza-dos no relatório emitido terça feira. ß

Referências

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