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Atletas Cadeirantes de Basquete na Experiência da Acessibilidade

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Academic year: 2020

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ATLETAS CADEIRANTES DE

BASQUETE NA EXPERIÊNCIA

DA ACESSIBILIDADE*

DAIANNE PEREIRA DE SOUZA**, RAYANY MARTINS

CABRAL***, GABRIELLA ASSUMPÇÃO ALVARENGA****

Resumo: pesquisa qualitativa realizada com atletas cadeirantes de basquete. Objetivou compreender, na visão dos cadeirantes como é a acessibilidade em Goiânia bem como desvelar seus sentimentos frente às barreiras arquitetônicas. Observou-se que essa in-teração ente o deficiente físico com ele mesmo, com o outro e com o meio, faz emergir sentimentos, que levam às sensações de incapacidade e dependência.

Palavras-chave: Acessibilidade. Deficiente Físico. Barreira Arquitetônica.

* Recebido em: 12.11.2014. Aprovado em: 28.11.2014.

** Graduada em Fisioterapia pela PUC Goiás. E-mail: daianne2709@gmail.com. *** Graduada em Fisioterapia pela PUC Goiás. E.mail: rayanny_rpm@hotmail.com.

**** Doutoranda em Ciências da Saúde pela UFG. Professora Efetiva do Curso de Fisioterapia da PUC Goiás.E.mail: gaalvarenga@hotmail.com.

C

armo (1991), Silva (1987) e Ferreira (2001) definem deficientes como membros de

uma sociedade que apresentam alguma forma de anormalidade ou de diferencia-ção, por motivos que podem ser domínio cognitivo, físicos, mentais, sensoriais ou orgânicos, e em consequência dos quais se vêem impedidos de viver plenamente.

Por algum tempo se evitou o uso do termo deficiente para se referir às pessoas que experimentavam a deficiência, por se acreditar que se tratava de um termo estigmatizante. Foram buscadas alternativas como: pessoa portadora de necessidades especiais, portador de deficiência ou o mais recente, pessoa com deficiência, todos buscando destacar a pessoa e não somente a deficiência (MEDEIROS; DINIZ, 2004).

Todas as pessoas com deficiência têm direito ao acesso à educação, à saúde, ao lazer e ao trabalho. A conquista por espaços livres de barreiras arquitetônicas implica na possibili-dade e na condição de alcance para que portadores de deficiência utilizem com segurança e autonomia as edificações, mobiliários, os equipamentos urbanos, os transportes e meios de

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comunicação, sendo a acessibilidade caracterizada pela “possibilidade e condição de alcance, percepção e entendimento para a utilização com segurança e autonomia de edificações, es-paço, mobiliário, equipamento urbano e elementos” (ASSOCIAÇÂO..., NBR 9050, 2004; PAGLIUCA et al., 2007).

Araujo et al. (2003) afirmam que a acessibilidade, ao meio físico, na maioria das cidades brasileiras, representa um problema, um entrave na promoção da mobilidade, no direito de ir e vir, esse direito é confirmado por Lopes Filho (2006), que também cita que “prover o acesso para todos é ainda um grande desafio que enfrentamos, e este objetivo so-mente será atingido com a eliminação das barreiras arquitetônicas urbanísticas, da edificação, do transporte e da comunicação”.

Para Sassaki (2003) as barreiras existentes não estão apenas nos equipamentos ar-quitetônicos, como também estão no preconceito que ainda existe dentro da sociedade em um contexto geral.

Duarte; Cohen (2004) e Guimarães (2000) afirmam que as dificuldades de loco-moção e orientação espacial geradas por um impedimento, de ordem física por preconceito ou descriminação, representam tanto um desafio a ser superado, quanto um cansaço desenco-rajante em seus movimentos reduzidos, mas dificilmente um convite ao prazer de usufruir dos lugares. Assim, podendo desenvolver baixo autoestima, depressão, angústia e revolta.

A acessibilidade permite a todos aprender a se preparar para tais mudanças, pois dá a chance de convívio entre pessoas que antes, viviam em mundos isolados e distantes. O por-tador de deficiência aprende que não precisa esperar a ajuda de outros para desempenhar seu papel de cidadão, trabalhador, amigo, companheiro, pai ou mãe de família, pessoa madura que deve chegar a ser (GUIMARÃES, 2000).

Para Mendes e Paula (2008) só podemos falar em uma sociedade inclusiva quando a diversidade humana passar a ser compreendida, garantindo às pessoas com deficiência uma vida autônoma e independente, em que elas próprias possam tomar decisões, assumindo o controle de sua vida e quebrando os estigmas presentes em nossa sociedade.

Esta pesquisa não ocorreu dentro das dependências da Universidade, mas poderá colaborar com futuras ações de extensão voltadas para cadeirantes, como ocorre com a Uni-versidade Federal do Paraná, no entendimento de que no âmbito universitário, estes projetos poderão auxiliar na conquista de maior acessibilidade a estas pessoas.

O presente estudo objetivou compreender, na visão dos cadeirantes, como é a aces-sibilidade em Goiânia bem como desvelar seus sentimentos frente às barreiras arquitetônicas. Trata-se de um estudo qualitativo sob o referencial teórico da fenomenologia. A compreensão do fenômeno em evidência levou-nos a escolher um caminho metodológico que possibilitasse a aproximação da vivência dos cadeirantes com a acessibilidade, abarcando o pensar, o sentir e o agir; valorizando o significado que esses atribuem aos sentimentos expe-rimentados e que se revelam a partir das suas descrições ou discursos.

O estudo foi realizado na quadra de esporte, nas dependências da OVG, localizada no Jardim Novo Mundo, onde os atletas cadeirantes de basquete realizam seus treinamentos. Os treinos foram visitados, previamente, pelas pesquisadoras a fim de estabelecer vínculo com os atletas.

Os critérios de inclusão para o estudo, aberto a ambos os sexos, foram: ter 18 anos ou mais, ser participante do grupo de cadeirantes de basquete e aceitar assinar, após leitura, o do termo de consentimento livre e esclarecido.

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Participaram do estudo oitoatletas deficientes físicos adultos. O número de depo-entes foi estabelecido no decorrer da etapa de campo por saturação das respostas. Para preser-varmos o anonimato destes, optamos por identificá-los com numeração, naturalmente uma representação simbólica e ilustrativa correlacionada ao estudo em pauta.

A coleta de dados foi realizada por meio de um roteiro de entrevista semiestrutura-da, de natureza fenomenológica, conduzidos por duas perguntas norteadoras: Como é, na sua visão, a acessibilidade em Goiânia? Como você se sente diante de uma barreira arquitetônica? Todos os atletas foram convidados a participar da pesquisa e informados em relação a: objeti-vos, importância de sua colaboração para o desenvolvimento da pesquisa, caráter confidencial de suas respostas, fidedignidade de como os dados seriam trabalhados e o direito de desistir de participar do estudo a qualquer tempo. Aqueles que, voluntariamente, aceitaram participar e assinaram o termo, foram incluídos como depoentes na etapa de campo.

As pesquisadoras visitaram os treinos com agendamento e horário pré-estabeleci-dos. As entrevistas foram gravadas, num ambiente reservado onde permaneceram somente o entrevistado e as pesquisadoras. Na sequência, foram transcritas e lidas, cuidadosamente, a fim de que nenhuma informação relevante fosse desconsiderada. As informações foram ana-lisadas de acordo com a fenomenologia, em quatro momentos: transcrição dos depoimentos, identificação de unidades significativas, agrupamento de temas ou categorias e a sintetização das unidades significativas com a compreensão fenomenológica (BICUDO, 2000). Essa for-ma de registro possibilitou a captação, com fidelidade, do discurso do entrevistado. A trans-crição das falas dos depoentes foi realizada na íntegra, sem alterações, inclusive os erros de português.

DESVELANDO O FENÔMENO

A partir da análise das entrevistas, sintetizamos os achados e agrupamos as unidades significativas em dois temas centrais:

1- Acessibilidade em Goiânia

Aqui se reúnem momentos em que nossos depoentes enunciam o contato com a acessibilidade ou falta de acessibilidade em Goiânia, expondo as dificuldades e obstáculos enfrentados por deficientes físicos como: a falta de conscientização social; acessibilidade no transporte público e acessibilidade e trabalho. Um dos entrevistados define o que é acessibi-lidade para ele:

— ser acessível é você poder se locomover sozinho, a partir do momento que eu dependo de alguém para mim adentrar em algum lugar não é acessível (Atleta 1, 34 anos).

Essa definição é semelhante a outros já existentes como a de BinsEly et al. (2002) que diz que a acessibilidade integral é a possibilidade de uso com segurança e conforto de objetos, equipamentos e ambientes de maneira independente e autônoma pelo maior núme-ro possível de indivíduos, o que concorda com a definição de Sassaki (2003) que aborda a acessibilidade como a facilidade de acesso para a pessoa com deficiência no meio social, sem nenhum tipo de barreira.

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Para que as pessoas com deficiência possam ter liberdade de ir e vir e se sentirem parte da comunidade, elas necessitam de um meio físico adequado e que garanta segurança e acesso. O direito a acessibilidade está descrito nas Leis 10.098/00 - regulamentada através do Decreto 5.296/04 - e 10.048/00 que prevê a adequação das vias e de espaços públicos, no mobiliário urbano, na construção e reforma de edifícios, nos meios de transporte e de comu-nicação e do acesso à informação (SCHWARZ et al., 2006).

No Brasil é cotidianamente desrespeitado o direito de ir e vir das pessoas com defi-ciência física. Em sua grande maioria os meios de transporte coletivos não estão adaptados, as calçadas e vias públicas não são acessíveis, os prédios, nem os públicos nem os de uso coletivo, respeitam as necessidades mínimas de acessibilidade para cadeiras de rodas e outras dificulda-des de locomoção (AMARAL et al.,2008).

A acessibilidade é o pré-requisito básico para que a pessoa com deficiência possa viver com dignidade, uma vez que é parte da sociedade e paga impostos. Pode e deve se sus-tentar com o fruto do próprio trabalho (CREA-GO, 2006).

São escassos os dados sobre a acessibilidade na cidade de Goiânia. Em um estudo com o título: As condições de acessibilidade e adequação, para pacientes em cadeiras de rodas, em

clínicas de fisioterapia na cidade de Goiânia, realizados por Oliveira, Silva, e Junior (2006), foi

visto que nem mesmo as clínicas de fisioterapia foram projetadas para receber com dignidade o portador de deficiência.

Falta de Conscientização Social

Consciência é uma atitude muito prática, e deve ser estimulada para que seja cada vez mais próxima, dos princípios de direitos humanos. Temos que reconhecer que não pode haver processo de desenvolvimento se todos não estiverem incluídos, num processo cons-tante de (re)construção do mundo. Inclusão não pode ser fruto de doações; na verdade, resulta do comprometimento pessoal e de atitudes de todos para melhorar as condições de vida para todos (RESENDE, 2008). O depoimento a seguir, desvela a denúncia da falta de conscientização da população quanto ao espaço garantido para os portadores de necessida-des especiais:

— as áreas reservadas para estacionamento para deficiente físico, na maioria das ve-zes, você chega com o carro na vaga tem moto, então quer dizer a sociedade dificulta a acessibilidade é o lugar acessível para você deixar o seu carro o mais próximo de alguma coisa pra você ir tem moto quer dizer falta empenho da prefeitura pra poder vigiar aquilo ali e fazer com que aquilo seja respeitado, falta consciência do cidadão. (Atleta 3, 32 anos).

O Brasil tem, hoje, um dos mais modernos marcos legais dos direitos da pessoa com deficiência na Constituição de 1988 e na Lei nº 7.853/89, complementada por leis fede-rais, dentre elas a de nº 8.213 e a de nº 10.088 e por legislações estaduais e municipais. O grande desafio para implementar esse arcabouço legal é exatamente vencer as barreiras do preconceito e da discriminação, e essa legislação só será realmente posta em prática quando houver um entendimento do problema como uma questão social, e quando houver um mo-vimento de conscientização com a participação da sociedade (AMARAL et al., 2008).

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Acessibilidade e Transporte Público

Bertucci (2010), diz que o transporte é um meio fundamental para permitir o acesso às necessidades básicas do cidadão moderno, que precisa deslocar-se de um ponto a outro da cidade. Para que a cidade funcione bem, é preciso que o transporte seja eficiente. Podemos imaginar, a princípio, que quanto menor o tempo de deslocamento mais liberdade para uma pessoa para realizar outras atividades produtivas ou não. Além disso, podemos afir-mar também que quanto mais agradável o meio de transporte, maiores os benefícios diretos para o cidadão ao longo do percurso realizado. Verifica-se que isso não ocorre, através desses depoimentos:

— Difícil né? Os ônibus, a calçada aonde você anda, cheia de buraco, escorrega, no ônibus, não passo pela a porta da frente né? O motorista acha ruim, quase não para eu tenho que ir lá na frente. (Atleta 5, 22 anos). — O transporte coletivo, existem os ônibus adaptados, só que 80% não deve tá funcio-nando, numa frota que eles falam que tem 1.000 e tantos ônibus tudo adaptados mais não funcionam, ou fica na mão de motorista que por preguiça ou até pelo estresse de trabalho, acaba passado direto, não para no ponto não querendo erguer o deficiente da cadeira de roda. (Atleta 1, 34 anos).

Acessibilidade e Trabalho

No Brasil, segundo o censo realizado em 2000 pelo Instituto Brasileiro de Geo-grafia e Estatística (IBGE), existem 24,5 milhões de pessoas portadoras de algum tipo de deficiência, o que representa 14,5% da população brasileira. Desse número, 9 milhões estão em idade de trabalhar, sendo que 1 milhão (11,1%) exerce alguma atividade remunerada e 200 mil (2,2%) possuem registro em carteira de trabalho (GIL, 2002). Segundo Neri et al. (2003) 29,05% das pessoas com deficiência no País vivem em situação de miséria e 27,61% não possuem qualquer escolaridade.

A Lei nº 8.213, que estabelece cotas nas empresas para empregar pessoas portadoras de deficiência, é de 24 de julho de 1991, mas somente passou a ter eficácia quando o presi-dente da República, através do Decreto n.º 3.298, de 20 de dezembro de 1999, regulamentou a Lei nº 7.853, de 24 de outubro de 1989, que dispõe sobre a política nacional para integra-ção da pessoa com deficiência, em consonância com o programa nacional de direitos huma-nos. A lei de cotas obriga qualquer tipo de empresa com mais de 100 funcionários a admitir um percentual de pessoas portadora de deficiências, mesmo que cada uma delas tenha custos e vantagens diferenciados, ignorando heterogeneidades entre firmas. Uma forma de conciliar justiça social e eficiência econômica seria permitir que as empresas que não cumprissem as cotas contribuíssem para um fundo destinado a financiar ações voltadas às pessoas com defi-ciência. Neste caso, aquelas que contratassem um número acima da cota legal receberiam um subsídio como incentivo para inclusão trabalhista adicional gerada (NERI, 2003).

As exigências do mundo do trabalho se confrontam com a falta de conhecimento, por parte dos administradores, da capacidade de trabalho da pessoa portadora de deficiência (CARREIRA, 1997). É confirmada por Lancilloti (2001) que constata que a dificuldade de inserção de pessoas com deficiência no mercado de trabalho se deve à inadequação dos

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pro-cessos de formação, ao preconceito social ou à falta de conhecimento do potencial da pessoa com deficiência.

No Brasil a Lei de Cotas, vigente desde 1999, não é cumprida (NERI et al., 2003). Esta constatação é confirmada por um estudo, que demonstrou que a imposição legal de cotas não favorece a inclusão, sendo, inclusive, fonte de resistências à política de inclusão, e que em contrapartida, a incorporação das práticas de responsabilidade social por parte das empresas tem favorecido a contratação e o desenvolvimento de relações inclusivas no ambiente de tra-balho (BATISTA, 2004).

Pesquisas nacionais e internacionais revelam as dificuldades que as pessoas porta-doras de deficiências têm para ingressar, para se manter e para crescer dentro das empresas (LEWIS; ALLEE, 1992); a falta de preparo do mundo industrial para absorver deficientes físicos, devido às adaptações de postos de trabalho que precisariam ser feitas (SILVA, 1993). Assim relata o depoente:

— Só pra você ter uma idéia hoje diz que na sociedade é fácil arrumar emprego, não é, se um cadeirante vai disputar uma vaga com alguém, procurar uma vaga, eu aposto com você, eu não sou cadeirante, mas quando você chega nas vaga não tem, porque as empresas não tem acessibilidade. (Atleta 3, 32 anos).

Sentimentos Diante da Barreira Arquitetônica

Nessa categoria, eles puderam relatar os sentimentos vividos quando colocados diante de uma barreira arquitetônica, a saber: constrangimento, tristeza, raiva/revolta, rejei-ção, limitação/ incapacidade/ dependência, e vergonha.

Os sentimentos são a maneira como nos percebemos, nossas reações ao mundo que nos circunda, as maneiras pelas quais percebemos que estamos vivos. Quando nossos sentimentos estão consolidados, experimentamos nosso maior grau de consciência. Sem sen-timentos não há existência, não há vida. Falando com simplicidade cada um de nós é a so-matória dos sentimentos que temos. Aquilo que sentimos a respeito de qualquer coisa reflete nossa história e desenvolvimento, nossas influências passadas, nossa agitação presente e nosso potencial futuro (VISCOTT, 1938).

Os sentimentos relatados diante das barreiras arquitetônicas serão descritos a seguir: Constrangimento

O constrangimento, também denominado de desconserto, é um construto central quando se trata de conhecer aspectos dos sentimentos sociais (PARROTT, 1996). Representa uma experiência ou um estado emocional que pode ser expresso como uma forma de ansieda-de social, relacionada à timiansieda-dez e vergonha, resultante da perspectiva ou avaliação dos outros em situação real ou imaginária (SCHLENKE; LEARY, 1982).

De acordo com Keltner; Buswell (1997), o constrangimento surge mais tardia-mente no desenvolvimento do ser humano, pois envolve processos cognitivos complexos, tais como a avaliação do comportamento de uma pessoa a partir da perspectiva de outra. Os antecedentes desta emoção envolvem, basicamente, violações das convenções sociais, que aumentam a exposição social. Os depoentes relatam que:

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— barreira física já deixa a gente constrangido já, a gente sente que aquilo não foi feito

pra gente. (Atleta 4, 38 anos). — Tá todo mundo de cadeira, o cara chega lá e fala vou colocar vocês para dentro, pegar e colocar lá dentro, isso é constrangedor, com certeza não é uma coisa boa um sentimento que você tá... até mesmo pelo fato que você é um consumidor está ali para gastar, você é um consumidor, mas o lugar não está adaptado para você. (Atleta 3, 32 anos).

Singelis; Sharkey (1995), afirmam que pessoas mais sensíveis à visão dos demais são particularmente ansiosas em relação a sua própria imagem pública, dando ênfase em atributos internos do eu e demonstrando maior propensão a experimentar constrangimento.

Tristeza

A tristeza é uma emoção natural, face à perda ou à decepção. Um fracasso, um luto, uma mudança de casa, uma situação que desperte o sentimento de não ser amado. As tona-lidades da tristeza são variadas: nostalgia, desencorajamento, consternação, desespero, entre outros (FILLIOZAT, 1997). Os depoentes corroboram dizendo:

— Talvez tristeza, (silêncio)..., porque eu sou normal como qualquer pessoa, a partir do momento que eu vejo uma barreira que eu não posso vencer é porque o local está indevido, incorreto, entendeu? Não seria só arquitetônico, é o lado social, psicológico da pessoa, que a gente até fala, se ela cair espera a pessoa pedir ajuda, porque para você seria uma ajuda, mas talvez para ele, aquela limitação de subir aquela barreira. (Atleta 1, 34 anos). — Ruim entendeu? Porque não consigo as pessoas olham né? Fica meio chato, triste, às vezes acontece muitas coisas assim, se a gente falar mesmo brigar é bobeira. (Atleta 5, 22 anos).

Lelord; André (2002) indicam que a tristeza, tal como a dor, ensina que certas si-tuações nos são prejudiciais, levando - nos, desta forma, a proteger-nos delas, no futuro, pelo menos quando são evitáveis.

Raiva/Revolta

A raiva surge quando nos sentimos fracos e frustrados em termos que reconhecer nossos limites internos e externos. Inspira os sentimentos e os comportamentos poderosos e agressivos, que permitem ao ser humano lutar e defender-se quando é atacado (CASANOVA

et al., 2009). Pode ser causada por fatores externos e internos e, como nas outras emoções, o

batimento cardíaco e a pressão sanguínea aumentam, além dos níveis de hormônio de adre-nalina e noradreadre-nalina. Apesar da raiva se expressar mediante a força da agressividade, ela, pelo contrário, enfraquece-nos tomando conta de todo nosso sistema nervoso. Os depoentes afirmam:

— raiva, uma coisa tão fácil de resolver e a pessoa não querem resolver. (Atleta 3, 32 anos). — revolta, você vê que tem... um estado que tem condição de deixar tudo bem acessível, não vou dizer perfeito porque perfeito ninguém é, lógico que vai ter uma coisinha para corrigir aqui e ali, mais às vezes tem coisa grosseira demais né? (Atleta 2, 36 anos).

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Rejeição

A rejeição consiste em sentir-se não querido, não amado, não aceito, preterido, dis-criminado, humilhado. É a sensação de abandono, de depreciação (VALADÃO et al., 2011). Há também uma rejeição à diferença, em nossa sociedade esse fenômeno tem como referência o modelo jovem, masculino, cristão, heterossexual, produtivo, branco e fisicamente perfeito. Seu grande sustentáculo é a hipervalorização estética, que sugere constantemente o corpo como sendo algo adaptável pela deliberação firme e enérgica da vontade pessoal (SIL-VA, 2004).

A rejeição da deficiência como preconceito diz mais da condição de menoridade que ainda estão submetidos os seres humanos nas relações sociais, daí decorrendo os processos de segregação ou de integração, do que da condição de limitação resultante de uma determi-nada patologia. O olhar para uma análise crítica sobre a discriminação acerca da deficiência deve estar detido para o contexto que a identifica como um desvio que é particular assim como o é para outras situações de segregação que permeiam a vida coletiva (SILVA, 2004). Os depoimentos demonstram esse sentimento diante da barreira arquitetônica:

— o sentimento seria de abandono, você está se sentido afastado não está nem aí pra

você, não te quer aqui, alguma coisa nesse sentido. (Atleta 3, 32 anos).

— Me sinto rejeitado, eu não sei se era por mim mesmo, pela minha mentalidade, coisas que a maioria dessas pessoas sente. Tipo se acontece algo com você, todo mundo aban-dona você se você não se enturma com outras pessoas, aqueles amigos seus a maioria te esquece, isso é a natureza das pessoas. (Atleta 8, 37 anos).

A reação diante do diferente estigmatizado pode ser de complacência benevolente ou imediata rejeição do outro, como nos diz Crochik (1997). A superação dessas atitudes só será possível com a reflexão dos próprios valores que se formam pela experiência. Vivemos em ambientes onde quase nunca encontramos pessoas com deficiências, devido aos diversos impedimentos que os tornam inacessíveis: barreiras arquitetônicas, ausência de sinalizações, transportes inadequados etc., apesar dos diversos dispositivos legais existentes no país no sen-tido de garantia dos direitos sociais (SILVA, 2004).

Incapacidade/ Limitação/ Dependência

A conscientização das incapacidades e desvantagens pode ser extraordinariamente desintegradora do sentido de unidade, capaz de alterar as relações entre o corpo, o ego e os outros (OLIVEIRA, 2000).

Incapacidade é uma restrição, resultante de uma deficiência, da habilidade para de-sempenhar uma atividade considerada normal para o ser humano. Surge como conseqüência direta ou é resposta do indivíduo a uma deficiência psicológica, física, sensorial ou outra. Repre-senta a objetivação da deficiência e reflete os distúrbios da própria pessoa, nas atividades e com-portamentos essenciais à vida diária (WORLD..., 1993). Os depoentes mostram essa realidade: — quando a gente vê que infelizmente não é possível passar, o que ocorre muito,

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acessi-bilidade, é quando você vê que é incapaz não por suas forças, mas pelos meios externos né? Que acabam dificultando até a aprendizagem, porque é complicado você tentar e não conseguir. (Atleta 1, 34 anos).

— incapacidade, poxa eu quero ir num local e não tem acesso, eu me sinto barrado, me

sentido como se aquele ambiente não fosse para mim. (Atleta 4, 38 anos).

A incapacidade funcional define-se pela presença de dificuldade ou mesmo pela im-possibilidade no desempenho de determinadas atividades básicas da vida cotidiana (RAMOS

et al., 1993).

Baltes; Silverberg (1995) ressaltam que uma incapacidade orgânica não é condição necessária nem suficiente para a dependência. Apesar disso, dentro da dinâmica das interações sociais e da percepção social, a dependência física é freqüentemente interpretada como um sinal de incompetência geral, geradora de dependência generalizada. Verificamos essa depen-dência no seguinte depoimento:

— sem nenhuma rampa nenhum acesso, o seja você tem que depender de alguém te

pegar para te levar lá dentro né? (Atleta 4, 38 anos).

A dependência é descriminada em três níveis: a dependência estruturada, resul-tante da circunstância cultural que atribui valor ao homem em função do que e enquanto produz. A dependência física que decorre da incapacidade funcional, ou seja, falta de condições para realizar as tarefas da vida diária. Finalmente, a dependência comporta-mental, que é socialmente induzida, pois advém do julgamento e das ações do outro. Referimo-nos à circunstância em que uma pessoa é considerada incompetente para reali-zar suas tarefas. Diante dessa avaliação, alguém sempre assume a função de fazê-lo em seu lugar, mesmo que não haja necessidade ou que a própria pessoa não o deseje (BALTES; SILVERBER, 1995).

Em nossa cultura, monta-se um cenário em torno de uma suposta qualidade de vida que possui como indicador a preservação da capacidade funcional atrelada à manutenção da autonomia. Se há perda de algumas funções, associa-se imediatamente à perda total da autonomia. Uma das formas de mensurar a qualidade de vida satisfatória consiste na aferição do grau de autonomia de uma pessoa, ou seja, o grau de independência que ela possui para desempenhar suas atividades de vida diária (EVANS, 1984).

Vergonha

O conceito de vergonha tem um campo de significados bastante amplo e rico. Para Ferreira (1986), por exemplo, vergonha significa: a) desonra humilhante; opróbrio; b) senti-mento penoso de desonra, humilhação ou rebaixasenti-mento diante de outrem; c) sentisenti-mento de insegurança provocada pelo medo do ridículo, por escrúpulos, timidez, acanhamento, etc.; d) sentimento da própria dignidade, brio, honra.

Taille (2002), diz que a vergonha pode ser despertada pela simples exposição, mes-mo que não acompanhada de juízo negativo por parte dos observadores. Com efeito, certas pessoas sentem vergonha pelo simples fato de estarem sendo observadas. O rubor pode subir às faces de alguém que está sendo objeto da atenção de uma platéia, mesmo que esta atenção

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seja motivada pelo elogio, pelo recebimento de um prêmio, portanto acompanhada de um juízo positivo, de admiração e aprovação.

De acordo com Araújo (1998) a vergonha pode ser compreendida principalmente como um sentimento intra e interpessoal orientado externamente, em função da consciência do olhar do outro sobre nós. Taille (1996) confirma isso dizendo que o sentimento de vergo-nha tem origem no fato de eu me fazer objeto do olhar, da escuta, do pensamento dos outros. Os depoentes elucidam:

— com vergonha, o povo ficar olhando, só isso mesmo. (Atleta 6, 18 anos). — o povo fica comentando, falando coisa que não é agradável. (Atleta 6, 18 anos). Dificuldades e obstáculos enfrentados por deficientes físicos diante das condições de acessibilidade em Goiânia/Go, comprometem a vida dessas pessoas. Estas barreiras são potencializadas por falta de conscientização social, transporte público e inclusão ao trabalho. O depoimento dos sujeitos que vivenciam as barreiras arquitetônicas em Goiânia evidenciam sentimentos que afloram durante o processo de enfrentamento, constrangimento, tristeza, raiva/revolta, rejeição, limitação/ incapacidade/ dependência e vergonha, exemplifi-cam alguns deles.

Verificou-se que esses sentimentos se dão através da combinação das significações próprias dos indivíduos na sua apreensão da realidade, por meio de contatos que emergem das suas experiências com o meio social, das interações sociais e da percepção do outro, mes-mo essas percepções sendo imaginárias. Essa interação do deficiente físico, com o outro e com o meio, faz emergir os sentimentos que por sua vez levam à sensação de incapacidade e dependência que influencia na definição do que é acessibilidade para ele.

WHEELCHAIR BASKETBALL ATHLETES IN THE EXPERIENCE OF ACCESSIBILITY

Abstract: qualitative research with wheelchair basketball athletes. Aimed to understand, in view

of how wheelchair accessibility in Goiânia well as his feelings unravel in the face of architectural barriers. It was observed that the physical entity poor interaction with themselves, with each other and with the environment, has lead to feelings, sensations that lead to disability and dependence.

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