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OCORRÊNCIA DE FUNGOS EM RAÇÕES PARA CÃES COMERCIALIZADAS A GRANEL NO BRASIL: REVISÃO SISTEMÁTICA

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Centro Universitário do Planalto Central Apparecido dos Santos - UNICEPLAC Curso de Medicina Veterinária

Trabalho de Conclusão de Curso

OCORRÊNCIA DE FUNGOS EM RAÇÕES PARA CÃES

COMERCIALIZADAS A GRANEL NO BRASIL: REVISÃO

SISTEMÁTICA

Gama-DF 2020

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OCORRÊNCIA DE FUNGOS EM RAÇÕES PARA CÃES

COMERCIALIZADAS A GRANEL NO BRASIL: REVISÃO

SISTEMÁTICA

Artigo apresentado como requisito para conclusão do curso de Bacharelado em Medicina Veterinária pelo Centro Universitário do Planalto Central Apparecido dos Santos – Uniceplac.

Orientadora Profa. MSc. Manuella Rodrigues de Souza Mello

Gama-DF 2020

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OCORRÊNCIA DE FUNGOS EM RAÇÕES PARA CÃES COMERCIALIZADAS A GRANEL NO BRASIL: REVISÃO SISTEMÁTICA

Artigo apresentado como requisito para conclusão do curso de Bacharelado em Medicina Veterinária pelo Centro Universitário do Planalto Central Apparecido dos Santos – Uniceplac.

Gama, DF, 02 de julho 2020.

Banca Examinadora

Profa. MSc. Manuella Rodrigues de Souza Mello Orientadora

Profa. Dra. Stefânia Mária de Oliveira Souza Examinador

Prof. Dr. Reinaldo Lopes Morata Examinador

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OCORRÊNCIA DE FUNGOS EM RAÇÕES PARA CÃES COMERCIALIZADAS A GRANEL NO BRASIL: REVISÃO SISTEMÁTICA

Mirrayl Viana Nascimento1 Manuella Rodrigues de Souza Mello2

Resumo:

objetiva-se com este trabalho realizar revisão sistemática sobre a contaminação fúngica das rações para cães comercializadas a granel no Brasil. A busca eletrônica foi conduzida na base de dados Google Scholar selecionando trabalhos publicados entre os anos de 2007 e 2019. As palavras chaves utilizadas foram “qualidade microbiológica”, “rações”, “cães”, “avaliação fúngica”, “ração” e “cão”. A maior parte dos agentes fúngicos encontrados tem a capacidade de produzir micotoxinas, sendo eles Aspergillus, Penicillium e Fusarium. As micotoxinas podem prejudicar a saúde dos animais por meio da ingestão desses alimentos contaminados. Com os resultados obtidos através dessa revisão sistemática, foi possível constatar que todas as rações estavam contaminadas por algum agente fúngico, sendo assim se fazendo necessária a atualização na legislação e mais pesquisas sobre o assunto para que haja melhores abordagens de inspeção e maior rigidez quanto à fiscalização e cuidados higiênicos com os alimentos.

Palavras chaves: Contaminação fúngicas. Fungo. Micotoxina. Microbiologia. Ração a granel.

Abstract:

The objective of this work is to carry out a systematic review on the fungal contamination of dog food sold in bulk in Brazil. The electronic search was conducted in the Google Scholar database, selecting works published between the years 2007 and 2019. The keywords used were “microbiological quality”, “rations”, “dogs”, “fungal evaluation”, “ration” and “ dog". Most of the fungal agents found have the ability to produce mycotoxins, which are Aspergillus, Penicillium and Fusarium. Mycotoxins can harm the health of animals by eating these contaminated foods. With the results obtained through this systematic review, it was possible to verify that all rations were contaminated by some fungal agent, making it necessary to update the legislation and further research on the subject so that there are better inspection approaches and greater rigidity regarding the inspection and hygienic care with food.

Keywords: Fungal contamination. Fungus. Mycotoxin. Microbiology. Bulk feed.

1

Graduando do Curso de Medicina Veterinária, do Centro Universitário do Planalto Central Apparecido dos Santos– Uniceplac. E-mail: mirraylnascimento@gmail.com.

2

Docentedo Curso de Medicina Veterinária, do Centro Universitário do Planalto Central Apparecido dos Santos – Uniceplac. E-mail: manuella.mello@uniceplac.edu.br.

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1. INTRODUÇÃO

Nos últimos anos a relação entre os humanos e os animais de companhia vem evoluindo cada vez mais, gerando relações positivas para ambos os lados e o mercado voltado para esses animais vem se beneficiando cada vez mais, principalmente o departamento alimentar (CAMILO, 2019).

Com o crescimento do mercado alimentar, também vem crescendo a opinião da sociedade com relação a qualidade e segurança dos alimentos (GAZZOTTI et al., 2015). Pois não adianta o alimento ter uma boa aceitação e ser bem formulado para atingir as necessidades dos animais, se ele estiver contaminado. E graças a isso a matéria-prima das rações destinadas à alimentação animal alcançou níveis comparáveis aos padrões de qualidade de produtos destinados ao consumo humano (GABBI; CYPRIANO; PICCININ, 2011).

A contaminação pode ocorrer desde o momento da colheita dos grãos até o momento em que o alimento está sendo comercializado. Grãos, de modo geral, apresentam susceptibilidade a ser acometido por fungos, que podem encontrar um ambiente favorável para ter o seu desenvolvimento, podendo gerar vários prejuízos para a saúde dos animais (LÁZZARI, 1997). Esses prejuízos podem ser desde doenças hepáticas ou renais e até mesmo formação de neoplasias (CHAVES, 2019).

Diversas técnicas são adotadas pelas indústrias para reduzir a contaminação na produção de ração seca, como pela utilização do extrusor, uma máquina que submete a matéria prima a elevadas temperaturas e pressão, provocando uma redução na carga bacteriana e fúngica no produto final. Também é adicionado nas embalagens de rações, antifúngico que ajuda na manutenção de um ambiente estéril dentro das embalagens (ALVES, 2003; GIRIO, 2007). Porém, mesmo com esse processo térmico, a falhas na fabricação com relação às boas práticas, possibilitando a perda da esterilidade do produto (AMERICANO, 2016). A venda da ração ao consumidor pode participar da etapa de contaminação do alimento, como por exemplo, a através da venda de rações com a embalagem rasgada ou a granel (GIRIO, 2007).

O comércio de rações a granel compete com a venda de rações em embalagens fechadas de fábrica, dentro do mesmo estabelecimento, por fornecer ganhos ao comerciante e ao consumidor, fornecendo a redução no preço de compra pelo estabelecimento e um repasse com menor valor ao consumidor (CAPPELLI et al., 2016). O Decreto nº 6.296, de 11 de dezembro de 2007, diz que o comerciante poderá disponibilizar alimentos destinados a o consumo animal de maneira a granel, desde que o seu estabelecimento esteja registrado ao

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Ministério da Agricultura, Agropecuária e Abastecimento (MAPA) como fracionador e esteja seguindo as demais orientações descritas na lei. O artigo 41 deste decreto prevê a responsabilidade do estabelecimento que vende ração a granel, em manter a qualidade do alimento a partir do momento em que ele é entregue pela indústria (BRASIL, 2007).

Porém, Cappelli et al. (2016) ressalta os riscos da comercialização da ração a granel, tendo em vista a contaminação fúngica ou por outros microrganismos, já que alguns estabelecimentos mantêm a ração exposta, ocorrendo o contato com o ar. Barbosa et al. (2014) também cita como meio provável de contaminação a umidade, temperatura e o manuseio da ração vendida a granel pelos funcionários da loja. Em resposta aos seus estudos Cappelli et al. (2016) concluiu que um dos principais contaminante das rações de cães e gatos foram bolores e leveduras, podendo haver a presença de micotoxinas. Micotoxinas são metabólitos tóxicos secundários produzidos por espécies de fungos filamentosos, podendo ocasionar doenças ou até a morte em animais e humanos (ATANDA et al., 2011). Dessa forma, Objetivou-se neste presente trabalho, realizar revisão sistemática sobre a qualidade microbiológica de rações para cães comercializadas a granel no Brasil.

2. REFERENCIAL TEÓRICO

2.1. Processo de obtenção de rações para alimentação animal

Com o crescimento do mercado, vieram à diversidade de ofertas, as pessoas aprenderam a cuidar dos animais, e agora os donos mostram-se mais preocupados com a saúde deles. O melhor exemplo é que as pessoas deixaram de fornecer a comida caseira e passaram a comprar rações comerciais, fornecendo alimentos balanceados aos animais (ALVES, 2003).

O preparo e a participação dos alimentos e aditivos minerais e vitamínicos na ração devem ser orientados por especialistas em nutrição animal, os quais utilizam de cálculos nutricionais, a fim de combinar alimentos que satisfaçam as necessidades nutricionais diárias de determinada espécie. A composição dos alimentos que fazem parte de rações pode variar de acordo com diversos fatores como o local de obtenção ou produção, clima, período de armazenamento e outros. Assim, rotineiramente na indústria é necessário realizar análises laboratoriais para conhecer a composição nutricional real dos alimentos (FRANCISCO, 2007).

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A Instrução Normativa nº 81, de 19 de dezembro de 2018, em seu artigo 18, diz que, os ingredientes e os coprodutos deverão expressar nos níveis de garantia os parâmetros aprovados pelo MAPA relativos a cada tipo de produto. Esses coprodutos são produtos destinados à alimentação animal, obtidos a partir de resíduos sólidos provenientes de indústrias alimentícias (BRASIL, 2018).

A ABINPET (2019) indica fontes de proteínas, gorduras e carboidratos que podem ser utilizados para a produção de rações para cães. Os ingredientes utilizados são selecionados de acordo com os objetivos a serem atingidos, como por exemplo, dietas formuladas para fins terapêuticos ou diferentes exigências de estados fisiológicos, ambiente etc. (FRANÇA et

al.,2011).

As fontes proteicas utilizadas na formulação de ração para cães são divididas em duas origens, sendo de origem vegetal e animal. Alguns exemplos de ingredientes de origem vegetal são: soja em grão, farelo de soja, farinha de glúten de milho, proteína texturizada de soja, farelo de canola, grão de ervilha, farelo de amendoim, entre outros. Já os ingredientes de origem animal são: farinha de frango, farinha de fígado de frango, farinha de subprodutos de frango, frango, farinha de penas hidrolisadas, farinha de peixe, peixe, farinha de carneiro, carneiro, farinha de carne e ossos, farinha de vísceras de aves, carne mecanicamente separada (CMS), ovos em pó, leite em pó (integral, semidesnatado e desnatado) (ABINPET, 2019).

Igualmente aos ingredientes proteicos, os ingredientes que fornecem teores de gordura são divididos de acordo com sua origem, vegetal ou animal. Sendo os ingredientes de origem vegetal, óleo de abacate, óleo de alecrim, óleo de arroz, óleo de linhaça (bruto ou cru), óleo de palma, óleo de girassol, óleo de soja (bruto ou cru), óleo de soja degomado, óleo de soja refinado e lecitina de soja. E os de origem animal são óleo de aves, óleo de peixes, gordura bovina e gordura suína (ABINPET, 2019).

Os ingredientes citados com teor de carboidrato pela ABINPET (2019) são: fécula de mandioca, milho (grão integral), amido de milho, milho integral extrusado, arroz integral, sorgo, farelo de trigo, farelo de gérmen de milho, sorgo, arroz grão integral, quirera de arroz, grão integral de cevada, entre outras.

2.2. Processo de fabricação

A produção de ração deve ser feita de maneira minuciosa, tendo o propósito de diminuir os riscos de contaminação (ALVES, 2003). A produção de ração é subdividida em várias etapas, sendo elas, a recepção e armazenamento da matéria prima, moagem, pesagem e

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mistura dos ingredientes, a extrusão, secagem, resfriamento, ensaque e transporte (FORMIGONI; MARCELO; NUNES, 2017).

A recepção é uma etapa que impede a chegada de ingredientes de baixa qualidade, pois se forem descarregados junto com outros ingredientes, dificilmente pode-se diferenciar e separar os ingredientes de baixa qualidade daqueles de boa qualidade. O armazenamento deve ser muito bem controlado, evitando misturas de ingredientes de qualidades diferentes ou produtos diferentes. A moagem é um processo onde se requer muita atenção, pois o produto resultante do processo deve ser uniforme para ser bem aceito pelos animais, não devendo ser diferenciado quando misturado com outros ingredientes. A pesagem correta dos ingredientes é essencial para que ele se torne um produto homogêneo depois da mistura. A mistura precisa ser uniforme, para que o alimento ofereça performances zootécnicas máximas (BUTOLO, 2002).

O processo de extrusão ocorre após a mistura dos ingredientes, onde a mistura passa através de uma matriz ou molde, onde vai ser exposta a altas temperaturas e pressão, passando por transformações mais profundas dos ingredientes, ocorrendo uma formação gelatinosa de amido, fricção molecular e esterilização (BUTOLO, 2002). Logo após o material passa por uma secagem e resfriamento em etapas, onde ocorre nas duas primeiras câmaras do secador de acabamento uma taxa maior de secagem e nas outras duas câmaras ocorre um processo de resfriamento (ALVES, 2003). As embalagens são fundamentais para manter um alimento de qualidade, pois ajuda a retardar a deterioração dos mesmos, aumenta o tempo de vida útil do produto na prateleira, oferecendo proteção contra riscos físicos, químicos e biológicos (MARSH; BUGUSU, 2007) O transporte deve ser feito de maneira em que os produtos fiquem protegidos do tempo (BUTOLO, 2002).

2.3. Padrão microbiológico e físico-químico de rações para alimentação animal

Esse cenário de crescimento e de diversificação de produtos, aliado às exigências sempre crescentes de qualidade e competitividade, leva as empresas a buscar ferramentas de melhoria de sua gestão, que possibilitem a fabricação de um produto com qualidade cada vez maior. As instalações, os equipamentos e utensílios, os manipuladores, o processo de produção, o sistema da qualidade e a rastreabilidade de produtos, materiais e matérias-primas são aspectos envolvidos na fabricação de alimentos para cães e gatos, que devem ser cuidadosamente analisados, com o objetivo de reduzir perigos de contaminação e prover planos de ação, caso ela ocorra (ALVES, 2003).

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E para manter uma qualidade elevada dos alimentos fabricados para humanos e animais, podem ser adotadas várias ferramentas de gestão para atingir esse objetivo, como a técnica dos 5 S (Senso de utilização, Senso de ordenação, Senso de limpeza, senso de saúde, autodisciplina) (LACERDA, 2018), as Boas Práticas de Fabricação (BPF) (GOMES et al., 2020), o sistema de Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle (APPCC) (LOPES, 2007), ISO 9000:2015: Sistemas de Gestão de Qualidade: Fundamentos e Vocabulário, ISO 9001:2015: Sistemas de Gestão da Qualidade, ISO 9004:2011: Gestão do sucesso sustentado de uma organização – Uma abordagem da gestão da qualidade (RIBEIRO, 2019).

Uma das ferramentas de gestão que é bastante funcional são as Boas Práticas de Fabricação (BPF), que é um conjunto de diretrizes utilizada em produtos, processos, serviços, edificações e instalações, visando à melhoria, e à garantia da qualidade e à segurança do alimento para animais, ou seja, uma série de princípios e regras para a correta fabricação de alimentos, englobando desde as matérias-primas até o produto final, de forma a garantir a saúde e integridade dos animais e dos humanos (GOMES et al., 2020).

Gomes et al. (2020) defende a importância da BPF, pois com a sua utilização correta garante a qualidade do produto final, proporcionando uma maior segurança e padronização na produção em geral, além de diminuir os erros na fabricação e também ajuda a amenizar os desperdícios.

Apesar da vantagem comercial que envolve a venda de ração a granel, uma das grandes desvantagens desse tipo de comércio é a exposição ao ambiente, assim alterando o prazo de validade descrita na embalagem, propiciando o desenvolvimento de fungos e bactérias, podendo transmitir agentes patogênicos à saúde dos animais que consumiram estes produtos (AQUINO et al., 2011). Sendo assim é importante esclarecer para os consumidores os possíveis riscos do fornecimento de rações adquiridas de forma a granel, principalmente com os dados encontrados por Cappelli et al. (2016) em seus estudos, mostrando que 22% da população questionada, adquire ração a granel para os seus animais.

As análises de rações a granel têm os fungos como principal agente, tendo grande importância, pois possuem grande resistência e fácil veiculação no ambiente, além do potencial micotoxigênico de alguns fungos. Também são menos exigentes que bactérias e leveduras em relação à umidade, PH, nutrientes e temperatura (CAMILO, 2019).

Fungos são um dos grupos de organismos mais diversificados da terra. Tendo aproximadamente 139 mil espécies de fungos conhecidas (KIRK, 2020). Isto faz dos fungos, assim como de bactérias, um dos grupos de seres vivos com diversidade específica menos conhecida (LIMA, 2015). Geralmente, o processo de infecção pelos fungos nos grãos começa

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ainda no campo e podendo ocorrer também nas demais etapas de produção, sendo assim ocorre uma distinção entre fungos do campo e de armazenamento. Essa classificação é dada de acordo as condições ambientais e/ou ecológicas que favorecem o crescimento dos mesmos (MÁRCIA; LAZZARI, 1998; PEZZINI; VALDUGA; CANSIANI, 2005).

Os fungos do campo requerem um teor de umidade em equilíbrio com uma umidade relativa de 90 a 100 % para crescerem. Os principais gêneros são Cephalosporium, Fusarium,

Gibberella, Nigrospora, Helminthosporium, Alternaria e Cladosporium que invadem grãos e

sementes durante o amadurecimento e o dano é causado antes da colheita. Os fungos de armazenamento Aspergillus, Penicillium, Rhizopus e Mucor são encontrados em grande número em armazéns, moinhos, silos, moegas, elevadores, equipamentos e lugares onde os produtos agrícolas são armazenados, manuseados e processados. Causam danos ao produto somente se as condições de armazenagem forem impróprias à manutenção da qualidade do produto (PEZZINI; VALDUGA; CANSIANI, 2005). Sendo que, os principais gêneros que possuem metabolização produtora de micotoxinas são Aspergillus, Penicillium e Fusarium (PITT, 2000).

Existem fatores que afetam o crescimento fúngico e a produção de micotoxinas, como a atividade de água, temperatura, tempo, quebra do grão, níveis de carbono e oxigênio, composição do substrato, nível de inóculo, prevalência de cepas toxigênicas, interações microbianas e vetores invertebrados. Tendo os fatores principais a temperatura e a atividade hídrica (LACEY, 1988). As micotoxinas são compostos orgânicos, biologicamente ativos, que podem levar a um problema de intoxicação aguda, subaguda ou crônica, tendo efeitos carcinogênicos, teratogênicos e mutagênicos, entre outros (ROSA, 2002). Podendo estar presentes em rações a granel e em rações de saco fechado, pois a forma de comercialização das rações não necessariamente garante melhor qualidade do produto, podem permanecer no alimento mesmo após a destruição dos fungos que as produziram, uma vez que as micotoxinas produzidas por fungos podem persistir nos alimentos processados por serem extremamente estáveis ao calor (BRUCHIM et al., 2012; IAMANAKA; OLIVEIRA; TANIWAKI, 2013).

As principais micotoxinas são aflatoxina B1, B2, G1, G2, M1 e M2 - sendo as duas últimas provenientes de B1 e B2 - Ocratoxina A, Zearalenona, Fumatoxina B1 e B2, Tricotecenos (Toxinas T-2, Desoxyvolenol e Diaretoxyscirprno) e a Patulina (GONÇALVES; SANTANA; PELEGRINI, 2017).

A intoxicação dos animais por micotoxinas acontecem em diferentes órgãos, como fígado, trato digestivo, rins, sistema reprodutor e sistema nervoso central, exercendo também

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efeitos sobre a imunidade e coagulação sanguínea (FRANÇA et al. 2011). A absorção da maior parte das micotoxinas, em animais, começa no trato gastrointestinal, os danos no fígado são evidentes por ter uma alta absorção desses compostos, gerando uma grande incidência de câncer hepático, a lesão também é significativa nos tecidos renais (GONÇALVES; SANTANA; PELEGRINI, 2017). Em seus estudos Guterres et al. (2017) relata a intoxicação de 18 cães que ingeriram alimentos contaminados por micotoxinas, onde os sinais clínicos foram, inapetência, midríase bilateral com reflexo de ameaça negativo, além de icterícia generalizada, ascite, dor à palpação abdominal, petéquias abdominais, edema de membros e presença de fezes com coloração enegrecida como sinais clínicos.

3. METODOLOGIA

A revisão sistemática consistiu em identificar e agrupar artigos científicos que avaliaram a contaminação fúngica de rações comercializadas para cães no Brasil entre os anos de 2007 a 2019. A plataforma de pesquisa utilizada foi Google Scholar. As palavras chaves utilizadas foram “qualidade microbiológica”, “rações”, “cães”, “avaliação fúngica”, “ração” e “cão”. De início a busca resultou em 2786 artigos, desses artigos, após a etapa de seleção a partir da leitura do título e do resumo, restaram 39 artigos que apresentavam o objetivo proposto. Na etapa seguinte foram descartados 18 artigos duplicados, restando 21 artigos que passaram por leitura completa. Após esta última, somente 6 artigos apresentavam estudo compatível ao objetivo proposto pelo presente trabalho.

Os artigos selecionados mostram resultados sobre as análises realizadas em rações para cães comercializadas a granel no Brasil, onde possibilitou a observação dos dados sobre contaminação fúngicas.

4. APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS DADOS

Os dados apresentados na tabela 1 representam os dados compilados obtidos através da revisão sistemática. Todos os dados incluídos são os resultados encontrados por seus respectivos autores em suas pesquisas, visando expor o grau de contaminação fúngica identificado nas rações vendidas a granel.

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Autores Ano de

publicação

Bolores e

Leveduras Aspergillus Alternaria Fusarium Penicillium

GIRIO 2007 53,30% (-) (-) (-) (-) HILLMANN et al. 2015 (-) 100% (-) 16% 33% CAPPELLI et al. 2016 99,90% (-) (-) (-) (-) CHAVES et al. 2019 (-) 71,40% 28,57% (-) (-) CAMILO 2019 90% (-) (-) (-) (-) SOUZA e SOUZA 2019 100% (-) (-) (-) (-)

É possível observar que todas as amostras de ração a granel que foram analisadas pelos autores apresentaram contaminação fúngica.

Os trabalhos realizados por Hillmann et al. (2015) e Chaves et al. (2019) tiveram como objetivo identificar fungos filamentosos por meio de cultivo em ágar Sabouraud e Dichloran rose bengal clorafenicol, respectivamente, ambos com cultivo a 25ºC por 7 dias. Os fungos foram identificados a partir de observações das características macro e microscópicas de estrutura das colônias seguindo as chaves dicotômicas apropriadas.

Em ambos os trabalhos, o gênero Aspergillus sp. foi o agente fúngico mais frequente nas amostras de ração a granel, estando presente em 100% das amostras processadas por Hillmann et al. (2015) e em 71,40% por Chaves et al. (2019).

Além do Aspergillus sp., também houve crescimento de fungos do gênero Alternaria sp. (28,57%) nas amostras de Chaves et al. (2019). Neste trabalho, as amostras apresentaram níveis de contaminação por fungos filamentosos, onde os mesmos tiveram variação de 0,5 a 1,9 unidades formadoras de colônia por grama (UFC/g). Enquanto que, Hillmann et al. (2015) observaram também o crescimento de fungos dos gêneros Penicillium sp. (33%) e Fusarium sp. (16%). As contagens totais de fungos isolados em rações para cães comercializadas a granel obtiveram uma média de 1,76 UFC e as rações comercializadas em embalagens fechadas tiveram uma média de 1,89 UFC. É importante ressaltar que os dados fornecidos por Hillmann et al. (2015) foram referentes a contaminação fúngica em rações a granel e rações em sacos fechados, pois os valores apresentados pelos autores eram referentes às duas amostras em conjunto.

Através dos dados obtidos por Hillmann et al. (2015) e por Chaves et al. (2019), foi possível observar a presença dos agentes fúngicos com potencial de produção de metabólitos

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tóxicos secundários. Sendo eles Aspergillus, Penicillium e Fusarium (PITT, 2000). Dentre estes gêneros fúngicos encontrados, existem diversas espécies produtoras de micotoxinas, onde as principais micotoxinas produzidas pelas espécies fúngicas do gênero Aspergillus sp. são, aflatoxina B1, B2, G1, G2, M1 e M2 e Ocratoxina A (MERWE et al., 1965; SANTOS et al., 2014). Já no gênero Penicillium sp. são Ocratoxina A e Patulina (MERWE et al., 1965; PINHO, 2014). E no gênero Fusarium sp. são Zearalenona e os Tricotecenos (ZINEDINE et

al., 2007; PEREIRA; SANTOS, 2011). Corroborando com o que é dito por Gonçalves,

Santana e Pelegrini (2017) que em seu trabalho cita as principais micotoxinas produzidas por espécies fúngicas.

Bolores podem entrar neste quadro de fungos com potencial de produção de metabólitos tóxicos secundários, pois juntamente com os gêneros fúngicos citados acima, são classificados como fungos filamentosos (TAMANG; KAILASAPATHY, 2010; ATANDA et

al., 2011). Porém o crescimento de bolores e a presença de toxinas não são proporcionais, já

que nem todos são capazes de produzi-la (IAMANAKA; OLIVEIRA; TANIWAKI, 2013). Os trabalhos de GIRIO (2007), CAPPELLI et al. (2016), CAMILO (2019) e SOUZA e SOUZA (2019) objetivaram apenas quantificar bolores e leveduras, não indicando a identificação dos gêneros envolvidos na contaminação.

Girio (2007) coletou trinta amostras de rações a granel onde, as mesmas foram semeadas em placas de Petri com ágar extrato de malte acidificado. As amostras foram incubadas por cinco dias a 25°C. Obtendo resultado de contaminação por bolores e leveduras de 53,30% das amostras, onde através da contagem de unidades formadoras de colônias (UFC), 83% das amostras atingiram crescimento de 0-100 UFC e 20% ficaram entre 100-1000 UFC, nem uma amostra passou de 100-1000 UFC.

Assim como Hillmann et al. (2015), Girio (2007) realizou análises em rações comercializadas em sacos lacrados, onde apresentaram contaminação por bolores e leveduras em 40% das amostras.

Camilo (2019) coletou vinte amostras de rações a granel. As amostras foram plaqueadas em Ágar Sabouraud acrescido de gentamicina, as placas foram incubadas a 24°C, durante sete dias, para crescimento de bolores e leveduras. Das amostras que apresentaram crescimento, a contagem mínima foi de 2,5 x 10 UFC/g e a máxima de 1,5 x 10⁴ UFC/g. A porcentagem de bolores e leveduras presentes foram de 90%.

Já no trabalho feito por Souza e Souza (2019), foram coletadas dez amostras de rações a granel, as amostras foram plaqueadas na superfície dos meios de cultura Ágar-Sabouraud Dextrose com água destilada, as amostras foram incubadas a 35°C por cinco dias. Foi possível

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observar que houve crescimento de 100% de bolores e leveduras tendo este crescimento representado em 50% com 10⁴ UFG/g e 50% com alta contagem de 105 UFG/g.

Analisando os resultados encontrados por Camilo (2019) e Souza e Souza (2019), é possível notar altas taxas no crescimento de bolores e leveduras onde o máximo de UFC/g encontrado em cada amostra analisada foi de 1,5x104 e 9,35x105 respectivamente.

Em relação aos estudos analisados, todas as amostras de ração a granel estavam contaminadas com agentes fúngicos e a pequena parcela dos estudos que incluíram análises de rações lacradas, mostraram que também havia a presença de alguns agentes fúngicos. Como foi dito por Lázzari (1997), a contaminação por agentes fúngicos pode-se dar desde o momento da produção da matéria prima. Outros fatores de suma importância que pode contribuir para a contaminação e o desenvolvimento fúngico nas rações lacradas ou a granel, é o armazenamento e a comercialização do produto de maneira inadequada (CAPPELLI et al., 2016).

No caso das leveduras, sua grande maioria é classificada como não filamentosa (HOFLING; GONÇALVES, 2009). Sua presença nos alimentos pode acarretar a elevação do pH, criando condições para o crescimento de outros microrganismos, inclusive patógenos, desde que o pH atinja valores superiores a 4,5 (HOFFMANN et al., 1998).

Com a falta de regulamentações específicas sobre a quantidade permitida de micotoxinas nos alimentos fornecidos para animais, propõe-se o aumento da vigilância em relação a contaminação dos subprodutos utilizados para alimentação animal, seguindo os parâmetros já fornecidos pela Resolução n° 07, de fevereiro de 2011, publicada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) sobre a quantidade máxima tolerada de micotoxina em alimentos (BRASIL, 2011). Levando em conta que estes parâmetros são utilizados para a fiscalização da produção de alimento fornecidos para humanos (GONÇALVES; SANTANA; PELEGRINI, 2017).

No trabalho realizado por Gomes (2020), onde se realizou uma análise sobre as boas práticas de fabricação, foi concluído que, a utilização sincrônica das BPF e dos procedimentos operacionais padrões (POP), são essenciais para a produção de alimentos para animais. Proporcionando maior segurança e padronização na produção em geral, além de diminuir os erros na fabricação e também ajuda a amenizar os desperdícios. POP’s são instruções, técnicas e operações rotineiras a serem utilizadas pelas fábricas que produzem alimentação animal, planejando a proteção, à garantia de preservação da qualidade e da inocuidade das matérias-primas e produto final e a segurança dos manipuladores (ROHR, 2019).

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Outra ferramenta útil para a redução de contaminação por agentes microbianos é a utilização do extrusor, onde uma máquina vai submeter à matéria prima a elevadas temperaturas e pressão, provocando além da redução da carga microbiana, a melhora da digestibilidade de nutrientes (QUISTE et al., 2019).

CONCLUSÃO

A partir dos dados obtidos, através dessa revisão, compreende-se que é necessária a atualização da legislação por parte da ANVISA, MAPA e demais órgãos fiscalizadores, estabelecendo limites máximos tolerados de micotoxinas em alimentos destinados a o consumo de animais. Também se faz necessário a realização de mais pesquisas sobre a contaminação fúngica focada na produção e comercialização de rações para animais de companhia.

O aumento da fiscalização e instrução por parte dos órgãos fiscalizadores para que haja maior entendimento por parte dos comerciantes em relação aos manejos higiênicos e sanitários adequados na hora de armazenar ou comercializar alimentos para animais, principalmente se tratando de alimentos vendidos de maneira a granel, pode elevar a participação dos comerciantes para que haja menor contaminação desses alimentos. Considerando a participação das indústrias que utilizam de maneira eficaz as BPF, POP´s e outras ferramentas de gestão para garantir um alimento de qualidade.

REFERÊNCIAS

ABINPET, Associação Brasileira Da Indústria De Produtos Para Animais De Estimação. Manual Pet Food Brasil. 10ª Edição, p. 13-565, NOVEMBRO DE 2019.

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AGRADECIMENTOS

A Deus por toda a proteção durante minha vida.

Aos meus pais por me darem essa oportunidade de crescer na vida profissional, sempre me incentivando e orientando a crescer.

A minha orientadora por toda a instrução e paciência durante o desenvolvimento deste trabalho.

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