UNIVERSIDADE DE LISBOA FACULDADE DE DIREITO
N ORMAS DE PROTECÇÃO E DANOS PURAMENTE PATRIMONIAIS
DISSERTAÇÃO DE DOUTORAMENTO EM CIÊNCIAS JURÍDICAS NA FACULDADE DE DIREITO DA UNIVERSIDADE DE LISBOA
A
DELAIDEM
ENEZESL
EITÃOOutubro de 2007
UNIVERSIDADE DE LISBOA FACULDADE DE DIREITO
N ORMAS DE PROTECÇÃO E DANOS PURAMENTE PATRIMONIAIS
DISSERTAÇÃO DE DOUTORAMENTO EM CIÊNCIAS JURÍDICAS NA FACULDADE DE DIREITO DA UNIVERSIDADE DE LISBOA ORIENTADA PELO PROFESSOR DOUTOR ANTÓNIO MENEZES CORDEIRO
A
DELAIDEM
ENEZESL
EITÃO Outubro de 2007Ao Meu Filho
À Minha Mãe
A
GRADECIMENTOS- Ao Conselho Científico da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, a aceitação à preparação de doutoramento, a concessão de três anos de dispensa de serviço docente essenciais à elaboração da presente dissertação, e a renovação do nosso contrato de assistente pelo período do biénio, permitindo-nos concluir, em período de vigência do contrato, a presente tese;
- Ao Professor Doutor António Menezes Cordeiro, pela aceitação da orientação da presente dissertação;
- À Fundação Calouste Gulbenkian, a concessão de várias bolsas de curta duração e uma de longa duração para investigação nas bibliotecas Arthur J. Morris Law Library da Virginia University, Bibliothek für Bürgerlich und Zivilprozeβrecht da Ludwig-Maximilians-Universität München e Zentralbibliothek Recht da Universität Hamburg; e
- À Fundação Luso Americana para o Desenvolvimento, a concessão de uma bolsa de curta duração na biblioteca Edward Benett Williams Law Library da Georgetown University.
Lisboa, Outubro de 2007
“cada gesto, cada acto, cada silêncio, cada omissão - tudo é regulado pelo Direito Civil.”
P
AULOC
UNHA, “Do Código Civil
(Meditações sobre a lei mais importante do
País)”, O Direito, Ano 98, 1966, 315
PLANO
INTRODUÇÃO
§ 1.º Razão de escolha do tema
§ 2.º Delimitação do objecto de estudo
§ 3.º Fixação terminológica
§ 4.º Razão de método e de ordem
PARTE I – EVOLUÇÃO HISTÓRICO-DOGMÁTICA: RESPONSABILIDADE DELITUAL, NORMAS DE PROTECÇÃO E DANOS PURAMENTE PATRIMONIAIS
§ 5.º Origem e evolução da responsabilidade delitual
§ 6.º O modelo do Código Civil francês e dos códigos de matriz napoleónica 6.1. O Code Civil francês de 1804
6.2. O ABGB austríaco de 1811 6.3. O Código Civil espanhol de 1889 6.4. O Código das Obrigações suíço de 1907 6.5. Código Civil italiano de 1942
6.6. O Código Civil holandês de 1992
§ 7.º O modelo do Código Civil Alemão de 1896-1900
7.1. Tradição pandectística e trabalhos preparatórios do BGB 7.2. Evolução da doutrina alemã
7.2.1. As teses de LENEL (1897) 7.2.2. As teses de VON LISZT (1898)
7.2.3. As teses de DETMOLD (1901) e LUDWIG TRAEGER (1904) 7.2.4. As teses de WIETHÖLTER e WEITNAUER (1963)
7.2.5. As teses de KNÖPFLE (1967)
7.2.6. As teses de SCHMIEDEL (1974) e KARSTEN SCHMIDT (1977) 7.2.7. As teses de MERTENS (1978)
7.2.8. As teses de VON BAR (1980) 7.2.9. As teses de HONSELL (1983) 7.2.10. As teses de PETERS (1983) 7.2.11 As teses de CANARIS (1983) 7.2.12. As teses de DÖRNER (1987) 7.2.13.As teses de KOHTE (1988) 7.2.14. As teses de SPICKHOFF (1998) 7.3. A reforma do Código Civil Alemão de 2001/2002
§ 8.º O Direito português entre o modelo francês e o modelo alemão 8.1. O Código de Seabra e a adopção do modelo francês
8.2. Os trabalhos preparatórios do Código Civil Português e a evolução da doutrina portuguesa 8.3. O Código Civil Português de 1966 e a opção pelo modelo alemão. Evolução doutrinária 8.4. A articulação entre normas de protecção e danos puramente patrimoniais na doutrina nacional
8.5. Jurisprudência portuguesa
§ 9.º Os danos puramente patrimoniais
9.1. Origem e evolução dos “pure economic losses“
9.2. Os “pure economic losses” no sistema de common law 9.3. Os danos puramente patrimoniais nos sistemas continentais 9.3.1. Sistemas de modelo francês
9.3.2. Sistemas de modelo alemão
§ 10.º Um Código das Obrigações Europeu?
§ 11.º Sinopse da evolução histórico-dogmática
PARTEII–ESTUDO DE DIREITO POSITIVO
CAPÍTULO I–ENQUADRAMENTO PERIFÉRICO
§ 12.º Horizonte de fundo: liberdade de iniciativa económica
§ 13.º Perspectiva vertical
13.1. Enquadramento comunitário
13.1.1. Novas conexões e o efeito directo das normas europeias 13.1.2. A interpretação conforme às directrizes
13.1.3. A responsabilidade do Estado por incumprimento da transposição de Directrizes 13.1.4. O princípio da subsidariedade e os diferentes níveis protectivos das normas europeias
13.1.5. Jurisprudência portuguesa 13.2 Enquadramento constitucional
13.2.1. Novas conexões na passagem do Estado liberal para o Estado social e pós-social 13.2.2. Os direitos fundamentais nas relações entre particulares
13.2.3.A“constitucionalização” da responsabilidade delitual 13.3. Enquadramento penal e contra-ordenacional
13.3.1. Novas conexões decorrentes da evolução do ilícito penal e contra-ordenacional 13.3.2. Tipos penais e normas de protecção
13.3.3. A autonomização da responsabilidade delitual da responsabilidade penal 13.3.4. A ilicitude penal, contra-ordenacional e ilicitude civil
§ 14.º Perspectiva horizontal
14.1. Ilícito de concorrência 14.2. Ilícito de concorrência desleal 14.3. Ilícito publicitário
14.4. Ilícitos da sociedade da informação
§ 15.º Síntese da perspectiva vertical e horizontal
CAPÍTULO II–ENQUADRAMENTO CENTRAL
SECÇÃO I-ABORDAGEM SISTEMÁTICA
§ 16.º Sistema delitual
§ 17.º Direitos subjectivos
§ 18.º “Direito geral de personalidade”
§ 19.º “Direito à empresa”
§ 20.º Deveres do tráfego
§ 21.º Contrariedade ao mínimo ético-jurídico
§ 22.º Normas de protecção
SECÇÃO II-ABORDAGEM ANALÍTICA
§ 23.º Sistemas de imputação 23.1. Quadro geral
§ 24.º Sistema da ilicitude
24.1. Conceito único ou diferenciado de ilicitude 24.2. A ilicitude do resultado e a ilicitude da acção 24.3 A ilicitude nas normas de protecção
24.4. A ilicitude nos deveres de tráfego 24.5. Causas de justificação
§ 25.º Sistema da culpa
25.1. Princípio da culpa
25.2. A culpa como pressuposto da responsabilidade delitual 25.3. A culpa na violação de normas de protecção
25.4. A culpa na violação de deveres do tráfego
25.5. A separação entre cuidado exterior e cuidado interior
25.6. Análise da culpa no direito português 25.7. Causas de exclusão da culpa
§ 26.º Sistema do nexo de causalidade.
26.1. Causalidade adequada e escopo da norma 26.2. Análise da causalidade na doutrina portuguesa
§ 27.º O ónus da prova
27.1. O ónus da prova da culpa
27.2. O ónus da prova do nexo de causalidade
PARTE III–SÍNTESE PERIFERIA-CENTRO
§ 28.º As fontes de direito
§ 29.º A interpretação jurídica
§ 30.º A norma jurídica
§ 31.º Horizonte jusfilosófico e tendências futuras
§ 32.º Sinopse do estudo de direito positivo