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Academic year: 2022

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Materiais de Apoio

[1] Manuscrito português, século XII (?):

Notícia de Fiadores de Pelagio Romeu [2] Manuscrito português, século XIII:

Notícia de Torto

[3] Manuscrito português, século XIII:

Testamento de D. Afonso

[4] Manuscrito galego-português, século XIII:

Ondas do Mar de Vigo, Martin Codax [5] Manuscritos portugueses, século XVI Cartas de Tomé de Sousa

[6] Impresso português, século XVI:

História da Província Santa Cruz, P. M. de Gandavo [7] Manuscrito português, século XVII

Quadras Anônimas

[8] Manuscritos brasileiros, século XIX Cartas Particulares

[9] Edição crítica de obra medieval portuguesa:

A Demanda do Santo Graal, H. Megale

[10] Edição crítica de obra seiscentista portuguesa:

Diogo do Couto e a Década 8a da Ásia, M.A. Lima Cruz

(2)

[1] Manuscrito português, século XII (?): Notícia de Fiadores de Pelagio Romeu

Referências

1 (a) Reprodução do Manuscrito

MARTINS, Ana Maria. Emergência e generalização do português escrito: de D. Afonso Henriques a D. Diniz. Em: Caminhos do Português: exposição comemorativa do ano europeu das línguas - Catálogo. Biblioteca Nacional (org). Lisboa: BN, 2001 (1a edição).

[reprodução da página 29, por escanerização]

1 (b) Edição do Manuscrito

MARTINS, Ana Maria. Ainda 'os mais antigos textos escritos em português': documentos de 1175 a 1252. Em: FARIA, Isabel Hub (org.) - Lindley Cintra: Homenagem ao homem, ao mestre e ao cidadão. Lisboa: Cosmos-FLUL (491-534), 1999.

[reprodução das páginas 516-517, por escanerização]

(3)

1 (a) Reprodução do Manuscrito, cf. Martins (2001:29)

(4)

1 (b) Edição, cf. Martins (1999:516-517)

(5)
(6)

[2] Manuscrito português, século XIII: Notícia de Torto

Referências

2 (a) Reprodução do Manuscrito

MARTINS, Ana Maria. Emergência e generalização do português escrito: de D. Afonso Henriques a D.

Diniz. Em: Caminhos do Português: exposição comemorativa do ano europeu das línguas - Catálogo. Biblioteca Nacional (org). Lisboa: BN, 2001 (1a edição).

[reprodução da página 25, por escanerização]

2 (b) Edição do Manuscrito

DIAS, João José Alves; MARQUES, A.H. de Oliveira & RODRIGUES, Teresa F. Álbum de Paleografia. Lisboa: Estampa, 1987 (1a edição).

[reprodução da página 3, por escanerização]

(7)

2 (a) Reprodução do manuscrito, cf. Martins (2001:25)

(8)

2 (b) Edição, cf. Dias, Marques & Rodrigues (1997:3)

(9)

[3] Manuscrito português, século XIII: Testamento de D. Afonso

Referências

3 (a) Reprodução do Manuscrito

MARTINS, Ana Maria. Emergência e generalização do português escrito: de D. Afonso Henriques a D. Diniz. Em: Caminhos do Português: exposição comemorativa do ano europeu das línguas - Catálogo. Biblioteca Nacional (org). Lisboa: BN, 2001 (1a edição).

[reprodução da página 26, por escanerização]

3 (b) Edição

CASTRO, Ivo. Curso de história da língua portuguesa. Lisboa: Universidade Aberta, 1991.

[reprodução das páginas 197:202, por escanerização]

(10)

3 (a) Reprodução do Manuscrito, cf. Martins, 2001:26

(11)

3 (b) Edição, cf. Castro, 1991:197:202

(12)
(13)
(14)
(15)
(16)
(17)

[4] Manuscrito galego-português, século XIII: Ondas do Mar de Vigo, Martin Codax Referências

4 (a) Reprodução do Pergaminho Vindel

Fragmento do Pergaminho Vindel, Pierpont Morgan Library, New York, Vindel MS M979. Biblioteca Virtual Miguel de Cervantes,

<http://www.cervantesvirtual.com/servlet/SirveObras/89558518292445473413068/ima001.htm>,

29.04.2006.

[cópia de arquivo digital via rede de computadores]

4 (b) Reprodução do Manuscrito da Vaticana

Fragmento do Manuscrito da Vaticana, 139 v. Biblioteca Virtual Miguel de Cervantes,

<http://www.cervantesvirtual.com/servlet/SirveObras/codax/76856085386923448464724/ima0000.ht m> ,

29.04.2006.

[cópia de arquivo digital via rede de computadores]

4 (c) Reprodução do Manucrito de Berkeley

Fragmento do Manucrito de Berkeley, 197 v. Biblioteca Virtual Miguel de Cervantes,

<http://www.cervantesvirtual.com/servlet/SirveObras/93237695544114925739368/ima0000.htm >,

29.04.2006.

[cópia de arquivo digital via rede de computadores]

4 (d) Edição Crítica:

CUNHA, Celso Ferreira da . O cancioneiro de Martin Codax. Nota introductoria de Elsa Gonçalves. Rio de Janeiro: 1956. Edição digital da Biblioteca Virtual Miguel de

Cervantes, 2003;

<http://www.cervantesvirtual.com/FichaObra.html?Ref=10924>

; 29.04.2006.

[cópia de arquivo digital via rede de computadores]

(18)

4 (a) Pergaminho Vindel, cf. http://www.cervantesvirtual.com/servlet/SirveObras/89558518292445473413068/ima001.htm

(19)

4

(b) Ms. da Vaticana, cf. http://www.cervantesvirtual.com/servlet/SirveObras/codax/76856085386923448464724/ima0000.htm

(20)

4 (c) Ms. de Berkeley, cf. http://www.cervantesvirtual.com/servlet/SirveObras/93237695544114925739368/ima0000.htm

(21)

4 (d) Edição Crítica, cf. Cunha, 1956 (2003)

- I - Ondas do mar de Vigo,

se vistes meu amigo?

E ay Deus, se verrá cedo!

Ondas do mar levado,

se vistes meu amado? 5 E ay Deus, se verrá cedo Se vistes meu amigo, o por que eu sospiro?

E ay Deus, se verrá cedo

Se vistes meu amado, 10 por que ey gran coydado?

E ay Deus, se verrá cedo!

Classificação: Cantiga de refram: 4 X (2 + 1). Estrofes paralelísticas: aa-B e cc-B, alternadas. O corpo da cantiga é constituído de hexassílabos graves; o refram, de um heptassílabo, também grave. Rima breve, toante no 3.º dístico e soante nos demais. O refram monóstico não se liga pela rima ao corpo da cantiga.

Manuscritos: B 1278, V 884, PV 1.

Variantes dos manuscritos:

3, 6, 9 e 12: E ay.... (B e PV) cay.... (V). Apenas o PV repete o refram completo nos vv. 6, 9 e 12; B redu-lo a E ay d; e V, a cay dus, no v. 6, e a cay d's, nos outros dois.

||4. Ondas -41- do mar.... (B e PV) Ondas demar.... (V)

||10. De tão esmaecido, não se percebe no PV o S de Se.

||11. O pr ey grã cuydado (B) opr ey m cuydado (V) por que ei n coidado (PV).

Lição crítica:

1-12. Pontuação.

Considerando predominante ora o tônus exclamativo, ora o interrogativo do enunciado, não são acordes os editôres quanto à pontuação que se deva apor aos versos desta cantiga. MONACI (CAP, p. 27) assim apresenta a 1.ª estrofe:

Ondas do mar de Vigo, Se vistes meu amigo...

Ay Deus, se verrá cedo

e, à semelhança, as demais. Também com um ponto de exclamação ao fim do refram se satisfazem VESTEIRO TORRES (HG, 147, p. 346 = MV, p. 13), T. BRAGA (AP, p. 7) e AUBREY BELL (MLR, XVIII, p. 164), que, no entanto, prefere a entoação interrogativa em sua versão inglêsa do poema e, para o corpo da cantiga, na lição que dá em OBPV, p. 13. Em suas diversas edições do texto (Crestomatia1, p. 342; Amigo, II, p. 441; MLLAJ, pp. 342-343; HLPI, I, p. 131; CMC, p. 24), NUNES pospõe tanto ao refram como aos dísticos ponto de exclamação, e a sua leitura é seguida por H. CIDADE (PM, P. 25), ALMEIDA LUCAS (Crest. Arc., pp. 47-48), V. NEMÉSIO (PT, p.

86) e FERNÁNDEZ POUSA (SLIG, p. 89). Já para MENÉNDEZ PELAYO (APLC, I, p. 231 = HPCEM, I, p. 238), J. DE SANTIAGO (HV, p. 171), OVIEDO Y ARCE (BAG, XI, pp. 66-67), H.

LANG (RHi, LXXVII, pp. 190-191), S. PELLEGRINI (Auswahl, p. 37; ARom, XIV, p. 300 = Studi, p. 38), COUCEIRO FREIJOMIL (El Id. Gall., pp. 252-253), GIULIO BERTONI (ALP, p.

53), A. IGLESIAS ALVALIÑO (AV, 1950-1951) e ALVAREZ BLÁZQUEZ (EPG, 1, pp. 125-- 126) o corpo da cantiga e o refram têm ambos entoação exclamativa, não obstante admitirem alguns dêles __e o indicarem gràficamente__ o caráter exclamativo do primeiro verso do dístico e da

(22)

expressão E ay Deus do refram. A nosso ver, porém, há que distinguir pela pontuação, como o sentiram posteriormente T. BRAGA (CPV, 884), AUBREY BELL (OBPV, p. 13) e A. DE LA IGLESIA (IG, II, pp. 227) __que em tudo segue a lição do primeiro__, a pergunta dirigida pela amiga às ondas, por conseqüência uma interrogação endereçada, da conjectura, predominantemente exclamativa, que se contém no refram. É certo que procedem as considerações que aduz I. POPE no seu estudo sôbre o manuscrito musical:«The evenly maintained descending rhythm of the disthics is broken by the exclamation e ai Deus of the refrain. The refrain indeed is divised in two parts and the melody of the exclamation is separated from the second part by the line of phrasing. The second phrase of the refrain melody echoes the theme of the-strophe» (Spec, IX, p. 19). Não só do ponto de vista melódico, mas também do lingüístico, o refram, está realmente dividido en duas partes. Não nos parece contudo que a segunda parte continue simplesmente o tema do dístico, já que dêle se diferencia pelo tônus da exclamação E ay Deus, que a ela se trasmite (cf. o que dizemos na lição crítica da cantiga IV, vv. 1-18), e pelo emprêgo do tempo verbal diverso. Embora estas fórmulas sintéticas da linguagem afetiva não se prestem a transformações analíticas, poderíamos melhor distinguir os dois enunciados se considerássemos latente no corpo da cantiga um verbo dicendi:

Ondas do mar de Vigo, [Dizei-me] se vistes meu amigo?

O subentender-se no refram forma verbal equivalente alterar-lhe-ia, porém, o sentido. Aí, a môça não pede nem às ondas nem a Deus que lhe digam se o amiga virá cedo. Invoca apenas a divindade, mas a si própria se dirige, angustiada, ao expressar o misto de dúvida e de desejo que encerram as palavras

se verrá cedo!

que contêm uma pergunta, sem dúvida, mas uma pergunta sem enderêço e sem resposta, porque mais exclamativa que interrogativa. Essa a razão por que nos parece de todo inadequada a interpretação:

Ondas do mar de Uigo, se uistes meu amigo!

E, ay Deus, se verrá cedo?

- dada por R. M. RUGGIERI em TAR, II, p. 100.

||1. Na Crestomatia1, p. 342, NUNES - talvez influenciado pelo que diz D. CAROLINA MICHAËLIS no CA. (II, p. 928, nota 3)- propõe mar salido por mar de Vigo, que é a lição dos códices. O haver reproduzido em edições posteriores (Crestomatia2, p. 354; Amigo, II, p. 441;

MLLAJ, p. 342; HLPI, I, P. 131; CMC, p. 24) o texto manuscrito se explica também, possìvelmente, pela retificação da mestra no artigo publicado, em 1915, na RFE (II, pp. 258-273), em que provou não ter sido só neste passo e no v. 2 da cantiga V__onde, pelas mesmas razões de alternância sinonímica, seria de esperar salido, o substituto normal de levado__ que CODAX fugiu às regras do paralelismo. São suas palavras: «.... sé já em 1904 tivesse estudado com particular atenção os versos dêsse jogral, não me teria escapado o que reconheço agora: que Martim Codax, muito poético, mas pouco correto, se afasta das regras consagradas em mais de um ponto. Teria notado que, p. ex., quanto ao cenário, substituiu, conforme já deixei dito, como confidentes naturais das namoradinhas, as flôres e as árvores floridas (pinheiro, aveleira e milgranada) pelas ondas do mar e pela linda ria de Vigo. Teria reparado também, quanto às formas, que nem longe emprega sempre rimas sinônimas, nem mesmo palavras objetivas, lexicográficas. Bastas vêzes se encontram nos seus versos rimas incolores como migo, comigo, e a èsse migo, comigo opõe ora mandado, ora grado, ora trago, ora ambos. Peca portanto contra as leis do paralelismo. Em vista disso não admira que também repetidamente opusesse ao nome própio Vigo <vicu que menciona em tôdas as suas composições, menos uma, ora manho < maneo, ora sagrado, ora levado» (RFE, II, p. 267).

||2. Talvez por lapso __já que nem na AP, p. 7, nem no v. 7 do CPV 884 faz__ T. BRAGA, na sua edição reconstituída do códice vaticano, antepõe aqui ao possessivo meu o artigo o, êrro que, inadvertidamente, repetem A. DE LA IGLESIA, MENÉNDEZ PELAYO e J. DE SANTIAGO em suas transcrições da cantiga.

(23)

||3, 6, 9 e 12. A leitura E ay Deus, única autorizada pelos manuscritos __pois que a forma discordante cay, de V (reproduzida por T. BRAGA em AP, p. 7, mas não em CPV 884) está evidentemente por eay __, não tem sido seguida por todos os editôres. Talvez por influência da lição da cantiga IV (vv. 1 e 4), ou para conformar a medida do refram à dos dísticos, MONACI (CAP, pp.

27-28), VESTEIRO TORRES (loc. laud.), NUNES (Crestomatia1, p. 342) e AUBREY BELL (OBPV, p. 13, lição aqui e no mais reproduzida por ENTWISTLE, RLC, XVIII, p. 142) reduzem a fórmula invocatória a Ay Deus, emenda, aliás, não efetuada pelo último em publicação anterior (MLR, XVIII, p. 164) e retificada por NUNES em edições posteriores (Crestomatia2, p. 354; Amigo, II, p. 441, III, pp. 418-419; MLLAJ, pp. 342-343; HLPI, I, p. 131; CMC, pp. 24 e 31). Embora o sentido não a exija, não pode a conjunção E ser considerada aqui simples «acrescento», como pensa NUNES (CMC, p. 31). Sôbre nada ter insólito (cf. MICHAËLIS, RFE, II, p. 268; CA-Gloss., s. v.), o seu emprêgo em fórmulas tais reveste caráter estilístico tão saliente que alguns filólogos, como LANG (LKD, pp. 122 e 151) e NYROP (GHLF, VI, p. 148), preferem incluí-la na classe das interjeições. Cf. cantiga IV, vv. 3, 6, 9, 12, 15 e 18; e Glossário, s. v.

|| 5 e 10. Inexplicàvelmente, LANG (RHi, LXXVII, p. 191), que nos vv. 2 e 7 segue a boa lição das códices, faz anteceder, nas passos em causa, ao possessivo meu o artigo o, em discordância com os manuscritos e os outros editôres.

||8. Tanto os apógrafos italianos como o rôlo membranáceo só permitem a leitura que adotamos, em tudo perfeita e acolhida pela maioria dos críticos. Nada há que justifique a substituição do demonstrativo pela conjunção e, como em suas transcrições do texto praticam MENÉNDEZ PELAYO, J. DE SANTIAGO e SAID ARMESTO-VINDEL, êstes aqui e no v. 11 (cf. SCA, n.º 1);

nem a da preposição por por per, conforme sugere MONACI (também para o v. 11, cf. CAP, p. 28), nem a do relativo que por quem, interpretação de VESTEIRO TORRES, T. BRAGA (AP, p. 7) e COUCEIRO FREIJOMIL inicialmente aceita par NUNES (Crestomatia1, p. 342); nem, tampouco, a de sospiro por suspiro, modernização formal que se vê nos lugares citados das antologias de T.

BRAGA, H. CIDADE, ALMEIDA LUCAS E V. NEMÉSIO. A omissão do pronome eu, praticada por AUBREY BELL (OBPV, p. 13) e ENTWISTLE (loc. laud.), também não procede: prejudica a métrica e contraria a letra dos códices sem béneficiar o contexto.

||11. Excetuando-se as de VESTEIRO TORRES e de NUNES (Crestomatia1, p. 342), as edições saídas anteriormente à descoberta do PV mantêm o demonstrativo o, de acórdo com a lição de V, coincidente com a de B. Desnecessário ao sentido e mètricamente excrescente, o pronome aparece nos códices quinhentistas sem dúvida par influência do v. 8, paralelo natural dêste, e vivo no espírito dos escribas. A lição correta, como expressamente reconheceu D. CAROLINA MICHAËLIS (RFE, II, p. 268), ê a do PV, reproduzida por OVIEDO Y ARCE (BAG, XI, p. 67), NUNES (Crestomatia2, p. 354), AUBREY BELL (MLR, XVIII, p. 164), ISABEL POPE (Spec, IX, p. 19) e por nós. Não cabe, portanto, continuar a ler quen por que (cf. COUCEIRO FREIJOMIL, loc. laud.), como o fizeram VESTEIRO TORRES e, de início, T. BRAGA (AP, p. 7) e NUNES (Crestomatia1, p. 342), pois a relativo que __lição concordante dos códices e grafado por extenso no PV__ era empregado no português arcaico e médio, indiferentemente, para pessoas e coisas. Também não se justifica a acolhida preferencial a cuidado (ou cuydado, forma atestada por V e B) por parte de editôres modernos (NUNES, LANG, H. CIDADE, BERTONI, ALMEIDA LUCAS, NARCISO DE AZEVEDO, V. NEMÉSIO, FERNÁNDEZ POUSA e ALVAREZ BLÁZQUEZ). Como PELLEGRINI (ARom, XIV, p. 321, onde retifica a leitura que dá em Auswahl, p. 37), julgamos que, ainda aqui, se deve conservar a lição coidado, do rôlo membranáceo, e as razões que, para isso, se nos afiguram relevantes estão aduzidas no Glossário, s. v.

(24)

[5] Manuscritos portugueses, século XVI: Cartas de Tomé de Sousa

Referências

Reproduções e edições:

ACIOLI, Vera Lúcia Costa. A escrita no Brasil colônia: um guia para leitura de documentos manuscritos. Recife: UFPe/Massangana, 1994.

[reprodução das páginas 194-195, 260-261, por escanerização]

5 (a) Reprodução do manuscrito 1 (documento 48 em Acioli, 1994:195)

5 (b) Edição do manuscrito 1 (documento 48 em Acioli, 1994:194)

5 (c) Reprodução do manuscrito 2 (documento 48 em Acioli, 1994:261)

5 (d) Edição do manuscrito 2 (documento 48 em Acioli, 1994:260)

(25)

5 (a) Reprodução do manuscrito 1, cf. Acioli, 1994:195

(26)

5 (b) Edição do manuscrito 1, cf. Acioli, 1994:194

(27)

5 (c) Reprodução do manuscrito 2, cf. Acioli, 1994:261

(28)

5 (d) Edição do manuscrito 2, cf. Acioli, 1994:260

(29)

[6] Impresso português, século XVI: História da Província Santa Cruz a que vulgarmente chamamos Brasil, P. Magalhães de Gandavo (fl 4v)

Referências

6 (a) Reprodução de 4v:

B

IBLIOTECA

N

ACIONAL DE

L

ISBOA

: História da prouincia Sãcta Cruz que vulgarme[n]te chamamos Brasil/ feita por Pero Magalhäes de Gandauo. Em Lisboa: na officina de António Gonsaluez: vendense em casa de Ioão Lopez, 1576. <http://purl.pt/121>

[cópia de arquivo digital via rede de computadores]

6 (b) Edição Eletrônica: apresentação da transcrição (4v)

C

ORPUS

A

NOTADODO

P

ORTUGUÊS

T

YCHO

B

RAHE

. Documento g_008:

<http://www.ime.usp.br/tycho/corpus/texts/xml/g_008.xml>

[cópia de arquivo digital via rede de computadores]

6 (c) Edição Eletrônica: apresentação da edição interpretativa (4v) [idem]

6 (d) Edição Eletrônica: apresentação do léxico de edições (4v) [idem]

6 (e) Edição Eletrônica: cópia do código-fonte (4v, fragmento) [idem]

(30)

6 (a) Reprodução de 4v:, cf. BIBLIOTECA NACIONALDE LISBOA, <http://purl.pt/121>

(31)

6 (b) Edição Eletrônica: apresentação da transcrição (4v)

AO MVITO ILLVSTRE SENHOR DOM LIONIS PEREIRA, Epiſtola de Pero de Magalhães.

N E S T E pequeno ſeruiço (muito illuſtre ſenhor) que offere- ço a V.M. das premicias de meu fra

co entendimento, poderá nalgũa maneira conhecer os deſejos que tenho de pagar com minha poſsibi

lidade algũa parte do muito queſe deue á inclita fama de voſo heroy-

co nome. E iſtoaſsi pelo mereci- m ẽ to do nobiliſsimo ſangue & cla ra progenie donde traz ſua origem,

como pelos tropheos das grandes

victorias, & caſos bem afortunados que lhe hão ſuccedido neſſas par tes do Oriente em que Deos o quis fauorecer com tam larga mão, que nam cuido ſer toda minha vida baſtante pera ſatisfazer á menor

parte de ſeus louuores. E como todas eſtas razões me ponham em tanta obrigaçam, & eu entenda que outra nenhũa couſa deue ſer mais aceita a peſſoas de altos animos que a liçam das eſcrituras, per cujos meyos ſe alcançam os ſegredos de todas as ſciencias, & os ho- m ẽ s vém a illuſtrar ſeus nomes & perpetualos na terra com fama im mortal, determiney escolher a V.M. entre os mais ſenhores da ter

ra, & dedicarlhe eſta breue hiſtoria. A qual eſpero que folgue de ver cõ attençam & receberma benignamente debaixo de ſeu empa- ro: aſsi por ſer couſa noua , & eu a eſcreuer como teſtemunha de vi-

ſta: como por ſaber quam particular affeiçam V.M. tem ás couſas do ingenho, & que por eſta causa lhe nam ſera menos aceito o exer

cicio das eſcrituras, que o das armas. Poronde com muita razam fauorecido deſta confiança poſſa ſeguramente ſair a luz com eſta pe

quena empreſa & divulgala pela terra ſem nenhum receo, ten- do por defenſor della a V.M. Cuja muito illuſtre peſ-

ſoa noſſo Senhor guarde & acrec ẽ te ſua vida & estado por longos &

felicis annos .

(32)

6 (c) Edição Eletrônica: apresentação da edição interpretativa (4v)

AO MUITO ILUSTRE SENHOR DOM LIONIS PEREIRA,

Epístola de Pero de Magalhães.

NESTE pequeno serviço (muito ilustre senhor) que ofereço

a Vossa Mercê das primícias de meu fraco entendimento, poderá nalguma

maneira conhecer os desejos que

tenho de pagar com minha possibilidade alguma parte do muito que se

deve à ínclita fama de vosso heróico nome. E isto assim pelo merecimento do nobilíssimo sangue e clara

progênie donde traz sua origem, como pelos troféus das grandes

vitórias, e casos bem afortunados que lhe hão sucedido nessas partes do Oriente em que Deus o quis favorecer com tão larga mão,

que não cuido ser toda minha vida bastante para satisfazer à menor parte de seus louvores. E como todas estas razões me ponham em tanta obrigação, e eu entenda que outra nenhuma coisa deve ser mais aceita a pessoas de altos ânimos que a lição das escrituras, por cujos meios se alcançam os segredos de todas as ciências, e os homens vem a ilustrar seus nomes e perpetuá-los na terra com fama imortal, determinei escolher a Vossa Mercê entre os mais senhores da terra, e dedicar-lhe esta breve história. A qual espero que folgue de ver com atenção e receber-ma benignamente debaixo de seu amparo:

assim por ser coisa nova, e eu a escrever como testemunha de vista:

como por saber quão particular afeição Vossa Mercê tem às coisas do engenho, e que por esta causa lhe não será menos aceito o exercício das escrituras, que o das armas. Por onde com muita razão

favorecido desta confiança possa seguramente sair a luz com esta pequena empresa e divulgá-la pela terra sem nenhum receio, tendo

por defensor dela a Vossa Mercê Cuja muito ilustre pessoa nosso Senhor guarde e acrescente sua

vida e estado por longos e

felizes anos.

(33)

6 (d) Edição Eletrônica: apresentação do léxico de edições (4v, fragmento)

Modernizações:

Item Editado Item Original

Epístola Epiſtola [g_008_v_3]

serviço ſeruiço [g_008_v_5]

ilustre illuſtre [g_008_v_6]

senhor ſenhor [g_008_v_7]

ofereço offere-ço [g_008_v_8]

primícias premicias [g_008_v_10]

desejos deſejos [g_008_v_13]

possibilidade poſsibilidade [g_008_v_14]

alguma algũa [g_008_v_15]

que se que ſe [queſe] [g_008_v_16]

deve deue [g_008_v_18]

à á [g_008_v_19]

ínclita inclita [g_008_v_20]

vosso voſo [g_008_v_21]

heróico heroy-co [g_008_v_22]

isto assim iſto aſsi [iſtoaſsi] [g_008_v_23]

merecimento mereci-m toẽ [g_008_v_25]

nobilíssimo nobiliſsimo [g_008_v_26]

sangue ſangue [g_008_v_27]

e & [g_008_v_28]

progênie progenie [g_008_v_30]

sua ſua [g_008_v_32]

troféus tropheos [g_008_v_33]

vitórias victorias [g_008_v_34]

e & [g_008_v_35]

casos caſos [g_008_v_36]

sucedido ſuccedido [g_008_v_37]

nessas neſſas [g_008_v_38]

Deus Deos [g_008_v_40]

favorecer fauorecer [g_008_v_41]

tão tam [g_008_v_42]

não nam [g_008_v_43]

ser ſer [g_008_v_44]

bastante baſtante [g_008_v_45]

para pera [g_008_v_46]

satisfazer ſatisfazer [g_008_v_47]

à á [g_008_v_48]

seus ſeus [g_008_v_49]

louvores louuores [g_008_v_50]

estas eſtas [g_008_v_51]

obrigação obrigaçam [g_008_v_52]

(34)

6 (e) Edição Eletrônica: código-fonte (4v, fragmento)

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<section_title>

AO

<v id="g_008_v_1" t="pnt"><ed id="g_008_e_1">MUITO</ed><or id="g_008_o_1">MVITO</or></v>

<v id="g_008_v_2" t="pnt"><ed id="g_008_e_2">ILUSTRE</ed><or id="g_008_o_2">ILLVSTRE</or></v>

SENHOR<nl/>

DOM LIONIS PEREIRA, <nl/>

<v id="g_008_v_3" t="mod"><ed id="g_008_e_3">Epístola</ed><or id="g_008_o_3">Epiſtola</or></v>

de Pero de Magalhães. <nl/>

</section_title>

<s id="g_008_s_43>

<v id="g_008_v_4" t="pnt"><ed id="g_008_e_4">NESTE</ed><or id="g_008_o_4"><c>N</c>ESTE</or> </v>

pequeno

<v id="g_008_v_5" t="mod"><ed id="g_008_e_5">serviço</ed><or id="g_008_o_5">ſeruiço</or></v>

<nl/>

(muito

<v id="g_008_v_6" t="mod"><ed id="g_008_e_6">ilustre</ed><or id="g_008_o_6">illuſtre</or></v>

<v id="g_008_v_7" t="mod"><ed id="g_008_e_7">senhor</ed><or id="g_008_o_7">ſenhor</or></v>

) que

<v id="g_008_v_8" t="mod"><ed id="g_008_e_8">ofereço<nl/></ed><or id="g_008_o_8">offere-

<nl/>ço</or></v>

a

<v id="g_008_v_9" t="exp"><ed id="g_008_e_9">Vossa Mercê</ed><or id="g_008_o_9">V.M.</or></v>

das

<v id="g_008_v_10" t="mod"><ed id="g_008_e_10">primícias</ed><or id="g_008_o_10">

premicias</or></v>

de meu

<v id="g_008_v_11" t="seg_tec"><ed id="g_008_e_11">fraco<nl/></ed><or id="g_008_o_11">fra<nl/>

co</or></v>

entendimento, poderá

<v id="g_008_v_12" t="seg"><ed id="g_008_e_12">nalguma</ed><or id="g_008_o_12">nalgũa</or></v>

<nl/>

maneira conhecer os

<v id="g_008_v_13" t="mod"><ed id="g_008_e_13">desejos</ed><or id="g_008_o_13">deſejos</or></v>

que <nl/>

tenho de pagar com minha

<v id="g_008_v_14" t="mod"><ed id="g_008_e_14">possibilidade<nl/></ed><or id="g_008_o_14">

poſsibi<nl/>lidade</or></v>

<v id="g_008_v_15" t="mod"><ed id="g_008_e_15">alguma</ed><or id="g_008_o_15">algũa</or></v>

parte do muito

<v id="g_008_v_16" t="mod"><ed id="g_008_e_16">que se</ed><or id="g_008_o_16">

<v id="g_008_v_17" t="seg"><ed id="g_008_e_17">que ſe</ed><or id="g_008_o_17">queſe</or></v>

</or></v> <nl/>

<v id="g_008_v_18" t="mod"><ed id="g_008_e_18">deve</ed><or id="g_008_o_18">deue</or></v>

<v id="g_008_v_19" t="mod"><ed id="g_008_e_19">à</ed><or id="g_008_o_19">á</or></v>

<v id="g_008_v_20" t="mod"><ed id="g_008_e_20">ínclita</ed><or id="g_008_o_20">inclita</or></v>

fama de

<v id="g_008_v_21" t="mod"><ed id="g_008_e_21">vosso</ed><or id="g_008_o_21">voſo</or></v>

<v id="g_008_v_22" t="mod"><ed id="g_008_e_22">heróico<nl/></ed><or id="g_008_o_22">heroy-<nl/>

co</or></v>

nome.

</s>

<s id="g_008_s_44">

E

<v id="g_008_v_23" t="mod"><ed id="g_008_e_23">isto assim</ed><or id="g_008_o_23">

<v id="g_008_v_24" t="seg"><ed id="g_008_e_24">iſto aſsi</ed>

<or id="g_008_o_24">iſtoaſsi</or></v></or></v>

pelo

<v id="g_008_v_25" t="mod"><ed id="g_008_e_25">merecimento<nl/></ed><or id="g_008_o_25">mereci-

<nl/>m to</or></v> do

<v id="g_008_v_26" t="mod"><ed id="g_008_e_26">nobilíssimo</ed>

<or id="g_008_o_26">nobiliſsimo</or></v>

<v id="g_008_v_27" t="mod"><ed id="g_008_e_27">sangue</ed><or id="g_008_o_27">ſangue</or></v>

<v id="g_008_v_28" t="mod"><ed id="g_008_e_28">e</ed><or id="g_008_o_28">&</or></v>

<v id="g_008_v_29" t="seg_tec"><ed id="g_008_e_29">clara<nl/></ed><or id="g_008_o_29">cla

<nl/>ra</or></v>

<v id="g_008_v_30" t="mod"><ed id="g_008_e_30">progênie</ed><or id="g_008_o_30">progenie</or></v>

<v id="g_008_v_31" t="seg"><ed id="g_008_e_31">de onde</ed><or id="g_008_o_31">donde</or></v>

traz

<v id="g_008_v_32" t="mod"><ed id="g_008_e_32">sua</ed><or id="g_008_o_32">ſua</or></v>

(35)

[7] Manuscrito português, século XVII: Quadras Anônimas

Referências

7 (a) Reprodução do Manuscrito

MARQUILHAS, Rita. A faculdade das letras: Leitura e escrita em Portugal no século XVII.

Tese de Doutoramento, Universidade de Lisboa, 1996.

[cópia de arquivo digital via rede de computadores]

7 (b) Edição do Manuscrito

MARQUILHAS, Rita. A faculdade das letras: Leitura e escrita em Portugal no século XVII. Tese de Doutoramento, Universidade de Lisboa, 1996.

[transcrição a partir de material impresso]

e

C

ORPUS

A

NOTADODO

P

ORTUGUÊS

T

YCHO

B

RAHE

. Documento m_002:

<http://www.ime.usp.br/tycho/corpus/texts/xml/m_002.html>

[cópia de arquivo digital via rede de computadores]

(36)

7 (a) Reprodução do Manuscrito , cf. Marquilhas, 1996.

(37)

7 (b) Edição do Manuscrito, cf. Marquilhas 1996 e CTB <http://www.ime.usp.br/tycho/corpus/texts/xml/m_002.html>

I

“ANTT, Inquisição de Coimbra, liv. 290, Cadernos do Promotor, fls. 230r-231v, s. l., [1612]. Quadras anónimas, arquivadas pelo promotor entre papéis de 1612. Não é possível localizar sequer a residência do autor do texto por este não estar acompanhado de qualquer carta de remessa redigida por um comissário ou por um familiar do Santo Ofício. As quadras e o sobrescrito ocupam as faces exteriores de uma folha inteira de papel dobrada.”

\ 230r \

# o castigo pa. os maoes he liCito E eu o aprouo mas tambem senhor repro/uo/

pera os bõns auer pãos {DEClar}

# declarome os da nacam qe. uiuem e morem na fe Desë daruore De iase itas da reDenCam

# POr que rezam não /terão/

Entre os bõns bõm lugar E porq. lhe ão de negar ser de ilustre geracam

# pois he rezam que não e/rra/

aparentando{.} se deus na tera com os iudeus serem os milhores da te/rra/

\ 231v \ DE um co RioSo

\ 230r \

O castigo para os maus é lícito e eu o aprovo mas também Senhor reprovo para os bons haver paus Declaram-me os da nação que vivem e morrem na fé descem d'árvore de Jasé itas da redenção Por que razão não terão entre os bons bom lugar e por que lhe hão-de negar ser de ilustre geração Pois é razão que não erra aparentando-se Deus na terra com os judeus serem os milhores da terra

\ 231v \ De um cu- rioso

(38)

7 (b) Códigos de edição e normas de transcrição, cf. Marqulihas, 1996.

Códigos de Edição

{.} sinal ilegível por cancelamento

{...} trecho ou palavra ilegível por cancelamento [.] sinal ilegível por deterioração do material [...] sinal ilegível por deterioração do material [?] sinal de difícil leitura

[???] vocábulo de difícil leitura

(.) branco superior ao espaco entre palavras e inferior à largura da linha

(*) linha em branco

(&) linha escondida pela encadernação [&] linhas escondidas pela encadernação

($) seção em branco

(-) linha cancelada

(~) trecho manchado

{texto} trecho ou palavra cancelados

|texto| trecho coberto por segunda camada gráfica /texto/ texto escrito na entrelinha

//texto// texto escrito na margem (texto) texto de outra caligrafia

Normas de transcrição

“A transcrição é conservadora e, na medida do possível, fiel às particularidades gráficas das formas originais.

A maior concessão a normalizações consistiu na regularização dos brancos, decidida porque a hipersegmentação que caracteriza muitos dos textos dificultava bastante a leitura. Mas o modelo seguido na imposição de brancos entre as palavras não foi o da ortografia portuguesa contemporânea; seguiram-se antes os modelos coevos destes manuscritos, os quais, por exemplo, aglutinavam graficamente os pronomes enclíticos aos verbos de que dependiam (trancreveu-se, assim, Cospialhe e não "Cospia-lhe", Chamase e não "Chama-se");

a longa sobrevivência desta solução aglutinadora na história gráfica portuguesa justifica a escolha feita, já que se deseja respeitar o ambiente gráfico em que os textos foram produzidos.

Para além disso, não se impuseram apóstrofos em casos de contracção, optando-se pela transcrição aglutinada (ex: mëconmendaCe em vez de "m'ëConmendaCe", fasa mecer em vez de "fas'a mecer", que correspondia a

"face à mercê"). Outra normalização abrangeu a variação alográfica. Em fonética e fonologia históricas basta respeitar as escolhas grafémicas. Uma vez identificado o sinal gráfico dentro do elenco dos símbolos alfabéticos (maiúsculos ou minúsculos) e dos não alfabéticos, as variações físicas do cursivo deixam de ser pertinentes.

As abreviaturas conservaram-se na transcrição mas, dada a dificuldade de reprodução mecânica de muitos traços manuscritos, foi necessário substituir os sinais de abreviatura por símbolos convencionais, independentes de qualquer variação. Assim, as abreviaturas alfabéticas foram sempre transcritas acompanhadas de ponto final (ex: pa. corresponde a "pera" ou "para", friz. corresponde a "Fernandes") e a abreviatura de item, a única não alfabética que surge nos textos, foi substituída pelo sinal arbitrário #. Para os sublinhados, já foi possível a imitação, que no entanto só foi praticada no caso dos sublinhados originais (os adventícios foram impostos na Inquisição pelos "conservadores" e já não pelos produtores dos documentos).

Não se julgou legítimo reconstituir qualquer sinal ou palavra que a erosão tivesse camuflado mas cuja forma facilmente se pudesse depreender do contexto. Se a importância destes textos está no desrespeito que evidenciam pelas convenções gráficas, não pode haver segurança absoluta quanto à grafia no lugar agora lacunoso.

Não se transcreveram os sinais não alfabéticos extra-textuais que tinham a particularidade de, respeitando códigos de conduta gráfica, assinalar o início e o fim do texto, o que acontece com as cruzes protocolares e os arabescos a seguir à assinatura”.

(39)

[8] Manuscritos Brasileiros, século XIX: Cartas Particulares

Referências

8 (a) Reprodução dos Manuscritos

CARNEIRO, Zenaide de Oliveira Novais (2005). Cartas Brasileiras (1808-1904): Um Estudo Lingüístico-Filológico. Tese de Doutoramento, Instituto de Estudos da Linguagem, Universidade Estadual de Campinas. [Anexo: Cartas 1, 2 e 3].

[cópia de arquivo digital via rede de computadores]

8 (b) Edição dos Manuscritos – 1

CARNEIRO, Zenaide de Oliveira Novais (2005). Cartas Brasileiras (1808-1904): Um Estudo Lingüístico-Filológico. Tese de Doutoramento, Instituto de Estudos da Linguagem, Universidade Estadual de Campinas. [Anexo: Cartas 1, 2 e 3].

[cópia de arquivo digital via rede de computadores]

8 (c) Edição dos Manuscritos – 2

I Oficina de Anotação - Projeto Corpora (UFBa - Unicamp). Abril,2006.

<http://www.ime.usp.br/~tycho/corpora>

[cópia de arquivo digital via rede de computadores]

(40)

8 (a) Reprodução dos manuscritos, cf. Carneiro, 2005 (carta 1)

(41)

8 (a) Reprodução dos manuscritos, cf. Carneiro, 2005 (carta 2)

(42)

8 (a) Reprodução dos manuscritos, cf. Carneiro, 2005 (carta 3)

(43)

8 (b) Edição dos manuscritos, cf. Carneiro, 2005 (carta 1)

Carta 1

AIGHBA. Antiga pasta 5. Documento contendo um fólio. Papel almaço sem pautas protegido por papel manteiga. Carimbo do IGHB na margem superior esquerda com a anotação, “Nº 51”, além de outras a lápis,

“P5m1 e, mais abaixo,“5/1/51/633”. Acima do carimbo encontra-se outra anotação em vermelho: “36 Ant°

Calmon I.G.H.B”. No segundo fólio as informações relativas ao destinatário foram escritas na vertical.

Illustrissimo e Excelentissimo Senhor Manoel Ignacio daCunha eMenezes|

Rio 13 de Dezembro de 1829.|

Meu amigo eSenhor. A sua carta de 6 do mes proximo passado| me deo grande saptisfação por trazer-me não só| a noticia da sua feliz viagem, como a de ter| achado com saúde toda a sua Familia, á quem| rendo os meus respeitos, que igualmente são derigi=|

dos por minha mulher, a qual agradece os cumprimentos| deVossa Excelência, dando-lhe o[s] paraben[s] de se – achar| restituido ao seio da sua cara Familia, sendo| n’estes sentimentos acompanhada por meu sogro, e| sogra1, que muito se – recomendão.|

Dezejando á Vossa Excelencia saúde, e ventu=|ras passo á sollicitar com instancia que me-| empregue no seu serviço, pois sempre me – acha|rá prompto por ser|

Rogo á Vossa Excelência me–recomende|

aos Excelentissimos Senhores Telles, e Antonio [?]|

Augusto. |

De Vossa Excelencia|

Amigo reconhecido, e criado obrigado|

Antonio Ro drigu ez de Ar auj o Basto. |

1 Borrado.

(44)

8 (b) Edição dos manuscritos, cf. Carneiro, 2005 (carta 2)

Carta 2

AIGHBA. Ant. pasta 5. Documento contendo um fólio. Papel almaço amarelado sem pautas.

Trechos ilegíveis por corrosão. Fólio protegido por papel manteiga. Carimbo do IGHB com a anotação em tinta, “Nº 146” e na margem superior esquerda anotações a lápis, “5/2/33/733”.

Illustrissimo Senhor Manuel Ignacio da Cunha eMenezes|

Rio de Janeiro 16 de Setembro de 1809.|

Esta serve de me ir recomeindar a lembran-|ça de Vossa Senhoria, e dar lhe os parabens do seu| despacho que leva o Senhor Inspector geral| das Tropas, que tãobem muito abonou a Vossa Senhoria| para o Serviço militar. Ainda que todos reconhe-|[cão]2 [u]tilidade deste Serviço á Nação, todavia| não m[e]3 comprazo de ver a Vossa Senhoria implicado| em subordinação e disciplina e, sendo necessario| em serviços penosos, e destacamentos etc etc.|

Já Participei a Vossa Senhoria da Mercê que Sua Alteza Imperial| fez a meu filho de hum Lugar de official| da Secretaria de Estado dos Negocios Estrangeiros| e de Guerra, onde Vossa Senhoria deve lansar Procuraçam.|

Sua Comadre e minhas filhas se recomendão a Vossa Senhoria.|

A Pessoa de Vossa Senhoria Guarde Deus muitos anos|

De Vossa Senhoria|

Amigo Obrigadissimo Criado|

Jozé da Silva Lisboa| 4

2

Corroído.

3 Corroído.

4 Grafismo.

(45)

8 (b) Edição dos manuscritos, cf. Carneiro, 2005 (carta 3)

Carta 3

AIGHBA. Ant. pasta 37. Documento contendo um fólio com algumas manchas de tinta na margem direita. Papel almaço amarelado sem pautas protegido por papel manteiga. Carimbo do IGHB com anotação “Nº 10”, na margem superior esquerda. Outras anotações a lápis na margem inferior direita, “37/5/8/5.305” precedidas do carimbo do IGHB.

Illustrissimo Senhor Manuel Ignacio da Cunha eMenezes|

Rio 9 de Abril de 1810|

Amigo eSenhor. Já tenho escripto áVossaSenhoria sobre| a sua causa. Esta ainda não está decidida| Não espero bom exito; pois hade ser Juiz| o Medico que está hoje nas graças de| sua Alteza, e que se acha tão favore-|cido. Como fala os professores de Medicina| nas Leis que tem sahido. Não espere| Vossa Senhoria melhoramento em remisso; pois| nem se concederá, e seria sem utilidade| e pouco politico. Bom será ter Vossa Senhoria| o peito bem preparado. Todavia, como tem| havido demora, tenha esperanças, ainda| que tenues. Adeus.|

Saudades de todos desua casa|

O senhor conde de Taparica já terá|

escripto á Vossa Senhoria sobre o caso:|

elle o venera e trata|

como seu parente|

De Vossa Senhoria|

Adeus eobrigadissimo criado.|

Jozé da Silva Lisboa.|

(46)

8 (c) Edição dos manuscritos, cf. I Oficina de Anotação – Projeto Corpora

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|:|Corpus: Cartas Brasileiras |:|versão texto simples (para ferramentas automáticas)

...

[text: cb_001]

[title: Carta 1 ]

[heading s_1: Ilustríssimo e Excelentíssimo Senhor Manoel Ignacio daCunha eMenezes ] [date s_2: Rio 13 de Dezembro de 1829. ]

[s_3] Meu amigo e Senhor .

[s_4] A sua carta de 6 do mês próximo passado me deu grande satisfação por trazer-me não só a notícia da sua feliz viagem, como a de ter achado com saúde toda a sua Familia, à quem rendo os meus respeitos, que igualmente são dirigidos por minha mulher, a qual agradece os cumprimentos de Vossa Excelência , dando-lhe os parabéns de se achar restituído ao seio da sua cara Família , sendo nestes sentimentos acompanhada por meu sogro, e , que muito se recomendam .

[s_5] Desejando à Vossa Excelencia saúde, e venturas passo à solicitar com instância que me empregue no seu serviço, pois sempre me achará pronto por ser Rogo á Vossa Excelência me recomende aos Excelentíssimos Senhores Telles, e Antonio Augusto.

[s_6] De Vossa Excelencia Amigo reconhecido, e criado obrigado [signature s_7: Antonio Rodriguez de Araujo Basto. ]

...

[text:cb_002] 002 [title: Carta 2 ]

[heading s_8: Ilustríssimo Senhor Manuel da Cunha Ignacio eMenezes ] [date s_9: Rio de Janeiro 16 de Setembro de 1809. ]

[s_10] Esta serve de me ir recomendar a lembrança de Vossa Senhoria , e dar lhe os parabéns do seu despacho que leva o Senhor Inspetor geral das Tropas, que também muito abonou a Vossa Senhoria para o Serviço militar.

[s_11] Ainda que todos reconheçam utilidade deste serviço à Nação, todavia não me comprazo de ver a Vossa Senhoria implicado em subordinação e disciplina e, sendo necessário em serviços penosos, e destacamentos etc etc.

[s_12] Já Participei a Vossa Senhoria da Mercê que Sua Alteza Imperial fez a meu filho de um Lugar de oficial da Secretaria de Estado dos Negócios Estrangeiros e de Guerra, onde Vossa Senhoria deve lançar Procuração .

[s_13] Sua Comadre e minhas filhas se recomendam a Vossa Senhoria . [s_14] A Pessoa de Vossa Senhoria Guarde Deus muitos anos

[s_15] De Vossa Senhoria Amigo Obrigadíssimo Criado [signature s_16: ]

...

[text:cb_003] 003 [title: Carta 3 ]

[heading s_17: Ilustríssimo Senhor Manuel Ignacio da Cunha eMenezes ] [date s_18: Rio 9 de Abril de 1810 ]

[s_19] Amigo e Senhor .

[s_20] Já tenho escrito à Vossa Senhoria sobre a sua causa.

[s_21] Esta ainda não está decidida

[s_22] Não espero bom êxito ; pois há-de ser Juiz o Médico que está hoje nas graças de sua Alteza, e que se acha tão favorecido . [s_23] Como fala os professores de Medicina nas Leis que tem saído .

[s_24] Não espere Vossa Senhoria melhoramento em remisso; pois nem se concederá, e seria sem utilidade e pouco político . [s_25] Bom será ter Vossa Senhoria o peito bem preparado.

[s_26] Todavia, como tem havido demora, tenha esperanças, ainda que tênues . [s_27] Adeus

[s_28] Saudades de todos dessa casa

[s_29] O senhor conde de Taparica já terá escrito à Vossa Senhoria sobre o caso: ele o venera e trata como seu parente [s_30] De Vossa Senhoria Adeus e obrigadíssimo criado.

[signature s_31: Jozé da Silva Lisboa. ]

|:|:|:|:|:|:|:|:|:|:|:|:|:|:|:|:|:|:|:|:|:|:|:|:|:|:|:|:|:|:|:|:|:|:|:|:|:||:|:|:|:|:|:|:|:|:|:|:|:|:|:|:|:|:|:|:|:|:|:|:|:|:|:|:|:|:|:|:|:|:|:|:|:|:|

(47)

[9] Edição Crítica de obra medieval portuguesa: A Demanda do Santo Graal, H. Megale

Referências

MEGALE, Heitor. A Demanda do Santo Graal: Das origens ao códice português. São Paulo:

Fapesp/Ateliê Editorial, 2001.

[reprodução das páginas 97-98; 106-107; 109; 112; 117-118 e 122, por escanerização]

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[10] Edição Crítica de obra seiscentista portuguesa: Diogo do Couto e a Década 8a da Ásia, M.A. Lima Cruz.

Referências

CRUZ, Maria Augusta Lima. Diogo do Couto e a Década 8a da Ásia: Edição crítica e comentada de uma versão inédita. Lisboa: Imprensa Nacional - Casa da Moeda, 1993 (Volumes I e II).

[reprodução das páginas 20-25, por escanerização]

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Referências

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