XIV SIMPÓSIO INTERNACIONAL DE CIÊNCIAS INTEGRADAS DA UNAERP CAMPUS GUARUJÁ
Necessidades Energéticas e Consequências Ambientais
SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM EM PACIENTES COM SÍNDROMES CORONARIANAS AGUDAS: REVISÃO NARRATIVA DA
LITERATURA
Lucas Jardel do Nascimento Carvalho Discente do Curso de Enfermagem
UNAERP - Campus Guarujá enflucasjardel@outlook.com
Profa. Ms. Gabriel Rodrigues Santana Docente do Curso de Enfermagem
UNAERP – Campus Guarujá enfermeiro.gabriel@gmail.com
Este simpósio tem o apoio da Fundação Fernando Eduardo Lee.
Apresentação: Oral
Resumo
A Síndrome coronariana aguda refere-se a uma diversidade de sintomas clínicos que são compatíveis com isquemia aguda do miocárdio, englobando, por isso, angina instável e infarto agudo do miocárdio. Este trabalho objetiva identificar a produção científica sobre a Sistematização da Assistência de Enfermagem em pacientes com Síndromes Coronarianas Agudas . Foram encontrados um total de 655 artigos, indexados no, LILACS e BDENF, usando os descritores enfermeiro and sistematização da assistência de enfermagem, síndrome coronariana aguda and emergências, emergências and sistematização da assistência de enfermagem.
Foram incluídos no estudo 17 artigos, sendo 15 publicado em periódico brasileiro e 2 em periódicos estrangeiros, disponibilizado apenas o resumo em inglês. Os resultados mostraram as inúmeras dificuldades dos enfermeiros para implementação da SAE, a saber: a falta de tempo do enfermeiro, o excesso de atividades a serem desenvolvido, número de recursos humanos insuficiente nos serviços de saúde, deficiências na formação profissional do enfermeiro e dificuldades de correlacionar o conhecimento científico à prática. Poucos estudos têm sido publicados para demonstrar a importância da sistematização dos cuidados de enfermagem ao paciente com Síndrome Coronariana Aguda. Conclui-se que a implementação da SAE é fundamental por contribuir para a melhora na qualidade da assistência de enfermagem, para caracterização do corpo de conhecimentos da profissão e por trazer implicações positivas para o paciente e para a equipe de enfermagem que atua nas urgências e emergências.
2 Palavras-chave: Enfermeiro; Síndrome coronariana aguda; Emergências; Doenças Cardiovasculares; Sistematização da Assistência de Enfermagem.
SYSTEMATIZATION OF NURSING ASSISTANCE IN PATIENTS WITH ACUTE CORONARY SYNDROMES: NARRATIVE REVIEW OF LITERATURE
Abstract
Acute coronary syndrome refers to a variety of clinical symptoms that are consistent with acute myocardial ischemia, including unstable angina and acute myocardial infarction. This work aims to identify the scientific production in the Nursing Care Systematization in patients with acute corneal syndromes. We found a total of 655 articles, indexed in LILACS and BDENF, using the descriptors nurses and systematization of nursing care, acute coronary syndrome and emergencies, emergencies and systematization of nursing care. The study included 17 articles, 15 of which were published in a Brazilian journal and 2 in foreign journals, and only the abstract was available in English. The results showed the numerous difficulties of nurses to implement the SAE, namely: lack of time of the nurse, excess of activities to be developed, insufficient number of human resources in the health services, deficiencies in the professional formation of the nurse and difficulties in correlating the scientific knowledge with practice. Few studies have been published to demonstrate the importance of the systematization of nursing care to patients with acute coronary syndrome. It is concluded that the SAE implementation is fundamental to contribute to the improvement of the quality of nursing care, to characterize the body of knowledge of the profession and to bring positive implications for the patient and for the nursing team that acts in emergencies and emergencies.
Key-words: Nurse; Acute coronary syndrome; Emergencies; Cardiovascular diseases; Systematization of nursing care.
1. Introdução
A síndrome coronária aguda (SCA) se caracteriza por um conjunto de sinais e sintomas clínicos, associados a alterações de exames complementares decorrentes de isquemia do miocárdio e compreende um espectro de apresentações clínicas que podem ser classificadas em angina instável, infarto agudo do miocárdio sem supradesnivelamento de ST e infarto agudo do miocárdio com supradesnivelamento de ST. (HAJJAR et al, 2016)
Nos Estados Unidos, do total de mais de 650.000 hospitalizações/ano por SCA, cerca de 62 a 71% são SCA SEM elevação de segmento ST e 29 a 38% COM elevação de ST. Nos últimos 15 anos houve uma redução de mais de 60% na incidência da SCA com elevação de ST, embora a mortalidade em 30 dias tenha permanecido inalterada. Por sua vez, um fenômeno inverso foi observado na SCA sem elevação de ST, ou seja, houve redução de quase 20% na mortalidade em 30 dias (de 10% para 7,6%), mas o número de casos permaneceu inalterado.
(MARTINS, 2016).
Atualmente as doenças cardiovasculares no Brasil, correspondem por 30% dos óbitos na faixa etária entre 20 aos 59 anos. Sabe-se que o IAM foi a segunda principal causa e responsável pela incidência de 48 mortes por 100 mil habitantes no ano de 2009, o que representou cerca de 96.386 óbitos. Contudo sabemos que não
3 devemos levar em conta apenas a perda de vidas mas quando olhamos por outro ângulo os custos assistenciais é um fator relevante (WANG et al, 2013).
Ao realizar o diagnóstico de SCASS-ST, inicia-se o tratamento, que deve abranger alguns aspectos fundamentais: redução e estabilização da dor, classificação de risco precoce, análise hemodinâmica, medicação antitrombótica e anticoagulante, manejo invasivo ou conservador, reconhecimento e intervenção precoce de arritmias. É recomendado para todos os pacientes o repouso absoluto e a monitorização hemodinâmica, durante as primeiras horas após a admissão.
(SILVA, et al, 2015).
Nesse cenário, o enfermeiro atua de forma decisiva na agilidade do atendimento e nos cuidados prestados a esse paciente em todas as etapas do processo. A SAE é uma ferramenta importante, fundamentando-se no conhecimento científico, no direcionamento das ações executadas e na avaliação dos desfechos.
O Conselho Federal de Enfermagem (COFEN), por meio da Resolução 358/2009, tem preconizado que a assistência de enfermagem deve ser sistematizada implantando-se o processo de enfermagem (PE) (COFEN, 2009).
O paciente que recebe uma assistência sistematizada é assegurado de uma assistência responsável; A SAE, para ser aplicada, tem como requisito que o enfermeiro possua uma raciocínio clínico. A SAE é um instrumento que viabiliza a melhora da operacionalização do processo de enfermagem, tomadas de decisões, e promove as intervenções a serem instituídas, por meio da avaliação dos dados coletados do indivíduo (ROZA 2005, apud TANNURE, 2014).
O interesse sobre o tema surgiu através da minha experiência de trabalho em um serviço de urgência e emergência na cidade do Guarujá/SP, além de leituras envolvendo o assunto. Constata-se na minha prática de trabalho que o processo de enfermagem ao paciente com SCA é intuitivo e assistemático. Com base nessa experiência e apoiado na literatura específica do assunto, procurarei identificar a produção científica sobre a Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) ao paciente com Síndrome Coronariana Aguda.
Diante do exposto o pesquisador questiona: a SAE pode conferir maior segurança e melhorar a qualidade da assistência de enfermagem ao paciente com SCA?
2. Objetivos
Este trabalho objetiva identificar a produção científica sobre a Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) em pacientes com Síndromes Coronarianas Agudas (SCA).
3. Metodologia
Trata-se de uma revisão narrativa da literatura que busca analisar as produções científicas sobre a Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) ao paciente com SCA, publicadas em periódicos da área da saúde. Optou-se por este tipo de metodologia, uma vez que contribui para o aprofundamento da temática em estudo, pois o problema representa uma temática aberta, não partindo de uma questão específica bem definida. (CORDEIRO et al., 2007).
Foram realizadas buscas bibliográficas no período de agosto a outubro de 2017, a partir da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), considerando-se as bases de dados Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), Medical Literature Analysis and Retrieval System Online (MEDLINE) e na Base de Dados da Enfermagem (BDENF) e as seguintes combinações entre descritores:
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“síndrome coronariana aguda and enfermeiro”, “Emergências and Doenças cardiovasculares”, “Processo de enfermagem and sistematização da assistência de enfermagem”.
Definiram-se como critérios de inclusão: publicações nacionais e internacionais relacionadas ao tema do estudo, publicados no período entre 2007 a 2017 e disponibilizadas online em forma de artigo completo ou apenas em forma de resumos. Excluíram-se publicações que não contemplavam a temática em questão ou que não estavam disponíveis online. Optou-se por esse período de referência, pois foi quando os estudos acerca dessa temática ganharam maior ênfase, tanto no cenário nacional quanto internacional, nesta última década.
A análise dos resultados seguiu a modalidade de análise temática proposta por Minayo (2004) que apresenta as seguintes etapas: pré-análise, que consiste na escolha dos artigos a serem utilizados, retomada de hipóteses e objetivos do estudo;
exploração do material, que consiste na operação classificatória que visa alcançar o núcleo de compreensão do texto (nessa etapa serão definidas categorias teóricas); e tratamento dos resultados obtidos e interpretação.
4. Resultados
Encontrou-se um total de 655 artigos, indexados nas bases de dados LILACS e BDENF. Para a primeira combinação de descritores foram encontrados 21 artigos, sendo 16 textos completos. Destes 21 apenas 3 se enquadraram nos critérios de inclusão.
Foi utilizado o descritor enfermeiro and emergência surgiram 4033 artigos sendo 263 textos completos e destes apenas 5 tratavam da temática síndrome coronariana aguda. Com os descritores enfermeiro and sistematização da assistência de enfermagem foram encontrados 304 artigos sendo 154 textos completos, e destes apenas 2 foram selecionados pelo pesquisador, com os descritores síndrome coronariana aguda and emergências, foram encontrados 1029 artigos sendo 42 textos completos e destes apenas 4 foram selecionados; Com os descritores emergências and sistematização da assistência de enfermagem foram encontrados 52 artigos, sendo 30 textos completos e apenas 2 foram selecionados, sendo encontrado nas duas bases de dados. Após leitura dos títulos e resumos, identificou-se um total de produções, as quais adequavam-se ao objetivo proposto pelo estudo.
Após a coleta dos dados, realizou-se a leitura na íntegra de cada estudo pré- selecionado, visando minimizar os vieses de seleção. Em seguida, procedeu-se a uma leitura, a fim de identificar os elementos explícitos e implícitos acerca da sistematização da assistência de enfermagem frente a síndrome coronariana aguda.
Com a finalidade de extrair os dados principais de cada publicação, foi elaborada uma tabela que apresentava informações acerca do título, da autoria, do ano de publicação, do periódico de publicação, dos objetivos e resultados do estudo.
No Quadro 1 são apresentadas as publicações acerca da temática de acordo com o ano de publicação, periódico, autores, título, objetivo e resultados do estudo.
Quadro 1 – Distribuição dos estudos localizados na base de dados BVS, sobre a temática Síndrome Coronariana Aguda em Guarujá, 2017.
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ANO PUBLI CAÇÃ O
PERIÓDICO AUTORES TÍTULO OBJETIVO RESULTADOS DO ESTUDO
2012 Rev. bras.
enferm. vol.65 no.2 Brasília M ar./Apr. 2012
Maria MA;
Quadros FAA;
Grassi MFO.
Sistematização da assistência de enfermagem em serviços de urgência e emergência:
viabilidade de implantação.
Analisar a viabilidade de implantação da SAE em um serviço de urgência e emergência hospitalar.
As dificuldades referidas para a implantação da SAE são: complexidade nas
suas etapas;
desinteresse da instituição; despreparo teórico da enfermagem;
sua desvalorização por outros profissionais;
dimensionamento
inadequado de
funcionários e desajuste da estrutura física.
2012 R. pesq.: cuid.
fundam. online 2010. out/dez.
2(Ed.
Supl.):974-977
Iglesias CMF;
Santiago LC;
Jesus JA;
Santoro LC.
A importância da sistematização da assistência de enfermagem no Cuidado ao cliente portador de infarto agudo do miocárdio.
Levantar informações atualizadas referentes ao cuidado com o cliente portador de Infarto Agudo do Miocárdio e;
Discutí-las com para estimular e apontar novas possibilidades de atuação
profissional e pesquisa/investig ação.
A Sistematização da assistência realizando o
processo de
enfermagem permite identificar as necessidades do cliente e, a partir disso, estabelecer prioridades nas intervenções, assim como realizar avaliação periódica da evolução do cliente.
2013 Rev enferm UFPE on line., Recife,
7(1):176-83, jan., 2013
Alves TE;
Silva MG;
Oliveira LC;
Arrais AC;
Junior JEM.
Atuação do
enfermeiro no atendimento
emergencial aos usuários acometidos de infarto agudo do miocárdio
Analisar a assistência emergencial do enfermeiro frente ao usuário acometido por Infarto Agudo do Miocárdio (IAM).
Muitas vezes, a indisponibilidade de leitos, de materiais de suporte ventilatório e monitorização e a incipiência da educação permanente dificultam a execução de cuidados
de enfermagem
qualificados.
2015 Revista UFG, v. 17, n. 4
Santos FG;
Campanharo CRV;
Lopes MCBT;
Okuno MFP;
Batista REA.
Avaliação da qualidade do atendimento ao paciente com síndrome
coronariana aguda no serviço de emergência.
Avaliar os indicadores de qualidade no atendimento aos pacientes com suspeita de síndrome
coronariana aguda e associá- los a alta, ao óbito e tempo de internação hospitalar.
O tempo de internação foi significativamente menor para pacientes com IAMSSST quando o intervalo entre a admissão do paciente no SE e o tratamento definitivo foi menor.
Para pacientes com IAMCSST o tempo de internação foi significativamente menor quando o intervalo entre a classificação de risco e a realização do
6
tratamento definitivo foi menor.
2016 Rev Bras Enferm [Internet].
69(3):710-7.
Maier GSO;
Martins EAP.
Assistência ao paciente com síndrome
coronariana aguda segundo indicadores de qualidade
Avaliar a
assistência intra- hospitalar ao paciente com Síndrome Coronariana Aguda segundo indicadores de qualidade.
São necessários protocolos assistenciais para uniformização da prática e melhora destes indicadores.
2017 Rev Bras
Enferm [Internet].70(2):
436-41
Gutiérrez MGR;
Morais SCRV
Sistematização da Assistência de Enfermagem e a
formação da
identidade profissional
Explorar os argumentos que
ampliem a
compreensão dos possíveis nexos
entre a
sistematização da assistência de enfermagem e a formação da identidade profissional.
Enfatizar a necessidade de estimular o debate a respeito do assunto entre os profi ssionais
de enfermagem
envolvidos na formação de recursos humanos e na prestação da assistência, bem como das entidades de classe, de modo a
aprofundar a
compreensão desses conceitos como elementos signifi cativos para o fortalecimento de nossa identidade profi ssional.
Fonte: Os Autores Fim do quadro.
Constatou-se que os artigos incluídos na revisão foram publicados em periódicos nacionais, e apenas dois em periódicos internacionais. Quanto aos anos de publicações, é possível observar que as mesmas foram realizadas nos anos de 2007 a 2017. É perceptível o pequeno aumento das publicações nos últimos anos, pois há uma necessidade de adequar à enfermagem a produção científica, garantindo uma assistência atualizada e baseada em evidências.
Em relação aos periódicos nota-se que as publicações estão distribuídas em sete periódicos da área de Enfermagem e Cardiologia, sendo um na Revista Latino- Americana de Enfermagem, um na Revista Pesquisa Cuidado Fundamental Online, um na Revista de Enfermagem UFBE Online, um na Revista UFG, dois na Revista de Enfermagem UFSM, dois na Revista Brasileira de Enfermagem e dois em Arquivos Brasileiros de Cardiologia. Percebe-se que há poucas publicações sobre a sistematização de enfermagem relacionada a síndrome coronariana aguda,
7 principalmente no Brasil, onde foram encontrados poucos para estas bases de dados.
5. Discussão
IMPLEMENTAÇÃO DA SAE AO PACIENTE COM SCA
A Resolução nº 358, de 2009, do COFEN (Conselho Federal de Enfermagem), recomenda que a enfermagem preze por uma assistência sistematizada por meio da aplicação do método SAE em todos os ambientes de saúde em que haja um profissional de enfermagem atuando e um cuidado de enfermagem sendo desenvolvido. (BARROS; LEMOS, 2017)
Tannure e Pinheiro (2014), afirmam que a (SAE) é uma metodologia científica que vem sendo cada vez mais aplicada na prática assistencial, promovendo segurança aos pacientes, elevação da qualidade dos cuidados e maior identidade e autonomia aos profissionais de enfermagem.
Dentre as dificuldades da implementação da SAE alguns aspectos são pontuados: à falta de tempo do enfermeiro, o excesso de atividades a serem desenvolvidas e ao número de recursos humanos insuficiente nos serviços de saúde. Em um estudo realizado por Chaves e Solai (2013) 85 alunos foram questionados sobre a possibilidade da aplicação da SAE em todas as suas etapas, o estudo demonstrou que 13% dos alunos referiram que o pouco tempo disponível e o despreparo dos profissionais estabelecem empecilhos para sua implementação (CHAVES, SOLAI apud TANURE, PINHEIRO 2013)
Entretanto outros problemas têm sido presentes na implantação e implementação da SAE nos serviço de saúde como as políticas institucionais, os objetivos do serviço que podem estar direcionados ao alcance exclusivo de metas e não para os processos de trabalho da enfermagem, deficiências na formação profissional do enfermeiro e dificuldades de correlacionar o conhecimento científico à prática (CHAVES, SOLAI apud TANURE, PINHEIRO 2013).
Maria et al. (2012) em um estudo de campo, realizaram uma pesquisa e analisaram a viabilidade de implantação da SAE em um serviço de urgência e emergência hospitalar. Os resultados do estudo mostraram as dificuldades referidas para a implantação da SAE , a saber: complexidade nas suas etapas; desinteresse da instituição; despreparo teórico da enfermagem; sua desvalorização por outros
8 profissionais; dimensionamento inadequado de funcionários e desajuste da estrutura física.
Alves et al. (2013) realizaram um estudo com o proposito de analisar a assistência emergencial do enfermeiro frente ao usuário acometido por Infarto Agudo do Miocárdio (IAM). No trabalho desenvolvido pelos autores, constatou-se que muitas vezes, a indisponibilidade de leitos, de materiais de suporte ventilatório e monitorização e a incipiência da educação permanente dificultam a execução de cuidados de enfermagem qualificados.
Maria et al, (2012) afirmam que o atendimento do enfermeiro ao paciente com SCA deve ser diferenciado, logo que o mesmo e sua equipe permanecem todo tempo ao lado do cliente, devem ser capazes de investigar, observar, ser capcioso e identificar fatores, sinais e sintomas que interroguem a alteração do quadro clínico do doente, isso somente é possível quando o enfermeiro faz o uso adequado de suas atribuições, utilizando a sistematização da assistência de enfermagem.
Saffi et al. (2013), descrevem os cuidados de enfermagem para segurança do paciente na unidade coronariana, a saber:
Checar nome, prontuário e pulseira de identificação.
Realizar anamnese e exame físico.
Checar local da punção arterial, avaliando pulso, hematoma ou sangramento.
Realizar monitoração de sinais vitais e ECG.
Proporcionar ambiente calmo e seguro.
Oferecer higiene e conforto ao paciente.
Atentar para queixas de dor.
Atentar para complicações clínicas
Manter o controle intensivo, com registro de infusões, balanço hídrico parcial e total.
Realizar curativo no local da artéria puncionada.
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Orientar quanto os fatores de risco cardiovascular e intensificar a importância da adesão às medidas farmacológicas e não farmacológicas.
Abordar com o paciente sobre mudanças no estilo de vida.
6. Considerações Finais
Pode-se afirmar que a sistematização da assistência de enfermagem (SAE) é uma metodologia científica que vem sendo cada vez mais implementada na prática assistencial, conferindo maior segurança aos pacientes, melhora da qualidade da assistência e maior autonomia aos profissionais de enfermagem.
Os resultados mostraram as inúmeras dificuldades dos enfermeiros para implementação da SAE, a saber: a falta de tempo do enfermeiro, o excesso de atividades a serem desenvolvido, número de recursos humanos insuficiente nos serviços de saúde, deficiências na formação profissional do enfermeiro e dificuldades de correlacionar o conhecimento científico à prática. Poucos estudos têm sido publicados para demonstrar a importância da sistematização dos cuidados de enfermagem ao paciente com Síndrome Coronariana Aguda.
Conclui-se que a implementação da SAE é fundamental por contribuir para a melhora na qualidade da assistência de enfermagem, para caracterização do corpo de conhecimentos da profissão e por trazer implicações positivas para o paciente e para a equipe de enfermagem que atua nas urgências e emergências.
7. Referências
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