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Estudo de caso sobre os mecanismos de defesa contra a inflação utilizados por uma empresa nacional em situação de forte ritmo de ascensão de preços

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1199200620

FUNDACAO GETULIO UARGAS

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ESCOLA DE ADMINISTRACAO DE EMPRESAS DE SAO PAULO

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Menezes~

ESTUDO DE CASO SOBRE OS MECANISMOS DE

DEFESA

CONTRA A INFLACAO

UTILIZADOS

POR UMA EMPRESA NACIONAL

EM SITUACAO

DE FORTE RITMO DE

ASCENSAO DE PRECOS

Fundação Getulio Vargas ,

Escola de Administração . de Empresas de sao Paulo ··

Biblioteca

1111 11111111

1199200620

DJSSIRIACAO APRESDtrADA AO CURSO DI POS-GRADUACAO DI ADIIIHISIRACAO DA ESCOLA DI ADIIIHISIRACAO DI DIPRISAS DI SAO PAULO, DA I'UHDACAO GETULIO VARGAS, COIIO REQUISitO PARA A OBIDtCAO DO TITULO DI MISIB DI ADIIIHISIRACAO, COM COHCDftRACAO HA ABA DI ADIIIHISIRACAO COHIABIL I fiHAHCEIRA.

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ORIDtrADOR: PROF. AHIOHJO LUIZ DI CAIIPOS CIJRGIL

Sao Paul o

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(3)

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eJi:.Q.R.. São Pau 1 o, . FGV /EAESP, i 991 , 319 p • <Disser t aç: ão de Mestrado apresentada ao Curso de P6s-Graduaç:ão da EAESF'/FGV, 'rea de Concentraç:ão: Administraç:ão Cont,bil

e Financeil·a

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RE.S ..

UliO.:

A sit uaç:ão de a 1 ta in flaç:ão vigente na economia brasileira desde meados da d'cada de oitenta, forç:a as organizaç:5es empresariais a encontrar mecanismos que alimentem seu sistema de informaç5es

e

possibilitem o cumprimento de contratos

e

o processo de tomada de decis5es. Utilizando a·t,cnica do estudo de caso, este trabalho acompanha a exper1encia de uma organização empresarial em seu processo de adaptação l realidade econ8mica, apds diagnosticar que o seu sistema de informaç5es apresentava um nível muito reduzido de efic,cia, ao não incorporar dados sobre as variaç:5es de preç:os na economia. O uso da indexaç:io de valores monet,rios acompanhado de medidas de reorganização administrativa, da incorporaç:ão de novos controles econ8micos e financeiros e da expansão da automatizaç:ão levaram a empresa a um novo est,gio de gestão.

(4)

ESTUDO DE CASO SOBRE OS MECANISMOS DE

DEFESA

CONTRA A INFLACAO

UTILIZADOS

POR UMA EMPRESA NACIONAL

EM SITUACAO

DE FORTE RITMO DE

ASCENSAO DE PRECOS

SaliYal SilYa e Menezes

Banca ExaMinadora

Prot. Antonio Luiz

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Caapos Gurttl (JGUIIAISP>

PNf. doao Cill'los Hopp (JGU/IAISP>

Prot. Paulo César Milonf <USPIFIA>

(5)

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pro·l'unda n,g'o ::gl:' de.i:·f,"i surpn:'endf:!r Jogo

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Ignicio M. Rangel

Cot) ~ANGELo Z.M. A zn•~mç~o 9rmm~l~~rm C~~o dw ~mnw~ro)o

Tempo 9rmm~~-~ro0 &9~3) em. wd&ç~o0 p~g. 3 .

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(7)

que soube transmitir-me, com precisio e pac1encia, os princípios da razio, da coragem e da honestidade.

<in tm:::mor.i.~n

>

Ao meu F'ai

~ minha Mie, de quem herdei a disposiçio

e

a energia para alcan~ar os meus objetivos.

~ Maria José, ao lado de quem viví os momentos mais significativos de minha carreira e de qu•m recebi os mais expressivos apoios para que continuasse pet·severante.

Aos meus familiares, a quem sacrifiquei com minha ausência.

Aos colegas siceros e colaboradores recebi valiosos incentivos.

de quem

Aos alunos que tive e tenho, na Universidade de Sio F'aulo e em outras institui~5es, que slo uma das principais raz5es para mais este empreendimento.

Aos poucos e verdadeiros amigos que nunca se negaram a me indicar "o caminho das pedras".

(8)

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A realiza~io do presente trabalho

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fruto da

contribui~io de muitas pessoas que, direta ou indiretamente,

incentivaram-nos a realizi-lo.

As falhas nele apresentadas, entretanto, sio devidas apenas ao seu autor.

Agradeçemos, primeiramente, ao Professor Antonio Luiz de Campos Gurgel, nosso Orientador, que, al&m da contribui~io

dir~t~ p~r~ ~ conclu~~o d~ disserta~lo, nos concedeu virias

vezes a oportunidade de exercermos as fun~6es de monitor para as disciplinas do Departamento de Contabilidade, Finan~as e Controle, da EAESP/FGV, atrav&s do que aprendemos a importincia das atividades docentes e de pesquisa.

Agradecemos, tamb~m, ao Professor Jorge Queiroz de Moraes Junior, de quem fomos orientando e monitor, por seu decisivo apoio, desde a &poca da graduação, para que levissemos

adiante nossos objetivos acadlmicos.

~-,.

(10)
(11)

Tamb~m, somos gratos aos Professores Joio Carlos Hopp e Samuel Hazzan, ambos membros da Banca Examinadora da presente dissertaçio, o primeiro pelo brilhante curso de Contabilidade de Custos, na Pós-Gradua~io <Mestrado e Doutorado) da EAESP/FGV, que nos ajudou a consolidar o interesse pelos estudos sobre indexa~io e sobre gestio em ambientes inflacionários, e o segundo, de quem fomos monitor e virias vezes aluno, na EAESP/FGV e na FEA/USP, pelas palavras de apoio e incentivo que, como amigo e colega, nos dirigiu para que

f8ssemos persistente em nossa carreira.

Nossa gratidio tamb~m se estende a cada um dos professores de graduaçio e de pós-gradua~io que tivemos, sobretudo aqueles (felizmente a maioria absoluta> que agiram com muita responsabilidade no seu ofício de formar pessoas.

Somos particularmente gratos aos funcionários da EAESP/FGV, sejam eles bed~is, secretárias, telefonistas, atendentes, servidores da biblioteca e da livraria, serventes e zeladores, chefes de se~io, servidores do setor de comunica~io

e das fotocópias <xerox), funcionários do CPD, das secretarias e dos departamentos, o quais, com pequenas e grandes contribuiç5es, nos ajudaram a somar esfor~os no sentido de consolidar a nossa formaçio acadimica e profissional.

(12)

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(13)

Por fim, gostaríamos de registrar que aquelas pessoas e institui,5es que omitimos nestas linhas por raz5es de espa'o ou por esquecimento e que mereceriam ser lembradas pela importincia que tiveram em nossa carreira, certamente tim seus lugares reservados em nossos coraç5es e teria, para todo e sempre, a nossa mais elevada gratidio.

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Solival Silva e Menezes Noveml:n- o, i 99 i .

(14)

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pág. 1. Apresentaçio •••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••• i

2. Objetivos da Dissertaçio ••••••••••••••••••••••••••••••••• 20

3. A T~cnica do Estudo de Caso •••••••••••••••••••••••••••••• 29

4. Hist6rico da Empresa Examinada ••••••••••••••••••••••••••• 38

5. A Situaçio Inflacionária do Brasil nos Anos Recentes ••••• 54

6. A Situaçio Precedente na Organizaçio Estudada •••••••••••• 68

7.

A Crise de Sucessio ••••••••••••••••••••••••••••••••••••• i00

8. O Diagn6stico dos Problemas ••••••••••••••••••••••••••••• 107

9. Dificuldades da Gestio em Economia Inflacionária •••••••• i25

10. Principais Medidas Adotadas ••••••••••••••••••••••••••••• 152 10.1. Reorganizaçio Administrativa •••••••••••••••••••••• i55 10.2. Administra;io Participativa ••••••••••••••••••••••• i83 10.3. Indexaçio Como Um Instrumento de Defesa ••••••••••• i89

(16)

11. Inovaç5es na Gerincia de Controladoria •••••••••••••••••• 202 11.1. &rea de Custos e Contabilidade •••••••••••••••••••• 206 11.2. &rea de Cr~dito e Cobrança •••••••••••••••••••••••• 237 11.3. &rea de Controle Financeiro e Pagamentos •••••••••• 244

12. Inovaç5es na Gerincia de Administraçio •••••••••••••••••• 254 12.1. &rea de Recursos Humanos •••••••••••••••••••••••••• 256 12.2. O Papel Decisivo da &rea de Sistemas e Computaçio.262

13. Inovaç5es nas &reas Comercial e de Engenharia ••••••••••• 266 13.1. &rea de Tráfego e Suprimentos ••••••••••••••••••••• 269 13.2. &rea de Execuçio e Acompanhamento ••••••••••••••••• 275 13.3. Cadastro e Concorrincia ••••••••••••••••••••••••••• 280 13.4. O Papel Fundamental da &rea de Orçamentos ••••••••• 282 13.5. &rea de Contratos ••••••••••••••••••••••••••••••••• 285

14. Consideraç5es Gestio Financeira em Economia Inflacionária •••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••• 289 15. Considera,5es Finais •••••••••••••••••••••••••••••••••••• 296 AIJ s t r· a(: t ... a " 1:1 . . . ., . . . ~~ a. ... a . . . "301 16. Bibliografia •••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••• 302

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(17)

A e c on ôm i c <:l. c on t emp odin e a,

particularmente a de origem ke~nesiana e qi.H~ constitui o

paradigma teórico vigente no mundo ocidental,

economias capitalistas model·nas estão hm d am(:~n t <.'.l.d as na

suposição de que a moeda possui um valor estável permitindo a

exist~ncia de um sistema de contratos interligando os vários

agentes econômicos, sejam eles empresas ou pessoas físicas ( ~. )

Esse mundo econômico com estabilidade de

também, a prerrogativa de permitir o p ,. o cesso

decisório regular no lmbito das organizaç5es empresariais,

abrangendo não apenas o curto prazo, mas extens5es temporais

mais amplas, como decis5es estratégicas de longo prazo.

Essa concepção teórica tem consequ~ncias

nos variados campos do conhecimento humano relacionados com as

organizaç5es empresariais, de modo que a moderna teoria

cont<ibi 1 jl()l" exemp 1 (:>, bem como a prática

decorrente da aplicação dessas teorias, também se fundamentam

na hipótese da estabilidade de

pre~os ( f ? . )

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(18)

A realidade histórica, pon2m,

paÍses avançados, considerados ricos e desenvolvidos, qU<:tn

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dos países pobres do Terceiro Mundo, insiste em negar

posicionamento, havendo raros momentos na vida recente das

na~5es contemporineas em que a estabilidade de pre~os -foi <:1.

tônica<:;nQ

Para o economista John Ma~nard l<e~nes,

p\·ecLu·sm· de linhas teóricas hoje situadas na -fronteira das

discuss6es sobre empreendimentos, uma economia avançada tem

como característica para distingui-la de uma economia primitiva

a existincia de uma moeda est,vel da qual

transaç5es -financeiras e os contratos podem ser exp\·essos,

possibilitando a realizaçio de transaç6es duradouras ao longo

do tempo ( 4 )

Esse economist <":\, po\·ém, m<:\1 sabia que, ao

contririo da realidade por ele vivida no início do século e que

serviu para suas proposituras teóricas, o mundo contemporineo

viveria verdadeiras C\" :ises de instabilidade de p\·eços,

especialmente no período pÓs-II Guerra Mundial, iguais ou mais

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< 4 , I< 1;;: v 1.., 1;: m • .J • M • :.r..t ... ~. ~;U~t..t:~.~.\:..m..:l. :.r.b.~.~;u::.!:l. -'l~:P.. .\W.ru;!.l.~.!:I..IYA~..I:-..t... .:t:..1:-..t>. •. «u:..111 .. 1n..t.. .IIUl.d.

(19)

)

exemplo~ que experimentadas nos

A economia mundial

economias dos países subdesenvolvidos ou em desenvolvimento,

como o <~SP(~C ia 1 após a queda definitiva do padrio

déc<;~.da de setenta>, passaram a experimentar

n~con·entes de ascensio de preços que só cessaram, am alguns

a implementa~io de rÍgidos programas de saneamento

econ8mico e a custos sociais imensur6veis<~,.

Em nosso país, eX<~mp 1 O,

inflacionária vem tm\\ n: a n d o a realidade econ8mica empresarial

praticamente desde o século passado <P>, tendo se agudizado na

década de cinquenta e início dos anos sessenta e se tornado uma

verdadeira catástrofe <:\PÓS as crises do petróleo da década de

seus desdobramentos na crise de endividamente que se todo o mundo subdesenvolvido na década de oitenta e início dos anos noventa.

Essa complexa

economias capitalistas tem sido estudada com atençio nio apenas

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(20)

eC<lnomi~:;t<ls, uma de

particularmewnte na~:; contábil

financeira, preocupados as dificuldad<~s cau~:;adas

de ()S p\·oblemas

<~mpn~sar i ais •

uma preocupa,lo em diagnosticar os

problemas causados pela in·rtação, estudiosos buscam,

quando possível, solu,5es para o curto o longo

pra~os em,, a serem implementadas pelas organiza,5es.

de estabilidade de preços aparece,

estudos de contadores, financistas e economistas

como um fundament<l lógico ind:isp<~ns<ivel os

desdobramentos práticos posteriores das decis5es e para que se

viabilize contextualmente um sistema de contratos interagentes

que penni b1

opera~ão nos organismos econ8micos empresariais<9

) .

A instabilidade de

cont <~xt o, COm() um desvio da nonna 1 idad<~

e;;..,,,..,...,

:Lm,..,c:: :Lm E4'""'"~:L leo>:L•·m"

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(21)

nonna 1 id<1de, a esh'\b i 1 idade,

registrada da maioria dos trabalhos que tratam do tema.

Mas, compreender esses desvi()S

retorno ~ normalidade nio parece suficiente para lidar com o problema da inflaçio.

asp(o?C tos de

econ8mica, social (-?política significado que vêm

Ao fazer variar o poder de compra da moeda, a inflaçio CJUe 0 seu V<!l. 1 ()l"

t emp ol· a 1· i am<o?n te desconhecido ganhos inesperados, :i.nexo1·ave 1 ment <-?,

contratuais, sobretudo aquelas que estabelecem compromissos

l-1ais gn:we, ainda, (~ que a :inflaçio, (!\0

provocar o desconhecimento temporário do valor real da moeda e ao impossibilitar um conhecimento im<o?d:i.ato da

dos Pl-eÇ()S

•=·ol :Lt: :I.C::41l P r.~ r :1. ttl :1. m :L '"'

que afetam determinado organismo empresarial, imp5e

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(22)

dificuldades muito significativas ao processo de tomada de decis5es, colocando por terra a validade de qualquer sistema de informaç5es que for incapaz de interpretar e entender o funcionamento do sistema de preços da economia.

Essa fuga da normalidade, isto

é,

esse surto de instabilidade ou surto inflacion,rio, caso fosse uma ocorrincia episódica ou temporiria, com alguma chance de reversibilidade, nio teria maiores consequincias sobre o cotidiano dos negócios empresariais, a nio ser algum custo operacional igualmente temporário e episódico, facilmente repartido entre os agentes econ8micos participantes de determinado mercado.

O problema para a gestio empresarial

é

que nio

é

isto que ocorre em boa parte das economias dos países subdesenvolvidos.

Nas economias periféricas, como é o caso do Brasil, a crise de instabilidade de preços j ' se tornou recorrente e mesmo as tentativas mais duras implementadas para

(23)

conti-la nio atingiu qualquer sucesso, pelo menos at~ o final

Ao que tudo :indica, aliás, <~ g\·avidade

deste momento reside justamente na possibilidade de que o surto

de elevad<~ e significativamente se

transforme, repentinamente, em um surto hiperinflacionário,

jogando t (:>da a economia

desorganizaç:io, d<~sabast ec im<~nt o da moeda

l'l<lJ.: l()n(i\ '1 ( ~. :!1) a

Para os organismos empresariais seria o

C<~OS completo, com de atividade,

generalizadas e a impossibilidade do cumprimento de contratos

ou de tomada de decisões com um mínimo de racionalidadea

Do ponto de vista dos trabalhos sobre o

t (~In(\\, o reencontro com a estabilidade para

recuperar a racionalidade prdpria do mundo dos negdcios.

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(24)

A estabilidade esperada nio é sequer a estabilidade absoluta, mas, pelo menos, oscilaç5es pouco bruscas em torno de um ponto comum no sistema de preços.

Episódios inflacionários, de duraçio efimera que nio causem maiores cónsequincias sobre as decis5es e os contratos sio aceitáveis, sobretudo se houver a busca decisiva da reversio, patrocinada pelo governo com a contribuiçio da sociedade.

Todavia, no caso do Brasil nio é isso que vem ocorrendo, especialmente a partir da década de oitenta, quando a crise de preços se torna permanente e com amplos desdobramentos, resultando em um cenário complicado, com inflaçio acelerada, sem soluçio aparente, nio obstante os vários planos econ8micos aplicados no período.

O Brasil iniciou os anos oitenta com a inflaçio relativamente estabilizada, apesar de situada em níveis muito elevados.

O nível alto da variaçio de preços, somado l necessidade de financiamento da dívida externa fez com que o governo adotasse, nos primeiros anos da década, um rígido programa de estabilizaçio calcado na recessio econ8mica,

(25)

afetando significativamente o desempenho das empresas no

período compreendido entre os anos de 1981 e 1984<~4>

A cd.se de instabilidade, não

cessou, e a inflação, motivada por causas diversas <sobre as

quais não trataremos aqui), continuou em seu ritimo ascendente,

atingindo patamares cada vez mais altos.

h! o ano de i <?86, após um ripido surto de

recuperação econ8mica, e como a inflação não dava mostras de

ceder, experimentamos plano de estabilização

econ8mica calcado na surpresa, baseado em algumas medidas de

impacto, dentre as quais se destacavam o congelamento de preços

Denominado plano Cruzado (nome da nova

moeda criada em substituição ao então cruzeiro), este primeiro

choque econ8mico, de natureza heterodoxa, como o classificaram

os economistas, ofereceu uma trégua ~ sociedade, fazendo com

que houvesse temporariamente a ilusão da estabilidade de

Pa l-<:l.d oxa lmen te, no caso do

experimentamos uma trégua na instabilidade, vi v<;:-ndo a 1 ~F.t.ns

poucos dias de normalidade econ8mica, quando o que se espera,

(26)

pelo menos do ponto de vista teórico, é que se experimentem

surtos rápidos de instabilidade seguidos por períodos mais

longos de estabilidade de preços.

Em outras palavras, a t8nica no Brasil tem

sido a instabilidade enquanto a exce~io os raros momentos de

estabilidade.

Por vários motivos, mas, sobretudo, por

falhas de gestio e por interesses que nio se limitaram aos

aspectos econ8rnicos e financeiros, o plano Cruzado se revelaria

o primeiro de uma série de choques econ6micos de eficácia

duvidosa que seriam aplicados no Brasil.

Para a gestio financeira das empresas, o

Cruzado representou o início de um drama operacional, pois, com

a reforma monetária e a elimina~io de índices de preços

regulares para indexaçio e previsio, após um longo período de

aprendizado, iniciou-se, também, uma fase constituida pela

estruturaçio e desestruturaçio de controles, ~ medida que o

governo impunha novidades no "front" da batalha contra a

inflaçio, sobretudo através de novos planos econ6rnicos •

Esse primeiro plano de estabilizaçio, cerca

de quatro meses depois de sua aplicaçio <em fevereiro de 1986),

sofreria urna primeira n c1rurg1a · · 11 ou correçio de rumos, com o

chamado Cruzado II ou "Cruzadinho'', que procurou ajustar alguns

(27)

pre~os p~blicos e rearranjar pre~os relativos na economia, causando impactos na estrutura de gestio empresarial, sobretudo

porque representou a senha para a volta e a permanincia da

in t1 a<;: ia.

Vive\· :Í.<1mos, no período dos cinco anos

seguintes, mais quatro experiincias de choques de estabilizaçio

(os planos Bresser, Veria, Collor

I

e Collor

II),

cada qual

,. ep 1· (~sentando 8nus talvez imensuriveis para as empresas, em

termos de aprendizado e de reorganiza<;:io, j i que quase todos

exigiam readapta~5es bruscas ls regras econ8micas.

exemplo,

O padrio monetirio e sua denominaçio, por

se alteraram duas vezes entre 1986 e 1990, pois

tivemos a cria~io da moeda "cruzado" em substituiçio ao

11

CI"Uzeil"011

, <~m 1986, e a substituiçio do "cn.tzado

11

pelo

·''cn.J.zeil·o", (~m 1990, além de so-fl·ennos, por duas vezes, o co\·te

de tris zeros na unidade de conta monetiria nacional.

Sofremos, também, o impacto da "dança dos

índices", como ficou conhecida a açio do governo na escolha de

:índice de preços representativos para indexar suas operaç5es e

as das empresas, e na definiçio da forma de cilculo dos

índices, quando nio na elimina.;io dos próprios :índices, como

fez com a antiga variaçio do BTN <b8nus do tesouro nacional),

substituida, no ~ltimo plano, por um pseudo-indexador, misto

(28)

de taxa de juros com previsio inflacioniria~ denominado TR <taxa referencial de juros>.

Os planos de estabilizaçio, além de nio

eliminarem a inflaçio <razio principal alegada para a sua

aplicaçio), levaram as empresas a conviverem com cenirios de

absoluta incerteza, com muito mais instabilidade que a vigente

antes da cada plano, especialmente com a

constataçio de que a aceleraçio dos preços sempre se verificou

maior ap6s as medidas de emergincia<~cr.>.

A P<lrtir da segunda metade dos anos

oitenta, além dos planos de estabilizaçio aplicados via choque

na ec(:>nomia <e talvez em detorrincia deles mesmos), passamos a

viver em uma realidade chamada pelos economistas de ''alta

inflaçio'', sempre assustados pelo fantasma da hiperinflaçio.

A bem da verdade, os pr6prios economistas

tim dificuldades em estabelecer uma classificaçio precisa para

a inflaçio, sobretudo em definir o que seja hiperinflaçio, pois um nível de inflaçio mensal de cerca de 85%, como o que vigorou

em março de 1990, antes do plano Collor nio pôde ser

classificado adequadamente, inclusive porque a economia nio de

( :1 • .r.) 1 •. :C MA • :!:1"1 .P'l ~c:: :l.c:u ... ~r :l.c:a"

llJ -1\':..l!U.I..l..$~... Q d t / 0 9 / 9 0 . ,,. " ' " -

C::·-Q-< :1.7) c::AI:O:VAI •. I-IC:l • 1::- •• J . C . " A 'l t: m :J: 1"1 .P 'l mç IKc:> «> 1-1 :J.t:> ""\":I. I'\ .P '1 mt;: IK<:>: UIYim V :1. <ttllto •=·ó<t•·-·1< ... !:li'\ ... :1. >I' I'\"'" ... - :1.0.

(29)

desest rub..u-ou como em antigas hiperinflacionirias.

então, com <1 noção de

continuamos a viver num período de alta inflação, com os

índices de preço tendo seu crescimento acelerado mis a mis<~7).

~ neste período de alta inflaç:ão que a

economia empresarial

impondo-se a necessidade de modificação nos controles e na

forma de gestão.

Ji

não

&

possível conviver com um sistema

de que não apresente ou simule a verdadeira

dinimica dos preços da economia.

Em alta inflação, as taxas de crescimento

<nível de aceleração da inflação> são tão elevadas

que a denominação de contratos na moeda legal da economia se

O v a 1 0\" real da moeda se deprecia com muita

rapidez, impondo a necessidade de alguma forma de controle que

permita, minimamente, visualizar a trajetória do valor real da

moeda < u;) >

< ~-til> CAI:O:VAI •• I-!0 • c:· •• J . ~~. " A l t: m. :f.t"O .P l m.ç 11\:c:> «> 1-1 ~-I=>..,, •• :L'"' .P "1 m.q: 11\:<:>: Utnm. V~. 4U.Slta •=·<.'lo&••• I<-~ ... :1. ... """ :LI"O .G;.m .. '..f .. ~ ••• fll..l;. • .m. ~;l..m. lv.:s.;..QJ.:u;un..;l. . .m. l;:..c;~.l. .. :r. .. tul..r. . .m. • V<:>"l.~.Qip

(30)

A gestio dos negócios corre o risco de se ver paralizada caso nio se criem mecanismos adicionais de controle que facilitem as transa~5es, pois torna-se difícil aceitar compromissos futuros em uma unidade monetiria cuja desvalorizaçio seja automática e, mais grave ainda, imprecisa.

~s empresas ~ imposto o 8nus de se adaptarem ao novo contexto de instabilidade, sob pena de se tornarem apenas perdedoras no processo inesperado ou imprevisível de oscilaçio dos pre~os. Credores se tornam prejudicados e devedores beneficiados em situaçio de instabilidade, podendo inverterem-se, instantaneamente,

pap~is quando um choque econ8mico

é

arquitetado e implementado

sem que os agentes sejam preparados.

Neste contexto, surgem inova~5es na gestio financeira das empresas, visando, sobretudo, a garantir um mínimo de visibilidade sobre o comportamento do valor real da moeda e mesmo dos bens <estoques, equipamentos, instala~5es).

A característica mais notável deste período de alta inflaçio ~ a sua continuidade e persistincia, pois, nio se consegue solapar a evoluçio da instabilidade atravis dos planos econ6micos e a inflaçio já nio

é

efimera e passageira como nos casos mais comuns retratados pela literatura econ6mica.

(31)

A continuidade da alta inflaçio exige que, nas empresas se deixe de esperar pela soluçio do problema da instabilidade de preços, de se combater a inflaçio, procurando elimin,-la, e se passa para uma etapa importante de criaçio de mecanismos de sobrevivincia e de convivincia com a dura realidade da dinimica ascendente dos preços.

Imp5e-se, entio, a necessidade de se criarem mecanismos, verdadeiras inovaç5es nos controles que possam levar as empresas a se defenderem.

Uma dessas inovaç5es ~ a indexaçio dos contratos e dos valores nominais <inclusive dos bens), visando a torná-los mais realistas, embora contendo, em muitos casos, imprecis5es que poderio causar perdas ou ganhos inadvertidamente.

Essas inovaç5es tornam os contratos executáveis e compreensíveis e permitem gerar uma base de

informaç5es mais segura para o processo de tomada de decisões.

Estabelece-se um novo sistema de controle e de contratos baseados em um modelo de indexaçio e verifica-se o nascimento de um novo sistema de informaç5es, reformulando-se o sistema antigo, nio adaptado

à

instabilizaçio de preços, ou criando-se um modelo preparado para subsidiar o decisor com

15

' !

v

(32)

dados e informaç5es com recuperaçio do valor real perdido com a in-fl<H;:io.

Todo o processo nio se dá sem traumas, requerendo o aprendizado de novas regras, com custos adicionais de treinamento e formaçio, além de novos formulários e novos sistemas de organizaçio e métodos.

Do ponto de vista prático,

readaptaçio ao novo momento econ8mico, requerendo-se por outro lado a adequaçio das normas e convenç5es inerentes ~ realidade.

Essa adequaçio pode até apresentar efeitos pragmáticos no campo do Direito, como se deu com a adoçio da correçio monetária dos ativos permanentes e do patrim8nio líquido e, mais recentemente, com a adoçio da correçio integral das demonstraç5es financeiras<~•>.

Todavia, em alta inflaçio haja indicativos de que a maioria das organizaç5es elaboram e adotam mecanismos de adaptaçio, poucos trabalhos tem sido feitos visando a divulgar essas inovaç5es.

Esta dissertaçio, portanto, tem em vista retratar essa situaçio através de uma experiincia concreta.

C :1. fJI' ) 'T' fllliO: &,.1 :t 111 Á 1.. 111 A 111 111 t'l 1:1 :t A 1:1 t'l 111 • l:l.iii.Jn~:U':UI~:t.X: • .l!Ul:J'J.i11 .. 11L l:<.' •. ;l...tl • .m..ll..C::~ .. ;I..l::.M~-:IIk MU\'1. 1!1-.ca.mu:l..m. C..Q..I:I •• 11Lt..lll..t:t.t..m. • r.~ • t=· m Ll 1 "' , "" t: 1 m m , :t. 9 m m •

(33)

Ao longo da presente monografia, tentaremos justamente relatar uma experiincia na qual uma empresa brasileira se viu forçada a se adaptar a essa situaçio de instabilidade caso pretendesse

atuaçio.

sobreviver em seu campo de

Nosso objetivo principal ~ documentar como se deu a adoçio de regras e/ou inovaç5es, adaptando a empresa a uma economia inflacioniria cr8nica, defendendo-se contra as perdas inesperadas.

Mais que isso, tornando possível a gestio sob inflaçio atrav~s da alimentaçio de um sistema de informaç5es com uma base de preços compreendida ao longo do tempo.

Optamos pelo estudo de caso, pois nos pareceu a melhor forma de retratar uma experiincia empírica dentro de um contexto econ8mico de grande variaçio.

Tivemos o privil~gio de partir de uma situaçio em que uma empresa nacional de serviços operava sem nenhuma adaptaçio ~ realidade inflacioniria~ atuando com improvisaç5es e incorrendo em perdas monetirias.

(34)

Seu sistema de informaç5es era

diante das variaç5es inesperadas de preços da economia

brasileira, convivendo, nos ~ltimos anos, com um regime de alta

inflação, qualquer mecanismo de defesa ou

Trata-se de um trabalho com

eminentemente descritivo, não significando, de modo algum, que

a situação retratada deva servir para outra empresa, mesmo em

realidade semelhante.

A organização estudada, antes de implantar

as mudanças aqui retratadas, viveu uma crise de sucessão típica

de empresas familiares, a qual possibilitou a entrada de um

novo diretor que tomaria a decisão de efetuar as transformaç5es

aqui retratadas, em consenso com os demais membros da direção

da empresa.

Após analisar cuidadosamente a situação

existente na empresa antes das mudanças, o novo diretor

diagnosticou que um dos motivos que levaram a organização a

apresentar um mal desempenho econ8mico e financeiro, bem como a

se ver mergulhada

a incapacidade de

em problemas de organização e controles fora

\~

seus dirigentes anteriores de

interpreta~a

~~~b~rm dm mn~rwntmr wrmndwm pmrdmm pwlm &n~lm~~o mlmv~dm qum mntw~mdmu a plmna C o l l o r X <~hmwmnda m m~M na m~m dm mmr~o/~0)

m mm mamtrmvm murprmmm ~om o ~hoqum m~onam&~o mpl&~mda pmla

(35)

grave situaçio inflacion~ria na qual adentrou o país nos anos recentes.

Essa incapacidade fez com que medidas

necess~rias deixassem de ser tomadas no sentido de melhorar o

sistema de informaç5es gerenciais, continuando, a empresa, a operar com um nível elevado de improviso e desorganizaçio.

Em vista disto, prop8s mudanças que levaram a empresa a adotar um novo padrio de gestio, particularmente no imbito econ8mico e financeiro, tendo a indexaçio como fulcro, resultando em um sistema de informaç5es mais eficiente e eficaz.

Ao longo dos ~ltimos dezoito meses, compreendidos entre abril de 1990 e setembro de 1991, acompanhamos a evoluçio dos acontecimentos na empresa, retratando, na presente dissertaçio, o caminho de adaptaçio adotado pela empresa.

(36)

w:~.,J.J::.:.J

..

l!:l.W~

....

.D.ê ...

.D..l.S.S.E:.Riê.C.Ã.O.

O presente trabalho monográfico tem por

objetivo retratar o modo pelo qual uma organizaçio empresarial

se adapta para se defender em uma economia inflacionária.

elaborar uma

descritiva e empírica, visando a retratar a situaçio vivida por

uma emp r (~sa nacional qual

denominaremos ENS <empresa nacional de serviços><•~>.

Nosso trabalho nio tem, em hipótese alguma,

provavelmente pouco servindo,

serem aplicadas diretamente por

organizaç5es, mesmo situadas em realidade semelhante i da

empresa aqui retratada.

Consideramos que o Brasil vem enfrentando,

há alguns anos, uma crise duradoura e persistente em seu

sistema de preços, apresentando uma singular (~ acelerada

instabilidade que foge ~s características históricas marcadas

por surtos inflacionários ocasionais e fortuitos.

<m~> Trmt~-m~ d~ umm IDmpr~mm do rmmo d~ ~onmtru~mo ~~v~l ~ mwrv~~om d~ ~ngwnhmr~m. Nmo d~vulgmrmmom o nomw d~ orgmn~~mç~m

~m r®mp~~to m m~um d~rmtorwm. Om mmmbrom dm ~mn~m ~Hmm~nmdorm

~ c:f ce , .. \n. 1n J!)n\\""(P.C::m\" ·l>mvo•·· >I\ v e> '1

(37)

Vivenciamos, em nosso país, uma

experiincia de alta inflaç~o, permanente e duradoura no tempo.

Consideramos, tamb&m, que nos ~ltimos dez

ou doze anos o país vem experimentando um longo período de

instabili~ade de preços, marcados por breves ocasi5es de

estabilidade, o que torna a economia brasileira singular, pois

seria longos períodos de estabilidade com

esporádicas ocasi5es de instabilidade.

Consideramos, por fim, que esse quadro de

instabilidade vem sendo agravado pela aplicaçio de sucessivos

planos econ8micos de eficácia duvidosa, tornando complexas a

realizaç~o de tarefas na administraçio de negdcios,

particularmente na gest~o financeira de empreendimentos.

Em face desse quadro, houvemos por bem

realizar um estudo de caso, selecionando uma empresa que passou

recentemente pela experiincia de diagnosticar a complexidade

desse cenário e que verificou a necessidade de implementar

mudanças em seu modelo de gestio, sob pena de continuar

enfrentando perdas monetárias s~bitas decorrentes das variaç5es

de preços inesperadas ou imprevisíveis da economia brasileira.

Acompanhamos a empresa por um período de

J

dezoito meses, iniciando nossas observaç5es em abril de 1990 e

(38)

Durante o primeiro período de seis meses de nossas observaç5es, a empresa conviveu com uma grave crise sucess6ria, pr6pria de sua estrutura familiar, o que impediu a

um diagn6stico preciso, por parte de sua Diretoria, dos motivos de suas eventuais perdas<mm>.

Acreditava-se que a desorganizaçio de seu sistema de informaç5es e o despreparo do seu "staff" fossem as raz5es principais de alguns insucessos contabilizados no passado recente.

Com um sistema de informaç5es mal estruturado, nio era possível sequer verificar que as falhas decorriam da inexistincia de um melhor planejamento e que a base de dados para a tomada de decis5es sofria o contínuo e corrosivo efeito da inflaçio.

Algumas vezes a empresa viu seus orçamentos serem derrotados pelas crises de ascençio de preços, adotando indexadores em contratos que nio permitiam recuperar os 6nus de uma inflaçio crescente e acelerada.

Outras vezes, obteve ganhos inesperados, pois a implementaçio de planos econ6micos seguidos de

(39)

congelamentos de preços lhe proporcionava vantagens na irea de suprimentos ou na aplicaç~o de regras contratuais sem redutores

de indexaç~o.

Notou-se, contudo, que era necessário elaborar um diagnóstico preciso sobre as necessidades organizacionais da empresa, perticularmente em termos de controles financeiros.

Durante o segundo período de seis meses de observaçio, embora convivesse com os problemas cotidianos, próprios de sua estrutura familiar, inclusive com a continuaçio da crise

de

sucessio que nos referimos acima, um novo diretor

<tamb~m sócio), com formaçio específica em Administraçio de

Empresas, foi admitido

à

empresa e decidiu iniciar um trabalho concreto de modernizaç~o da organizaçio, adequando-a para um novo período de crescimento<•m>.

Seu diagnóstico principal, como trataremos ao longo do trabalho, indicou a existincia de graves falhas no sistema de informaç5es da empresa, sobretudo no que se refere

à

manutençio da qualidade das informaç5es sobre valores monetários, já que a base de dados econ8micos e financeiros da empresa era permanentemente afetada pela variaçio dos preços na economia.

cmm) ~mt~ m~gundo p~r~odo dm obm~rvm•m~m. ~"~~~ou-m~ ~m o u t u b r o d~ &9900 ~"~~rrmnda-m~. mpro~~mmdmm~nt~. ~m rnmr•a dm &99&.

(40)

F<11ha$ no sistema de informaç5es podem ser

diagnosticadas em atuam ou não <~m ··~.mb i <~n te~;;

infla c i on <h i o~;;.

Todavia, par:et.

economia com alta instabilidade no sistema de preços, como

é

o

caso da economia brasileira, o sistema de informaç5es necessita com a dinimica dos preços, sob pena de se perder inesperados proporcionados pela

Assim, algumas das medidas implementadas, o

visando, sobretudo, a auxiliar os gestores da empresa a

tanto nas

financeira e contibil, quanto nas ireas de execução de serviços de engenharia e comercial.

Nosso

adotadas, esperando com i s~;;o

objetivos de de me~;;t rado, qual

documentar o exame de uma situação real, descrevendo-a do ponto de vista acadimico.

(fi!:-4)

1..,.,. ...

1U. :1. 4U.t (f)oJYIW.. c:l C* :i. 1"\ .P C:ll , .. IYI m. Ç i~S !li) ofiL ($Jo "'-=~···"*

"1 .... m<::.,. :L t: .,, "'1:> "l :1. c::"' c:l"' m.c:a 11L :1. ottL t: m '" "" c:l t/!J cr. ct ,., t: , .. c:a '1 Í'R. c:l ca ,.. :i. ll\ "

~~::: c:,'"" ofrt. :1. tu. t: :1. '"' c:t c:a d m I..L IYI c:; Ct 1"\ ,;J L.L 1"\ t: c:t .P c:t \'' ITI 11\ 'J. C:) L\ c:lru c:t l\\C:I C:ttU

:1. '"' .P c:11 -.·· ITtt.n. ç: l~S «., ,.,u, c::c:lt"'t't , .. :I.I!)U,C«'Ifl f::)l'f\'1 .. 11\\

"'

ru •P :L c:: ;f. c:: :1. m -. t: :1. v :l c:t '"' c:l q.., filei>'"" ... c:: :1."' "1 • ... :1. d ...

(41)

In i c i<:t.remos mon 09 \"a f i a justificando a escolha da técnica do estudo de caso como instrumento de pesquisa, mostrando o porqui da nio ado~io de abordagens estatísticas ou probabilísticas para relatar a experiincia vivida pela empresa examinada<~~).

Como se veri nos itens seguintes,

tratando-um C<3.SO <:t.brang<~nt<~, envolv<~nd<) muitas variiveis

independentes, as técnicas estatísticas, nio obstante suas qualidades e até a nossa preferincia pessoal por estudos com maior fundamentaçio lÓgica, se revelariam incapazes de retratar aspectos muitas vezes nio quantificiveis ou passíveis de serem traduzidos probabilisticamente.

O passo se9uinte será a apresentaçio de um breve histórico da organizaçio pesquisada, destacando-se suas origens e alguns aspectos de sua trajetória, como a composiçio de sua diretoria, o processo sucessório experimentado nos Ültimos dois <:t. b <~ \" t u ,- a p a\" <:t. uma

ocon·inc i<:\ de C\":Í.S(~S de

dificuldades para enfrentar os momentos econ8micos delicados vividos pelo seu setor de atuaçio nos Ültimos anos, culminando, por fim, com a entrada de um novo diretor qu<~ d~~c :i.d iu contribuir com modifica~5es importantes que resultaram na

(42)

c1· i ação de instrumentos de defesa contra a instabilidade de

I..J.osso t l"<!l.ba 1 h(:> p os t (-?1" i (:>\"ITI<-?n te,

apresentando uma síntese da economia inflacion~ria em que se

transformou o Brasil nos ~ltimos anos, vivendo um período de

alta inflação com aplicação de planos de estabilização de

efic~cia duvidosa que só contribuiram para conturbar o cen~rio

onde atuam as empresas nacionais, gerando a necessidade de

adaptação e aprendizado sob imposição de perdas

irreversíveis aos participantes do processo econ8mico'•~>.

d<:1. s:i.tuaç~io

organização estudada, antes da efetivação das mudanças,

é

o

nosso

t

rabal h(:>,

, e

mostrar, dentro das limitaç5es de um estudo de caso, como se

ponto de vista do sistema de

informaç5es e das gest5es econ8mico e financeira antes da

entrada do novo diretor que prop8s modificaç5es no modelo de

A crise de sucessão vivida pela empresa em

períodos recentes não poderia deixar m<~nc ionada no

< m :? ) t:~ :m. 1:) :r. t: u. 1 c:21 ~'!.i 1

, À m :L t: '·' 11\. c;: m: c:21 :t: '"' .p '1 m. t:: :1. c:' '"' lfL ,.. :t lft. c:l C.) I'A , •• m. tiL :1. '1 , ... c21 .,.., A'"" c:21 tiL

l;".:ec::ml"\t •"'"''' 1:)11\g :1.1"'\m. t'54

< li?. m > th" 1:> :r. t: ... 1 ,,. .r. , .-, m :1. t: ,..,,. c;: 11t "' •=· ,. '* c:: '* .. J .. ,. .. t: .. , '"' '" c.1 , •• s;1 "" '"' :1. '""" c;: 11t "' 1;;: "' t: .... :1 "" <:1 "" "

(43)

presente trabalho, sob pena de nio entendermos o significado da

entrada do novo profissional na estrutura da organizaçio,

qual promoveria modificaç5es importantes em seu modelo de

Em seguida, trataremos de expor o processo

de diagndstico dos principais problemas que a empresa vinha

enfrentando no passado recente, quais ainda nio

inteiramente eliminados<~0>.

Também, t \"a t ::1 \"<~mos de \·essa 1 t ar as

dificuldades da administraçio de negdcios em uma economia

inflacioniria, como a brasileira, especialmente no que tange ~s

distorç5es causadas no sistema de informaç5es pelas variaç5es

no sistema de preços, l<~v::;~.ndo, muitas vezes ~ tomada de

decis5es erradas ou muito arriscadas do ponto de vista das

possíveis perdas inflacionirias<~L>.

Uma síntese das principais medidas adotadas

encontrada nos tris sub-itens que apresentamos em

d<·:::

::1d m in :i s t \"a t :l v::1, do modelo adm in :l st \" aç~io

part:lcipativa como nova abordagem de gestio e, finalmente, a

<:110) C~>I\I:>:Ct:<.l'l<:> G "C:l X:o:Lmgl'\<!iiiLt:~.<::<'.> <:l<:>iiL 1"'\"<:>l:>liDIYim.m" 1:>>1\g:LI'\>1\ ~.0~

(44)

medida de defesa <:\mb i en t <e in .P 1 <:\C :l on á,. i <l com

instabilizaçio acelerada qu<~

é

da escolha de um índice de preços adequado'~m>.

1-J.os :i.tf::-:-ns finais

<":\S

contábil, d~~ modi.Picaç5es na área de

suprimentos <~ das

colocando a empresa num novo contexto de gestio, pr6prio de uma

noss<l monográf'ico, teceremos algumas consideraç5es sobre

economia inflacionária, encaminhando-nos para presente dissertaçio.

C :lU!'!) c:m1=> :1: t: '-' 1. <:> :1.0 "1=·•· :I. o·• c:: :1.1:> .,, :1.11> 1-l«>d ~. d "'"' Ac:l C:)t: )-..<:1m<"" 1=> >\\Q :I. o-."' :1. ~Ea

c mm,

c,,.,,.

:c t: u1. '" :1.:1. , ... 1\\. c;),.,, .. mo-. c:: :L .... c:l.., c:! c:11 ... t: , .. c:i ·1 m. c:l a, .. :L :m ' '

1»>1\g ~.o-.'" fl~0fl~ p c::m1» :1: t: u "1 c:> :1. fl~

":C,., c:>vmç:

l~m11> o-. m til<*'".,._ c:: :1. m c:l«> Ac.1 IYI :1. '"':L 11lt: , •. mq: lttc:>"

(45)

3 • ê. .... J.Ji.C.l~.l.C.ê .... l.HJ.. .. .I~:~~.T.Ul.:l..f.J ...

LI.J.;: ....

C.A~SQ

No presente trabalho optamos por utilizar a

t~cnica do estudo de caso, pois pareceu para n6s a metodologia

mais ad(~quada

modificaç5es em sua estrutura de gest~o para enfrentar uma

economia complexa cama a brasileira<~4>.

Tínhamos como opç~o alternativa utilizar

uma ab m· d ag (-õ'ITI realizando uma pesquisa a partir de

amostras probabilísticas.

Todavia~ as abordagens estatísticas nos

pareceram que exigiriam um grau muito elevado de quantificaçio

d<lS V<":\ r :i.<iV('i: :i.~;;., o que nos levaria a um trabalho diferente do aqui realizado, talvez insuficiente para retratar a experiincia

por n6s examinada, compost<:l. pm· um n~mero muito alto de

variáveis independentes.

Procuramos as informaç5es disponíveis sobre

o estudo de caso e constatamos tratar-se de uma metodologia de

pesquisa bastante utilizada em países como os Estados Unidos,

onde algumas universidade se destacam por terem no estudo de

( tll4) r.lc:>l:>\"., ti!><U.t: <+> m<ILIILL.LI"ot: <:> ._,..,\ .. (;)(;)J:•AI •• p IYJ .1•1. ''TI..,.,. C~miiL.., r.lt: LL<.i~:J'' ~.I'\ t'>.A':l.

~r..J:-o.t:..l!!~:U:I.J.Ur..t.:.:l...c:u:-o. .t:...C:~ A;:.Jtl.tll..!fl..I!I..I:S~.b. A~:x: • .GA.Gõ.Mt..C:I.A.kX:.Mt.tlk .~ • ..l':l. .tit.GU:õ .. õld\1-..l. .ti~..c;.;l. .. ~~t.A':l .. 4õõ . .!fl . .'llk P I •• <:> 1'\ cl<:> '" P Am:l.m ~ubl:l.mh:l.ng H~umrop :1.964 ~mp. Mzu. pmg. &Q4 - &9m.

(46)

cascl os verdadeiros fundamentos do aprendizado de seus

A técnica do estudo dt:~ caso e ' Um<1

importante ferramenta de investiga~io social, de amp '1<:1.

aplica~io, particularmente nos países desenvolvidos, embm-<1

(~X i st am poucas acerca da sua validade e importincia

e mesmo sobre suas deficiincias.

Seu uso é bastante intensivo, especialmente em ciincias humanas, onde as técnicas estatísticas (sua natural

nem sempre suprem eficientemente a tarefa de

retratar a realidade experimentada e vivida em determinado

período de tempo.

O estudo de caso refere-se a uma particular

unidade que sofre um diagnóstico e experimenta transformaç5es

decorrentes, retratando os procedimentos adotados ao longo do

tempo e os ajustamentos necessirios.

H~ d~vidas sobre se o estudo de caso pode

ser classificado como um método, uma técnica de pesquisa ou uma

essa discussio se esvazia quando se

destacam suas características positivas,

propriedade de retratar uma particular situaçio,

( :iJt'!i) C-lOOI:I p t=•mu. "1 c:l • c:: :L a .

w-...1- ""

lõ.c:l ~-t: .,., .. "'

1-1 "" ·y· ·r • t< _ 1'1 • l!!.~J; . .!;u;t.~~.;~~~.. .01.\TI. l~: . .m.1fl...!iU.~.;~_m..m.

(47)

determinado momento histdrico, considerando as variiveis

, • 4

paSS1VelS ~e serem apreendidas pelo observador.

Na defesa de uma classificaçio mais

precisa, hi autores que enfatizam tratar-se, o estudo dP caso,

de uma t~cnica, a qual deve considerar todos os aspectos

pertinentes a uma dada situaçio, empregando como unidade de

estudo uma pessoa, uma instituiçio ou grupo individualizado, e

estudar seu comportamento, relatando uma fase histdrica do

elemento escolhido.

Foi isso que tentamos fazer examinando a

trajetdria da empresa ENS.

A oposiçio natural ao estudo de caso, como

j~ frizamos, ~a abordagem estatística, a qual, aliás, seria a

nossa preferida na realizaçio de investigaç5es, dessa natureza,

sobretudo, o nível possível de precisio de suas inferincias,

particularmente control~vel quando a extraçio da amostra ou a

seleçio da populaçio estudada feita com cuidados

probabilísticos.

A

opçlo pelo estudo de caso, todavia, se

fez porque verificamos conter, esta t~cnica, as qualidades

essenciais aplicadas ao estudo de uma organizaçio em

determinado momento histdrico.

31

(48)

Percebemos, por exemplo, que o estudo de

uma ~nica unidade de observaçio (no caso uma empresa de

servi~os) composta por m~ltiplas facetas de

dificilmente poderia se compor em um estudo estatístico e muito menos probabilístico.

Assim sendo, o estudo de caso se revelou

como mais apropriado para a nossa interferincia na realidade da organizaçio estudada, sem, contudo, perder em qualidade.

Orientados pela bibliografia disponível

sobre o tema, seguimos alguns critérios para o estudo de caso,

principalmente no tocante i coleta e processamento dos dados, o

que fizemos em tris fases: escolha dos pontos a serem

analisados, coleta dos dados e informa~5es e, finalmente, sua

interpreta~io.

Na escolha dos pontos a serem analisados,

procuramos nos orientar com cuidado, especialmente na sele~io

dos temas que poderiam ser considerados representativos.

Tratando-se, nosso objetivo, de retratar

uma experiincia de defesa e/ou adapta~io de uma organizaçio

perante a inflaçio que assola a economia brasileira nos anos

recentes, pareceu-nos importante destacar os pontos que sofriam

diretamente a influincia das variaç5es de preços, nio obstante

(49)

muitos outros aspectos organizacionais serem importantes na determinaçio da açio a ser adotada pelos dirigentes da ENS.

Preocupamo-nos em selecionar tópicos que apresentassem uma certa continuidade ao longo do tempo de nossas observaç5es.

T:.:unb ém, CUid<:J.mOS para que os assuntos estudados e acompanhados apresentassem certa amplitude do ponto de vista do tema, embora fossem grandes as dificuldades: em

organiza~io, dada a intrincada rede de influincias a que cada

assunto que circula em uma empresa está sujeito.

A questio da continuidade das observaç5es

·roi, nós, o mais importante procedimento que nos

impusemos, pois partimos do princÍpio de que situaç5es sociais, nio obstante sujeitas a mudanças decorrentes de condutas human<:1.s, sio contínuas no tempo e a interrupçio de sua

observa~io certamente poderia afetar a base analítica que

tentamos construir.

. /

Outra de nossas t=n-e(Kf .. lP<:1.r;5es dis~:.e l-<~sl:{(~ito

à

objetividade e clareza dos dados e informações coletados, de modo a COITIPOl-ITI(JS uma base de análise que reproduzisse razoavelmente a situaçio vivida pela empresa no períod6 de <lC omp an h am(~n to.

(50)

~ medida em que

informaç5es~ procuramos realizar um processo de documentaçio,

registrando-os em arquivos previamente organizados,

valendo-nos, especialmente de recursos da informitica.

Esse processo de documentaçio envolveu a

classificaçio dos problemas e a definiçio de objetivos do

estudo, de modo a termos uma linha mestra de atuaçio definida

~

~

enquanto acompanhivamos a realidade vivida pela empresa. I

Na tarefa de documentaçio, procuramos,

também, especificar a forma ou a técnica empregada na coleta de dados, especificando tratar-se de dados obtidos em entrevistas,

coleta de formulários já elaborados, leitura de demonstrativos

e documentos, dentre outros.

Naturalmente, em cada etapa de nosso

trabalho valemo-nos da experiincia que acumulamos,

particularmente nos ~ltimos cinco anos, em análise de situaç5es

organizacionais, especialmente aquelas relacionadas às ireas

contábil e financeira das empresas.

Durante todo o período de coleta de dados e

informaç5es, análise da situaçio e da realizaçio de algumas

inferincias, procuramos estar conscientes das 1imitaç5es

próprias do estudo de caso.

(51)

A primeira grande questio que nos incomodou

foi a relativa ~ incapacidade pritica de coletar o maior n~mero

possível de dados e informaç5es para compor nossa base de dados e acompanhamento.

Sabíamos ser impossível dominar todas as

variiveis envolvidas, bem como sabíamos que a coleta das

informaç5es consideradas principais de um modo racional e

organizado era o procedimento requerido para que nossos estudos apresentassem validade científica.

que nos preocupou disse

respeito ao fato de que nossa presença na empresa para

realizar as observaç5es poderia afetar de algum modo o meio

unidade examinada.

evj.tamos

frontal e diretamente na organizaçio, iniciando nossos contatos através da Diretoria da empresa, procurando descer lentamente a cada setor ou departamento, contatando as pessoas ou examinando

os S(~ITIPr<~ POUCO

inconvenientes, especialmente em fim de expediente.

Procuramos, também, sempre que possível,

(52)

atu<':l.ndo, na maioria das vezes,

reuniões cu em ambientes informais, como na área de lazer e no func :i.onár j.os ..

Uma outra l:i.mitaçio que nos preocupou desde o início de nossos trabalhos foi até que ponto nossa influência tendenciosos os resultados das modificações na

influência est:av<:l. relacionada com nossa aproximaçio ao diretor responsável pela implantaçio das modificaç5es operadas na empresa.

Procuramos, entio, evitar toda e qualquer op :in i ~~o que pudesse resultar in fl uênc :Í.::':I., mesmo ttU<:\ndo estávamos em situaçio de completa :informalidade com os membros

No que tange, ainda,

às

nos preocupou a possível tendência a generalizar em c (:>n c 1 u sõ(~S :::\ partir de observações particulares, O qU(-?, a nosso ver, é um

técnica do (~st udo

l ... t::lll"\ d (!:llt"l p ... :L""

(53)

Evitamos, mas n~o somos capazes de afirmar

se conseguimos, criar juízos de valor a partir dos tópicos

examinados, procurando meramente retratar cada situaç~o,

tornando-nos meramente descritores das várias situaç5es com que nos deparamos.

Deste modo, acreditamos ter evitado o

caráter normativo de nosso trabalho, situando-nos apenas no

nível descritivo.

Mais~ ainda, acreditamos ter sido possível

retratar uma experiincia importante para documentar o

comportamento de uma organizaçio brasileira, no particular

contexto de um ambiente de alta inflaçio como o vigente no fim

(54)

4 •

1·H.S.JJ.i[~.l.C.O.

...

:O.ê.. .... l:.l1E'.HJ.;.:~~-'~···J.;hXB.J.11N.ê.l•A

A empresa objeto. de nossos estudos foi

fundada, em Slo Paulo, no ano de 1975<~7>.

d:i.vulg<:1.ção de sua denominação

verdadeira obedece i solicitação de seus diretores P foi

orientada pelos membros da Banca Examinadora da presente

d :i. sse\· t ação, por ocasião do nosso exame de qua 1 i f :i. c <"-G: ão,

sobretudo visando preservar a continuidade do trabalho que vem

~H~n do ,-e a 1 :i. zad o!' interferincias ou fuga d(~

Chamaremos a empresa de EWS, numa alusão à

sua nacionalidade e ao seu campo de atividades, pois se trata

de uma empresa nacional de prestação de serviços.

EWS significa, portanto, ''Empresa Nacional

e assim nos referiremos a ela sempre que

necessá l" i o.

construç~io c:i.víl

O ~:;et ()\" de atividades da EWS

é

o da

fundação partiu da dissolução de uma

\ '

(55)

dirigida por um dos seus atuais sócios,

sentindo a necessidade de

reestruturar suas atividades de negócios, na metade dos anos

S\"""

AC,

C> qual foi o

responsável pela injeçiC> dos capitais necessáriC>s à criaçio de

uma empresa sólida e com pretens5es aC> crescimentC>.

Durante os cinco primeiros anos de sua

existincia, a ENS colecionou sucessos em suas empreitadas,

jamais apresentando prejuízos operacionais.

O

sócio-engenheiro,

JCC,

cumpria o papel de

dirigente administrativo e técnicC> da empresa,

principal formulador de diretrizes operacionais.

Seu sócio e pai,

AC,

embora fosse um

empreendedor de lC>ngo percurso, nio se mostrava

à

vontade na

empresa, pouco colaborando com a gestio da organizaçio durante

todo o tempo em que permaneceu na condiçio de proprietário do

negócio.

depreender através de·

nossas observaç5es, o sócio-capitalista (denominaçio que

julgamos apropriada ao pai, IH~s te caso) foi

determinados momentos da vida da empresa, principalmente quando

":)(')

Referências

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