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Darcy Ribeiro: antropólogo, educador e político

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Karina Lima

Darcy Ribeiro: antropólogo,

educador e político

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Bacharel em Sociologia e Política formada pela Escola de Sociologia e Política de São Paulo. Contato: karina_lima@hotmail.com.br

Darcy Ribeiro, não foi somente um antropólogo brasileiro, mineiro, natural de Montes Claros, quis ser médico, mas instigado a entender as coisas do mundo, virou antropólogo. Nasceu em 26 de outubro de 1922, e morreu no dia 17 de fevereiro de 1997, nestes 74 anos, viveu intensamente sua busca em entender o Brasil e os brasileiros.

Antropólogo de formação e profissão foi também militante assumido, trazendo por vezes dificuldades para saber onde começa um ou termina o outro. Sendo assim, no mundo do antropólogo um militante e no universo da militância um antropólogo.

Sua carreira acadêmica teve início em São Paulo, quando se formou em antropologia, em 1946, com 24 anos, na Escola de Sociologia e Política de São Paulo, na época ainda denominada de Escola Livre de Sociologia e Política, e mudou-se para o Rio de Janeiro onde passou a trabalhar como naturalista do Serviço de Proteção ao Índio – SPI, se dedicando a estudos indígenas, de 1947 a 1956.

Nos anos seguintes, volta sua atenção à educação primária e de ensino superior, encabeçando diversos projetos, entre eles a Universidade de Brasília (UNB), na qual se tornou

o primeiro reitor. Em seguida, entra na esfera política, tornando-se Ministro da Educação, deixando o cargo para ser Ministro da Casa Civil, ambos no governo de João Goulart, o que lhe rendeu seu primeiro exílio no Uruguai, com o golpe militar de 1964.

Neste período além de começar escrever seus primeiros romances Maíra e O Mulato,

termina sua primeira versão de O Povo Brasileiro: A formação e o sentido do Brasil. Em busca de revisar

sua obra, escreve os cinco primeiros volumes de seus Estudos de Antropologia da Civilização1, de

acordo com o autor: “A necessidade de uma teoria do Brasil, que nos situasse na história humana, me levou à ousadia de propor toda uma teoria da história” (RIBEIRO, 2010, p. 13).

Em 1976 volta ao Brasil, dedicando-se a educação e a política nas quais tem diversas participações com seu trabalho, dentro e fora do país, sendo eleito em 1982, vice-governador do Rio de Janeiro.

Em 1991, elege-se Senador da República pelo estado do Rio de Janeiro, no qual elabora a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, (contudo esta só foi sancionada em 1996, pelo então presidente da República Fernando Henrique Cardoso). Com grande interesse pela

1 A primeira versão deste artigo foi apresentada no III Seminário de Iniciação Científica da Fundação Escola de Sociologia e

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educação participou de diversos projetos, entre eles, a criação da Universidade Estadual do Norte Fluminense (UENF), concomitante a várias publicações de seus livros, como Utopia Selvagem; Migo; Aos Trancos e Barrancos; entre outros. Sendo

que em 1993, é eleito membro da Academia Brasileira de Letras.

Em 1995, já acometido por um câncer, termina a terceira e última versão de O Povo Brasileiro2, que segundo o autor “(...) além de um

texto antropológico explicativo, é, e quer ser, um gesto meu para uma nova luta por um Brasil decente”. (RIBEIRO, 2010, p. 16)

Sua última grande obra foi a Fundação Darcy Ribeiro, instituída em 1996, que tem por objetivo manter sua produção e elaborar projetos nas áreas educacional e cultural. Em 17 de fevereiro de 1997, Darcy Ribeiro morre, deixando seu legado, tanto na área educacional, como na perspectiva de pensar o Brasil.

Este artigo de caráter ensaístico tem por finalidade discutir um pouco mais sobre esse autor de importância impar para analisar o Brasil, bem como seu povo, que trabalhou em diferentes áreas, discutindo diversos assuntos. Antropólogo, educador, romancista, político, entre outros, Darcy Ribeiro foi um autor de seu tempo, fazendo com que sua obra tenha grande relevância para o Brasil.

Antropologia

Quando se formou em antropologia, Darcy tinha vários caminhos a seguir3, contudo

escolheu trabalhar na Secretaria de Proteção ao Índio (SPI) com o Marechal Rondon, sendo que ele foi o primeiro no Brasil a ser contratado como etnólogo, passou dez anos de sua vida, que segundo o mesmo, foram os melhores desta, estudando e trabalhando com os índios, o que lhe

rendeu não apenas prestígio internacional, como também uma vasta bibliografia.

(...). Não procurei fazer uma tesezinha, uma pesquisinha, e sim dedicar minha vida ao estudo das populações indígenas, na seção de Estudos que o Rondon havia criado na SPI. Então foi aí que comecei fazer pesquisas, passando meses e meses com os índios e o meu interesse era puramente científico. Ir lá, numa expedição, apreender dos índios o que eles podiam me ensinar e me dar, para fazer minhas teses doutorais e universitárias. Cheguei a ter um nome internacional publicando artigos sobre mitologia, sobre parentesco, sobre arte indígena, coisas que eram muito apreciadas lá fora e interessavam à ciência internacional. (Darcy Ribeiro entrevistado por Edilson Martins, 1979)

Segundo Darcy Ribeiro, quando este foi para tribo é que ele aprendeu a ser etnólogo, aprendeu a observá-los, e à medida que os estudava ia se refazendo também:

(...). E comecei a perceber que os problemas da aculturação, da integração eram muito mais importantes do que o parentesco, do que a arte, do que a mitologia. Então comecei a alterar a minha antropologia. (Darcy Ribeiro entrevistado por Edilson Martins, 1979)

Ainda neste sentido:

Bom, então, tem aí mais ou menos o ciclo de como eu me formei, de como eu me fiz cientista e de como eu me desfiz como cientista. Desfazer, para mim, é aquele momento em que deixo de realizar pesquisas como chupim de índio, como gigolô de índio, e passo a estudar a temática que interessava ao índio. Quer dizer, o índio começa a me interessar como gente, como ser humano, como destino. E eu, então, desenvolvi toda uma Antropologia, que mais tarde muita gente passou a fazer também era que a ênfase fundamental é o destino dos

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índios, o que está sucedendo com eles. (RIBEIRO4, 2010, p. 14)

Em 1952, Darcy criou, junto com o Marechal Rondon e o sertanista Orlando Vilas Boas, o projeto para o Parque Indígena do Xingu, lugar que concentra várias tribos de diferentes linhagens, e que busca a preservação da cultura indígena. E em 1953 inaugura o Museu do Índio, no Rio de Janeiro, que passou a servir como centro de estudos sobre a questão indígena.

Em 1955, com a ajuda de Eduardo Galvão e o patrocínio da CAPES, Darcy Ribeiro organizou o curso de Pós Graduação em Antropologia Cultural, sediado no Museu do Índio. Contudo em 1956, com a mudança do governo e concomitantemente a direção do SPI, Darcy, desvincula-se da mesma e ingressa como professor da cadeira de Etnologia e Língua Tupi na Faculdade de Filosofia da Universidade do Brasil.

(...) Darcy Ribeiro, na antropologia, extrapola o meio acadêmico e inaugura outros espaços e ambientes de atuação profissional para o antropólogo. Atuou na pesquisa etnológica, atuou na formação acadêmica de novos antropólogos, mostrou que o conhecimento especializado era fundamental na orientação da política indigenista, apresentou o índio à sociedade nacional com dignidade e exigindo respeito. (MOREIRA, 2009, p. 136 /137)

Darcy trabalhava com a antropologia dialética, influenciado pelo seu posicionamento marxista, tanto quanto por sua formação culturalista americana. (GOMES, 2000). Acreditava em uma antropologia de esquerda, interventora, disposta a transformar, de mudar, incomodar.

Segundo Helena Bomeny, Darcy

“(...) como antropólogo, não perdoa seus companheiros de geração pela reverência aos modelos teóricos exógenos, de todo impróprios, a seu juízo, para interpretar o que não nos deixamos conhecer, o próprio país”. (BOMENY, 2001, p. 54). Dessa maneira, fora deixado de lado pela academia, sendo considerado um antropólogo tendencioso e enviesado, suas teorias foram postas de lado. No entanto, seu reconhecimento internacional como antropólogo se tornou maior que o nacional e seus livros traduzidos em vários idiomas; são adotados como leitura obrigatória para aqueles que buscam entender minimamente os problemas da América Latina e seus povos.

Educação

Darcy foi trabalhar com educação “pelas mãos” de Anísio Teixeira (1900-1971), importante intelectual da área de educação, que o fascinou com sua luta pela escola pública de qualidade, se tornando assim seus discípulo e colaborador. “(...) Anísio me ensinou a duvidar e a pensar.” (RIBEIRO, 1997, p. 223). Convidado, em 1957, a codirigir o Centro Brasileiro de Pesquisas Educacionais (CEPE), por Anísio Teixeira, Darcy foi ficou responsável por um programa nacional de estudos sobre o rural e interiorano. E assim começou sua carreira no campo da educação. Transferiu o programa de pós-graduação para a formação de pesquisadores que mantinha no Museu do Índio e começou a ganhar notoriedade nesta área.

Essa notoriedade veio concomitante a elaboração do projeto da Universidade de Brasília (UNB), papel que desempenhou com prazer, junto com seu mentor Anísio Teixeira, a pedido do então presidente Juscelino Kubitschek. A UNB foi concebida para ser um modelo de funcionamento para as universidades brasileiras:

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Repito: o Brasil não pode passar sem uma universidade que tenha o inteiro domínio do saber humano e que cultive não como um ato de fruição erudita ou de vaidade acadêmica, mas com o objetivo de, montada nesse saber, pensar o Brasil como problema. Esta é a tarefa da Universidade de Brasília. Para isso ela foi concebida e criada. Este é o desafio que hoje, agora e sempre ela enfrentará. (RIBEIRO, 1995, p. 274)

Darcy se tornou o primeiro reitor da UNB, cargo que exerceu até ser convidado para ser Ministro da Educação do governo João Goulart. “Foi na campanha por uma lei democrática para educação e na luta para criar a Universidade de Brasília que comecei a me tornar visível no Brasil como educador.” (RIBEIRO, 1997, p. 225) Nesta época, Darcy, em parceria com Anísio, também participou da elaboração da formulação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação, a LDB, que foi votado em 1963, quando Darcy já era Ministro da Educação. Contudo, o projeto original dessa lei se arrastara por anos pelo Congresso, flutuando à mercê da disputa política da época. (GOMES, 2000, p. 39). Sendo de fato aprovada e sancionada pelo presidente Fernando Henrique Cardoso em 1996, reformulada por Darcy,

(...) sua intenção era estabelecer uma legislação enxuta e flexível para regulamentar o processo educacional através da qual o governo federal, os estados e os municípios formulassem as linhas gerais e os estabelecimentos de ensino pudessem realizar os programas que melhor lhes aprouvessem. (GOMES, 2000, pg. 40)

Com o primeiro exílio político, Darcy foi trabalhar na América Latina, com prestígio educacional que a UNB lhe proporcionou, e o destaque que obteve como Ministro da Educação e posteriormente Ministro da Casa Civil, foi convidado primeiramente a trabalhar no Uruguai,

como professor em tempo integral, colaborou no planejamento e na realização da Enciclopédia Cultural Uruguaia e dirigiu o Seminário da reforma da Universidade do Uruguai. Nos doze anos seguintes, trabalhou na Venezuela, no Chile, Peru, na Argélia e na Costa Rica, dirigindo seminários de reformas universitárias e elaborando planos de reestruturação. Voltando em 1976 para o Brasil.

A obra educacional de que Darcy mais se orgulhava de ter concebido e concretizado, foram os CIEPs (Centro Integrados de Educação Pública), programa iniciado em 1984, e inaugurado em 1985. Sua proposta era de escola em tempo integral, com refeições diurnas, banho e atividades pedagógicas normais e tuteladas. (GOMES, 2000, p. 44)

Darcy criou diversos centros culturais; idealizou a Biblioteca Pública Estadual do Rio de Janeiro, a Casa França - Brasil, Casa Laura Alvin, Centro Infantil de Cultura de Ipanema, Sambódromo, o Monumento a Zumbi dos Palmares, o Memorial da América Latina, entre outros. Sua última grande obra foi a Fundação Darcy Ribeiro, instituída em 1996, que tem por objetivo manter sua obra e elaborar projetos nas áreas educacional e cultural.

Política

O papel de Darcy como político sempre esteve entrelaçado em seus outros papéis. Apesar de ter sido um entusiasmado militante comunista, ingressou na vida política ao aceitar o cargo de Ministro da Educação (1962-1963) e depois Chefe da Casa Civil do governo de João Goulart (1963-1964).

Darcy entrou de corpo e alma no governo Goulart. Foi responsável pela coordenação dos dois projetos que considerava os mais importantes daquele governo, e que no seu entender

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foram as causas fundamentais de sua derrubada pelo golpe militar de abril de 1964. Um desses projetos era o das Reformas de Base, que compreendiam a reforma agrária, a reforma educacional, uma reforma tributária e outra mais. O outro projeto era a regulamentação da lei que restringia a remessa de lucros de empresas estrangeiras. (GOMES, 2000. p. 13)

Segundo Darcy, o governo de João Goulart era reformista, mas que passou a ser percebido como revolucionário (RIBEIRO, 1991, p. 136). Com o golpe de Estado de 1964, o presidente João Goulart, bem como sua equipe, incluindo Darcy Ribeiro, foram exilados. Darcy Ribeiro decidiu ficar na América Latina, e seu primeiro destino foi o Uruguai, onde trabalhou como educador. “(...) no exílio onde fui compelido a rever criticamente minhas experiências frente a evidencia de um desastre político do qual eu participara e ante o desafio de buscar os caminhos de uma ação política mais eficaz e mais consequente” (RIBEIRO, 1978, p.10).

Darcy estudou e escreveu freneticamente suas inquietações, neste primeiro exílio. Prosseguiu com a militância política, participando de governos latino-americanos, “(...) que mais se esforçavam para romper com a dependência e com o atraso”. (RIBEIRO, 1991, p. 137). Em 1968, voltou ao Brasil, foi preso e passou seis meses no Forte de Santa Cruz (Rio de Janeiro). Voltou ao exílio em 1969, desta vez para a Venezuela, contratado para dirigir um Seminário Interdisciplinar de Ciências Humanas.

Em 1971, muda para Santiago, no Chile, assumindo o cargo de professor pesquisador do Instituto de Estudos Internacionais da Universidade do Chile, se tornando também assessor do presidente Salvador Allende, cargo que exerceu até 1972, quando vai para Lima, no

Peru, convidado a pensar a revolução peruana, como assessor do presidente Velasco Alvarado. Neste período também é contratado pela Organização Internacional do Trabalho para implantar o Centro de Estudos de Participação Popular.

Em 1974, descobre que tinha câncer de pulmão, conseguiu uma liberação para fazer a cirurgia e tratamento no Brasil, voltando semestralmente para suas consultas. Em 1976, Darcy voltou definitivamente para o Brasil.

Colaborou com a formação de um novo partido político, com base na herança dos governos de Getúlio Vargas e João Goulart, o Partido Democrático Brasileiro (PDT). Em 1982 foi eleito vice-governador do Rio de Janeiro, junto com Leonel Brizola, eleito governador. Foi nomeado Secretário da Cultura e Educação, onde realizou várias atividades já mencionadas. Em 1986 perdeu as eleições para o governo do Rio de Janeiro. E, em 1990, foi eleito senador da República pelo estado do Rio de Janeiro, cargo que assumiu de 1991 a 1997. Durante esse mandato, exerceu pela segunda vez o cargo de Secretário da Educação e Projetos Especiais, concluindo as obras dos CIEPs, que tinham sido abandonados na gestão anterior.

Darcy Ribeiro

Intelectual de seu tempo, Darcy viveu as grandes transformações que o Brasil passou, desde a mudança do padrão de vida do brasileiro, como o processo de industrialização, o fluxo migratório do campo para cidade, os imigrantes, a influência internacional, a miséria, o descaso com a população mais pobre, entre outras. Viveu e observou tudo como estudioso sedento de informação, conhecimento e melhorias. Lutou para transformar o Brasil em um país

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melhor, por educação de qualidade, igualdade e oportunidades, comida e terra para todos. “Uma nova Roma”, que, segundo ele, culturalmente plasmada pela fusão de três raças matrizes, um povo novo, singular, com vocação mais humana, que aspiram à fartura e alegria. (RIBEIRO, 1995)

O conjunto de sua obra retratou a situação do Brasil e da América Latina, buscou teorizar a história, para entender nossas mazelas. Viveu em um processo continuo de compreender quem é o povo brasileiro, que vive passivamente, esperando que a solução para seus males venha de outro, surgindo e se desenvolvendo como um povo, segundo o autor, “constrangido e deformado”, mas com esperança de dias melhores. Darcy Ribeiro, um homem que foi admirado e questionado por muitos, um intelectual comprometido com o povo, um paradigma da ação política. “Difícil é separar o pensamento de Darcy de sua ação, já que ele se movia por uma convicção de que os dois interagem dialeticamente.” (GOMES, 2000, pg. 19).

Ao longo de sua trajetória assumiu diversos papéis, mas todos eles estavam entrelaçados. Darcy foi um homem multifacetado, mas sempre comprometido com seus valores e ideais. Como antropólogo, teve um importante papel no trabalho com os índios, tornando-se porta voz de suas culturas e necessidades. Como educador, seu trabalho não apenas teórico como também prático tem relevância significativa para se repensar o atual contexto da educação brasileira. E, como político, conseguiu unir todos os seus papéis, desenvolvendo projetos em diversas áreas, sempre pensando no povo brasileiro, que segundo o mesmo, foi destinado a tornar o Brasil uma grande nação. E o próprio Darcy adverte: “Portanto, não se iluda comigo, leitor. Além de antropólogo, sou homem de fé

e de partido. Faço política e faço ciência movido por razões éticas e por um fundo patriotismo. Não procure, aqui, análises isentas.” (RIBEIRO, 2010, pg. 16).

Notas:

1 A saber: O Processo Civilizatório (1968); As Américas e a

Civilização (1969); Os Brasileiros: Teoria do Brasil (1969); Os Índios e a Civilização (1970), e O Dilema da América Latina

(1971).

2 Concluindo assim, sua série de Estudos de Antropologia da

Civilização.

3 Como: trabalhar na perícia para a Justiça do Trabalho;

trabalhar como assessor de Roberto Simonsen, na Federação das Indústrias; integrar a equipe de Rodrigo de Melo Franco, do Patrimônio Histórico, no Rio de Janeiro. Porém, Darcy queria mesmo era trabalhar na direção do Jornal Hoje, do partido comunista, o que não conseguiu devido a seu comportamento ‘agitado’. (RIBEIRO, 1991, p. 38)

4 Darcy Ribeiro - Depoimento, 1978 (CPDOC)

Referências Bibliográficas:

BOMENY, Helena. Darcy Ribeiro: sociologia de um indisciplinado. Belo Horizonte: Editora UFMG,

2001.

GOMES, Mércio Pereira. Darcy Ribeiro. São

Paulo: Ed. Ícone, 2000.

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anos de formação (1933-1953): Depoimentos. Editora Sociologia e Política. 2° ed. São Paulo, 2009.

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MARTINS, Edilson. Antropologia ou a Teoria do Bombardeio de Berlim (Darcy Ribeiro entrevistado por Edilson Martins). In: Revista Encontros com a Civilização Brasileira, n. 12. Ed.

Civilização Brasileira, Rio de Janeiro, Junho de 1979, p 81-100.

MOREIRA, Giselle Jacon de Araújo. Produção Científica em Darcy Ribeiro I. In: KANTOR, Iris; MACIEL, Débora A.; SIMÕES, Júlio de Assis (orgs). A Escola Livre de Sociologia e Política: anos de formação (1933-1953):

Depoimentos. Editora Sociologia e Política. 2° ed. São Paulo, 2009

NEPOMUCENO, Eric (org). Darcy Ribeiro:

crônicas brasileiras. Rio de Janeiro Ed. Desiderata, 2009.

RIBEIRO, Darcy. Os Brasileiros. I Teoria

do Brasil. Estudos de Antropologia da Civilização. 3ª ed. Petrópolis: Editora Vozes, 1978.

______. Testemunho. 2ª ed. São Paulo: Ed.

Siciliano, 1991.

______. O Brasil como Problema. Rio de Janeiro:

Ed. Francisco Alves, 1995.

______. Confissões. São Paulo: Companhia das

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______. O Povo Brasileiro: a formação e o sentido

do Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 2010.

______. Darcy Ribeiro (depoimento, 1978). Rio

de Janeiro: CPDOC, 2010. Disponível em: http://dc220.4shared.com/doc/Dn522aSh/ preview.html. Acesso em: 20 de maio de 2011.

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