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Avaliação da evolução do peso, IMC e co-morbilidades associadas á obsidade, 10 anos após cirurgia bariátrica em doentes da consulta multidisciplinar de obesidade do Hospital de Santo António, Centro Hospitalar do Porto.

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MESTRADO INTEGRADO EM MEDICINA

DISSERTAÇÃO

Artigo de Investigação Médica

Avaliação da evolução do peso, IMC e co-morbilidades associadas à

obesidade, 10 anos após cirurgia bariátrica em doentes da consulta

multidisciplinar de obesidade do Hospital de Santo António, Centro

Hospitalar do Porto

Mariana Sofia Moniz Pires

Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar, Universidade do Porto Centro Hospitalar do Porto, Hospital de Santo António Estudante do 6º ano profissionalizante, Mestrado Integrado de Medicina

Profª Dra Maria Helena Cardoso

Serviço de Endocrinologia Centro Hospitalar do Porto, Hospital de Santo António Auxiliar de Endocrinologia, Diabetes e Nutrição

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_____________________________________________________RESUMO

OBJECTIVOS: O objectivo deste estudo é avaliar a eficácia da cirurgia bariátrica através da análise da evolução do peso e do IMC, da avaliação da perda de excesso de peso e das co-morbilidades associadas à obesidade, 10 anos após a cirurgia bariátrica.

TIPO DE ESTUDO: Observacional, descritivo.

LOCAL: Hospital de Santo António, Centro Hospitalar do Porto.

POPULAÇÃO: Utentes da consulta multidisciplinar de obesidade do Hospital de Santo António, Centro hospitalar do Porto. Foram incluídos no estudo doentes submetidos à cirurgia bariátrica entre 1996 e 2000. Foram excluídos 24 doentes: 15 indivíduos são seguidos por conveniência noutras instituições e 9 por falta de seguimento. População final de 30 indivíduos A análise das co-morbilidades só foi possível avaliar em 17 doentes.

MÉTODOS: Foi avaliada a evolução do peso e IMC ao longo dos 10 anos após a cirurgia. A média da percentagem da perda de excesso de peso foi efectuada tendo em conta o peso inicial (antes da cirurgia) e o peso final (10 anos após a cirurgia). A avaliação das co-morbilidades decorreu em dois momentos: antes da cirurgia bariátrica (tempo 0) e 10 anos após cirurgia bariátrica (tempo 10). Os dados foram recolhidos do processo clínico electrónico dos doentes: informação da consulta e análises laboratoriais. As variáveis em estudo foram: idade, sexo, tipo de cirurgia, peso, IMC, HbA1c, glicemia, c-HDL, c-LDL, triglicerídeos, tensão arterial sistólica, tensão arterial diastólica, roncopatia, dores articulares, esteatose hepática, terapêutica anti-hipertensora e terapêutica para a diabetes.

RESULTADOS: A idade dos doentes variou entre os 21 e os 56 anos, média ± DP: 41,1 ± 10,1. O sexo feminino foi o predominante (93,3%). A cirurgia mais realizada foi a banda gástrica ajustável (83,3%), seguida da cirurgia de Mason (10%) e a cirurgia menos frequentemente realizada foi o bypass gástrico (6,7%). A perda de peso média, expressa em percentagem de perda de excesso de peso, foi máxima 5 anos após a cirurgia, correspondendo a 68,18%. Dez anos após a cirurgia, a percentagem média de perda de excesso de peso foi de 66,95%.

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Observou-se a resolução das seguintes patologias: esteatose hepática, hipertrigliceridemia e queixas osteoarticulares. Observou-se, também, a diminuição da prevalência da roncopatia, diabetes mellitus e da hipertensão arterial e a melhoria dos níveis de c-HDL. No geral, detectou-se uma melhoria no perfil lipídico, apesar do aumento da prevalência de c-LDL elevado. Constatou-se, ainda, a diminuição do recurso à terapêutica medicamentosa para controlo das co-morbilidades.

CONCLUSÃO: Apesar da sua natureza invasiva, a cirurgia bariátrica tem apresentado uma taxa de sucesso consistente, promovendo a redução de excesso de peso dos doentes e a melhoria das co-morbilidades associadas à obesidade.

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____________________________________________________ABSTRACT

Objectives: This study aims to evaluate the bariatric surgery effectiveness through the analysis of the weight and BMI evolution, excessive weight loss and comorbidities associated with obesity, 10 years after the bariatric surgery.

Study types: Observational, descriptive.

Place: Hospital de Santo António, Centro Hospitalar do Porto.

Population: Patients from multidisciplinary Obesity Clinic in Hospital de Santo António, Centro hospitalar do Porto. This study includes patients who underwent bariatric surgery between 1996 and 2000, in this hospital. 24 patients were excluded: 15 individuals are monitored in other institutions for convenience and 9 lost to follow-up. Final population of 30 individuals. It was only possible to evaluate 17 individuals in the comorbidities analysis.

Methods: The weight and BMI evolution were evaluated over 10 years after surgery. The percentage of excess weight loss is calculated based on the initial weight (before surgery) and on the final weight (10 years after surgery). The evaluation of comorbidities occurs in two moments: before bariatric surgery (time 0) and 10 years after bariatric surgery (time 10). Data are collected from patients’ electronic clinical process. The variables in study are: age, gender, type of surgery, weight (% of excess weight loss), BMI, HbA1c, glycemia, c-HDL, c-LDL, triglyceride, systolic blood pressure, diastolic blood pressure, snoring, joint pain, fatty liver, therapy for diabetes and hypertension.

Results: The patients’ age ranges from 21 to 56 (mean age 41,1 years). Female gender is the predominant (93.3 %). The most performed surgery was the adjustable gastric band (83.3%), followed by Mason surgery (10%) and the less frequently performed surgery was gastric bypass (6.7%). The average weight loss, shown as percentage of excess weight lost, 10 years after surgery, was of 66.95%. The average weight loss, shown in percentage of excess weight loss, was maximal 5 years after surgery, corresponding to 68. 18%. Ten years after surgery, the percentage of excess weight loss, was of 66. 95%. It was verified the resolution of the following

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pathologies: fatty liver, hypertriglyceridemia and osteoarticular complaints. It was also verified a decrease of snoring, diabetes and of hypertension and an improvement of the c-HDL levels. In general, there was an improvement in the lipid profile, despite of the increase of the prevalence of high c-LDL. It was also found the decrease in running drug therapy to control co-morbidities.

Conclusion: Despite its invasive nature, the bariatric surgery has shown a rate of consistent success, promoting the patients’ reduction of excessive weight, with improvement of the associated comorbidities.

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_________________________________________________INTRODUÇÃO

A obesidade constitui um problema de saúde pública a nível mundial, sendo já considerada a epidemia do século XXI pela Organização Mundial de Saúde (OMS), tendo a sua prevalência vindo a aumentar em todas as raças e grupos etários1. A OMS previu ainda que, se não forem adoptadas as medidas correctas, em 2015 aproximadamente 2,3 biliões de adultos terão excesso de peso e 700 milhões serão obesos1.

O cenário português não é diferente. Em 2004 a Direcção Geral de Saúde reconheceu que a obesidade é um problema de saúde pública com tendência a agravar-se. Em 2007, Carmo et

al.2 concluíram, através de um estudo, com duração de 2 anos, que 53,6% da população portuguesa tinha excesso de peso, dos quais 39,4% tinham pré-obesidade e 14,2% eram obesos.

A obesidade é uma enfermidade crónica associada a co-morbilidades médicas (insulino-resistência, diabetes mellitus tipo 2, dislipidemia, hipertensão arterial, certas neoplasias, esteatose hepática, síndrome de apneia obstrutiva do sono, refluxo gastro-esofágico, entre outras), psicológicas e sociais3,4.

A sua origem é multifactorial: factores genéticos, metabólicos, comportamentais, ambientais e culturais contribuem para a sua génese4. No entanto, a obesidade pode ser encarada, de uma forma simplificada, como uma consequência de um desequilíbrio energético: a energia ingerida excede a dispendida por um período de tempo considerável5. Este desequilíbrio tende a perpetuar-se, pelo que a obesidade é uma doença crónica.

A avaliação da obesidade é feita através do Índice de Massa Corporal (IMC) que resulta da divisão do peso pelo quadrado da altura1,3,6. Assim, obesidade é definida como IMC igual ou superior a 30 kg/m2, sendo que IMC entre 30 e 34,9Kg/m2 é classificado como obesidade de grau I (moderada); IMC entre 35 e 39,99Kg/m2 é classificado como obesidade de grau II (severa); um valor de IMC de 40 kg/m2 ou superior caracteriza obesidade de grau III (mórbida)1,3,6.

O tratamento da obesidade implica uma abordagem multidisciplinar com intervenção a nível nutricional, exercício físico, orientações comportamentais e psicológicas, e eventualmente com intervenção farmacológica1. Contudo, a terapêutica médica na maior parte dos casos de obesidade mórbida é ineficaz a longo prazo7.

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Com o intuito de preencher esta lacuna, foram surgindo, nas últimas décadas, tratamentos cirúrgicos8. A cirurgia bariátrica é, então, uma opção terapêutica eficaz e responsável pela diminuição significativa e sustentada do peso, bem como pela resolução ou melhoria das co-morbilidades6,9. Vários estudos constataram que o tratamento cirúrgico da obesidade mórbida tem revelado contribuir para uma melhoria da qualidade de vida e do funcionamento psicológico dos indivíduos a ele submetidos. Em 2004, Guedea et al.10 concluíram que a cirurgia bariátrica é eficaz para perder peso a longo prazo (5 anos), contribuindo para a melhoria das co-morbilidades e da qualidade de vida dos doentes obesos, ainda que, a longo prazo, seja necessário compensar défices de proteínas, vitaminas e oligoelementos. Paul E. O’Brien et al 11 após realização de um estudo randomizado e controlado com doentes com IMC entre 30 e 35kg/m2, concluíram que a abordagem cirúrgica por banda gástrica ajustável laparoscópica é mais benéfica para a perda de peso a longo prazo do que o tratamento não-cirúrgico. Lars Sjöström et al 12, após realização de um estudo prospectivo controlado em 2005, concluíram que a cirurgia bariátrica diminui a mortalidade, comparativamente à terapêutica convencional utilizada no grupo de controlo.

São candidatos à cirurgia bariátrica indivíduos com IMC ≥ 40 kg/m2 ou indivíduos com IMC entre 35 e 40 Kg/m2 associado a uma ou mais co-morbilidades graves em que o tratamento médico não foi efectivo13.

Os procedimentos cirúrgicos bariátricos reduzem a ingestão calórica modificando a anatomia do trato gastrointestinal. As operações bariátricas podem ser classificadas em três tipos: procedimentos restritivos, procedimentos de má absorção, e procedimentos combinados (restrição e má absorção)1,15.

Procedimentos restritivos são os que reduzem a capacidade gástrica, levando à sensação de saciedade com menor quantidade de alimento. Estes incluem14:

- Gastroplastia vertical (cirurgia de Mason) (Figura Ia); - Banda gástrica ajustável (Figura Ib);

- Gastrectomia em manga (Figura II).

Procedimentos que induzem má absorção incluem14: - Derivação biliopancreática (Figura Id);

- Derivação biliopancreática com duodenal switch (Figura Ie); - Bypass jejuno-ileal (Figura III).

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Combinação de procedimentos de restrição – má absorção14: - Bypass gástrico em Y de Roux (Figura Ic).

No âmbito da cirurgia bariátrica, a via laparoscópica deve ser considerada a primeira opção, a não ser que haja contra-indicações15.

a) Gastroplastia Vertical ou Cirurgia de Mason

b) Banda gástrica ajustável

c) Bypass gástrico em Y de Roux d) Derivação Biliopancreática e) Derivação Biliopancreática com

duodenal switch

Figura I TIPOS DE CIRURGIA BARIÁTRICA

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Figura II GASTRECTOMIA EM MANGA

Figura III BYPASS JEJUNO-ILEAL

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O tratamento cirúrgico da obesidade grave exige a colaboração permanente de uma equipa multidisciplinar que deve incluir: cirurgião geral com experiência de cirurgia bariátrica, anestesista, enfermeiros, endocrinologista, internista ou pediatra, nutricionista e/ou dietista, psicólogo e se necessário psiquiatra15. A elevada eficácia da cirurgia bariátrica passa não só pelo acompanhamento pré-cirúrgico como pelo acompanhamento pós-cirúrgico do doente, pela equipa multidisciplinar4, 15.

O objectivo deste estudo é avaliar a eficácia da cirurgia bariátrica através da análise da evolução do peso e do IMC, da avaliação da perda de excesso de peso e das co-morbilidades associadas à obesidade, 10 anos após a cirurgia bariátrica.

Serão incluídos neste estudo, doentes submetidos à cirurgia bariátrica do tipo restritivo: gastroplastia vertical (cirurgia de Mason) e gastrobandoplastia ajustável; e do tipo misto: bypass gástrico, no CHP-HSA, entre 1996 e 2000.

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____________________________________________________MÉTODOS

Efectuou-se um estudo observacional, descritivo.

O estudo envolveu uma população de doentes obesos (N=30 doentes obesos), submetidos à cirurgia bariátrica entre 1996 e 2000. Este doentes pertencem à consulta multidisciplinar de obesidade do Hospital de Santo António, Centro Hospitalar do Porto.

Foi avaliada a evolução do peso e IMC ao longo dos 10 anos após a cirurgia. A média da percentagem da perda de excesso de peso foi efectuada tendo em conta o peso inicial (antes da cirurgia) e o peso final (10 anos após a cirurgia). A avaliação das co-morbilidades decorreu em dois momentos: antes da cirurgia bariátrica (tempo 0) e 10 anos após a cirurgia bariátrica (tempo 10). Os dados foram recolhidos do processo clínico electrónico dos doentes: informação da consulta e análises laboratoriais.

As variáveis em estudo foram: idade, sexo, tipo de cirurgia, peso (% de perda de excesso de peso), IMC, HbA1c, glicemia, c-HDL, c-LDL, triglicerídeos, tensão arterial sistólica, tensão arterial diastólica, roncopatia, dores articulares, esteatose hepática, terapêutica anti-hipertensora e terapêutica para a diabetes.

Os critérios para definição de doença foram: níveis de tensão arterial sistólica superiores a 140mmHg e/ou níveis de tensão arterial diastólica superiores a 90mmHG e/ou a toma de fármacos anti-hipertensores para diagnóstico de hipertensão arterial16; níveis de glicemia superiores a 126 mg/dL e/ou valores de HbA1c superiores a 6,5% e/ou a toma de anti-diabéticos orais para o diagnóstico diabetes mellitus tipo 217; níveis de triglecerídeos superiores a 150 mg/dL para o diagnóstico de hipertrigleceridemia18; níveis de c-HDL inferiores a 40mg/dL para o sexo masculino e níveis de c-HDL inferiores a 50mg/dL para o sexo feminino, para se considerar c-HDL baixo18; níveis de LDL superiores a 130mg/dL para se considerar c-LDL elevado18.

A perda de peso foi avaliada pela medida da perda de excesso de peso inicial, expressa pela seguinte fórmula: perda de excesso do peso inicial (%) = peso reduzido (Kg) x 100 / excesso de

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peso inicial, onde peso reduzido (Kg) = peso tempo 0 (Kg) – peso tempo 10 (Kg), excesso de peso inicial (Kg) = peso tempo 0 (Kg) – peso ideal (Kg), peso ideal (Kg) = altura (m2) x 25.

A comissão de ética da instituição onde foram recolhidos os dados aprovou todos os procedimentos utilizados para a realização deste estudo.

Os dados recolhidos entre Março de 2011 e Abril de 2011, foram codificados e registados numa base de dados informática e a sua análise foi realizada através do programa informático SPSS 18.

Para a comparação dos dois grupos (tempo 0 e tempo 10) – variável independente em relação a todas as variáveis em estudo - variáveis dependentes, utilizou-se o teste paramétrico T, a um Intervalo de Confiança de 95% (IC=95%). Utilizou-se também o teste não paramétrico Mann-Whitney.

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RESULTADOS

Entre 1996 e 2000 foram submetidos a cirurgia bariátrica no Hospital de Santo António, Centro Hospitalar do Porto, 54 indivíduos. Da população inicial de 54 indivíduos foram eliminados 24 pela ausência de consulta de 10 anos: 15 indivíduos são seguidos por conveniência noutras instituições e 9 foram perdidos no seguimento, ficando a nossa população com 30 indivíduos. Na avaliação aos 10 anos, embora existisse informação referente ao peso e IMC relativos a todos os doentes observados (N=30), faltava informação relativa ao estudo analítico em relação a 13 doentes, por serem seguidos noutra instituição hospitalar da cidade do porto. Pelo que as co-morbilidades associadas à obesidade foram avaliadas para uma população de 17 doentes (N=17).

Na aplicação do teste paramétrico T, observaram-se diferenças estatisticamente significativas para as seguintes variáveis: peso (p <0,0001); IMC (p <0,0001); c-HDL (p=0,007); HbA1c (p=0,043); glicose (p=0,04); tensão arterial sistólica (p <0,0001); tensão arterial diastólica (p =0,009); roncopatia (p=0,037) e dores articulares (p=0,004). Quanto às variáveis triglecerídeos, c-LDL, terapêutica para a diabetes, terapêutica anti-hipertensora e esteatose hepática, todas com p> 0,05, não se observou diferenças estatisticamente significativas.

Na aplicação do teste Mann-Whitney, observaram-se diferenças estatisticamente significativas para as seguintes variáveis: c-HDL (p=0,008); triglecerídeos (p=0,004); glicose (p=0,002); tensão arterial sistólica (p <0,0001); tensão arterial diastólica (p =0,01); roncopatia (p= 0,037) e dores articulares (p=0,003). Quanto às variáveis HbA1c, c-LDL, terapêutica para a diabetes, terapêutica anti-hipertensora e esteatose hepática, todas com p> 0,05, não se observou diferenças estatisticamente significativas.

Na distribuição por género, 28 doentes (93,3%, N=30) eram do sexo feminino e 2 doentes (6,7%, N=30) do sexo masculino.

À data da cirurgia a idade média dos doentes foi de 41,07 anos (DP= 10,09; N=30), tendo o indivíduo mais novo 21 anos e o indivíduo mais velho 56 anos (ver quadro I).

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N Mínimo Máximo Média Desvio padrão

ALTURA 30 1,49 1,80 1,60 0,08

PESO 30 87,50 220,00 128,99 32,98

IMC 30 36,51 87,57 50,23 12,22

IDADE À DATA DA CIRURGIA 30 21,00 56,00 41,07 10,09

VALID N (LISTWISE) 30

A cirurgia mais realizada foi a aplicação de banda gástrica ajustável (83,3%, N=30), seguida da cirurgia de Mason (10%, N=30) e a cirurgia menos frequentemente realizada foi o bypass gástrico (6,7%) (ver gráfico I).

Quadro I CARACTERIZAÇÃO DA AMOSTRA QUANTO À ALTURA, PESO, IMC E IDADE NO TEMPO 0

Gráfico I FREQUÊNCIA DA CIRURGIA BARIÁTRICA

83,30% 10% 6,70% 0% 20% 40% 60% 80% 100%

TIPOS DE CIRURGIA BARIÁTRICA

Banda Gástrica Cirurgia de Mason Bypass Gástrico

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CARACTERIZAÇÃO DA AMOSTRA

O peso médio apresentado antes da cirurgia foi de 128,99kg (DP= 32,98; N=30), variando de 87,5kg a 220kg (ver quadro I). O IMC médio antes da cirurgia foi 50,23kg/m2 (DP= 12,22; N=30), variando de 36,51 a 87,57Kg/m2 (ver quadro I). Contudo, todos os doentes com IMC entre 35 e 39,9Kg/m2 apresentaram pelo menos uma co-morbilidade relacionada à obesidade. Portanto, esses pacientes preencheram os critérios de indicação da cirurgia bariátrica13.

As co-morbilidades (N=30) presentes no tempo 0 distribuíram-se do seguinte modo: 56,67% dos doentes apresentavam hipertensão arterial; 33,33% queixas osteoarticulares; 30% roncopatia; 26,67% diabetes; 43,33% c-HDL baixo; 16,67% c-LDL elevado; 20% hipertrigliceridemia e 10% esteatose hepática.

EVOLUÇÃO PÓS-CIRÚRGICA

- AVALIAÇÃO DO PESO E IMC

O peso médio apresentado 10 anos após cirurgia foi de 86,27kg, variando de 58kg a 124,6kg.

O IMC após cirurgia variou de 24,77 a 52,54Kg/m2, com média de 33,74kg/m2.

O valor máximo de peso de 124,6kg e o seu respectivo IMC de 52,54Kg/m2 pertencem ao doente que anteriormente à cirurgia pesava 220kg e com IMC de 87,57Kg/m2.

O peso médio reduziu de 128,99kg para 86,27kg, o que perfaz uma redução média de peso de 42,72kg, após 10 anos (ver quadro II).

O IMC médio diminui de 50,23 kg/m2 para 33,74kg/m2, o que perfaz uma diminuição média de 16,29kg/m2 (ver quadro II).

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N Mínimo Máximo Média Desvio padrão

TEMPO 0 Peso 30 87,50 220,00 128,99 32,98 IMC 30 36,51 87,57 50,23 12,22 Valid N (listwise) 30 TEMPO 10 Peso 30 58,00 124,60 86,27 17,95 IMC 30 24,78 52,54 33,74 7,30 Valid N (listwise) 30

O IMC médio diminuiu ao longo dos anos, apresentando o seu valor mais baixo 5 anos após a cirurgia (31,36Kg/m2). Entre os 5 anos e os 10 anos, após cirurgia, verificou-se um aumento do IMC médio, com IMC médio aos 10 anos de 33,74kg/m2 (ver gráfico II).

Quadro II PESO E IMC NO TEMPO 0 E NO TEMPO 10

Gráfico II EVOLUÇÃO DO IMC AO LONGO DE 10 ANOS

0 10 20 30 40 50 60 0 0,25 0,5 0,75 1 2 3 4 5 6 10 M É D IA IM C ( k g /m 2 ) TEMPO (anos) Média do IMC N=30 N=25 N=28 N=22 N=26 N=23 N=17 N=18 N=16 N=17 N=30

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A perda de peso média, expressa em percentagem de perda de excesso de peso, foi máxima 5 anos após a cirurgia, correspondendo a 68,18% (ver gráfico III).

No geral, a percentagem média de excesso de peso perdido, dez anos após a cirurgia, foi de 66,95%. Para os doentes submetidos à banda gástrica ajustável, à cirurgia de Mason e ao bypass gástrico, a percentagem média de excesso de peso perdido, dez anos após a cirurgia foi, respectivamente, 68,05%; 45,39% e de 68,62%. (ver quadro III).

Perda do excesso de peso inicial (%) N Mínimo Máximo Média Desvio padrão

Geral

Banda gástrica ajustável Cirurgia de Mason Bypass gástrico 30 25 3 2 21,99 21,99 23,57 67,43 103,66 100 57 69,81 66,95 68,05 45,39 68,62 24,37 23,92 18,91 1,68 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 0,25 0,5 0,75 1 2 3 4 5 6 10 TEMPO (anos) % média de excesso de peso perdido Gráfico III EVOLUÇÃO PESO LONGO DE 10 ANOS

Quadro III PERDA DO EXCESSO DE PESO INICIAL (%) N=25 N=28 N=22 N=26 N=23 N=17 N=18 N=16 N=17 N=30

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- AVALIAÇÃO DAS CO-MORBILIDADES

Diabetes Mellitus

Nos doentes com informação sobre HbA1c nos 10 anos após a cirurgia (N=17), observou-se uma redução de:

Média ± desvio padrão: 5,66% ± 0,098 (Min. = 4,50%; Máx. = 7,60%) para Média ± desvio padrão: 5,09% ± 0,54 (Min. = 4,20%; Máx. = 5,90%)

Nos doentes com informação sobre glicemia nos 10 anos após a cirurgia (N=17), observou-se uma redução de:

Média ± desvio padrão: 109,53mg/dL ± 27,07 (Min. =81,00mg/dL; Máx. =184,00mg/dL) para

Média ± desvio padrão: 84,65mg/dL ± 14,20 (Min. = 60mg/dL; Máx. = 122mg/dL)

Antes da cirurgia, 2 doentes faziam anti-diabéticos orais e 10 anos após cirurgia, 1 doente fazia anti-diabéticos orais.

Dez anos após a cirurgia, a prevalência de diabetes mellitus reduziu de 29,41% para 5,88% (ver gráfico IV).

Gráfico IV PREVALÊNCIA DE DIABETES MELLITUS E HIPERTENSÃO ARTERIAL

0 10 20 30 40 50 60

Diabetes Mellitus Hipertensão arterial

29,41 58,82 5,88 29,41 IN C ID Ê N C IA (% ) Tempo 0 Tempo 10

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Hipertensão arterial

Nos doentes com informação sobre tensão arterial sistólica nos 10 anos após a cirurgia (N=17), observou-se uma redução de:

Média ± desvio padrão: 150,41mmHg ± 21,28 (Min. = 120mmHg; Máx. = 194mmHg) para

Média ± desvio padrão: 121,18mmHg ± 14,75 (Min. = 92mmHg; Máx. = 142mmHg).

Nos doentes com informação sobre tensão arterial diastólica nos 10 anos após a cirurgia (N=17), observou-se uma redução de:

Média ± desvio padrão: 81,12mmHg ± 9,82 (Min. = 66mmHg; Máx. = 100mmHg) para Média ± desvio padrão: 71,12mmHg ± 9,54 (Min. = 61mmHg; Máx. = 61mmHg).

Antes da cirurgia, 6 doentes faziam terapêutica anti-hipertensora e 10 anos após cirurgia, 5 doentes faziam terapêutica anti-hipertensora.

Dez anos após a cirurgia, a prevalência de hipertensão arterial reduziu de 58,82% para 29,41% (ver gráfico IV).

Perfil lipídico

Nos doentes com informação sobre triglecerídeos nos 10 anos após a cirurgia (N=17), observou-se uma redução de:

Média ± desvio padrão: 117,82mg/dL ± 50,49 (Min. = 60mg/dL; Máx. = 254mg/dL) para Média ± desvio padrão: 76,65mg/dL ± 27,53 (Min. = 41mg/dL; Máx. = 139mg/dL).

Nos doentes com informação sobre c-HDL nos 10 anos após a cirurgia (N=17), observou-se um aumento de:

Média ± desvio padrão: 48,59mg/dL ± 10,50 (Min. = 34mg/dL; Máx. = 71mg/dL) para Média ± desvio padrão: 59,76mg/dL ± 13,62 (Min. = 36mg/dL; Máx. = 96mg/dL).

Nos doentes com informação sobre c-LDL nos 10 anos após a cirurgia (N=17), observou-se uma redução de:

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Média ± desvio padrão: 111,28 mg/dL ± 32,82 (Min. = 59mg/dL ; Máx. = 174mg/dL) para Média ± desvio padrão: 110,59mg/dL ± 28,38 (Min. = 63mg/dL; Máx. = 154mg/dL).

Dez anos após a cirurgia, a prevalência de hipertrigleceridemia reduziu de 13,33% para 0% (ver gráfico V).

Dez anos após a cirurgia, a prevalência de doentes com c-HDL baixo reduziu de 33,33% para 10% (ver gráfico V).

Dez anos após a cirurgia, a prevalência de doentes com c-LDL aumentou ligeiramente de 23,53% para 29,41 (ver gráfico V).

Outras co-morbilidades

Dez anos após a cirurgia, a prevalência de doentes com roncopatia reduziu de 35,39% (N=17) para 5,88% (ver gráfico VI).

Dez anos após a cirurgia, a prevalência de doentes com esteatose hepática reduziu de 5,88% (N=17) para 0% (ver gráfico VI).

Dez anos após a cirurgia, a prevalência de doentes com dores articulares reduziu de 41,18% (N=17) para 0% (ver gráfico VI).

Gráfico V PREVALÊNCIA DO PERFIL LIPÍDICO

0 5 10 15 20 25 30 35

Hipertrigleceridemia c-LDL elevado c-HDL baixo

13,33 23,53 33,33 0,00 29,41 10,00 IN C ID Ê N C IA (% ) Tempo 0 Tempo 10

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Gráfico VI PREVALÊNCIA DE RONCOPATIA, ESTEATOSE HEPÁTICA E DORES ARTICULARES

0 5 10 15 20 25 30 35 40 45

Roncopatia Esteatose Hepática Dores articulares

35,39 5,88 41,18 5,88 0 0 IN C ID Ê N C IA (% ) Tempo 0 Tempo 10

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___________________________________________________DISCUSSÃO

Concomitantemente ao aumento da prevalência da obesidade mórbida, o recurso à cirurgia bariátrica tem aumentado significativamente no mundo ocidental. Nos EUA, o número de cirurgias de obesidade aumentou de cerca de 13 000, em 1998, para 100 000, em 200319. O objectivo do tratamento da obesidade deve ser o de obter melhoria na saúde e na qualidade de vida através da diminuição de peso significativa e duradoira, que promova a redução dos factores de risco e co-morbilidades e ainda melhore o desempenho nas actividades de vida diária.

Neste estudo 93,3% dos doentes eram mulheres. O predomínio do sexo feminino, neste estudo, pode estar relacionado com a maior motivação das mulheres obesas do que dos homens obesos em perder peso, talvez em consequência das pressões a respeito da estética.

A cirurgia mais realizada foi a aplicação da banda gástrica ajustável (83,3%). De facto, e segundo a literatura, a técnica de implantação da banda gástrica ajustável é considerada um processo simples20, seguro (risco de mortalidade 30 dias após a cirurgia é de 0,1%21), minimamente invasivo, facilmente reversível, com um risco de complicações aceitáveis e capaz de alcançar resultados significativos, tanto na quantidade de peso perdido como na melhoria/resolução de co-morbilidades associadas à obesidade21.

Os resultados do presente estudo demonstram perda de peso a longo prazo, após cirurgia. A perda de peso média, expressa em percentagem de perda de excesso de peso, foi máxima 5 anos após a cirurgia, correspondendo a 68,18% (IMC médio aos 5 anos de 31,36Kg/m2). Por sua vez, 10 anos após a cirurgia a % média de perda de peso foi de 66,95% (IMC médio aos 10 anos de 33,74Kg/m2). No estudo Swedish Obese Subjects (SOS)22, estudo coorte prospectivo, que comparou a cirurgia bariátrica (grupo intervenção) com o tratamento clínico (grupo controle), com tempo de seguimento médio de 10 anos. Uma das conclusões foi a maior perda de peso no grupo de intervenção, sendo que após 10 anos de seguimento a diferença de perda de peso média entre os grupos foi de 16,3% (IC 95%; 14,9 - 17,6%), favorecendo o grupo submetido a cirurgia. Contrariamente, ao presente estudo, no SOS23 a perda máxima de peso no grupo de intervenção foi um ano após a cirurgia.

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No geral, a percentagem (%) média de excesso de peso perdida dez anos após a cirurgia foi de 66,95%. A % média de excesso de peso perdida dez anos após a cirurgia foi de 68,05% para os doentes submetidos a banda gástrica ajustável e de 68,62% para os doentes submetidos a bypass gástrico. Henry Buchwald et al.21, após revisão do tema e meta-análise (entre 1990 e 2003), concluíram que após realização de LABG (banda gástrica ajustável por via laparocópica) a % média de perda de excesso de peso foi de 47,5%, e de 61,6% para LGB (bypass gástrico por via laparoscópica). Também, Jane Garb et al.23, em 2008 e após revisão do tema (entre 2003 e 2007), se depararam com resultados semelhantes para um follow-up de mais de 3 anos após a cirurgia, sendo a % média de perda de excesso de peso associada a LABG e a LGB de, respectivamente, 55,2% e 71,2%.

Nesta série observou-se, em todos os doentes, a resolução das seguintes patologias: esteatose hepática, hipertrigliceridemia e queixas osteoarticulares. Observou-se, também, a diminuição da prevalência da roncopatia, diabetes mellitus e da hipertensão arterial e a melhoria dos níveis de c-HDL. No geral, detectou-se uma melhoria no perfil lipídico, apesar do aumento da prevalência de c-LDL elevado. Constatou-se, ainda, a diminuição do recurso à terapêutica medicamentosa para controlo das co-morbilidades.

Estes resultados vão ao encontro da literatura. No estudo SOS23, o impacto da cirurgia bariátrica nas co-morbilidades relacionadas com a obesidade, dez anos após sua realização, reflectiu-se em maiores taxas de remissão para todos os factores de risco cardiovasculares, apesar de o efeito a longo prazo (10 anos) ter sido menor do que a curto prazo (2 anos), mas ainda assim de grande magnitude.

Também, Henry Buchwald et al.21 concluíram, que a cirurgia de obesidade reverte ou melhora significativamente a diabetes, hiperlipidemia, hipertensão e a apneia obstrutiva do sono nos indivíduos obesos.

Portanto, o tratamento cirúrgico da obesidade mórbida, quando indicado de acordo com as directrizes vigentes, representa importante recurso terapêutico para os pacientes com obesidade mórbida. A perda de peso foi significativa e, também, duradoura.

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A resolução/atenuação das co-morbilidades foi evidente. Apesar da sua natureza invasiva, a cirurgia bariátrica tem apresentado uma taxa de sucesso consistente, promovendo a redução de excesso de peso dos doentes.

Deste modo, conclui-se que a cirurgia bariátrica nas suas diversas modalidades é capaz de oferecer nova perspectiva de vida aos doentes portadores de obesidade mórbida.

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Figura I retirada de: Rubino, F.Metabolic surgery to treat type 2 diabetes: clinical outcomes and mechanisms of action. Annual Review of Medicine. 61 (2010) 393-411.

Figura II retirada de: http://www.wlshelp.com/gastric-sleeve.html

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Doutor em Educação, Professor da Universidade Federal de Ouro Preto – UFOP / dale@iceb.ufop.br.. Física, Biologia, Sistema de Informação, Licenciatura em Matemática, além