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EFICÁCIA DO MEL NA CICATRIZAÇÃO DE FERIDAS CIRÚRGICAS DE OVARIOSALPINGOHISTERECTOMIA EM DOIS TEMPOS DE UTILIZAÇÃO

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Centro de Ensino Superior dos Campos Gerais – CESCAGE 22ª Ed./ JUL – DEZ /2020

ISSN 2178 – 3608

¹ Discente do curso de Medicina Veterinária, Centro de Ensino Superior dos Campos Gerais – CESCAGE, Ponta Grossa – PR, e-mail: nanaleal_34@hotmail.com.

²Discente do curso de Medicina Veterinária, Centro de Ensino Superior dos Campos Gerais – CESCAGE, Ponta Grossa – PR, e-mail: rafaela_formosa@hotmail.com.

³MSc. Professora do Curso de Medicina Veterinária, Centro de Ensino Superior dos Campos Gerais – CESCAGE, Ponta Grossa – PR, e-mail: danielle_karines@hotmail.com.

EFICÁCIA DO MEL NA CICATRIZAÇÃO DE FERIDAS CIRÚRGICAS

DE OVARIOSALPINGOHISTERECTOMIA EM DOIS TEMPOS DE

UTILIZAÇÃO

LUCIANA BERNARDI LEAL1; RAFAELA STACECHEN2;DANIELE KARINE

SCHOENBERGER3

RESUMO: O mel tem propriedades anti-inflamatórias, antioxidantes, antimicrobianas e estimuladores de crescimento tecidual. O objetivo do trabalho foi observar a adesão das bordas da ferida e a cicatrização quando a troca do curativo feita a cada 24 horas ou a cada 48 horas. O experimento foi realizado no Centro de Referência para Animais em Risco (CRAR), no município de Ponta Grossa – PR. Foram utilizadas 20 cadelas que apresentavam peso, idade e escore corporal variados e todas foram submetidas aos mesmos procedimentos pré-cirúrgicos de tricotomia e assepsia e depois, separadas aleatoriamente em dois grupos distintos, contendo 10 animais em cada. No Grupo 1 foi realizada a troca do curativo e a observação da ferida era feita cada 24 horas e no Grupo 2 a cada 48 horas. Ambos os grupos apresentaram completa cicatrização variando de 2 a 5 trocas, porém quando o curativo era realizado a cada 48 horas observou-se maior suavização na cicatriz e menor manipulação do animal.

PALAVRA-CHAVE: Mel, Curativo, Ferida cirúrgica.

EFFECTIVENESS OF HONEY IN THE HEALING OF SURGICAL

WOUNDS IN OVARIOSALPINGOHISTERECTOMY IN TWO TIMES

OF USE

ABSTRACT: Honey has anti-inflammatory, antioxidant, antimicrobial and tissue growth stimulating properties. The objective of the study was to observe the adhesion of the edges of the lesion and healing when the dressing is changed every 24 hours or every 48 hours. The experiment was carried out at the Reference Center for Animals at Risk (CRAR), in the municipality of Ponta Grossa - PR. Twenty dogs were used, wich presented varied weight, age and body score, and all were submitted to the same pre-surgical procedures for trichotomy and asepsos and then, randomly separated into two distinct groups, containing 10 animals in each. In grouo 1, the dressing was changes and the wound was observes every 24 hours and in Group 2 every 48 hours. Both

groups showed complete healing ranging from 2 to 5 changes, but when the dressing was applied every 48 hours, there was greater softening of the scar and less manipulation of the animal.

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ISSN 2178 – 3608 1 INTRODUÇÃO

O mel é uma mistura de açúcares produzidos pelas abelhas melíferas a partir do néctar das flores, considerado um fluído viscoso, aromático e adocicado (FINCO, 2010). Em sua composição existem os seguintes elementos: glucose, frutose, água e em menores quantidades encontra-se sais minerais, vitaminas, ácidos orgânicos, compostos fenólicos, proteínas e aminoácidos livres (WELKE, 2008) e ainda possui alto valor nutritivo e é um produto natural e benéfico à saúde (TEYSSIER, 2019).

Em sua composição existem propriedades anti-inflamatórias, antioxidantes, antimicrobianas e estimuladores de crescimento tecidual (CARNWATH et al., 2014) e a capacidade curativa está diretamente ligada às suas características físicas e químicas (ALVAREZ-SUAREZ et al., 2014).

O peróxido de hidrogênio é o componente proveniente da abelha que confere sua característica antibacteriana, promove o debridamento, e isso faz com que a ferida desenvolva um tecido de granulação e consequentemente a epitelização (MOLAN, 2001; HENRIQUES, 2004; MORRIS, 2008; MEO et al., 2017). O pH baixo acidifica o meio inibindo o crescimento bacteriano, contribui para a liberação de oxigênio e acelera o processo de cicatrização (MOLAN, 2001; MEO et al., 2017).

O objetivo deste artigo foi estudar a cicatrização de cadelas pós operadas de ovariosalpingosterectomia fazendo uso do mel, em que as trocas de curativo eram realizadas em dois tempos de 24h e 48h, para definir a eficácia do curativo pela característica das feridas cirúrgicas.

2 REVISÃO DE LITERATURA 2.1 MEL

Algumas variações podem influenciar na qualidade do mel, tais como seu estágio de maturação, condições climáticas, espécies de abelhas, tipologia de plantas, flores ou frutas (WELKE et al., 2008). Sendo assim, a caracterização dos méis é essencial para o conhecimento de suas propriedades químicas e físicas (FINCO et al., 2010).

2.2 COMPOSIÇÃO QUÍMICA DO MEL

O mel é uma solução hipersaturada que tem frutose e glucose como componentes principais, seguidos da água, ainda apresenta sacarose e maltose, assim como minerais, ácidos orgânicos e enzimas (PEREIRA, 2007).

Sendo por definição, um alimento natural que não pode conter aditivos, corantes, conservantes ou fragrância, ou qualquer elemento que possa ter um efeito alergênicos (TEYSSIER, 2019).

Os hidratos de carbono representam cerca de 78 a 80% do peso total do produto (TEYSSIER, 2019), e é uma solução concentrada de frutose e glicose (GOIS, 2013) e a alta concentração dos diferentes tipos de açucares é responsável pelas propriedades físicas do mel,

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como densidade, viscosidade, cristalização, higroscopicidade (capacidade de se ligar com a água através de suas hidroxilas) e seu valor calórico (PEREIRA, 2007).

Ainda de acordo com Pereira (2007), o conteúdo de água no mel pode variar entre 15 e 21% e quando esse valor aumenta, pode ser indicativo de que o produto foi colhido precocemente ou armazenado incorretamente, o que pode favorecer a fermentação e propagação de leveduras (TEYSSIER, 2019), podendo influenciar na sua viscosidade, peso específico, maturidade, sabor, conservação (GOIS, 2013), bem como no processo de cristalização (TEYSSIER, 2019).

Resultantes da fermentação do mel, o teor dos ácidos orgânicos varia de acordo com a origem floral e influenciam no sabor e contribuem para as propriedades antibacterianas do mel. O mais encontrado é o ácido glicólico, resultado das reações enzimáticas a partir da glucose oxidase, enzima secretada pelas abelhas, reações que aumentam a absorção de cálcio e estimulam a síntese de colágeno (PEREIRA, 2007).

Os minerais (oligoelementos) permitem a ligação às macromoléculas, como proteínas, dando às células expostas ao mel acesso aos compostos necessários para a atividade biológica das células (TEYSSIER, 2019 apud AZRI et al., 2017).

As enzimas contidas no mel têm origem nas glândulas hipofaríngeas das abelhas e também são produzidas pelas plantas. As principais são a α-amilase e β-amilase que hidrolisam o amido em moléculas de glucose. A glucose invertase hidrolisa a sacarose em uma mistura equimolar de glucose e frutose. A glucose oxidase produz ácido glicólico e H2O2 a partir da

glucose e a catálase é responsável pela degradação de H2O2 e ainda fosfatases (CIUCURE;

GEANÃ, 2019).

As vitaminas são responsáveis pelos mecanismos celulares que produzem energia (TEYSSIER, 2019 apud ALJOHAR et al., 2018), capazes de se assimilarem aos hidratos de carbono, sais minerais, oligoelementos, ácidos orgânicos e outros (PEREIRA, 2007).

As proteínas são encontradas em percentagens muito pequenas, dependendo da quantidade pólen presente no mel. As mais encontradas são as peptonas, que resultam da hidrolise de proteínas como albuminas, globulinas e nucleoproteínas que vêm da planta ou da secreção das abelhas (TEYSSIER, 2019).

2.3 PROPRIEDADES FÍSICAS DO MEL

A viscosidade do mel depende de fatores como a taxa de água, tipo e concentração de açúcares, minerais e temperatura, (TEYSSIER, 2019), conteúdo de dextrina, trissacarídeos e proteínas (SILVA, 2006). Deve-se considerar que o aumento da temperatura do ambiente pode diminuir a sua viscosidade (TEYSSIER, 2019).

Quando a viscosidade é alta, ocorre uma oposição às correntes de convecção, dificultando e limitando a dissolução e a difusão do oxigênio, formando uma barreira física (PEREIRA, 2007).

De acordo com Gois (2013) e Finco (2010), o valor de pH está ligado aos tipos de flores das áreas de coleta, e pode ser influenciado pela composição do solo dessa área, porém ele varia entre 3,3 e 4,6. A acidez do mel se dá pela quantidade variável de ácidos orgânicos e de acordo com as diferentes fontes do néctar, proporciona as características químicas e sensoriais ao mel, com isso auxilia na sua barreira contra o desenvolvimento de microrganismos.

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A cristalização do mel ocorre pela separação da glicose (VENTURINI, 2007). Altas concentrações de açucares totais e D-glicose, assim como a baixa quantidade de dextrina, aumentam a velocidade de cristalização (SILVA, 2006).

2.4 USO DO MEL COMO AGENTE ANTIBACTERIANO

As propriedades físico-químicas contribuem para a atividade antibacteriana no processo de cicatrização das feridas (TEYSSIER, 2019). A eficiência demonstrada pelo mel atraiu o interesse para utilização em cicatrização de feridas, diminuindo a utilização inconveniente e inapropriada de antibióticos (MARTINOTTI & RANZATO, 2018).

A elevada pressão osmótica provoca a saída de linfa para os tecidos, deixando o ambiente úmido, não permitindo o desenvolvimento bacteriano, mesmo quando a ferida está altamente infectada, tornando-as estéreis (PEREIRA, 2007).

Sua viscosidade promove uma barreira de proteção contra as infecções cruzadas e sua acidez favorece a cicatrização pelo aumento do oxigênio liberado através da hemoglobina, favorecendo a formação de tecido de granulação, estimulando o crescimento de novos tecidos e com isso, a cicatrização. O peróxido de hidrogênio estimula a angiogênese, promove neovascularização e a granulação que permite acelerar a reparação dos tecidos e reduzir a duração de todo o processo (PEREIRA, 2007; BURLANDO & CORNARA, 2013;MEO et al., 2017; CIANCIOSI et al., 2018).

O efeito nutritivo direto do mel, tem a capacidade de melhorar a epitelização e, em decorrência da grande variedade de aminoácidos, vitaminas e minerais contidos que melhoram a nutrição local (VANDAMME et al., 2013).

2.5 MEL NA CICATRIZAÇÃO DE OVARIOSALPINGOHISTERECTOMIA (OSH)

O procedimento cirúrgico de OSH é o método de contracepção mais adequado para os pequenos animais, é empregado para controle populacional, prevenção e terapêutica de doenças do sistema reprodutor. O acesso abdominal retro umbilical pela linha mediana ventral é a abordagem cirúrgica tradicionalmente utilizada (HOWE, 2006; SILVEIRA et al., 2013), com incisão de aproximadamente 3 cm abrange pele, subcutâneo e muscular (HEDLUND, 2005).

Imediatamente após o trauma, a homeostase dá início ao processo de vasoconstrição, adesão e agregação plaquetária, a rede de fibrina através da cascata de coagulação conferem força ao tampão plaquetário (MENOITA, 2015), o coágulo formado estabiliza as bordas e conferem força cicatricial (FOSSUM, 2012), estimulando processos bioquímicos e fisiológicos para regeneração do tecido e restauração da estrutura e da função (CORNELL, 2012; MEDEIROS; DANTAS FILHO, 2016).

Todo tipo de lesão ou danos aos tecidos do corpo serão precedidos dos processos de calor, eritema, edema, dor e perda da função promovidos pela vasodilatação, permeabilidade vascular aumentada e a atração dos leucócitos no local danificado, e a cicatrização é um processo dinâmico e complexo de restauração, reparação e substituição por outro tecido semelhante em três fases que se completam: inflamação, granulação e remodelamento (CÔRTES, 2013; CORNELL, 2012), conforme demonstrado na Figura 1.

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Figura 1 - Fases da reparação tecidual que ocorre após uma lesão que tem como objetivo restaurar a estrutura

tecidual e sua função.

*Fase de homeostase ocorre 20 segundos após a lesão e é considerada a resposta de emergência. Fase inflamatória é caracterizada pelo aumento da permeabilidade vascular, da quimiotaxia das células que vem do espaço vascular, da libertação das citoquinas e dos fatores de crescimento, além de fazer a ativação celular. A fase proliferativa é dada como a finalização da ferida e reposição do tecido em falta e a de remodelação caracteriza-se por remodelar e aumentar a força do colágeno tecidular.

Fonte: SILVA (2017), adaptado de Maynard, 2015.

Dentre os mediadores envolvidos no processo, a prostaglandina é o mais importante, regulando a exsudação vascular, seguido pelo estímulo dos leucócitos (neutrófilos, monócitos e macrófagos) debridando o tecido lesionado, fagocitando células mortas, e ativando os fibroblastos, que por sua vez fazem a síntese de colágeno, elastina e reticulina, preenchendo a matriz extracelular, para o surgimento do tecido de granulação, que será a barreira protetora até o remodelamento tecidual (CÔRTES, 2013; SZWED E SANTOS, 2015; MARTELLI et al., 2016).

A síntese de pele é a última etapa cirúrgica, ela posiciona os tecidos, e quando bem executada pode acelerar o processo cicatricial (ÁVILA FILHO et al., 2015). Ainda que a maioria das incisões e feridas superficiais levem de cinco a dez dias para a cicatrização (GAZIVODA et al., 2015), contaminações cirúrgicas e do ambiente (ÁVILA FILHO et al., 2015), e os materiais usados na sutura criam estresse e modificam o ambiente do tecido lesionado, podendo comprometer a formação da cicatriz (YANG, 2016).

As formas de cicatrização podem variar de 1ª, 2ª ou 3ª intenção, sem perda tecidual e menor tempo de cicatrização, perda significativa de tecido e maior tempo de cicatrização, e em feridas agudas, extensas ou infeccionadas, respectivamente. (SILVA, 2006; ISAAC et al., 2010; CÔRTES, 2013).

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Quando a ferida é cirúrgica, com aproximação das bordas por suturas e sem infecção, é definida como cicatrização de primeira intenção (VÍTOR, 2015; TAZIMA, VICENTE e MORIYA, 2008). Das complicações possíveis podemos citar hematomas, hemorragia, seromas, edema, deiscência, infecção, bolsas indolentes e pseudo-cicatrização (VÍTOR, 2015). Para tanto, é necessário o acompanhamento dos pacientes para analisar o desenvolvimento da cicatrização. E a avaliação é feita visualmente para coloração, hematoma, reação ao fio de sutura e com palpação para temperatura.

A natureza antibacteriana do mel depende de fatores que atuam sozinhos ou sinergicamente, os mais relevantes, são os compostos fenólicos, o pH da ferida, o conteúdo em H2O2, o pH do mel, e a pressão osmótica exercida pelo próprio mel (ALVAREZ-SUAREZ et

al., 2014).

Tabela 1 – Eficácia do mel nas diferentes fases de cicatrização, demonstrando o aumenta e diminuição das

atividades bioquímicas em cada momento do processo cicatricial.

Fase inflamatória Aumento Diminuição Produção de H2O2 Citoquinas pró-inflamatórias Atividade de macrófagos Atividade antioxidante

Energia para o metabolismo de células Inflamação

Formação de biofilme Viabilidade bacteriana

Progressão e quantidade bacteriana pH da queimadura

Danos celulares oxidativos Edema, dor e exsudados

Fase proliferativa

Aumento Diminuição

Energia para o metabolismo dos fibroblastos e queratinócitos

Contribuição de vitaminas, minerais e Aas

necessários para a síntese e maturação do colágeno Epitelização Tecido de granulação Efeito higroscópico Edema e exsudado Fase de remodelação Aumento Diminuição

Formação de cicatrizes hipertróficas, queloides e bridas

Remodelação da ferida

*O mel tem a capacidade de estimular essas três fases da cicatrização, liberando o peróxido de hidrogênio, que por outro lado, permite acelerar a reparação dos tecidos e reduzir a duração desse processo.

Fonte: TEYSSIER (2019).

Segundo Alvarez-Suarez et al. (2014), na cicatrização a capacidade antimicrobiana atribuída a alta concentração de açúcares e a baixa atividade de água no mel, tanto impedem o crescimento, como desidratam os microrganismos, e quando associados ao pH ácido tem ação bacteriostática. A presença do peróxido de hidrogênio gerado pelo aquecimento no contato com a ferida impede a formação de biofilme, pois a umidade na zona da ferida e a alta viscosidade formam uma barreira protetora, inibindo o início de uma infecção bacteriana e microbiana (ALVAREZ-SUAREZ et al., 2014; MACKIE, 2004), conforme mostra a Tabela 1.

A multiplicidade de compostos presentes no mel associada a diferentes fontes florais tem sido fortemente estudada nas últimas décadas (BUCEKOVA et al., 2019).

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Suas muitas propriedades terapêuticas são utilizadas em todas as etapas da cicatrização das feridas, da inflamação, proliferação, remodelamento até a cicatrização (Al-WAILI, SALOM e Al-GHAMDI, 2011). Estudos mostram que o mel tem capacidade angiogênica, atua na granulação e epitelização correspondentes a regeneração tecidual (BURLANDO e CORNARA, 2013).

Proliferação de linfócitos T e B atuam nos fatores de crescimento pela vasculogênese e proliferação celular, que além de acelerar o ritmo da cicatrização conferem qualidade a cicatriz (TONKS et al.,2001; LAMERS et al., 2011; FOSSUM, 2012; VANDAMME et al., 2013).

Tratamentos de pele com mel apresentam poucos efeitos tóxicos sobre queratinócitos e fibroblastos, fator que permite sua ampla utilização em curativos de lesões variadas com êxito e segurança (STEWART; MCGRANE; WEDMORE, 2014), ele induz um aumento acentuado na capacidade regenerativa das células da pele e a migração celular é desempenhada pelo próprio tecido lesionado (MARTINOTTI e RANZATO, 2018).

3 MATERIAIS E MÉTODOS

Durante o período de 24 de agosto a 05 de novembro de 2020, submeteram-se 20 cadelas resgatadas pelo Centro de Referência para Animais em Risco (CRAR) ao procedimento cirúrgico de OSH. Os animais apresentavam peso, idade e escore corporal variados e, após avaliação física, o cuidado e tratamento eram feitos quando necessário, até que estivessem aptas a passarem pelo procedimento cirúrgico.

Todas as fêmeas foram devidamente identificadas e apresentaram autorização documentada pelos profissionais responsáveis para participação neste estudo. Tiveram acompanhamento da condição física, antes, durante e após o procedimento, até a sua recuperação total no pós-cirúrgico.

Elas foram identificadas e distribuídas aleatoriamente em dois grupos distintos com 10 animais em cada. Todas passaram pelos mesmos procedimentos pré-cirúrgicos, iniciando pela tricotomia com lâmina na região abdominal e higienização do local primeiramente com solução de clorexidina e depois com álcool 70%.

A aplicação do mel foi realizada logo após a cirurgia em ambos os grupos, devendo-se levar em consideração que esse será o primeiro curativo nos dois grupos. No Grupo 1 (G1), a troca do curativo foi realizada a cada 24 horas e no Grupo 2 (G2), a troca de curativo foi realizada a cada 48 horas.

A limpeza das feridas era feita igualmente no G1 e G2, com solução fisiológica 0,9%, e na presença de desconforto ou dor evidenciada pela lambedura na região da incisão, optou-se pelo uso de colar elizabetano ou roupa cirúrgica para não haver interferência no processo de epitelização

Foi realizada análise estatística sobre os dados obtidos no estudo, determinados pelo programa Microsoft Office Excel, utilizando-se o Teste t para a comparação das medias e o Teste F para mensurar a variância entre as médias, considerando o número de trocas de aplicações do mel, quando trocado diariamente e a cada 48 horas.

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ISSN 2178 – 3608 4 RESULTADOS E DISCUSSÕES

A avaliação macroscópica das feridas foi realizada durante a troca dos curativos, ou seja, o Grupo 1 foi avaliado diariamente e o Grupo 2 a cada 48 horas. A avaliação foi feita de forma visual e o tempo de cicatrização total variou de um a cinco dias, com suavização de todas as cicatrizações e, isso acontece pois o mel possui características adesivas duradouras para a fixação da pele, com uma contração mínima, o que melhora o processo de cicatrização das feridas cirúrgicas (MEO et al., 2017) e promove uma cicatrização quase sem sequelas (DESCOTTES, 2009; MASHHOOD; KHAN; SAMI, 2006).

As cadelas do Grupo 1 tiveram de duas a cinco trocas de curativo (aplicações de mel na ferida), e isso fez com que obtivessem uma média de ±3,3 aplicações até a completa cicatrização como apresentado na Figura 2.

Figura 2 – Número de aplicações de mel em cada animal do Grupo 1 que tinham seus curativos trocados a cada

24 horas.

Fonte: As autoras (2020).

No Grupo 2, que tiveram seus curativos realizados a cada 48 horas, tiveram de duas a cinco aplicações do mel, e isso fez com que obtivessem uma média de ±3,4 trocas de curativo, conforme representado na Figura 3.

0 1 2 3 4 5 6

Animal 1 Animal 2 Animal 3 Animal 4 Animal 5 Animal 6 Animal 7 Animal 8 Animal 9 Animal 10

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Figura 3 – Aplicações de mel a cada 48 horas.

Fonte: As autoras (2020).

Os animais apresentaram menor desconforto no pós cirúrgico, observou-se pouco edema, eritema, dor e inflamação, e isso ocorre pois, como citado por Goharshenasan et al. (2016) e Meo et al. (2017) o mel estimula e acelera a cicatrização de feridas, reduz edema e alivia a dor no quinto dia da ferida, além de ter a capacidade de hidratar os tecidos e, com isso diminuir as infecções microbianas, acalmando a inflamação, e dando um efeito antisséptico no tecido lesionado, porém nos animais estudados observou-se que a diminuição da dor e edema já ocorria logo no primeiro e segundo dia, já que apenas 5 animais de ambos os grupos tiveram que usar colar elisabetano ou roupa cirúrgica, conforme mostra a Figura 4.

Figura 4 – Quantidade de animais que necessitou de colar no pós-cirúrgico.

Fonte: As autoras (2020). 0 1 2 3 4 5 6

Animal 1 Animal 2 Animal 3 Animal 4 Animal 5 Animal 6 Animal 7 Animal 8 Animal 9 Animal 10

Aplicações de mel a cada 48 horas

0 2 4 6 8 10

colar sem colar

Uso do colar pós operatório

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Através da realização do Teste t (Tabela 2), usando duas amostras para a média, foi possível observar que o número de aplicações não apresentou diferença significativa, porém, observou-se uma melhora na cicatrização quando o curativo era mantido por 48 horas, além disso, outra vantagem, é a menor manipulação do animal.

E de acordo com Teyssier (2019), isso se dá pelo fato de que o mel atua em todas as fases da cicatrização, iniciando na fase inflamatória com o aumento do peróxido de hidrogênio, a atividade dos macrófagos e ação antioxidante, gerando energia para o metabolismo das células de inflamação, reduzindo a formação de biofilme, atividade bacteriana, edema, dor e exsudatos. Na fase proliferativa ele diminui o efeito higroscópico, o edema e o exsudato. Na fase de remodelação, ele favorece a reparação da ferida cirúrgica.

Tabela 2 – Análise estatística utilizando o Teste t para comparação entre as médias dos resultados da quantidade

de trocas de curativos (aplicação do mel).

Variável 1 Variável 2 Média 3,3 3,4 Variância 0,677777778 0,933333 P(T<=t) uni-caudal 0,363157105 t crítico uni-caudal 1,833112933 P(T<=t) bi-caudal 0,726314211 t crítico bi-caudal 2,262157163 Fonte: As autoras (2020).

Foi realizado o teste F considerando-se dois grupos para verificar a diferença entre as variâncias. Os resultados obtidos para esse teste mostraram que como o P é maior que 0,05, as variâncias não apresentam diferença em ter si, ou seja, os resultados obtidos para os dois grupos são semelhantes no que se refere a quantidade de trocas de curativos. Os resultados desse teste estão apresentados na Tabela 3.

Tabela 3 – Análise estatística utilizando Teste f para verificar a variação que ocorre entre as médias.

Variável 1 Variável 2 Média 3,3 3,4 Variância 0,677778 0,933333 F 0,72619 P(F<=f) uni-caudal 0,320668 F crítico uni-caudal 0,314575 Fonte: As autoras (2020).

Uma cirurgia limpa, ou seja, com materiais esterilizados, assepsia e antissepsia e fio de sutura adequado também interfere na cicatrização (DESCOTTES, 2009; JULL et al., 2015), no estudo realizado, todas as cirurgias foram realizadas em ambiente adequado e com materiais

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estéreis, provenientes de uma incisão realizada com bisturi e as bordas foram aproximadas com pontos intradérmicos e fios absorvível.

A cada troca de curativos, a higienização era realizada com solução fisiológica para que não houvesse interferência no processo cicatricial em comparação com a ação realizada pela clorexidine, que reduz a contaminação, mas não é favorável ao processo de cicatrização (TILLMANN, 2010), pois diminui o tecido de granulação quando o uso é constante (GRUNKEMEYER, 2015).

Em ambos os grupos foram obtidos resultados satisfatórios, na redução da inflamação, rubor, edema, hematoma e a coloração da pele com mudanças significativas logo na primeira troca, mostrando que o mel acelera o processo de reparação tecidual (CIANCIOSI et al., 2018) (Figura 5 e 6) e de acordo com Gazivoda et al. (2015) as feridas de incisões superficiais demoram de cinco a dez dias para a cicatrização, e no estudo esse número foi reduzido para dois a cinco dias.

Figura 5 - Imagem que apresenta a redução da inflamação quando o curativo é trocado diariamente.

*Avaliação visual e macroscópica da troca de curativo da ferida cirúrgica quando realizada a cada 24 horas. A – Após o procedimento cirúrgico, imagem mostrando a ferida no dia da cirurgia; B – Ferida cirúrgica 24 horas após o procedimento cirúrgico e primeira aplicação do mel.

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Figura 6 – Imagem que apresenta a redução da inflamação quando o curativo é trocado a cada 48 horas.

*Avaliação visual e macroscópica da troca de curativo da ferida cirúrgica quando realizada a cada 48 horas. A – Após o procedimento cirúrgico, imagem mostrando a ferida no dia da cirurgia; B – Ferida cirúrgica 48 horas após o procedimento cirúrgico e primeira aplicação do mel.

Fonte: As autoras (2020).

A adesão das bordas das feridas foi observada logo na primeira troca de curativo, e em alguns animais era quase imperceptível, tanto no Grupo 1 quanto no Grupo 2. Ainda que estatisticamente os resultados não tivessem sido expressivos quanto ao número de aplicações do mel, quando aplicado a cada 48h, houve maior suavização nas cicatrizes (Figura 7), comparado ao segundo dia de curativo do Grupo 1. A troca diária do curativo combinado a higienização reiniciava todo o processo de cicatrização.

Figura 7 – Imagem que apresenta a adesão das bordas da ferida nas primeiras de 24h e 48h após cirurgia.

*Avaliação macroscópica das bordas cirúrgicas após a primeira aplicação do mel nos dois grupos. A – Primeira avaliação depois de 24 horas da aplicação do mel; B – Primeira avaliação depois de 48 horas da aplicação do mel.

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ISSN 2178 – 3608 5 CONCLUSÃO

O mel desempenha um importante papel no processo de reparação das feridas cirúrgicas de OSH, sua ação anti-inflamatória e antimicrobiana, reduzem a dor, o inchaço e mantém a ferida livre de patógenos. Tem capacidade de controlar exsudatos favorecendo a adesão da pele e acelerando a cicatrização. Quando comparado com a literatura, ambos os grupos tiveram desempenho satisfatório, pois reduziram o tempo de cicatrização para dois a cinco dias, mas quando comparados em tempos diferentes (24 e 48 horas), estatisticamente não houve diferença no número de troca curativos, porém no tempo de 48 horas, houve maior suavização da cicatriz e menor manipulação dos pacientes.

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