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Caracterização e proposta de priorização de atendimento aos usuários acolhidos em CAPS II

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UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA FACULDADE DE CEILÂNDIA

Curso de Enfermagem

CARACTERIZAÇÃO E PROPOSTA DE PRIORIZAÇÃO DE ATENDIMENTO AOS USUÁRIOS ACOLHIDOS EM CAPS II

DHANDARA RODRIGUES FREITAS BATISTA

Ceilândia/DF 2016

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UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA FACULDADE DE CEILÂNDIA

Curso de Enfermagem

DHANDARA RODRIGUES FREITAS BATISTA

CARACTERIZAÇÃO E PROPOSTA DE PRIORIZAÇÃO DE ATENDIMENTO AOS USUÁRIOS ACOLHIDOS EM CAPS II

Trabalho de Conclusão de Curso de Enfermagem (TCCE) apresentado à Universidade de Brasília (UnB), Faculdade de Ceilândia (FCE), como requisito necessário à obtenção do título de Bacharel em Enfermagem.

Orientadora: Profa. Dra. Diane Maria Scherer Kuhn Lago

Ceilândia/DF 2016

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3 DHANDARA RODRIGUES FREITAS BATISTA

CARACTERIZAÇÃO E PROPOSTA DE PRIORIZAÇÃO DE ATENDIMENTO AOS USUÁRIOS ACOLHIDOS EM CAPS II

Trabalho de Conclusão de Curso de Enfermagem em formato de artigo (TCCE) apresentado à Comissão de Graduação para TCCE da Faculdade de Ceilândia/Universidade de Brasília, como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em Enfermagem.

Data da aprovação: 23 de novembro de 2016.

Profa. Dra. Diane Maria Scherer Kuhn Lago – Orientadora

Profa. Dra. Janaína Meirelles Sousa

Profa. Dra. Josiane Maria Oliveira de Souza

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Dedico esta pesquisa à Santíssima Trindade. Toda honra e glória Àquele que a cada dia me ensina, corrige e me direciona pelo caminho que devo seguir. Guardando e vivendo esse princípio: "Pois tudo quanto fizerdes, fazei-o de todo o coração, como para o Senhor e não para homens" (Colossenses 3.23).

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5 AGRADECIMENTOS

Primeiramente à Deus, por essa grande conquista na minha vida e pelas maravilhas que ele realiza em minha vida! Muito obrigada, Senhor!

Aos meus pais, Jacy e Odiram, e a minha irmã, Jéssika, que sempre me acompanharam e me incentivaram, cada um da sua maneira, mas que foram indispensáveis na minha trajetória.

Aos meus tios, tias, primos e primas que sempre me incentivaram e torceram pelo meu sucesso! Em especial aos meus tios Maurício, Junia e Cloris que sempre acreditaram e me apoiram em todos os momentos da minha vida.

À minha orientadora, Prof. Dra. Diane Maria Scherer Kuhn Lago, que com sua mansidão, paciência, conselhos e ensinos contribuíram para o meu crescimento e minha formação acadêmica.

Aos demais mestres que sempre foram dedicados e amáveis, conduzindo-me ao conhecimento e crescimento profissional.

Aos meus amigos da Faculdade de Ceilândia que sempre me apoiaram e me incentivaram durante toda essa jornada, em especial à Amanda Rodrigues, Bruno Ratier, Carolina Ribeiro, Kamilla Lorena e a Raquel Guimarães. Os levarei no coração.

Ao meu grande amigo/irmão Deverson Lettieri Júnior só tenho a agradecer por todo o carinho, paciência e por ser esse grande suporte na minha vida!

Aos meus familiares e amigos que acompanharam minha trajetória desde o ingresso na faculdade.

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CARACTERIZAÇÃO E PROPOSTA DE PRIORIZAÇÃO DE ATENDIMENTO AOS USUÁRIOS ACOLHIDOS EM CAPS II

Description of users and proposal for prioritization of attendance admitted to CAPS II

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Dhandara Rodrigues Freitas Batista Diane Maria Scherer Kuhn Lago RESUMO

Com a criação dos CAPS II, pessoas que sofrem com transtornos mentais severos e persistentes passaram a ter um local de referência e de tratamento¹. No CAPS II, o acolhimento é uma ferramenta de intervenção na qualificação da escuta que busca compreender a situação da pessoa que procura o serviço da forma mais abrangente possível.

Objetivo: Descrever a caracterização sociodemográfica e clínica dos usuários acolhidos e propor classificação pós acolhimento com priorização dos que aguardam inserção em um Centro de Atenção Psicossocial –II (CAPS II). Método: Trata-se de um estudo exploratório, com abordagem quantitativa, realizado em 2016, em um CAPS II localizado no Distrito Federal. A amostra foi de 197 fichas de acolhimento.

Resultados: Após análise dos dados sociodemográficos constatou-se a predominância feminina (62%); a média de idade entre 27 e 46 anos (56%); maior parte residindo com familiares (81%) e o uso de medicação psicotrópica regular foi comum a 77% dos usuários acolhidos. Conclusão: A caracterização e a priorização dos atendimentos aos usuários acolhidos no CAPS II é importante para o planejamento das ações a serem desenvolvidas pela equipe, adaptando-se à capacidade instalada para a oferta de tratamento eficaz.

Descritores: Acolhimento; CAPS.

1 Universidade de Brasília (UnB), Faculdade de Ceilândia (FCE), Distrito Federal, DF, Brasil. Autor

responsável: Dhandara Rodrigues Freitas Batista – Endereço: QE 28 Conj. P casa17, Guará II - CEP:

71.060.- 162 – Brasília - Distrito Federal, DF – Brasil – Tel.: (61) 99662-4015 - E- mail:

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dhandara@hotmail.com

2 Enfermeira, Doutora em Enfermagem, Professora da Universidade de Brasília (UnB), Faculdade de

Ceilândia (FCE), Distrito Federal, DF, Brasil. E-mail: diane.lago@gmail.com

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ABSTRACT

Objective: To describe the sociodemographic and clinic profile of users who have been welcomed but are still waiting to be admitted into the CAPS program. Methods: An exploratory, quantitative study was done in 2016. The sample was compromised of 197 welcoming forms. This present study is part of a research project performed at a CAPS located in Distrito Federal (Federal District – Brazil). Results: Users were predominantly women (62%); 56% were between the ages 27-46 years old; the majority lived with their families (81%), and regular usage of psychotropic medications was present among 77% of all users. Conclusion: The sociodemographic characterization and the prioritization of users welcomed at CAPS provides the healthcare team with important information that is useful to provide a more effective patient-centered care; one that is tailored to the particular needs of that population. Such care will be reflected in better mental health outcomes.

Keywords: welcoming (first contact interaction), CAPS

Title: Description of users admitted to CAPS II

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9 RESUMEN

Objetivo: Describir las características sociodemográficas y clínicas de los usuarios de acogimiento y en espera de la inserción en el CAPS. Con la creación de los Centros de Atención Psicosocial (CAPS), las personas que sufren de trastornos mentales graves y persistentes tienen ahora un sitio de referencia y tratamento¹. En CAPS, el acogimiento es una herramienta de intervención en la capacidad de escucha, tratando de comprender la situación de la manera más amplia posible, la persona que solicita el servicio. Método: Se trata de un estudio exploratorio con enfoque cuantitativo, realizado en 2016, en un CAPS ubicados en el Distrito Federal. La muestra de 197 registros de recepción. Resultados: Tras el análisis de los datos demográficos, hubo un predominio del sexo femenino (62%); la media de edad entre 27 y 46 años (56%); la mayoría viven con sus familiares (81%) y el uso de medicación psicotrópica con regularidad es común al 77% de los usuarios acogidos. Conclusión: La caracterización y priorización de los usuarios en el acogimiento en los CAPS es importante para la planificación del equipo con el fin de organizar las acciones a tomar, teniendo en cuenta el perfil y las necesidades de cada usuario.

Palabras clave: acogimiento, CAPS.

Título: Caracterización de los usuarios de acogimiento en CAPS II

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INTRODUÇÃO

A Reforma Psiquiátrica no Brasil passou a representar, desde o início do século XXI, um marco na política de assistência à saúde mental. Os ideais abarcam o âmbito social, sendo construídos e expandidos por meio do conhecimento firmado na formação de novos profissionais de saúde¹.

Não obstante, as conhecidas dificuldades enfrentadas pelo sistema de saúde pública no Brasil, o cenário psiquiátrico brasileiro está em processo de mudança. A Política Nacional de Saúde Mental está pautada na redução progressiva dos leitos psiquiátricos e da ampliação e do fortalecimento da rede de serviços substitutivos, composta em especial pelos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS). Os CAPS são classificados em CAPS I, CAPS II e CAPS III definidos por ordem crescente de porte/complexidade e abrangência populacional. Além destes, há, ainda, os CAPS Infantil (CAPSi) e os CAPS Álcool e Drogas (CAPSad), os quais se destinam, respectivamente, ao atendimento de crianças e adolescentes e de pacientes com transtornos decorrentes do uso e dependência de substâncias psicoativas². Atualmente, há mais de mil CAPS distribuídos pelo país, resultando em modificações importantes na estrutura da assistência à saúde mental, substituindo progressivamente o modelo hospitalocêntrico e manicomial, de características excludentes, opressivas e reducionistas, dando lugar a um sistema de assistência orientado pelos princípios fundamentais do Sistema Único de Saúde – universalidade, equidade e integralidade, com foco na desinstitucionalização e no cuidado continuado em ambiente familiar e social¹.

O CAPS é considerado um local de referência e de tratamento para portadores de transtornos mentais severos e persistentes que necessitam de um ambiente de atendimento intensivo, comunitário, personalizado e promotor de saúde². Configuram-se como serviços comunitários, ambulatoriais e regionalizados e assumem o papel de articulador da rede de saúde, aproximando questões relativas à saúde coletiva e a saúde mental, constituindo um campo interdisciplinar de saberes e práticas. Visa um atendimento que rompa com o modelo de atenção manicomial, e se constitui um serviço alinhado aos princípios do SUS, promovendo

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11 uma clínica ampliada, centrada no sujeito, buscando garantir o acesso, o que caracteriza os CAPS como serviços de saúde particularmente complexos³.

O acolhimento é o primeiro contato do portador de transtorno mental com a equipe que participará do seu atendimento e com o serviço de saúde mental. Faz parte de uma estratégia de envolvimento e de corresponsabilização entre o usuário e os profissionais propiciando assistência mais resolutiva e humanizada, com a construção de sujeitos valorizados, autônomos e criativos4.

O protocolo desenhado para a inserção do usuário nesse serviço de saúde mental inicia com o acolhimento que envolve uma entrevista feita por um profissional da equipe multiprofissional ao interessado e ao acompanhante, familiar ou não, quando presente. Este processo oferece escuta e atenção à pessoa em seu sofrimento3. Para ser atendido no CAPS pode-se procurar diretamente esse serviço ou ser encaminhado por outro serviço de saúde. A pessoa pode ir sozinha ou acompanhada, devendo procurar, preferencialmente, o CAPS que atende à região onde mora. O objetivo nesse primeiro contato é compreender a situação, da forma mais abrangente possível, da pessoa que procura o serviço e iniciar um vínculo terapêutico e de confiança com os profissionais que ali trabalham.

Estabelecer um diagnóstico é importante, mas não deverá ser o objetivo desse momento de encontro do usuário com o serviço. A partir dele construir-se-á, conjuntamente, uma estratégia ou um projeto terapêutico singular para cada usuário.

Caso essa pessoa não queira ou não possa ser beneficiada com o trabalho oferecido pelo CAPS, ela deverá ser encaminhada para outro serviço de saúde mais adequado para sua necessidade. Se uma pessoa está isolada, sem condições de acesso ao serviço, ela poderá ser atendida por um profissional da equipe do CAPS em casa, de forma articulada com as equipes de estratégia de saúde da família do local, quando um familiar ou vizinho solicitar ao CAPS.

Por isso, é importante que o CAPS procurado seja o mais próximo possível da região de moradia da pessoa³.

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Alguns autores consideram que o ato de classificar o paciente necessita de um conjunto de condições e ações que sustentem a avaliação do grau da complexidade do mesmo.

Uma avaliação e classificação com priorização de atendimento depende de proficiências, como a capacidade de estimar as condições com base na queixa principal do paciente5. O aumento de atendimentos em saúde mental é um problema enfrentado pelo Sistema de Saúde.

Para agilizar esses atendimentos faz-se necessário uma reorganização da demanda, sendo necessário a implantação da priorização dos atendimentos usando o protocolo de Manchester, visando identificar casos mais urgentes e assegurando que os mesmos receberão tratamento prioritário. Esse modelo trabalha baseado em uma queixa e seus determinantes, que caracterizam o risco. A queixa do paciente leva a uma prioridade clínica definida por cores, que corresponde à gravidade do paciente18.

Para organização e planejamento das ações a serem desenvolvidas durante a assistência no CAPS, é fundamental o conhecimento das características dos usuários que frequentam o serviço e suas particularidades. Este estudo objetiva descrever a caracterização sociodemográfica e clínica e a priorização dos usuários acolhidos que aguardam a elaboração do projeto terapêutico singular e a sua inserção nas atividades propostas para o tratamento.

MÉTODO

Trata-se de um estudo exploratório, descritivo, com abordagem quantitativa, realizado entre os meses de junho e agosto de 2016. A coleta de dados foi realizada por meio da análise documental. Por pesquisa documental entende-se o exame de materiais de natureza diversa.

Para as informações aqui apresentadas, foram avaliadas as fichas de acolhimento, nas quais foram registradas as informações acerca dos pacientes recebidos pelo serviço de saúde mental.

A ficha de identificação/ roteiro de acolhimento baseia-se em nove aspectos, contendo dados pessoais, história clínica, condições gerias de saúde, desempenho ocupacional/atividades diárias, atividade produtiva, lazer, interesse/desejo, história social/condição econômica e fase observacional/exame psíquico.

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13 Realizou-se a leitura das fichas referentes aos acolhimentos realizados entre os meses de janeiro e junho de 2016 pela equipe multiprofissional de um CAPS II do Distrito Federal.

Os dados obtidos a partir das análises das variáveis analisadas contidas nos prontuários clínicos foram tabulados e analisados através da estatística descritiva, com auxílio do software Microsoft Office Excel 2010 (Microsoft Corporation, Redmond, WA).

Esta pesquisa faz parte de um estudo maior que envolve o levantamento do perfil dos usuários do CAPS II juntamente com o projeto de extensão universitária ‘Dança em Extensão’

que é desenvolvido no CAPS II de forma contínua desde o ano de 2013. Toda a pesquisa, incluindo o projeto de extensão e a coleta dos dados foi aprovada pelo comitê de Ética em Pesquisa da Secretaria de Estado da Saúde do Distrito Federal (CEP/FEPECS/SES/DF) sob o parecer n. 484.043/2013 e CAAE: 14910713.5.0000.5553.

RESULTADOS E DISCUSSÕES

Na avaliação dos acolhimentos, observa-se a existência de diferentes concepções sobre os objetivos do serviço e sobre a constituição da clientela alvo. Existe uma dificuldade no preenchimento e classificação dos pacientes atendidos. E, em relação ao motivo pelo qual procuram o CAPS, constata-se que a maior parte dos pacientes chega ao serviço por demanda espontânea, enquanto que é baixo o número de pacientes que foram encaminhados por outros serviços de saúde.

A maior parte dos acolhimentos foi realizada com portadores de Transtorno Mental Comum (TMC), também classificado como transtorno mental não psicótico, que é designado às pessoas que sofrem mentalmente e que apresentam sintomas somáticos como irritação, cansaço, esquecimento, redução da capacidade de concentração, ansiedade e depressão6.

Para uma abordagem adequada de um caso mais grave é necessário fazer uma cuidadosa coleta e registro de informações. Não há consenso na literatura sobre a definição para paciente com transtorno mental severo e persistente (TMSP). A definição mais utilizada é a proposta pelo grupo americano do instituto Nacional de Saúde Mental (1987), composta

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por uma tríade: diagnóstico (psicose não orgânica e transtorno da personalidade); duração (superior a dois anos); incapacidade (moderada ou severa, medida pela Escala Global de Avaliação – GAF). Entretanto, não há consenso e existe importante querela quanto aos diagnósticos a serem incluídos, tanto quanto ao grau da incapacidade e, principalmente, quanto à duração da doença7. Definições para TMSP são pouco consistentes e não operacionais8. No entanto, as portarias do Ministério da Saúde classificam um paciente com TMSP como elegível para o CAPS (Portaria 224/MS e 336/MS)7. A ausência de critérios diagnósticos precisos para a definição de TMSP é uma grande limitação para a agilização dos acolhimentos recebidos. Visando facilitar a avaliação das pessoas que procuram atendimento no CAPS, um roteiro de acolhimento foi desenvolvido pela equipe para avaliar a saúde mental dos usuários.

Considerando-se a configuração da equipe do serviço de saúde mental estudado, nota- se um número alto de novos usuários atendidos mensalmente. Isso pode ser explicado pela falta de serviços de referência em outras regiões administrativas, que sobrecarregam o CAPS em questão.

A literatura científica nos ajuda a esclarecer o parágrafo acima, apontando que um dos grandes entraves ao trabalho do CAPS hoje é a dificuldade de relação com outros serviços saúde e, especificamente, com a Atenção Básica de Saúde (ABS)8. Assim, supõe-se que a ausência de um trabalho em rede estaria dificultando que encaminhamentos das outras instituições ao CAPS, assim como deste para elas. Chama a atenção o elevado número de ideações e tentativas suicidas, o uso de medicações de uso controlado e contínuo ( tabela 1), corroborando as afirmações de dados estatísticos, que demonstram que grande parte da demanda de saúde mental atendida no Brasil se refere a portadores de transtornos não psicóticos, ou ao referido Transtorno Mental Comum que, em pesquisas, foi categorizado como “síndromes depressivas/ ansiosas”9. Essa falta de categorização, também dificulta a identificação e priorização de casos mais graves.

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Tabela 1 – Caracterização sociodemográfica e clínica dos usuários atendidos no acolhimento do CAPS II - Taguatinga/DF, entre janeiro e julho de 2016.

Variável N(%)

Nº de fichas de acolhimento 197 (100%)

Sexo

Masculino 75 (38%)

Feminino 122 (62%)

Idade dos usuários

18 a 26 anos 31(16%)

27 a 36 anos 60(31%)

37 a 46 anos 50(25%)

47 a 56 anos 27(14%)

57 a 66 anos 22(11%)

Acima de 67 anos 6(3%)

Convívio diário (com quem reside)

Com familiares 160(81%)

Sem familiares 15(8%)

Não informado 32(11%)

Uso de medicamentos psicotrópicos regular

Com medicação 152(77%)

Sem medicação 35(18%)

Não informado 10(5%)

Internação hospitalar prévia (relacionada a queixa atual) 62(31%) Presença de sintomas psicóticos (alucinação, delírio, surto…) 46(23%) Ideação/Plano suicida ou tentativa de suicídio 106(54%)

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Foram analisadas 197 fichas de acolhimento de usuários atendidos no CAPS II.

Quanto aos aspectos sociodemográficos, observamos a predominância do sexo feminino (62%); a média de idade entre 27 e 46 anos (56%); maior parte reside com familiares (81%) e o uso de medicação psicotrópica regular é comum a 77% dos usuários acolhidos.

No que diz respeito ao resultado da variável sexo, os dados apresentados vão ao encontro de um estudo realizado para caracterizar o perfil epidemiológico de um CAPS de um município do Estado do Rio Grande do Sul10. Os resultados obtidos apontam a prevalência do público feminino. As mulheres apresentam maior frequência de transtornos afetivos, transtornos ansiosos, transtornos dissociativos e transtornos alimentares.

Os transtornos mentais alcançam um grupo etário denominado População Economicamente Ativa (PEA), que representam pessoas que estão inseridas no mercado de trabalho ou que estão em busca de emprego11. Considerando que a PEA movimenta a produção de um país e que o trabalho é produtor de significado para o sujeito, o processo de acompanhamento e reabilitação dos usuários do CAPS II deve ser direcionado, também, para a inserção no ambiente de trabalho, pois, vê-se que o sentido da atividade de trabalho pode assumir desde uma condição de neutralidade até a de centralidade na identidade pessoal e social12.

O convívio com familiares é um importante apoio e deve ser aproveitado como uma informação às equipes de saúde auxiliando a identificação das fragilidades e fortalezas para implementação da atenção em saúde mental. É uma estratégia facilitadora e ampliadora das ações de saúde mental, consolidando a Reforma Psiquiátrica quanto ao exercício de cidadania e inclusão social13.

O uso exacerbado de medicamentos é um fato na sociedade atual, gerando preocupação entre as autoridades de saúde, pois, é sabido que a utilização prolongada dos psicofármacos, além de efeitos colaterais indesejáveis, pode provocar dependência química e

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gerar dificuldades quanto ao término do tratamento. Na saúde mental brasileira, independente do avanço da reforma psiquiátrica, a medicalização se mantém como prática não reformada. A hospitalização e a "renovação de receitas" sem a avaliação presencial dos usuários ainda são respostas comuns diante das demandas que aportam ao sistema. Essas práticas, que intencionavam evitar a interrupção dos tratamentos e garantir o cuidado, terminaram por se tornar parte do problema, com indivíduos usando medicamentos por tempo indeterminado e submetidos a um cuidado fragmentado14.

Os serviços de saúde foram responsáveis por 25% dos encaminhamentos e o restante dos atendimentos originou-se por demanda espontânea. Tal achado pode representar uma boa inserção e aceitação do CAPS pela comunidade. Porém, pode ser indicativo da inexistência de uma rede eficiente de cuidados à saúde na região administrativa, o que impossibilita um sistema adequado de referenciamento. Observou-se o atendimento de quase todas as categorias de transtornos mentais, sendo mais frequentes aquelas consideradas menos graves, o que não é o esperado para esse tipo de assistência15.

Dentre todos os usuários acolhidos no período, 62 (31%) relataram já terem sido hospitalizados em unidades psiquiátricas, ao menos uma vez ao longo da vida e 106 (54%) relataram ter tentado, ao menos uma vez, o autoextermínio. De acordo com a literatura, pacientes com comportamentos suicidas geralmente têm doença mental diagnosticada, o que aumenta o risco de tentativa de suicídio, com agressões graves e, muitas vezes, com necessidade de atendimento hospitalar16.

Entre as classificações diagnósticas atuais a definição do termo psicótico se limita, basicamente, à presença de delírios e/ou alucinações e/ou discurso desorganizado e/ou comportamento desorganizado (incluindo catatônico), caracterizando um amplo comprometimento do juízo crítico da realidade17, 46 (23%) usuários apresentaram um ou mais desses sintomas.

Com o propósito de priorizar o atendimento em Saúde Mental, foi apresentado um protocolo, construído pela equipe de Saúde Mental de uma unidade básica de saúde de Minas

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Gerais19. A proposta, baseada no Protocolo de Manchester, internacionalmente utilizado para priorização em emergências, apresentava as seguintes considerações: Três cores em ordem decrescente de urgência, com as seguintes descrições relacionadas às queixas dos usuários atendidos:

- Cor vermelha/atendimento prioritário: Casos cuja história clínica demonstra recorrentes crises de sofrimento mental e vulnerabilidade social. Podem ser pacientes egressos de outros serviços de saúde; pacientes em crise ou instável durante o acolhimento;

paciente cuja história clínica pode evoluir para estados graves persistentes. Necessitam de uma assistência mais intensiva, próxima e constante21.

- Cor Amarela/atendimento psiquiátrico direcionado: Trata-se do atendimento em primeira consulta com algum profissional de saúde mental que avalie e acompanhe sinais e sintomas relevantes para um acompanhamento mais próximo. No tempo de espera para a psiquiatria, o paciente já estará em atendimento pela psicologia, enfermagem ou serviço social, sendo também uma estratégia para outros recursos terapêuticos, antes da oferta medicamentosa. Inclui pacientes que carecem de cuidadores ou que o apoio familiar encontra- se fragilizado ou inviabilizado22.

- Cor Verde/atendimento próximo: Pessoas que sofrem mentalmente e apresentam sintomas somáticos. Não há perda de autonomia da pessoa. Trata-se de casos estáveis de saúde mental. A maioria destes sintomas é breve e estão relacionados com situações de estresse, havendo remissão espontânea. Em uma minoria de casos, estes sintomas persistem e podem comprometer bastante a qualidade de vida das pessoas. Transtornos ansiosos e depressivos podem estar presentes e por isso devem ser sempre pesquisados20.

Como sugestão deste estudo, elaborou-se um instrumento contendo os sintomas atuais presentes na queixa principal e a história pregressa do usuário atendido como internações hospitalares e a possibilidade de risco para a sua integridade física ou a de terceiros.

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19 Para a priorização na inserção ao CAPS II foram elencados sintomas presentes na queixa principal e nos relatos dos usuários durante a entrevista de acolhimento, descritos no quadro abaixo.

Quadro 1 – Sintomas relatados durante a entrevista de acolhimento Sintomas relatados durante a entrevista de acolhimento ( )

( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( )

1. Internações anteriores para tratamento psiquiátrico (2 pontos);

2. Sem acompanhamento em psicoterapia atualmente (1 ponto);

3. Sem uso de medicação de uso contínuo prescrita anteriormente (2 pontos);

4. Relato de surto grave recente (sintomas psicóticos) (2 pontos);

5. Relato de tentativa(s) de autoextermínio anterior(es) (1 ponto);

6. Relato de tentativa(s) de autoextermínio atual (2 pontos) ; 7. Relato de ideação suicida (1 ponto);

8. Relato de plano suicida (2 pontos);

9. Risco da sua integridade física ou de terceiros (2 pontos);

10. Situação social de risco (morador de rua; mora só; gestante; puérpera; tem filhos menores de 7 anos; perda recente por separação ou luto) (2 pontos);

11. Percepção ou relato de sintomas somáticos: como irritação, cansaço, esquecimento, redução da capacidade de concentração, ansiedade e depressão (1 ponto);

Presença de 16 pontos ou mais Vermelha (muito urgente)

Presença de 10 a 16 pontos Amarela (urgente)

Presença de menos de 10 pontos Verde (Não urgente)

Para a classificação, utiliza-se o critério de pontuação com a soma dos itens. Sendo pontuação de até 8 pontos, considerado ‘não urgente’. Se tiver marcação de 9 a 13 pontos, considerado ‘urgente’. Se houver pontuação maior se 14 pontos, considerado ‘muito urgente’.

A definição de priorização se divide em três cores que indicam a urgência ao atendimento, sendo Vermelho (muito urgente) com prazo de inserção no serviço de até 15 dias, Amarelo (urgente), até 30 dias e Verde (não urgente), até 60 dias.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Este estudo permitiu identificar a prevalência de algumas características dos portadores de transtornos mentais, usuários de um CAPS II, como predominância do gênero

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feminino, idade média entre 27 a 46 anos, o relato de apoio dos familiares e o uso de medicação psicotrópica regular.

Diante desses dados, propõe-se a utilização dos mesmos na escolha das ações de acompanhamento a serem desenvolvidas com o apoio da rede de suporte social, pois há a possibilidade da equipe de saúde identificar e discutir maneiras de incentivo ao usuário para melhor adesão ao tratamento.

Foi possível perceber que os usuários que procuram o CAPS II espontaneamente, em busca de tratamento em saúde mental esbarram na superlotação dos serviços e na demora na inserção efetiva e a participação nos grupos terapêuticos. Uma espera que pode durar por meses sem solução.

O tempo de espera para o início do tratamento precisa ser organizado de forma diferente da ordem de avaliação na unidade. Entende-se que a classificação tem o propósito de priorizar a inserção do usuário de forma efetiva ao serviço considerando a necessidade conforme o risco ao qual está submetido.

Pretende-se dar continuidade a este estudo com a utilização do protocolo estabelecido para a classificação de prioridade aos usuários acolhidos expandindo para mais de um CAPS II como proposta de validação.

Espera-se, portanto, que sejam realizados estudos voltados para a caracterização do perfil dos usuários e da rede e apoio social para facilitar o entendimento dos fatores de risco e das situações de vulnerabilidade.

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REFERÊNCIAS

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8. Campos Rosana Teresa Onocko, Furtado Juarez Pereira, Passos Eduardo, Ferrer Ana Luiza, Miranda Lilian, Gama Carlos Alberto Pegolo da. Avaliação da rede de centros de atenção psicossocial: entre a saúde coletiva e a saúde mental. Rev. Saúde Pública [Internet]. 2009 Aug [cited 2016 Aug 04] ; 43( Suppl 1 ): 16- 22. Available from:

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9. Maragno Luciana, Goldbaum Moisés, Gianini Reinaldo José, Novaes Hillegonda Maria Dutilh, César Chester Luiz Galvão. Prevalência de transtornos mentais comuns em populações atendidas pelo Programa Saúde da Família (QUALIS) no Município de São Paulo, Brasil. Cad.

Saúde Pública [Internet]. 2006 Aug [cited 2016 Nov 23] ; 22( 8 ): 1639-1648. Available from: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102- 311X2006000800012&lng=en.

10. Pelisoli, Cátula da Luz e Moreira, Ângela Kunzler. Avaliação de um centro de atenção psicossocial por meio do perfil de seus usuários. Mental [Internet]. 2007, vol.5, n.8 [cited 2016 Nov 11], pp. 61-75 . Available from:

http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1679- 44272007000100005&lng=pt&tlng=pt.

11. Andrade Laura Helena S. G. de, Viana Maria Carmen, Silveira Camila Magalhães.

Epidemiologia dos transtornos psiquiátricos na mulher. Rev. psiquiatr. clín. [Internet]. 2006

[cited 2016 Jun 15] ; 33( 2 ): 43-54. Available from:

http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101- 60832006000200003&lng=en.

http://dx.doi.org/10.1590/S0101- 60832006000200003.

12. Morin, E., Tonelli, M. J., & Pliopas, A. L. V. O trabalho e seus sentidos O trabalho e seus sentidos. Psicol. Soc. [online]. 2007, vol.19, n.spe [cited 2016- 11-10],

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(22)

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13. Lavall E, Olschowsky A, Kantorski LP. Avaliação de família: rede de apoio social na atenção em saúde mental. Rev Gaúcha Enferm [Internet]. 2009 [citado 2016 nov 20];30(2):198-205.

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14. Onocko-Campos Rosana Teresa, Passos Eduardo, Palombini Analice de Lima, Santos Deivisson Vianna Dantas dos, Stefanello Sabrina, Gonçalves Laura Lamas Martins et al . A Gestão Autônoma da Medicação: uma intervenção analisadora de serviços em saúde mental. Ciênc.

saúde coletiva [Internet]. 2013 Oct [cited 2016 Nov 15] ; 18( 10 ): 2889- 2898. Available from: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413- 81232013001000013&lng=en. http://dx.doi.org/10.1590/S1413-

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15. Mangualde, Alice Ananias dos Santos et al. Perfil epidemiológico dos pacientes atendidos em um Centro de Atenção Psicossocial. Mental [online]. 2013, vol.10, n.19 [citado 2016-11-23],

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16. Oliveira, Maria Ivoneide Veríssimo de et al. Psychosocial characteristics of patients with a history of suicide attempts at a Center for Psychosocial Care (CAPS). SMAD, Rev. Eletrônica Saúde Mental Álcool Drog. (Ed. port.) [online]. 2013, vol.9, n.3 [citado 2016-11-23], pp. 136- 143 . Disponível em: <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1806- 69762013000300007&lng=pt&nrm=iso>.

17. Del-Ben Cristina Marta, Rufino Armanda Carla Teixeira Brandão Fragata, Azevedo-Marques João Mazzoncini de, Menezes Paulo Rossi. Diagnóstico diferencial de primeiro episódio psicótico: importância da abordagem otimizada nas emergências psiquiátricas. Rev. Bras.

Psiquiatr. [Internet]. 2010 Oct [cited 2016 Nov 08] ; 32(

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18. Grupo Brasileiro de Classificação de Risco. Sistema de Manchester de Classificação de Risco.

Classificação de risco na Urgência e Emergência. 1ª edição. Brasil, 2010.

19. Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). O Banco de Práticas e Soluções em Saúde e Ambiente (IdeiaSUS). [Internet]. [citado em 2016 Nov 15]. Disponível em:

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20. Figueiredo Maria Silvia Lopes. Transtornos ansiosos e transtornos depressivos: aspectos diagnósticos. Rev. SPAGESP [Internet]. 2000 [citado 2016 Nov 15]; 1( 1 ): 89-97.

Disponível em: http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1677- 29702000000100013&lng=pt.

21. Gama, Carlos Alberto Pegolo da, Campos, Rosana Teresa Onocko, & Ferrer, Ana Luiza. (2014). Saúde mental e vulnerabilidade social: a direção do tratamento. Revista Latinoamericana de Psicopatologia Fundamental, 17(1), 69-84.

22. Cardoso Lucilene, Galera Sueli Aparecida Frari. O cuidado em saúde mental na atualidade. Rev. esc.

enferm. USP [Internet]. 2011 June [cited 2016 Nov 23] ; 45( 3 ): 687-691. Available from:

http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0080-62342011000300020&lng=en.

http://dx.doi.org/10.1590/S0080-62342011000300020.

(23)

23

ANEXO A- PARECER CONSUBSTANCIADO DO CEP

PARECER CONSUBSTANCIADO DO CEP

DADOS DO PROJETO DE PESQUISA

Título da Pesquisa: CUIDADO DE ENFERMAGEM POR MEIO DA TERAPIA ATRAVÉS DA DANÇA

Pesquisador: DIANE MARIA SCHERER KUHN LAGO Área Temática:

Versão: 1

CAAE: 14910713.5.0000.5553

Instituição Proponente: HOSPITAL REGIONAL DE TAGUATINGA - HRT Patrocinador Principal: Financiamento Próprio

DADOS DO PARECER Número do Parecer: 484.043 Data da Relatoria: 02/12/2013

Apresentação do Projeto:

Os Centros de Atendimento Psicossocial (CAPS) assumem evidente espaço na implementação de um novo olhar sob a Saúde Mental, que visa o atendimento diário, acolhimento, manejando e reinserindo o sofrimento mental no dia-a-dia da sociedade.

Endereço: SMHN 2 Qd 501 BLOCO A - FEPECS

UF: DF Município: BRASILIA

CEP: 70.710-904

E-mail: comitedeetica.secretaria@gmail.com

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As terapias complementares de saúde apresentam-se aos enfermeiros como uma constante apropriação técnica e científica, oferecendo a esse profissional instrumento para o desafio da promoção de uma assistência integral e holística que considerará o sujeito de sua assistência um ser total, complexo e não compartimentalizado.

As Terapias Artísticas e Criativas obtém cada vez mais espaço dentro dos serviços de Saúde Mental, sobretudo, a terapia através da dança, terapia através de poemas, drama terapia (teatro) e psicodrama, obtendo-se benefícios diversos associados ao auto cuidado, a comunicação, o autoconhecimento, dentre tantos outros.

Objetivo da Pesquisa:

Geral:

- Avaliar o impacto de uma oficina de Terapia através da Dança associados ou não ao plano terapêutico de mulheres portadoras de sintomas depressivos.

Específicos:

- Levantar o perfil epidemiológico das pacientes de sexo feminino em tratamento no Centro de Atenção Psicossocial II;

- Oferecer, junto à unidade, uma alternativa terapêutica contextualizada nos moldes da Atenção Psicossocial proposta pela Reforma Psiquiátrica;

- Contextualizar a ação da Enfermagem na Terapia através da Dança;

- Aplicar a sistematização da assistência de enfermagem às participantes, identificando os diagnósticos de enfermagem mais prevalentes;

- Discutir o benefício da associação das terapias tradicionais propostas em cada caso, Medicação e Psicoterapia, com a Terapia através da Dança

- Propiciar às participantes a oportunidade de socialização com as demais compreendendo maior domínio do ambiente terapêutico;

- Avaliar a ocorrência dos sintomas depressivos nas mulheres durante a participação na oficina terapêutica;

- Conhecer e associar questões de gênero e sexualidade nos casos depressivos acompanhados.

Avaliação dos Riscos e Benefícios:

Os objetivos do estudo estão claramente definidos. Os sujeitos foram identificados.

Os riscos e benefícios foram apresentados, onde se espera a possibilidades de socialização dos pacientes, melhoras em sua comunicação interpessoal e reconstrução de sua auto-imagem corporal, promovendo uma melhor qualidade de vida. Os antecedentes científicos que justificam a pesquisa foram apresentados.

Endereço: SMHN 2 Qd 501 BLOCO A - FEPECS

UF: DF Município: BRASILIA

CEP: 70.710-904

E-mail: comitedeetica.secretaria@gmail.com

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Comentários e Considerações sobre a Pesquisa:

Trata-se de uma pesquisa-ação, descritiva e de natureza qualitativa, para o qual será instituída uma oficina de Terapia através da Dança.

A pesquisa será realizada no Centro de Atendimento Psicossocial ¿ CAPS II da regional de Taguatinga/DF, com início para janeiro/2014. O público alvo da pesquisa serão mulheres que apresentem episódios depressivos e estejam ou estiveram

vinculadas a um Plano Terapêutico. O número de participantes será de 30 indivíduos.

Serão utilizados na pesquisa os seguintes instrumentos de avaliação: Questionário Sócio-Demográfico, Questionário Semi-estruturado e Inventário de Depressão de Beck II (BDI-II).

A coleta de dados acontecerá em 03 momentos: 1) Durante a seleção das participantes no primeiro mês da pesquisa; 2) Na sexta semana de oficina e 3) Na décima segunda semana de oficina. Desta forma, as aplicações dos instrumentos compreenderão o início da oficina, refletindo a condição inicial; o decorrer dos trabalhos, refletindo a possível promoção de bem estar e diminuição dos sintomas depressivos e o término das atividades, que refletirão o resultado final da oficina.

Considerações sobre os Termos de apresentação obrigatória:

Folha de rosto: Apresentada. Documento assinado pelo Coordenador Geral de Saúde do HRT/SES/DF.

Termo de Concordância: Apresentado. Documento assinado pelo Coordenador Geral de Saúde do HRT/SES/DF e pela Gerente do CAPS II de Taguatinga/DF.

Curriculum Vitae do(s) pesquisador(es): Apresentados.

Cronograma da Pesquisa: Apresentado.

Planilha de orçamento: Apresentada.

TCLE: Apresentado. Acrescentar o telefone do CEP/FEPECS/SES/DF.

Endereço: SMHN 2 Qd 501 BLOCO A - FEPECS

UF: DF Município: BRASILIA

CEP: 70.710-904

E-mail: comitedeetica.secretaria@gmail.com

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Recomendações:

O pesquisador assume o compromisso de garantir o sigilo que assegure o anonimato e a privacidade dos sujeitos da pesquisa e a confidencialidade dos dados coletados. Os dados obtidos na pesquisa deverão ser utilizados exclusivamente para a finalidade prevista no seu protocolo, que só poderá iniciar após aprovação pelo CEP/FEPECS/SES/DF.

O pesquisador deverá encaminhar relatório final ao término da pesquisa.

Conclusões ou Pendências e Lista de Inadequações:

- Projeto Aprovado.

Situação do Parecer:

Aprovado

Necessita Apreciação da CONEP:

Não

Considerações Finais a critério do CEP:

BRASILIA, 09 de Dezembro de

2013

Assinador por:

Luiz Fernando Galvão Salinas (Coordenador)

Endereço: SMHN 2 Qd 501 BLOCO A - FEPECS

UF: DF Município: BRASILIA

CEP: 70.710-904

E-mail: comitedeetica.secretaria@gmail.com

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28 ANEXO B- DIRETRIZES PARA AUTORES- SUBMISSÃO

http://seer.ufrgs.br/index.php/RevistaGauchadeEnfermagem/about/submissions#o nlineSubmissions

1. APRESENTAÇÃO

A Revista Gaúcha de Enfermagem (RGE) foi criada em 1976, pela Escola de Enfermagem da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, com o objetivo de proporcionar aos enfermeiros do sul do país um veículo para divulgação de seus trabalhos. Quarta publicação mais antiga no país e primeira da área no estado do Rio Grande do Sul, a RGE surgiu após a Revista Brasileira de Enfermagem, Enfermagem em Novas Dimensões (não mais em circulação) e Revista da Escola de Enfermagem da USP.

Está indexada no MEDLINE (desde 1986) e na base SCOPUS. Na área de Enfermagem, vem sendo classificada desde 2009 no estrato B1 Internacional do Qualis- Periódicos, conjunto de procedimentos criado pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) para estratificação da qualidade da produção intelectual dos programas de pós-graduação.

A RGE, publicada trimestralmente nos meses de março, junho, setembro e dezembro, é editada em duas versões: impressa (ISSN 0102-6933) e eletrônica (E-ISSN 1983- 1447). A publicação em meio eletrônico teve início em maio de 2008, com o uso da plataforma SEER (Sistema Eletrônico de Editoração de Revistas). Encontram-se disponibilizados online os resumos dos artigos publicados desde 1983 e textos completos desde 1998. A partir de 2010 a RGE passa a integrar a biblioteca eletrônica SciELO.

2. INSTRUÇÕES PARA OS AUTORES

A redação deve ser clara e concisa, com a exposição precisa dos objetivos. A argumentação deve estar fundamentada em evidências bem justificadas.

Para o preparo do manuscrito, recomenda-se a busca e citação de artigos pertinentes ao tema, previamente publicados na literatura científica nacional e internacional, facilitando a contextualização, coerência e continuidade para os leitores.

A Revista não assume a responsabilidade por equívocos gramaticais, e se dá, portanto, o direito de decidir quanto a alterações e correções.

Os trabalhos devem ser encaminhados em Word for Windows, fonte Times New Roman 12, espaçamento duplo (inclusive os resumos), com todas as páginas numeradas, configurados em papel A4 e com as quatro margens de 2,5 cm. Quando os artigos forem

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redigidos em português, devem respeitar o Acordo Ortográfico de 1990, promulgado em 29 de dezembro de 2008.

Os títulos das seções textuais devem ser destacados gradativamente, sem numeração. O título do artigo e o resumo devem ser em caixa-alta e em negrito (ex.: TÍTULO; RESUMO); abstract e resumen, em caixa-alta, negrito e itálico (ex.: ABSTRACT; RESUMEN); seção primária, em caixa-alta e negrito (ex.: INTRODUÇÃO); e seção secundária, em caixa-baixa e negrito (ex.: Histórico).

Evitar o uso de marcadores ao longo do texto (ex.: -, *, etc.] e alíneas [a), b), c)...).

A extensão dos artigos originais, revisões sistemáticas e revisões integrativas deve ser de no máximo 20 páginas, enquanto as reflexões teóricas e relatos de caso devem ter, no máximo, 10 páginas.

Artigos originais: são contribuições destinadas a divulgar resultados de pesquisa original inédita. Devem obedecer à seguinte estrutura: a introdução deve apresentar a questão norteadora, justificativa, revisão da literatura (pertinente, relevante e atualizada) e objetivos. Os métodos empregados, a população estudada, a fonte de dados e os critérios de seleção devem ser descritos de forma objetiva e completa.

Os resultados devem ser descritos em sequência lógica. Quando apresentar tabelas e ilustrações, o texto deve complementar e não repetir o que está descrito nestas.

A discussão, que pode ser redigida junto com os resultados nos estudos de abordagem qualitativa, deve desenvolver a argumentação crítica dos resultados, com o apoio na literatura, e a interpretação dos autores. As conclusões ou considerações finais devem destacar os achados mais importantes, comentar as limitações e implicações para novas pesquisas. Devem obedecer ao limite de 20 páginas no total do artigo (títulos, resumos, descritores, corpo do artigo, ilustrações e conter 20 referências, no máximo);Os manuscritos devem conter:

Título: coerente com os objetivos do estudo e que identifique o conteúdo, em até 15 palavras;

Resumo: o primeiro resumo deve ser apresentado no idioma do manuscrito, conter até 150 palavras, e ser acompanhado de sua versão para o inglês (Abstract) e para o espanhol (Resumen).

Deve ser elaborado obedecendo ao formato de resumo estruturado, com os seguintes itens:

Objetivo: (objetivo geral)

Métodos: (tipo de estudo, amostra, período e local da pesquisa, coleta de dados, análise dos dados)

Resultados: (principais achados com dados estatísticos, se apropriados) Conclusões: (respostas aos objetivos baseadas nos resultados)

No caso de artigos de reflexão teórica, a descrição da metodologia poderá ser suprimida.

Palavras-chave: ao final do Resumo, indicar de 3 a 6 palavras que permitam identificar o assunto do manuscrito, em português; e suas respectivas versões para o inglês

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30 (Keywords) e espanhol (Palabras clave), conforme os “Descritores em Ciências da Saúde - DeCS” (http://decs.bvs.br), podendo a RGE modificá-los, se julgar necessário.

Título em outros idiomas: indicar o título nas versões em inglês (Title) e em espanhol (Título), logo após os palavras-chave do respectivo idioma.

Introdução: deve apresentar o problema de pesquisa, a justificativa, a revisão da literatura (pertinente, relevante e atualizada), a questão norteadora da pesquisa e os objetivos coerentes com a proposta do estudo.

Metodologia ou Métodos ou Materiais e Métodos: deve apresentar o método empregado: tipo de estudo; referencial teórico do estudo e o utilizado para análise dos dados, inclusive os testes estatísticos quando apropriados; amostra e amostragem, critérios de inclusão e exclusão dos sujeitos/participantes; período do estudo; local do estudo; considerações éticas (número e data de aprovação pelo Comitê de Ética em Pesquisa Envolvendo Seres Humanos); uso de Termo de Consentimento Livre e Esclarecido e/ou Termo de Consentimento para Uso de Dados, quando apropriado.

Resultados: devem ser descritos em sequência lógica. Quando forem apresentados em tabelas e ilustrações, o texto deve complementar e não repetir o que está descrito nestas.

Discussão: deve conter a comparação dos resultados com a literatura representativa, atualizada, e a interpretação dos autores apontando o avanço do conhecimento atual. A discussão poderá ser apresentada juntamente com os resultados quando se tratar de artigos originais resultantes de estudos com abordagens qualitativas.

Conclusões ou Considerações Finais: devem destacar os achados mais importantes na perspectiva dos objetivos do estudo, comentar as limitações e as implicações para novas pesquisas e para o corpo de conhecimento na área de Enfermagem e da Saúde, considerando o ensino, pesquisa, assistência e gestão.

Referências: devem ser apresentadas no máximo 20 referências para os artigos originais e 15 para os artigos de reflexão. Não há limite de referências para as revisões sistemáticas e as revisões integrativas. As referências, de abrangência nacional e internacional, devem ser atualizadas (últimos três a cinco anos), sendo aceitáveis fora desse período no caso de constituírem referencial primário ou clássico sobre um determinado assunto. No caso de teses e dissertações, recomenda-se que sejam citados, preferencialmente, os artigos oriundos das mesmas.

Devem ser digitadas em espaço simples e separadas por um espaço simples. Utiliza-se nessa seção o título “Referências” e não “Referências bibliográficas”. A lista de referências deve ser composta por todas as obras citadas, numeradas de acordo com sua ocorrência no corpo do texto. Deve-se utilizar o estilo de referências Vancouver, do International Committee of Medical Journal Editors (ICMJE), atualizado em 2013, disponível em: http://www.nlm.nih.gov/bsd/uniform_requirements.html, e adaptado pela RGE (cf. exemplos de referências).

Referências

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