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cabeça de diversas pessoas; obtive, a pedido meu, relâmpagos de luz brilhante, produzidos diante do meu rosto e no número de vezes por mim fixado.

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Academic year: 2021

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Aparições Luminosas

Estando confirmado o princípio de poderem os Espíritos manipular a matéria viva sem destruí-la, mostremos o que eles podem fazer sobre si mesmos.

Voltemos ao Sr. Crookes, que assim resume as suas observações:

Essas manifestações, por serem algo fracas, exigem, geralmente, que a sala não esteja iluminada. Pouca necessidade tenho de lembrar aos meus leitores que, em tais condições, adotei todas as precauções convenientes para evitar que me iludissem, pois empreguei o óleo fosforado e outros meios. Ainda mais, muitas dessas aparições luminosas eram de tal natureza que não consegui imitá-las por meios artificiais.

Ainda temos um testemunho importante vindo desse notável físico, a quem devemos a descoberta da matéria radiante, pois que ele se entregou a longas e rigorosas experiências sobre todos os gêneros de luzes devidas aos eflúvios elétricos e à fosforescência:

Nas condições próprias para o mais rigoroso exame, vi um corpo sólido, luminoso por si mesmo, e mais ou menos da grandeza e da forma de um ovo de perua, flutuar silenciosamente pela sala, elevar-se mais alto do que teria podido fazê-lo qualquer dos assistentes colocando-se nas pontas dos pés, e, depois, descer lentamente até o chão. Esse objeto conservou-se visível por mais de dez minutos e, antes de desaparecer, deu três pancadas na mesa, com um ruído semelhante ao que produziria um corpo sólido e duro.

Durante esse tempo, o médium esteve assentado em uma espreguiçadeira e parecia totalmente insensível.

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cabeça de diversas pessoas; obtive, a pedido meu, relâmpagos de luz brilhante, produzidos diante do meu rosto e no número de vezes por mim fixado. Vi faíscas saltarem da mesa até ao teto, e depois caírem na mesa com um ruído muito distinto. Mantive uma conversação alfabética por meio de relâmpagos luminosos, produzidos no ar diante de mim, e por entre os quais eu passava a minha mão. Vi uma nuvem luminosa flutuar sobre um quadro.

Sempre nas condições apropriadas ao mais rigoroso exame, aconteceu, por mais de uma vez, que um corpo sólido, fosforescente, cristalino fosse colocado em minha mão por outra mão que não pertencia a nenhum dos assistentes. Em plena luz, vi uma nuvem luminosa pairar sobre uma heliotrópia colocada em uma mesa ao nosso lado, quebrar-lhe um raminho e oferecê­lo a uma dama; e, em outras ocasiões, vi uma nuvem semelhante condensar-se sob as nossas vistas, tomando a forma de mão, e transportar pequenos objetos. Isso, porém, pertence à classe dos fenômenos seguintes:

Aparições de mãos luminosas por si mesmas, ou visíveis à luz ordinária. Muitas vezes sentimos o contacto de mãos durante as sessões em escuridão ou em condições de não se poder vê-las. Raramente tenho visto essas mãos. Não darei exemplos dos casos em que o fenômeno se produziu na obscuridade, mas escolherei simplesmente alguns dos casos numerosos em que essas mãos foram vistas em plena luz.

Uma pequena mão, de forma muito bela, elevou-se de uma mesa da sala de jantar e deu-me uma flor; apareceu e desapareceu por três vezes, dando-me toda a facilidade de convencer-me de que ela era tão real quanto a minha própria mão. Isso se passou em plena luz, na minha própria sala, quando os pés e as mãos do médium estavam seguros por mim.

Em outra ocasião, mão e braço pequenos, semelhantes aos de uma criança, apareceram movendo-se sobre uma dama que estava sentada perto de mim. Depois, dirigindo-se para mim, bateram-me no ombro e, por muitas vezes, puxaram-me pela sobrecasaca.

Um dedo e um polegar foram vistos arrancando as pétalas de uma flor que se achava no peito do Sr. Home, e depositando-as diante das muitas pessoas ali presentes.

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Muitas vezes, eu e outras pessoas vimos certa mão calcando as teclas de um harmonium, ao mesmo tempo em que observávamos estarem as duas mãos do médium seguras por aqueles que se achavam perto.

As mãos e os dedos da aparição nem sempre me pareceram sólidos e vivos. Algumas vezes, convém dizê-lo, guardavam, antes, a aparência de uma nuvem, condensada parcialmente sob a forma de mão. Nem todos os presentes viam isso igualmente bem (47). Por exemplo, move-se uma flor ou algum outro pequeno objeto: um dos assistentes verá um vapor luminoso pairar acima, outro descobrirá a mão de aparência nebulosa, ao passo que outros não notarão mais que o movimento do objeto. Vi, por mais de uma vez, um objeto mover-se, depois, uma nuvem luminosa envolvê-lo, e,

47 Para a análise desses fatos, ver meu livro: “O ESPIRITISMO PERANTE A CIÊNCIA”.

finalmente, a nuvem condensar-se, tomar uma forma e transformar-se em mão perfeita. Nesse momento, todas as pessoas presentes podiam vê-la. Essa mão nem sempre é uma simples forma, pois, às vezes, parece perfeitamente animada e muito graciosa; os dedos movem­se e a carne parece ser tão humana quanto a das pessoas presentes. No punho ou no braço, torna-se vaporosa e perde-se em uma nuvem luminosa.

Ao tato, essas mãos, em certas ocasiões, parecem frias como o gelo e mortas; outras vezes, pareceram quentes e vivas, e apertaram a minha própria coma firme pressão de um velho amigo.

Conservei uma dessas mãos na minha, bem resolvido a não deixá-la escapar. Nenhuma tentativa e nenhum esforço foram feitos para que eu a soltasse, mas, aos poucos, ela pareceu dissolver-se em vapor e, assim, desembaraçou-se de mim.

Verificaremos daqui a pouco que é desse mesmo modo que as mãos desapareceram dos moldes da parafina, onde deixaram um testemunho da sua existência momentânea.

Eis-nos longe das hipóteses do automatismo ou da segunda personalidade; aqui, não há meio de negar os Espíritos. Mas os cépticos não se embaraçam com tão pouco; não podendo contestar os fatos nem atribuí-los ao embuste, procuraram explicá-los pela alucinação. O Sr. Crookes e os seus companheiros serão por isso alucinados?

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Sim, respondem imperturbavelmente aqueles que nada viram, nada experimentaram, porém que, apesar da evidência, tudo negam. Sim, os que pretendem ter visto isso são uns alucinados. Paciência; entretanto, vamos mostrar-lhes que o fato é positivo, pois deixa traços materiais da sua realidade. Enquanto não damos essa prova decisiva, eis algumas experiências provando que os fantasmas não existem somente na imaginação das pessoas crédulas:

FORMAS E FIGURAS DE FANTASMAS

Esses fenômenos são os mais raros de todos os que testemunhei. As condições necessárias para a sua apresentação parecem ser tão delicadas, e, para contrariar a sua manifestação, é preciso tão pouca coisa que só tive raras ocasiões de vê-los em condições de exame, satisfatórias. Mencionarei dois desses casos:

Ao declinar do dia, durante uma sessão do Sr. Home em minha casa, vi agitarem-se as cortinas de uma janela, distante cerca de 8 pés do Sr. Home. Uma forma sombria, obscura, semi transparente, semelhante a uma forma humana, foi observada por todos os assistentes perto da janela, em pé, e essa forma agitava a cortina coma mão.

Enquanto a examinávamos, ela esvaiu-se, e as cortinas cessaram de mover.

O caso seguinte é ainda mais importante. Nele, como no precedente, o médium foi o Sr. Home:

Uma forma de fantasma avançou do fundo da sala, foi buscar um harmonium e, depois, deslizou pela frente de todos, tocando o instrumento. Essa forma foi visível para todas as pessoas presentes, ao mesmo tempo em que era visto o Sr. Home. O fantasma aproximou-se de uma dama que se achava assentada a alguma distância dos outros assistentes; esta deu um pequeno grito; depois, a sombra desapareceu.

Nessas duas narrativas, todos os assistentes vêem o Espírito, que está assaz materializado para agitar cortinas, mover e tocar o harmonium. Se ai se operou uma alucinação, é preciso confessar que esta é bem complicada. Se tais fatos não se passassem no século décimo nono, no gabinete de um sábio, crer-se-ia estar diante de uma lenda.

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Os homens da época atual são pouco inclinados ao maravilhoso, e, por isso, vamos ver as precauções que foram adotadas para se certificarem de que as aparições não eram simples ilusões do espírito, e, sim, realidades objetivas, autênticas e inegáveis.

Referências

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