MERCADO IMOBILIARIO
-
Interrom
-pida a asce
n
sao dos preços
Os valares venaiS de bens de raiz não acompanharam em 1959 a evolução geral dos preços internos. No ano} que se caracterizou por uma alta superior a 50 ( f no custo
da
vida na capital do paíse
por umaumento da ordem de 40 ( ( l nos preços em geral, ou de
aproximada-mente 25
%
no custo da construção civil, grande parte dos imóveisnegociados
nQOalcançou os preços nominais vigentes
em
1958(v
er
QUADRO 1). Analisando-seo
movimento, verifica-se pronunciada di-versidade de comportamento em cada uma das três categoriasesta-belecidas
em
nossas
pe
s
quisas
(pré
dios,
terrenos e
apartamentos)
.
Enquanto as cotações de apartamentos ainda apresentaram regular acréscimo sôbre o período anterior (12% ), o valor médio de prédios recuou apreciàvelmente (22% ) e os preços de terrenos prosseguiram em baixa (4 ;10em
1958 9) , que teve início há vários anos.Causas diversas contribuíram para que se encontrassem tais re-sultados numéricos. Em virtude da notória diminuição da atividade de construção civil, o conjunto de apartamentos comprados em 1959 era constituído de uma parcela maior de moradias já habitadas e
de uma menor de recém-concluí
-das do que nos anos precedentes. Nessas condições, a valorização de unidades revendidas, mais mode-rada que a de apartamentos no-vos, influiu bastante sôbre os re-sultados médios. Assim, a elevação das cotações experimentada em
I - PREÇOS wtnlOS I~OBILIÁBIOS NO DISTRITO FEDERAL - JANEIRO A NOVEMBRO
-CR$ MIL/ UNIDADE VALORIZAÇAO INOBILIÂRIA (~I
AP ART AMK1'I
PI R tODO • A1' ART AMEN
ANO PRÉDIOS Tt:ttRENOS TOS - PRD>IOS TE RRENOS TOS
-1 959 ...••.
'"
189'"
1958/9 ••. - 22,2 - 4.l + 11 , 8 1 958 ••...• 641 191 558 1957/8 •. , + 15,3 + 2, 1 + ' , 8 1957 . . . 556 193 508 1957/ 9. , • - 10, 3 - 2,1 + 22,8 1956 . . .'"
222...
1956/8. , • + 46. O - 11 ,3 + J 1,6 1955"" .. ' 0 ' 220'"
1954/ 9 •.. • 2. 7 - 24 , 1 • 69,6 1954 . . ....
'"
368 1953/ 8. , . + 64.8-
18. 9 • 60,8 Fonte: Cartórios ,120 CONJUNTURA ECONOMICA
1957 8,
ou seja,aproximadamente
10~,
não
sofreu
apreciável
modi-ficação
no
intervalo
subseqüente.
A título
comparativo, cumpre
lem
o
brar que em 1956/ 7, quando sevenderam numerosos
apartamen-tos
recém-concluídos, a
valoriza-ção atingiu
20'(, .A
mesma
causa
provocou menor
procura de prédios
antigos
,
que
em época de intensa atividade
de
construções cederiam
lugar, na
maioria
dos
bairros desenvolvido
s,
a modernos edifícios
.
Não
éd
e
surpreender
que
,
em tais circun
s-tâncias
,
o
s
valor
e
s venais de pré
-dios tivessem baixado de 22
%
no
último intervalo anual
, e
m con
-fronto com a valorização de 15
( (
em 1957 8, ou a de 27 f t em 1956 7.
A
quas
e
totalidade de t
e
rreno
s
últirnament
e
negociados
é
consti-tuída de lotes
nos
s
ubúrbios,
d
e
forma que o
s
valores bem maior
es
de
unidade
s
sita
s
nos bairros pl
e
-namente desenvolvidos pouco
in-fluíram
s
ôbre a formação dos
pre-ços médios
.
Em
face da
insignifi
-cante
variação
dos recentes resul
-tados, só se pode admitir
valoriza-ção
lenta
das terras
localizadas na
periferia
da cidade.
Onúmero
des-presível de
operações com
terrenos
em zonas
quase totalmente
apro
-veitadas
não
permite conclusões
mais do que
genéricas.
No intuito de resumir
em
um só
índice a recente evolução dos
pre-ços imobiliãrios,
vamos
atribuir aos
preços médios de prédios, terrenos
e
apartamentos pesos
correspon-dentes
à
freqüência relativa donúmero de transações durante
1959, em lugar de empregar o
nos-so
índice de preços imobiliários
(1949 = 100), que não mais refle -te
a importância de negócios
com
apartamentos. Nos 2 referidos anos
o conjunto
de
promessas
de
com-pra
e
venda
de
bens de raiz
era
constituído da seguinte
forma
('1 ) : CATEGORIA
Prédios
...
..
... .
Apartamentos
.. .
Terreno
s ..
.
.... .
1959 31.5 57.4 11,1 100,0 1949 58,4 23,9 17,7 100,0R'espeitadas
as nOrmas acima
,
oferecem-se o
s
seguintes
resulta-dos
que
indicam a valorizaçã
o
(+ ) ou desvalorização (-) média
do conjunto formado por todos o
s
imóveis
negociados
:
1958 9 1957/ 8 1957/ 9 1956 8 1954/ 9 1953/ 8 PERtoDO : 1 ano· . . .
..
. .. . . .
• • • • • • • • • • • •+
PERíODO: 2 anos • • • • • • • • • • • •· . .
.
.
.
. . .
.
. .+
PERto DO: 5 anos
· . .
.
. . .
.. .
· . .
.
. .. . .
+
+
1,4 (; 11 ,5 (( 9,9 ( ( 33,9( ;. 36,8(tc
56,0 C}11 - PROMESSAS DE COMPRA E VENDA DE IWÓVEIS NO DISTR1TO FEDERAL lAMEIRO A NOVEllllRO DE 1959 _
-''''ilhoea da Cr'l 1,
,
,
CATECORlA N' ' a 1 or ApaTlamenlos ••.,
259 2..
,
Prédios •.... ...•
-
481 1 238 TIITrenOb • .•• •.• '14 165 TOTAl. •• . .• •• • .• 7 884 .. 227 . Fonte: CaTlórlos .Uma
significativa
diminuição da
taxa de valorização
vem-se
mani-festando
há
vários anos, segundo
mostram os valores supra.
No
úl-tim
o
ano, entretanto, até os preços
nominais
recuaram.
Trata-
se, sem
dúvida, de um fato importante
como
refl
exo
da presente
s
ituação
econômica e
social.
Emanos
pre-cedentes a expansão dos
meios
de
pagamento e a conseqüente
agra-vação do processo inflacionário
costumavam ser seguidas de uma
in
tensificação das transações
imo
-biliárias, embora os preços
de bens
de raiz
também crescessem com
rapidez.
Éque
,
em épocas
de forte
desvalorização
monetária, tanto
indivíduos como entidades
priva-das procuram
adquirir
valores
reais,
imunes
à
depreciação.
Se
em
um ano os meios de pa
-gamento cresceram
na
proporção
de
cê
rca de
40
%
,
como ocorreu em
1959
, e
os vendedores de
imóveis
não
con
seg
uiram
encontrar
com-pradores
a preços condizentes com
1 , ,
•
1,
,
7 N' Va lor N' Va lor 5 452 3 041 3 346 1 700,
7SS 1 768 2 501 1 391 1 190 23' 1 0'0 20' 9 400 5 044•
'07 3,
..
o nível de
cotação
d
e outros
bens
pou o
poder
aquisitivo,
ou
o
interês
-se em constit
uir
patrimônio
imobi-liário, devem
ter sofrido grave
abalo.
Além dos
fatôres
jáassinalados,
que se
relacionam
com a
constru-ção civil, o
d
eseq
uilíbrio
entre
o
súbito crescimento
dos preços de
artigos
de consumo forçado e
o
lento
e
imperfeito aju
sta
mento
de
grande
parte
dos
vencimentos
transtornam
os orçamentos
fami-liares,
dificultando a poupança
destinada
à
aquisição
do lar
pró-prio
.
A lei do inquilinato,
em s
u
a
for-ma atual,
continua a
determinar,
outrossim, o retraimento
de todos
aquêles inver
sores
que
,
impressio-nados
com a
incerteza do poder
li-beratório
de
a
lugu
éis
futuros
e
com
o prazo na realidade
ind
eter-minado, mesmo
nos
contratos
d
e
duração
certa,
preferem
aplicar
os
seus
rec
ursos
em outros ramos
pro-122 CONJUNTURA ECONQMICA
cura por parte
dêsse
important
e
grupo
de
eventuais compradores
contribuiu
para um
enfraqueci-mento da estrutura de preços .
Parece,
finalmente
,
que
a
ex-pectativa
de transferência de
fun-cionários
públicos para Brasília
induziu
certa parcela
dessa
nume-rosa
classe a antes
vender
suas
propriedades
sitas
no atual Distri
-to
Federal d
o
que
a
nêle
comprar
bens de raiz.
DIMINUI O MOVIMENTO
Apesar das concessões feitas
pe-los
vendedores
quanto
aos
preços
de bens de raiz, só foram negocia
-dos até novembro 7,9 mil imóveis
no valor de CrS 4,2 bilhões
(ver
QUADRO
lI),O recuo,
em compa·
ração com o ano anterior, corres -pondeu a 16% (número ou quan
-tia). O movimento quantitativo sofreu particular redução no que se refere a terrenos (- 27 %) .
As aquisições por parte de pe
s-soas físicas decresceram apenas
15% em número e 12 % em impor-tância (ver resumo abaixo) . O de
-sinterêsse das diversas entidades
teve, porém, como conseqüência
uma queda de 32
%
e
36
%
,
res·
pectivamen te . 1959
I
1958PESSOAS
N,o(mil)
FlSlCas ' , . . .. . . . . . . . . .7,4
Jurídicas.
.
.
..
.. . .
0,5
(' ) bilhões de Cr$Entre
as entidades,
destacaram-se como compradores a
indústria
(CrS
137 milhões)
o comércio ,
'
,
(Cr$ 102
milhões)
e
as
emprêsas
imobiliãrias
(Cr$ 91
milhões)
,
CRÉDITO MAIS FACIL PARA
PARTICULARES
o
movimento de novos emprés-timos com garantia imobiliária assemelhou-se, em númerosabso-lutos, ao do ano anterior (Ter
QUADRO
IlI),As 1
200 opera·
,
Valor(')
(mil)
N,oI
Valor (')-I
0
3,6
,
6
I
8,7
0,7
I
4,1
0,9
ções,
num total
de CrS 0,9
bilhões,
permaneceram 8,4% e 9,9% abai-xo do número e do valor respecti-vamente registrados em 1958.
Em têrmos relativos, entretanto, a situação é diferente. A parcela
das compras imobiliárias coberta
por tais operações de crédito cres
-ceu novamente no período exami-nado. Por meio de hipotecas, fo
-ram em
1959
(11
meses)
obtidos
recursos na proporção de 21 % do
valor global
das propriedades
ad·
ante-111 - NOVOS EMPRÊSTIMOS HIPOTECÁRIOS NO DISTRITO FEDERAL - JANEIRO A NOVEMBRO Dl: 1959 -!Milbões de Cri) 1 9 5 9 PRAZO lanos l N' Va 1 o r A t ê 5 . . • . . . .18 262
,
.
I ::. .... . .....,.
...
16 ou mais . . . .. "5 201 TOTAL. . . . • . . . 1 207 909Fonte: cart6r ios.
rior
e
32
%
em
1957. Também
o
número de prédios
,
terrenos ou
apartamentos
gravados
aumentou
em relação ao
número de imóvei
s
negociados, 19
%
em
1957, 14
%
em
1958
e
15
%
em
1959
.
As pessoas físicas ficaram, neste
particular,
em situação
mais
favo-1 9 5 8 1 9 5 7 N' Valor N' Va lor 352 20' 379 329 631 .97
,,.
5" 338 211 297 143 1 321 91. 1 291 1 053 • • • •por
princIpIO, recursos propnos,
quando
compram
bens
d
e
raiz.
Segundo indicam os resultados
do QUADRO IV, a
cobertura
hipo-tecária
das aquisições por
parti-culares
,
que baixou
e
ntr
e
1957
e
1958
,
cresceu
n
ovamente em
1959
para
16
%
em
quantidad
e e
23
%
recida que as
entidades, embora
al-
em
valor.
Osindivíduos,
n
essas
gumas destas
empreguem
apenas,
condições,
reduziram
,
em
média,
IV _ COBERTURA HIPOTECÁRIA DAS COMPRAS IIrIOBILJÁRIAS NO DISTRITO FEDERAl
JANEIRO A NOVEYBRO DE 1959
-IlrIilhões de Cri)
19 ~ 9 19 Si 1 9 57
-COMPRADORES
•
TIPO DE OP&RACAON' Valor N' Valor N' Valor
PESSOAS FfsICAS:
1. Emprés t tlllOS hipotecários con
-tra1dos . . • . . . • . • . • . . . . • . . . I 187 853 I 30' 80. I 258 691 2 . Compras imobiliárias . • . . . 7 422 3 64' 8 723
•
1<1 5 730 2 25' 3 . Cobertura hipotecária 111/ 121. 16,0'.4 23,4" 15,0'.4 19,4" 2l! ,O" 30 , 7"JtmÍDICAS :
,
PESSOAS
1. Emprés timos hipotecár ios
con-trardos •. . . • . • . . . • . . . 20
"
15 110 33 36%2. Compras imobllUrlas . . . '62 581 677 903 1 178 1 044 3. Cobertura hip:otecária 111/ 121. 4,3" • 9,6'.4 2,2" 12 ,2" 2 I 8'.4 34,7!
124 CONJUNTURA ECONôMICA
•
v _ CREDORES 1I11'OTECARIOS NO DISTRITO FEDERAL
- J~EIRO A NOVEMBRO DE 19$9 • IMilhoea de Cr'l CREDORES
,-e.Lu Ec onõ.l ea . . . 4" Particulares. , . . . ... 358 BanC08 ••••••••.••• , •.••••.•••••.• 22Pr(lv I dene ia Soclal ... '. o., 0 . 0 , _ • • 164
-Inst1tulç088 Benefiden lea ... . ... 119 Ou tr08 . • . . • . . . • • . . • . . . • . 121
Fonto; Cart,6ri os.
de 5
'1
em
relação a 1958, os
recur-sos próprios
empregados
na
com-pra de prédios, terrenos
ou
apar-tamentos.
Com as
pessoas jurídicas deu
-se
o contrário.
Acobertura
hipotecá-ria
,
que alcançara
cêrca
de 35
%
do
valor das
aquisições
imobiliárias
em 1957 (ver QUADRO IV) • 12r:"
no
ano
seguinte, continuou a
bai-xar
para menos de
10%em
1959.Tal
evolução
mostra que
a
dificul
-dade para firmas de obterem
cré-dito
a prazo
de
vários anos permi.
tiu que apenas
organizações com
substanciais
recursos disponívei
s
permanecessem
ativas
no mercado
imobiliário
.
Os mutuários hipotecários
con-taram no ano recém-findo c
om
maior facilidade de financ
i
amen-to.
graças
principalmente
àdi
spo-sição dos particulares e de
insti-t
u
ições benefice
n
tes ou profissio
-nais e outras associações, para
in-creme
n
tar os fu
n
dos dest
in
a
d
os
a
I 9 59 19 58 19 57
Valor N • Valor N' Valor
29. 1>0 415 592 392 253 261 155
".
215 139 lO 120 52 293 91 130 85 105 49 19 42 2...
25..
113 53 130"
êsse fim (ver QUADRO V).
Com-pensou-se, assim,
plenamente a
di-minuição de numerário destinado
pela Caixa Econômica a
emprésti-mos
garantidos
por bens de raiz
no Distrito Federal . Entre 1958 e
1959
o
movimento d
e
novas
hipo-tecas aprese
n
tou
a seguinte
va-riação:
CREDORZ3
Caixa Econômica
.
Particulares
...
.
In
st
it
.
Beneficientes
Bancos
.
. . .
. .
.
.
.
.
.Outros
...
.
MILHOESDE CRS-+
+
177 98 53 19 2o
crescente
destaque que co
ub
e
aos credores
pari teu
l
ares e
m
1959exp
li
ca-se pe
l
o fato de
muito
s
v
e
n
-dedores (pessoas fís
i
cas)
s6
t
e
r
e
m
FEVEREm o 1:15
suas propriedades após
diminuí-rem não apenas os preços
exigidos,
como
concordarem
em
receber
parte do valor
convencionado
em
prestações mensais
,
dispensando
assim a interferência de terceiros
para ultimar-se a operação de
crédito.
DINHEIRO MAIS BARATO
Outra
co
ncessão que
os
devedo-res hipotecários obtiveram
foi a
diminuição da taxa média de juros
referente
a novo
s e
mpr
és
timo
s.
E
sta,
no
período
est
udado
,
atingiu
o nível mais módico dos 3 últimos
anos (10.4%). Conforme
se
d
e-preende dos resultados
co
n
sta
nt
es
do QUADRO VI
.
o
custo
do
dinh
e
i-ro
baixou
se
n
s
ivelm
e
nt
e
nas
tran-sações
de
pra
zo superior
a 5 anos.
Esta
s,
porém,
seg
undo
jáv
im
os
(QU
ADRO lU)
.
diminuíram
d
e
freqüência, perfazendo em 1959
aproximadamente 71
r;da qua
nti
a
total
.
contra 77
%
no ano anterior.
Os juros de novas hipotecas a
pra-zo curto,
cujo
montante em
núme-ros absolutos aumentou em
rela-ção a
1
958
.
permaneceram
está-veis
.
O prazo médio para amortização
dos débitos não foi afetado pela
depreciação monetária ou pela
evo-lução dos preços imobiliários,
man-tendo-se
inferior a 11 anos.
CRESCE O PATRIMóNIO
INDIVIDUAL
Estudando não
sàmente as
com-pras como as
vendas
efetuadas em
cada grupo
de inver
s
ores,
observa-se
qu
e
os
indivíduo
s
conseguiram,
devido ao
excesso
das primeiras
Sô-br
e
as
últimas, ampliar o
seu
pa-trimônio
co
njunto de bens de raiz
d
e
1
332
imóv
e
is
,
correspondentes a
CrS
275 milhõ
es.
contra
1401 uni
-dades por CrS
173 milhões
e
m
1958. O
acréscimo
médio foi, por-VI - TAXAS MtOIAS DE JUROS E PRAZOS MÉDIOS PARA AMORTIZAÇÃO DOS
• •
NOVOS EMPRESTIMOS HIPOTECARIOS NO DISTRITO FEDERAL
- JANEIRO A NOVEMBRO DE 1959
-TAXA AltOIA. DE JUROS PRAZO >JtOlO PARA AlIORTlZACÃO
PRAZD I ~ , (anos I CON TRAnJAL 1959 1958 1957 1959 1958 1957 Curto " , . , •• ,. , 11.2 11. 2 10,3 2 • 4 2 • J 2. 1 M'dio, •• , ••• • •. 10.8 ll, " ll,4 10,1 10,1 11,4 Longo, . . ....•. , 10.0 11,2 10, 2 20,0 19,8 20,3 TOTAL . . , . , . •. . . 10 .4 11 ,3 10,9 10.1 10,9 ,. 7 Fonte: CartórJos.
126 CONJUNTURA ECONÔMICA
tanto, de CrS 206 mil por imóvel
em 1959, em confronto com ... CrS 123 mil no ano anterior
(.67 %).
Cbservou-se, outrossim, que as
pessoas fisicas adquiriram um
número de prédios bem superior aos
vendidos. Todavia, a quantia
glo-bal dessas vendas superou a das respectivas compras. Tais
resulta-dos parecem indicar uma tendên
-cia no
sentido
de
expansão
das
transações com moradias para uma só famBia, situadas nos bair.
ras onde vigoram preços mais
accessíveis. Sem dúvida, tal evolu
-ção, ao menos em parte, decorre
CATEGORIA
-N.o
também da redução de demolições
de prédios antigos, em cujo lugar
seriam erguidos novos edificios de apartamentos.
O saldo líquido de compras
me-nos vendas de apartamentos não
obedeceu em 1959 a um ritmo tão
intenso quanto no ano anterior, o
que talvez reflita uma relativa e
possivelmente passageira
satura-ção quanto a êste tipo de
habi-tação.
Em síntese, a diferença entre
aquisições e vendas de bens de raiz
por particulares ofereceu o
seguin-te panorama (valores em milhões
de CrS) :
1959
I
1958I
Valor N.o ValorPrédios • • • • • • • • • • • • • •
+
190-
109+
1O~I
199Terrenos
.
.
. . .
.
. .
.+
313+
13+
266 ,-
11Apartamentos • • • • • • • •
+
829+
371+
I 03~+
383Total
. . .
.. . .
+
1332+
27;;+
1401+
InUm exame similar das
transa-ções efetuadas, pelas principais
en-tidades revela que a indústria
re-gistrou expansão, de propriedades
imobiliárias (Cr$ 31 milhões) na
escala de 59
%
das comprasefe-tuadas, ao passo que o
comér-cio vendeu bens de raiz por um
total superior em Cr$ 32 milhões
ao montante das suas aquisições
(31 (,c das compras). Parece, pois,
que em 1959 a necessidade de
mo-bilizar recursos induziu muitas
fir-mas comerciais a se desfazerem de
propriedades imobiliárias, a fim de
poder atender com mais facilidade
os seus compromissos
operacio-nais, influenciados pela alta geral
de preços internos, bem como pela
difícil situação cambial e outTOS
insta-FEVEREIRO 127
Jação de novas fábricas, tal
impo-sição
não
se
fêz
sentir em
relação
a
indústria
,
investigada como
um
,
so grupo.
MUDAM AS PREFERÊNCIAS DOS COMPRADORES
Já
vimos
que
os
valores
venais
de prédios
,
terrenos
e apartamen
-tos
não
seguiram uma tendência
unüorme. Pesquisando
ainda a
influência da
localização dos
bens
de raiz nas diversas
zonas
da
cida-de,
notamos que
,
geralmente,
as
cotações
de imóveis nos bairros
ca-racterizados por preços mais
acces-síveis estiveram sujeitos a
flutua-ções
menos
violentas
que
as
dos
demais.
Transcrevemos
a seguir os
valo-res
médios
alcançados
nos
subúr-bios
,
zona
norte
e
ilhas, bem
como
no Centro e
na
zona sul (Cr$
mil
'
/Unidade) :
ZONAS COM PREÇOS
-AccessiveisI
Elevados CATEGORIAI
1959 1958 1959 1958 433I
485 1447 2106 160 167 1944 1450 490 484 682 583Prédios
.
..
.
.
.
..
.
...
. .
Terrenos
.
.
..
..
.
... .
Apartamentos
...
.
... .
.---Nessa
base, determinamos o
s
seguintes coeficientes
de
valori-zação
«('( ) :CATEGORIA ZONAS COM PREÇOS
Accessíveis
I
ElevadosPrédios • • • • • • • • • • • • • •
-Terrenos
• • • • • • • • • • • • •-Apartamentos
...
.
...
+
o
dispêndio relativamente
mó-dico para a aquisição
de um
imó-vel
nos
subúrbios,
na
zona
norte
ou
nas ilhas
e
a aproximada
esta-bilidade
dos respectivos valores
10,7
-
31,34,2
+
34,11,2
+
17,0venais (números
absolutos)
pare-cem haver
atraído um
crescente
número de inversores
em
128 CONJUNTURA ECONOMICA
Observa-se
ao
menos um
decrésci-
bairros do que no último
,
confor-mo mais
suave
do movimento
en-
me
esclarecem
as
seguintes
per-tre 1958 e 1959 no 1.0 grupo de centagens:
SUBÚRBIOS,
CENTRO E SUL
CATEGORIA NORTE E ILHAS
N.O Valor I N.o
I
ValorPrédios • • • • • • • • • • • • • •
-
6,0-
16,9-
39,1-
58,2Terrenos • • • • • • • • • • • • •
-
26,0 29,3-
50,0 33,0Apartamentos • • • • • • • •
-
1,4-
0,2-
22,2-
9,1Nessas condições, a distribuição
do
número de imóveis negociado
s
sofreu em
1958/ 9certa
modifica-ção e os bairros, onde vigoram pre
-ços
mai
s
módicos, figuram
com
freqüê
ncia
mais apreciável
nas
3
categorias,
seg
undo indica
a
com-posição percentual abaixo
( 5'0do
total) : CATEGORIA Prédios
.
.
. . ..
.
. .
.
.
. . .
Terrenos.
.. .
. .
. .
.. . .
.
Apartamentos.
.
.
.. .
.
.
SUBÚRBIOS, NORTE E ILHAS 93,fi 90,4 98,4 97,6 30,2 25,5 CENTRO E SUL 1958 6,5 9,6 1,6 2,4 69.8 74,5ALIANÇA DA BAHIA CAPITALIZAÇÃO S.
A.
SÉDE SOCIAL
Rua Guindaste dos
Padres, 3
Caixa Postal, 496 Salvador - Bahia
CAPITAL REALIZADO:
CrS 10.000.000,00
Enderéço Telegráfico:
"ALBACAP"
AGtNCIA GERAL
Av. Preso Vargas, 642
(Edificio prôprio) Tel. 52-2108
Rio de Janeiro
"
O
MELHOR TITULO DENTRO DO MELHOR PLANO PELA MELHOR SOCIEDADE DE CAPIT ALlZAÇAO"VII - APLICAÇÃO DE CAPITAL POR PESSOAS FíSICAS E ]UB1DlCAS DI IMÓVEIS MO DISTRITO FEDERAL - JANEIRO A NOVEMBRO DB 1959
(Yl1hõea de Cri)
PESSOAS FíSICAS PESSOAS JURÍDICAS
• COMPRA OU EMPRESTIMO 19 59 l. Compra de imóveis ... . .. 3 646
-2. Concessao de hipotecas ... .. 241,
.
Investimento bruto I 1 J • J 2 J •• 3 881•
•
Dêbilo8 hipotecários ....•... 853,
.
Investimento liquido \3)-(4). 3 034 Fonte: CartÓrios.INVERSÕES INDIVIDUAIS: CR$ 3 BILHÕES
Um resumo das observações
fei-tas
(QUADRO
VII) mostra que os
particulares
seguiram
uma
políti-ca
inversionista
em
imóveis
radi-calmente
diversa das
entidades.
O
elevado padrão
de novos
aluguéis
(mantendo vivo
o interêsse pelo
lar
próprio),
a relativa
facilidade
d
e
obter-se financiamento e
a
alta
rentabilidade
efetiva
de hipotecas
concedidas em comparação
com
outros empregos
de capital)
atraí-ram em
11 meses de 1959 um total
de Cr$
3
bilhões de recursos per
-tencentes a
indivíduos para a
aqui-sição
de bens de raiz ou a realização
19 58 %
ai
1959 1958 1 959 1 958 %ai
1959 1958•
141 - 12'"
90' _36 l5S + 55 668 7S9 _ 12•
296-
10 1 24' 1 662 -"
80. + 6"
110-"
3 492-
13 1 193 1'"
- 23de
empréstimos.
Essa
manteve-se 13
%aquém
trada no ano anterior.
quantia
da
regis-A renovação da lei do
inquilina-to
(com
a
conseqüente
incerteza a
respeito do
valor
real futuro de
aluguéis), o
retraimento de
pros-pectivos compradores
(que
visam
revenda
ou
renda dos imóveis
ad-quiridos)
,
a limitação legal de
ju-ros
a
12
%
anuais (taxa inferior à
desvalorização monetária)
e
as
di-ficuldades de crédito
imobiliário
encontradas
por
firmas
comerciais
ou industriais determinaram uma
diminuição de 23
%
de fundos
em-pregados por pessoas jurídicas em
bens de raiz, de
forma
que
em
1959,
até novembro,
êstes apenas
totali-zaram
Cr$ 1,2 bilhão.
BANCO DA PREFEITURA DO DISTRITO FEDERAL S.
A.
MATRIZ: Avenida Rio Branco, 41
AGtNClAS
Marquês do Rerval: Av. Rio Branco, 185 - Loja 1
Campo Grande: Av. Cesário de Melo, 1188
Jacarepaguá: Av_ Geremário Dantas, 56
l\tadureira: Av. Ministro Edgard Romero, 239 - E/F
Méier: Rua Frederico Méier, 22
Penha: Rua José Maurício, lOI-B/C