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Palavras chaves: Formação de Professores Arte Educação Infantil Formação Integral- Arte-educação.

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Academic year: 2021

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Solange Almeida Gobbi

RESUMO

Este trabalho coloca em pauta a formação de professores de Arte e as possibilidades de formação integral da criança na educação infantil.

Sua problematização inicial reside, por um lado, na formação dos professores da Educação Infantil, no ensino da Arte e, por outro lado, a constatação do comprometimento para a formação integral da criança devido situação de precariedade conceitual e metodológica que preside as aulas de grande parte dos professores. A pesquisa bibliográfica foi utilizada como procedimento de exposição e argumentação respondendo a problematização.

Palavras chaves: Formação de Professores – Arte – Educação Infantil – Formação Integral-

Arte-educação.

ABSTRACT

This work puts in staff training for teachers of art and the possibilities of development of children in early childhood education. His initial questioning is, first, the training of teachers of early childhood education, the teaching of Art end on the other hand, the finding of commitment to the development of children because of the precarious situation conceptual and methodological who chairs the great lessons of the art teachers. The literature review was used as exposure procedure and responding to arguments questioning.

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A atual Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDBEN – n. 9.394-96 estabelece em seu artigo 26, parágrafo segundo, a arte como conteúdo curricular obrigatório nos diversos níveis da educação básica. Conseqüente a ultima edição da LDBEN, o Ministério da Educação e do Desporto editou, em 1997, os Parâmetros Curriculares Nacionais – PCNs – a fim de apontar metas de qualidade para a educação do cidadão participativo, reflexivo, autônomo e conhecedor de seus direitos e deveres. Esses parâmetros foram elaborados para servir de referencia ao trabalho do professor, respeitando-se a concepção pedagógica própria e a pluralidade cultural brasileira.

A educação em arte propicia o desenvolvimento do pensamento artístico e da percepção estética, que caracterizam um modo próprio de ordenar e dar sentido a experiência humana: o aluno desenvolve sua sensibilidade, percepção e imaginação, tanto ao realizar formas artísticas quanto na ação de apreciar e conhecer as formas produzidas por ele e pelos colegas, pela natureza e nas diferentes culturas. Esta área também favorece ao aluno relacionar-se criadoramente com as outras disciplinas do currículo. (Brasil, 1997, p. 19)

(Freire, 1981), nos diz que: “o saber se faz através de uma superação constante”, e que somos “sujeitos de sua própria educação”. Partindo desta falas, podemos entender que a educação é um processo continuo de aprendizagem, tanto para o professor quanto para o aluna, uma vez que este profissional precisa estar constantemente se superando para conseguir alcançar uma maneira mais eficiente de transmissão de conhecimento e experiências.

Hoje em dia, a idéia de que a auto-expressão é primordial no aprendizado e que o professor não passava de “facilitador”, dessa auto-expressão do aluno já caiu por terra. Dizer que aprender e ensinar já não pode mais ser vista como algo simples e vertical, nos leva a uma nova forma de adquirir e desenvolver conhecimentos. Podemos perceber que essa relação professor – aluno, perpassa por uma troca de experiências – conhecimentos, dialogada e que objetiva entender a arte, no caso, como produto da cultura e como oportunidade de adquirir conhecimento.

Azevedo (1997) já dizia que a formação de professores aparece como uma questão social problematizada; que tem sido tratada, até certo ponto, com abundancia pela literatura educacional sob vários ângulos e critérios e com amplo movimento de discussão e reflexão institucionalizada sobre o campo denominado “Formação de Professores”, conforme estudos apresentados por André (2002).

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Atualmente, a atuação do Ministério da Educação e do CNE na regulamentação da LDB no 9.394/96 tem provocado a mobilização dos educadores de todos os níveis de ensino para rediscutir a formação de profissionais da educação. A nosso ver, não bastam iniciativas de formulação de reformas curriculares, princípios norteadores de formação, novas competências profissionais, novos eixos curriculares, base comum nacional etc. Faz-se necessária e urgente não só a definição explícita, mas efetivação de uma estrutura organizacional em rede nacional de formação de profissionais da educação, incluindo a definição dos locais institucionais do processo formativo. Na verdade, reivindicamos o ordenamento legal e funcional de todo o conteúdo do Titulo VI da nova LDB.

Pode-se notar que ao lado da ressignificação da profissão, o contexto escolar público aponta para os professores uma nova necessidade, a da construção de um olhar critico acerca da sua profissão, o que pode ser possível a partir do exercício da “reflexão critica”, que não é espontânea, mas pressupõe “processos de colaboração com o professorado” para favorecê-la (Contreras, 1997, p. 121).

A emancipação dos professores e a transformação do ensino é parte de um projeto mais amplo de emancipação do próprio ser humano. Em seu percurso pessoal de relação com a arte, o professor, exercitando a sua autonomia e inventividade, aprende que a transformação é possível.

A didática do ensino de Arte, ainda manifesta-se em geral em duas tendências: uma que propõe exercícios de repetição ou a imitação mecânica de modelos prontos, outra que trata de atividades somente auto-estimulantes.

O pressuposto de que a própria arte poderia favorecer o processo de capacitação dos professores de modo que lhes permitisse ressignificar a própria pratica.

Diante do exposto, os professores de Arte que atuam nas escolas de educação infantil estão preparados para responder às questões propostas pelos Parâmetros Curriculares Nacionais, identificando as possibilidades para formação integral da criança?

As crianças brasileiras têm acesso a expressões artísticas de diferentes produtores, através da televisão, dos grafites impressos nos muros, dos artefatos vinculados a festas populares, da

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arte primitiva dos produtores mais próximos a comunidade em que vivem e tantas outras fontes de informação. A fonte menos usual, infeliz e ironicamente, tem sido a escola.

Não costumamos atentar para o fato de que gerir as atividades de aula implica manter o equilíbrio entre as iniciativas individuais dos estudantes, as atitudes do professor e do grupo, criando, assim, um ambiente propicio a uma aprendizagem que envolve o trabalho simbólico de “significar”, de atribuir sentido ao que se propõe conhecer. Para tanto, é essencial a integração entre todos os implicados no processo como co-responsável pelo sucesso da aprendizagem.

No entanto, uma nova forma de reconhecer a relação das crianças com a produção artística tem tornado possível, um novo conceito de aprendizagem e uma nova forma de ação pedagógica.

Deste ponto de vista, a educação em arte da criança passa por um amplo processo de aprendizagem, que se dá tanto dentro quanto fora da escola. E cabe à escola e ao professor organizar, sistematizar esse aprendizado em atividades onde o aluno possa estar tanto no lugar de quem produz como no de quem pode conhecer, “apreciar” e “ler” seus produtos.

O movimento anarquista vem nos apresentar, possibilidades de grande relevância para as bases teóricas da educação integral, e um dos poucos teóricos que defende este formato educacional, no Brasil, é o autor do livro “Pedagogia do Risco” – Silvio Gallo (1995).

Na obra acima citada, Gallo (1995), afirma que o fundamento da educação anarquista é o processo de construção da liberdade. Diante disto, é possível entender que nesse processo, o individuo é o dono do próprio saber.

Atualmente, podemos citar a educação à distancia – pela internet, como exemplo da influência dessa pedagogia, que oferecem cursos de atualização, graduação e pós-graduação, através da tecnologia da informática. Neste formato, professor e aluno não necessitam de estarem literalmente numa sala de aula, porém é necessário que o curso esteja vinculado a uma instituição educacional.

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Hoje em dia, na formação do professor, mais especificamente, esse instrumento tecnológico tem sido utilizado de maneira sistemática. Podemos atribuir a isto, o pouco tempo que esse profissional tem para estar presencialmente em cursos relevantes a sua profissão.

O Ministério da Educação,vem vinculando na mídia televisiva, principalmente, cursos em que os profissionais da educação, poderão se inscrever com objetivo de atualizarem seus conhecimentos, referente às diciplinas que lecionam.

A educação libertária tem muito a contribuir, seja através das teorias e experiências, seja através dos esforços de pessoas como o teórico brasileiro - Silvio Gallo.

Pretendeu-se neste trabalho proporcionar, de forma reflexiva, integrar a formação de professores de arte e as possibilidades de formação integral da criança na educação infantil. Pode-se concluir que a formação do professor perpassa também por uma emancipação objetivando a formação integral desse profissional. Isso é possível a partir da reflexão de que, para esse profissional ser um detentor de praticas integralizadora e emancipada, é preciso levar em consideração todo seu percurso pessoal de relação com a arte e o exercício de sua autonomia e inventividade, tornando possível a transformação a partir do momento em que toma conhecimento da necessidade de liberdade na construção do saber, que por sua vez significa a negação do poder e o assumir responsabilidades individuais e sociais. A formação integral da criança, pode-se dizer que depende do equilíbrio entre iniciativas individuais dos estudantes em consonância com atitudes do professor e do grupo, criando, assim, um ambiente propicio para o saber integral.

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REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

ANDRÉ, Marli (Org.) Formação de professores no Brasil (1990-1998). Brasília: MEC-Inep-Comped, 2002.

AZEVEDO, J. M. L. de. A educação como política pública. São Paulo: Cortez, 1997. BAKUNIN, Mijail. La instrucción integral. Barcelona, José Olañeta Editor, 1979.

BRASIL. Lei n. 9.394, de 20 de dezembro de 1996: Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Diário Oficial da União. Brasília, v. 134, n. 248, p. 27.833-42, dez. 1996. __________. Parâmetros Curriculares Nacionais. arte (1 a 4 séries). Brasília: MEC-SEF, 1997.

CONTRERAS, José. (1987) La Autonomia Del Profesorado. Madrid, Ed. Morata. FREIRE, Paulo. (1981) Educação e Mudança. Rio de Janeiro, Paz e Terra.

GALLO, Sílvio. Pedagogia do risco: experiências anarquistas em educação. São Paulo, Papirus, 1995.

Referências

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