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Dispõe sobre a remoção de órgãos, tecidos e partes do corpo humano para fins de transplante e tratamento e dá outras providências.

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PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA

Lei n. 9.434 de 04 de fevereiro de 1997

Dispõe sobre a remoção de órgãos, tecidos e partes do corpo humano para fins de transplante e tratamento e dá outras providências.

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PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA

A disposição de tecidos, órgãos e partes do corpo humano, em vida ou “post mortem” deve ser

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PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA

Art. 199 da Constituição Federal:

A assistência à saúde é livre à iniciativa privada.

§ 4º A lei disporá sobre as condições e os requisitos que facilitem a remoção de órgãos, tecidos e substâncias humanas para fins de transplante, pesquisa e tratamento, bem como a coleta, processamento e transfusão de sangue e seus derivados, sendo vedado todo tipo de comercialização.

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PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA

O direito às partes separadas do corpo vivo ou morto integra a personalidade humana.

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PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA

Enunciado 532 - VI Jornada de Direito Civil

É permitida a disposição gratuita do próprio corpo com objetivos exclusivamente científicos, nos termos dos artigos 11 e 13 do Código Civil.

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PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA

ATENÇÃO

Não estão compreendidos na lei a doação de sangue, esperma e óvulo.

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PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA

Apenas hospitais públicos e particulares são autorizados a realizarem os transplantes.

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PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA

A retirada “post mortem” de tecidos, órgãos ou partes do corpo destinados a transplante deverá ser precedida de diagnóstico de morte encefálica, constatada e registrada por dois médicos não participantes das equipes de remoção e transplante.

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PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA

Será admitida a presença de médico de confiança da família do falecido no ato da comprovação e atestação da morte encefálica.

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PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA

A retirada de tecidos, órgãos e partes do corpo de pessoas falecidas para transplantes ou outra finalidade terapêutica, dependerá da autorização do cônjuge ou parente, maior de idade, obedecida a linha sucessória, reta ou colateral, até o segundo grau inclusive, firmada em documento subscrito por duas testemunhas presentes à verificação da morte.

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PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA

A remoção “post mortem” de tecidos, órgãos ou partes do corpo de pessoa juridicamente incapaz poderá ser feita desde que permitida expressamente por ambos os pais, ou por seus responsáveis legais.

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PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA

É vedada a remoção post mortem de tecidos, órgãos ou partes do corpo de pessoas não identificadas.

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PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA

É permitida à pessoa juridicamente capaz dispor gratuitamente de tecidos, órgãos e partes do próprio corpo vivo, para fins terapêuticos ou para transplantes em cônjuge ou parentes consanguíneos até o quarto grau, ou em qualquer outra pessoa, mediante autorização judicial, dispensada esta em relação à medula óssea.

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PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA

Só é permitida a doação quando se tratar de órgãos duplos, de partes de órgãos, tecidos ou partes do corpo cuja retirada não impeça o organismo do doador de continuar vivendo sem risco para a sua integridade e não represente grave comprometimento de suas aptidões vitais e saúde mental e não cause mutilação ou deformação inaceitável, e corresponda a uma necessidade terapêutica comprovadamente indispensável à pessoa receptora.

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PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA

O doador deverá autorizar, preferencialmente por escrito e diante de testemunhas, especificamente o tecido, órgão ou parte do corpo objeto da retirada.

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PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA

A doação poderá ser revogada pelo doador ou pelos responsáveis legais a qualquer momento antes de sua concretização.

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PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA

O indivíduo juridicamente incapaz, com compatibilidade imunológica comprovada, poderá fazer doação nos casos de transplante de medula óssea, desde que haja consentimento de ambos os pais ou seus responsáveis legais e autorização judicial e o ato

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PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA

É vedado à gestante dispor de tecidos, órgãos ou partes de seu corpo vivo, exceto quando se tratar de doação de tecido para ser utilizado em transplante de medula óssea e o ato não oferecer risco à sua saúde ou ao feto.

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PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA

O autotransplante depende apenas do consentimento do próprio indivíduo, registrado em seu prontuário médico ou, se ele for juridicamente incapaz, de um de seus pais ou responsáveis legais

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PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA

É garantido a toda mulher o acesso a informações sobre as possibilidades e os benefícios da doação voluntária de sangue do cordão umbilical e placentário durante o período de consultas pré-natais e no momento da realização do parto.

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PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA

O transplante ou enxerto só se fará com o consentimento expresso do receptor, assim inscrito em lista única de espera, após aconselhamento sobre a excepcionalidade e os riscos do procedimento.

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PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA

Nos casos em que o receptor seja juridicamente incapaz ou cujas condições de saúde impeçam ou comprometam a manifestação válida da sua vontade, o consentimento de que trata este artigo será dado por um de seus pais ou responsáveis legais.

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PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA

A inscrição em lista única de espera não confere ao pretenso receptor ou à sua família direito subjetivo a indenização, se o transplante não se realizar em decorrência de alteração do estado de órgãos, tecidos e partes, que lhe seriam destinados, provocado por acidente ou incidente em seu transporte

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PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA

É proibida a veiculação, através de qualquer meio de comunicação social de anúncio que configure:

a) Publicidade de estabelecimentos autorizados a realizar transplantes e enxertos, relativa a estas atividades.

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PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA

b) Apelo público no sentido da doação de tecido, órgão ou parte do corpo humano para pessoa determinada identificada ou não.

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PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA

c) Apelo público para a arrecadação de fundos para o financiamento de transplante ou enxerto em beneficio de particulares.

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PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA

Art. 13. É obrigatório, para todos os estabelecimentos de saúde notificar, às centrais de notificação, captação e distribuição de órgãos da unidade federada onde ocorrer, o diagnóstico de morte encefálica feito em pacientes por eles atendidos.

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PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA

Artigo 13 do Código Civil

Salvo por exigência médica, é defeso o ato de disposição do próprio corpo, quando importar diminuição permanente da integridade física, ou contrariar os bons costumes.

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PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA

Artigo 13, parágrafo único, do Código Civil

O ato previsto neste artigo será admitido para fins de transplante, na forma estabelecida em lei.

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PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA

Artigo 14 do Código Civil

É válida, com objetivo científico, ou altruístico, a disposição gratuita do próprio corpo, no todo ou em parte, para depois da morte.

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PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA

Artigo 14, parágrafo único, do Código Civil

O ato de disposição pode ser livremente revogado a qualquer tempo.

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PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA

AÇÃO JUDICIAL EM FACE DO SECRETÁRIO DA SAÚDE (ESTADUAL OU MUNICIPAL)

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PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA

Há verdadeira responsabilidade solidária entre os entes federados no atendimento da saúde, como se depreende do texto constitucional (art. 196) e especialmente, com plena aplicação ao caso aqui sob exame, da Constituição Estadual (art. 219), que expressamente atribui ao Estado de São Paulo e aos municípios o dever de garantir o acesso universal e o atendimento integral nas questões relacionadas à saúde.

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PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA

No plano infraconstitucional, o art. 4º da Lei n. 8.080/90 vem explicitar esse dever, ao anunciar que o Sistema único de Saúde constitui-se pelo “conjunto de ações e serviços de saúde, prestados por órgãos e instituições públicas federais, estaduais e municipais, da Administração direta e indireta e das fundações mantidas pelo Poder Público”.

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PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA

A jurisprudência, como se vê, é torrencial,tanto que ensejou, na esfera da Seção de Direito Público do Tribunal de Justiça de São Paulo, a edição da súmula nº 37, com o seguinte texto: “A ação para fornecimento de medicamentos e afins pode ser proposta em face de qualquer pessoa jurídica de direito público interno”.

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PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA

O artigo 196, "caput", da Constituição Federal de 1988 dispõe que “a saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doenças e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para a sua promoção, proteção e recuperação”.

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PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA

“Art. 219. A saúde é direito de todos e dever do Estado. Parágrafo único. O Poder Público estadual e municipal garantirão o direito à saúde mediante: (...) 2 acesso universal e igualitário às ações e ao serviço de saúde, em todos os níveis (...) 4. atendimento integral do indivíduo,abrangendo a promoção, preservação e recuperação de sua saúde”.

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PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA

Referidas normas constitucionais criaram direito público subjetivo do cidadão e dever do Estado de acesso a serviços que promovam a recuperação daqueles acometidos por doença.

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PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA

Lei n. 8.080/90. É o que se infere especialmente dos seus artigos 2º, § 1º, 6º, inc. I, e 7º, inc. IV.

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PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA

Como anota o eminente Ministro Celso de Mello, “(...) Entre proteger a inviolabilidade do direito à vida e à saúde, que se qualifica como direito subjetivo inalienável assegurado a todos pela própria Constituição da República (art. 5º, caput, e art. 196), ou fazer prevalecer, contra essa prerrogativa fundamental, um interesse financeiro e secundário do Estado, entendo uma vez configurado esse dilema que razões de ordem ético-jurídica impõem ao julgador uma só e possível opção:aquela que privilegia o respeito indeclinável à vida e à saúde humanas” (RE-AgR nº 393.175-RS)

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PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA

Alvará Judicial para Transplante de Órgãos de Pessoas Conhecidas

O pedido de alvará deve obedecer ao procedimento da jurisdição voluntária, de acordo com os arts. 719 a 725 do CPC.

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PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA

-Petição inicial (arts. 300, 319 e 320 do CPC)

- Requerimento de intimação do representante do Ministério Público para acompanhar o feito

- Citação dos interessados pelo correio (art. 247 do CPC)

- Contestação no prazo de 15 (quinze) dias - Sentença.

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PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA

FORO COMPETENTE

- Por se tratar de jurisdição voluntária, o pedido de alvará judicial deve ser ajuizado no domicílio do próprio requerente.

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PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA

ENDEREÇAMENTO: JUÍZO CÍVEL

QUALIFICAÇÃO DAS PARTES: Artigo 319, inciso I, do CPC

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PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA

MARIA (nome da doadora), brasileira, casada, empregada doméstica, portadora do RG nº ___________________, devidamente inscrita no CPF/MF ____________________, endereço eletrônico, residente e domiciliada na Rua ________________, no bairro ______________, CEP ___________, nesta Capital, por meio de seu advogado e bastante procurador infra-assinado (instrumento de mandato em anexo), vem, mui respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, com fulcro no art. 199, § 4ª da Constituição Federal combinado com o art. 9º da Lei n. 9.434/97, requerer pedido de ALVARÁ JUDICIAL PARA TRANSPLANTE DE ÓRGÃO a favor de FULANO DE TAL (estado civil, existência de união estável, profissão, número de inscrição no CPF/MF, endereço eletrônico, domicílio e a residência), pelos motivos abaixo articulados:

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PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA

I - DOS FATOS

Expor o fato e os fundamentos do pedido (artigo 319, inciso III, do CPC.

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PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA

ATENÇÃO

É importante ressaltar na petição inicial que Fulano de Tal está inscrito no Sistema Nacional de Transplante (SNT), contudo a declaração médica explicita que ele está profundamente enfermo e não poderá aguardar a ordem cronológica da lista emitida pelo órgão supramencionado.

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PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA

FUNDAMENTAÇÃO LEGAL

Artigo 199, § 4º, da CF Lei n. 9.434/97 - Artigo 9º

Art. 199, § 4º, da Constituição Federal e da Lei n. 9.434/97

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PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA

Por fim, a autora requer que lhe seja concedida a tutela de urgência, de forma liminar, a fim de conceder-lhe o competente alvará, autorizando a retirada do rim da autora em favor de Fulano de Tal, de acordo com a fundamentação apresentada, visto que o pedido de tutela preenche os requisitos do artigo 300 do CPC.

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PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA

Isto posto, requer a Vossa Excelência que se digne de conceder-lhe a tutela de urgência, de forma liminar, a fim de conceder-lhe o competente alvará para o transplante em favor de Fulano de Tal, para que se faça a costumeira Justiça.

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PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA

No final, requer o julgamento procedente do pedido, confirmando-se, portanto, a tutela provisória de urgência concedida anteriormente.

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PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA

Requer a intimação do membro do Ministério Público, em conformidade com a lei.

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PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA

Por se tratar de jurisdição administrativa, os autores informam que não optam pela realização da audiência de tentativa de conciliação, nos termos do artigo 319, inciso VII, do CPC.

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PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA

Protesta provar o alegado por todos os meios de prova admitidos em direito.

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PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA

Dá-se à causa o valor de R$ 2.000,00 (dois mil reais) para efeitos de alçada.

Nestes termos,

pede deferimento. Local e data.

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