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Competitividade internacional do açúcar brasileiro: uma análise de market share constante 1

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Academic year: 2021

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Competitividade internacional do açúcar brasileiro: uma análise de

market share constante

1

Mauro Virgino de Sena e Silva CPF: 260340108-45

Mestrando no Programa de pós-graduação em Economia Aplicada da Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” - USP/ESALQ.

Rua Santa Cruz, 150 Apto 72. Bairro Alto, 13419-020. Piracicaba – S. Paulo

maurovs@esalq.usp.br ou mvsecounesp@yahoo.com

Miriam Rumenos Piedade Bacchi CPF: 06771539881

Professora Doutora do Departamento de Economia Administração e Sociologia da Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” - USP/ESALQ.

Av. Pádua Dias, 11. Pavilhão da Engenharia, 13418-900 - Piracicaba, SP- Caixa-Postal: 19 Piracicaba - SP

mrpbacch@esalq.usp.br

Área Temática: Comercio Internacional Forma de Apresentação: Pôster

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Este artigo corresponde à parte da dissertação de mestrado que está sendo elaborada pelo primeiro autor sob orientação do segundo autor intitulada “Equações de exportação para o açúcar brasileiro: um modelo de auto-regressão vetorial (VAR)”. Esta pesquisa está sendo desenvolvida no departamento de Economia Administração e sociologia da Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” - USP/ESALQ - e tem

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Competitividade internacional do açúcar brasileiro: uma análise de

market share constante

Resumo

O objetivo do presente artigo é identificar, através do modelo de market-share constante, os determinantes do desempenho exportador do açúcar brasileiro no período recente. Dentre os produtos agrícolas tradicionais essa commodity aparece como uma das mais competitivas e que mais têm contribuído para a formação de produto e geração de divisas para o Brasil. Seguindo o modelo analítico proposto, os componentes responsáveis pelo desempenho comercial do açúcar brasileiro foram divididos nos efeitos: a) tamanho do mercado mundial; b) distribuição; e c) competitividade. Os mercados externos considerados foram a Rússia e um grupo de países Árabes e africanos em seu conjunto, os quais têm sido responsáveis pela importação de cerca de 70% do açúcar brasileiro. Os resultados da pesquisa indicam que o aumento de market-share do açúcar brasileiro nos países analisados foi devido aos efeitos competitividade e tamanho do mercado mundial. O efeito distribuição contribuiu negativamente para o desempenho dessa commodity no mercado internacional no período, mas foi mais do que compensado pelos demais efeitos, notadamente pelo efeito competitividade.

PALAVRAS-CHAVE: açúcar, competitividade internacional, market-share.

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Competitividade internacional do açúcar brasileiro: uma análise de

market-share constante

INTRODUÇÃO

A partir do início dos anos de 1990 o Brasil passou por um amplo processo de liberalização comercial e de redefinição do papel do Estado na economia. O alvo da abertura comercial era intensificar a concorrência sobre os produtores locais e ampliar o acesso às melhores práticas internacionais, quer pelas importações de produtos, quer pela importação de tecnologias (Gonçalves, 1998). Outro resultado deste processo, ao apontar os setores da economia local que tinham vantagens comparativas, e os que não tinham, foi reorientar os recursos locais dos últimos para os primeiros, elevando a eficiência alocativa.

O setor agrícola brasileiro passou de um regime de política agrícola concebido para uma economia fechada, com forte intervenção estatal, para um regime desenhado para uma economia aberta e com um menor papel do Estado. Nesse período, participação do açúcar brasileiro no mercado internacional cresceu de forma significativa, o que sugere que o Brasil deslocou importantes ofertantes desse produto no mercado internacional, como Austrália e Cuba (Waak & Neves, 1998). Tais ganhos de competitividade estariam associados ao mencionado processo de desregulamentação por que passou o setor nos anos de 1990.

A liberalização do comércio exterior para esse setor apresentou resultados diversos daqueles observados para a media dos outros setores da economia brasileira, como, por exemplo, para o setor de bens de capital (Helfand & Rezende, 2001). A alteração dos preços relativos dos insumos, aliado ao maior acesso a insumos importados e de alta qualidade, levou a produção doméstica de agrícolas a uma maior competitividade internacional. Desde então, como apontam Barros et al. (2002), o agronegócio nacional tem contribuído de maneira decisiva na geração de saldos positivos na balança comercial do País e tem respondido positivamente a necessidade de redução do déficit no balanço de pagamentos, principalmente quando comparado às exportações de industriais.

As exportações de agropecuários e agroindustriais brasileiros, como mostra Gasques (2001), estão concentradas em um grupo reduzido de produtos que é responsável por cerca de 70% a 80% das exportações do setor. Dentre os produtos tradicionais, o açúcar aparece como um dos que têm posição de destaque em termos de competitividade comercial.

Atualmente, o agronegócio sucroalcooleiro como um todo movimenta com faturamentos diretos e indiretos cerca de R$ 36 bilhões por ano, o que corresponde a aproximadamente 3,5% do PIB nacional. Além disso, esse setor é um dos setores que mais empregam no país, com a geração de 3,6 milhões de empregos diretos e indiretos, e congrega mais de 70 mil agricultores. Um outro indicador da importância do agronegócio sucroalcooleiro é o recolhimento de impostos, cerca de R$ 4,5 bilhões ao ano (Jornal da Cana, 2004).

Da cana-de-açúcar se extrai principalmente o açúcar, o álcool anidro (aditivado à gasolina) e o álcool hidratado para os mercados interno e externo. Sousa e Burnquist (1999) afirmam que a exposição do setor sucroalcooleiro a incentivos de mercados tem aguçado a capacidade empresarial dos agentes ligados a esse setor, que têm buscado expandir suas alternativas e capacidade de gerar receitas adicionais a partir de subprodutos.

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Miranda-Stalder & Burnquist (1996) afirmam que o bagaço da cana usado como combustível na geração de energia elétrica tem sido identificado como subproduto com maior potencial de aumentar a receita da indústria sucroalcooleira, seja pela venda ou nas próprias unidades de produção.

Ao longo dos anos de 1990 observou-se um crescimento significativo da produtividade na cultura da cana-de-açúcar. A Figura 1 apresenta a evolução do rendimento médio da lavoura de cana-de-açúcar, em toneladas por hectare, para o período entre 1994 e 2002. Nota-se que o rendimento médio dessa cultura passou de pouco mais de 67 toneladas por hectare, em 1994, para mais de 72 toneladas por hectare em 2002.

67,223 66,614 66,755 68,884 69,148 68,148 67,737 69,443 72,153 62,000 64,000 66,000 68,000 70,000 72,000 74,000 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 Figura 1 – Brasil. Rendimento médio da lavoura da cana-de-açúcar (toneladas por hectare) –1994 a 2002

Fonte: Confederação da Agricultura e Pecuária – CNA (2004)

Em termos da distribuição regional, costuma-se dividir a cultura da cana-de-açúcar em duas grandes regiões produtoras, quais sejam, o Centro-Sul e a Norte-Nordeste2. Na Tabela 1 pode-se notar que a principal região produtora de cana-de-açúcar é a Centro-Sul, responsável por 77,8% da área plantada, por 83,4% da quantidade total produzida e pelo melhor rendimento médio, mais de 75 toneladas por hectare.

Tabela 1. Brasil. Área plantada, quantidade produzida e rendimento médio da lavoura da cana-de-açúcar segundo regiões – 2002

Região Área plantada (ha) Quantidade produzida (t) Rendimento médio (t/ha) Centro-Sul 4.049,829 303.870,447 75,09 Norte-Nordeste 1.156,907 60.520,569 57,15 Brasil 5.206,736 364.391,016 71,444 Fonte: IBGE (2004) 4 2

A região Centro –Sul conformaria os estados produtores das regiões Centro-Oeste, Sudeste e Sul, enquanto que a região Norte-Nordeste seria formada pelos estados do Norte e Nordeste do Brasil.

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Dentro da região Centro-Sul, o destaque é o estado de São Paulo, responsável na safra 2002 por mais de 84% da área total plantada de cana-de-açúcar da região, 88,2% do total produzido, possuindo, ainda, o maior rendimento por hectare, 79,94 t/ha.

Segundo Stalder (1997), um dos aspectos mais salientados para diferenciar as regiões Norte-Nordeste e Centro-Sul são os custos de produção. Tais custos são mais elevados para o Norte-Nordeste em relação ao Centro-Sul. Uma outra característica que diferencia essas regiões é o cultivo menos tecnificado e níveis de eficiência inferiores na região Norte-Nordeste frente à região Centro-Sul. Além disso, a autora aponta que tais regiões se diferenciam também pela própria evolução histórica da cultura e por apresentarem épocas de colheita distintas, propiciando oferta de cana-de-açúcar ao longo de todo o ano.

A Figura 2 traz a participação relativa dos principais estados produtores de açúcar na safra 2002/03. Fica evidente a importância do estado de São Paulo, responsável por 63% da produção total de açúcar do Brasil. Além de São Paulo, os principais estados produtores de açúcar são Alagoas (9%), Paraná (7%), Pernambuco (5%) e Minas Gerais (5%). Os estados de Goiás (3%) e Mato Grosso (2%) passaram a se destacar na produção de açúcar mais notadamente na última década.

PE 5% AL 9% MG 5% PR 7% SP 63% MT 2% GO 3% OU 6% PE AL MG PR SP MT GO OU

Figura 2 – Participação relativa dos principais estados produtores de açúcar na safra – 2002/03

Fonte: UNICA (2004)

O consumo doméstico de açúcar possui uma demanda inelástica em relação à renda (Caruso, 2002). Nesse sentido, a ampliação na demanda pelo açúcar brasileiro dependerá do aumento da demanda externa pelo produto e/ou aumento das aquisições da indústria alimentícia, cuja demanda tende a ser mais elástica em relação à renda. Portanto, se por um lado o aumento na demanda pelo açúcar industrial depende do crescimento da economia brasileira, por outro, a ampliação do mercado externo para essa commodity depende do rompimento das barreiras protecionistas impostas ao mercado de açúcar, as quais, como afirmam Burnquist & Bacchi (2002), inclui tanto grandes importadores e consumidores, como grandes produtores e exportadores de açúcar.

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UM PANORAMA DO BRASIL NO MERCADO INTERNACIONAL DO AÇÚCAR O mercado internacional de açúcar conta com a participação de cerca de 120 países produtores. A Tabela 2 mostra a participação das exportações mundiais de açúcar no total produzido dessa commodity no período recente. Pode-se notar que da safra 1999/00 a 2003/04 a participação das exportações no total produzido mundialmente tem ficado em torno de pouco mais de 30%.

Na Tabela 3 pode-se ver que atualmente o Brasil é o maior produtor mundial de açúcar. Na safra 2002/03, o Brasil produziu 23,81 milhões de toneladas do produto e projetava-se, para a safra 2003/04, um incremento de 4,1% em relação à safra anterior, alcançando o volume de produção de 24,78 milhões de toneladas.

Tabela 2. Mundo. Volume de produção e exportação de açúcar(em 1000 toneladas) – 1999/200 a 2003/04

Item 1999/00 2000/01 2001/02 2002/3 2003/04

Produção (a) 136,531 130,495 134,888 147,336 144,635 Exportação (b) 41,448 37,686 41,228 45,724 45,107 (b)/(a) = em % 30,36 28,88 30,57 31,03 31,19 Fonte: USDA (maio, 2004)

Tabela 3. Principais países produtores de açúcar (em 1000 toneladas) – 1999/00 a 2003/04 País 1999/00 2000/01 2001/02 2002/03 2003/04 Brasil (a) 20,100 17,100 20,400 23,810 24,780 Índia (b) 20,219 20,480 20,475 22,100 19,880 EUA (c) 8,203 7,956 7,174 7,600 8,070 UE (d) 6,138 6,607 4,793 5,600 4,900 Outros 81,871 78,352 82,046 88,226 87,005 Total (e) 136,531 130,495 134,888 147,336 144,635 (a+b+c+d)/(e) 40,03 39,96 39,18 40,12 57,63 Fonte: USDA (maio de 2004)

Vale destacar que um conjunto de apenas 4 países tem sido responsável pela produção de uma porção considerável do total de açúcar produzido no mundo, os quais, na safra 2003/04, foram responsáveis por 57,63% do total.

Na safra 2002/03, o mercado livre mundial de açúcar foi estimado em 42,6 milhões de toneladas e correspondeu a algo em torno de 30% do consumo mundial do produto, que é de cerca de 138,6 milhões de toneladas. A participação do Brasil no mercado livre do açúcar foi de cerca de 32%, o que correspondeu a 13,7 milhões de toneladas (Seródio, 2004).

Como pode ser visto em Stalder (1997) e Marjotta-Maistro (1998), até início da década de noventa o Brasil figurava apenas em quinto lugar entre os maiores exportadores de açúcar do mundo. Burnquist et al (2002) afirma que a suspensão do sistema de quotas de exportação por parte do Brasil, em 1994, parece ter contribuído para incrementar a importância desse setor no mercado internacional. Uma evidencia disso é que já na safra de 1995/96 o Brasil se destacava como o maior exportador dessa commodity no mercado internacional, exportando, segundo a ISO, cerca de 6,30 milhões de toneladas.

Ainda sobre esse ponto, Miranda-Stalder (1997) argumenta que a análise da evolução do comércio de açúcar brasileiro com o exterior após 1990 permite supor que as

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medidas políticas de desregulamentação, aliadas à indefinição das novas diretrizes para o programa do álcool, possibilitaram maior flexibilidade na comercialização e produção do açúcar e do álcool, e, portanto, melhores oportunidades de participar no mercado externo. A autora argumenta, ainda, que além do acesso mais fácil do produtor e exportador brasileiro ao mercado externo, outros fatores contribuíram para incentivar o crescimento das exportações brasileiras de açúcar e o aumento da demanda por esse produto, quais sejam, existência de diferenciais de preços internos e externos favoráveis ao segundo em 1994/95 e quebra de safra de grandes produtores como Índia, China e Cuba.

A Tabela 4 mostra os 5 principais estados brasileiros que participaram do comércio internacional do açúcar em 2002 e os tipos de açúcar exportados. Observa-se que a maior parte do açúcar exportado pela região Norte-Nordeste é do tipo “bruto” (demerara). O Estado de São Paulo aparece como o maior exportador do produto, sendo responsável por mais de 70% do total exportado pelo Brasil, apresentando um equilíbrio na participação dos tipos de açúcar, refinado e bruto, no total exportado do estado. Merece destaque também o Estado do Paraná, o qual vem apresentando ano a ano incrementos no total exportado e em 2002 superou um tradicional estado exportador desse produto, o Pernambuco.

Tabela 4. Brasil. Exportações de açúcar por principais estados (em 1000 Kg ) –2002

Estado Refinado Bruto Total % Part.

São Paulo 4.528,352 4.909,106 9.437,458 70,67 Alagoas 244,700 1.113,387 1.358,087 10,17 Paraná 151,860 851,760 1.003,620 7,52 Pernambuco 276,660 308,271 584,931 4,38 Minas Gerais 204,614 350,250 554,864 4,15 Demais 317,823 97,55 415,373 3,11 Total 5.724,009 7.630,324 13.354,333 100

Fonte: Secex (julho, 2004)

A Tabela 5 mostra os 4 maiores exportadores mundiais de açúcar. Na safra 1999/00 o volume exportado pelo Brasil é 85% superior ao segundo maior exportador, a União Européia, alcançando a cifra de 11,3 milhões de toneladas. Na safra seguinte ocorre uma queda brusca no volume de açúcar exportado pelo Brasil, mas que o deixa ainda no topo da lista dos maiores exportadores. Daí em diante, as exportações brasileiras de açúcar vêm crescendo continuamente, alcançando em 2003/04 um volume de 14,25 milhões de toneladas exportadas.

Tabela 5. Principais exportadores de açúcar no mercado internacional (em 1000 toneladas) – 1999/00 a 2003/04 País 1999/00 2000/01 2001/02 2002/03 2003/04 Brasil (a) 11,300 7,700 11,600 14,000 14,250 UE (b) 6,138 6,607 4,793 5,600 4,900 Tailândia (c) 4,147 3,394 4,157 5,100 5,800 Austrália (d) 4,123 3,056 3,594 4,220 3,893 Outros 15,44 16,929 17,084 16,804 16,264 Total (e) 41,148 37,686 41,228 45,724 45,107 (a+b+c+d)/(e) 62,48 55,08 58,56 63,25 63,94 Fonte: USDA (maio, 2004)

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Na Tabela 6 pode-se observar que a Rússia é o principal país importador dessa

commodity. No entanto, tem havido um decréscimo no volume total de açúcar importado

pela Rússia, passando de 5,17 milhões de toneladas na safra 1999/00 a 3,8 milhões de toneladas na safra 2003/04. Ainda assim, a Rússia importou 2 vezes mais açúcar que o segundo maior importador do mundo, a União Européia, que safra 2003/04 importou 1,9 milhões de toneladas do produto.

Tabela 6. Principais importadores mundiais de açúcar no mercado internacional (em 1000 toneladas) – 1999/00 a 2003/04 País 1999/00 2000/01 2001/02 2002/03 2003/04 Rússia (a) 5,170 5,650 4,850 3,900 3,800 UE (B) 1,786 1,839 2,025 2,150 1,900 EUA (c) 1,484 1,443 1,393 1,554 1,437 Indonésia (d) 1,949 1,591 1,600 1,650 1,850 Outros 25,684 28,123 27,827 29,915 28,25 Total (e) 36,073 38,646 37,695 39,169 37,237 (a+b+c+d)/(e) 28,80 27,23 26,18 23,63 24,15

Fonte: USDA (maio, 2004)

A Rússia também aparece, como mostra a Tabela 7, como o principal importador do açúcar brasileiro. Após o fim dos acordos de preferências entre Cuba e os países da Europa Oriental, vinculados a afinidades políticas, o Brasil conseguiu ganhar porção importante dos mercados na Europa Oriental.

Tabela 7. Brasil. Dez maiores importadores de açúcar (em 1000 toneladas) – 2001 a 2002

País 2001 % País 2002 %

Rússia 3.679,376 32,93 Rússia 3.521,213 26,37

Nigéria 1.021,650 9,14 Nigéria 1.118,100 8,37

Em. Árabes 775,699 6,95 Em. Árabes 989,778 7,41

Egito 727,641 6,51 Egito 871,877 6,53 Irã 442,499 3,96 Marrocos 671,857 5,03 Marrocos 441,000 3,95 Canadá 608,450 4,55 Romênia 431,023 3,86 Irã 572,706 4,28 Canadá 341,922 3,07 A. Saudita 388,378 2,91 Iemem 301,300 2,70 Iêmen 380,607 2,85 A. Saudita 202,750 1,82 Romênia 202,780 1,52 Total 8.364,860 74,89 Total 9.325,746 69,82

Fonte : Secex (julho, 2004)

A Tabela 8 representa um quadro resumo da posição do Brasil no comércio internacional do açúcar, com dados sobre a participação das exportações e da produção brasileiras de açúcar no total mundial. Observa-se que o Brasil, desde a safra 1995/96, vem reforçando consistentemente sua posição como o mais importante player no mercado internacional do açúcar. Na safra 2003/04, o Brasil foi responsável por 31,6% do total de açúcar exportado e por 17,3% do total de açúcar produzido.

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Tabela 8. O Brasil no mercado internacional do açúcar (em %) – 1995/96 a 2003/04

Ano XBra/Xmundo Prod.Bra/Prod.mundo

1995/96 17,07 11,23 1999/00 27,26 14,72 2000/01 20,43 13,11 2001/02 28,14 15,12 2002/03 30,62 16,16 2003/04 31,6 17,13

Fonte: 1995/96 USDA (maio/2001), citado em Ramos (2002). A partir de 1999/00 USDA (maio/2004)

Notas: XBra: exportações totais de açúcar do Brasil; Xmundo: exportações totais de açúcar do mundo; Prod. Bra: Produção total de açúcar pelo Brasil; Prod. Mundo: Produção total de açúcar no mundo

Seguindo Jank (2004), no Brasil dos anos noventa observou-se a eliminação do controle de preços e subsídios, a redução das tarifas de importação, a estabilização inflacionária, as altas taxas de juros e cinco anos de câmbio sobrevalorizado, os quais provocaram enormes impactos na agricultura brasileira. Todo esse conjunto de mudanças e ajustes redundaram na transformação do Brasil em uma das agriculturas mais competitivas do mundo moderno, principalmente no que se refere aos tremendos ganhos de produtividade observados no campo. Entretanto, após ter sido completados os ajustes de oferta, o grande desafio do País atualmente está no campo da demanda. Para poder crescer de forma sustentada, a agricultura brasileira depende essencialmente da expansão das suas exportações.

No que diz respeito apenas às commodities agrícolas, a expansão das exportações mundiais esbarra no persistente protecionismo aplicado ao setor, distorcendo o mercado internacional de agrícolas. Tradicionalmente, a agricultura tem sido o setor mais protegido do mundo, tendo sobre si a aplicação de barreiras de toda sorte, entre elas, elevadas tarifas, cotas de importação, restrições sanitárias e técnicas, subsídios domésticos e de exportação, entre outros.

O objetivo dessas medidas, como colocam Burnquist & Bacchi (2002), está basicamente na busca do isolamento e proteção dos mercados domésticos. Isso ocorre na medida em que tais países impedem que suas respectivas ofertas e demandas internas respondam a movimentos de preços no mercado internacional. O resultado dessas políticas tem sido o aumento na produção doméstica, acima dos níveis que prevaleceriam na ausência de intervenção governamental. Como decorrência final desse processo, ter-se-iam sucessivos aumentos nos estoques mundiais desses produtos, seguidos de preços internacionais de tais commodities cada vez mais baixos.

A ANÁLISE DE MARKET-SHARE CONSTANTE

Análises do comportamento das exportações dos países utilizando a abordagem de

market-share constante (CMS) têm sido desenvolvidas desde os anos 50, embora tenha se

tornado mais conhecida a partir dos trabalhos de Stern (1967), Brown (1969), Leamer & Stern (1970), Richardson (1971) e Tyler (1976). No caso do Brasil, autores como Horta (1983), Gonçalves (1987), Horta et al. (1993), Almeida (1993), Carvalho (1995), Miranda-Stalder (1997), entre outros, também utilizaram, em suas análises sobre o comportamento

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das exportações brasileiras tanto de manufaturados como de agrícolas, a abordagem CMS (Carvalho 2004).

Em linhas gerais, o propósito desse modelo é analisar o aumento ou a redução da participação (share) de um dado país no fluxo internacional de comércio, desagregando as tendências de crescimento ou redução das exportações de acordo quatro efeitos, a saber: a) crescimento do comércio mundial, b) composição da pauta de exportações, c) destino das exportações e d) competitividade. Os efeitos composição da pauta e destino das exportações, em conjunto, podem ser chamados de efeito estrutura das exportações. Supondo que o país em questão manteve constante sua parcela no mercado mundial, à diferença entre o crescimento das exportações sob hipótese de market-share constante e o crescimento efetivo dessas exportações, dá-se o nome de efeito competitividade. Se este efeito for negativo, considera-se que este país foi incapaz ou não desejou competir efetivamente com outros ofertantes no mercado internacional. O efeito competitividade aparece como um resíduo e pode representar uma série de variáveis tais como mudanças nos preços relativos, mudanças tecnológicas, políticas governamentais de apoio e políticas de marketing, etc.

Mesmo na ausência de mudança de competitividade relativa, a estrutura das exportações de um país pode afetar o seu desempenho comercial ao longo dos anos. No caso em que se verifica um efeito positivo da estrutura das exportações sobre o desempenho comercial de um país, considera-se que a demanda mundial por esse produto pode ter crescido mais rapidamente do que a média dos demais produtos ou, ainda, que tais mercadorias tiveram como destino prioritário regiões que apresentaram um maior dinamismo em seu comércio. Por outro lado, o efeito estrutura das exportações pode também ser negativo, significando que o país priorizou mercados comercialmente estagnados ou mercadorias cuja demanda internacional se manteve estável ou estagnada.

Um aspecto interessante da abordagem CMS é que seus resultados determinam o peso de cada um desses efeitos nas exportações do país em questão, indicando, por exemplo, em que medida essas exportações se direcionaram para mercadorias e, ou, mercados com maior potencial de expansão. A partir dessas informações, indicações de alternativas de atuação e sinalização de caminhos de distribuição das exportações podem ser feitas, de modo a se perseguir mercados mais dinâmicos (Carvalho, 2004).

Miranda-Stalder (1997) argumenta que nesse modelo fica também implícita a suposição de que a oferta mundial de exportação do bem analisado é infinitamente elástica. Além disso, parte-se do princípio de que é a relação de preços que determina a escolha pelo mercado importador entre dois produtos oriundos de dois exportadores e competidores no mercado internacional. Disso decorre, que os importadores tendem a substituir o consumo dos bens cujos preços se elevaram por aqueles cujos preços tornaram-se relativamente mais baixos ao longo do período em análitornaram-se.

Associar preços relativos e competitividade relativa internacional implica que a medida de competitividade em questão passa a captar a capacidade de uma mercadoria exportada por determinado país substituir uma mercadoria similar exportada pelo país concorrente na curva de indiferença do país importador. Dessa forma, quando se define

market-share como valor exportado, um valor tanto positivo quanto negativo pode ser

consistente com a queda dos preços relativos, dependendo do valor absoluto da elasticidade de substituição (Carvalho, 2004).

O desenvolvimento formal do método CMS3 define a parcela de mercado (S) de um país como função de sua competitividade relativa:

10

3

(11)

⎟ ⎠ ⎞ ⎜ ⎝ ⎛ = = C c f Q q S f

( )

>0 (1)

onde q e Q são as quantidades exportadas totais do país A e do mundo, respectivamente; e c e C são a competitividade do país A e do mundo, respectivamente. Derivando em relação

ao tempo, têm-se: dt dS Q dt dQ S dt dq + (2) ⎟ ⎟ ⎟ ⎟ ⎠ ⎞ ⎜ ⎜ ⎜ ⎜ ⎝ ⎛ ⎟ ⎠ ⎞ ⎜ ⎝ ⎛ ′ + ≡ dt C c d f Q Q S q& & (3) ⎟⎟ ⎟ ⎠ ⎞ ⎜⎜ ⎜ ⎝ ⎛ ′ + ≡ * C c f Q Q S q& & (4)

Dessa forma, a variação na quantidade total exportada pelo país A é explicada por um efeito crescimento das exportações mundiais

( )

q&

( )

S & , mantida a parcela de mercado Q

do país A constante, e um efeito competitividade

( )

Q & , dado pelas mudanças na S

competitividade relativa do país em questão.

Baseando-se no desenvolvimento analítico proposto por Leamer & Stern (1970) e apresentado em Miranda-Stalder (1997) e Carvalho (2004), pode-se considerar um modelo básico em que as exportações de um determinado bem i, originárias de um país A e com

destino a um país j não são diferenciadas por mercadorias ou regiões. Dado que,

=

i

V Valor ou volume das exportações do bem i pelo país A, no período 1;

= ′

i

V Valor ou volume das exportações do bem i pelo país A, no período 2;

=

j

V Valor ou volume das exportações do país A para o país j, no período 1; =

j

V Valor ou volume das exportações do país A para o país j, no período 2; =

ij

V Valor ou volume das exportações do bem i pelo país A para o país j, no período 1;

= ′

ij

V Valor ou volume das exportações do bem i pelo país A para o país j, no período 1;

=

r

Aumento percentual no total mundial de exportações do período 1 para o período 2;

=

i

r

Aumento percentual nas exportações do bem i do período 1 para o período 2;

=

ij

r

Aumento percentual nas exportações mundiais do bem i para o país j, do período 1

para o período 2; no período 1 tem-se:

(12)

e, no período 2:

′ = ′ j i ij V V

′ = ′ (6) i j ij V V

No período 1, o valor ou volume das exportações do país A é dado por:

∑∑

=

=

= i j i j j i ij V V V V (7)

Num primeiro nível de análise, parte-se de um modelo básico com exportações não diferenciadas por mercadorias ou regiões:

) (V V rV rV V V′− ≡ + ′− − (8) ⇓ ⇓ (a) (b)

Nesse caso, (a) representa a variação das exportações o país A de um período a outro dado pela variação das exportações mundiais e (b) representa um efeito residual atribuído à competitividade. Como as exportações do país A compõem-se de um conjunto diverso de mercadorias, em um segundo nível de análise, parte-se para um modelo no qual a equação (8) passa a considerar também uma mercadoria específica. Essa equação modificada é representado por:

) ( i i i i i i i V rV V V rV V′− ≡ + ′− − (9) Agrupando a equação (9) tem-se:

(

)

( ) ) ( i i i i i i i rV V V rV r rV V V′− ≡ +

− +

′− − (10) ⇓ ⇓ ⇓ (a) (b) (c)

Na equação (10), o crescimento das exportações é dividido em três efeitos: a) crescimento geral das exportações mundiais; b) a composição de bens das exportações de A no período 1 e c) um resíduo que indica a diferença entre a exportação implícita no modelo e sua efetiva performance para cada grupo de bens. Observa-se que quando

(

)

é positivo, as exportações de A concentram-se em bens cujos mercados cresceram mais rapidamente do que a média para os demais grupos de bens.

r ri

É importante observar que quando a análise CMS é aplicada para um único produto, o efeito mercadoria é eliminado, uma vez que o termo da equação correspondente a esse efeito desaparece (Carvalho, 2004).

Por último, considerando a diferenciação também para destino, chega-se a uma equação para um tipo particular de mercadoria e um mercado de destino específico:

) ( ij ij ij ij ij ij ij V rV V V rV V′ − ≡ + ′− − (11) 12

(13)

A equação (8) pode ser agrupada de forma que:

(

)

( ) ( ij ij ij) i i j i j ij i ij i i rV r r V V V rV r rV V V′− ≡ +

− +

∑∑

− +

∑∑

′ − − (12) ⇓ ⇓ ⇓ ⇓ (a`) (b`) (c`) (d`)

Tal identidade decompõe a taxa de crescimento das exportações do país A em 4 efeitos: a`) efeito crescimento do comércio mundial - o incremento das exportações do país A deveu-se ao crescimento das exportações mundiais; b`) efeito composição da pauta - mudanças na estrutura da pauta exportadora do país, com concentração em mercadorias que apresentaram um maior crescimento na demanda; c`) efeito distribuição do mercado – houve um direcionamento do comércio do país para mercados mais dinâmicos, e d`) efeito competitividade - resíduo que, como já salientado, reflete a diferença entre a exportação implícita no modelo e sua efetiva performance para cada grupo de bens.

Segundo Carvalho (2004), considera-se como mercado de destino o mercado mundial ou algum subconjunto que represente apropriadamente a competição enfrentada pelo país em análise, sendo os resultados muito sensíveis a essa escolha.

Em relação ao período de análise, tem-se que a abordagem CMS é realizada entre pontos discretos no tempo. Carvalho (2004) argumenta que a aplicação do modelo com base em uma divisão em subperíodos mais curtos permite a identificação, com maior precisão, das mudanças que ocorreram entre o início e o fim do período.

DADOS E RESULTADOS PRELIMINARES DA PESQUISA

No caso específico do mercado internacional do açúcar brasileiro, como já discutido no presente trabalho, nota-se, ao longo do período analisado, uma tendência de concentração das exportações brasileiras de açúcar para dois grandes mercados: a) Rússia e

b) um grupo de nove países Africanos e Árabes4, em seu conjunto. Seguindo a proposta desse trabalho, esses serão os dois mercados de destino considerados.

Considerou-se o volume médio exportado e, ou, importado de açúcar para os anos entre 1995 e 1997 como período inicial e o volume médio exportado e, ou, importado dessa mercadoria entre os anos de 2001 e 2003 como período final. Entende-se que esse procedimento reduz os impactos decorrentes de mudanças econômicas bruscas em anos específicos.

As series de dados sobre importações totais de açúcar e importações mundiais da Rússia e grupo de países africanos e árabes foram obtidas junto à FAO5. Os dados para exportações brasileiras de açúcar totais e por grupo de países foram conseguidas junto à SECEX6.

A Tabela 9 traz dados sobre as exportações médias de açúcar do Brasil e mundial para o período entre 1995/97 e 2001/03, bem como a participação do Brasil nas quantidades importadas de açúcar no mundo e pelos principais países importadores. Os resultados mostram que o Brasil apresentou incremento considerável tanto nas exportações totais de açúcar como nas exportações para Rússia e para os países árabes e africanos em conjunto. Verifica-se que a participação media do Brasil no total de açúcar comercializado

4

Argélia, Nigéria, Emirados Árabes Unidos, Egito, Marrocos, Irã, Arábia Saudita, Iêmen e Romênia.

5

(14)

14

passou de uma de 17,39% no período de 1995/97 para uma de mais de 31% no período de 2001/03. Considerando os países em separado, observa-se a participação do Brasil no total de açúcar importado pela Rússia passou de pouco mais de 30% para mais de 80% entre 1995/97 e 2001/03. No caso dos Árabes e Africanos, essa participação passou de aproximadamente 32% para cerca de 56% no mesmo período.

(15)

1995/97 2001/03 Brasil 2001/03 na % de 1995/97

Mercado Importação Exportação Participação Importação Exportação Participação (3) x (4) (5) – (7) Mundial* Brasil** Brasil (%) Mundial Brasil Brasil (%)

(1) (2) (3) (4) (5) (6) (7) (8) Rússia 3.356.299 1.009.099 30.06 4.820.606 3.866.042 80.2 1.449.354 2.416.688 Árabes e

África

7.539.57 2.391.579 31.72 8.854.460 4.935.632 55.74 2.808.667 2.126.965 Tabela 9. Exportação média anual brasileira e mundial de açúcar nos subperíodos

1995/97 e 2001/03 em toneladas; e participação do Brasil nas quantidades importadas de açúcar pelos seus principais importadores

Fonte: FAO (2004), Secex (2004)

Total 34.503.335 5.999.558 17.39 40.163.908 12.480.652 31.07 6.983.837 5.496.814 Soma coluna (7) 4.258,02

(16)

A Tabela 10 mostra os componentes responsáveis pelo desempenho comercial do açúcar brasileiro, divididos nos efeitos tamanho do mercado mundial, distribuição e competitividade. Em termos gerais, percebe-se que o aumento de market-share nos países analisados nesse período foi devido aos efeitos competitividade e tamanho do mercado mundial. O efeito distribuição contribuiu negativamente para o desempenho dessa

commodity no mercado internacional no período em análise, mas foi mais do que compensado pelos demais efeitos, notadamente pelo efeito competitividade.

Tabela 10. Componentes do ganho ou perda nas exportações brasileiras de açúcar 1995/97 – 2001/03 TOTAL MUNDIAL Importações (efetivas) Toneladas 1995/97 2001/03 Importação mundial 34.503.335 40.163.908

Exportação do Brasil 5.999.558 (A1) 12.480.652 (A2)

Market-Share (%) 17.39 31,07

EXPORTAÇÕES POTENCIAIS DO BRASIL EM 2001/2003 (Toneladas) No mesmo market-share mundial (B)

de 1995/97

6.983.837 Na mesma participação de 1995/95,

Sendo que cada mercado manteve

Constante sua participação individual (C) 4.258.021

GANHOS E PERDAS Toneladas (%)

Ganho Total (A2 – A1) 6.481.094 100

Efeitos:

Tamanho Mercado (B-A1) 984,279 15,19

Distribuição (C-B) -2.726 -42,06

Competitividade (A2-C) 8.223 126,87

Fonte: dados da pesquisa

Um estudo mais detalhado sobre a política comercial recente dos países demandantes do açúcar brasileiro ainda está sendo realizado. A finalização dessa etapa da presente pesquisa permitirá uma interpretação e discução mais pormenorizada dos resultados obtidos até o momento.

(17)

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