DESENVOLVIMENTO RECENTE NO FINANCIAMENTO
DA INFRAESTRUTURA LOGÍSTICA
(o conteúdo da apresentação é de responsabilidade exclusiva do palestrante e não necessariamente expressa a opinião do BNDES)
Cleverson Aroeira
Chefe do Depto de Transportes e Logística do BNDES
transportes
estoques
fluxo
integração
eficiência
Serviços
Logística
Capital físico Inteligência gestãoInfraestrutura
Logística
Infraestrutura •Rodovias •Ferrovias •Portos •Aeroportos •Armazéns Superestrutura •Equipamentos Portuários •Material Rodante •Caminhões •Embarcações Operação •Operadores Logísticos •Gestão de ativos •Gestão de frotas •Inteligência logística Tecnologia •TICs •Softwares de gestão e otimização •Hardware Marco Regulatório •Mercado competitivo •Segurança para o investidor •Estabilidade Meio Ambiente •Eficiência energética •Processos sustentáveis •Redução de GEE 56 Infraestrutura logística é incompatível com a situação
econômica do país
Fonte: WEF (2014)
◙ The Global Competitiveness Report 2014 do WEF – Ranking de 138 países
◙ Connecting to Compete (2014), do Banco Mundial, apresenta o Logistics Performance Index (LPI) – Ranking de 160 países
Fonte: BM (2014)
País Rank LPI Fronteiras Infraestrutura Embarque internacional Qualidade e competência da logística Rastreabilida de Celeridade Alemanha 1 2 1 4 3 1 4 Estados Unidos 9 16 5 26 7 2 14 China 28 38 23 22 35 29 36 India 54 65 58 44 52 57 51 Brasil 65 94 54 81 50 62 61 Russia 90 133 77 102 80 79 84
País Qualidade das Estradas Qualidade das Ferrovias Qualidade dos Portos Qualidade dos Aeroportos Disponibilidade e Qualidade da Infraestrutura Alemanha 11 7 9 8 5 EUA 18 16 16 17 8 China 50 19 54 60 16 Índia 76 18 64 56 34 Rússia 127 30 81 95 42 Brasil 111 95 122 115 102
7,1% 4,8% 3,2% 2,8% 0,8% 0,8% 0,4% 0,3% Brasil EUA
Custos Logísticos em relação ao PIB (Brasil x EUA)
Transporte Estoque Armazenagem Administrativo
11,5% 8,7% 0,0 20,0 40,0 60,0 80,0 Rodoviário Ferroviário Aquaviário Dutoviário Aéreo 67,4 18,2 11,4 3,0 0,04 Matriz de Transportes (% TKU por Modal)
7 Matriz brasileira do transporte de cargas resulta em
altos custos logísticos
ILOS, 2013 ILOS, 2013
8 Os gargalos logísticos são amplamente conhecidos
9 Há diversos passivos socioambientais associados
11
Valores em R$ mil
Atualizado até junho/2014
Segmento Capacidade Nº de Projetos Financiamento BNDES (R$ Mil) Investimento Previsto (R$ Mil) Ferrovias 2.338 Km, 16.087 Vagões e 385 Locomotivas 30 17.181.806 51.346.750 Rodovias 6.556 Km 45 16.233.786 36.260.172 Portos 98.730.000 Toneladas por
Ano 39 10.258.390 18.029.401 Aeroportos e Transporte Aéreo 40.500.000 Passageiros por Ano 11 7.306.153 11.243.592 Navegação 219 Embarcações* 32 2.803.449 4.105.776 Transporte Dutoviário 1.331 Km 1 1.902.700 8.690.000 Terminais e Armazéns 11.149.398 Toneladas por
Ano 19 879.737 1.124.409 Outros - 1 5.799 6.443
TOTAL 178 56.571.820 130.806.543
Obs: (*) 90 rebocadores, 93 balsas, 16 empurradores, 12 navios de cabotagem e 8 outros.
Financiamentos do BNDES: operações aprovadas no período 2003 a 2014
2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014* 2015* 2016* 0,4 0,6 0,9 0,9 1,9 1,0 3,6 3,9 5,1 7,5 9,5 12,0 17,0 22,0 Armazéns Transporte aéreo Aeroportos Dutos Navegação Portos Rodovias Ferrovias
R$ Bilhões
* Previsão TMCA: 37,1% TMCA: 32,3% Histórico e Projeção dos desembolsos do BNDESem Logística Ferrovias 17% Rodovias 24% Portos 12% Navegação 1% Dutos 4% Aeroportos 40% Transporte aéreo 0% Armazéns 2% Desembolso % 2013 12
Cruzeiro do Sul
Operações em Rodovias – Carteira atual
BR-163 MT BR-163 MS BR-153 GO/TO BR-040 MG/GO/DF BR-060 DF/GO/MG BR-050 GO/MG
Concessões existentes
55
Operações
40
Investimento
R$ 53,2 bilhões
Financiamento
R$ 31,1 bilhões
Valor já liberado
R$ 9,8 bilhões
58% 13 32%Rodovias Concedidas 1 2 3 4 5 2 4 3 5 1 R$ 36,8 bilhões (5 anos) 6
# Rodovia Trecho Duplicação Extensão
1 BR-101 RJ Ponte Rio-Niterói 13
2 BR-163/230 MT/PA Sinop - Miritituba 976
3 BR-364/060 MT/GO Rondonópolis - Goiânia 704
4 BR-364 GO/MG Jataí - Entr BR-153 439
5 BR-476/153/282/480 PR/SC Lapa - Chapecó - Divisa SC/RS
493 2.625
# Rodovia Trecho Duplicação
(km)
Extensão (km)
1 BR-050 GO/MG Cristalina/GO - Divisa MG/SP 437 437
2 BR-163 MT Divisa MT/MS - Sinop 851 851
3 BR-163 MS Divisa MS/MT - Divisa MS/PR 847 847
4 BR-060/153/262 DF/GO/MG Brasília - Divisa MG/SP - Betim 1.177 1.177
5 BR-040 DF/GO/MG* Brasília - Juiz de Fora 937 937 6 BR-153 TO/GO Anápolis/GO - Aliança do Tocantins/TO 599 625
* incluindo os trechos de conversão de multifaixa em duplicação 4.847 4.873
Novas concessões rodoviárias federais: aprimoramento do marco regulatório e investimentos expressivos
Concessões existentes 13 Operações 12 Investimento R$ 33,9 bilhões Financiamento R$ 10,8 bilhões Valor já liberado R$ 4,0 bilhões Piquet Carneiro Ibotirama Luís Eduardo Barreiras Imbituba Ilhéus Limeira Lucas do Rio Verde Vilhena Tubarão FTC PORTO ALEGRE GOIÂNIA Aceguá Pelotas CAMPO GRANDE TERESINA
Juazeiro Porto Real do Colégio Balsas Rio Balsas Juruti Santarém Eliseu Martins Itiquira DF Figueirópolis RECIFE JOÃO PESSOA MACEIÓ FLORIANÓPOLIS CURITIBA RIO DE JANEIRO SÃO PAULO VITÓRIA PALMAS MANAUS BOA VISTA NATAL PORTO VELHO SALVADOR MACAPÁ
BELÉM SÃO LUÍS
FORTALEZA Uruaçu CUIABÁ Salgueiro Brumado da Bahia Estreito Açailândia Araquari Ribeirão Cascalheira Carajás Barcarena Sobral Oriximiná Rio Grande Macau Marabá Caetité Montes Claros Estrela d’Oeste Panorama Sorriso Alto Boa Vista
Altamira Santana do Livramento Pres. Epitácio Miritituba Sinop Rio Paranaíba Eclusa de Tucuruí Gov. Valadares Rondonópolis Alto Araguaia Corumbá EFVM FCA
ALL Malha Sul
ALL Malha Paulista ALL Malha Norte
Cianorte Ferroeste
BELO HORIZONTE ALL Malha OesteMaracaju
MRS EFC TLSA FNS (Tramo Norte) FNT 15 Operações ferroviárias: carteira atual
32%
Ferrovias do PIL e PAC: novo marco regulatório trará expressivos investimentos
Operações 24 Investimento R$ 18,5 bilhões Financiamento R$ 10,2 bilhões Valor liberado R$ 6,5 bilhões 17 Santarém Salgueiro SALVADOR Barreiras
SÃO LUÍS Sobral PORTO DE PECÉM
BELÉM Açailândia PALMAS Barcarena Vilhena Lucas do Rio Verde CUIABÁ PORTO ALEGRE VITÓRIA Eliseu Martins Balsas Ilhéus Porto de Vitória FLORIANÓPOLI SImbituba Juruti TERESINA RECIFE JOÃO PESSOA MACEIÓ MANAUS BOA VISTA NATAL PORTO VELHO MACAPÁ FORTALEZA
PORTO DE RIO GRANDE
Porto de Itaqui PORTO DE SALVADOR GOIÂNIA DF CURITIBA RIO DE JANEIRO SÃO PAULO Carajás Porto de Manaus RIO BRANCO Rio Grande
PORTO DE SÃO FCO DO SUL PORTO DE PARANAGUÁ Tubarão Altamira Miritituba Corumbá CAMPO GRANDE PORTO DO AÇU Itacoatiara TMPM Vila Velha Camaçari Pradópolis Rondonópolis BELO HORIZONTE Votuporanga Eclusa de Tucuruí Juazeiro Marialva Araucária
Tecon Rio Grande Alto Taquari Conchas PORTO DE SUAPE Itaquaquecetuba Paulínia PORTO DE SANTOS PORTO LESTE Terminais portuários Portos Novos portos 55%
Operações em Portos – Carteira atual
PORTO DE ITAJAÍ
Terminais e armazéns
Operações
6
Investimento
R$ 13,0 bilhões
Financiamento R$ 9,0 bilhões Desembolso R$ 5,8 bilhões 45% da demanda domésticaOperações em Aeroportos – Carteira atual
69% 18 BSB GRU CNF GIG VCP ASGA 44%
Rodovias 38% Ferrovias 31% Portos 25% Aeroportos 6%
Perspectivas de investimento 2014 - 2017
Rodovias 19 Ferrovias Portos Aeroportos 63,5 50,8 41,0 9,8 Investimento R$ biSetores
Total 165,1• Concessionárias
• Grupos econômicos com ativos em infraestrutura de logística e transportes
• Ampliar e modernizar a rede de infraestrutura de transportes
• Tornar os processos logísticos mais econômicos e eficientes
• Promover a modicidade tarifária e maior concorrência entre os operadores
• Integração dos modais articulados com as cadeias produtivas
Beneficiários: Objetivos: (3) Renda Variável (2) Debêntures (1) Crédito Componentes:
Apoio financeiro do BNDES à logística
• DIRETO (acima de R$ 20 milhões), INDIRETO (agentes financeiros) ou MISTO
• Project finance ou financiamento com garantias corporativas (reais e pessoais)
Formas de Apoio (crédito): 21 • Corporate Finance • Project Finance Estruturação do Financiamento:
Obras civis
◙ Operações Diretas:
Participação do BNDES: de 70 a 90% em TJLP
Prazos: de acordo com a capacidade de pagamento (10 a 15 anos)
◙ Operações Indiretas:
Máquinas e Equipamentos
◙ Programa BNDES-PSI (até 31/12/2014)
4,5% a.a. a 6,0% a.a. Participação do BNDES – de 80 a 100%
Prazo de até 10 anos
22 Custo financeiro TJLP Spread básico: 1,0 a 1,5% a.a. Taxa de risco de crédito* Custo financeiro TJLP Spread básico: a partir de 1% a.a. Interm. financeira 0,5% a.a. Remuneração do agente financeiro
*até 4,18% a.a., conforme rating da empresa
(1) Condições para financiamento à logística Linha de logística
(2) Debêntures de infraestrutura Project bonds
Holding
SPE 1 SPE 2 SPE N
Título
Equity
Título
Equity
Fonte: BNDES 23
Títulos brasileiros de infraestrutura e fundos de investimento de infraestrutura – benefícios para investidores não-residentes: (i) Alíquota zero do imposto de renda
(ii) zero de IOF (Imposto sobre Operações Financeiras)
OU
Bancos/Fundos governamentais podem co-investir com investidores estratégicos e financeiros, quer diretamente nas SPEs ou através do
Forma de Apoio:
• Possibilidade de subscrição pela BNDESPAR de ações ou outros valores mobiliários conversíveis ou permutáveis em ações;
Condições para Participação da
BNDESPar:
• Aporte mínimo de R$ 100 milhões
• Participação limite: até 20% do capital social da holding • Adoção de melhores práticas de governança
• Mecanismos de liquidez: venda conjunta (tag along), previsão de abertura de capital ou opção de venda para o controlador (put)
24 (3) Equity
Project Finance – modelo típico
... prazo de concessão
Equity (≥ 20%) Empréstimo
-Ponte Empréstimo de Longo Prazo (até 70%) Títulos de Infraestrutura
(10-15%)
Cronologia dos eventos
Fonte: BNDES 25
e outros Investidores estratégicos e financeiros, locais e estrangeiros
Investidores financeiros locais e estrangeiros Contratos assinados /Empréstimo-ponte aprovado 3 meses Empréstimos de LP aprovados
6 meses 30 meses para
60 meses
Completion
Fim da concessão Leilão
Desafios recentes ao
financiamento
Estruturação de Project Finance
27 SPE concessionária Poder concedente Contrato de construção Financiadores/ Debenturistas Acionistas Clientes/ usuários Contrato de O&M Seguradoras • Marco regulatório consolidado • Riscos não gerenciáveis • Elaboração do projeto • Atrasos e sobrecustos • Variação do OPEX • Equity ordinário • Equity adicional • Funding •Risco de Crédito • Recom-posições tarifárias • Riscos seguráveis A estruturação do projeto deve buscar umaalocação de riscos que atribua à SPE somente os
riscos gerenciáveis com recursos do projeto
28 Maior volume de recursos Estrutura de financiamento prazos adequados e taxas competitivas Acesso aos mercados de capitais e cofinanciamento Alocação adequada dos riscos e estrutura balanceada de garantias Marco regulatório Riscos não gerenciáveis assumidos pelo poder concedente ou entidade garantidora Redução de sobrecustos e de riscos de construção Endereçamento do risco de licenciamento ambiental Desafios no financiamento à infraestrutura
Curva de amortização baseada na Tabela Price, ao invés de
SAC, no caso de emissão de títulos pela SPE
Compartilhamento de garantias
(com outros credores seniors ou titulares de debêntures)
Cronograma de amortização das debêntures ajustados ao
fluxo de caixa do projeto
Crédito total calculado segundo a capacidade de pagamento
do projeto (ICSD de toda dívida ≥ 1,2)
Emissão de debêntures tanto durante a implantação quanto
depois de ultrapassados os riscos de implantação do projeto
29 Financiamento à infraestrutura – facilitadores
30 Financiamento à infraestrutura – facilitadores
Estrutura de garantias
Estrutura geral
Pre-Completion
Conta reserva para o serviço de dívida (com 3 prestações) Penhor de ações da SPE
Penhor de recebíveis e direitos (incluindo qualquer pagamento de indenização)
Step in rights
Garantia corporativa Fiança bancária
Equity Support Agreement Pacote de garantias
Post-Completion Covenants operacionais e
financeiros
* Uma alocação apropriada de riscos permite uma estrutura equilibrada e balanceada de garantias
Gerencia fundos de
garantia, dentre os quais
o FGIE
Papel complementar ao
mercado: lida com riscos
não gerenciáveis e/ou
não seguráveis
ABGF FGIE
Importante na fase de pre-completion
Garante obrigações assumidas pela SPE com os credores proporcionando
liquidez para a conclusão do projeto
Contribui para cobrir sobrecustos devido a riscos não gerenciáveis e não seguráveis até a conclusão
física
Financiamento à infraestrutura – facilitadores ABGF/FGIE
Licenciamento ambiental – experiência recente nas concessões rodoviárias
As rodovias do PIL estão inaugurando um novo modelo de
alocação de risco para o licenciamento ambiental: o poder
concedente é responsável por obter todas as licenças
Empenho engajado da agência reguladora, do Ibama e do
governo federal (EPL e Ministério dos Transportes)
Portaria Interministerial (MMT / MT n º 288/13) definiu um
procedimento acelerado para rodovias federais
Início rápido das obras civis de acordo com as
características definidas na portaria (trechos em duplicação
que não geram passivos ambientais significativos)
Conclusões: financiamento à infraestrutura
Regulamentação eficiente
Financiamento de longo prazo com condições adequadas (âncora do BNDES)
Participação de financiamento privado e do mercado de capitais, com compartilhamento de garantias
Alocação adequada de riscos e estrutura adequada de garantias
Riscos não gerenciáveis e não seguráveis assumidos pelo poder concedente e/ou fundos garantidores
Maior detalhamento do custo do projeto
35 ‘