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O CIBERESPAÇO E O FUNCIONAMENTO PSÍQUICO DO INDIVÍDUO EM REDE: DESAFIOS PARA A EDUCAÇÃO DIANTE DA NORMOSE TECNOLÓGICA

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O CIBERESPAÇO E O FUNCIONAMENTO PSÍQUICO DO

INDIVÍDUO EM REDE: DESAFIOS PARA A EDUCAÇÃO

DIANTE DA NORMOSE TECNOLÓGICA.

THE CYBERSPACE OPERATION PSYCHIC OF INDIVIDUAL

NETWORK: CHALLENGES FOR EDUCATION BEFORE THE

TECHNOLOGICAL NORMOSE

Isabel Riscado Fernandes¹, Larissa Cristina Cruz Brum², Fernanda Castro Manhães3

¹ Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro/ Programa de pós graduação em cognição e Linguagem, Campos dos Goytacazes, RJ,Brasil,

isabelr.fernandes2@gmail.com

² Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro/ Programa de pós graduação em cognição e Linguagem, Campos dos Goytacazes / IFF- Instituto Federal Fluminense,

Campos dos Goytacazes/RJ, Brasil,

lccbrum@gmail.com

3Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro – UENF, Campos dos

Goytacazes-RJ; Brasil,

castromanhaes@gmail.com

Resumo - O artigo parte do princípio que o universo digital influencia cada vez mais as formas de relacionamento humano e o processo de ensino- aprendizagem com autonomia de gerar uma nova ordem de pensamento,

Nº 2, volume 11, artigo nº 2, Abril/Junho 2016 D.O.I: http://dx.doi.org/10.6020/1679-9844/v11n2a2

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criando valores e representações. Redimensionam comportamentos nos indivíduos e afetam a percepção do próprio sujeito em relação a si e aos outros. As novas tecnologias, o consumo e a influência da mídia marcam, modelam e constroem o psiquismo contemporâneo. É imprescindível considerar a força com que os novos meios de veiculação de mensagens exercem na forma de socializar e na subjetividade do indivíduo. Nesse contexto, surgem novos desafios para a educação que possibilitam o nascimento de estudos e conceitos a fim de explicar essa nova realidade e contribuir para a arte de ensinar e aprender. Um desses, portanto, fará parte deste trabalho, o que vamos chamar de Normose Tecnológica.

Palavras-chaves: Ciberespaço, desenvolvimento, educação, Normose Tecnológica

Abstract - This article assumes that the digital world increasingly influences the forms of human relationship and the process of teaching and learning with autonomy to generate a new order of thinking, creating values and representations. Resize behaviors in people´s life and affect the perception of the subject in relation to themselves and others. New technologies, consumption and the influence of media mark, model and build the contemporary psyche. It is essential to consider the force with which new messages placement means exercise in the form of socializing and individual subjectivity. In this context, new challenges arise for education that enable the emergence of studies and concepts in order to explain this new reality and contribute to the art of teaching and learning. One of these, therefore, will be part of this work, which we call Technological Normosis. Keywords: Cyberspace, development, education, technological normosis

1. Introdução

A sociedade contemporânea vem enfrentando dia-a-dia as mudanças impostas pela evolução tecnológica, que impulsionam transformações sociais e culturais, na qual

se caracterizam pelas relações de produção e de consumo permeando as interações sociais. Acompanhamos mudanças nas relações estabelecidas entre adultos e

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crianças em paralelo ao surgimento de uma nova produção da subjetividade em função da organização do cotidiano pelas novas tecnologias da comunicação e o modo como a experiência das crianças, dos jovens e dos adultos vem se transformando na sociedade de consumo. Esses indivíduos alteram suas relações intersubjetivas a partir das influências que os novos meios de transmissão da informação e cultura do consumo exercem sobre eles.

A criança e o adolescente de hoje não conheceram o mundo de outra maneira. Nasceram imersas no mundo com telefone, fax, computadores, televisão, etc. TVs ligadas a maior parte do tempo e internet sendo acessada por qualquer faixa etária, acabam por assumir um papel significativo na construção de valores culturais. A cultura do consumo molda o campo social, no entanto, o indivíduo transforma sobremaneira sua forma de inserir-se no mundo. Essa nova forma de relação que advém de trocas entre a sociedade e as novas tecnologias denomina-se ciberespaço.

Sendo assim, pode-se entender que os acessos aos novos meios de informação e comunicação fazem parte do universo contemporâneo e que sua dinâmica incide no desenvolvimento cognitivo do indivíduo, na qual ao construí-lo e ao se definir enquanto um “eu individual”, poderá se enxergar como ser dotado de habilidades propiciadas por vivências no ambiente físico e virtual. Essas habilidades indicam novos parâmetros para o corpo se situar no mundo e geram novas formas de relações interpessoais, acarretando desafios para a educação e no manejo da arte de ensinar. Diante das discussões apresentadas, surge o seguinte questionamento: Que desafios são apresentados à educação diante do cenário do ciberespaço e da normose tecnológica?

Separamos um capítulo deste artigo para definir e explicar mais detalhadamente o neologismo “normose” em seu contexto tecnológico. Este termo, criado por um filósofo francês chamado Jean Leloup, define as atitudes e comportamentos das pessoas consideradas como normais entretanto, a medida em que vão sendo repetidos de forma cada vez mais intensa, podem gerar riscos patológicos ou até mesmo letal ao indivíduo. Acredita-se que a lógica digital influencia cada vez mais as formas de relacionamento humano, produzindo

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processos de subjetivação profundamente transformados e com poderes de gerar uma nova ordem de pensamento, criando novos valores e representações. É imprescindível considerar a influência com que os novos meios de veiculação de mensagens exercem na socialização e na subjetividade do sujeito uma vez que, as tecnologias digitais introduzem elementos inéditos, tanto vivenciais quanto estéticos, em nossa cultura informatizada.

Por meio desse ‟boom‟‟ de informações que afetam a rotina das pessoas, um novo ritmo impera, onde as novas tecnologias, o consumo e a influência da mídia marcam, modelam e constroem o psiquismo contemporâneo. A relevância do artigo está estreitamente pautada nessas mudanças originadas pelo ciberespaço e no conceito de Normose, que acabam por produzir comportamentos, pensamentos, gostos, valores, acarretando modos de sociabilidade, no qual surgem cada vez mais adeptos e necessitam que a educação se reinvente para acompanhar sua cadência.

2. A interação desde os primeiros anos de vida

O processo de interação está presente desde o início da vida, e nessa perspectiva, Bee (1997) afirma que o contato físico e a atenção aos bebês desde os primeiros momentos de vida, bem como outras demonstrações de interações durante a infância, como conversar, cantar, sorrir e o modo como os pais se comportam nas mais diversas situações servem de modelos de comportamento para o desenvolvimento da competência social dos filhos. Winnicott (1975), em sua teoria da criatividade, destacava o papel do ambiente no desenvolvimento emocional no início da vida, afirmando que a partir das primeiras experiências de cuidado e proteção, o bebê vivencia a confrontação entre a realidade externa e interna, o que lhe permite criar os parâmetros da realidade exterior ou uma visão objetiva do mundo circundante. E para a articulação dessas realidades, Germano (2011) postula que o homem se utiliza da linguagem, principal elemento da mediação simbólica entre a natureza e a cultura, logo não se orienta apenas por necessidades imediatas, mas pelo transcendente, pela imaginação e pelo desejo de dar um novo sentido à realidade.

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Dessa forma, é observado que as teorias de desenvolvimento têm abordado a questão da socialização e da importância das interações e relações sociais enquanto fatores de saúde mental e condição para um desenvolvimento saudável. A efetividade do desenvolvimento infantil, de acordo com Hartup e Rubin (1986), depende tanto de relacionamentos do tipo vertical, envolvendo o apego com pessoas de maior poder, como horizontal, abrangendo as experiências com colegas da mesma idade e igual poder social. Enquanto o primeiro assegura a sobrevivência e oferece segurança e proteção à criança, o segundo cria oportunidades para vivências de cooperação, competição e intimidade.

Podemos então, considerar que o sucesso das etapas formativas do indivíduo depende, primordialmente, do processo de socialização. Esse processo ocorre inicialmente no contato com os pais, em que a criança aprende habilidades motoras, lingüísticas e afetivas, necessárias para a orientação em seu ambiente físico e social. Todo esse repertório passará por contínua transformação, em decorrência do ingresso em novos grupos sociais e a tipos de interações completamente inéditas, produzindo com isso, a desejável ampliação das habilidades sociais. Segundo Caballo (1996), o comportamento socialmente habilidoso pode ser definido como um conjunto de comportamentos emitidos por um indivíduo em um contexto interpessoal que expressa os sentimentos, atitudes, desejos, opiniões ou direitos desse indivíduo, de um modo adequado à situação, respeitando esses comportamentos nos demais, e que, geralmente, resolve os problemas imediatos da situação enquanto minimiza a probabilidade de futuros problemas.

Nesse sentido, a preocupação com a saúde psíquica e física na atualidade retrata uma importante necessidade de reflexão acerca dos níveis desejáveis de adaptação do indivíduo ao ambiente, severamente comprometidos pelas exigências e pressões inerentes a nossa sociedade contemporânea.

3. O ciberespaço e o desenvolvimento humano: desafio no âmbito

educacional

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O termo ciberespaço foi criado em 1984 por William Gibson, um escritor norte- americano. Entretanto, o termo pode ser melhor compreendido à luz do esclarecimento que Pierre Levy faz a respeito do virtual (Levy, 1999). Segundo o autor, o virtual é uma nova modalidade de ser, cuja compreensão é facilitada se considerarmos o processo que leva à ele: a virtualização. O mesmo autor descreve

o ciberespaço como “o espaço de comunicação aberto pela interconexão mundial

dos computadores e das memórias dos computadores”. Postula que irá se tornar a

principal ligação de comunicação, de transações econômicas, de diversão e de aprendizagem das sociedades humanas. É lá que conhecemos a beleza que descansa na memória das antigas culturas, e também a que surgirá das formas próprias da cibercultura.

Para Vygotsky (1998), a interação homem-ambiente será sempre mediada pelo uso dos sistemas de signos, criados pelas sociedades ao longo da história, de modo a tornar o desenvolvimento das relações interpessoais dos sujeitos peculiar e inovadora. Ou seja, ao interagir, é a subjetividade construída socialmente que se manifesta, no qual, o desenvolvimento humano é um processo contínuo de aquisições quantitativas e de transformações qualitativas que se dão no sujeito psicológico, a partir de suas experiências no contexto das relações sociais. As funções psicológicas que emergem e se consolidam no plano intersubjetivo (ação entre sujeitos) tornam-se internalizadas, transformando-se para constituir o funcionamento interno do indivíduo (plano intra-subjetivo) (GÓES, 1991).

Dessa forma pode-se dizer que o mundo hoje, comparado aos séculos anteriores, possui um ritmo cotidiano bastante acelerado. O conhecimento científico e os avanços tecnológicos, que são fatores responsáveis de incremento a excelência de resultados nos mais variados setores da vida, também são aqueles que oferecem condições para o desenvolvimento humano e melhorias da sua existência. Os recursos tecnológicos podem oferecer possibilidades lúdicas e serem instrumentos mediadores entre os indivíduos e o mundo real, entendendo por mediação “o processo de intervenção de um elemento intermediário numa relação” (KOHL DE OLIVEIRA, 1999).

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meramente uma cópia do plano externo, se caracteriza pela síntese elaborada pelo sujeito, a partir "das estratégias e conhecimentos já dominados pelo sujeito e de ocorrências no contexto interativo". A atividade simbólica é uma função organizadora específica que invade o processo do uso de instrumento e produz formas fundamentalmente novas de comportamento (VYGOTSKY, 1998).

Sabe-se que as novas Tecnologias vêm se tornando, de forma crescente, importantes instrumentos de nossa cultura e, sua utilização, um meio concreto de inclusão e interação no mundo (LEVY, 1999).

Para Vygotsky (1998), é de suma importância para o desenvolvimento humano o processo de apropriação, por parte do indivíduo, das experiências presentes em sua cultura. O autor enfatiza a importância da ação, da linguagem e dos processos interativos na construção das estruturas mentais superiores. Lévy (1999) discorre que é impossível separar o humano de seu ambiente material, assim como dos signos e das imagens, por meio das quais ele atribui sentido à vida e ao mundo.

As transformações que vêm ocorrendo no cotidiano das pessoas devido à evolução dos meios eletrônicos e à revolução nas formas de comunicação e expressão, ocasionadas com o surgimento das tecnologias compõem o cenário cultural contemporâneo que vive em constantes transformações. Atualmente já se pode dispor de diversos recursos na área da tecnologia voltados a favorecer tanto o processo de aprendizagem como de interação e comunicação. Nessa perspectiva, novas configurações marcam a educação em geral, as políticas educacionais, a escola e o trabalho docente. Como toda palavra em moda, globalização caracteriza- se por polissemia e por se mostrar cada vez mais opaca, à medida que é empregada para explicar uma multiplicidade de experiências (BAUMAN, 1999). A partir disso, é percebida, a grande influência dos novos meios de comunicação e informação no comportamento dos indivíduos e quais consequências são ocasionadas no âmbito educacional.

De acordo com Godoi (2010), seja por meio de celular, computador ou TV via satélite, as diferentes tecnologias já fazem parte do dia a dia de alunos e professores de qualquer escola. Contudo, fazer com que essas ferramentas de fato

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auxiliem o ensino e a produção de conhecimento em sala de aula não é tarefa fácil: exige treinamento dos mestres. Para esse estudioso da ciência e educação, ainda não conseguimos desenvolver de forma massiva metodologias para que os professores possam fazer uso dessa ampla gama de tecnologias da informação e comunicação, que poderiam ser úteis no ambiente educacional. O desafio é mundial, mas pode ser ainda mais severo no Brasil, devido a eventuais lacunas na formação e atualização de professores e a limitações de acesso à internet - problema que afeta docentes e estudantes.

O conhecimento escolar apropriado é o que possibilita ao estudante tanto um bom desempenho no mundo imediato quanto a análise e a transcendência de seu universo cultural. Para isso, há que se valorizar,acolher e criticar as vozes e as experiências dos alunos. A promoção de uma educação de qualidade depende de mudanças profundas na sociedade, nos sistemas educacionais e na escola. Nesses dois últimos, exigem-se: condições adequadas ao trabalho pedagógico; conhecimentos e habilidades relevantes; estratégias e tecnologias que favoreçam o ensinar e o aprender; procedimentos de avaliação que subsidiem o planejamento e o aperfeiçoamento das atividades pedagógicas; formas democráticas de gestão da escola; colaboração de diferentes indivíduos e grupos; diálogo com experiências não-formais de educação; docentes bem formados (que reconheçam o potencial do aluno e que concebam a educação como um direito e um bem social) (KRAMER et al, 2007).

Para Avalos (1992), uma concepção renovada de qualidade inclui a crença tanto em uma escola reformulada e ampliada, quanto em uma ordem social menos desigual e excludente. O grande desafio para escolas e universidades é oferecer aos professores a oportunidade de explorar o conhecimento tal como eles explorariam uma montanha, uma floresta ou um mar. Somente assim desenvolverão o poder de criar conhecimentos e idéias relevantes para enfrentar as necessidades e os problemas dos indivíduos de nosso tempo.

Numa linha otimista, Lévy (1999) entende a informática como tecnologia intelectual que engendra novo modo de pensar o mundo, de entender a aprendizagem e as relações com esse mundo. Entretanto, para além do pessimismo

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ou do otimismo, o que parece mais perigoso é a renúncia ao reconhecimento de que há mudanças e novos aparatos tecnológicos que formam e informam uma geração. A exclusão educacional se articula com mecanismos de discriminação social, racial, sexual e regional, o que constitui ponto de partida para um debate consequente sobre a tecnologia (Ramal, 2002), ou seja, ao lado da incorporação da tecnologia, cabe questionar o modelo de sociedade que se quer construir.

Ramal propõe três cenários para a educação, no que se refere à tecnologia. O primeiro é o da tecnocracia domesticadora: a multiplicidadede informações efêmeras e fragmentadas tornam os indivíduos escravos ambulantes da tecnologia. A escola é substituída por outras modalidades de instrução. O segundo é o do pay-

per-learn, que acentua a exclusão e priorizam professores com habilidade técnica

mais do que a crítica da produção ou do uso de tecnologias da informação e da comunicação. Há educação para todos, pela rede, ainda que os alunos privilegiados freqüentem escolas melhor equipadas. No terceiro cenário, cibereducação integradora, a escola se torna híbrida, integrando homem e tecnologia. Há indícios dos três cenários neste momento histórico. Resta saber se, no jogo de forças do poder econômico e social, o terceiro, mais do que desejo,será possibilidade (MOREIRA, 2007).

Pesquisando práticas que provocam mudanças nos processos de conhecimento e nos comportamentos de consumo dos jovens, Rivoltella (2007), reflete sobre essas questões, ao tratar das relações entre imagem e realidade, da redefinição dos limites entre espaço público e privado, trabalho e lazer, humano e não humano, bem como das relações entre a ordem da visão e a da ação. O autor defende a formação de um profissional preparado para atuar com essas novas questões. Ainda no âmbito da tecnologia, vale registrar o exemplo emblemático das contradições inerentes a práticas culturais contemporâneas, estudadas por Chartier (1999), na qual evidencia como as novas tecnologias (o computador em particular e a internet em geral), alterando as condições e os meios, ampliam o acesso à leitura e modificam as formas de produção escrita. De um lado, a mídia favorece maior número de leitores e de escritores e as tecnologias atuam no sentido da democratização e da inclusão e não apenas da discriminação e da exclusão.

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Sendo assim, de acordo com Kramer et al (2007), conceber professores e gestores como intelectuais contribui para repensar a escola, a formação e a tecnologia, de modo que a construção de narrativas das histórias de vida seja o objetivo.

4. N

ormose tecnológica

Os conceitos e fatos que apresentamos até aqui deixam claro a importância da informação mediada pelas tecnologias para o avanço e desenvolvimento dos profissionais, estudantes e da sociedade como um todo. Contudo, todo processo de busca, interpretação e análise da informação têm seus aspectos patogênicos (BRUM, 2009).

As tecnologias possibilitam que novos costumes e padrões básicos se alterem nesse novo ambiente, transformando formas de comunicação, a dinâmica social e até a estrutura acadêmica, o que afeta comportamentos que muitas vezes podem desencadear numa “normose”.

O neologismo, criado pelo filósofo francês Leloup (1997), define um tipo de patologia moderna caracterizada pela aceitação de comportamentos pessoais, ou seja, “aquilo que a maioria das pessoas pensa, sente, acredita ou faz, é considerado normal e, por conseguinte serve de guia para o comportamento de um grupo como o todo”. Remete à perigosa realidade de que o hábito nocivo pode se tornar a norma de consenso.

A Normalidade, segundo Ballone (2006), é um estado padrão, normal, que é considerado correto, justo sob algum ponto de vista. É o oposto da anormalidade. A normalidade muitas vezes se dá por conta de uma maioria em comum, sendo anormal aquele que contraria esta maioria. Também se dá por um resultado padrão ao realizar uma operação com alta probabilidade de se repetir. (BRUM, 2009)

No Brasil, os autores Weil et. al. (1997), foram os primeiros a trabalhar o termo “normose” ou “anomalias da normalidade” e o define como o “resultado de um conjunto de crenças, opiniões, atitudes e comportamentos considerados normais, logo em torno dos quais existe um consenso de normalidade, mas que apresentam

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conseqüências patológicas e/ou letais” (p.22).Contudo, não duvidam dos benefícios que essa nova fase cultural pode proporcionar. Porém, alertam para os perigos que a cultura informacional, especialmente a informática, podem trazer aos indivíduos nessa nova fase, onde impera um constante fluxo de informações que pode ocasionar certos aspectos destrutivos. (BRUM, 2009)

Ao fenômeno que descreve a onda de busca e uso indiscriminado da informação ele decidiu chamar de “normose informacional”. Em sua obra Normose, a Patologia da Normalidade, Weil et. al. (1997) discutem a origem do termo forjado a partir das palavras “normal” + “neurose”.

O termo “neurose”, do grego neûron + -ose (sufixo de terminologia científica, usado em Medicina usado para formar substantivos que denotam estado mórbido, doença), Freud entendia como o resultado de um conflito entre o Ego e o Id (inconsciente), ou seja, entre aquilo que o indivíduo é (ou foi) de fato, com aquilo que ele desejaria prazerosamente ser (ou ter sido).

Diferentemente daquilo que o senso comum expressa, a neurose não é sinônimo de loucura. A psicologia moderna trata-a como uma reação exagerada do sistema nervoso em relação a uma experiência vivida. Tem suas características baseadas na ansiedade, infelicidade pessoal e comportamento mal-adaptativo do indivíduo.

Geralmente acontece quando o sistema nervoso de uma pessoa reage com exagero a uma determinada experiência já vivida. Uma pessoa neurótica passa a ter reações e comportamentos diferentes: fica muito ansiosa, evita sair de casa para ir a determinados lugares, tem medo de certas situações, imagina situações que podem fazer mal, ficam deprimidos mais constantemente e catalizar mais preocupações. Em suma, uma pessoa neurótica sente tudo o que uma pessoa normal sente no seu dia-a-dia, mas sempre exageradamente (Atkinson, 1995).

Sendo assim, a fórmula: “normal + neurose = normose”, determina a doença da normalidade, na qual várias atitudes e comportamentos ditos como normais na realidade são anormais. São executados sem que os seus atores tenham consciência de sua natureza patológica, isto é, são de natureza inconsciente (Weil

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et. al., 1997).

De acordo com os autores (1997), alguns exemplos de normoses são: considerar como normal o uso das guerras para resolver conflitos e desavenças entre nações, o consumo de álcool, drogas ou cigarro, o uso de agrotóxicos e inseticidas, os costumes alimentares errôneos e até mesmo os paradigmas e fantasias que acabam sendo adotados pelos indivíduos.

Apesar de Weil et. al. (2012) não tratar especificadamente o termo “Normose Tecnológica”, esse termo aproxima-se daquilo que eles consideram a “normose do consumismo” (p.83). Apontam a infinidade de recursos que são disponíveis a cada indivíduo e seu uso desenfreado causado pela competitividade e hiperconsumo. A preocupação com o uso das tecnologias vai além da questão cognitiva. Pesquisadores da área defendem que elas podem ter um importante papel na formação social dos futuros jovens. A educação tecnológica deve ser encarada como prioridade no currículo escolar para que os saberes adquiridos não sejam perdidos ao longo do tempo e se tornem vazios.

Na visão de Hermógenes (2000), esse novo fenômeno vem causando a perda da identidade do indivíduo. Ele explica que a pessoa normótica é “mesmificada” pelo fato de estar sempre se ajustando ao coletivo na sua mais diversa maneira de pensar, agir e consumir. Trata-se daquilo que o historiador e pesquisador, Leandro Karnal, afirma que nesta era tecnológica, as pessoas estão mais preocupadas em registrar que viver. O indivíduo entroniza os mesmos valores que a maioria das pessoas adota, sendo incapacitado de analisar e decidir por suas próprias crenças.

(...) o normótico é um robô acionado pela batuta do marketing. Inconsciente da importância do viver livre e autêntico está perdido de si mesmo, deixando-se ser arrastado pela pressão

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da cultura de sua época (p.31).

Mesmo diante do caráter um tanto empírico da Normose, Weil (2000) deixa claro que para o domínio da ciência, as hipóteses apresentadas por ele devem ser confirmadas pelas metodologias convenientes. O que se observa é que o termo traduz em sua essência a realidade presenciada pela sociedade da informação do terceiro milênio e que muitos ensaios a respeito do assunto já vem tomando suas proporções no meio acadêmico. Principalmente em se tratando da Normose Tecnológica face à nova cultura – a cultura informática, que já escreve nas linhas da sua trajetória alguns aspectos “normóticos” apresentados em pesquisas relacionadas ao tema.

4.

O “eu” na cibercultura

Quando nos deparamos com as tecnologias, compartilhamos alguns sentimentos como: fascinação, curiosidade, ansiedade, sofreguidão, bem-estar etc. Isso é perfeitamente compreensível por sermos seres humanos e termos um aparato psicológico que reage de formas diferentes diante do desconhecido. Para Castells (1999), as mudanças sociais são tão drásticas quanto os processos de transformação tecnológica e econômica, e será neste contexto de mudanças confusas e incontroladas que as pessoas tenderão a agrupar-se em torno de “identidades primárias” as quais trarão segurança pessoal e mobilização coletiva nestes tempos conturbados.

Os pesquisadores ainda estão longe de um consenso quanto ao resultado final do processo cognitivo de um indivíduo imerso no contexto tecnológico. Esta hipótese se confirma quando nos deparamos com a convicção da imprevisibilidade do futuro. As mudanças ocorridas atualmente são muito mais rápidas do que há dez anos. O mapa conceitual da cibercultura mostra as suas principais características apontando os seus desdobramentos e novos conceitos.

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O mapa conceitual da cibercultura detalha aquilo que Pierre Lévy (1987) considera como o “movimento sociotecnocultural” em que a sociedade está inserida. Segundo o filósofo, este é um tema polêmico e multifacetado em que culturas nacionais fundem-se a uma cultura globalizada e cibernética, envoltas no ciberespaço e orientadas por três princípios: interconexão, comunidades virtuais e inteligência coletiva. Trata-se de um “conjunto de técnicas (materiais e intelectuais), de práticas, de atitudes, de modos de pensamento e de valores que se desenvolvem juntamente com o crescimento do ciberespaço” (Lévy, 2010, p. 17). A normose tecnológica surge como o “problema” da cibercultura, somada à utilização intensa dos dispositivos eletrônico, da “necessidade” de estar conectado a todo momento e da interação nas redes sociais. Talvez seja por isso que certa vez, alguém (autor desconhecido), disse que “ o computador veio para que resolver o problema que você não tinha”.

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O avanço da tecnologia promove um redemoinho cultural nas inter-relações de todos os sistemas do planeta, provocando uma reorganização, um redimensionamento nas relações dos indivíduos na sociedade (p.53).

(...) vivemos hoje em uma sociedade com uma cultura mediática/ mediatizante, onde as mídias desempenham a função de formadoras de opiniões, alteram hábitos e costumes, influenciam nas mais distintas áreas, sejam do conhecimento, da economia, do entretenimento, etc (p.57).

Um dos principais efeitos do ciberespaço é acelerar cada vez mais o ritmo da alteração tecno-social. (Lévy, 1993). Reforçando essa idéia, Souza (2003) citando Paiva (2002) apresenta a seguinte reflexão: “Estamos imersos na era das redes digitais hipervelozes, que disponibilizam incessantemente, informações de acesso imediato, em uma ambiência de usos partilhados e interatividade” (p.42).

Nesse ínterim verifica-se que a velocidade e o dinamismo com que modificam pessoa, lugar e tempo, criando novas ambiências, hábitos e especialmente estruturação linguística estão se incorporando e criando fatos emergentes que não há como ignorar ou simplesmente evitar. “As tecnologias se sucedem uma a uma e o novo de hoje é fruto de um amadurecimento, de uma evolução que se desenvolve progressivamente, (...) o novo de hoje é o avançado do ontem e o ultrapassado do amanhã” (SOUZA, 2003, p. 51).

Alguns podem considerar que as novas tecnologias surgem como um meio de inventar necessidades aparentemente desnecessárias que se tornam absolutamente imprescindíveis e que leva o normótico de forma inconsciente, a um modo de vida estressado, apressado, rotineiro, excessivamente barulhento e repleto de "novidades". O indivíduo adquire um novo produto lançado no mercado e quando ele está aprendendo a usá-lo em sua essência, o mesmo já se tornou obsoleto e, novamente se permite ser influenciado pela mídia. Nesse ritmo frenético e consumista, não sobra muito tempo para o questionamento da real necessidade dos mesmos. O resultado é sempre igual: a mídia o impulsiona com as promessas de satisfação, fazendo com que o normótico entre num processo compulsivo que só termina quando consegue conquistar seu novo modelo (Souza, 2003).

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5. Considerações finais

O presente texto refletiu sobre a participação ativa do ambiente tecnológico no desenvolvimento psiquíco do indivíduo e o desafio que acarreta para a educação, já que são produzidas novas formas de se relacionar e de se comportar. Buscou ainda apresentar o conceito de “normose” enquanto conjunto de valores, esteriótipos e crenças que são consideradas normais pela sociedade, mas que no final tem um efeito patólogico na vida do indivíduo. Sabe-se a necessidade de o âmbito educacional acompanhar esse aparato fomentado pela tecnologia a fim de realmente promover interesse por parte dos alunos em adquirir conhecimento no ambiente escolar e aprender a manusear essas ferramentas de forma apropriada. A introdução das tecnologias nas escolas aliada a professores capacitados têm feito a diferença em algumas áreas, aumentando, por exemplo, o potencial comunicativo dos alunos.

Os professores, por sua vez, precisam ter um componente fundamental de formação e atualização, de forma que a tecnologia seja de fato incorporada no currículo escolar, e não vista apenas como um acessório ou aparato marginal. É preciso pensar como incorporá-la no dia a dia da educação de maneira definitiva. Depois, é preciso levar em conta a construção de conteúdos inovadores, que usem todo o potencial dessas tecnologias. A introdução da tecnologia na área educacional, se bem aproveitado, faz com que a relação de poder professor-aluno ganhe uma nova dinâmica. Isso acontece porque os alunos têm uma familiaridade muito grande com essas novidades e podem se inserir no ambiente da sala de aula de uma maneira muito diferente. Assim, a relação com o professor fica menos autoritária e mais colaborativa na construção do conhecimento.

Não se deve achar que a simples distribuição de equipamento resolve o problema. Desse modo, faz-se necessário repensar novos métodos que possam relacionar educação e tecnologia, para que consigam lidar com essa geração que não se desliga ou desconecta desses novos meios de comunicação e informação. A

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escola, de fato, não pode isolar a criança do mundo em que vivem, pois é através da interação e da comunicação que criam situações concretas e imaginárias, contribuindo para a construção de elementos próprios de seu contexto cultural. Portanto, é necessário que os educadores saibam explorar esses novos recursos de forma positiva, a serviço da construção do conhecimento.

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Sobre os autores:

Isabel Riscado Fernandes - Mestranda em Cognição e Linguagem pela Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro – UENF. Possui graduação em psicologia no Instituto superior de ensino do censa, concluído em 2012. Analista de Recursos Humanos pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).

Larissa Cristina Cruz Brum - Mestre e Doutoranda em Cognição e Linguagem pela UENF. Especialista em Docência Superior. Planejamento Educacional e Língua Inglesa. Possui graduação em Português/Inglês. Professora do IFF e pesquisadora do NIE (Núcleo de Informática na Educação).

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Fernanda Castro Manhães - Pós-doutoranda em Cognição e Linguagem na Universidade Estadual do Norte Fluminense - UENF; Doutorado em Ciências da Educação pela Universidade Autônoma de Assunção - UAA (Revalidação UFAL), Mestrado em Cognição e Linguagem pela Universidade Estadual do Norte Fluminense - UENF. Licenciada em Pedagogia, Licenciada em Educação Física. Atualmente é Diretora Acadêmica da Faculdade Metropolitana São Carlos - FAMESC das unidades de Quissamã e Bom Jesus do Itabapoana. Docente da rede Estadual de Ensino /RJ. Coordenadora adjunta do Projeto de extensão: Terceira Idade em Ação - CCH/UENF. Desenvolve pesquisas nas áreas de Envelhecimento Humano, Educação Básica, Ensino Superior e Práticas Educativas. Editora chefe da Revista Científica LinkSciencePlace

Data de submissão: 26/08/2015 Data de aceite: 27/02/2016

Referências

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