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RELAÇÕES ENTRE A SOCIEDADE E O PODER PÚBLICO: A COMUNICAÇÃO DO GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO NAS REDES SOCIAIS

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UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

GESTÃO DA COMUNICAÇÃO

RELAÇÕES ENTRE A SOCIEDADE E O PODER

PÚBLICO: A COMUNICAÇÃO DO GOVERNO DO

ESTADO DE SÃO PAULO NAS REDES SOCIAIS

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UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

GESTÃO DA COMUNICAÇÃO

RELAÇÕES ENTRE A SOCIEDADE E O PODER

PÚBLICO: A COMUNICAÇÃO DO GOVERNO DO

ESTADO DE SÃO PAULO NAS REDES SOCIAIS

MANOEL FRANCISCO SCHLINDWEIN

Trabalho apresentado para avaliação no Núcleo de Metodologia da Pesquisa, do curso de Gestão da Comunicação, da Universidade de São Paulo, ministrado pelo professor doutor Richard Romancini.

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RESUMO

Relações entre a sociedade e o poder público: a comunicação do Governo do Estado de São Paulo nas Redes Sociais.

O presente projeto de pesquisa procura descrever um roteiro de ações a tomar para o estudo da comunicação do governo do estado de São Paulo nas redes sociais da internet. São detalhados o objeto, as hipóteses, o quadro teórico de referência, os procedimentos metodológicos e as referências bibliográficas.

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1. Introdução

A internet é a teia de nossas vidas (Castells, 2003). Nela, pesquisas têm registrado crescente predileção do público pelas redes sociais1. Neste novo ambiente virtual, a interação se dá livremente, sem a presença de meios de comunicação de massa mediando o processo comunicacional. A ausência de mediação, ao menos aparentemente, é um fenômeno muito particular da comunicação de massa. Embora haja suporte – as ferramentas em si, como um browser e um site de relacionamentos; e um dispositivo eletrônico para acessá-la, como um computador ou telefone celular – não há gatekeeper

para regular o conteúdo nem ruído aparente para comprometê-lo. Um anônimo escreve para uma celebridade, é lido, respondido e seu diálogo é mencionado pelos demais usuários da rede sem que o episódio cause espanto ou surpresa. Pelo contrário, “encontros” como este se repetem à exaustão, cotidianamente, sem editores ou intervalos comerciais.

Instituições públicas têm por obrigação divulgar seus atos, enquanto é facultado aos cidadãos se informar a respeito2. Entretanto, o descompasso entre o que é produzido pelos governos e o que é de interesse da sociedade parece um obstáculo intransponível. Uma forma de romper o hiato tem sido observada na internet. Em redes sociais virtuais, especialmente no caso do Twitter, microblog de até 140 caracteres de grande popularidade na internet, governos e governantes dialogam livre e diretamente com o cidadão-contribuinte-eleitor. Mas qual é o teor desta conversa? Quais são seus desdobramentos? Mais do que isso: quais as semelhanças e diferenças entre o que se observa online e no mundo real? O presente documento evoca uma pesquisa qualitativa no campo da comunicação que procura aprofundar o debate em torno deste novo e complexo cenário. Um trabalho centrado no estudo dos sujeitos, do virtual e do que os une e os separa.

1 Segundo pesquisa do Instituto Nielsen, em torno de 75% dos usuários de internet

freqüentam redes sociais. Os brasileiros são os mais numerosos no mundo (86%), ultrapassando japoneses (75%), italianos (78%) e espanhóis (77%).

http://tecnologia.uol.com.br/ultimas-noticias/redacao/2010/06/15/oito-em-cada-dez-internautas-brasileiros-acessam-redes-sociais-diz-pesquisa.jhtm

2 No Brasil, o dever é assegurado pelo artigo x e o direito pelo artigo x da Constituição,

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2. Objeto

2.1. Assunto e problema da pesquisa

Este projeto propõe uma pesquisa voltada a entender os significados da emergência de novas relações entre emissores e receptores na internet, especialmente nas redes sociais virtuais. Para tanto, o Governo do Estado de São Paulo, de larga presença nas redes sociais da internet3, foi escolhido

como objeto de estudo. Sua presença na rede é alimentada especialmente pela Secretaria de Comunicação, onde este autor trabalha. O Twitter, ferramenta de rede social de grande popularidade, foi escolhido como ambiente virtual onde se dará a pesquisa.

Assim sendo, é preciso focar quatro grandes problemas da pesquisa. Primeiro, é preciso dirigir o olhar para o próprio governo paulista, indagando: ao divulgar as informações por meio das redes sociais e interagir com os cidadãos, foi-se em busca de um pioneirismo, um diferencial, um valor agregado, ou apenas evitou-se ficar de fora de um modismo passageiro? A inserção foi premeditada, pensando-se numa avaliação do cenário e num cronograma de implantação, mediante a realização de reuniões e a produção de relatórios? Há uma equipe responsável pela ação? Os fluxos de trabalho e informação foram reformulados para dar cabo à nova demanda? Houve divulgação da ação? Qual é o tipo de conteúdo veiculado? Qual o vocabulário adotado? Qual a freqüência de atualização?

E quanto aos impactos da iniciativa na sociedade? Uma pesquisa pode responder se o público está interessado na divulgação das ações do governo. Afinal, outros temas, como a novela ou o futebol, poderiam ser elencados como prioritários ou de maior preferência. Mais especificamente, também é possível traçar observações quanto ao interesse na divulgação das ações deste governo em especial, visto que a atual gestão foi encabeçada por um pré-candidato ao próximo pleito eleitoral para a presidência da república. Vale pensar quem é este receptor: qual sua idade, seu grau de escolaridade, seus hábitos de leitura, sua inclinação política e, sobretudo, seus hábitos na

3 O Anexo 1 compara a presença do governo paulista na rede com os demais estados da

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internet. Com que freqüência ele acessa a internet, o que costuma fazer na rede, quais são seus sites prediletos, se busca por notícias e aonde.

Aqui, é preciso lançar luz sobre o cruzamento das análises em torno do volume de usuários e o volume de conteúdo produzido pela Secretaria de Comunicação. O que é uma boa presença no Twitter? Qual seu grau de leitura? E, mais importante, qual seu impacto? Seguir a Secretaria de Comunicação dentro do Twitter quer dizer acompanhar suas novidades ou, pelo contrário, monitorar seus deslizes? O retweet, ou seja, quando se encaminha uma mensagem enviada por um usuário, seria um bom parâmetro para indicar índices de leitura e aprovação? E, então, “retuitar” uma mensagem seria um indicador de interesse nas ações do Governo ou tão somente um interesse pontual e localizado, como a construção de uma escola, que tem alcance limitado?

Por fim, a pesquisa deve versar sobre o meio. A internet é o suporte adequado para qual tipo de divulgação? Não seria melhor o release em papel, o jornal de porta em porta, o diário oficial, ou o anúncio na TV? Por se tratarem de ferramentas interativas e de autoria, sem uma relação unidirecional entre emissor (a redação de jornal) e o receptor (o cidadão-contribuinte-leitor), as redes sociais virtuais, em especial o Twitter, já se configuram como meio de comunicação mais eficazes para a divulgação de informações? Qual o tamanho de sua audiência? Que especificidades ela requer?

2.2. Justificativa do estudo quanto à relevância e originalidade

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Paradoxalmente, o estado abriga a cidade mais populosa, a capital, com 11 milhões de habitantes, e a menos populosa, Borá, com 837 moradores4.

As redes sociais são o grande advento recente da internet. Numa pesquisa deste autor5, verificou-se que, dentre as principais redes sociais, o Twitter é a mais usado pelos estados brasileiros para a divulgação de informações e contato com a sociedade: 14 das 27 unidades o adotaram. Aliás, cinco estados usam apenas o Twitter como tecnologia social. Vale observar ainda que o Twitter é a ferramenta de redes sociais mais usada pelo governo do Estado. Entre páginas pessoais de secretarias, autarquias e fundações, há 40 perfis no microblog, ao passo que há nove canais no Youtube, sete perfis no Facebook e cinco no Orkut6.

3. Hipóteses

3.1. Hipótese central

A emergência do emprego de redes sociais como formas de acesso ao poder público trouxe novo desafio para as assessorias de imprensa. Seu papel deveria ser revisto para lidar com esta nova demanda. Uma alternativa seria a criação de uma ouvidoria geral do governo, capaz de receber, processar e atender todas as solicitações populares. Desta forma, a assessoria continuaria a interagir com seu público-alvo, a imprensa.

3.2. Hipóteses secundárias

Há três hipóteses além da central que a pesquisa pode dar cabo. Primeiro, o fato de que a maioria dos usuários que acompanham e interagem com o governo do estado no Twitter são jovens dominadores dos recursos oferecidos pelas TICs7. Segundo, o corpus da pesquisa seria constituído apenas por internautas simpatizantes à atual gestão ou ao partido deste

4 Conforme matéria da versão eletrônica do jornal Folha de S. Paulo, disponível em:

http://noticias.uol.com.br/cotidiano/2009/08/14/ult5772u4951.jhtm

5 Ver Anexo 1

6 Ver Anexo 2.

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governo – o que daria a impressão de que a presença do estado paulista nas redes sociais é um sucesso. Por fim, excluídas as mensagens de aprovação e amenidades neutras, o teor dos diálogos seria constituído por indagações elementares, que já estariam disponíveis tanto online como offline (ou seja, acessáveis por meio dos canais tradicionais de comunicação do governo com a sociedade como, por exemplo, o site oficial, um comercial de televisão ou mesmo um cartaz ou outdoor na rua). Esta hipótese sugere que o cidadão não lê: seria mais cômodo perguntar para a fonte oficial do que buscar a informação em um texto.

<< TERIA SIDO MELHOR TER COLOCADO AS HIPÓTESES APÓS O QTR E TER BUSCADO FAZER COM QUE A TEORIA ESTIVESSE MAIS PRESENTE. ISSO FOI ALTERADO NA

VERSÃO FINAL DO TRABALHO >>

4. Quadro Teórico de Referência

4.1.

Res publica

Este quadro começa a ser construído a partir das noções de publicidade e Estado, lato sensu, definidas pelo historiador do pensamento político Norberto Bobbio. O emprego é necessário ao passo que a difusão de informações públicas é uma premissa constitucional no Brasil8.

“A vida de um Estado moderno, no qual a sociedade civil é constituída por grupos organizados cada vez mais fortes, está atravessada por conflitos grupais que se renovam continuamente, diante dos quais o Estado, como conjunto de organismos de decisão (parlamento e governo) e de execução (o aparato burocrático), desenvolve a função de mediador e de garante (sic) mais do que a de detentor do poder de império segundo a representação clássica da soberania” (Bobbio, 2009:26)

Para culminar nas funções de mediador e garantidor, o autor italiano fixa o início da história do poder político aberto ao público no filósofo alemão Immanuel Kant, que considera “a fórmula transcendental do direito público o

8 Lê-se no Artigo 37: “A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da

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princípio segundo o qual todas as ações relativas ao direito de outros homens cuja máxima não é conciliável com a publicidade são injustas” (Bobbio, 2009:28). Esta teoria suplanta a adotada pelo poder absoluto, onde o “poder do príncipe é tão mais eficaz, e portanto mais condizente com seu objetivo, quanto mais oculto está dos olhares indiscretos do vulgo, quanto mais é, à semelhança do de Deus, invisível” (Bobbio, 2009:29). Ao contrário das monarquias e despotismos, a res publica exige que o poder seja visível. É na assembléia dos cidadãos, a democracia direta, o lugar onde o poder é exercido e o processo de decisão é público. O filósofo político alemão Carl Schmitt defende um nexo entre representação e publicidade na medida em que “não existe nenhuma representação que se desenvolva em segredo e a sós”. Portanto, conclui Bobbio

“é essencial à democracia o exercício dos vários direitos de liberdade, que permitem a formação da opinião pública e asseguram assim que as ações dos governantes sejam subtraídas ao funcionamento secreto da câmara de conselho, desentocadas das sedes ocultas em que procuram fugir dos olhos do público, esmiuçadas, julgadas e criticadas quando tornadas públicas” (Bobbio, 2009:30)

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4.2. Macro-cenário

As interações semióticas e o grupo social do qual tratam este quadro teórico de referência – e onde as intervenções serão feitas – são dados por uma trinca de pensadores. Manuel Castells (1999) parte do que chama de uma revolução da tecnologia da informação para definir o que considera uma nova sociedade, organizada em rede. Ela funda-se em um novo paradigma tecnológico, composto de cinco características (Castells, 1999:108). Informação é a matéria-prima (as tecnologias agem sobre a informação), penetrabilidade dos efeitos (todos os processos de nossa existência são moldados pelo novo meio tecnológico), lógica de redes (empregada em qualquer sistema ou conjunto de aplicações), flexibilidade (capacidade de reconfiguração completa) e convergência de tecnologias específicas para um sistema altamente integrado (microeletrônica, telecomunicações, optoeletrônica e computadores são todos integrados nos sistemas de informação). O sociólogo espanhol afirma que o sistema de tecnologias surgidas a partir da década de 1970 foi a base fundamental para o processo de reestruturação socioeconômica dos anos 1980. E seu emprego naquela década condicionou, em grande parte, seus usos e trajetórias na década de 1990.

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abordagens publicadas à época. O relato de Erik Swyngedouw enfatiza mudanças no processo de produção, no trabalho, no espaço, no estado e na ideologia – enfim, do fordismo para a acumulação flexível. Frise-se: da uniformidade e padronização para a produção flexível e em pequenos lotes de uma variedade de tipos de produto, dos grandes estoques à ausência deles, da realização de uma única tarefa pelo trabalhador à múltiplas tarefas, de pouco treinamento para longos treinamentos, de nenhuma segurança para uma elevada segurança, da divisão para a integração espacial, da regulamentação para a desregulamentação, da negociação coletiva para a individual. Ao cabo, da socialização para a individualização, da totalidade para a especificidade, do moderno para o pós-moderno. “A fragmentação, a indeterminação e a intensa desconfiança de todos os discursos universais ou “totalizantes” são o marco do pensamento pós-moderno” (Harvey, 1993:19).

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4.3. Comunicação

Dado o macro-cenário, este quadro teórico agora pontua uma reflexão crítico-histórica em torno do campo da comunicação. Dos modelos matemáticos de Sheamon e Weaver aos estudos culturais, as pesquisas no campo da comunicação têm trilhado um longo caminho. De largada, é preciso lembrar que a própria definição etimológica de comunicação implica em duas oposições (Williams, 2007:102). Do latim comunicationem, que quer dizer tornar comum, surge tanto a ação unidirecional, sem diálogo, do emissor ao receptor, como uma ação dialógica, crítica e participativa, porque envolve compartilhamento. Assim, temos, em perspectiva, os estruturais-funcionalistas, como a teoria hipodérmica de Harold Lasswell, i.e., uma espécie de teoria de controle da opinião pública por meio da propaganda no rádio; Paul Lazarsfeld em Columbia e Robert Merton em Harvard analisando o poder de persuasão da mídia e seus efeitos. Na sequência, a teoria crítica, dedicada aos estudos da comunicação sob a luz do capitalismo e da industrialização, constituída por pensadores como Theodore Adorno, Max Horkheimer, Herbert Marcuse, Walter Benjamin e Jürgen Habermas, reunidos em torno do que ficou conhecido como Escola de Frankfurt. Tais reflexões debruçam-se especialmente sobre o emissor, seu poder e sua influência. Meio século depois ganham notoriedade os estudos culturais.

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Jesús Martín-Barbero, pesquisador espanhol naturalizado colombiano, concebe um eixo epistemológico onde a cultura está condicionada à comunicação e vice-versa, i.e., envolve-se emissor, receptor, canal e mensagem em contextos culturais – e o conceito-chave dessa dinâmica chama-se mediação. Ela seria o pano de fundo onde as manifestações comunicacionais orquestram tramas culturais. O conceito “compreende toda a gama de relações e interseções entre cultura, política e fenômeno comunicacional. Especialmente, as mediações se referem às apropriações, recodificações e resignificações particulares aos receptores”, interpreta o professor Marco Toledo de Assis Bastos (2008). Resume Martín-Barbero (2009:263):

É como mestiçagem (...) que estão se tornando pensáveis as formas e os sentidos que a vigência cultural das diferentes identidades vem adquirindo: o indígena no rural, o rural no urbano, o folclore no popular e o popular no massivo. Não como forma de esconder as contradições, mas sim para extraí-las, dos esquemas, de modo a podermos observá-las enquanto se fazem e se desfazem: brechas na situação e situações na brecha.

4.4.

O desafio digital

Seu estudo e emprego são necessários neste quadro teórico de referência para um projeto de intervenção diante do desafio formulado pela diretora do Departamento de Mídia e Comunicação da London School of Economics, Robin Mansell. A autora indaga se “há evidência de uma mudança sustentável nas relações de poder que possa gerar mais igualdade social como reflexo do desenvolvimento das TICs9 e das aplicações das novas mídias” (Mansell, 2009:101). Criando paralelos com o Conto de Duas Cidades, do escritor inglês Charles Dickens, a autora afirma que atravessamos o “melhor dos tempos” e o “pior dos tempos”, levando a duas possíveis estações, um “inverno de desespero” ou uma “primavera de esperança”.

O melhor dos tempos é preconizado por Daniel Bell: “a inovação tecnológica se daria de forma a revelar relações de poder existentes, abrindo

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a possibilidade para novos modos de ação racional, o que poderia beneficiar todos os cidadãos independentemente das pressões geradas pelo funcionamento do sistema capitalista” (Mansell, 2009:101). Ele teria a característica de não contar mais com a maciça influência de grandes empresas e grupos políticos e sua presença sobre os mercados, na medida em que a difusão das TICs promoveria seu enfraquecimento por meio do trabalho colaborativo não-remunerado. “Em termos da prática democrática, o

ethos da nova política parte da idéia de que todo mundo (ou quase) agora tem a possibilidade de interagir on-line. (...) Acredita-se que o cidadão, nesse contexto, ganha poder” (Mansell, 2009:104). O pior dos tempos é resgatado a partir da inquietação: qual o potencial de empoderamento e suas conseqüências no mundo off-line? Ele é descrito com exemplos empíricos, tais como o abraçamento de árvores organizados on-line não ter ganho a sensibilidade de políticos na tentativa de evitar seu desmatamento. Em outro caso, um estudo observou que mulheres zambianas sofrem agressões físicas e verbais motivadas pelo ciúme de seus maridos em torno do uso do telefone celular. “A idéia de que o empoderamento para os cidadãos seja o efeito ‘natural’ das relações nas redes que permeiam a sociedade não leva em conta as conseqüências indeterminadas que podem haver em suas relações de poder” (Mansell, 2009:106). Assim, o inverno de desespero é “sustentado por uma gama de informações que incluem o fato de que as normas e os padrões para as novas tecnologias permanecem sendo amplamente competitivos” (Mansell, 2009:111). Por fim, a primavera de esperança surge na perspectiva de que “em todos os níveis sociais discute-se sobre as interseções entre a mídia e os direitos humanos” (Mansell, 2009:111): informações sobre as novas mídias são discutidas de maneira mais geral, “como amplo espectro de capacitações necessárias na área de educação, para participação política, para o empreendedorismo, e para gerenciar parcerias em relações na rede” (Mansell, 2009:111).

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humana. “As táticas e estratégias que nos possibilitariam apropriar as técnicas das novas mídias de produção sócio-cultural a favor da redução das desigualdades em todas as esferas de vida e com vistas à melhoria do bem-estar humano emergirão apenas como resultado dos esforços em superar essas difíceis questões” (Mansell, 2009:112-113).

Massimo di Felice (2010) aponta a direção que Mansell procura, concluindo este quadro teórico de referência. “A internet e as redes sociais online estão criando uma nova democracia e uma nova opinião pública”. Segundo o professor de teoria de opinião pública da USP, “essa opinião pública que está surgindo não quer ser chamada a opinar apenas de quatro em quatro anos. Ela participa, colabora, difunde idéias para mudar seu território cotidianamente. É cidadã 365 dias por ano. Está fazendo acontecer o que os políticos só prometem”. Com a internet, passa-se de uma democracia opinativa para uma democracia colaborativa, onde o cidadão é chamado a ter um impacto em sua realidade próxima. Felice lembra que a tecnologia atual traz, pela primeira vez na história, a possibilidade de um cidadão criar conteúdo e postá-lo com o mesmo poder comunicativo dos outros meios. Assim,

t

ecnologicamente, um blog tem o mesmo poder comunicativo que a CNN. “Isso está educando o cidadão não apenas a opinar, mas a criar debate e a discutir idéias que se espalham velozmente pelo mundo. São as chamadas redes sociais, redes de cidadãos que se reúnem por terem determinadas afinidades e passam a trabalhar online para transformar a sociedade pela proposição, discussão e implementação de idéias” (Felice, 2010). Primeiro, localmente, depois globalmente. É o que o professor define como “net ativismo”: a lógica da web não é piramidal, ela não prevê um líder; nela, a palavra-chave é colaboração.

5. Objetivos

5.1. Objetivo Geral

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freqüentadores (se eventuais ou assíduos, se críticos ou favoráveis, se opinadores ou indagadores) como o governo (se divulgador estático ou interativo, se reprodutor de conteúdo de terceiros ou produtor próprio, se solucionador de dúvidas ou delegador delas).

Por meio deste olhar será possível verificar se as demandas particulares são mais numerosas – ou mesmo, mais complexas – do que as demandas de veículos de comunicação. Visto que as respostas partem da assessoria de imprensa da Secretaria de Comunicação do governo, a resposta deste tópico poderá ser o principal subsídio para avaliar se cabe a criação de uma Ouvidoria Estadual, i.e., um órgão centralizador de todas as demandas públicas. Para tanto, a pesquisa deverá apresentar um fluxograma que descreva os caminhos percorridos pelo cidadão para a obtenção de informações do governo do estado. Com os resultados obtidos na pesquisa empírica será possível aperfeiçoar tal fluxograma.

5.2. Objetivos específicos

Compartilhar os resultados com a instituição, na expectativa de promover mudanças estruturais.

5.3. Objetivos teóricos

Tendo em vista a escassa teoria a respeito de redes sociais virtuais – muito provavelmente dada sua novidade – aperfeiçoar, quiçá construir, um modelo teórico que dê conta das especificidades do objeto em análise.

5.4. Objetivos práticos

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6. Procedimentos Metodológicos

Uma exploração para além das observações estatísticas requer instrumental capaz de dar conta de idiossincrasias, micro-ocorrências e o imprevisível dos seres humanos e seu cotidiano. Nesse sentido, para estudar as interações entre o governo paulista e a sociedade na internet, a netnografia parece ser a escolha mais sensata. O termo, cunhado por Kozinets (2002), diz respeito a “uma nova metodologia de pesquisa qualitativa que adapta as técnicas de pesquisa etnográfica para o estudo de culturas e comunidades emergentes pelas comunicações baseadas no computador”10. Por se dar naturalmente e não ser intrusiva – “uma combinação sem precedentes, não encontrada em nenhum outro método de pesquisa” (p. 3) – a netnografia, ressalta Kozinets, permite acesso contínuo à informação em um ambiente online específico.

Segundo sugerido pelo autor, cinco grandes procedimentos da etnografia devem ser levados em conta – os quais serão usados nesta pesquisa. Primeiro, a entrada cultural, onde são formuladas as principais questões e levantadas as principais informações a respeito do ambiente em análise (conforme mencionado nos tópicos acima). O segundo passo diz respeito à coleta e interpretação dos dados. Eles devem ser classificados segundo um critério próprio, a ser encontrado durante a pesquisa (por exemplo, se usuários muito freqüentes ou eventuais; se muito críticos ou elogiosos). Na sequência, a verificação das informações coletadas: outros métodos de pesquisa devem ser usados confrontar com o que foi apurado (detalhado logo abaixo).

O autor elenca como penúltimo tópico a observar a preocupação com a ética na pesquisa, listando quatro procedimentos. O pesquisador deve desligar-se de relações com membros da comunidade, deve manter confidencialidade e anonimato, deve procurar feedback, e, finalmente, atentar para a questão entre público e privado, pedindo autorização para publicar trechos específicos do que ocorreu online. Por fim, o último procedimento

10 KOZINETS, Robert. “The Field behind the screen: using netnography for marketing

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proposto pelo autor trata da apresentação dos resultados da pesquisa para o público estudado. O objetivo desta etapa é rever as conclusões e permitir tirar novas, além de assegurar-se do cumprimento das questões éticas.

A pesquisa netnográfica não estaria completa não fossem os formulários de pesquisa. Os surveys, como são conhecidos, serão usados para questionar os usuários de forma complementar ao verificado na etnografia digital. Grupos de usuários com características marcantes serão convidados a responder questionários online. Por exemplo: freqüentadores favoráveis ao governo responderão a respeito de suas motivações e interesses (se possuem filiação partidária, se têm pretensões eleitorais, se têm aversão ao partido de oposição no Estado) e os resultados que estão obtendo (suas mensagens ganharam notoriedade, seus pleitos foram atendidos, as respostas foram imediatas, se eles já tentaram de outras formas obter o que queriam do governo ou esta foi a última alternativa).

Além da netnografia e dos questionários, uma entrevista com a chefia da Secretaria de Comunicação pode revelar o que a instituição pensa a respeito da presença nas redes sociais. A comunicação é eficaz? Ela foi planejada? As demandas devem ser respondidas por uma assessoria de imprensa ou por uma ouvidoria?

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7. Cronograma da Pesquisa

Junho/2010 – Entrega do projeto de pesquisa.

Julho/2010 – Complementação da leitura de bibliografia específica, início do levantamento de dados netnográficos.

Agosto/2010 – Divulgação dos formulários de pesquisa.

Setembro/2010 – Análise dos dados coletados.

Outubro/2010 – Entrevista com chefia da Secretaria de Comunicação. Redação do relatório final e revisão.

Novembro/2010 – Entrega e defesa do trabalho.

8. Considerações Finais

O presente projeto de pesquisa elenca um roteiro de ações a tomar para o estudo da comunicação do governo do estado de São Paulo nas redes sociais da internet. Trata-se da última etapa antes do início da pesquisa de campo.

9. Sumário de Pesquisa

1. Introdução

2. Descrição do problema

3. Quadro Teórico de Referência

4. Hipótese Central e hipóteses secundárias

5. Coleta de dados (netnografia, questionários e entrevistas( 6. Descrição dos dados coletados

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10. Referências Bibliográficas

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BAKHTIN, Mikhail. Marxismo e Filosofia da Linguagem. São Paulo, Hucitec, 1992.

BASTOS, Marco Toledo de Assis. Do Sentido da Mediação: as margens do pensamento de Jesús Martín-Barbero. Revista Famecos – Mídia, Cultura e Tecnologia, Abril de 2008.

BAUMAN, Zygmunt. Modernidade Líquida. Rio de Janeiro, Jorge Zahar, 2001.

BRASIL. Constituição da Republica Federativa do Brasil de 1988.

BOBBIO, Norberto. Estado, Governo e Sociedade. São Paulo, Paz e Terra, 2009.

CASTELLS, Manuel. A Galáxia da Internet: reflexões sobre a internet, os negócios e a sociedade. Rio de Janeiro, Jorge Zahar Editor, 2003.

CASTELLS, Manuel. A Sociedade em Rede. São Paulo, Paz e Terra, 1999.

FELICI, Massimo di. “Cidadãos 365 dias por ano”. O Estado de São Paulo, 24 de abril de 2010.

HABERMAS, Jürgen. Mudança estrutural da Esfera Pública. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2003.

(21)

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HINE, Christine. Etnografía virtual. Barcelona, Editorial UOC, 2000.

KOZINETS, Robert. “The Field behind the screen: using netnography for marketing research in online communities”. Journal of Marketing Research, 39. Fevereiro de 2002.

LÉVY, Pierre. Cibercultura. São Paulo, Editora 34, 1999.

MANSELL, Robin. “Poder, cultura das mídias e novas mídias”. Matrizes, Ano 3, Número 1. 2009.

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O’REILLY, Tim. What is Web 2.0. http://oreilly.com/web2/archive/what-is-web-20.html

PRIMO, Alex. O aspecto relacional das interações na Web 2.0. E-Compós

(Brasília), v. 9, p. 1-21, 2007.

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ANEXO 1

Avaliação da presença do governo do

estado de São Paulo nas redes sociais

O presente texto procura apresentar as primeiras contribuições para o projeto de intervenção do curso de pós-graduação lato sensu “Gestão da Comunicação: Políticas, Educação e Cultura”. No pré-diagnóstico, apresentado em 2009 no núcleo “Diagnóstico e Planejamento de Projetos de Comunicação”, ministrado pela professora Maria Cristina Costa, definiu-se como objetivo avaliar a presença do governo do estado de São Paulo nas redes sociais da internet. Primeiro, apresentarei a metodologia empregada, depois os números obtidos e, finalmente, apresentarei conclusões (por hora, provisórias e pessoais).

Apesar da definição exata de avaliação, neste contexto, ainda estar em discussão, como visto no pré-diagnóstico, de nada impede que sejam apresentadas algumas constatações acerca do objeto de estudo. Assim sendo, optou-se por uma pesquisa empírica, realizada entre os dias 10 e 16 de fevereiro de 2010. Tratou-se da tabulação de dados referentes à presença de instâncias de poderes públicos estaduais em redes sociais da internet a fim de avaliar quão presente São Paulo está no cenário nacional. Para dar cabo à questão, a única ferramenta de trabalho empregada foi um navegador de internet11. O mapeamento das unidades federativas na internet foi

elaborado a partir de uma pesquisa nos cinco principais sites de web 2.0: Orkut, Twitter, Facebook, Flickr e Youtube. Para tanto, recorreu-se à entrada de palavras-chaves sugestivas12 em motores de busca, tanto genéricos como

específicos13. Os dados foram reunidos e compilados numa planilha eletrônica (documento em separado).

Preliminarmente, pode-se observar que todos os estados brasileiros, inclusive o Distrito Federal, possuem um portal oficial de notícias e serviços na internet (um avanço desta pesquisa poderia avaliar se eles configuram-se como simples cartões de visita ou seriam eficientes prestadores de serviços). Dois estados estão presentes em todas as cinco redes sociais pesquisadas: São Paulo e Sergipe. Alagoas, Amazonas, Bahia, Minas Gerais e Rio de Janeiro estão em quatro redes sociais. Nove estados, além do Distrito Federal, simplesmente não estão presentes nas redes sociais da internet (Amapá, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Paraná, Piauí, Rondônia, Santa Catarina).

A pesquisa observou que o Twitter, microblog de até 140 caracteres, lidera o ranking de tecnologias sociais entre os estados: 14 das 27 unidades o adotaram. O Orkut possui representação de 9 estados, seguido de Youtube (8), Facebook (7) e Flickr (5). Uma observação digna de nota é o fato de

11 Foi usado o Google Chrome, versão 4.0.

12 Optou-se por palavras que supostamente levariam a destinos desejados, isto é, digitou-se

“facebook governo estado acre” na expectativa de ser direcionado para a página do poder público acreano dentro do Facebook, por exemplo.

13 Genérico: Google; específico: o próprio site-repositório da rede social, ou seja,

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cinco estados usarem apenas o Twitter como tecnologia social. São eles o Acre, Pará, Pernambuco, Rio Grande do Norte e Roraima. O dado, somado ao aspecto do microblog ser a ferramenta predileta dos governos estaduais, chama a atenção na medida em que supera a preferência pelo Orkut – notadamente de enorme popularidade no Brasil.

Os dados ganham mais significado quando outras variáveis passam a compor a pesquisa. Úteis para nossa avaliação, infelizmente elas se restringem ao que os sites oferecerem (alguns indicam a quantidade de acessos; outros, apenas o número de usuários ou ainda a data em que a página foi criada). Assim, como procedido acima, vamos olhar de antemão para os portais de web. A partir de uma ferramenta específica14, verificou-se que o primeiro governo a contar com um site próprio na internet foi o da Bahia, em dezembro de 1995. O último15 foi o Tocantins – fevereiro de 1998. As datas perfazem uma diferença de mais de dois anos, o que não chega a ser um dado significativo. Registre-se que, em função da quantidade de ocorrências (11), nos parece que o dia 1º de janeiro de 1996 indica a influência de uma legislação federal na definição de presença na web. Outra variável que a ferramenta permite comparar é a predileção por certos sites em detrimento de outros. Segundo seus critérios, o site oficial de governo estadual mais acessado do país é o de São Paulo, em 30º lugar, seguido pelo Rio de Janeiro, em 85º. O mais distante fica para o Amapá, na posição de número 116.091.

No Youtube, o campeão do quesito “total de exibições do material enviado” coube ao estado de Minas Gerais, com 173.221 exibições, seguido de São Paulo, com 65.125 exibições. O primeiro a aderir ao site de compartilhamento de vídeos foi o estado do Tocantins, no dia 30 de setembro de 2006. Interessante observar que os sete outros aderiram em 2009 – o último foi Alagoas, em novembro. A quantidade de inscritos é proporcional ao número de exibições: mineiros contam com 165, paulistas com 129.

Já no Twitter, os Estados com o maior número de postagens são a Bahia (5.036), Minas Gerais (4.890) e São Paulo (3.839). O ranking pouco se alterou na quantidade de seguidores, embora haja uma disparidade numérica expressiva entre o primeiro e o segundo colocados. São Paulo registrou 13.394 usuários; Minas Gerais, 3.337; e Bahia, 3.716.

Quanto ao Facebook, São Paulo registrou 397 fãs, Rio de Janeiro 224 e o Ceará 104. Dos nove Estados presentes no Orkut, um pareceu inativo (Alagoas) e dois são usuários (Rio de Janeiro e Sergipe) – o que os impede de contarem com fóruns próprios para debate. São Paulo conta com 612

membros, Sergipe com 584 amigos e o Rio de Janeiro com outros 385. Por fim, quanto ao Flickr, pode-se dizer que os estados pioneiros na ferramenta de compartilhamento de fotos foram a Bahia e Minas Gerais – ambos entraram em abril de 2009.

Isso posto, o que podemos observar é que São Paulo ocupa uma posição de destaque diante dos demais estados, embora não seja o primeiro colocado em alguns quesitos. São Paulo e Sergipe estão presentes em todas

14 A pesquisa recorreu ao Alexa, site-ferramenta referência na indexação de páginas da

internet.

15 Desprezou-se a data de Alagoas, 6 de outubro de 2005, na perspectiva de que o valor soa

(24)
(25)

ANEXO 2

Relação de redes sociais virtuais do Governo do Estado de São Paulo

Twitter

1. Secretaria de Comunicação - twitter.com/governosp

2. Secretaria de Gestão Pública - twitter.com/gestaopublicasp

3. Secretaria da Fazenda - twitter.com/FazendaSP

4. Secretaria de Educação – twitter.com/educacaosp

5. Ipem-SP - twitter.com/IpemSP

6. Secretaria dos Direitos da Pessoa com Deficiência

-twitter.com/deficienciasp

7. Secretaria do Meio Ambiente - twitter.com/ambientesp

8. Museu da Casa Brasileira - twitter.com/mcb_org

9. Sabesp - twitter.com/ciasabesp

10. Secretaria de Cultura - twitter.com/CulturaSP

11. Imprensa Oficial - twitter.com/ImprensaOficial

12. Centro Paula Souza - twitter.com/paulasouzasp

13. Acessa Escola - twitter.com/acessaescola

14. Secretaria de Agricultura e Abastecimento - twitter.com/agriculturasp

15. Acessa SP - twitter.com/acessasp

16. Biblioteca Virtual - twitter.com/bvsp

17. Secretaria do Emprego e Relações do Trabalho e Emprega SP

-twitter.com/empregosp

18. Secretaria dos Transportes - twitter.com/transportessp

19. Secretaria de Segurança Pública – twitter.com/segurancasp

20. TV Cultura – twitter.com/TVcultura

21. Secretaria de Assistência e Desenvolvimento Social

-twitter.com/assistenciasp

22. IPT - twitter.com/iptsp

23. Fundação CASA - twitter.com/fundacaoCASA

24. Secretaria de Economia e Planejamento - twitter.com/planejamentosp

25. Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania

-twitter.com/justicasp

26. Secretaria de Esporte, Lazer e Turismo

-twitter.com/esporte_sp etwitter.com/turismosp

27. Metro - twitter.com/metrosp_oficial

28. CPTM - twitter.com/cptmsp_oficial

29. Univesp - twiter.br/univesp

30. Poupatempo - twitter.com/poupatemposp

31. Polícia Militar SP - twitter.com/pmesp

32. Fundação PROCON -twitter.com/procon_sp

33. Secretaria da Saúde - twitter.com/saudesp

34. Gati (Grupo de Apoio Técnico à Inovação) - twitter.com/sgpgati

35. Secretaria de Administração Penitenciária - www.twitter.com/sapsp

36. Cepam - http://www.twitter.com/cepam

37. Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos

-http://twitter.com/emtu_oficial

38. Secretaria de Desenvolvimento - http://twitter.com/desenvolvesp

(26)

40. Usp - http://twitter.com/agenciausp

Blogs

1. Secretaria de Gestão Pública - http://secretariadegestao.blogspot.com/

2. Secretaria de Saúde - http://www.saudeemacao.blogspot.com/

3. Secretaria da Agricultura - http://agriculturasp.blogspot.com/

4. Biblioteca Virtual - http://bibliotecavirtual.wl.blog.br/blog/

5. Gati (Grupo de Apoio Técnico à Inovação) - http://igovsp.blogspot.com/

6. Blog do Comandante Geral da PM

-www.policiamilitardesaopaulo.blogspot.com

7. Poupatempo - www.poupatemposp.blogspot.com

Perfis no Orkut

1. Secretaria de Comunicação (Governo de São Paulo)

-http://www.orkut.com.br/Main#Community.aspx?rl=cpn&cmm=90814 067

2. IpemSP

-http://www.orkut.com.br/Main#FullProfile.aspx?rl=pcb&uid=79203310 86987652257

3. Secretaria da Justiça e Defesa da Cidadania

http://www.orkut.com.br/Main#Profile?rl=ls&uid=4620987706880561 023

4. Centro Paula Souza

-http://www.orkut.com.br/Main#Community.aspx?cmm=92648700

5. Biblioteca Virtual

-http://www.orkut.com.br/Main#Community?cmm=40480664

Facebook

1. Secretaria de Comunicação (Governo de São Paulo)

- http://www.facebook.com/pages/Sao-Paulo-Brazil/Governo-do-Estado-de-Sao-Paulo/92227023652

2. Secretaria de Assistência e Desenvolvimento Social

-www.facebook.com/assistenciasp

3. IpemSP

-http://www.facebook.com/friends/?ref=tn#/profile.php?id=179201696 7&ref=profile

4. Secretaria da Agricultura e Abastecimento

-http://www.facebook.com/profile.php?id=100000047831751

5. Centro Paula Souza

-http://www.facebook.com/profile.php?id=100000072108310

6. Sabesp

-http://www.facebook.com/home.php#/profile.php?id=1000000980048 82&ref=name

7. Biblioteca Virtual - http://www.facebook.com/pages/Sao-Paulo- Brazil/Biblioteca-Virtual-do-Governo-do-Estado-de-Sao-Paulo/96789390506?ref=ts

Canais no YouTube

1. Secretaria de Comunicação (Governo de São Paulo)

(27)

2. Sabesp - http://www.youtube.com/user/saneamentosabesp

3. Secretaria de Assistência e Desenvolvimento Social

-www.youtube.com/assistdesenvsp

4. Secretaria da Agricultura e Abastecimento

-http://www.youtube.com/agriculturasp

5. Secretaria do Meio Ambiente - http://www.youtube.com/ambientesp

6. Biblioteca Virtual - http://www.youtube.com/user/BVGESP]

7. Poupatempo - www.youtube.com/poupatemposp

8. Acessa SP - www.youtube.com/acessasp

9. http://www.youtube.com/desenvolvesp

Flickr

1. Secretaria de Comunicação (Governo de São Paulo)

-http://www.flickr.com/photos/governosp

2. Ipem-SP - http://www.flickr.com/photos/39942564@N05/sets

3. Secretaria de Transportes - http://www.flickr.com/photos/transportessp

4. Secretaria da Agricultura e Abastecimento

-http://www.flickr.com/people/agriculturasp/

5. Secretaria do Meio Ambiente

-http://www.flickr.com/photos/ambientesp/

6. Sabesp - http://www.flickr.com/photos/sabesp/

7. Secretaria de Gestão Pública - www.flickr.com/gestaopublicasp

8. Acessa SP - www.flickr.com/acessasp

9. Poupatempo - www.flickr.com/poupatemposp

SMS (mensagens de texto)

1. Emprega SP - em funcionamento. Envia avisos de vagas compatíveis aos celulares dos candidatos.

2. Incor - em breve vai lembrar pacientes sobre consultas e exames com antecedência.

3. Poupatempo - envia mensagens de texto informando o tamanho da fila para tirar documentos, entre outras informações.

WAP

1. Metrô - www.metrosp.mobi

2. Secretaria do Meio Ambiente e Cetesb - http://wap.ambiente.sp.gov.br

Referências

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