• Nenhum resultado encontrado

Motivação dos alunos para a disciplina de educação física nos cursos científicos humanísticos e nos cursos profissionais: estudo realizado numa escola de Guimarães: relatório de estágio

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2020

Share "Motivação dos alunos para a disciplina de educação física nos cursos científicos humanísticos e nos cursos profissionais: estudo realizado numa escola de Guimarães: relatório de estágio"

Copied!
88
0
0

Texto

(1)

Universidade do Minho

Instituto de Educação

outubro de 2016

Relatório de Estágio. Motivação dos alunos

para a disciplina de Educação Física nos

cursos Científicos Humanísticos e nos

cursos Profissionais.

Estudo realizado numa escola de Guimarães

P

edr

o N

uno Silv

ério Rodrigues da Cunha

R

elatório de Es

tágio. Motiv

ação dos alunos para a disciplina de Educação Física nos

cur

sos Científicos Humanís

ticos e nos cur

sos Profissionais. Es

tudo realizado numa escola de Guimarães

UMinho|20

16

(2)

Pedro Nuno Silvério Rodrigues da Cunha

outubro de 2016

Relatório de Estágio. Motivação dos alunos

para a disciplina de Educação Física nos

cursos Científicos Humanísticos e nos

cursos Profissionais.

Estudo realizado numa escola de Guimarães

Universidade do Minho

Instituto de Educação

Trabalho realizado sob a orientação do

Professor Doutor António Camilo Teles Nascimento Cunha

Mestrado em Ensino de Educação Física nos

(3)

iii

Agradecimentos

Não faria sentido se, nesta etapa final da minha formação académica, não prestasse um agradecimento a todos aqueles que de uma forma ou de outra me ajudaram a realizar este sonho. Assim sendo, destaco quem mais me incentivou e ajudou nesta fase importante da minha vida.

O meu primeiro agradecimento vai para a minha família, que sempre me apoiou em toda a minha vida académica, acarinhou e me deu força para continuar a realizar este sonho.

Ao meu Professor Supervisor, o Professor Doutor Camilo Cunha, pelo acompanhamento e disponibilidade durante o meu estágio.

Ao meu Professor Orientador, o Professor Filipe Guimarães, por todos os conhecimentos transmitidos, pelas aprendizagens, pela disponibilidade, pela paciência, pela verdadeira amizade que foi construindo comigo, durante este ano e por me fazer acreditar no meu trabalho.

Aos meus colegas do Mestrado, o António Carvalho, André Guimarães, Filipe Freitas, Joana Libório, Joana Ribeiro, Luís Afonso, Luís Pereira, Maurício Silva, Pedro Xavier, Ruben Teles, Rui Correia, Susana Costa, Tiago Marques, Vítor Hugo Fernandes, por todo o trabalho em equipa, pelos bons momentos partilhados durantes estes dois anos.

À Escola Secundária Francisco de Holanda e a todo o agrupamento, pelo acolhimento e apoio que me prestaram.

Ao Grupo Disciplinar de Educação Física da Escola Secundária Francisco de Holanda pela colaboração nas atividades e pela forma carinhosa como todos me trataram.

Um grande agradecimento a todos os alunos da minha turma 10CT7, não só pelo privilégio que me deram em lhes lecionar e trabalhar com eles, mas também pela simpatia e dedicação.

A todos os funcionários da secretaria do Instituto de Educação da Universidade do Minho, pela paciência e dedicação e boa disposição que sempre mantiveram comigo.

Aos meus amigos pelo apoio que me foram dando ao longo destes dois anos.

(4)

iv

“Relatório de Estágio. Motivação dos alunos para a disciplina de Educação Física nos cursos Científicos Humanísticos e nos cursos Profissionais. Estudo realizado numa escola de Guimarães”

Resumo

O relatório de estágio apresentado inscreve-se no trabalho final do Curso de Mestrado em Ensino de Educação Física nos Ensinos Básicos e Secundários – Instituto de educação da Universidade do Minho.

Neste contexto irei descrever a minha experiência e refletir sobre tudo o que vivi como professor de Educação Física, as minhas dificuldades, os problemas encontrados e a resolução deles de forma a que pudesse evoluir, cada vez mais, de dia para dia, como docente.

O relatório está dividido em três grandes partes/áreas, com os respetivos pontos de ligação: Área I - Organização e Gestão do Ensino Aprendizagem, Área II – Participação na Escola e Relação com a Comunidade, Área III - Desenvolvimento Profissional e Investigativo em Educação Física.

A Área I – Organização e Gestão do Ensino Aprendizagem, onde abordo temas como a Conceção, o Planeamento, Realização e a Avaliação.

A Área II – Participação na escola e Relação com a Comunidade, esta refere-se a toda a minha envolvência e participação na escola e a relação com toda a comunidade escolar, onde apresento todas as atividades realizadas, assim como as formações.

Por último a Área III – Desenvolvimento Profissional e Investigativo em Educação Física, é onde surge o meu estudo de investigação sobre um tema que sempre me despertou interesse enquanto aluno. Motivação dos alunos para a disciplina de Educação Física nos cursos Científicos Humanísticos e nos Cursos Profissionais. Este estudo serviu para ter uma noção sobre a motivação dos alunos nos diferentes cursos na disciplina de Educação Física e, também, tentar perceber o que mais motiva um aluno nas aulas, tendo sempre a consciência de que nos cursos Científicos Humanísticos a disciplina não interfere para a média final ao contrário dos Cursos Profissionais.

.

Palavras-Chave: Internship, Motivation, Physical Education, Scientific Humanistic Courses, Professional

(5)

v

“Internship report. Motivation of students to the discipline of Physical Education in Scientific Humanistic courses and Professional Courses, held in the School of Guimarães”

Abstract

The internship report is part of the final work of the Master's Degree in Physical Education Teaching in the Basic Teachings and Secondary - Institute of Education, University of Minho.

In this paper, I will describe my experience and reflect on everything I experienced as a physical education teacher, my difficulties, problems and resolve them in a way that could make me, day by day, a better teacher.

The report is divided into eight parts, which are inserted three major areas. So the Introduction, Educational Intervention in Education Learning, Area I - Organization and Learning Education Management, Area II - Participation in School and Relationship with the Community Area III - Professional Development and Investigative Physical Education, General, Bibliography and last Annexes.

Area I - Organization and the Learning Management Education, where I approach subjects like Conception, Planning, Implementation and Evaluation.

The Area II - Participation in school and relationship with the community, this refers to all my involvement and participation in school and the relationship with the school community, where I present all activities, as well as formations.

Finally Area III - Professional Development and Investigative Physical Education, is where my research study on a topic that has always aroused my interest as student, Motivation of students to the discipline of Physical Education in Scientific Humanistic courses and Professional courses .

Keywords: Training, Motivation, Physical Education, Scientific Humanistic Courses, Professional

(6)

vi

Índice

Agradecimentos ... iii Resumo ... iv Abstract ... v 1. Introdução ... 10

2 – Intervenção Pedagógica no Processo Ensino Aprendizagem ... 11

2.1 Enquadramento Pessoal ... 11

2.2 Enquadramento Institucional ... 12

2.2.1 Caracterização do Meio ... 12

2.2.2 Caracterização da Escola ... 12

2.2.3 Caracterização da Turma ... 13

3 - Área 1 – Organização e Gestão do Ensino da Aprendizagem ... 14

3.1 Conceção ... 14

3.2 Planeamento ... 15

3.3 Realização ... 17

3.4 Avaliação ... 19

4 - Área 2 – Participação na Escola e Relação com a Comunidade ... 20

4.1 Atividades desenvolvidas pelo Núcleo de Estágio... 20

4.1.1. Direção de Turma ... 20

4.1.2 Assessoria ao Desporto Escolar ... 21

4.1.3 Formação de Zumba 27-10-2015 ... 22

4.1.4 Jornadas da Juventude 29-10-2015 ... 22

4.1.5 Xico-Olimpíadas Corta Mato 16-12-2015 ... 23

4.1.6 Torneio de voleibol 17-12-2015 ... 24

4.1.7 Torneio de Futesal - Alunos Com Necessidades Educativas Especiais ... 25

4.1.8 Palestra-Estudar no Reino Unido 10. 03.2016 ... 25

4.1.9 Relatório Mega Mix de Dança 14-03-2016 ... 25

4.1.10 Torneio de Basquetebol 18-03-2016 ... 26

4.1.11 – “Xico em Movimento” 03-06-2016 ... 26

5 - Área 3 – Investigação e Desenvolvimento Profissional ... 27

5.1 Introdução ... 27

5.2. Revisão da Literatura – Enquadramento Teórico ... 28

(7)

vii 5.3.Metodologia e procedimentos ... 31 5.3.1 Tipo de estudo ... 31 5.3.2. Problema ... 31 5.3.3.Objetivo Geral ... 31 5.3.4.Objetivos Específicos ... 31 5.3.5.Questões de estudo... 31 5.3.6 Variáveis ... 32 5.3.7 Amostra ... 32

5.3.7.1 Critérios de Inclusão da amostra ... 32

5.3.7.2. Caracterização da amostra, em função do sexo, ano letivo e curso de formação ... 33

5.3.8. O Instrumento de recolha de dados ... 35

5.3.8.1 Operacionalização (recolha de dados) do QMAD ... 37

5.3.9 Tratamento/análise dos dados ... 37

6. Apresentação e Interpretação dos Resultados ... 38

6.1 . Apresentação e interpretação dos resultados do questionário em função do gênero ... 38

6.2.Apresentação e interpretação dos resultados do questionário em função do curso de formação ... 40

6.3. Apresentação e interpretação dos resultados do questionário em função dos Cursos Cientifico Humanístico.... 42

6.4.Apresentação e interpretação dos resultados do questionário em função dos Cursos Profissionais... 44

6.5. Comparação Rapazes vs Raparigas – análise descritiva ... 45

6.6. Comparação Rapazes vs Raparigas - teste U Mann-Whitney. ... 46

6.7. Comparação Cursos Cientifico-Humanísticos vs Cursos Profissionais - Teste U Mann-Whitney ... 47

6.8. Comparação cursos científico humanísticos e cursos profissionais – Análise descritiva ... 48

6.9. Comparação cursos científico humanísticos e cursos profissionais – Teste t teste ... 49

6.10. Comparação Rapazes dos Cursos Científico-Humanísticos vs Rapazes dos Cursos Profissionais e Raparigas dos Cursos Científico Humanísticos vs Raparigas dos Cursos Profissionais, em cada dimensão do QMAD – Análise descritiva ... 50

6.11. Comparação Rapazes dos Cursos Científico-Humanísticos vs Rapazes dos Cursos Profissionais e Raparigas dos Cursos Científico Humanísticos vs Raparigas dos Cursos Profissionais, em cada dimensão do QMAD – teste U Mann-Whitney ... 51

6.12. Comparação 10º/11º/12º anos dentro de cada tipo de Curso, em cada dimensão do QMAD - one-way ANOVA, ... 52

7 - Conclusão………...53

8 - Considerações Finais... 55

9 – Bibliografia ... 56

(8)

viii

Índice de Tabelas

Tabela 1 – Frequência absoluta (n) e relativa (%) de rapazes e raparigas em relação a algumas variáveis escolares………32 Tabela 2 – Dimensões e motivos dentro de cada dimensão ... 35

Tabela 3 – Frequência absoluta (n) e relativa (%) de rapazes e raparigas em cada uma das opções do questionário ... 37

Tabela 4 - Frequência absoluta (n) e relativa (%) de alunos dos cursos Científico Humanístico e Profissionais em cada uma das opções do questionário ... 39

Tabela 5 - Frequência absoluta (n) e relativa (%) de alunos dos Cursos Cientifico Humanístico, por ano de

escolaridade, em cada uma das opções do questionário ... 41

Tabela 6 - Frequência absoluta (n) e relativa (%) de alunos dos Cursos Profissionais, por ano de escolaridade, em cada uma das opções do questionário ... 43

Tabela 7 - Média, desvio-padrão, coeficiente de variação e mean rank das amostras de rapazes e raparigas, nas dimensões do QMAD ... 44

Tabela 8 - Comparação entre rapazes vs raparigas, nas dimensões do QMAD... 45

Tabela 9 - Teste U Mann-Whitney na comparação entre grupos ... 46

Tabela 10 - Média, desvio-padrão e coeficiente de variação das amostras de cursos Científico Humanísticos e cursos profissionais, nas dimensões do QMAD ... 47

Tabela 11 - Teste t de medidas independentes na comparação entre grupos ... 48

Tabela 12 - Média, desvio-padrão e coeficiente de variação, por dimensão do QMAD, em cada grupo de estudo ... 49

Tabela 13 - Comparação entre grupos ... 50

Tabela 14 - Média, desvio-padrão e one-way ANOVA, na comparação simultânea entre os anos de escolaridade, dentro de cada tipo de curso ... 51

(9)

ix

Lista de Anexos:

Anexo 1 - Planificação Anual

Anexo 2 - Planeamento da Unidade didática Anexo 3 - Plano de Aula

Anexo 4 – Calendarização Anexo 5 – Roullement

Anexo 6 – Critérios de Avaliação Anexo 7 – Plano Anual de Atividades Anexo 8 – Questionário do QMAD Anexo 9 – Inquerito Sócio Biográfico Anexo 10 – Horário de Turma

(10)

10

1. Introdução

O relatório de estágio apresentado inscreve-se no trabalho final do Curso de Mestrado em Ensino de Educação Física nos Ensinos Básicos e Secundários – Instituto de educação da Universidade do Minho.

A realização do estágio foi numa escola do agrupamento de Escolas Francisco de Holanda localizada em Guimarães, com uma turma do 10º ano de escolaridade do curso de Ciências e Tecnologias.

O objetivo deste relatório final é transpor as expectativas em relação ao estágio, fazer uma análise e reflexão de todo o trabalho efetuado ao longo do ano. Tudo isto só foi possível através dos conhecimentos que fui adquirindo ao longo de toda a minha vida académica, onde pude por em prática o que interiorizei e aprendi ao longo dos anos.

É nesta fase que temos a verdadeira noção de como se atua no trabalho da escola, uma vez que no primeiro ano não temos este tipo de contacto com os alunos. Com o estágio temos uma perceção maior da realidade escolar, dos professores, dos alunos, das suas motivações para a prática letiva.

Este relatório encontra-se organizado de acordo com as regras do Documento Orientador do Estágio Profissional. Neste sentido o relatório está dividido em três grandes partes/áreas, com os respetivos pontos de ligação: Área I - Organização e Gestão do Ensino Aprendizagem, Área II – Participação na Escola e Relação com a Comunidade, Área III - Desenvolvimento Profissional e Investigativo em Educação Física.

A Área I – Organização e Gestão do Ensino Aprendizagem, onde abordo temas como a Conceção, o Planeamento, Realização e a Avaliação.

A Área II – Participação na escola e Relação com a Comunidade, esta refere-se a toda a minha envolvência e participação na escola e a relação com toda a comunidade escolar, onde apresento todas as atividades realizadas, assim como as formações.

Por último a Área III – Desenvolvimento Profissional e Investigativo em Educação Física, é onde surge o meu estudo de investigação sobre um tema que sempre me despertou interesse enquanto aluno, Motivação dos alunos para a disciplina de Educação Física nos cursos Científicos Humanísticos e nos Cursos Profissionais. Este estudo serviu para ter uma noção sobre a motivação dos alunos nos diferentes cursos na disciplina de Educação Física e, também, tentar perceber o que mais motiva um aluno nas aulas, tendo sempre a consciência de que nos cursos Científicos Humanísticos a disciplina não interfere para a média final ao contrário dos Cursos Profissionais.

(11)

11

2 – Intervenção Pedagógica no Processo Ensino Aprendizagem

2.1 Enquadramento Pessoal

Este ano é para mim o ponto mais alto e mais significativo da minha vida académica, onde coloco em prática todo o meu saber, tudo o que aprendi durante todos estes anos. Será o fim de um ciclo e o início de um outro mais importante, a minha carreira profissional como professor.

O desporto sempre foi a minha paixão, adorava correr, saltar, andar de bicicleta, de skate, brincar na rua com os amigos, onde desenvolvi bastante as minhas capacidades coordenativas. Aos sete anos iniciei a minha atividade desportiva como atleta de karaté, no Vitória Sport Clube, onde estive cerca de tês anos, posteriormente dois anos de Boxe e atividades de ginásio.

Pratiquei regularmente desporto não formal, mas sempre fui um grande apaixonado pela Educação Física, eram as minhas aulas preferidas e via sempre no professor de Educação Física um modelo a seguir. Quando chegou a altura de fazer a minha opção no ensino superior, não tive dúvidas em relação às minhas escolhas, sempre sonhei e sempre quis seguir a área da Educação Física.

Em 2009/2010 entrei no Ensino Superior no curso de Educação Física e Desporto no Instituto de Estudos Superiores de Fafe IESF-FAFE. Foi para mim um dos momentos mais felizes da minha vida, porque ia realizar o meu maior sonho. No 3º ano, estive a fazer estágio na formação de futebol no Vitória Sport Clube, onde aperfeiçoei as minhas competências a nível pedagógico.

Após a conclusão da minha licenciatura, tive necessidade de aumentar os meus conhecimentos científicos e pedagógicos. Foi então que surgiu a oportunidade do ingresso no mestrado da Universidade do Minho..

O meu querer e as minhas ambições fazem com que eu responda a todas as exigências e seja capaz de aplicar todos os meus conhecimentos de uma forma eficaz e criativa.

(12)

12

2.2 Enquadramento Institucional 2.2.1 Caracterização do Meio

A escola situa-se no Norte de Portugal, mais propriamente no Concelho de Guimarães, no distrito de Braga. O distrito de Braga tem uma área de 2673km e uma população de aproximadamente 866 012 habitantes.

Guimarães é a cidade mais histórica de Portugal e é considerada Cidade Berço da Nação, onde nasceu o primeiro Rei de Portugal D. Afonso Henriques. O seu concelho tem uma área de 240,95km e tem 20 freguesias, esta limitada a Norte pela cidade da Póvoa de Lanhoso, a leste da cidade de Fafe, esta a sul de Felgueiras, tem a oeste a cidade de Famalicão e a noroeste a cidade de Braga. Tem 158124 mil habitantes (2011). Guimarães é Património Cultural da Humanidade, atributo dado pela UNESCO em 2001 e em 2012 foi Capital Europeia da Cultura e considerado pera revista New York Times como um dos melhores destinos a visitar.

A nível de instalações desportivas a cidade de Guimarães está bem equipada e nos últimos anos assistiu a uma grande evolução a nível de instalações, a construção de um Pavilhão Multiusos, Piscinas, Pistas de atletismo Gémeos Castro, dois parques desportivos.

A instituição mais conceituada da cidade é o Vitória Sport Clube, localiza-se bem no centro, o clube tem várias modalidades como, o Atletismo, natação, kickboxing, voleibol, o basquetebol e como modalidade principal o futebol onde se destaca por ser um dos clubes mais emblemáticos da 1ª liga, onde já conquistou uma supertaça e uma taça de Portugal.

Também tem o Moreirense que é a segunda maior instituição desportiva do concelho de Guimarães que, a nível de futebol, também milita na 1ª liga.

Guimarães, em 2013, foi Cidade Europeia do Desporto, atributo concedido pela Associação das Capitais Europeias do Desporto.

2.2.2 Caracterização da Escola

A Escola Secundária Francisco de Holanda foi criada em 1864 como Escola Industrial. A escola só começou a funcionar 20 anos mais tarde como Escola de Desenho Industrial e foi das escolas com mais destaque a nível nacional, pois permitia uma boa preparação técnica para os alunos. Tinha uma grande

(13)

13

capacidade de acompanhar o desenvolvimento nacional, a nível industrial. Hoje faz parte do agrupamento com mais 4 escolas (EB1 Pegada), (EB1 Santa Luzia), (EB 2,3 Egas Moniz) (Escola Secundaria Francisco de Holanda) e é uma das três escolas públicas do Ensino Secundário em Guimarães. O agrupamento em que esta inserido possui um total de 2436 alunos e 198 docentes, sendo que 1567 desses alunos são da Escola Secundária Francisco de Holanda. O grupo de Educação Física é constituído por 12 docentes e um estagiário.

A escola a nível de infraestruturas oferece múltiplas valências, assim como serviços de ação social, psicologia e orientação, biblioteca, papelaria, bar, cantina. A nível desportivo tem um polivalente com três espaços, um auditório para dança, treino funciona, entre outras e ainda um espaço exterior para a prática de atletismo, basquetebol, andebol, futsal, voleibol.

2.2.3 Caracterização da Turma

Para efetuar um estudo mais pormenorizado, submetemos um inquérito individual que nos permitiu traçar o perfil social, biológico e desportivo de cada aluno, dando pistas essenciais para abordagens de assuntos considerados importantes para o desenvolvimento integral dos alunos.

Após a recolha dos dados pudemos concluir que a turma é constituída por 28 alunos, mas apenas 26 frequentam o ano letivo presente. O aluno nº13, João Ferreira e a aluna nº19, Maria Gonçalves, pediram transferência de escola. Dos 26 alunos presentes 14 são raparigas e 12 são rapazes. Dos 26 alunos apenas 4 repetiram, sendo que 2 ficaram retidos 1 ano e 2 alunos 2 anos. Em relação à residência, todos os alunos são da periferia de Guimarães, à exceção de 2 que habitam nos concelhos de Famalicão e Vizela.

No que se refere aos pais dos alunos, na sua maioria, têm idades entre os 35 e os 50 anos e o seu grau de escolaridade é muito baixo - estão na maioria abaixo da escolaridade obrigatória e apenas 2 são licenciados.

Em termos de hábitos e estilos de vida dos alunos, conclui-se que não há nenhum caso preocupante, todos mantêm um estilo de vida saudável.

Podemos concluir que a turma tem uma atitude bastante positiva no que respeita à prática de Atividade Física no seu dia a dia e que estão motivados para a prática pedagógica, o que proporciona um bom ambiente nas aprendizagens.

(14)

14

3 - Área 1 – Organização e Gestão do Ensino da Aprendizagem

Esta área é das mais importantes, tem como objetivo criar estratégias de intervenção do ensino de Educação Física. Aqui temos que pôr em prática todos os conhecimentos adquiridos, assim como refletir sobre eles de forma a melhorar a performance como professor.

Neste enquadramento pedagógico é essencial seguir normas que suportem o estágio, consultar documentos da Escola, da Universidade do Minho, sempre de acordo com as normas legislativas atuais do Ministério da Educação.

Depois de uma análise exaustiva dos documentos, senti, que estava preparado para iniciar a minha prática pedagógica de acordo com a realidade e a envolvência da escola.

3.1 Conceção

“Todo o projeto de planeamento deve encontrar o seu ponto de partida na conceção e conteúdos dos programas ou normas programáticas de ensino, nomeadamente na conceção da formação geral, do desenvolvimento multilateral da personalidade no grau de cientificidade e relevância prática social do ensino” (Bento, 2003, p.7)

“Os dilemas com que o professor de Educação Física se debate não o dispensam, pelo contrário prendem-no ao dever importante de reger um ensino científico e relevante para a vida do aluno” (Bento, 1991).

A conceção é a primeira tarefa a desempenhar pelo professor. Esta tem como função a formação dos alunos. Para uma boa orientação neste sentido será necessário recorrer ao Programa Nacional de Educação Física (PNEF).

O PNEF ajuda-nos na forma como planeamos e preparamos as aulas, tendo em conta as condições da escola e as características dos alunos de forma a responder às necessidades dos objetivos do programa. Com base neste documento, o professor deve ter uma boa capacidade de análise de forma a que as escolas tenham uma maior autonomia na gestão das diversas modalidades desportivas.

Contudo, este programa tem como finalidade a melhoria da qualidade de vida, saúde e bem-estar consolidando e aprofundando conhecimentos e competências práticas relativos aos processos de elevação e manutenção das capacidades motoras.

(15)

15

A PNEF favorece a compreensão e aplicação dos princípios, processos e problemas de organização e participação nos diferentes tipos de atividades físicas, na perspetiva da animação cultural e da educação permanente, valorizando a ética, o espírito desportivo, a responsabilidade pessoal e coletiva, assim como ter consciência na preservação das condições da realização das atividades físicas, em especial do ambiente.

Reforçar o gosto pela prática regular da atividade física e a aprofundar a compreensão da sua importância como fator de saúde ao longo da vida é também uma das finalidades da PNEF.

É relevante o conhecimento do Projeto Educativo da Escola e entender os objetivos criados pelo grupo de Educação Física.

Neste sentido e com base nos documentos que me foram fornecidos pelo orientador, entendi o funcionamento integral da escola e da turma que lecionei. As constantes reuniões durante o ano letivo fizeram-me compreender as dinâmicas e conceções a da Educação Física de forma a ajustar os meus saberes à conjuntura em que estava inserido.

Realizamos a avaliação da aptidão física através da bateria de testes do Fitnessgram,de forma a verificar se os alunos se encontram ou não numa zona saudável. Esta avaliação será de novo efetuada no final do último período para verificar a sua evolução.

Também elaborei a caracterização da escola e do meio, de forma a entender melhor a sua envolvência.

Na aula de apresentação da turma que lecionei apresentei em PowerPoint os critérios de avaliação, assim como o Programa de Educação Física para o presente ano letivo.

3.2 Planeamento

A atividade de planeamento do professor de Educação Física engloba uma antecipação mental do seu ensino, incluindo tomadas de decisão sobre determinadas categorias didáticas, tentando definir os contornos de um modelo de atuação no processo pedagógico. (Bento, 2003)

“O planeamento constitui a esfera de decisão na qual o professor pré-determina quais os efeitos a alcançar no ensino e para quê são despendidos tempo e energias.” (Bento, 2003, p.16)

“O plano é um modelo racional, um meio de reconhecimento antecipado e de regulação do comportamento atuante, assumindo as funções de motivação e estimulação, orientação e controlo, transmissão de vivências e experiências e racionalização da ação” (Bento, 2003).

(16)

16

A planificação é o meio de ligação entre as pretensões inerentes ao sistema de ensino e aos programas das respetivas disciplinas e a sua realização prática (Bento, 2003).

Como ponto de partida para o ano letivo, procedeu-se à elaboração de um planeamento anual desenvolvido pelo Grupo Disciplinar de Educação Física para o 10ºano, respeitando sempre o Programa Nacional. Assim, no 1º período abordou-se Voleibol, Atletismo e Ginástica Artística e de Aparelhos, no 2º período, Basquetebol, Badminton e Treino Funcional/Dança, finalmente no 3º período, Futsal, Andebol e ginástica Acrobática. Trata-se “de um plano de perspetiva global que procura situar e concretizar o programa de ensino no local e nas pessoas envolvidas” (Bento, 2003)

Após a elaboração do planeamento anual, era crucial proceder-se à realização das unidades didáticas e dos planos de aulas.

Para que tudo decorresse de uma forma correta e coerente, procedi à realização de três etapas, a planificação anual, planificação da unidade didática e plano de aula. Na primeira, constavam as modalidades a abordar durante o ano letivo e por período. Na segunda, planificação das unidades didáticas (Anexo 2), grelha de vickers e, por último, o plano de aula e a respetiva reflexão (Anexo 3).

Estas etapas foram realizadas tendo em conta o documento referente ao espaço disponível rollemant (Anexo 5), de forma a que fossem criadas as condições necessárias para a sua concretização.

Assim sendo, no primeiro período foram lecionadas um total de 26 aulas nas unidades didáticas de voleibol, 13 aulas de 90 minutos, Ginástica Artística, 5 aulas de 90 minutos e Atletismo, 4 aulas de 90 minutos, uma aula para a apresentação e uma outra para a realização do Fitnessgram, onde foi feita a avaliação inicial dos alunos. No segundo período, iniciamos com o Basquetebol, 11 aulas de 90 minutos, o Badminton, 4 aulas de 90 minutos e por fim o Treino Funcional em 4 aulas de 90 minutos. Por fim o terceiro período com um total de 19 Blocos de 90 minutos em que se inclui o Futsal, 8 Blocos de 90 minutos, o Andebol, 5 Blocos e Ginástica Acrobática 2 blocos de 90 minutos.

De referir que as aulas eram lecionadas todas as semanas às terças e quintas-feiras, respetivamente das 11h:50min às 13h:20min e das 08h:25min às 09h:55min.

O plano-tipo de aulas utilizados foi fornecido pelo professor cooperante no início do ano letivo. Os planos eram simples e objetivos e de fácil interpretação.

As aulas foram planeadas sempre do mais simples para o mais complexo para que a aprendizagem fosse feita de uma forma gradual.

(17)

17

3.3 Realização

Todo o professor tem necessidade de atualizar métodos, técnicas e conteúdos, bem como de efetuar uma permanente autoavaliação, pois a simples prática do ensino não garante o seu melhoramento (Cunha, 2010).

O objetivo principal do planeamento, da preparação, da realização e avaliação do ensino pelo professor está na centralização do fundamental (Hunneshagen/Leutert, 1984).

Se desejamos ensinar com êxito, se queremos formar nos alunos saberes e capacidades sólidas, aproveitando o pouco tempo disponível, então temos que aclarar o essencial do ensino e focar nisso a nossa atividade e a dos alunos (Bento, 2003).

A realização é das áreas fundamentais, é pôr em prática a verdadeira essência do que aprendemos, aqui operacionalizamos a Conceção e o Planeamento.

Ainda me lembro do dia em que liguei ao Professor cooperante, o Dr. Filipe Guimarães, não sabia o que dizer e o tipo de feedback que iria receber. Após uma breve conversa senti uma grande empatia e que estava perante uma pessoa excelente, muito inteligente, compreensível e pronta a cooperar verdadeiramente comigo e a passar o seu testemunho de uma experiência de quase 40 anos como professor. Senti nesse momento que iria realizar o meu sonho, de lecionar na escola onde também fui aluno no meu percurso académico.

Antes de começar, só pensava como seria a minha turma, o que lhes iria dizer na primeira aula, como iria enfrentar os medos, não tinha experiência nenhuma nesta área, estava habituado ao treino de futebol.

A primeira aula foi a apresentação, uma aula teórica, em que todos os alunos e o professor se apresentaram e falaram um pouco das perspetivas do futuro. Inicialmente senti dificuldades na comunicação.

Com os erros se aprende e com o apoio incondicional do Professor cooperante que esteve sempre ao meu lado fui com o tempo ganhando uma maior autonomia, uma maior organização nas aulas. Fui adquirindo confiança, maturidade e liderança de forma a saber contornar os obstáculos com que me deparava.

Contudo, tentei sempre adequar as atividades e tarefas ao nível do desempenho dos alunos, assim como maximizar o tempo de empenhamento motor deles, dar sempre os feedbacks apropriados e eficazes, a fim de evitar tempos mortos para que a aula decorresse sem paragens.

(18)

18

A realização consiste na passagem da teoria para a prática e a gestão de todo o processo de ensino aprendizagem dos alunos nas aulas. Para isso, temos que saber gerir vários fatores como o tempo de instrução, a disciplina, o ambiente da turma, as estratégias a adotar, a gestão da aula e os métodos a adotar no contexto de aprendizagem dos alunos.

No início do ano tivemos o cuidado de transmitir normas e valores para que os alunos pudessem cumprir e ter o máximo de proveito das aulas, o respeito pelos colegas, ser assíduo e pontual, estar sempre atento e preservar o material desportivo e cumprir as regras de segurança.

As aulas eram previamente planeadas com uma sequência metodológico da modalidade que estava a abordar e refletidas para que as seguintes fossem melhoradas.

As aulas eram sempre iniciadas com a chamada para verificar as presenças, as faltas e as dispensas. Depois passava para a parte inicial onde abordava os conteúdos a lecionar na aula. De seguida, passavam para a ativação geral e específica da modalidade a ministrar. Na parte fundamental, tinha cuidado em demonstrar os exercícios pretendidos, para isso escolhia o aluno com maior destreza e técnica nessa área para o demonstrar.

Houve uma grande atenção com as ajudas aos alunos com maior dificuldade, nas aulas de treino funcional e de ginástica, para minimizar eventuais lesões.

As aulas eram sempre terminadas com alongamentos e posterior balanço final.

Durante as aulas, tive sempre uma voz firme e ativa, assim como me coloquei em posições estratégicas de forma a que na instrução todos os alunos me vissem e ouvissem e entendessem corretamente tudo o que estava a ser explanado.

Em termos de gestão da aula, consegui sempre gerir o tempo de aula assim como o tempo determinado para cada exercício. Como existem imponderáveis, é normal que uma vez ou outra o plano não tenha sido cumprido, mas o importante é que os conteúdos abordados tenham sido bem interiorizados e bem executados.

Em termos de material desportivo, preparei-o sempre antes das aulas de forma a que não houvesse percalços e para tirar maior rendibilidade da aula.

Em relação à organização da turma, sempre que tive de fazer a divisão de grupos, esta era no início da aula, para que não houvesse tempos mortos. Fiz sempre grupos homogéneos para evitar o desequilíbrio e de forma a aumentar a competitividade.

(19)

19

A relação com a turma foi sempre boa, o que proporcionou um bom ambiente de trabalho. Desde que se crie uma boa relação com os alunos é motivo suficiente para que as aulas decorram com motivação, empenho e alegria.

O meu estágio não passou só por esta turma, também estive a lecionar aulas a um aluno do 12º ano que por motivos de saúde não podia ter aulas com a restante turma, foi uma experiência muito enriquecedora e acima de tudo de muita responsabilidade pelas limitações apresentadas.

Por último, em todas as atividades lecionadas, tive o cuidado de enviar para os alunos um apoio teórico, de forma que pudessem estudar e entender melhor as matérias abordadas.

3.4 Avaliação

“Em quase todas as obras de didática é realçada a importância da análise e a avaliação do ensino. Conjuntamente com a planificação e realização do ensino, a análise e a avaliação são apresentadas como tarefas centrais de cada professor” (Bento 2003, p.174).

A avaliação do ensino é uma tarefa central do professor, onde o professor deve controlar e avaliar sempre os seus próprios resultados pedagógicos e a realidade (Bento 2003).

A arte de avaliar é das tarefas mais complexas do professor, é um processo contínuo de recolha de dados é por a prova todas as competências dos alunos. Um professor para avaliar tem de se ancorar nos critérios de avaliação definidos, assim como saber aplicados.

Para melhor conhecimento do nível da turma nas diversas unidades didáticas foi efetuada a Avaliação de carácter Diagnóstica, posteriormente a avaliação formativa e no final de cada período a avaliação sumativa.

Assim sendo a avaliação diagnóstica é a primeira a ser realizada e é sempre aplicada no início de cada unidade didática com o objetivo de recolher informação a cerca dos conhecimentos e aptidões físicas dos alunos. Com esta avaliação podemos determinar em que nível se encontram e definir caso seja necessário grupos de nível. Esta avaliação pode ser individualizada ou em grupo.

A avaliação formativa é a segunda avaliação a ser realizada e é parte integrante do processo ensino-aprendizagem é usada durante todo o processo de avaliação. Para uma boa avaliação formativa serão elaboradas fichas de observação, de forma a registar o comportamento nos vários domínios, o cognitivo, psicomotor e sócioafetivo.

(20)

20

A avaliação sumativa: após estas avaliações e tendo sempre em conta todos os critérios de avaliação é importante efetuar uma avaliação sumativa no final da unidade didática que tem como objetivo avaliar os resultados dos alunos e verificar a sua evolução e progressão.

Os critérios de avaliação foram determinados pelo grupo disciplinar de Educação Física no início do ano e aprovados em Conselho Pedagógico (Anexo 6). A avaliação irá assentar em três domínios, psico-motor com uma percentagem de 70%, cognitivo 5% e sócioafetivo 25%.

4 - Área 2 – Participação na Escola e Relação com a Comunidade

Os docentes não podem ficar somente a lecionar, devem promover e colaborar nas atividades para a comunidade escolar.

Esta área tem como objetivo principal reforçar e dinamizar a atividade física em torno da comunidade envolvente, isto é, promover atividades extracurriculares de forma a integrar o aluno e a restante comunidade para que haja uma sã convivência e harmonia.

Estas atividades foram definidas no início do ano pelo Grupo Disciplinar de Educação Física, onde consta no plano anual de atividades.

4.1 Atividades desenvolvidas pelo Núcleo de Estágio

Participei e colaborei ativamente em todas as atividades desenvolvidas pelo Grupo Disciplinar de Educação Física.

4.1.1. Direção de Turma

Uma das competências do professor estagiário é acompanhar e observar o Diretor de Turma em todas as suas funções e competências.

Assisti a diversas reuniões da turma do 10º ano CT7, compreendendo o papel multifuncional do diretor de turma ligado à escola e às tarefas a realizar, mais especificamente seguindo as normas que regem a sua função. Por outro lado, percebi o papel de gestor de recursos humanos tendo em conta os alunos, os encarregados de educação e os professores da turma.

(21)

21

O Diretor de Turma deve ser organizado, rigoroso, fomentar o sentido de responsabilidade e proporcionar um ambiente saudável com os alunos, encarregados de educação e professores, para que o seu trabalho tenha sucesso.

Neste sentido, é fundamental que o Diretor de Turma seja capaz de sensibilizar os encarregados de educação para tarefas de acompanhamento dos seus educandos. É importante a vinda regular à escola, motivar seu educando e fomentar hábitos de estudo.

Assim, é evidente que o Diretor de Turma tem um papel de mediador entre a escola e a família. Desta forma, de Diretor de Turma estabelece sinergias entre os alunos, os pais, os professores e a escola.

Este contacto direto com o Diretor de Turma permitiu-me, assim, conhecer a importância do cargo não só como gestor administrativo, mas como gestor de todo o processo educativo, sendo ele o principal responsável pelo seu desenvolvimento.

4.1.2 Assessoria ao Desporto Escolar

O Desporto Escolar faz parte do Projeto Educativo e do Plano de Atividades do Agrupamento de Escolas. Todos os objetivos inicialmente traçados foram atingidos na íntegra. Desenvolveu-se o gosto pela prática regular das atividades físicas e criou-se um clima propício a boas relações interpessoais e espírito de grupo.

Tendo em conta os resultados obtidos por este grupo/equipa, consideramos a sua atividade muito positiva, pelo empenho, responsabilidade, espírito de equipa e motivação, o que potencia um desenvolvimento integral dos nossos ALUNOS. Estes comportamentos fazem com que a nossa Escola seja dignificada.

A nossa equipa de Futsal, pelo segundo ano consecutivo, sagrou-se Campeã Distrital e, por conseguinte, disputou o apuramento para o Campeonato Nacional, mas a sorte não foi nossa aliada e perdemos por um tangencial 1-0 frente à equipa de Viana do Castelo.

Os treinos do grupo/equipa de Futsal juvenil feminino realizaram-se à 4ª feira das 16h30m às 18h30m e 6ª feira das 15h às 16h na Escola Francisco de Holanda. As alunas participantes eram do 10ª,11ª e 12º ano.

O professor Filipe Guimarães foi o responsável e a minha participação foi como adjunto. Percebi toda a dinâmica inerente às atividades do Desporto Escolar. Em jeito de balanço final, sinto-me mais completo com mais esta experiência enriquecedora.

(22)

22

4.1.3 Formação de Zumba 27-10-2015

A Formação de zumba contou com a participação de todos os docentes, incluindo o estudante estagiário da Universidade do Minho.

Como formadora da ação foi escolhida uma ex-estagiária da professora Manuela Brochado que domina esta área tão em voga.

A atividade iniciou-se à hora prevista, com uma breve apresentação dos objetivos, salientando-se a importância da partilha de saberes disciplinares entre pares. A parte prática iniciou-se pela apresentação da estrutura rítmica da música a adotar numa aula de Zumba. De seguida, passamos à exploração dos skills básicos, às diferentes formas de conjugação e respetivas sequências coreográficas a adotar, salientando-se as opções bilaterais. A este nível, todos os presentes se entusiasmaram, respondendo de forma francamente positiva aos diferentes desafios que se iam lançando. Relativamente a coreografias mais avançadas, os passos foram abordados através de progressões pedagógicas e estratégias de motivação.

4.1.4 Jornadas da Juventude 29-10-2015

Esta iniciativa contou com a adesão dos professores que estavam a trabalhar no dia 29 de outubro

e teve como objetivo dar a conhecer aos 300 alunos algumas atividades como a arte marcial krav Maga, o treino funcional em circuito e a Zumba. Esta iniciativa foi proposta pela Associação Casa da Juventude à direção da escola que a endereçou ao grupo disciplinar. A resposta a estas iniciativas do exterior é sempre afirmativa, uma vez que entendemos que é muito enriquecedor que os alunos vivenciem atividades em contextos diferentes de uma aula formal.

A atividade iniciou-se à hora prevista, com uma breve apresentação dos objetivos, salientando-se a

importância da realização de atividades diferentes num contexto de circuito. A parte prática iniciou-se pela apresentação da iniciativa e seus autores, o Alexandre, presidente da Casa da Juventude e os colaboradores que iriam dar a ação. De seguida, os alunos dividiram-se em três grupos correspondentes às três propostas de atividades e passamos à exploração dos skills básicos de cada uma delas.

Cada grupo permanecia na atividade cerca de 30 minutos e depois iniciava outra. Isto aconteceu em todos os blocos da manhã e pode dizer-se que foi um enorme sucesso. Os alunos estavam verdadeiramente empenhados, animados, interagiram com alunos de outras turmas e puderam exercitar zumba e uma atividade marcial em contexto lúdico. Os formadores salientam o clima de entusiasmo, a

(23)

23

recetividade, a entrega e a postura de todos os alunos e terminaram referindo que se encontram disponíveis para quaisquer outras experiências similares a esta, facto que aceitamos desde logo.

4.1.5 Xico-Olimpíadas Corta Mato 16-12-2015

A atividade Xico-olimpíadas que engloba os alunos do 2ºe 3º ciclos e secundário, inicialmente

marcada para dia 15 de dezembro, por decisão da Diretora do Agrupamento de escolas e do Coordenador do Desporto Escolar, foi adiada para o dia seguinte, uma vez que as condições climatéricas anunciadas não permitiriam a concretização plena dos seus objetivos.

No dia 16 de dezembro, iniciou-se com a marcação do percurso que foi realizado pelos professores Filipe Guimarães, Bruno Pereira e Rodrigo Mata, que para o efeito se deslocaram para o local das provas pelas 8.00 horas.

O transporte dos alunos das Escolas para a Pista Gémeos Castro foi coordenado pelos professores Eduarda Gonçalves e Carlos Oliveira (Escola Sec. Francisco Holanda) e pelas professoras Isabel Vasconcelos, Carla Amaral e Anne Goldbach (Esc. Egas Moniz) de forma regular e sem percalços.

À medida que os alunos iam chegando, eram encaminhados para as bancadas onde se encontravam as professoras Margarida Silva, Isabel Machado, Carlos Baldaia, Francisco Magalhães e Natália Castro Mendes com coadjuvados pelos alunos da turma do curso profissional 11 TMC. Isabel Vasconcelos, Anne Golbach, Carla Amaral professores de Educação Física da escola Egas Moniz, procederem à distribuição dos dorsais por modalidades, escalões e géneros, ainda no espaço da escola, facto que agilizou o início das provas pois os alunos mal chegavam eram encaminhados para os balneários para se equiparem.

Verificou-se que o número de alunos efetivamente participantes foram cerca de 400, ligeiramente inferior aos anos anteriores, talvez pelo facto de se ter adiado devido às condições climatéricas.

Os alunos participaram com responsabilidade, empenho e alegria, demonstrando grande motivação na realização das provas.

A partida para as provas de corta mato foi assegurada pelo professor Filipe Guimarães, estando posicionados ao longo do percurso diversos professores, com o objetivo de controlar o bom funcionamento das provas. No controlo e registo da chegada dos atletas à meta, estiveram os professores Margarida Silva, Isabel Machado, Natália e Filipe Guimarães.

-A realização da prova de corrida de velocidade, desde as séries até às finais, foi assegurada pelo professor Carlos Baldaia e dois alunos.

(24)

24

A realização da prova de salto em comprimento, desde as séries até às finais, foi assegurada pelo professor Rodrigo Mata e alguns alunos.

A reportagem fotográfica foi efetuada pelo professor Bruno Pereira

A distribuição do reforço alimentar foi da responsabilidade das professoras Eduarda Gonçalves Isabel Vasconcelos.

Todas as disposições e considerandos foram alcançados, desde a preparação e organização da atividade, a ação e os objetivos propostos.

Em jeito de conclusão, considerámos ser muito positivo e enriquecedor proporcionar este tipo de atividade aos alunos, uma vez que foi possível criar um ótimo ambiente de competição e convívio e entre alunos de vários ciclos de ensino e simultaneamente promover novas vivências e desafios nas diferentes disciplinas da modalidade de Atletismo. Por último, apraz-nos registar que esta atividade teve um efeito muito mobilizador nos discentes.

Importante salientar a menor participação dos alunos das duas escolas. Tal deve-se ao facto de alguns professores terem testes marcados para a última semana de aulas.

Para finalizar, o grupo disciplinar agradece a presença da Diretora e Sub-Diretora, professoras Rosalina Pinheiro e Olívia Canedo que gentilmente compareceram para constatar o sucesso que esta atividade colhe no seio dos alunos; aos dois Bombeiros Voluntários da Corporação de Guimarães, pela sua colaboração que com muito profissionalismo souberam intervir e à Direção da Pista de Atletismo Gémeos Castro, pela cedência das instalações.

4.1.6 Torneio de voleibol 17-12-2015

O torneio de voleibol contou com a participação de todos os docentes, o estagiário da Universidade do Minho e de 216 estudantes. Esta realizou-se no pavilhão gimnodesportivo da Escola Secundária e teve como objetivo a realização de um torneio inter-turmas. A atividade foi realizada pela associação de estudantes e pelo grupo de professores de Educação Física.

A atividade iniciou-se à hora prevista, com uma breve apresentação e teve em conta objetivos tais como o desenvolvimento de competências de voleibol, fomentar o gosto pelo voleibol, cimentar as relações interpessoais, respeitar os colegas e os árbitros, formar os alunos, e proporcionar vivências no voleibol.

(25)

25

4.1.7 Torneio de Futesal - Alunos Com Necessidades Educativas Especiais

A atividade decorreu no mês de março e teve lugar nos pavilhão da Escola Francisco de Holanda. Esta iniciou-se as 9:30 e prolongou-se até as 13h. Participaram sete escolas do concelho, sendo exclusivamente alunos com NEE.

A organização deste evento esteve a cargo dos professores de educação especial e do grupo disciplinar de Educação Física.

Participei e dinamizei de uma forma ativa na preparação do torneio com os convites as escolas, organizei o calendário de jogos e as arbitragens, o reforço alimentar e trofeus e medalhas, também colaborei na preparação e na orientação técnica e tática da equipa da nossa escola. Foram realizados 10 jogos, estando envolvidas 57 alunos de ambos os sexos.

O que destaco desta atividade foi o empenho e determinação que influenciou nas suas aprendizagens, o que resultou numa grande alegria e felicidade. Foi uma experiência única e bastante gratificante.

4.1.8 Palestra-Estudar no Reino Unido 10. 03.2016

Esta palestra surge pelo interesse manifestado por muitos alunos de obterem informações sobre a possibilidade de estudarem no estrangeiro, nomeadamente no Reino Unido. Foi contactada uma empresa, " OK estudante", especializada em ajudar os alunos a conhecerem todo o processo de candidatura, cursos, saídas profissionais, alojamento, etc. A apresentação foi breve, visionou-se um filme com relatos de estudantes que estudam no Reino Unido, e seguiu-se o esclarecimento de dúvidas. Os alunos demonstraram grande interesse, intervieram muito, colocando questões muito pertinentes. Cumpriu o objetivo de dar possibilidade aos alunos de conhecerem outras realidades no prosseguimento de estudos.

4.1.9 Relatório Mega Mix de Dança 14-03-2016

O início da atividade estava marcado para a 9.30 h e envolveu todas as turmas em aula de Educação Física, nos 3 blocos da manhã, nomeadamente, 10 AV1, 11 CT2, 10 CT6, 12 AV1, 12 CT6, 12 CT1, 11 CT3, 11CT8, 10 LH2, 11 CT5, 12CT4, 11CT3, 12 AV1, 12 CT3 e 12 CT2, e ainda três turmas que não estando em Educação Física manifestaram interesse em participar: 10 LH1, 10 LH2 e 10 TMK. . Foram abordados vários estilos de dança, iniciando-se com o Paco no Hip-hop, Body Combat com a Vanessa Teixeira, Zumba com o Tiago, Afro Dance com Boni Cassamá e duas apresentações de Dança contemporânea por alunas da escola e de instituições parceiras. Os alunos timidamente vão aderindo,

(26)

26

quebram o gelo da exposição perante os colegas numa área em que muitos não se sentem confortáveis e depois acabam por realizar as coreografias com grande entusiasmo. De realçar que esta iniciativa contou com a assistência de muitos alunos de outras turmas que pediram aos seus professores para os acompanhar ao Pavilhão.

4.1.10 Torneio de Basquetebol 18-03-2016

Este torneio realizou-se no pavilhão gimnodesportivo da Escola Secundária Francisco de Holanda e foi realizado pela associação de estudantes com o apoio do grupo disciplinar de Educação Física. Envolveu as turmas do 10º, 11º e 12º anos, totalizando 17 equipas. Foi organizado o quadro competitivo tendo sido realizados 35 jogos. Cada equipa poderia inscrever oito atletas, cinco efetivos e três suplentes. A competição foi feita por séries. Realizaram-se três jogos em simultâneo, sendo a duração de cada jogo de 10 minutos. Após a competição, as equipas vencedoras das respetivas séries disputaram a final. Para a realização deste torneio o pavilhão foi dividido em três campos, foi necessária a requisição de bolas, coletes, fichas de registo, marcadores e aparelho de áudio.

4.1.11 – “Xico em Movimento” 03-06-2016

A atividade Xico em movimento englobou os alunos do 10º,11º, e 12º anos,

As inscrições foram feitas até ao dia 30 de maio em fichas próprias pelo diretor de turma. Os grupos foram constituídos por onze alunos e um professor, cada um deles tinha uma identificação personalizada e um nome.

Participaram 52 equipas num total de 705 elementos.

No dia da atividade, todos os grupos cumpriram as indicações do roteiro, respeitaram o espaço público, propriedade privada e a natureza. Cada equipa procedeu ao registo fotográfico e/ou em vídeo do “seu olhar” sobre os momentos desportivos e a paisagem urbana.

Os objetivos desta atividade foram cumpridos na íntegra e desenvolveu-se uma forte ligação entre a relação escola/comunidade.

Promoveu-se o conhecimento do património histórico, arquitetónico e desportivo. Explorou-se novas dinâmicas emergentes nas cidades vivas.

(27)

27

Proporcionou-se à comunidade escolar (alunos, professores, operacionais educativos e pessoal do serviço administrativos) um dia diferente da sua rotina diária.

Promoveu-se, num contexto informal, um espaço de proximidade relacional entre alunos e professores

Em jeito de conclusão, considerámos ser muito positivo e enriquecedor proporcionar este tipo de atividade, uma vez que foi possível criar um ótimo ambiente de convívio entre alunos, professores e funcionários e simultaneamente promover novas vivências e desafios. Por último, apraz-nos registar que a presente atividade teve um efeito muito mobilizador.

5 - Área 3 – Investigação e Desenvolvimento Profissional

Motivação dos alunos para a disciplina de Educação Física nos cursos Científicos Humanísticos e nos cursos Profissionais. Estudo realizado numa escola do agrupamento de Escolas Francisco de Holanda – Guimarães.

5.1 Introdução

As aulas de Educação Física, assim como o desporto escolar, são das manifestações mais importantes no desenvolvimento dos alunos, quer a nível de competências, habilidades, capacidades associadas a dimensões afetivas e contribui para um melhor bem estar coletivo.

O presente estudo da área de Investigação e Desenvolvimento Profissional procura perceber a motivação dos alunos nas aulas de Educação Física nos diferentes cursos.

O objetivo deste estudo é tentar através de um inquérito, identificar e entender quais as motivações dos alunos na disciplina de Educação Física nos Cursos Cientifico Humanísticos e nos Cursos Profissionais. Sabendo que, nos Cursos Científicos a disciplina não tem peso na média final, ao contrário dos Profissionais, torna este estudo ainda mais aliciante a nível motivacional.

Este tema é interessante para que o professor saiba intervir no futuro, de forma a motivar os seus alunos para que estes ganhem mais gostos pela disciplina de educação física.

O estudo é constituído por uma amostra de 120 alunos do ensino secundário, de uma escola do agrupamento de escolas Francisco de Holanda – Guimarães. dos quais 75 são do sexo masculino e 45 do

(28)

28

sexo feminino. Destes, 25 rapazes e 35 raparigas frequentam Cursos Científico-Humanísticos, e 50 rapazes e 10 raparigas frequentam Cursos Profissionais.

5.2. Revisão da Literatura – Enquadramento Teórico 5.2.1 Motivação:

A motivação é um dos métodos de pensamento mais vezes estudados e frutuosos que interferem na aprendizagem dos alunos (Pereira, Costa & Diniz, 1998). No entanto, o termo motivação não está bem definido a nível técnico (Aldemar, 1983).

Segundo Samulski (2002), a motivação é caracterizada como um processo ativo, internacional e dirigido a uma meta, o qual depende da interação de fatores pessoais (intrínsecos) e ambientais (extrínsecos)”. Segundo este modelo, a motivação apresenta uma determinada energia ou nível de ativação direcionada à relação de comportamentos, intenções e interesses.

Por sua vez, para Bruner (1966), a motivação torna-se mais longa quando baseada em fontes intrínsecas da motivação.

Contudo, para Chicati (2000, p. 100), “a motivação não se demonstra na mesma intensidade em todas as pessoas, pois apresentam interesses diferenciados. Sendo assim, o professor deve estar consciente da procura de conteúdos diversificados e motivadores, para que se consiga atender aos interesses contidos nas turmas, fazendo com que essa falta de previsão que a motivação manifesta, não cause dúvidas no que diz respeito à motivação dos alunos”.

Boulogue também citado por Queiroz (1983, p.26) afirma “ser a motivação a chave da aprendizagem”. Raposo (1995) refere que as motivações são apontadas como um dos fatores psicológicos de maior relevância no sucesso desportivo”.

Segundo alguns autores, variadas questões levantadas são pertinentes para questionarmos o impacto da motivação e a forma como esta é ou não impulsionada nas aulas de Educação Física, assim como nos demonstra a seguinte citação: Será importante perceber se as aulas de educação física são motivantes? Se o profissional se mostra dinâmico e motivador, bem como se o método utilizado nas aulas é frequentemente diversificado e, ainda, se os conteúdos curriculares estão contemplados nas aulas (Chicati, 2000).

(29)

29

Debruçando-nos, especificamente, no professor como ponto de partida da motivação dos alunos, Chicati (1984,citado por , p.100 Witter e Lomônaco) reforça que:

“a falta de motivação do professor afeta diretamente o aluno, pois é o docente a pessoa na escola que tem o maior contato com os discentes. Sendo assim, ele tem grande responsabilidade para com a motivação deles. Com certeza uma aula ministrada sem motivação criará um clima desfavorável à aprendizagem, pois o aluno já tem consigo um estigma quanto à ida à escola, e ao encontrar o professor desmotivado, certamente causará ainda maior resistência em motivar-se para aprender”

Ainda em volta do professor, Barreto (1980) advoga que o melhor estímulo do desportista para a atividade é, frequentemente, o próprio sucesso da atividade, sendo também os educadores/ treinadores responsáveis para este sucesso.

Para Roberts (1992), a motivação corresponde àqueles fatores da personalidade, variáveis sociais e/ou conhecimentos que atuam quando o indivíduo empreende uma tarefa, na qual é avaliado, entram em competição com os outros ou tenta atingir um determinado nível de excelência.

Tendo como princípio que a motivação se traduz no centro do empenho e do sucesso, segundo os diferentes autores já apresentados, Lima (2010) vem reforçar que as pessoas são motivadas para mostrarem competência em domínios de realização, como é o caso, por exemplo, do desporto ou da escola. As tentativas de “mestria” bem-sucedidas (bons rendimentos) para satisfazer a “necessidade” de competência acabam por ser experiências positivas que mantêm e/ou promovem a perceção de competência pessoal. Por outro lado, os indivíduos que se percecionam mais competentes num determinado contexto de realização são mais motivados para permanecerem envolvidos e dedicarem esforço à atividade em questão e, além disso, experienciam reações afetivas mais positivas comparativamente com os indivíduos com fracas perceções de competência e controlo pessoal.

A nossa ânsia de fazer com que os alunos aprendam o currículo prescrito, tendemos a negligenciar a verdade evidente de que a motivação para aprender surge da necessidade de quem aprende, e não das do professor (Lindgren, 1971).

Outro fator apresentado por Perrenoud (1999), relativamente à problemática da motivação do aluno, prende-se com o processo de avaliação, afirmando muitas vezes que os alunos acabam por se desmotivarem pelo modo como são avaliados, ou seja, frequentemente o processo de avaliação na Educação Física, muitas

(30)

30

vezes, só cumpre uma formalidade exigida pela escola. O aluno, ou é avaliado pelas suas qualidades físicas, pelo seu alto rendimento ou pela frequência das aulas. Esses métodos de avaliações interferem no nível motivacional, pois o sistema de aprendizagem e o currículo devem proporcionar uma aprendizagem de discussão das regras do jogo, de perceção do próprio corpo e outros fatores, avaliando o aluno integralmente e não apenas fisicamente com o objetivo de transformá-lo num atleta competitivo.

Cruz (1996) realça a importância do modo como se comunica e interage com os alunos determina em grande parte, a natureza das experiências desportivas e os resultados dessa participação. Os treinadores são essenciais nos processos motivacionais junto dos seus atletas, ou seja, têm a sua cota parte de responsabilidade no que concerne à forma como o atleta se encontra motivado.

Ao longo de todo o meu percurso académico-profissional, tentei junto dos meus alunos, incentivá-los à pratica desportiva, comunicando de uma forma simples e clara, para que se sentissem motivados e olhassem para o desporto como um prazer.

Para Papaioannou (1995), a motivação dos alunos nas aulas de Educação Física, está intimamente interligada aos comportamentos e atitudes dos professores. O ideal seria um ambiente focado na aprendizagem e pouco direcionado para o rendimento, com a finalidade de promover ao máximo a motivação.

As aulas lecionadas com a supervisão do orientador, foram sempre focadas nos parâmetros defendidos por este autor. Incentivo à autonomia dos alunos; tarefas complexas e desafiadoras a todos os alunos; promoção da aprendizagem e competências, encarar os erros como uma aprendizagem e não como falta de conhecimento e valorizando questões de progressão pessoal (Papaioannou, 1995).

Perante tais afirmações, apresentadas anteriormente, será pertinente verificar e avaliar o modo como os alunos são frequentemente motivados e direcionados para as aulas de Educação Física. Pois, tendo como base os autores referidos, este processo envolve um leque de procedimentos que nem sempre são tidos em conta para preparar os alunos para as aulas de Educação Física de uma forma positiva e enriquecedora.

(31)

31

5.3.Metodologia e procedimentos 5.3.1 Tipo de estudo

O presente estudo, de natureza exploratório - descritivo e comparativo - pretende abordar a problemática/relação: Motivação e Educação Física.

5.3.2. Problema

Consideramos como problema da nossa investigação: Quais os fatores de motivação nos alunos que poderão influenciar o seu desempenho nas aulas de Educação Física?

5.3.3.Objetivo Geral

Como objetivo geral do nosso estudo consideramos: verificar os níveis de motivação dos alunos dos cursos Científicos- Humanísticos e Profissionais para a disciplina de Educação Física;

5.3.4.Objetivos Específicos

Consideramos como objetivos específicos:

- Conhecer quais os fatores específicos que podem influenciar os processos individuais de motivação – quanto ao gênero, ano de escolaridade e curso de formação

- Contribuir para um melhor conhecimento da motivação em cursos diferenciados; - Contribuir para um melhor conhecimento da motivação em jovens estudantes; - Prospetar informações para os professores de Educação Física.

5.3.5.Questões de estudo

- Quais as motivações para a prática de Educação Física dos alunos de um Cursos Cientifico-Humanísticos e de um curso profissionais?

- Haverá diferenças entre os géneros (masculino e feminino) quantos á motivações para a disciplina da Educação Física?

- Haverá diferenças entre os cursos quanto às motivações para a disciplina da Educação Física? - Haverá diferenças entre anos letivos quanto às motivações para a disciplina da Educação Física?

(32)

32 5.3.6 Variáveis - Sexo; - Ano de escolaridade; - Tipo de curso; 5.3.7 Amostra

Constituída por 120 alunos do ensino secundário – escola um agrupamento de Escola Secundária Francisco de Holanda (Guimarães), dos quais 75 são do sexo masculino e 45 do sexo feminino. Destes, 25 rapazes e 35 raparigas frequentam Cursos Cientifico-Humanísticos, e 50 rapazes e 10 raparigas frequentam cursos profissionais.

5.3.7.1 Critérios de Inclusão da amostra

- Sexo masculino ou feminino;

- Ser aluno duma escola escola do agrupamento de escolas Francisco de Holanda; - Frequentar os anos do 10º, 11º, 12º;

(33)

33

5.3.7.2. Caracterização da amostra, em função do sexo, ano letivo e curso de formação Rapazes Raparigas TOTAL

n % n % n % + Sexo Masculino --- --- --- --- 75 62.5 Feminino --- --- --- --- 45 37.5 + Ano 10º ano 22 29.3 18 40.0 40 33.3 11º ano 27 36.0 13 28.9 40 33.3 12º ano 26 34.7 14 31.1 40 33.3 + Curso AV2 9 12.0 11 24.4 20 16.7 CT7 10 13.3 10 22.2 20 16.7 LH2 6 8.0 14 31.1 20 16.7 TD5 12 16.0 8 17.8 20 16.7 TEA 20 26.7 --- --- 20 16.7 TSI 18 24.0 2 4.4 20 16.7 + Tipo de curso

Cursos Cientifico Humanísticos 25 33.3 35 77.8 60 50.0

Cursos Profissionais 50 66.7 10 22.2 60 50.0

Tabela 1 – Frequência absoluta (n) e relativa (%) de rapazes e raparigas em relação a algumas variáveis escolares. AV2 – Artes Visuais; CT7 – Ciências e Tecnologias; LH2 – Linguas e Humanidades; TD5 – Tec. Desenho; TEA – Técnico de

Eletrónica Automação; TSI – Técnico de Sistemas Informáticos.

Pela Tabela 1, verifica-se que a amostra de rapazes tem uma distribuição de sujeitos relativamente homogénea pelos três anos de escolaridade, ao passo que na amostra de raparigas tal ocorre apenas entre os 11º e 12º anos.

Por cursos, não se verifica a presença de raparigas no curso TEA e uma frequência bastante reduzida no curso TSI. Os rapazes concentram-se em maioria nos cursos TEA e TSI e estão relativamente bem distribuídos nos restantes cursos; as raparigas têm maior frequência no curso LH.

(34)

34

Por tipo de curso, os rapazes provêm maioritariamente dos cursos profissionais (n=50; 66.7%) ao passo que as raparigas dos cursos regulares (n=35; 77.8%).

Também verifica-se que nos Cursos Cientifico Humanísticos predominam os sujeitos do sexo feminino (n=35; 58.3%), ao contrário dos Cursos Profissionais onde a maioria é do sexo masculino (n=50; 83.3%).

Nos dois cursos, existe um claro equilíbrio na frequência de sujeitos em cada ano de escolaridade. O mesmo sucede entre os cursos de cada tipo (Cientifico Humanístico e Profissional).

Verifica-se igualmente que no 10º ano, Cursos Cientifico-Humanísticos, existe um equilíbrio na frequência de rapazes e raparigas, mas todos provêm do mesmo curso “Ciências e Tecnologias”; nos Cursos Profissionais, a maior parte é do sexo masculino, sendo que todos provêm do curso “Técnico de Design”.

No 11º ano de escolaridade, Cursos Científico-Humanísticos, a maioria é do sexo feminino, todos os sujeitos frequentam o curso de “Artes Visuais”; nos Cursos Profissionais, a quase totalidade dos sujeitos são do sexo masculino, todos os rapazes frequentam o curso “Técnico de Gestão e Programação de Sistemas Informáticos”.

No 12º ano, Cursos Científico-Humanístico, a maior parte é do sexo feminino, todas as raparigas frequentam o curso de “línguas e Humanidades”; nos cursos profissionais, a totalidade dos sujeitos é do sexo masculino e frequentam o curso “Técnico de Eletrónica e Autonomia de Computadores”.

(35)

35

5.3.8. O Instrumento de recolha de dados

Utilizamos o Questionário de Motivação para as Atividades Desportivas (QMAD) (Serpa, 1990) adaptado, uma vez que pretendemos a sua aplicação no contexto da disciplina de Educação Física. O questionário utilizado neste estudo é composto por 24 itens + 1 item (para mencionar outras razões), onde os alunos deveriam indicar o grau de concordância/discordância em relação a cada uma das questões para a sua prática desportiva. É utilizada uma escala de Likert de cinco pontos em cada questão, onde:

1 – Discordo totalmente; 2 – Discordo; 3 – Indiferente; 4 – Concordo; 5 – Concordo totalmente Os sujeitos foram instruídos a não falarem entre si durante o preenchimento, de modo a eliminarem o erro na resposta e a reduzirem o tempo de preenchimento do questionário. A duração média de preenchimento situou-se em torno dos 4-5 minutos. O preenchimento foi auto-administrado, na presença do observador, de forma a clarificar alguns aspetos que pudessem eventualmente suscitar dúvidas. No final, antes da entrega, todos os questionários foram revistos, de modo a identificar alguma questão que, por lapso, não tenha sido respondida.

De acordo com Serpa (1992), o QMAD assume-se como um instrumento psicométrico válido para avaliação da motivação para a participação desportiva, a qual se manifesta de modo multidimensional onde, segundo Fonseca (1996), se destacam os motivos relacionados com oito dimensões. Uma vez que utilizamos uma versão adaptada do QMAD, o mesmo sofreu alterações relativamente às dimensões e aos itens que as constituem. Ou seja, a dimensão afiliação global não foi considerada por qualquer item; acrescentamos a dimensão “Aulas de Educação Física”; o item “equilíbrio emocional” foi adicionado à dimensão “Emoções”; o item “saúde” foi colocado na dimensão “Prazer ou ocupação de tempos livres”.

+ Dimensão Estatuto: motivos relacionados com a tentativa de aquisição ou demonstração de um

elevado estatuto perante as outras pessoas; questões 16, 17.

+ Dimensão Emoções: motivos relacionados com a procura de emoções forte ou a tentativa, por

exemplo, de libertar energias ou tensão; questões 4, 6, 7, 13.

+ Dimensão Competência Técnica: motivos relacionados com a tentativa de aprendizagem ou

aperfeiçoamento de técnicas específicas da modalidade no sentido de melhorar o nível atual dos praticantes; questões 2, 3.

+ Dimensão Forma Física: os motivos relacionados com a manutenção ou melhoramento dos

índices físicos; questões 5, 8, 9.

Imagem

Tabela 1 – Frequência absoluta ( n ) e relativa (%) de rapazes e raparigas em relação a algumas variáveis escolares
Tabela 2 – Dimensões e motivos dentro de cada dimensão  .
Tabela 3 – Frequência absoluta ( n ) e relativa (%) de rapazes e raparigas em cada uma das opções do questionário
Tabela 4 – Frequência absoluta ( n ) e relativa (%) de alunos dos cursos científico humanisticos e profissionais, em cada uma das opções do questionário.
+7

Referências

Documentos relacionados

O problema atribuído ao presente trabalho está relacionado aos seguintes domí- nios: (i) construção de bases de dados de teste, pela redução de bases de produção, no contexto

Por tal motivo, a área responsável pela elaboração do termo de referência, datado de 28/07/16, entendeu, à época, que tal situação afastaria a incidência do art.. Em síntese,

A escolha da entidade de acolhimento onde fez ou ia fazer o estágio, foi principalmente por: sugestão do próprio, não fazendo parte da bolsa de estágios da escola (32%), e

CBAt Atleta Nasc... CBAt

[r]

“estruturas dissipativas” para descrever o comportamento dos sistemas de não-equilíbrio. Este comportamento é a chave para a explicação atual da permanência na

Questão relevante a ser observada, contudo, é o fato de que, em grande parte, tais questionamentos, apesar de sua relevância, não encontram guarida no Poder Judiciário,

Esse programa de desenvolvimento de capacidade que está sendo debatido é mais amplo, é para os novos membros das diferentes seções da ICANN que desenvolvem suas capacidades de