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27 Allegro 28 Vivace JUN F O R T I S S I M O N º 1 1 /

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27

28

JUN

Allegro

Vivace

F O R T I S S I M O N º 1 1 / 2 0 1 9

(2)

P R O G R A M A

JOÃO GUILHERME RIPPER

Fantasia Tarumã

FELIX MENDELSSOHN

Concerto para piano nº 1 em sol menor, op. 25

Molto allegro con fuoco

Andante

Presto – Molto allegro e vivace

I N T E R V A L O

ALEKSANDR BORODIN

Sinfonia nº 2 em si menor

Allegro Scherzo – Prestissimo Andante Finale: Allegro

Ministério da Cidadania e

Governo de Minas Gerais

A P R E S E N T A M 2 7 / 0 6 2 8 / 0 6

Allegro

Vivace

E N R I Q U E A R T U R O D I E M E C K E , R E G E N T E C O N V I D A D O J E A N - L O U I S S T E U E R M A N , P I A N O

(3)

Diretor Artístico e Regente Titular da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais desde sua criação, em 2008, Fabio Mechetti posicionou a orques-tra mineira no cenário mundial da música erudita. Além dos prêmios conquistados, levou a Filarmônica a quinze capitais brasileiras, a uma turnê pela Argentina e Uruguai e realizou a gravação de nove álbuns, sendo quatro para o selo interna-cional Naxos. Natural de São Paulo, Mechetti serviu recentemente como Regente Principal da Filarmônica da Malásia, tornando-se o primeiro regente brasileiro a ser titular de uma orquestra asiática.

Nos Estados Unidos, Mechetti esteve quatorze anos à frente da Orquestra Sinfônica de Jacksonville e, atualmente, é seu Regente Titular Emérito. Foi também Regente Titular das sin-fônicas de Syracuse e de Spokane, da qual hoje é Regente Emé-rito. Regente Associado de Mstislav Rostropovich na Orquestra Sinfônica Nacional de Washington, com ela dirigiu concertos no Kennedy Center e no Capitólio. Da Sinfônica de San Diego, foi Regente Residente. Fez

sua estreia no Carnegie Hall de Nova York conduzindo a Sinfônica de Nova Jersey. Continua dirigindo inúmeras orquestras norte-americanas e é convidado frequente dos festivais de verão norte-americanos, entre eles os de Grant Park em Chicago e Chautauqua em Nova York.

Igualmente aclamado como regente de ópera, estreou nos Estados Unidos dirigindo a Ópera de Washington. No seu repertório destacam-se produções de Tosca, Turandot, Carmem, Don

Giovanni, Così fan tutte, La Bohème, Madame Butterfly, O barbeiro de Sevilha, La Traviata e Otello.

Suas apresentações se estendem ao Canadá, Costa Rica, Dinamarca, Escócia, Espanha, Finlândia, Itá-lia, Japão, México, Nova Zelândia, Suécia e Venezuela. No Brasil, regeu todas as importantes orques- tras brasileiras.

Fabio Mechetti é Mestre em Regência e em Composição pela Juilliard School de Nova York e vencedor do Concurso Internacional de Regência Nicolai Malko, da Dinamarca.

FOTO: BRUNA BRANDÃO

CAROS AMIGOS

E AMIGAS,

FABIO

MECHETTI

Dois consagrados artistas se apresen-tam com a Filarmônica no programa de hoje, unindo talento e experiência. Eles trazem pela primeira vez a BH a Fantasia Tarumã, do prolífico compositor carioca João Guilherme Ripper, e revisitam um dos con-certos mais alegres do repertório pianístico, o Primeiro Concerto para

piano de Mendelssohn.

Pelas mãos do regente titular da Filar-mônica de Buenos Aires, o mexicano

Enrique Arturo Diemecke, o programa tem também a mais conhecida das sinfonias do russo Borodin, com a força dramática, riqueza melódica e colorida orquestração que a caracterizam.

Uma noite envolvente e revigorante, certamente um deleite para todos.

Tenham um ótimo concerto.

FA B I O M EC H E T T I

D I R E T O R A R T Í S T I C O E R E G E N T E T I T U L A R

(4)

O pianista Jean-Louis Steuerman ganhou grande reconhecimento como solista e recitalista internacional depois de conquistar, em 1972, o segundo lugar no Concurso Johann Sebastian Bach, em Leipzig.

Steuerman se apresentou como solista com a London Symphony sob regên-cia de Claudio Abbado, com a Royal Philharmonic sob a batuta de Lord Menuhin e Vladimir Ashkenazy (com quem tocou o Concerto de Britten no Festival de Atenas). Jean-Louis debutou nos Concertos Promenade BBC in 1985 com grande sucesso de crítica, tocando o Concerto em ré menor de Bach com a Polish Chamber Orchestra. Também subiu ao palco com a English Chamber, Hallé, Royal Liverpool Philharmonic, City of Birmingham Symphony Orchestra e a Bournemouth Sinfonietta.

Jean-Louis Steuerman esteve em concertos com a Orquestra do Gewand-haus Leipzig com Kurt Masur, Basel Symphony com Heinz Holliger, Helsinki Philharmonic (Tippett Piano Concerto), Zurich Tonhalle, Berlin Symphony, Nouvel Orchestre Philharmonique, a Orchestra Sinfonica di Milano, Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo, Petrobras Sinfônica, Sinfônica Brasileira, Dallas Symphony, Seattle Symphony,

Baltimore Symphony e Indianapolis Symphony Orchestra. Foi solista com a Filarmônica de Minas Gerais em 2010 e 2015.

O pianista fez grandes turnês na Europa, América do Norte e Japão, apresen-tando-se nas principais séries de reci-tais. Como camerista, tem tocado com alguns dos mais renomados músicos internacionais.

Suas gravações para a Philips Classics incluem a obra para piano solo de Scriabin, a obra completa de Men-delssohn para piano e orquestra com a Moscow Chamber Orchestra, os concertos para piano de Bach com a Chamber Orchestra of Europe e as Seis Partitas de Bach, gravação que lhe rendeu o prestigioso Diapason d'Or.

JEAN-LOUIS

STEUERMAN

FOTO: DUSAN MADIC

Enrique Arturo Diemecke é Diretor Artístico do Teatro Colón de Buenos Aires. Está em sua décima segunda temporada como Diretor Artístico da Filarmônica de Buenos Aires e em sua vigésima oitava temporada como Diretor Artístico da Flint Symphony, em Michigan.

O mais importante regente mexicano de sua geração, Diemecke tem uma carreira internacional que envolve gravações, concertos e ópera. Sua regência equilibra paixão, intelecto e técnica; calor, pulso e espontaneidade são suas marcas. Para o The New York Times, um regente de “ferocidade e autoridade”.

Diemecke regeu orquestras em todo o mundo, entre elas as sinfônicas de San Francisco, da BBC, de Queensland, de Porto Rico, de Baltimore; Orquestra Nacional da França, de Washington, da Rússia, de Montpellier; Orquestra de Paris, Filarmônica Real, Orquestra Simón Bolivar; filarmônicas de Los Angeles, Varsóvia e Bogotá.

Experiente condutor de ópera, foi Diretor Musical da Ópera de Bellas Artes do México e é convidado regular do Teatro Zarzuela de Madri. Suas gravações de óperas lhe renderam importantes prêmios. Compositor e arranjador, teve

suas obras executadas nos Estados Unidos, Europa e América do Sul.

Dirigiu a Orquestra Sinfônica Nacional do México por vinte anos e teve a gra-vação de concertos de Carlos Chávez indicada ao Grammy Latino. O CD com obras de Revueltas, Chávez e Moncayo deu ao maestro e à orquestra o Golden Record Award. Também foi indicada ao Grammy sua gravação da Primeira Sinfonia de Mahler, versão 1896, com a Flint Symphony. Recebeu medalha da Sociedade Mahler pela direção das sinfonias completas do compositor.

Nascido em uma família de músicos, Enrique Arturo Diemecke estudou vio-lino com o lendário Henryk Szeryng. Aos nove anos incluiu trompa, piano e percussão à sua formação. Estudou na Universidade Católica de Washington e recebeu bolsa de estudos para a Pierre Monteux School for Advanced Conduc-tors, onde foi aluno de Charles Bruck.

ENRIQUE ARTURO

DIEMECKE

(5)

RIPPER

Fantasia Tarumã

RIO DE JANEIRO, BRASIL, 1959

João Guilherme

I N ST RU M E N TA Ç ÃO

Piccolo, 2 flautas, 2 oboés, 2 clarinetes, 2 fagotes, contrafagote, 4 trompas, 2 trompetes, 3 trombones, tímpanos, percussão, cordas.

E D I TO R A

Academia Brasileira de Música

PA R A O U V I R

CD Desvelo – João Guilherme Ripper – Tons e Sons/UFRJ TS9810 – 1998

PA R A A S S I ST I R

Orquestra Filarmônica de Goiás – Neil Thomson, regente – Jean-Louis Steuerman, piano Acesse: fil.mg/rtaruma

PA R A L E R

Vasco Mariz —

História da Música no Brasil — Nova Fronteira — 2005

Atual presidente da Academia Brasileira de Música, João Guilherme Ripper é, sem dúvida, um dos mais ativos e versáteis músicos de sua geração. Autor de inúmeras obras encomendadas para os principais grupos sinfônicos do país, Ripper é um ativo professor de composição, além de destacado gestor cultural. Entre 1999 e 2003, liderou a Escola de Música da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Entre 2004 e 2015, dirigiu a reputada Sala Cecília Meireles e presidiu a Fundação Theatro Municipal do Rio de Janeiro de meados de 2015 a começo de 2017. Nesse mesmo ano, recebeu o Prêmio Especial pelo Conjunto da Obra da Associação Paulista de Críticos de Artes, como reconhecimento à sua abrangente e influente atuação no cenário da música de concerto brasileira.

Em 1979, Ripper ingressou na Escola de Música da UFRJ, onde estudou com Henrique Morelenbaum, Ronaldo Miranda e Roberto Duarte. Em 1988, tornou-se profes-sor de composição, harmonia e análise dessa mesma instituição. Mais tarde, sob orientação do violinista e compositor Helmut Braunlich e da musicóloga Emma Garmendia, doutorou-se em composição musical pela The Catholic University of America, Washington D.C. Sua obra, vasta e diversificada, é predominantemente politonal e revela um interesse particular pelos gêneros dramáticos, como a ópera, e por peças concertantes.

Obras como Jogos Sinfônicos — enco-menda da Filarmônica de Minas Gerais de 2015 — evidenciam ainda o interesse do compositor pelo esporte e pelas relações entre o músico e o atleta, relação que se dá tanto no campo metafórico, quanto em sua vida, uma vez que Ripper frequentemente atrela sua criatividade musical às atividades esportivas que permeiam seu cotidiano. É desse encontro de universos que nasce a Fantasia Tarumã. Praticante de remo em pé, Ripper aprecia remar em lugares inusitados. Foi assim que, em maio de 2018, quando esteve em Manaus para a estreia de sua ópera

Kawah Ijen, teve a oportunidade de

conhecer a Lagoa do Tarumã, um remanso do Rio Negro. O espaço, sonoramente estimulante, com seus pássaros canoros e vegetação far-falhante, serviu de inspiração para a composição da fantasia homônima, uma rapsódia recheada de episódios de caráter variado que estimulam o constante diálogo entre o pianista solista e a orquestra. A oscilação

entre motivos mais curtos e rítmi-cos e episódios mais melodiosos e atmosféricos sugere, de acordo com o compositor, “os cantos dos pássaros e a imensidão do Amazonas”, ao mesmo tempo que provocam no ouvinte uma sensação ora de contração, ora de distensão temporal. Definida pelo compositor como “um painel musical”, a Fantasia reverbera os modelos dramáticos da ópera Kawah Ijen e da cantata Icamiabas, compostas logo antes, e combina a encomenda da Orquestra Filarmônica de Goiás com um desejo antigo do compositor de compor uma obra para seu amigo Jean-Louis Steuerman. A Fantasia

Tarumã para piano e cordas foi estreada

em 11 de outubro de 2018, no Teatro Goiânia, pela Filarmônica de Goiás sob a regência de Neil Thompson e solo de Steuerman.

I G O R R E Y N E R Pianista, Mestre em Música pela Universidade Federal de Minas Gerais e Doutor em Literatura pelo King’s College London. 2 0 1 8 1 3 M I N U TO S

Primeira apresentação com a Filarmônica

(6)

MENDELSSOHN

H A M B U R G O , A L E M A N H A , 1 8 0 9 L E I P Z I G , A L E M A N H A , 1 8 4 7

Felix

I N ST RU M E N TA Ç ÃO

2 flautas, 2 oboés, 2 clarinetes, 2 fagotes, 2 trompas, 2 trompetes, tímpanos, cordas.

E D I TO R A

Breitkopf & Härtel

PA R A O U V I R

CD Mendelssohn — Piano concertos nos. 1&2; Violin concerto — Philadelphia Orchestra; Columbia Symphony Orchestra — Eugene Ormandy, regente — Rudolf Serkin, piano — Isaac Stern, violino — Sony Essential Classics – 1991

PA R A A S S I ST I R

Verbier Festival Orchestra — Kurt Masur, regente — Yuja Wang, piano Acesse: fil.mg/mpiano1

PA R A L E R

François-René Tranchefort — Guia da Música Sinfônica — Nova Fronteira – 1990

Mendelssohn morreu jovem. Era belo, inteligente, culto e rico; teve uma vida feliz. Excelente pianista, compo-sitor e regente, era admirado por Goethe, Schumann e Wagner. Amava a música alemã do século XVIII e seu gosto refinado pendia mais para o passado do que para o futuro. Aclamado em vida por toda a Europa, descobriu e divulgou, para o mundo, a música de Johann Sebastian Bach e fundou, em 1843, o Conservatório de Leipzig.

Em 1835, quando assumiu a direção da Gewandhau-sorchester Leipzig, foi o responsável pela introdução da moderna colocação da orquestra no palco, com o regente de costas para o público e os instrumentistas à sua volta, em semicírculo. Antes de Mendelssohn, o regente ficava no meio da orquestra, de frente para o público. Alguns dos instrumentistas ficavam de costas para o público, para enxergarem o regente que, por sua vez, não conseguia enxergar todos os músicos. Tal tradição remetia ao século XVIII, quando o cravista ou o primeiro violino, de algum ponto no meio da orques-tra, conduzia o conjunto. Na posição introduzida por Mendelssohn, com os instrumentistas de frente para o público, a projeção do som foi um ganho definitivo. E o regente conseguiu, finalmente, ver e ser visto por todos.

Mendelssohn nunca foi um criador moderno. Seu gosto musical era calcado no estilo de seus antecessores, especialmente J. S. Bach, Mozart e Beethoven. Mas, para

ser um continuador de Beethoven, era necessário muito mais coragem do que supunham seus opositores. Apesar de sua grande afinidade com o mestre, Mendelssohn precisava se firmar como um compositor de sinfo-nias e concertos pós-beethoveniano. O fato de ter tentado impor-se nos gêneros em que Beethoven obteve mais sucesso demonstra uma personalidade segura e corajosa, personalidade que os críticos da época, inebriados pelas conquistas dos modernos, relutavam em enxergar.

Quando Mendelssohn compôs seu

Concerto para piano e orquestra nº 1,

Beethoven morrera havia apenas quatro anos. A condensação da forma talvez tenha sido o ponto de partida que Men-delssohn encontrou para estabelecer uma maneira de compor diferente de Beethoven. Em Mendelssohn, os três movimentos do Concerto para piano nº 1 são condensados em um único mento. Numa primeira audição, movi-mentos interligados podem funcionar como uma coleção de momentos ora

grandiosos, ora singelos, que se colo-cam como uma antítese do concerto beethoveniano. Em Mendelssohn, o piano retoma o papel do protago-nista que possuía em Mozart. Mas, enquanto em Mozart a orquestra funciona como um espelho psicológico, em Mendelssohn o piano não deixa muito espaço para que a orquestra tenha esse papel. O virtuosismo de sua escrita chega a superar o de Beethoven, em alguns momentos. O Concerto para piano nº 1 foi para Mendelssohn uma tentativa de se opor ao estilo heroico de Beethoven. Não foi fácil compor um concerto na Alemanha pós-Beethoven, mas Mendelssohn foi bem-sucedido e a obra continua entre os concertos mais amados pelos pianistas.

G U I L H E R M E N A S C I M E N TO Compositor, Doutor em Música pela Unicamp, professor na Escola de Música da UEMG, autor dos livros Os sapatos floridos não voam e Música menor. 1 8 3 1 2 1 M I N U TO S

Última apresentação: 24 de agosto / 2010 Roberto Minczuk, regente convidado

Jean-Louis Steuerman, piano

Concerto para piano nº 1

em sol menor, op. 25

(7)

BORODIN

Sinfonia nº 2 em si menor

S ÃO P E T E R S B U R G O , R Ú S S I A , 1 8 3 3 1 8 8 7

Aleksandr

I N ST RU M E N TA Ç ÃO

Piccolo, 3 flautas, 2 oboés, 2 clarinetes, 2 fagotes, 4 trompas, 2 trompetes, 3 trombones, tuba, tímpanos, percussão, harpa, cordas.

E D I TO R A Kalmus Reimpressão: Bessel PA R A O U V I R CD Borodin – Symphonies Nos. 1-3 – Seattle Symphony – Gerard Schwarz, regente – Naxos Historical – 1995

PA R A A S S I ST I R

Royal Concertgebouw Orchestra – Karel Mark Chichon, regente Acesse: fil.mg/bsinf2

PA R A L E R

Ralph Hill – Sinfonia – Editora Ulisseia – 1959

O movimento musical nacionalista russo conseguiu força decisiva por volta de 1862, com a formação do Grupo dos Cinco. Curiosamente, todos os seus integrantes dedicaram-se de maneira muito irregular à música, man-tendo outras atividades profissionais. Aleksandr Borodin sempre se considerou químico de profissão. E foi por seus feitos científicos — e não pelos musicais — que o governo soviético erigiu uma estátua em sua homenagem.

O folclore de colorido semioriental da região do Cáucaso marcou profundamente a sensibilidade do compositor. A amizade com Mussorgsky (músico de inspiração intrinsecamente russa) e o casamento com a pianista Ekaterina Protopopova (grande intérprete de Chopin, Schumann e Liszt) foram fatores decisivos para o ama-durecimento de seu estilo. Borodin soube conciliar a tradição musical da antiga Rússia com as novidades do Romantismo ocidental. O reconhecimento internacional chegou-lhe, em 1880, pelas mãos de Liszt, que dirigiu a Sinfonia nº 2 em Baden-Baden.

No primeiro movimento (Allegro), um vigoroso motivo inicial, em uníssono, serve de introdução e constitui a primeira parte do tema principal. A segunda metade surge no registro superior, em terças. O caráter russo dessa melodia domina todo o movimento, desenvolvido em tessituras e ritmos diversos. O segundo tema, con-trastante, apresenta melodia encantadora, baseada em uma escala de cinco notas que aparece primeiramente

nos violoncelos. Na sequência, os dois temas se alternam. O motivo inicial, porém, será sempre o mais valorizado – no desenvolvimento, os trombones e a tuba o conduzem a uma espécie de stretto sobre uma longa nota dos metais; no final, três acordes fortíssimos o anunciam mais dilatado e prolongado.

O Scherzo: prestissimo inicia-se com um acorde violento. O primeiro tema tem desenho ascendente e serve de refrão. Uma seção em allegretto (Ré maior) funciona como o Trio central: com um toque oriental, sua melodia se extingue num agradável efeito de diluição sonora. Repete-se então o

prestissimo, enriquecido com novos

desenvolvimentos das ideias temáticas. O andamento termina com um longo acorde de clarinete e trompa, dimi-nuindo até tornar-se quase inaudível.

O Andante seguinte (Ré bemol maior) tem caráter rapsódico. O clarinete cria uma ambientação nostálgica para a trompa que, acompanhada pela harpa, entoa longa melodia, bela e irregular

em sua métrica. O colorido orquestral parece feito de mosaicos encantadores, com vários fragmentos temáticos. A trompa, como um eco longínquo, conclui o movimento.

O grande Allegro final possui dois temas: o primeiro é proclamado pela flauta no registro agudo; depois, pelo clarinete e pelo oboé. O segundo tema possui melodia cantabile, anunciada por um solo de clarinete. A Sinfonia termina com uma coda muito condensada, mas notável pela síntese dos temas principais. A animação fervilhante desse final evoca as danças festivas de legendários guerreiros medievais russos comemorando a vitória junto ao tumulto da alegre multidão.

PAU LO S É RG I O M A L H E I R O S D O S S A N TO S

Pianista, Doutor em Letras, professor na UEMG, autor dos livros Músico, doce músico e O grão perfumado – Mário de Andrade e a arte do inacabado. Apresenta o programa semanal Recitais Brasileiros, pela Rádio Inconfidência. 1 8 69/ 1 8 7 5 3 3 M I N U TO S

Última apresentação: 25 de novembro / 2014 Fabio Mechetti, regente

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(9)

CONSELHO ADMINISTRATIVO Presidente Emérito Jacques Schwartzman Presidente Roberto Mário Gonçalves Soares Filho

Conselheiros Angela Gutierrez Arquimedes Brandão Berenice Menegale Bruno Volpini Celina Szrvinsk Fernando de Almeida Ítalo Gaetani Marco Antônio Pepino Marco Antônio Soares da Cunha Castello Branco Mauricio Freire Octávio Elísio Sérgio Pena DIRETORIA EXECUTIVA Diretor Presidente Diomar Silveira Diretor Administrativo-financeiro Joaquim Barreto Diretor de Comunicação Agenor Carvalho Diretora de Marketing e Projetos Zilka Caribé Diretor de Operações Ivar Siewers EQUIPE TÉCNICA Gerente de Comunicação Merrina Godinho Delgado Gerente de Produção Musical Claudia da Silva Guimarães Assessora de Programação Musical Gabriela de Souza Produtor

Luis Otávio Rezende

Analistas de Comunicação Fernando Dornas Lívia Aguiar Renata Gibson Renata Romeiro Carolina Moraes Santana

Analista de Marketing e Projetos Lilian Sette Analista de Marketing e Relacionamento Itamara Kelly Assistente de Produção Rildo Lopez Auxiliares de Produção André Barbosa Jeferson Silva EQUIPE ADMINISTRATIVA Gerente Administrativo-financeira

Ana Lúcia Carvalho

Gerente Contábil

Graziela Coelho

Gerente de Recursos Humanos

Quézia Macedo Silva

Analistas Administrativos

João Paulo de Oliveira Paulo Baraldi Secretária Executiva Flaviana Mendes Assistente Administrativa Cristiane Reis Assistente de Recursos Humanos Jessica Nascimento Recepcionistas Meire Gonçalves Vivian Figueiredo Auxiliar Contábil Pedro Almeida Auxiliar Administrativa Geovana Benicio Auxiliares de Serviços Gerais Ailda Conceição Rose Mary de Castro

Mensageiro

Douglas Conrado

Jovem Aprendiz

Sunamita Souza

SALA MINAS GERAIS Gerente de Infraestrutura Renato Bretas Gerente de Operações Jorge Correia Técnicos de Áudio e de Iluminação Diano Carvalho Rafael Franca Assistente Operacional Rodrigo Brandão PRIMEIROS VIOLINOS

Anthony Flint – Spalla

Rommel Fernandes –

Spalla associado

Ara Harutyunyan –

Spalla assistente

Ana Paula Schmidt Ana Zivkovic Arthur Vieira Terto Joanna Bello Laura Von Atzingen Luis Andrés Moncada Roberta Arruda Rodrigo Bustamante Rodrigo M. Braga Rodrigo de Oliveira Wesley Prates SEGUNDOS VIOLINOS Frank Haemmer * Hyu-Kyung Jung *** Gideôni Loamir Jovana Trifunovic Luka Milanovic Martha de Moura Pacífico Matheus Braga Radmila Bocev Rodolfo Toffolo Tiago Ellwanger Valentina Gostilovitch VIOLAS

João Carlos Ferreira * Roberto Papi *** Flávia Motta Gerry Varona Gilberto Paganini Katarzyna Druzd Luciano Gatelli Marcelo Nébias Mikhail Bugaev Nathan Medina VIOLONCELOS Philip Hansen * Robson Fonseca *** Camila Pacífico Camilla Ribeiro Eduardo Swerts Emília Neves Lina Radovanovic Lucas Barros William Neres CONTRABAIXOS Nilson Bellotto * André Geiger *** Marcelo Cunha Marcos Lemes Pablo Guiñez Rossini Parucci Walace Mariano FLAUTAS Cássia Lima * Renata Xavier *** Alexandre Braga Elena Suchkova OBOÉS Alexandre Barros * Públio Silva *** Israel Muniz

Maria Fernanda Gonçalves

CLARINETES

Marcus Julius Lander * Jonatas Bueno *** Ney Franco Alexandre Silva FAGOTES Catherine Carignan * Victor Morais *** Andrew Huntriss Francisco Silva TROMPAS

Alma Maria Liebrecht * Evgueni Gerassimov *** Gustavo Garcia Trindade José Francisco dos Santos Lucas Filho Fabio Ogata TROMPETES Marlon Humphreys * Érico Fonseca ** Daniel Leal *** Tássio Furtado TROMBONES

Mark John Mulley * Diego Ribeiro ** Wagner Mayer *** Renato Lisboa TUBA Eleilton Cruz * TÍMPANOS Patricio Hernández Pradenas * PERCUSSÃO Rafael Alberto * Daniel Lemos *** Sérgio Aluotto Werner Silveira HARPA Clémence Boinot * TECLADOS Ayumi Shigeta * GERENTE Jussan Fernandes INSPETORA Karolina Lima ASSISTENTE ADMINISTRATIVO Risbleiz Aguiar ARQUIVISTA

Ana Lúcia Kobayashi

ASSISTENTES Claudio Starlino Jônatas Reis SUPERVISOR DE MONTAGEM Rodrigo Castro MONTADORES Hélio Sardinha Klênio Carvalho

ORQUESTRA

FILARMÔNICA DE

MINAS GERAIS

INSTITUTO

CULTURAL

FILARMÔNICA

Regente Associado

MARCOS ARAKAKI

Diretor Artístico e Regente Titular

FABIO MECHETTI

Oscip — Organização da Sociedade Civil de Interesse Público

Lei 14.870 / Dez 2003 OS — Organização Social Lei 23.081 / Ago 2018 FORTISSIMO Junho nº 11 / 2019 ISSN 2357-7258 Editora Merrina Godinho Delgado Edição de texto Berenice Menegale

Capa Detalhe da foto Igarapé Tarumã — Instituto Durango Duarte

O Fortissimo está indexado aos sistemas nacionais e internacionais de pesquisa. Você pode acessá-lo também em nosso site. Este programa foi impresso em papel doado pela Resma Papéis.

(10)

FOTO: ALEXANDRE REZENDE

Seja pontual. Cuide da Sala Minas Gerais.

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(som e luz). ao fim de cada obra.Deixe para aplaudir

Traga seu ingresso ou

cartão de assinante. Não coma ou beba.

Não fotografe ou grave em áudio / vídeo.

Nos dias de concerto, apresente seu ingresso, cartão de Amigo ou Assinante e obtenha descontos especiais. Saiba mais: fil.mg/restaurantes

Se puder, devolva seu programa de concerto. Faça silêncio e evite tossir.

Dia 30 jun, 11h

C L Á S S I C O S N A P R A Ç A / B E T I M

Dia 5 jul

T U R N Ê E S TA D U A L / U B E R A B A

Dia 6 jul

T U R N Ê E S TA D U A L / I T U I U TA B A

Dias 11 e 12 jul, 20h30

P R E S T O E V E L O C E

Dia 16 jul, 20h30

F I L A R M Ô N I C A E M C Â M A R A

Dia 20 jul, 18h

F O R A D E S É R I E / M Ú S I C A E P I N T U R A

Evite trazer crianças menores de 8 anos.

NO CONCERTO

PRÓXIMOS CONCERTOS

Restaurantes parceiros

Rua Pium-í, 229 Cruzeiro Tel: 3227-7764 R. Rio de Janeiro, 2076 Lourdes Tel: 3292-6221

R. Rio Grande do Sul, 1236 Santo Agostinho

Tel: 2515-6092

Rua Curitiba, 2244 Lourdes Tel: 3291-1447

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/ F I L A R M O N I C A M G

Sala Minas Gerais

www.filarmonica.art.br

R U A T E N E N T E B R I T O M E L O , 1 . 0 9 0 — B A R R O P R E T O C E P 3 0 .1 8 0 - 0 7 0 | B E L O H O R I Z O N T E – M G T E L : ( 3 1 ) 3 2 1 9. 9 0 0 0 | FA X : ( 3 1 ) 3 2 1 9. 9 0 3 0 C O MUNICAÇÃ O ICF / 2 019 R E A L I Z A Ç Ã O M A N T E N E D O R D I V U L G A Ç Ã O

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