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Língua Portuguesa/ 3º ano - Matutino

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Centro de Ensino Médio 02 de Ceilândia Língua Portuguesa – 3º ano/ Matutino Página 1 Centro de Ensino Médio 02 de Ceilândia

Língua Portuguesa/ 3º ano - Matutino

Primeiro Semestre

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Centro de Ensino Médio 02 de Ceilândia Língua Portuguesa – 3º ano/ Matutino Página 2 Obras Indicadas pelo PAS – 3ª etapa/2019

Audiovisuais:

Encontro com Milton Santos – Sílvio Tendler Estamira – Marcos Prado

MAN – Steve Cutts

Meu Amigo Nietzsche – Fáuston da Silva O Papel e o mar- Luiz Antônio Pilar This Land is mine – Nina Paley Textos:

Constituição Federal – Título II (dos direitos e garantias fundamentais) capítulo IV (dos direitos políticos) artigos 14 a 16; capítulo 5 (dos partidos políticos), artigo 17 e Título IV (da organização dos poderes) capítulo I ( do poder legislativo), seções I a IV, artigos 44 a 56

Crepúsculo dos Ídolos (partes I a VI) – Friedrich Nietzsche

Dossiê Darwin – Revista Darcy – UnB Zwkrshjistão – Bruno Palma

Amor - Clarice Lispector

Cibercultura: alguns pontos para compreender a nossa época – André Lemos

No Elevador do Filho de Deus – Elisa Lucinda Nano partículas verdes – Revista Fapesp, Ed 223, set/2014

O Apanhador de desperdícios – Manoel de Barros O burrinho Pedrês - Guimarães Rosa

O homem; as viagens – Carlos Drummond de Andrade O Manifesto comunista em cordel – Antônio Queiroz de França

Poética – Manuel Bandeira

Psicologia de um vencido – Augusto dos Anjos

Rotas Alternativas – Revista Fapesp, Ed 220, jun/2014 Química Orgânica – Vinícius de Moraes

Vidas Secas – Graciliano Ramos

Liberdade, Liberdade – Millôr Fernandes e Flávio Rangel

Artes Visuais:

A Noiva do Vento – Oscar Kokoschka

Deuses de um novo mundo- José Clemente Orozco

Êxodos: Programa Educacional: Leitura, narrativas e novas formas de solidariedade no mundo

contemporâneo – Sebastião Salgado

Formas únicas de continuidade no espaço – Umberto Boccioni

Guerra e Paz – Cândido Portinari Guernica – Pablo Picasso Improvisação nº 23 – Kandinsky Mural da Igrejinha – Luis Galeno

Garoto Faminto com a bola de futebol – Paulo Ito Jogo do osso – Glenio Bianchetti

Memorial Darcy Ribeiro “Beijódromo” – José Filgueiras “Lelé”

Painel de Azulejos na Faculdade de Educação UnB – Luís Humberto

Norte ao Sul – Torres Garcia

Quem matou Herzog – Cildo Meirelles Rhythm 05 – Marina Abramovic Tropicália – Hélio Oiticica

Músicas:

Moteto em ré menor ou beba coca-cola – Gilberto Mendes e Décio Pignatari

A ponte – Gog e Lenine

A triste Partida – Patativa do Assaré (musicada e interpretada por Luiz Gonzaga)

Bachianas n° 4 (Ária Cantiga) – Heitor Villa Lobos Beijinho no ombro – Valeska Popozuda

Cadeirada - Barbatuques

Domingo no parque – Gilberto Gil Geração coca cola – Legião Urbana

Manifestação cultural brasiliense - Seu estrelo e fuá de terreiro

Mistérios do corpo – Hermeto Paschoal

Monólogo ao pé do ouvido/ Banditismo por uma questão de classe – Chico Science

Oração – A Banda mais bonita da cidade

Pericón – Conrado Silva (Interpretado pela Orquestra de laptops de Brasília)

Sagração da Primavera – Igor Stravinsky Samba de uma nota só – Tom Jobim Tropicália – Caetano Velo

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Centro de Ensino Médio 02 de Ceilândia Língua Portuguesa – 3º ano/ Matutino Página 3 PRODUÇÃO DE TEXTO (Baseado na obra Técnicas de Redação – Branca Granatic)

ESQUEMA NÚMERO 01

Primeiro Parágrafo TESE+ ARGUMENTO 1+ ARGUMENTO 2+ ARGUMENTO 3 INTRODUÇÃO Segundo Parágrafo Desenvolvimento do argumento 1

Desenvolvimento

Terceiro Parágrafo Desenvolvimento do argumento 2 Quarto Parágrafo Desenvolvimento do argumento 3

Quinto Parágrafo Expressão inicial + reafirmação da TESE + observação final

Conclusão

Destruição: a ameaça constante

O mundo caminha para sua própria destruição, pois tem havido inúmeros conflitos internacionais, o meio ambiente encontra-se atualmente ameaçado por sério desequilíbrio ecológico e, além do mais, permanece o perigo de uma catástrofe nuclear.

Nestas últimas décadas, temos assistido, com certa preocupação, aos inúmeros conflitos internacionais que se sucedem. Muitos trazem na memória a triste lembrança das guerras do Vietnã e da Coreia, as quais provocaram grande extermínio. Em nossos dias, testemunhamos conflitos na América Central e Golfo Pérsico que, envolvendo as grandes potências internacionais, poderiam conduzir-nos a um confronto mundial de proporções incalculáveis.

Outra ameaça constante é o desequilíbrio ecológico, provocado pela ambição desmedida de alguns, que promovem desmatamentos desordenados e poluem as águas dos rios. Tais atitudes contribuem para que o meio ambiente acabe por se transformar em um local inabitável.

Além disso, enfrentamos sério perigo relativo à utilização da energia atômica. Quer pelos acidentes que já ocorreram e podem acontecer novamente, quer por um eventual confronto em uma guerra mundial, dificilmente poderíamos sobreviver diante do poder avassalador desses sofisticados armamentos.

Em virtude dos fatos mencionados, somos levados a acreditar na possibilidade de estarmos a caminho do nosso próprio extermínio. É desejo de todos nós que algo possa ser feito no sentido de conter essas diversas forças destrutivas, para podermos sobreviver às adversidades e construir um mundo que, por ser pacífico, será mais facilmente habitado pelas gerações vindouras.

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Centro de Ensino Médio 02 de Ceilândia Língua Portuguesa – 3º ano/ Matutino Página 4 ESQUEMA 1 – modelo

TEMA PROBLEMAS ENFRENTADOS PELOS MORADORES DE SÃO PAULO

TES

E Os habitantes da cidade de São Paulo passam diariamente por algumas

dificuldades.

PO

R Q

U

Ê? 1. O trânsito está cada vez mais congestionado.

2. Assaltos ocorrem a todo instante.

3. Os índices de poluição estão chegando a níveis altíssimos.

CONCLUSÃO DE TEXTO DISSERTATIVO-ARGUMENTATIVO 1. Síntese

Essa técnica consiste em sintetizar as ideias que foram abordadas ao longo da dissertação (reafirmação da tese), confirmando a tese que normalmente aparece na introdução do texto. Essa forma de conclusão é a mais adequada para garantir a coerência do texto.

2.Intervenção

Essa técnica é obrigatória na redação do Enem. Trata-se de elaborar uma sugestão para solucionar o problema posto em debate na proposta de redação. Certamente, não é possível propor uma solução “milagrosa” para determinada situação em pouco mais de cinco linhas. Por essa razão, esse tipo de conclusão é denominado intervenção, e não apenas “solução”.

ENEM- Elaborar proposta de intervenção para o problema abordado, respeitando os direitos humanos.

A proposta de intervenção deve conter a exposição da intervenção sugerida e o detalhamento dos meios para realizá-la. Respondendo às seguintes questões: Quem vai fazer? O que vai fazer? Como vai fazer? (meios).

É necessário que ela respeite os direitos humanos, que não rompa com valores como cidadania, liberdade, solidariedade e diversidade cultural. Evite propostas vagas, gerais; busque propostas mais concretas, específicas, consistentes com o desenvolvimento de suas ideias.

O seu texto será avaliado, portanto, com base na combinação dos seguintes critérios: a) presença de proposta x ausência de proposta; e

b) proposta com detalhamento dos meios para sua realização x proposta sem o detalhamento dos meios para sua realização.

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Centro de Ensino Médio 02 de Ceilândia Língua Portuguesa – 3º ano/ Matutino Página 5 CONCLUSÃO COM PROPOSTA DE INTERVENÇÃO – TEXTO NOTA 1000/ ENEM-2013

Assim, com a finalidade de preparar a sociedade e a economia brasileiras para a

chegada dos novos imigrantes, medidas devem ser tomadas. O Estado deve oferecer

incentivos às empresas que empregarem os recém-chegados; essas, por sua vez,

devem prepará-los para o mercado brasileiro, oferecendo treinamentos adequados e

cursos de Língua Portuguesa e, ainda, garantir seus direitos trabalhistas. É

imprescindível que o governo procure habitações para os imigrantes e que nós,

brasileiros, respeitemos os povos que, seja no passado ou no presente, somente têm a

nos acrescentar.

https://www.infoescola.com/wp-content/uploads/2013/09/guia_participante_redacao_enem_2013.pdf

EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO

1. Agora, com base no modelo da página 4, transcreva os temas seguintes em seu caderno e elabore a tese (quando necessário) e três argumentos para justificar cada um deles.

A. A mudança de valores e o conceito de família no século XXI

B. O preconceito racial continua presente no mundo contemporâneo.

C. Crescimento da população idosa no Brasil e as consequências para a sociedade D. Torna-se cada vez mais difícil para os jovens escolher uma profissão.

2. Refaça a conclusão do texto Destruição: a ameaça constante (página 3), seguindo o modelo solicitado pelo ENEM.

3. Escolha um dos temas do exercício 1 e redija um texto dissertativo-argumentativo, conforme as características do esquema 01. Em sua conclusão, não se esqueça, porém, de elaborar uma proposta de intervenção, conforme modelo do ENEM.

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Centro de Ensino Médio 02 de Ceilândia Língua Portuguesa – 3º ano/ Matutino Página 6 1. Levante um argumento favorável e um desfavorável para os temas a seguir.

o A flexibilização do porte de arma no Brasil: avanço ou retrocesso? o Estudo de sucessos do funk em sala de aula (Beijinho no ombro) o Redução da maioridade penal

2. Escolha um dos temas acima e redija um texto dissertativo-argumentativo, conforme as características do esquema 02. Apresente proposta de intervenção.

ESQUEMA NÚMERO 02

Primeiro Parágrafo Apresentação da TESE Introdução

Segundo Parágrafo Análise dos aspectos favoráveis

Desenvolvimento Terceiro Parágrafo Análise dos aspectos contrários

Quarto Parágrafo

Expressão inicial + posicionamento pessoal

em relação ao TEMA + observação final Conclusão

A pena de morte

Cogita-se, com muita frequência, da implantação da pena de morte no Brasil. Muitos aspectos devem ser analisados na abordagem dessa questão.

Os defensores da pena de morte argumentam que ela intimidaria os assassinos perigosos, impedindo-os de cometer crimes monstruosos, dos quais costumeiramente temos notícia. Além do mais aliviaria, em certa medida, a superlotação dos presídios. Isso sem contar que certos criminosos, considerados irrecuperáveis, deveriam pagar com a morte por seus crimes bárbaros.

Outros, porém, não conseguem admitir a ideia de um ser humano tirar a vida de um semelhante, por mais terrível que tenha sido o delito cometido. Há registros históricos de pessoas executadas injustamente, pois as provas de sua inocência evidenciaram-se após o cumprimento da sentença. Por outro lado, a vigência da pena de morte não é capaz de, por si, desencorajar a prática de crimes: estes não deixaram de ocorrer nos países em que ela é ou foi implantada.

Por todos esses aspectos, percebemos o quanto é difícil nos posicionarmos categoricamente contra ou a favor da implantação da pena de morte no Brasil. Enquanto esse problema é motivo de debates, só nos resta esperar que a lei consiga atingir os infratores com justiça e eficiência, independentemente de sua situação socioeconômica. Isso se faz necessário para defender os direitos de cada cidadão brasileiro das mais diversas formas de agressão das quais é hoje vítima constante.

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Centro de Ensino Médio 02 de Ceilândia Língua Portuguesa – 3º ano/ Matutino Página 7 ESQUEMA NÚMERO 03

Primeiro Parágrafo Apresentação do TEMA (com ligeira ampliação) Introdução Segundo Parágrafo Causa (com explicações adicionais)

Desenvolvimento Terceiro Parágrafo Consequências (com explicações adicionais)

Quarto Parágrafo

Expressão inicial + posicionamento pessoal em relação ao TEMA + observação final

Conclusão

O problema das correntes migratórias

Todos sabemos que, em nosso país, há muito tempo, observa-se grande número de grupos migratórios, os quais, provenientes do campo, deslocam-se em direção às cidades, procurando melhores condições de vida.

Ao examinarmos algumas das causas desse êxodo, verificamos que a zona rural apresenta inúmeros problemas, os quais dificultam a permanência do homem no campo. Podemos mencionar, por exemplo, a seca, a questão da distribuição de terra e a falta de incentivo à atividade agrária por parte do governo.

Em consequência disso, vemos, a todo instante, a chegada desse enorme contingente de trabalhadores rurais ao meio urbano. As cidades encontram-se despreparadas para absorver esses migrantes e oferecer-lhes condições de subsistência e de trabalho. Cresce, portanto, o número de pessoas vivendo à margem dos benefícios oferecidos por uma metrópole; por falta de opção dirigem-se para as zonas periféricas e ocasionam a proliferação de favelas.

Por tudo isso, só nos resta admitir que a existência do êxodo rural somente agrava os problemas do campo e da própria cidade. Fazem-se, portanto, necessárias algumas medidas para tentar fixar o homem na terra. Assim, os cidadãos rurais e urbanos deste país encontrariam, com certeza, melhores condições de vida.

EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO

1. Apresente duas causas e duas consequências para os temas a seguir. o A leitura não é prática comum entre os jovens brasileiros. o Intolerância religiosa

o O crescente índice de suicídio entre os jovens o A desigualdade social no Brasil

2. Escolha um dos temas acima e redija um texto dissertativo-argumentativo, conforme as características do esquema 03. Apresente proposta de intervenção.

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Centro de Ensino Médio 02 de Ceilândia Língua Portuguesa – 3º ano/ Matutino Página 8 ESQUEMA NÚMERO 04

Primeiro Parágrafo Estabelecimento do Tema Introdução Segundo Parágrafo Retrospectiva histórica (época mais distante)

Desenvolvimento Terceiro Parágrafo Retrospectiva histórica (época mais próxima e

época atual).

Quarto Parágrafo

Expressão inicial + posicionamento pessoal em

relação ao TEMA + observação final Conclusão

Num piscar de olhos

É indiscutível o espantoso avanço conseguido pelos meios de comunicação ao longo dos tempos. O desenvolvimento tecnológico deste século garantiu a eficiência e a rapidez na comunicação quer entre indivíduos quer através dos meios eletrônicos, que fazem a informação chegar aos povos de qualquer parte do planeta em questão de segundos.

Em tempos passados, as pessoas dispunham basicamente do correio e do telégrafo. Todos sabem que ainda no século XIX passavam-se meses antes que alguém soubesse da morte de um parente ou amigo que estivesse na Europa. Isso ocorria porque a comunicação dependia basicamente dos meios de transporte. Quanto ao telégrafo, embora mais rápido, ele restringia em muito a quantidade de dados transmitidos.

No século XX, a comunicação foi grandemente impulsionada pelo avanço tecnológico. Surgiu o telefone e posteriormente o fax. O rádio e a televisão foram inventos que, além de possibilitar a veiculação de notícias para uma grande massa, ainda permitiram uma melhor integração entre populações de diferentes estados ou países. Atualmente, com a utilização de satélites nas transmissões, o mundo interligou-se. Devido ao avanço tecnológico dos meios de comunicação de última geração - internet, tv, satélites, computadores, telefones celulares, tablets e outros-, assistimos a transformações na forma de agir e pensar, no estilo de vida, nos desejos, na conduta e nas atitudes sociais, políticas e econômicas.

Dessa forma, entendemos que mudou a comunicação e, com ela, o próprio homem. Agora, cada indivíduo é um habitante do seu planeta e não mais de sua cidade ou país. Mais do que nunca, cada um de nós assiste, a todo instante, ao desenrolar dos fatos que compõem a nossa História.

EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO

1. Redija um texto dissertativo-argumentativo a respeito de um dos temas abaixo, observando as características do esquema 04. Apresente proposta de intervenção.

o Jovens trocam livros por “leitura digital”.

o É dever do estabelecimento de ensino assegurar medidas de conscientização, prevenção, diagnose e combate à violência e à intimidação sistemática (bullying). o Inclusão de pessoas com deficiência na sociedade brasileira

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Centro de Ensino Médio 02 de Ceilândia Língua Portuguesa – 3º ano/ Matutino Página 9 ESQUEMA NÚMERO 05

Primeiro Parágrafo

Estabelecimento do TEMA (a perplexidade diante da situação)

Introdução

Segundo Parágrafo

Referência a fatos de conhecimento público

Desenvolvimento Terceiro Parágrafo Comentários críticos (crítica dos fatos, ideias ou

circunstâncias)

Quarto Parágrafo

Expressão inicial + posicionamento pessoal em

relação ao TEMA + observação final Conclusão

A idade da humilhação

É claro que a corda sempre se rompe do lado mais fraco, mas para tudo existe um limite que, quando ultrapassado, causa-nos espanto, revolta e vergonha. Até quando, neste país, o aposentado será visto pelas autoridades como um cidadão de quinta categoria, sobre o qual podem recair todos os tipos de infâmia?

Não é segredo para ninguém que o salário do aposentado sempre esteve muito aquém de suas necessidades básicas. Ao longo dos anos, temos visto os indicadores financeiros apontando para uma vertiginosa queda do valor real recebido por essa categoria. Muito embora a Constituição de 1988 tenha garantido o recebimento do mesmo número de salários mínimos daquele da data de cada aposentadoria, é de causar vergonha o que fez o primeiro governo eleito pelo povo, após o período de exceção: a medida provisória que desvinculou o rendimento dos idosos do salário mínimo pago aos trabalhadores em atividade. Isso sem falar do confisco dos ativos financeiros daqueles que economizaram durante toda uma vida. Os que viram dificilmente esquecerão as enormes filas de idosos, que se comprimiam a duras penas nas agências bancárias, quando o governo, atendendo a inúmeros pedidos, resolveu liberar o dinheiro de seus pais, avós e bisavós até então esquecidos no emaranhado de cálculos e fórmulas da tecnocracia.

Exatamente como uma peteca, envolvido por uma sequência interminável de informações contraditórias, o aposentado brasileiro tem vivido muito mais de promessas do que de pão. Levando em conta os valores da ética cristã e a civilidade própria das sociedades que alcançaram um mínimo de desenvolvimento, questionamos nossos valores, ao compararmos a situação desses idosos com a dos velhos em algumas aldeias indígenas do passado, que não conseguiam mais prover seu sustento e eram levados a um lugar distante da tribo, para encontrarem a morte.

Resta saber por quanto tempo mais o aposentado e o indigente estarão no mesmo patamar, depois das árduas décadas de empenho e sacrifício dos que acreditaram no trabalho e na honestidade e, até o momento, receberam em retribuição somente humilhações.

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Centro de Ensino Médio 02 de Ceilândia Língua Portuguesa – 3º ano/ Matutino Página 10 EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO

1. Redija um texto dissertativo-argumentativo a respeito de um dos temas abaixo, observando as características do esquema 05. Apresente proposta de intervenção.

o A polícia se excede contra os manifestantes ou cumpre seu papel? o Brasil: um país de todos?

o Qual a maior necessidade do Brasil: presídios ou escolas?

ESQUEMA NÚMERO 06

Primeiro Parágrafo Estabelecimento do TEMA Introdução Segundo Parágrafo Análise do tema relacionado à área

geográfica 1.

Desenvolvimento Terceiro Parágrafo Análise do tema relacionado à área

geográfica 2

Quarto Parágrafo

Expressão inicial + retomada do tema procedendo a uma análise comparativa

referente à localização espacial Conclusão

Os contrastes regionais do Brasil

Comenta-se com frequência a respeito do grande contraste que existe entre algumas das regiões geográficas do nosso país.

A Região Nordeste caracteriza-se por grandes extensões de terras áridas, sofrendo longos períodos de seca, seguidos, às vezes, por inundações que assolam muitos pontos da região. As condições climáticas, associadas à atividade econômica, predominantemente agrícola, criam certa instabilidade. De lá saem frequentemente correntes migratórias, em busca de melhores condições de trabalho e de vida.

Por outro lado, a Região Sudeste abriga os maiores polos industriais do nosso país. Sem precisar enfrentar as adversidades criadas pelas condições naturais, que nela ocorrem com menos frequência e intensidade, seus habitantes, que têm acesso a um melhor padrão de vida e de educação, constroem diariamente o progresso, através de sua força de trabalho.

Pela observação dos aspectos analisados, entendemos que existe um nítido contraste entre as regiões Nordeste e Sudeste. Este contraste manifesta-se em vários níveis. As condições climáticas, o padrão de vida desfrutado pelas populações e as características socioeconômicas colocam estas duas regiões em planos opostos. Entretanto, o sentimento de unidade nacional, o desejo de transformar esta realidade, poderá, em futuro próximo, desencadear soluções para levar o desenvolvimento às áreas menos favorecidas.

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Centro de Ensino Médio 02 de Ceilândia Língua Portuguesa – 3º ano/ Matutino Página 11 ESQUEMA NÚMERO 06– VARIAÇÃO 02

Primeiro Parágrafo Estabelecimento do TEMA Introdução Segundo Parágrafo Análise comparativa entre a região

geográfica 1 e a região geográfica 2

(abordagem de um determinado aspecto)

Desenvolvimento Terceiro Parágrafo Análise comparativa entre a região

geográfica 1 e a região geográfica 2

(abordagem de um outro determinado aspecto)

Quarto Parágrafo

Expressão inicial + retomada do tema, agora

analisando em relação à localização espacial. Conclusão

Os contrastes regionais do Brasil

Comenta-se com frequência a respeito do grande contraste que existe entre algumas das regiões geográficas do nosso país.

Observando as condições climáticas, notamos significativas diferenças. Por um lado, temos a Região Nordeste. Ela apresenta grandes extensões de terras áridas, enfrenta periodicamente o problema das secas, seguidas às vezes por inundações que assolam muitos pontos de seu território. Isso não se verifica na Região Sudeste, que, por sua vez, apresenta condições favoráveis à permanência e desenvolvimento do homem na terra.

A análise dos aspectos socioeconômicos também coloca essas duas áreas em pontos extremos. Os habitantes da Região Nordeste vivem, em sua grande maioria, em situação de pobreza absoluta. A estrutura latifundiária, voltada principalmente para a monocultura, traça o perfil desta região essencialmente agrícola. Em contrapartida, é desnecessário lembrar que a Região Sudeste concentra os mais importantes polos comerciais e industriais do Brasil, construídos diariamente por seus habitantes, os quais desfrutam de um melhor padrão de vida.

Em vista do que foi observado, verificamos a existência de um nítido contraste entre estas duas regiões brasileiras. Esperamos, como cidadãos sensíveis a essa problemática, que não sejam poupados esforços para levar a todos os brasileiros condições dignas de subsistência.

EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO

1. Redija um texto dissertativo-argumentativo a respeito de um dos temas abaixo, observando as características do esquema 06. Apresente proposta de intervenção.

o A crise econômica e o mercado de trabalho.

o Maconha: experiências de proibição e de legalização. o Combatendo a violência urbana

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Centro de Ensino Médio 02 de Ceilândia Língua Portuguesa – 3º ano/ Matutino Página 12 Pecados Capitais em uma dissertação

O que você não deve fazer em uma dissertação: 1. jamais use gírias em sua dissertação;

2. não utilize provérbios populares; 3. nunca se inclua em sua dissertação; 4. não dialogue com o interlocutor;

5. não utilize sua dissertação para propagar doutrinas religiosas;

6. jamais analise os temas propostos movido por emoções exageradas;

7. não utilize exemplos contando fatos ocorridos com terceiros, que não sejam de domínio público;

8. evite abreviações. Procure escrever as palavras por extenso; 9. nunca repita várias vezes a mesma palavra;

10. procure não inovar, por sua conta, o alfabeto da língua portuguesa;

11. tente não analisar os assuntos propostos sob apenas um dos ângulos da questão; 12. não fuja ao tema proposto.

Título

Coloque título somente quando a prova, nas instruções, solicitar. Caso contrário, não é necessário.

Atenção:

o Toda redação é normalmente em PROSA, o que significa não fazer versos, não fazer poesia, mesmo que sem rima ou sem métrica.

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Centro de Ensino Médio 02 de Ceilândia Língua Portuguesa – 3º ano/ Matutino Página 13 Elementos coesivos:

Termo anafórico Maria e Paula sempre foram grandes amigas, porém as duas estão brigadas.

Termo Catafórico Guarda bem isto: sem ti não vivo.

Sinônimo Lucas é meu filho mais velho. Meu primogênito é muito inteligente. Hiperônimo Gosto muito de cidades grandes. São Paulo é maravilhosa.

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Centro de Ensino Médio 02 de Ceilândia Língua Portuguesa – 3º ano/ Matutino Página 14

CONCEITOS GERAIS DE TEORIA LITERÁRIA – REVISÃO Conceitos de Literatura:

" Arte Literária é mimese (imitação) “É a arte que imita pela palavra"

“É a arte da palavra"

"É a criação artística que tem como base a conotação".

“A literatura, arte que é, proporciona prazer estético”.

2. Denotação: emprega-se a palavra em seu sentido usual, comum, literal, naquele em que os dicionários registram em primeiro lugar.

3. Conotação: a palavra é usada em sentido figurado, afetivo, sugerindo outras ideias abstratas.

4. Polissemia: é o fenômeno ocorrido com a palavra que é capaz de simbolizar várias ideias, dependendo do contexto linguístico.

Paula tem uma mão para cozinhar que dá inveja!

Vamos! Coloque logo a mão na massa! As crianças estão com as mãos sujas.

Passaram a mão na minha bolsa e nem percebi.

5. Linguagem não-literária: denotativa, clara, concisa, exata, usada na ciência, técnica, aborda sobre fatos reais, tem como principal característica a função referencial

6. Linguagem literária; conotativa, figurada, criativa, emotiva, ambígua, polissêmica, sugestiva, é o próprio texto literário e tem por funções predominantes a poética e a expressiva

7. Funções da Literatura

Para o autor

o sensibilizar os leitores para aspectos da realidade, através da ficção;

o obter fama, notoriedade, poder; o receber recompensa financeira;

o preservar lembranças pessoais sob forma de ficção;

o evadir-se, fugir da realidade;

o alimentar o prazer ou necessidade de escrever.

Para o leitor

o captar aspectos da realidade, passados, presentes e até futuros que não está habituado a observar, motivado por curiosidade intelectual;

o conhecer os processos de expressão, de uso de linguagem, do domínio da língua; o usufruir do prazer da leitura, fugir à

realidade cotidiana, atualizar-se, deleitar-se;

o enriquecer o vocabulário, dominar o código linguístico.

8. Estilo individual: como a própria expressão indica é a maneira particular que cada um tem. Em se tratando de Literatura, podemos afirmar que é a maneira pessoal de expressão oral ou escrita que reproduz experiência e retrata uma elaboração mental.

9. Estilo de época: representa aspecto comum

a um povo ou até a um continente. É a moda predominante em determinada fase ou período.

10. Linguagem é todo sistema de sinais

convencionais que nos permite realizar atos de comunicação. Pode ser verbal e não-verbal.

11. Língua é a linguagem verbal utilizada por um

grupo de indivíduos que constitui uma comunidade.

12. Fala é a realização concreta da língua, feita

por um indivíduo da comunidade num determinado momento. É um ato individual que cada membro pode efetuar com o uso da linguagem.

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Centro de Ensino Médio 02 de Ceilândia Língua Portuguesa – 3º ano/ Matutino Página 15 TEORIA DA COMUNICAÇÃO – REVISÃO

GÊNEROS DO DISCURSO - REVISÃO

Esfera Artística e cultural: (lírico, épico, dramático e narrativo - gêneros Literários). Esfera Jornalística: (notícias, reportagens, editorial, entrevistas)

Esfera Científica: verbete do dicionário, enciclopédia, artigo científico

Lírico Épico Dramático Narrativo

C ARAC TE RÍ ST IC AS Escrito em verso, na 1.ª pessoa do discurso - eu; Expressa sentimentos e emoções; Exterioriza um mundo interior; Apresenta um caráter subjetivo;

Usa palavras no seu sentido conotativo; Recorre a muitas figuras de linguagem. Um acontecimento histórico protagonizado por um herói é celebrado; Texto narrativo em versos, com verbos e pronomes na 3ª pessoa;

Ressalta a figura do herói - povo ou nação; Envolve aventuras, guerras, viagens e façanhas heroicas e apresentam um tom de exaltação; Presença dos “deuses”.

Texto para ser encenado;

É dividido em atos e cenas;

Conta a história através da fala das personagens;

Apresenta indicações cênicas que auxiliam a representação

(rubricas)

Escrito,principalmente, em prosa;

Apresenta um

narrador que conta a ação;

Narra uma sucessão de acontecimentos reais ou imaginários; Apresenta a estrutura básica de introdução, desenvolvimento e conclusão; Desenrola-se num tempo e num espaço; Utiliza discurso direto, indireto e/ou indireto livre. EX EM PLOS Ode/hino/elegia Idílio/écloga epitalâmio sátira soneto Os Lusíadas – Camões A Ilíada - Homero Odisseia – Homero Caramuru - Santa Rita Durão Auto Comédia Tragédia tragicomédia farsa. romance, novela, conto, fábula, crônica

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Centro de Ensino Médio 02 de Ceilândia Língua Portuguesa – 3º ano/ Matutino Página 16 VARIAÇÕES LINGUÍSTICAS

De maneira simplificada, podemos considerar a existência de quatro tipos gerais de variação, conforme mostra o quadro abaixo.

TIPOS ASPECTOS AOS QUAIS SE RELACIONAM

Variação Sociocultural Idade, sexo, nível de escolaridade, condições econômicas do

falante e grupo social do qual o falante faz parte.

Variação Geográfica Região em que o falante vive.

Variação Histórica Tempo (época) em que o falante vive.

Variação Situacional Situação específica, particular em que se realiza o ato de

comunicação.

Beijinho no Ombro

Walesca Popozuda

Desejo a todas inimigas vida longa

Pra que elas vejam cada dia mais nossa vitória Bateu de frente é só tiro, porrada e bomba Aqui dois papos não se cria e não faz história

Acredito em Deus, faço ele de escudo Late mais alto que daqui eu não te escuto Do camarote quase não dá pra te ver Tá rachando a cara, tá querendo aparecer

Não sou covarde, já tô pronta pro combate Keep Calm e deixa de recalque

O meu sensor de periguete explodiu Pega sua Inveja e vai pra...

Beijinho no ombro pro recalque passar longe Beijinho no ombro só pras invejosas de plantão Beijinho no ombro só quem fecha com o bonde Beijinho no ombro só quem tem disposição

Prova com questão sobre o hit 'Beijinho no ombro' gera polêmica nas redes socias Exame de filosofia chama Valesca Popozuda de

'grande pensadora contemporânea' O DIA

Rio - Uma prova de filosofia aplicada na Escola de Ensino Médio 3, no Distrito Federal, está provocando polêmica nas redes sociais. O alvoroço é ocasionado por uma questão que chama a funkeira Valesca Popozuda de "grande pensadora contemporânea".

A prova, elaborada pelo professor Antonio Kubitschek, cita a letra do hit “Beijinho no Ombro”, de Popozuda.

“Segundo a grande pensadora contemporânea Valesca Popozuda, se bater de frente:

a) É só tiro, porrada e bomba b) É só beijinho no ombro c) É recalque

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Centro de Ensino Médio 02 de Ceilândia Língua Portuguesa – 3º ano/ Matutino Página 17

Após a repercussão, a cantora resolveu entrar na discussão e se manifestou através de sua página no Facebook. "Eu fiquei foi bem honrada me senti duas vezes homenageada tanto pela pergunta quanto com o titulo de pensadora", escreveu Valesca.

No mesmo texto, a funkeira indagou diversos questionamentos sobre a polêmica. "O que criou essa confusão é esse tal de ‘pensadora’ que ele colocou. Mas todo mundo quer saber o que eu acho e vou dar minha opinião: (...) EU ACHO UMA BOBAGEM ISSO TUDO, talvez se ele tivesse colocado um trecho de qualquer música de MPB ou até mesmo de qualquer outro gênero musical (...) talvez não tivesse gerado tal problema (...) E se fosse MPB ou música americana que tanto é valorizada por nós? Será que daria a mesma polêmica?”.

Aspectos Relevantes

o Variação linguística o Conotação

o Linguagem direta o Tom mais agressivo

o As mulheres são "todas inimigas" potenciais e requerem atenção constante já que somente uma pode ser a líder poderosa:

"Bateu de frente é só tiro, porrada e bomba. Aqui dois papos não se cria e nem faz história".

o A retórica contida na mensagem da canção "Beijinho no Ombro" agrega um elemento presente nas ideologias de controle: a religião, isto é, evoca a ideia de Deus como fonte de superação das dores, no exemplo, provocada pelas concorrentes.

"Acredito em Deus e faço ele de escudo". o Mulher comparada a um cachorro, animal

doméstico, na canção apontado como símbolo de inferioridade já que não consegue falar e transmitir.

"Late mais alto que daqui eu não te escuto. Do camarote quase não dá pra te ver".

o "Beijinho no ombro só pras invejosas de plantão".

A canção Beijinho no Ombro finaliza sua letra com um argumento polissêmico, ou seja, Beijinho no Ombro pode ser um prêmio para as amigas e uma ironia para as antagonistas: "Beijinho no ombro só quem fecha com o bonde, Beijinho no ombro só quem tem disposição".

http://www.moreirajr.com.br/revistas.asp?fase=r003&id_ materia=5893 (adaptado)

ANÁLISE DOS TEXTOS

Embora os textos de Valesca Popozuda - a música e as postagens no facebook - sejam compreensíveis, apresentam algumas inadequações no que diz respeito à coesão e à coerência textual. Identifique “desvios” nos textos de Valesca, considerando a norma culta da língua portuguesa.

(18)

Centro de Ensino Médio 02 de Ceilândia Língua Portuguesa – 3º ano/ Matutino Página 18 EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO – Revisão

01. Identifique os elementos de comunicação na seguinte situação:

Um estudante ao telefone convidando um colega de turma para ir ao jogo de futebol no próximo

fim de semana. Emissor: Receptor: Mensagem: Código: Canal: Referente:

03. Identifique a função de linguagem predominante em cada trecho a seguir.

a. Atenção, passageiros do voo 755 da Global Airlines. Dirijam-se ao portão de embarque. b. No Piauí, de cada 100 crianças que nascem,

78 morrem antes de completar 8 anos de idade. (O Globo)

c. “Oh! Que saudades que tenho Da aurora da minha vida, Da minha infância querida...”

Gonçalves Dias

d. Estrangeirismo é a utilização na língua oral ou na escrita de palavra ou expressão de língua estrangeira. Shopping center é um exemplo.

04. (UFVI) Quando uma linguagem trata de si própria – por exemplo um filme falando sobre os processos de filmagem, um poema desvendando o ato de criação poética, um romance questionando o ato de narrar – temos a metalinguagem.

Esta forma de linguagem predomina em todos os fragmentos, exceto:

a. “Amo-te como um bicho simplesmente de um amor sem mistério e sem virtude com um desejo maciço e permanente.”

(Vinicius de Morais) b. “Proponho-me a que não seja complexo o que escreverei, embora obrigada a usar as palavras que vos sustentam.”

(Clarice Lispector) c. “Não narro mais pelo prazer de saber. Narro pelo gosto de narrar, sopro palavras

e mais palavras, componho frases e mais frases.”

(Silviano Santiago) d. “Agarro o azul do poema pelo fio mais delgado de lã de seu discurso e vou traçando as linhas do relâmpago no vidro opaco da janela.”

(Gilberto Mendonça Teles) e. Que é Poesia? Uma ilha cercada de

palavras por todos os lados.”

(Cassiano Ricardo)

05. Leia a tirinha para responder à questão:

Para demonstrar sua angústia em relação ao Dia dos Namorados, a personagem empregou uma função de linguagem específica. Assinale a alternativa que indica a resposta correta:

a. função metalinguística. b. função fática.

c. função poética. d. função emotiva.

6. (UFRGS) considere as seguintes afirmações:

I - O romance é um gênero literário em constante evolução que, na sua configuração atual, utiliza-se das técnicas mais variadas, provenientes, inclusive, de outras artes como o cinema e a pintura.

II - O conto é uma narrativa em prosa, de curta extensão, cuja trama é em geral construída com tempo, espaço e número de personagens reduzidos.

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Centro de Ensino Médio 02 de Ceilândia Língua Portuguesa – 3º ano/ Matutino Página 19

III - A crônica moderna apresenta-se como um registro isento e distanciado de acontecimentos cotidianos presenciados pelo cronista.

Quais estão corretas? A. Apenas I. B. Apenas II. C. Apenas I e II. D. Apenas II e III. E. I, II e III.

7. Identifique o gênero literário de cada um dos textos. Enumere duas características que justifique sua resposta.

a. Todos os dias esvaziava uma garrafa, colocava dentro sua mensagem, e a entregava ao mar. Nunca recebeu uma resposta.

Mas se tornou um alcoólatra. (Marina Colasanti)

b. Edgar – Não quer carona? Ritinha – Prefiro o lotação.

Edgard – (...) Só esta vez. Deixo você na Tijuca.

Ritinha – Ah, meu Deus!

Edgard – Pela primeira e última vez. Juro! Ritinha ( olhando o relógio) – Estou atrasada pra chuchu. Está bem. Aceito, mas escuta: nunca mais, ouviu? (Nelson Rodrigues)

c. Não sou nada. Nunca serei nada.

Não posso querer ser nada.

À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo. ( Fernando Pessoa)

8. Leia:

Um trem-de-ferro é uma coisa mecânica, mas atravessa a noite, a madrugada, o dia, atravessou minha vida,

virou só sentimento. (Adélia Prado)

O texto não apresenta rima, trata de um objeto da realidade exterior e até apresenta um trecho narrativo. No entanto, é um poema lírico. Explique.

9. Leia a música a seguir e faça o que se pede:

Tenho visto tanto coisa nesse mundo de meu Deus

Coisas que prum cearense não existe explicação Qualquer pinguinho de chuva fazer uma inundação

Moça se vestir de cobra e dizer que é distração Vocês cá da capitá me adiscurpe essa expressão No Ceará não tem disso não...

Tem disso não, tem disso não...

(Luiz Gonzaga) a) Que variedade linguística foi usada para

escrever essa música?

b) Essa variedade atrapalhou no entendimento da música?

c) Se essa música fosse escrita/cantada seguindo à risca a norma culta da língua, continuaria com a mesma beleza melódica? d) Retire desta música palavras e expressões da

linguagem coloquial?

Causo de mineirinho

Sapassado, era sessetembro, taveu na cuzinha tomano uma pincumel e cuzinhano um kidicarne cumastumate pra fazer uma macarronada cum galinhassada. Quascaí dessusto quanduvi um barui vindedenduforno, parecenum tidiguerra. A receita mandopô midipipoca denda galinha prassá. O forno isquentô, o mistorô e o fiofó da galinhispludiu! Nossinhora! Fiquei branco quinein um lidileite. Foi um trem doidimais! Quascaí dendapia! Fiquei sem sabê doncovim, proncovô, oncontô. Oiprocevê quelocura! Grazadeus ninguém semaxucô!

(autor desconhecido) 10. O texto acima apresenta aspectos interessantes de variação linguística. Que dialeto é utilizado para construir o humor do texto?

11. Observando a escrita de algumas palavras do texto, deduza: O que caracteriza esse dialeto? 12. Também é possível observar no texto

variações de registro, especialmente quanto ao modo de expressão. O texto apresenta marcas da linguagem escrita ou da linguagem oral? Dê alguns exemplos que justifiquem sua resposta.

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Centro de Ensino Médio 02 de Ceilândia Língua Portuguesa – 3º ano/ Matutino Página 22 EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO – FIGURAS DE LINGUAGEM

1. Qual a figura de linguagem presente na frase

“As mãos que dizem adeus são pássaros que vão morrendo lentamente.”, de Mário Quintana?

a) comparação b) metáfora c) metonímia d) eufemismo

2. Na letra A, temos zeugma. Na letra B, temos elipse. Qual a diferença entre essas duas figuras?

A. No final da prova, nenhum aluno satisfeito. B. Neste Natal, não vou sair da linha.

3. Indique a expressão em que não ocorre pleonasmo.

a) entrar para dentro b) adiar para depois c) liberdade escrava d) fatos reais

e) encarar de frente f) certeza absoluta

4. Qual a figura de linguagem usada na expressão identificada no exercício anterior?

a) paradoxo b) eufemismo c) hipérbole d) prosopopeia

5. (FEI) Assinalar a alternativa correta, com relação às figuras de linguagem, presentes nos fragmentos a seguir:

I. “Não te esqueças daquele amor ardente que já nos olhos meus tão puro viste.” II. “A moral legisla para o homem; o direito, para

o cidadão.”

III. “A maioria concordava nos pontos essenciais; nos pormenores, porém, discordavam.” IV. “Isaac a vinte passos, divisando a vulto de um, para, ergue a mão em viseira, firma os olhos.”

a) anacoluto, hipérbato, hipálage, pleonasmo b) hipérbato, zeugma, silepse, assíndeto c) anáfora, polissíndeto, elipse, hipérbato d) pleonasmo, anacoluto, catacrese, eufemismo e) prosopopeia, silepse, polissíndeto, zeugma

6. Classifique as figuras de linguagem usadas nas seguintes frases em hipérbole e eufemismo.

a) Eu morri de rir com aquela história. b) Você está ficando muito cheinha. c) Ele veio voando para casa.

d) Já disse isso um milhão de vezes. e) Ele sempre foi meio desprovido de inteligência.

7. Qual é a figura de linguagem que está presente a frase

“Ganharás o pão com o “suor de teu rosto.”?

a) metáfora b) metonímia c) pleonasmo d) hipérbato

8. Considerando as figuras de linguagem relembradas nas últimas aulas, identifique a que está presente em cada um dos períodos abaixo:

A. “...dão um jeito de mudar o mínimo para continuar mandando o máximo".

B. "E fria, fluente, frouxa claridade / Flutua..." C. "Isaac a vinte passos, divisando o vulto de um,

para, ergues a mão em viseira, firma os olhos."

D. "A gente almoça e se coça e se roça e só se vicia." (Chico Buarque)

E. "Sou Ana, da cama

da cana, fulana, bacana Sou Ana de Amsterdam."

F. "Deus! ó Deus! onde estás, que não respondes?"

G. "Não nos movemos, as mãos é que se estenderam pouco a pouco, todas quatro, pegando-se, apertando-se, fundindo-se." H. "Depois o areal extenso.

Depois o oceano de pó... Depois no horizonte imenso

Desertos... desertos só..."(Castro Alves)

I. "Essas empregadas de hoje, não se pode

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Centro de Ensino Médio 02 de Ceilândia Língua Portuguesa – 3º ano/ Matutino Página 23 EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO – ORTOGRAFIA

• EMPREGO DO Há ou A

A maior dúvida surge quando o A tem valor de preposição. Sendo assim, empregamos HÁ quando a frase pedir VERBO.

A = preposição

HÁ = verbo, indicando existência ou tempo decorrido (passado)

Vejamos:

• Estudo há dez anos. (tempo decorrido) • Há dez pessoas na sala. (existência) • Ele há de ser aprovado. (verbo auxiliar) • A fazenda fica a cinco quilômetros.

(distância)

• Farei a prova daqui a um mês. (futuro)

Exercícios

1. Preencha as lacunas usando HÁ ou A: a. ... três dias que esse homem

não come.

b. Então, Dona Eulália. ainda teima no que dizia ... pouco?

c. Ouço teu coração, que bate acelerado ... muitas horas.

d. Meu irmão partiu ... dez dias e voltará daqui... três semanas.

e. De domingo...oito dias, haverá a missa solene.

f. ... muitos séculos, nascia Jesus Cristo.

g. Esse fato aconteceu ... muitos anos.

h. Entraremos em férias daqui... três meses.

i. Ele está ... dez metros da cidade. j. Daqui ... uns dez anos seremos mais

civilizados.

• Emprego de MAIS, MAS ou MÁS MAIS - advérbio de intensidade ou pronome indefinido

MAS - conjunção adversativa, é sinônimo de

PORÉM

MÁS - é adjetivo (antônimo de BOAS) Ele está mais estudioso. (advérbio) Compre mais alimentos e menos bebida. (pronome indefinido)

Jonas saiu, mas (porém) voltou logo. (conjunção)

Ninguém se livra das más línguas (ADJETIVO/ ANTÔNIMO de boas)

Exercícios:

1. Preencha as lacunas usando MAIS, MAS ou MÁS:

a. Ele tem idade ... do que ela. b. Tenho ... fome do que você.

c. Penso no seu problema, ... não posso ajudá-lo.

d. Evite as ... companhias. e. Virei... tarde.

f. Viajarei, ... não demoro.

g. Sou ... baixo que você, ... ando... depressa.

h. Se não estudou, espere ... notas. i. Tenha ... ânimo.

j. Fui à festa, ... não dancei: a minha roupa era a ... bonita.

▪ EMPREGO DE

MAL (advérbio, quando antônimo de bem). MAL (conjunção subordinativa temporal,

quando sinônimo de logo que)

MAL (substantivo, quando vem regido de

artigo ou pronome)

MAU (adjetivo, quando antônimo de bom) Exercícios

1. Use adequadamente MAL ou MAU: a. Ele falou muito ...

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Centro de Ensino Médio 02 de Ceilândia Língua Portuguesa – 3º ano/ Matutino Página 24 b. Não tenha...a humor

c. Ele está passando ... , mas seu ... é passageiro.

d. ...chegou, teve que sair. e. Não faz ... você ir embora. f. Fomos... na prova.

g. Sua cara de... amedronta. h. Que garoto ... educado! i. Foi um ... negócio.

j. Ele é um .... ... patrão e também é muito ... assessorado.

• EMPREGO do

POR QUE (substitua por POR QUE MOTIVO

ou por PELO QUAL, vem no início da frase interrogativa)

POR QUÊ (substitua por POR QUE MOTIVO,

vem no final da frase interrogrativa)

PORQUE (é conjunção e inicia orações

explicativas ou causais)

PORQUÊ (é substantivo, pode ser

substituído por MOTIVO)

Exercícios

1. Complete corretamente com um dos PORQUÊS.

a. ...você não veio à aula? b. ... choveu?

c. Este é o ... da sua falta? d. É. ... você quer saber?

e. Você não fez a tarefa,... ? f. Não fiz, ... esqueci.

g. Esta é razão ... não a fiz. h. Voltaste cedo, ...? i. Não sei ... choras.

j. A causa ... luto é muito nobre. ▪ Emprego de

Onde (indica permanência) Onde você mora?

Aonde (indica movimento para algum lugar) Aonde você vai?

Donde (indica o lugar de origem) Donde vêm aqueles passageiros?

Exercícios

1. Complete corretamente:

a. Estes garotos não sabem ... vieram, nem para ... vão.

b. ... veio esta encomenda? c. A carta está ... você deixou. d. Não sei ... iremos nas

férias.

e. Na loja ... comprei este material, os produtos estavam em promoção.

Emprego de ESTA, ESTÁ ou ESTAR

Esta é um pronome demonstrativo. Sua função, basicamente, é situar algo ou alguém no tempo e no espaço, além de substituir e retomar palavras, com o propósito de não repeti-las.

Esta é a escola onde estudei.

Está é a forma conjugada do verbo estar na 3.ª pessoa do singular do presente do indicativo (ele está) ou na 2.ª pessoa do singular do imperativo (está tu).

Helena está indo embora.

Observação: Quando houver dúvidas, verifique se é possível colocar “ele” ou “ela” antes do verbo. Se sim, o emprego correto será “está”.

Estar é a forma do verbo no infinitivo. O menino deve estar feliz.

Meditar é importante para ele estar sossegado.

Estar apaixonado é uma coisa louca. Exercícios

A. _______ situação ______ insuportável, por isso é importante ela ______ ciente de tudo.

B.Temos a obrigação de ______ contentes com o presente.

(25)

Centro de Ensino Médio 02 de Ceilândia Língua Portuguesa – 3º ano/ Matutino Página 25

PREPOSIÇÃO

Considere as palavras em destaque nas duas frases a seguir:

1. Os brinquedos

de

Isabel ficam

em

caixas

de

plástico.

As palavras DE e EM são exemplos de preposição.

2. Todos os seus colegas gostam

de

você.

Preposição é a palavra invariável que liga duas outras

palavras, estabelecendo entre elas determinadas relações de

sentido e de dependência.

A preposição, ao relacionar duas outras palavras, estabelece entre elas um vínculo tal, que uma delas funciona como palavra principal (termo regente) e a outra, como secundária (termo regido). Veja estes casos:

brinquedos

de

Isabel

caixas

de

plástico

regente regido regente regido

As preposições subdividem-se em dois grupos:

• Essenciais: palavras que exercem exclusivamente o papel de preposição.

• Acidentais: palavras de outras classes que, ocasionalmente, funcionam como preposição.

Essa palavra relaciona brinquedos e Isabel, indicando uma ideia de

posse: os brinquedos pertencem a

Isabel.

Essa palavra relaciona ficam e caixas, indicando

uma ideia de lugar.

Essa palavra relaciona caixas e plástico e expressa ideia de matéria/material.

Nesse caso, a preposição DE apenas estabelece uma relação de dependência entre as duas palavras, ou seja, a palavra VOCÊ, por meio do

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Centro de Ensino Médio 02 de Ceilândia Língua Portuguesa – 3º ano/ Matutino Página 26 VALOR SEMÂNTICO DA PREPOSIÇÃO

Preposição Relações de Sentido Exemplos

DE

Lugar Meus amigos voltaram ontem do Pantanal. Causa Todo o rebanho morreu de fome e sede. Tempo De madrugada, começou um temporal. assunto Em nossas conversas, falamos de futebol.

EM

Lugar Ele sempre quis morar em uma praia. Tempo Em meia hora, terei terminado o trabalho.

Modo Ela exigiu que ficássemos em silêncio. PARA Finalidade Toda a cidade foi enfeitada para a festa.

Lugar (destino) Você deseja voltar para sua terra natal?

POR

Lugar (por onde) A caravana passava por trilhas perigosas. Tempo Ele trabalhou por dois anos como garçom.

Causa Por ser jovem, julgavam-no irresponsável. SOBRE Assunto Raras vezes, conversamos sobre política

Lugar A velha árvore caiu sobre a pequena casa.

EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO – PREPOSIÇÃO

1. Assinale a alternativa que indica corretamente o valor semântico das preposições em destaque nas frases: I. Ele sempre cuidou da família com muita dedicação.

II. Com a doença do pai, ela voltou para a cidade natal.

III. Desde pequenos, os príncipes eram preparados para a liderança.

IV. A pequena casa de madeira foi destruída a machado.

a) modo – companhia – modo – modo b) causa – modo – finalidade – instrumento

c) modo – modo – causa – causa

d) modo – causa – finalidade – instrumento

e) companhia – causa – semelhança – modo

2. (Fuvest – SP) O segmento em que a preposição destacada estabelece uma relação de causa é:

a) A carruagem parou ao pé de uma casa amarelada.

b) A escada, de degraus gastos, subia ingrememente.

c) No patamar da sobreloja, uma janela com um gradeadozinho de arame […] d) […] uma janela com gradeadozinho de arame, parda do pó acumulado...

e) […] coava a luz suja do saguão.

3. Assinale a alternativa que indique a definição correta de preposição:

a) Preposição é a palavra invariável que liga duas outras palavras, estabelecendo entre elas determinadas relações de sentido e de dependência.

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Centro de Ensino Médio 02 de Ceilândia Língua Portuguesa – 3º ano/ Matutino Página 27 b) Preposição é a palavra invariável que

liga duas orações ou duas palavras de mesma função em uma oração.

c) Preposição é a palavra ou conjunto de palavras que exprimem sentimentos, emoções e reações psicológicas.

d) Preposição é a palavra cuja função principal é indicar o posicionamento, o lugar de um ser, relativamente à posição ocupada por uma das três pessoas gramaticais.

e) Preposição é a palavra que exprime uma quantidade definida, exata de seres (pessoas, coisas etc.), ou a posição que um ser ocupa em determinada sequência.

4. As preposições são invariáveis e têm como função ligar as palavras, estabelecendo assim uma relação de dependência sintática entre elas

Na tirinha de Fernando Gonsales, a preposição “de” em “cadeira de balanço” assume o valor semântico de:

a) causa

b) instrumento c) finalidade d) modo e) tempo

6. (Fuvest – SP) O segmento em que a preposição destacada estabelece uma relação de causa é:

a. A carruagem parou ao pé de uma casa amarelada.

b. A escada, de degraus gastos, subia ingrememente.

c. No patamar da sobreloja, uma janela com um

gradeadozinho de arame […]

d. […] uma janela com gradeadozinho de arame, parda do pó acumulado... e. […] coava a luz suja do saguão.

7. CESGRANRIO) Assinale a opção em que a preposição COM traduz uma relação de instrumento:

a. “Teria sorte nos outros lugares, com gente estranha.”

b. “Com o meu avô cada vez mais perto de mim, o Santa Rosa seria um

inferno.”

c. “Não fumava, e nenhum livro com força de me prender.”

d. “Trancava-me no quarto fugindo do aperreio, matando-as com jornais.” e. “Andavam por cima do papel

estendido com outras já pregadas no breu.”

8. Assinale a alternativa em que ocorre combinação de uma preposição com um pronome demonstrativo:

a) Estou na mesma situação.

b) Neste momento, encerramos nossas transmissões.

c) Daqui não saio. d) Ando só pela vida.

e) Acordei num lugar estranho.

Não confunda cadeira DE balanço com cadeira DO balanço.

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Centro de Ensino Médio 02 de Ceilândia Língua Portuguesa – 3º ano/ Matutino Página 28

EMPREGO DOS SINAIS DE PONTUAÇÃO

Os sinais de pontuação são recursos gráficos próprios da linguagem escrita. Embora não consigam reproduzir toda a riqueza melódica da linguagem oral, eles estruturam os textos e procuram estabelecer as pausas e as entonações da fala. Podem ser classificados em dois grupos: os sinais de pausa e os sinais de melodia ou entonação.

1. Sinais de Pausa – os sinais destinados a marcar pausa são: • Ponto (.)

• Vírgula (,)

• Ponto e vírgula (;)

2. Sinais de melodia ou entonação

Às vezes, numa frase, além da pausa, pode-se mudar a melodia, ou seja, o ritmo ou altura da voz. Para marcar a entonação, usamos os seguintes sinais:

• Dois pontos (:) • Ponto de interrogação (?) • Ponto de exclamação (!) • Reticências (...) • Aspas (“ “) • Parênteses ( ) • Colchetes [ ] • Travessão (—) 1 - Ponto ( . )

a) indicar o final de uma frase declarativa, o final de um período, o final de um parágrafo e o final de um texto

Ex.: Lembro-me muito bem dele. Fica comigo. Não vá embora. b) nas abreviaturas

Sr. (senhor), Dr. (doutor), s.m (substantivo masculino)

2 - Dois-pontos ( : )

a) iniciar a fala dos personagens: Ex.: Então o padre respondeu:

—Parta agora.

b) antes de apostos ou orações apositivas, enumerações ou sequência de palavras que explicam, resumem ideias anteriores.

(29)

Centro de Ensino Médio 02 de Ceilândia Língua Portuguesa – 3º ano/ Matutino Página 29 c) antes de citação

Ex.: Como já dizia Vinícius de Morais: “Que o amor não seja eterno posto que é chama, mas que seja infinito enquanto dure.”

3 - Reticências ( ... )

a) indicar dúvidas ou hesitação do falante. Ex.: Sabe... eu queria te dizer que... esquece.

b) interrupção de uma frase deixada gramaticalmente incompleta. Ex.: — Alô! João está?

— Agora não se encontra. Quem sabe se ligar mais tarde...

c) ao fim de uma frase gramaticalmente completa com a intenção de sugerir prolongamento de ideia.

Ex.: “Sua tez, alva e pura como um foco de algodão, tingia-se nas faces duns longes cor-de-rosa...” (Cecília - José de Alencar)

d) indicar supressão de palavra (s) numa frase transcrita.

Ex.: “Quando penso em você (...) menos a felicidade.” (Canteiros - Raimundo Fagner)

4- Parênteses ( ( ) )

a) isolar palavras, frases intercaladas de caráter explicativo e datas. Exemplos:

Na 2ª Guerra Mundial (1939-1945), ocorreram inúmeras perdas humanas.

"Uma manhã lá no Cajapió (Joca lembrava-se como se fora na véspera), acordara depois duma grande tormenta no fim do verão.” (O milagre das chuvas no Nordeste- Graça Aranha)

Dicas:

1. Os parênteses também podem substituir a vírgula ou o travessão.

2. Os colchetes são sinais gráficos que tem a mesma finalidade dos parênteses: intercalam palavra ou palavras que não fazem parte de uma transcrição. O seu uso, entretanto, restringe-se quase exclusivamente aos textos de cunho científico, filosófico ou didático. “Acidez [ê] s. f. Azedume; azedia.” (Celso Pedro Luft)

5- Ponto de Exclamação ( ! ) a) Após vocativo

(30)

Centro de Ensino Médio 02 de Ceilândia Língua Portuguesa – 3º ano/ Matutino Página 30 b) Após imperativo

Ex.: Cale-se! c) Após interjeição Ex.: Ufa! Ai!

d) Após palavras ou frases que denotem caráter emocional Ex.: Que pena!

6- Ponto de Interrogação ( ? ) a) Em perguntas diretas Ex.: Como você se chama?

b) Às vezes, juntamente com o ponto de exclamação Ex.: — Quem ganhou na loteria?

— Você. —Eu?! 7 - Vírgula ( , )

É usada para marcar uma pausa do enunciado com a finalidade de nos indicar que os termos por ela separados, apesar de participarem da mesma frase ou oração, não formam uma unidade sintática.

Ex.: Lúcia, esposa de João, foi a ganhadora única da Sena.

Dicas:

Podemos concluir que, quando há uma relação sintática entre termos da oração, não se pode separá-los por meio de vírgula.

Não se separam por vírgula: a) predicado de sujeito; b) objeto de verbo;

c) adjunto adnominal de nome; d) complemento nominal de nome; e) predicativo do objeto do objeto;

f) oração principal da subordinada substantiva (desde que esta não seja apositiva nem apareça na ordem inversa)

(31)

Centro de Ensino Médio 02 de Ceilândia Língua Portuguesa – 3º ano/ Matutino Página 31 a) separar o vocativo.

Maria, traga-me uma xícara de café.

A educação, meus amigos, é fundamental para o progresso do país. b) separar alguns apostos.

Valdete, minha antiga empregada, esteve aqui ontem. c) separar o adjunto adverbial antecipado ou intercalado. Muitas vezes, as pessoas são falsas.

As pessoas, muitas vezes, são falsas.

d) separar elementos de uma enumeração.

Precisa-se de pedreiros, serventes, mestre-de-obras. e) isolar expressões de caráter explicativo ou corretivo.

Amanhã, ou melhor, depois de amanhã podemos nos encontrar para acertar a viagem. f) separar conjunções intercaladas.

Não havia, porém, motivo para tanta raiva.

g) separar o complemento pleonástico antecipado. A mim, nada me importa.

h) isolar o nome de lugar na indicação de datas. Belo Horizonte, 26 de janeiro de 2001.

i) separar termos coordenados assindéticos. "Lua, lua, lua, lua,

por um momento meu canto contigo compactua..." (Caetano Veloso)

j) marcar a omissão de um termo (normalmente o verbo).

Ex.: Ela prefere ler jornais e eu, revistas. (omissão do verbo preferir)

Dicas:

Termos coordenados ligados pelas conjunções: E, OU, NEM dispensam o uso da vírgula. Exemplos:

Conversaram sobre futebol, religião e política. Não se falavam nem se olhavam.

Ainda não me decidi se viajarei para Bahia ou Ceará.

Entretanto, se essas conjunções aparecerem repetidas, com a finalidade de dar ênfase, o uso da vírgula passa a ser obrigatório.

(32)

Centro de Ensino Médio 02 de Ceilândia Língua Portuguesa – 3º ano/ Matutino Página 32 Não fui nem ao velório, nem ao enterro, nem à missa de sétimo dia.

A VÍRGULA ENTRE ORAÇÕES é utilizada nas seguintes situações: a) separar as orações subordinadas adjetivas explicativas.

Meu pai, de quem guardo amargas lembranças, mora no Rio de Janeiro.

b) separar as orações coordenadas sindéticas e assindéticas (exceto as iniciadas pela conjunção “e”).

Acordei, tomei meu banho, comi algo e saí para o trabalho. Estudou muito, mas não foi aprovado no exame.

c) separar orações subordinadas adverbiais (desenvolvidas ou reduzidas), principalmente se estiverem antepostas à oração principal.

"No momento em que o tigre se lançava, curvou-se ainda mais; e fugindo com o corpo apresentou o gancho." (O selvagem - José de Alencar)

d) separar as orações intercaladas.

"— Senhor, disse o velho, tenho grandes contentamentos em estar plantando-a...”

Dicas:

Essas orações poderão ter suas vírgulas substituídas por duplo travessão.

"Senhor—disse o velho —tenho grandes contentamentos em estar plantando-a...”

e) separar as orações substantivas antepostas à principal. Quanto custa viver, realmente não sei.

Atenção:

Há três casos em que se usa a vírgula antes da conjunção E:

1) quando as orações coordenadas possuírem sujeitos diferentes. Os ricos estão cada vez mais ricos, e os pobres, cada vez mais pobres.

2) quando a conjunção “E” vier repetida com a finalidade de dar ênfase (polissíndeto). E chora, e ri, e grita, e pula de alegria.

3) quando a conjunção “E” assumir valores distintos que não retratarem sentido de adição (adversidade, consequência, por exemplo)

(33)

Centro de Ensino Médio 02 de Ceilândia Língua Portuguesa – 3º ano/ Matutino Página 33 8- Ponto e vírgula ( ; )

a) separar os itens de uma lei, de um decreto, de uma petição, de uma sequência, etc.

Art. 127 – São penalidades disciplinares: I- advertência;

II- suspensão; III- demissão;

IV- cassação de aposentadoria ou disponibilidade; V- destituição de cargo em comissão;

VI- destituição de função comissionada.

(cap. V das penalidades referentes ao Direito Administrativo)

b) separar orações coordenadas muito extensas ou orações coordenadas nas quais já tenham utilizado a vírgula.

“O rosto de tez amarelenta e feições inexpressivas, numa quietude apática, era

pronunciadamente vultuoso, o que mais se acentuava no fim da vida, quando a bronquite crônica de que sofria desde moço se foi transformando em opressora asma cardíaca; os lábios grossos, o inferior um tanto tenso (...) "

(O visconde de Inhomerim - Visconde de Taunay)

9- Travessão ( — )

a) dar início à fala de uma personagem O filho perguntou:

— Pai, quando começarão as aulas?

b) indicar mudança do interlocutor nos diálogos —Doutor, o que tenho é grave?

— Não se preocupe, é uma simples infecção. É só tomar um antibiótico e estará bom c) unir grupos de palavras que indicam itinerários

A rodovia Belém—Brasília está em péssimo estado.

Dicas:

Também pode ser usado em substituição à virgula em expressões ou frases explicativas Ex.: Xuxa — a rainha dos baixinhos — será mãe.

Referências

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