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TP 01- ANÁLISE DE OBRAS EM BELO HORIZONTE

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Academic year: 2019

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TP 01- ANÁLISE DE OBRAS EM

BELO HORIZONTE

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COMPONENTES

Anna Luiza Batista

Bárbara Carvalho

Júlio César Faria

Marcos Rodrigues

Maria Virgínia Amorim

Matheus Rivetti

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2- ARQUITETO

HERMÍNIO

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Hermínio Gauzzi está ligado a introdução da arquitetura modernista, principalmente do estilo Art Deco, na capital mineira. Natural de Belo Horizonte, onde nasceu em 02 de agosto de 1912, graduou-se pela Escola de Arquitetura da UFMG, em 1941. Ainda como estudante participou do Salão Bar Brasil em 1936, primeira exposição coletiva de arte moderna realizada na capital, que tinha como objetivo de romper com a produção tradicional e exposições do mesmo gênero. Foi admitido no DER/MG em 1948, com lotação na 2ª CRG, em

Guanhães, que chefiou até o ano seguinte. A seguir, foi transferido para a 13ª CRG, em Brasília de Minas e, em 1955, para a 23ª CRG, em Governador Valadares. A partir de 1963, foi nomeado Chefe do Serviço de Fiscalização, Chefe do Serviço de Melhoramento,

Presidente da Comissão de Avaliação de Imóveis, Assessor Técnico III e Assessor Técnico do Diretor Geral. Aposentou-se em 1982.

Faleceu em 18 de abril de 2008.

Figura 1: Foto do Arquiteto.

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Nos anos 20 do século passado, a construção e a conservação de estradas de rodagem eram de responsabilidade dos municípios,

ficando para o Estado apenas as consideradas mais importantes sob o critério político. A utilização de um sistema descentralizado

comprometia a eficácia do sistema de transportes nos estados. Como primeira solução para resolver o problema foi criada a

Inspetoria Geral de Estradas, subordinada à Secretaria de Viação e Obras Públicas.

Oito anos após a criação da Inspetoria Geral de Estradas, o

crescimento do Estado e a necessidade de interligar os municípios mineiros, obrigou a Secretaria a sofrer uma nova reorganização, criando o que seria o embrião do Departamento de Estradas de Rodagem de Minas Gerais.

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Nascia, então, em 04 de maio de 1946, como pessoa jurídica e

autonomia financeira e administrativa, o Departamento de Estradas de Rodagem de Minas Gerais, que seria o responsável pelo

gerenciamento da parcela do Fundo Rodoviário Nacional que cabia ao estado de Minas Gerais.

Registros da época dão conta de que a rede rodoviária recebida pelo DER/MG era formada por estradas "carroçáveis" e/ou de "estiagem", pois somente podiam ser utilizadas durante o período seco.

Os primeiros anos da década de 50 são considerados como o início da era do rodoviarismo no Estado. Até então, os serviços realizados eram de conservação, melhoramento, construção e pavimentação

(revestimento). Segundo documentos da época, em 1951 o DER/MG era responsável pela conservação de 8.338 quilômetros de estradas, inclusive caminhos carroçáveis, através de 24 Residências, unidades distribuídas pelo Estado, que cuidavam da conservação de

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Imagem 2: Obras rodoviárias, década de 50

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Imagem 3: Rodovia década de 70

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Com a expansão da malha rodoviária e o conseqüente aumento das atividades inerentes a essa expansão surgiu a necessidade da criação de uma sede onde pudesse se desenvolver todas as atividades do DER/MG. Assim em 1953, foi inaugurada a sua sede definitiva, com a presença do então Governador Juscelino Kubitscheck de Oliveira e o então diretor-geral, engenheiro Celso Horta Murta. A solenidade teve início com missa rezada por Dom Antônio Cabral, Arcebispo

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Imagem 4: Foto da fachada original do edifício

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No discurso de Celso Horta ele ressalta o espírito empreendedor de Juscelino Kubstchek: "V. Excia. está dominando a entrada da nova sede do DER/MG, no bronze em que o artista simboliza as suas virtudes

peregrinas e traduz o seu ideal para a posteridade. O Departamento de Estradas de Rodagem associa-se a esta homenagem ao seu patrono, que é o pioneiro das rodovias em Minas, criador e executor do Plano Rodoviário Estadual".

Juscelino Kubtscheck enfatizou, na ocasião, que aquele prédio, ora inaugurado, "bem reflete o ritmo acelerado que condiciona a expansão rodoviária do Estado. Bem o sabem, o diretor e meu dileto amigo, Celso Murta, e os componentes desta Casa, o empenho e o carinho com que o governador acompanha os trabalhos deste setor, e agradece a

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4- DESCRIÇÃO

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Localizado na Alameda Ezequiel Dias, faz esquina com a Avenida dos Andradas Alameda Álvaro Celso, o edifício se desenvolve em 4

pavimentos, com partido em “L”.

Parque Municipal

Avenida dos Andradas

Avenida dos Andradas Implantação

Fonte: Google Earth

Imagem da edificação

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O sistema estrutural adotado é o de concreto armado e fechamentos em alvenaria de tijolos, com grandes janelas de madeira em guilhotina. O edifício possui características muito peculiares da arquitetura art decó, como as ferragens trabalhadas nas portas de entrada do hall principal e a escada principal em forma helicoidal com corrimãos em bronze,

mármores e luminárias típicas desse estilo, isso tudo perfeitamente conciliado com elementos bem marcados da arquitetura modernista,

como o pilotis na entrada do edifício e brises em alvenaria nas fachadas voltadas para no norte, que garantem iluminação e impedem que o sol insida diretamente na salas (Imagens 5 e 6).

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Imagem 5: Brises na fachada principal

Fonte: Produção do grupo

Imagem 6: Brises na fachada frontal interna, com elementos verticais e horizontais

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Imagem 7: Pé direito duplo do hall principal

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Muitas intervenções foram feitas ao longo do tempo, elas vão desde tubulações de instalações que foram instaladas nas fachadas

(Imagem 8) até a passarela de ligação com o prédio novo, edificado

ao lado da sede original (Imagem 9).

Imagem 8: Tubulação para ar condicionado

Fonte: Produção própria

Imagem 9: Passarela de acesso ao prédio novo

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Outra intervenção que descaracterizou o edifício foi o cobrimento da escada do acesso original do prédio, que foi aterrada para a construção de estacionamentos

Imagem 10: Indicação da escada de acesso

Fonte: Arquivo DER/MG

Imagem 11: Local da escada aterrada.

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A fachada voltada para a Alameda também sofreu algumas

modificações, o fechamento lateral que antes possuía aberturas com acabamento em tijolos de vidro e porta de acesso foi substituído por parede de alvenaria comum. Esse local cria um acesso interno a uma escada que dá acesso ao refeitório, estacionamento interno e outros prédios do complexo.

Imagem 12: Projeto original da fachada

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Imagem 14: Porta de acesso para o espaço lateral fechado

Fonte: Produção própria do grupo

Imagem 15: Vista interna do espaço lateral fechado

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Imagem 16: Escada lateral de acesso que liga o fechamento lateral ao pátio interno e restaurante

Fonte: Produção própria do grupo

Em 1994 foi transferido para o edifício do DER/MG o

Departamento Estadual de Obras Publicas/DEOP-MG que passou a ocupar quatro pavimentos do corpo

principal da edificação, para isso foram instaladas portas de vidros para criar uma divisão entre os dois órgãos

(Imagem 17).

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Foto 01 - Vista lateral do prédio, com sua suas formas retas caracterizando

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Foto 02 - Em detalhe janelas modelo guilhotina e esquadrias de madeira e as janelas de 3 folhas com esquadrias de ferro . As janelas são todas da época da construção do prédio 1953.

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Foto 04 - As janelas de duas folhas e uma fixa não possuem destaque nenhum na lateral do prédio.

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Foto 06 – Entrada do prédio com utilização de pilotis e acabamento em mármore.

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Foto 08 – Vista externa a fachada principal

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Foto 10 – Detalhe do brise na fachada, revestidos de pastilhas

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Foto 12 – Elevador de acesso exclusivo da diretoria

Foto 13 - Entrada do prédio. Com

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Foto 14 - Entrada do prédio. Com acabamento da fachada todo em granito.

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Foto 16 - Projeto do Memorial do DER no hall do prédio em detalhes as

esquadrias das portas. Esse memorial foi desativado e o acervo foi distribuído

Foto 17 - Escada de acesso aos andares. Com forma helicoidal e guarda corpo de ferro e corrimão em bronze desenhos em formas

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Foto 18 – Fechamento em blocos de vidro que garantem iluminação natural a escada

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Foto 20 – Painel em bronze no hall principal representando o

desenvolvimento de Minas Gerais

Foto 21 - Luminária tipo nos corredores dos pavimentos. Confeccionada em ferro formas

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Foto 22 - Luminária tipo nas salas. Confeccionadas em ferro formas orgânicas do movimento Art nouveau.

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Foto 24 – Detalhe da configuração do piso das salas

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Foto 26 - Outra forte

influência de Le Corbusier. A transparência usada no fechamento em frente aos banheiros

Foto 27 – Detalhe do acabamento dos recuos

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Foto 28 – Detalhe do encontro das paredes com o teto

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Foto 30 - Vista do Brise-soleil na parte Interna do prédio. Detalhe dos elementos horizontais

intercalando os verticais. Todos revestidos de pastilhas

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Foto 32 – Basculantes no primeiro pavimento, voltados para a rua com grades de ferro

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Foto 34 - Vista da

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A arquitetura art decó e modernista representaram um marco na Cidade de Belo Horizonte. Elas foram responsáveis por marcar o

desenvolvimento da cidade, rompendo de vez com os estilos clássicos de arquitetura e suas referências representando um novo tempo de

desenvolvimento e novas conquistas nos campos da industria, comércio e desenvolvimento social, visto que grandes instituições de todas as áreas de atuação, tanto públicas quanto privadas tem suas sedes e instalações edificadas nesses estilos.

Assim foi com o Edifício Sede do Departamento Estadual de Estradas de Rodagem do Estado de Minas Gerais/DER-MG. Sua construção marcou o desenvolvimento rodoviário de Minas Gerais. No entanto percebeu-se que parte da história da construção desse edifício que foi testemunha de um tempo muito importante para o Estado de Minas Gerais é totalmente desconhecida, existindo sequer registros ou

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A pesquisa passou por busca de informações no Arquivo Público do Município, Patrimônio do Município, Arquivo Público Mineiro, Arquivo da SETOP/MG e do próprio DER/MG, apenas sendo localizadas plantas de levantamento da edificação. As poucas informações foram adquiridas por conversas com funcionários do DER/MG que levaram a descobertas como a escada original que foi aterrada para construção de

estacionamento e o nome do arquiteto que era funcionário da Secretaria de Obras. No entanto nem mesmo a família de Hermínio Gauzzi possui informações relevantes sobre sua obra.

O que se especula é que se trata de documentação de uma época em que se dava pouca importância ao registro histórico da edificação ou que talvez parte dessa documentação perdeu-se por conta de

enchentes ocorridas no Rio Arrudas que atingiam o arquivo.

Assim, pode-se dizer que esse trabalho não atingiu completamentente seu objetivo pois por falta de subsídios não foi possível revelar os detalhes que levaram a edificação da Sede do DER/MG bem como o processo de utilização e ocupação da do prédio. Fica aqui registrada a necessidade da preservação da memória e da arquitetura que é

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http://www.assender.com.br

http://opaudabarraca.blogspot.com/2007/02/ruas-prdios-e-pessoas.html http://www.ifch.unicamp.br/pos/hs/anais/2006/posgrad/%2870%29.pdf http://www.metamorphose.com.br/obras/obras5.html

Referências

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