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O Programa de Educação Afetivo-Sexual fazendo a diferença na escola atual

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Academic year: 2020

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Trabalho de Conclusão de Curso

O Programa de Educação Afetivo-Sexual fazendo a

diferença na escola atual

Marcos Aurélio Dias Curso de Ciências Biológicas

Belo Horizonte – MG 2008

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Marcos Aurélio Dias

Trabalho de Conclusão de Curso

O Programa de Educação Afetivo-Sexual fazendo a

diferença na escola atual

Trabalho de conclusão de curso apresentado junto ao Curso de Ciências Biológicas do Centro Universitário Metodista Izabela Hendrix, como requisito parcial para obtenção do titulo de licenciado no curso de Ciências Biológicas.

Orientador: Prof. Fábio Augusto Rodrigues e Silva

Belo Horizonte – MG. 2008

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Agradecimentos

Ao meu orientador prof. Fábio Silva, pelo exemplo de profissionalismo e dedicação como educador. Ao Comitê Técnico PEAS Arcelor-Mittal “Belgo” e Sec. Municipal de Contagem pela oportunidade da capacitação. Às amigas Rose e Ester, por compartilharem a fé na possibilidade de realizar o projeto com o adolescente. À Efigênia, companheira sempre presente e à Marcos Vinícius e Flávio, pela compreensão.

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RESUMO

O PROGRAMA DE EDUCAÇÃO AFETIVO-SEXUAL FAZENDO A DIFERENÇA NA ESCOLA ATUAL

Marcos Aurélio Dias

Graduando do curso de Ciências Biológicas do Centro Universitário Metodista Izabela Hendrix BH/MG

RESUMO

Este artigo tem como objetivo abordar o tema sexualidade e afetividade dentro da realidade educacional, traçando um paralelo entre duas vertentes da educação sexual dentro das escolas: 1ª) Educação sexual tradicional, tratada dentro da educação escolar como assunto secundário, meramente informativo, sem uma contextualização.

2ª) Programa de Educação Afetivo-Sexual “PEAS”, um programa no qual a sexualidade e afetividade devem ser reconhecidas como um aspecto básico na formação integral do aluno, devendo receber atenção sistematizada. O artigo relata as ações de implantação e implementação do PEAS em uma escola da rede municipal de Contagem.

Palavras-chave: Educação afetivo sexual. Programa. Protagonismo juvenil.

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INTRODUÇÃO

Ao iniciar como docente, atuando na área de ciências físicas e biológicas, sentia um enorme desejo de fazer algo diferente dentro do conteúdo de sexualidade. Sabia que deveria ser feito alguma coisa para mudar o enfoque dado a um assunto de tamanha importância, pois, todas as vezes que se abordava o tema sexualidade, a conotação era sempre biológica e fisiológica. As aulas eram tão somente das diferenças entre meninos e meninas, dentro do aspecto físico. Porém, observava que os questionamentos feitos pelos alunos eram mais abrangentes e polêmicos. As dúvidas que surgiam e mesmo os posicionamentos dos alunos, demonstravam-me que teria que abordar muito mais que uma simples sexualidade biológica.

No ano de 2004 surgiu a grande oportunidade de fazer a mudança tão desejada na abordagem da sexualidade. A prefeitura de Contagem em parceria com a Secretaria de Educação, estava abrindo vagas para capacitação de docentes interessados na implantação em suas escolas de um programa intitulado PEAS – Programa de Educação Afetivo-Sexual. O conteúdo programático do curso era muito atraente, e percebi que seria a grande oportunidade de mudar minha prática pedagógica dentro da temática sexualidade.

No decorrer do curso percebi que se tratava de algo diferente. Temas até então conflitantes eram tratados de modo mais prático, vivências dos adolescentes enriqueciam muito o conteúdo do curso. Além disso, havia um olhar diferenciado para o adolescente. O que me chamou atenção no decorrer do curso, estava no fato de se trabalhar a sexualidade concomitante com afetividade.

Este artigo trabalhará a educação sexual vista sob dois prismas: O primeiro é a maneira como este assunto tem sido abordado dentro da educação escolar tradicional. O segundo mostra uma proposta inovadora, onde o tema sexualidade e afetividade fará parte da grade curricular. É feito o relato de uma experiência vivida em uma escola quando da implantação e implementação de um Programa de Educação Afetivo-Sexual (PEAS), que aponta para um novo olhar para o adolescente, para um jovem que cada vez mais, precisa ser ouvido e entendido.

Educação sexual tradicional

Até pouco tempo atrás, os códigos de comportamento sexual estavam inequivocadamente inscritos no código moral do grupo social. Transmitidos ao indivíduo por meio da família, da religião e da convivência na comunidade de origem, tais códigos eram vividos como verdades naturais inquestionáveis. Era indiscutível que os jovens devessem ser preparados para a união heterossexual, monogâmica, protegida pelo matrimônio, única instituição capaz de legitimar a atividade sexual (BALEEIRO, 1999).

Segundo BALEEIRO (1999), no contexto das disciplinas clássicas e da organização curricular tradicional, concedia-se pouco espaço para a educação afetiva e social. A interpretação e a vivência de temas como auto-estima e identidade, amor e sexualidade, justiça e igualdade de oportunidades, cooperação e solidariedade, motivação sócio-afetiva para a ação e capacidade de trabalho em equipe raramente eram considerados conteúdos a serem sistematicamente trabalhados pela educação escolar. Embora fossem reconhecidos como importantes para a formação integral do aluno, tais temas eram deixados como uma responsabilidade difusa dos educadores, ora eram abordados esporadicamente por meio de eventos ou discussões pontuais.

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A educação sexual ainda tem sido tratada como assunto secundário dentro da educação escolar. Ainda não faz parte da grade curricular obrigatória das escolas. Sendo assim, não é trabalhada de maneira contextualizada. (FIGUEIRÓ, 2006).

Ainda segundo FIGUEIRÓ (2006), o ensino escolar brasileiro tem manifestado resistência significativa em considerar e acolher a educação sexual como parte da educação global do indivíduo. Dentro do histórico da sexualidade, sua compreensão nos mostra que ela foi controlada, ao longo dos séculos, pela Igreja, pela medicina, pelo Estado, pela escola e, também, pela família. O que é mais agravante ainda é que o próprio indivíduo tem internalizado o sentimento de que este controle exercido faz-se necessário, e vem exercendo sobre si próprio a auto-repressão, sem ter consciência disso.

A educação sexual tradicional não tinha como objetivo problematizar questões relacionadas à sexualidade, não enfocando dimensões sociológicas, psicológicas nem de âmbito coletivo. Centrada num caráter meramente informativo, não abordava o corpo como centro da sexualidade, o que não propiciava aos alunos conhecimento e respeito ao próprio corpo. Não havia discussão sobre gênero, o que não propiciava o questionamento de papéis estabelecidos a homens e mulheres na sociedade, como também a valorização de cada um e a flexibilização desses papéis (BRASIL, 2000).

Novas propostas de educação afetivo-sexual

A partir de meados dos anos 80, a demanda por trabalhos na área da sexualidade nas escolas aumentou devido à preocupação dos educadores com o grande crescimento da gravidez indesejada entre as adolescentes e com o risco de contaminação pelo HIV (vírus da AIDS) entre os jovens. A princípio acreditava-se que as famílias apresentavam resistência à abordagem dessas questões no âmbito escolar, mas atualmente sabe-se que os pais reivindicavam a orientação sexual nas escolas, pois reconhecem não só a sua importância para as crianças e jovens, como também a dificuldade de falar abertamente sobre esse assunto em casa. (BALEEIRO, 1999).

Ainda segundo BALLEIRO (1999), começa então a surgir no Brasil uma nova representação social da educação. Cresce a consciência de que todas as escolas, com suas propostas pedagógicas particulares, participam do projeto ético e político-social de nação expresso na Constituição Federal. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, as Diretrizes Curriculares Nacionais e os Parâmetros Curriculares Nacionais dão forma ao reconhecimento coletivo de que a conquista da cidadania plena depende da educação básica. Estamos sendo convidados a profunda renovação em nossa maneira de conceber e realizar a educação, o que não se pode fazer sem reflexão cuidadosa sobre os fundamentos e referenciais da nossa prática. Precisamos saber que tipo de pessoa pretendemos formar e que tipo de sociedade desejamos construir. Além disso, não podemos ter a expectativa de atingir nossas metas sem a utilização de metodologia adequada. A educação não é feita apenas com intenções, mas com uma prática coerente com essas intenções, com o uso produtivo e criativo do tempo e do espaço escolar. É indispensável acompanhar, avaliar e reajustar continuamente nossa ação ao contexto. E esta nova concepção de educação reflete de maneira sistêmica sobre a educação sexual. É importante fazer a transformação pedagógica também no contexto da educação sexual dentro do currículo escolar. A sexualidade humana exige, por sua

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complexidade, o olhar de diferentes disciplinas, o que pode favorecer a transformação dos currículos na direção da interdisciplinaridade e da transversalidade. Por outro lado, faz parte de nosso projeto de nação o desenvolvimento de modos de convivência democrática, fundados no diálogo, na interação e na tolerância, o que só é possível por meio do trabalho em colaboração e parceria, que inclua a compreensão dos papéis dos diferentes atores do processo, com especial destaque para o protagonista e alvo principal da nossa ação educativa: o adolescente.

Assim, objetivando uma transformação do ensino que atenda às demandas da sociedade brasileira atual, surge uma proposta de alteração do currículo. Torna-se necessário e até mesmo obrigação do Estado, a elaboração de parâmetros claros, no campo curricular, capazes de orientar o ensino fundamental e médio, de forma a adequá-los aos ideais democráticos e à busca da melhoria da qualidade do ensino nas escolas brasileira. (BALEEIRO, 1999).

PCN - Parâmetros Curriculares Nacionais

A proposta de se fazer uma reformulação no currículo, que expressa o empenho em criar novos laços entre ensino e sociedade, foi concretizada com a Lei Federal nº 9.394, de 20/12/96, Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), que determina como competência da União estabelecer, em colaboração com estados, distrito federal e municípios, diretrizes que nortearão os currículos e seus conteúdos mínimos, de modo a assegurar uma formação básica comum. Estas diretrizes estão descritas num conjunto de documentos chamados: Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs). Os PCN são, portanto, referências de qualidade para o Ensino Fundamental e Médio do país, cujo objetivo é propiciar subsídios à elaboração e reelaboração do currículo, tendo em vista um projeto pedagógico em função da cidadania do aluno e uma escola em que se aprende mais e melhor.Eles foram elaborados pelo Ministério da Educação e do Desporto (MEC) e editados em formato de livros a partir de 1997. Integrando os novos PCNs, o ensino da sexualidade foi incluído no currículo como um dos temas transversais (FIGUEIRÓ, 2006).

O que são temas transversais

Segundo FIGUEIRÓ (1999), temas transversais dizem respeito a conteúdos de caráter social importantes de serem incluídos no currículo, de forma “transversal”, ou seja, não como uma área específica de conteúdo, mas ministradas no interior das várias áreas de conhecimento, perpassando cada uma delas. Assim, de acordo com essa proposta, a orientação sexual, assim como os outros temas, é possível de ser ensinada por todos os professores das várias áreas de conhecimento.

O conjunto de temas proposto – Ética, Meio-Ambiente, Pluralidade Cultural, Saúde,

Orientação Sexual, Trabalho e Consumo – recebeu o título geral de Temas Transversais, indicando a metodologia proposta para sua inclusão no currículo e seu tratamento didático (NUNES E SILVA, 2000).

Ainda segundo NUNES E SILVA (2000), a relevância dos vários temas transversais propostos é indiscutível, ficando devidamente elucidado no seu parecer: “Todos esses chamados temas transversais, preocupam-se legitimamente com questões

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da cidadania como a dignidade da pessoa humana, a igualdade de direitos, a participação ativa na sociedade e por conseguinte a co-responsabilidade pela vida social. Talvez a grande contribuição da execução pedagógica desses temas é que devem ser os principais articuladores da vida, do pensamento e do trabalho com os interesses da maioria da população, o que deriva de uma maior consciência política do papel social da escola na sociedade”.

Muitas questões sociais poderiam ser eleitas como temas transversais para o trabalho escolar, uma vez que o que os norteia, a construção da cidadania e a democracia, são questões que envolvem múltiplos aspectos e diferentes dimensões da vida social. Foram então estabelecidos os seguintes critérios para defini-los e escolhê-los:

1. Urgência social – Esse critério indica a preocupação de eleger como Temas Transversais questões graves, que se apresentam como obstáculos para a concretização da plenitude da cidadania, afrontando a dignidade das pessoas e deteriorando sua qualidade de vida.

2. Abrangência nacional – Por ser um parâmetro nacional, a eleição dos temas buscou contemplar questões que, em maior ou menor medida e mesmo de formas diversas, fossem pertinentes à todo o pais. Isso não exclui a possibilidade e a necessidade de que as redes estaduais e municipais, e mesmo as escolas, acrescentem outros temas relevantes à sua realidade.

3. Possibilidade de ensino e aprendizagem no ensino fundamental – Esse critério norteou a escolha de temas ao alcance da aprendizagem nessa etapa da escolaridade. A experiência pedagógica brasileira, ainda que de modo não uniforme, indica essa possibilidade, em especial no que se refere à Educação para a Saúde, Educação Ambiental e Orientação Sexual, já desenvolvidas em muitas escolas.

4. Favorecer a compreensão da realidade e a participação social – A finalidade última dos Temas Transversais se expressa neste critério: que os alunos possam desenvolver a capacidade de posicionar-se diante das questões que interferem na vida coletiva, superar a indiferença e intervir de forma responsável. Assim os temas eleitos, em seu conjunto, devem possibilitar uma visão ampla e consistente da realidade brasileira e sua inserção no mundo, além de desenvolver um trabalho educativo que possibilite uma participação social dos alunos.

Por serem questões sociais, os temas transversais têm natureza diferente das áreas convencionais. Tratam de processos que estão sendo intensamente vividos pela sociedade, pelas comunidades, pelas famílias, pelos alunos e educadores em seu cotidiano. São debatidos em diferentes espaços sociais, em busca de soluções e de alternativas, confrontando posicionamentos diversos tanto em relação à intervenção no âmbito social mais amplo quanto à atuação pessoal. (BRASIL 2000).

A orientação sexual como tema transversal

O texto que trata da orientação sexual nos PCNs (temas transversais) é de boa qualidade, objetivo e útil como forma de introdução ao estudo da sexualidade. Traz fundamentações teóricas básicas e orientações didáticas pertinentes. Considera a sexualidade como uma expressão cultural e a aborda em suas dimensões: biológica, psíquica e sociocultural. Salienta a vinculação da orientação sexual com a cidadania, a ética e os direitos (FIGUEIRÓ, 2006).

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A discussão sobre a inclusão da temática da sexualidade no currículo das escolas tem se intensificado a partir da década de 70, por ser considerada importante na formação global do indivíduo. Com diferentes enfoques e ênfases há registros de discussões e de trabalhos em escolas desde a década de 20. A retomada contemporânea dessa questão deu-se juntamente com os movimentos sociais que se propunham, com a abertura política, a repensar sobre o papel da escola e dos conteúdos por ela trabalhados. Mesmo assim não foram muitas as iniciativas tanto na rede pública como na rede privada de ensino.

A escola, querendo ou não, depara com situações nas quais sempre intervém. Seja no cotidiano da sala de aula, quando proíbe ou permite certas manifestações e não outras, seja quando opta por informar os pais sobre manifestações de seu filho, a escola está sempre transmitindo certos valores, mais ou menos rígidos, a depender dos profissionais envolvidos naquele momento.

Se a escola que se deseja deve ter uma visão integrada das experiências vividas pelos alunos, buscando desenvolver o prazer pelo conhecimento, é necessário que ela reconheça que desempenha um papel importante na educação para uma sexualidade ligada à vida, à saúde, ao prazer e ao bem-estar, que integra as diversas dimensões do ser humano envolvidas nesse aspecto.

O trabalho sistemático e sistematizado de Orientação Sexual dentro da escola articula-se, portanto, com a promoção da saúde das crianças e dos adolescentes. A existência desse trabalho possibilita também a realização de ações preventivas às doenças sexualmente transmissíveis/AIDS de forma mais eficaz. O trabalho de Orientação Sexual também pode contribuir para a prevenção de problemas graves como o abuso sexual e a gravidez indesejada. As informações corretas aliadas ao trabalho de autoconhecimento e de reflexão sobre a própria sexualidade ampliam a consciência sobre os cuidados necessários para a prevenção desses problemas (BRASIL, 2000).

Educação afetivo-sexual na rede de ensino

A implantação de um programa de educação para a sexualidade numa rede de ensino deve iniciar-se pela sensibilização de todos os integrantes da comunidade escolar: diretores, coordenadores pedagógicos, professores, pais, funcionários e equipe administrativa. A experiência mostra que, quanto maior o número de pessoas sensibilizadas, maior será a possibilidade de sucesso e de consolidação do programa. Na etapa de sensibilização, busca-se explicitar a vontade política de produzir mudanças na realidade, fornecer dados e informações atualizadas sobre diretrizes e práticas educacionais, conscientizar as pessoas dos objetivos e do alcance da educação sexual e desenvolver posturas favoráveis à consecução desses objetivos.

Embora a sensibilização possa ser compreendida como a primeira etapa do trabalho, é importante destacar que, na prática, sempre será necessário desenvolver atividades de sensibilização, tanto para integrar novos participantes no processo quanto para realimentar os que já estão envolvidos.

O processo de inserção do tema sexualidade na educação escolar exige uma reflexão abrangente em torno dos valores e das concepções de educação, sexualidade e adolescência.

Em primeiro lugar, é necessário situar a educação em sexualidade como parte da educação formal, cujo objetivo é propiciar ao ser humano melhor qualidade de vida e, conseqüentemente, o desenvolvimento da humanidade. As crianças e adolescentes devem ser instrumentados para enfrentar situações conjunturais de risco, tais como a

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gravidez não-planejada, as DSTs/AIDS, o abuso sexual e a violência sexual. Mais do que isso, todos os participantes do processo educacional formal devem estar conscientes de que a educação para a sexualidade transcende esses fatores circunstanciais e tem como propósito maior a formação integral do ser humano.

A sexualidade faz parte da vida de todas as pessoas e das pautas de conduta culturalmente aprendidas. Não é possível, pois, conviver e educar para a transformação crítica e criativa da realidade sem uma reflexão sobre o tema. O ponto de partida é o olhar de cada um para si mesmo, para seus próprios valores, atitudes e sentimentos. Sem essa revisão reflexiva e crítica, não é possível lidar com as contradições e conflitos que se manifestam nas relações interpessoais e sociais.

Estar sensível ao trabalho com sexualidade na escola, contar com educadores com disponibilidade pessoal e profissional e reconhecer a importância do tema na formação geral do ser humano são conquistas importantes, mas não suficientes. É preciso também criar condições estruturais para o desenvolvimento sistemático do trabalho.

A implantação de um trabalho sistemático com sexualidade exige decisões em relação ao perfil ou modelo de programa adequado à realidade da escola. Além de levar em conta o projeto pedagógico e as necessidades da comunidade escolar, é necessário analisar o grau de motivação e capacitação dos professores, a disponibilidade de tempo e espaço físico para a realização das atividades e as formas de integrar as exigências do currículo formal com as peculiaridades dos temas da vida cidadã.

Qualquer que seja a forma de inserção da educação para a sexualidade na escola, alguns pontos devem ser observados:

1. A sexualidade deve ser reconhecida como um aspecto básico na formação integral do aluno e receber atenção sistemática, o que implica planejamento, acompanhamento e avaliação dos processos;

2. Os educadores envolvidos na implantação e desenvolvimento das ações devem ser sensibilizados e preparados conceitual e metodologicamente para o trabalho; 3. A sexualidade não deve ser tratada de forma isolada, mas, integrada aos outros

temas da vida cidadã (temas transversais) e às diferentes áreas do conhecimento (disciplinas) (BALEEIRO, 1999).

Programa de Educação Afetivo-Sexual (PEAS)

O Programa de Educação Afetivo-Sexual: Um Novo Olhar (PEAS), foi implantado

pela Fundação Belgo-Mineira no ano de 2000, e adota a filosofia de que a educação sexual é um direito de todos os jovens e deve ser parte da educação integral, preparando-os para a vida. Por meio do PEAS, oferece-se aos meninos e às meninas a oportunidade de manifestarem seu potencial e suas habilidades.

O programa é desenvolvido inicialmente junto aos professores e coordenadores das escolas envolvidas, num curso com duração de 80 horas, ministrado pela equipe técnica juntamente com os profissionais da saúde, sendo em seguida transferido aos alunos. Suas atividades são desenvolvidas pelos jovens, que se tornam protagonistas das ações, uma vez que participam ativamente de todo o processo, implementado por meio de diferentes tipos de trabalhos. Dessa forma, o PEAS procura estimular a autonomia e a responsabilidade dos adolescentes pela própria saúde. Com isso, espera-se promover maior equilíbrio nas relações entre mulheres e homens e reduzir a vulnerabilidade dos jovens, principalmente das meninas, à infecção pela AIDS e outras doenças sexualmente transmissíveis, diminuir os índices de gravidez não-planejada, de violência e do uso de drogas.

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Antes de iniciar a implantação do PEAS, é necessário conhecer o ambiente, a cultura das comunidades e o nível de entendimento dos adolescentes sobre a sexualidade.

É importante considerar que cada escola tem a sua forma própria de desenvolver o PEAS. Pode-se dizer que as que implantaram o programa a partir do ano 2000 tiveram dois anos de aprendizado e ajustes, definindo e acertando os passos. A partir do final do segundo ano de implantação, o programa começa a ser internalizado, tornando-se parte da escola, com grande adesão dos jovens, que passam a cobrar o desenvolvimento de atividades ligadas ao PEAS. No entanto, na maioria das escolas, os resultados já começam a ser vistos logo no primeiro ano de implementação. O programa promove a melhoria no relacionamento entre os próprios alunos e professores, interferindo, inclusive, no rendimento e na motivação do estudante na escola.

HISTÓRICO DO PEAS NA ESCOLA

A escola na qual o PEAS foi implantado/implementado e cujo trabalho será descrito nesta seção, pertence à rede municipal de Contagem, estando localizada na periferia do município. Apresenta um corpo discente composto por 1335 alunos, organizados em 3 turnos a saber: 600 alunos turno da manhã – 615 alunos turno da tarde – 120 alunos turno da noite. O corpo docente é composto por 72 profissionais.

Trata-se da única escola localizada no bairro atendendo por isso uma grande comunidade. Esta comunidade é constituída na sua maioria por pessoas vindas do interior de Minas, sendo que as famílias em geral são numerosas. Existem alunos que moram com suas famílias em chácaras bem afastadas da escola. O deslocamento destes alunos até a escola é feito normalmente a pé, sendo que estes percorrem grandes distâncias, normalmente por estradas de terra. A condição socioeconômica da comunidade é baixa. A comunidade tem muita identificação com a escola, participando ativamente de todas as atividades promovidas para integração família-escola.

Devido a esta participação ativa da comunidade, a implantação do Programa de Educação Afetivo-Sexual (PEAS) foi muito bem aceito pelas famílias, que têm na escola, um referencial de ensino de qualidade. É de fundamental importância a aceitação da família quanto à implantação deste programa, uma vez que, os temas a serem abordados irão desencadear mudanças de paradigmas nos adolescentes. E é de suma importância que a família tenha consciência da necessidade de ter para com este adolescente, um diálogo aberto e constante.

A implantação do PEAS na escola aconteceu nos anos de 2003 e 2004, quando ocorreram os cursos de capacitação de pessoal, com duração de 80 horas, ministrado pela equipe técnica do PEAS, para docentes da escola, conforme descrito abaixo:

1. Ano 2003:

Em junho aconteceu a capacitação da supervisora do 3º ciclo, uma vez que o programa seria implantado inicialmente para atender aos alunos deste ciclo. No mês de agosto a diretora da escola foi convocada para a reunião de gestores do programa. Aconteceu no mês de setembro o curso para capacitação de 2 professores juntamente com a vice- diretora.

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No mês de abril foi oferecido o curso de capacitação para outros 2 professores. Em maio aconteceu a visita de representantes dos gestores (saúde/educação) para fazerem a apresentação a todos os profissionais da escola. Foi realizado em setembro mais um curso de capacitação para 1 professor. No mês de outubro foi realizada uma reunião de sensibilização e apresentação do programa à comunidade escolar.

A implementação do PEAS aconteceu no ano de 2005, seguindo um cronograma bem elaborado pelos docentes que haviam participado do curso de capacitação. Ficou definido que inicialmente o programa atenderia as turmas do 3º ano do 3º ciclo (alunos cuja faixa etária está entre os 14 e 15 anos), sendo destinado um horário semanal para cada turma. Foi elaborada uma carta informativa aos pais, dando ciência do início do programa. O programa foi apresentado às turmas que estariam envolvidas, sendo elaborado com cada turma um contrato de convivência. O cumprimento dos itens constantes do contrato, que foram propostos pelos próprios alunos, garante a efetiva participação destes alunos nos encontros. Também foi de fundamental importância se fazer um levantamento de temas que a turma gostaria de abordar. Os temas levantados pela turma estavam em consonância com aqueles que estavam descritos no programa. Foi feito então o cronograma para o desenvolvimento efetivo do PEAS nas turmas:

1. Educação sexual na escola: Por quê? Para quem? Objetivos do tema: Definir educação sexual e refletir por que, para que e para quem realizar a educação sexual. Técnica utilizada: Debate em subgrupos e depois realização de plenária.

2. Revisando atitudes e valores. Objetivos do tema: Revisar atitudes e valores em relação à sexualidade, à adolescência, à anticoncepção e outros aspectos da vida das pessoas. Refletir como são formadas as opiniões e atitudes, e como podem influenciar no trabalho com adolescentes.

Técnica utilizada: Concordo e Discordo – Colar na parede, em lados opostos, os cartazes com as palavras “Concordo” e “Discordo”. A medida que for sendo lida uma afirmação, deve-se escolher uma das palavras, posicionando-se ao lado dela. Não discutir as opiniões durante a técnica.

3. Corpo, Gênero e Sexualidade. Objetivos do tema: Ampliar o conceito de sexualidade. Refletir sobre a construção do conceito de sexualidade e o papel do corpo nessa construção.

Técnica utilizada: Mensagens no corpo. Dividir o grupo em 4 subgrupos: homem na infância, mulher na infância, homem na adolescência e mulher na adolescência.

Cada grupo escolherá uma pessoa que representará o personagem do grupo.

Solicitar às pessoas para pensarem em uma mensagem que as diferentes instituições e/ou pessoas (pais, professores, amigos, igreja) ensinam em relação à sexualidade, e escrever a mensagem em uma ficha. Colar esses papéis na parte do corpo da pessoa que está representando o/a menino/a na infância e na adolescência, relacionando o personagem com o que a mensagem pretende ensinar ou passar. Discutir com o grupo sobre as mensagens.

4. Conceito de gênero. Objetivos do tema: Refletir sobre a construção dos papéis de gênero, as relações de gênero e a influência na saúde sexual e reprodutiva. Identificar ações para mudança.

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Técnica utilizada: Trabalho em grupo. Dividir o grupo em 4 subgrupos que deverão trabalhar de acordo com os seguintes temas: Grupo 1 – Quais as diferenças entre homens e mulheres em relação à sexualidade?

Grupo 2 – Quais as diferenças entre homens e mulheres em relação à reprodução? Grupo 3 – Quais as diferenças entre homens e mulheres em relação à divisão sexual do trabalho?

Grupo 4 – Quais as diferenças entre homens e mulheres em relação ao âmbito público, e à cidadania?

5. Vivências na adolescência. Objetivos do tema: Refletir sobre a vivência dos adolescentes: início de experiências sexuais, gravidez, aborto, contato com as DST/HIV-AIDS, etc. Identificar e refletir sobre a rede de relações dos adolescentes. Comunicação entre adolescentes e adultos.

Técnica utilizada: Apresentação do vídeo “Uma vezinha só” e trabalhar em grupo sobre o filme.

6. Vulnerabilidade e Empoderamento. Objetivos do tema: Atualizar informações sobre os dados epidemiológicos das DST/HIV-AIDS. Apresentar o conceito de vulnerabilidade. Refletir sobre como os/as adolescentes tomam as decisões. Identificar e refletir sobre estratégias para o empoderamento das/os adolescentes.

Técnica utilizada: chuva de idéias. Perguntar ao grupo como os adolescentes tomam as decisões. Exemplo: ir à uma festa, namorar, transar, usar droga, usar camisinha, etc. 7. Situações de Vulnerabilidade (Aids e DSTs). Solicitar ao grupo que identifique as situações de vulnerabilidade dos/as adolescentes e pensar em estratégias de mudança. 8. Anticoncepção na adolescência (Mitos e crenças). Objetivos do tema: Identificar as razões para o uso e não uso de métodos anticoncepcionais pelas/os adolescentes. Apresentar as razões (dados) que justifiquem o uso de anticoncepção pelas/os adolescentes. Identificar mitos e crenças em relação à anticoncepção.

Técnica: mito ou verdade. Escrever em folhas de papel kraft as seguintes palavras: camisinha – DIU – vasectomia/ligadura – pílula (sendo uma palavra em cada folha). Colocar as folhas em espaços diferentes da sala, e pedir aos alunos que escrevam na folha, tudo aquilo que já ouviram sobre os diferentes métodos contraceptivos, cujos nomes estão nas folhas. Depois fazer uma plenária para discussão de cada uma das frases escritas.

9. Comunicação: verbal/não verbal – linguagem – apoio visual. Objetivos do tema: Identificar como as pessoas se comunicam. Refletir sobre a importância da linguagem no processo de comunicação. Conscientizar sobre a importância do apoio visual na comunicação. Definir comunicação interpessoal e refletir sobre a sua importância no processo educativo.

Técnica utilizada: Praticar algumas técnicas de comunicação não-verbal e verbal. Para a comunicação não-verbal: mostrar algumas imagens e sem dar nenhuma pista, pedir para cada um dizer o que está vendo naquela imagem. Para a comunicação verbal utilizara técnica conhecida como “telefone sem fio”.

10. Métodos contraceptivos. Objetivos do tema: Apresentar aos adolescentes os diversos métodos contraceptivos. Manuseio dos diversos métodos.

A apresentação foi feita por profissionais da saúde que atendem no posto médico da região onde está localizada a escola. Este trabalho deve-se a uma parceria entre as secretarias de educação e saúde.

11. Prevenção e uso indevido de drogas. Objetivos do tema: Revisar alguns conceitos básicos para a prevenção ao uso indevido de drogas. Refletir sobre os motivos para o uso de drogas, os fatores de risco e situações de vulnerabilidade. Identificar os

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fatores de risco para o uso indevido de drogas. Refletir sobre o papel do PEAS e a postura da/o educardor/a na prevenção ao uso indevido de drogas.

Técnica: chuva de idéias sobre a pergunta: O que é droga? Quais os tipos de drogas que vocês conhecem?

12. Valorização e Projetos de vida. Objetivos do tema: Refletir sobre o que vem a ser um Projeto de vida. Refletir sobre a importância em se ter um Projeto de vida. 13. Direitos e compromissos pessoal/social. Objetivos do tema: Discutir os direitos e os compromissos pessoais e sociais dos adolescentes frente Direitos Humanos Universais e ao ECA.

Técnica utilizada: Trabalho em grupo e posteriormente a plenária para discussão.

14. Protagonismo juvenil. Objetivos do tema: Apresentar e discutir os conceitos de participação e Protagonismo Juvenil. Refletir sobre as possibilidades e limites da participação dos adolescentes no PEAS. Discutir como o adolescente participante do PEAS pode se tornar um multiplicador de posturas.

Avaliação do Programa na escola

Ao final do ano letivo, a equipe que havia feito a implantação/implementação do PEAS na escola, avaliou juntamente com todo o corpo docente, quais os pontos positivos e negativos quanto ao programa desenvolvido no decorrer do ano. Constatamos então surgiram obstáculos dos mais variados, afinal de contas tratava-se de algo até então desconhecido para a escola. Alguns professores não deram crédito ao programa, achando que o tema sexualidade deveria ser abordado tão somente nas aulas de ciências, como acontecia até então. Outros professores disseram não se sentirem confortáveis para abordar um assunto tão polêmico. Havia também aqueles professores que não estavam satisfeitos por diminuir a carga horária de determinados conteúdos, em detrimento ao conteúdo sexualidade e afetividade (PEAS). Em contrapartida a maioria dos professores mostraram-se satisfeitos pelo desenvolvimento do programa, interessando-se inclusive em fazerem o curso de capacitação, para que pudéssemos estender o programa a um número maior de turmas no ano seguinte. Ficou claro o posicionamento dos professores: era o medo do desconhecido que teria que ser vencido com muita perseverança, e principalmente, no acreditar por parte dos efetivadores do programa. Com o decorrer do tempo, as incertezas foram dando lugar aos resultados, as dúvidas foram sendo dizimadas e conseguimos avançar efetivamente na consolidação do programa dentro da grade curricular da escola.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

O Programa de Educação Afetivo-Sexual (PEAS) parece ter oferecido à escola uma experiência ímpar no relacionamento com o jovem. O programa desenvolvido na escola, proporcionou uma mudança significativa na prática pedagógica de todos os profissionais, redimensionando a relação existente entre profissionais e alunos, trazendo com isso, uma maior proximidade entre escola-aluno. Através do programa de capacitação, percebemos que os conflitos vividos pelos adolescentes, se fundamentam de maneira essencial na questão da sexualidade e afetividade.

Os alunos adolescentes vivem constantes conflitos, questionamentos, dúvidas, enfim, perguntas que raríssimas vezes encontram respostas satisfatórias em casa, junto

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aos pais. Principalmente porque, na maioria dos casos, os próprios jovens não conseguem identificar de que natureza são as dúvidas e consequentemente não sabem onde procurar as respostas. Através dos trabalhos desenvolvidos pelo PEAS na nossa escola, os alunos têm se conhecido e se compreendido melhor. Acontece inegavelmente um amadurecimento no comportamento e na maneira de pensar a vida. O programa tem se caracterizado por permitir aos nossos alunos valorizarem seu intelecto e seu corpo, tratando com sensibilidade e respeito o ponto mais delicado: A AUTO-ESTIMA.

Nossos alunos têm demonstrado através de atitudes do cotidiano, estar mais afetuosos e bem mais responsáveis. Através de seus posicionamentos diários, mostram-se mais conscientes da sua condição enquanto mostram-seres humanos, independente da idade, capazes de assumirem seus papéis em busca da construção de uma sociedade mais participativa e solidária.

Tem sido extremamente gratificante perceber que a capacidade dos alunos de relacionarem entre si tem melhorado muito. Eles se tornaram mais receptivos em relação aos colegas e professores, respeitando as diferenças e perdendo o receio de serem mais afetuosos.

No decorrer do programa, nossos alunos têm percebido que a sexualidade está intimamente relacionada com a afetividade, e que abordar o assunto sexualidade é muito mais que discutir apenas diferenças sexuais entre homens e mulheres.

O PEAS tem nos ajudado muito no que diz respeito ao nosso relacionamento com os adolescentes. Quanto mais nos aproximarmos dos alunos, vendo-os muito mais que somente alunos, e, principalmente sabendo ouvi-los, certamente estaremos criando um vínculo de confiança para com estes alunos, conseguindo efetivamente ajudá-los. Seria muito bom que um maior número de docentes estivessem engajados neste projeto. Com toda certeza o resultado seria bem melhor, e o mais importante: os adolescentes seriam vistos e tratados de uma maneira diferente.

Uma frase dita por um professor PEAS, quando estava sendo implementado este programa na escola, ficou gravada na minha mente: “Abraçamos este programa, não para sermos diferentes aos olhos dos adolescentes, mas para fazermos a diferença na vida dos adolescentes”.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1 – AFONSO, Lúcia. A polêmica sobre a adolescência e sexualidade. Belo Horizonte, MG: Edições do Campo Social, 2001.

2 – BALEEIRO, Maria Clarice; Siqueira, Maria José; Cavalcanti, Ricardo Cunha & Sousa, Vilma de. Sexualidade do adolescente: fundamentos para uma ação educativa. Belo Horizonte, MG: Fundação Odebrecht, 1999.

3 – BRASIL – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO FUNDAMENTAL. Parâmetros

Curriculares Nacionais: Pluralidade cultural e Orientação sexual, vol-10. 2ª ed. Rio de

Janeiro, RJ: DP&A, 2000.

4 – BRASIL – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO FUNDAMENTAL. Parâmetros

Curriculares Nacionais: Terceiro e quarto ciclos – Apresentação dos temas

transversais. Brasília, DF: MEC/SEF, 1998.

5 – FIGUEIRÓ, Mary Neide Damico. Formadores de educadores sexuais: adiar não é mais possível. Campinas, SP: Mercado de Letras, 2006.

6 – FIGUEIRÓ, Mary Neide Damico. Educação sexual no dia-a-dia: 1ª Coletânia. Londrina, PR: Ediel, 1999.

7 – FIGUEIRÓ, Mary Neide Damico. Educação sexual no Brasil: Estado da arte de 1980 a 1993. Dissertação de mestrado em Psicologia Escolar. São Paulo, SP: USP, 1995.

8 – NUNES, César e SILVA, Edna. “Sexualidade e educação: elementos teóricos e

marcos historiográficos da educação sexual no Brasil”. Campinas, SP: Autores

Associados, 2000.

9 – PAIVA, Vera. Fazendo arte com camisinha: sexualidades jovens em tempo de Aids. São Paulo, SP: Summus, 2000.

10 – WEBERE, Maria José Garcia. Sexualidade, política e educação. Campinas, SP: Autores Associados, 1998.

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