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ENTECA 2009 VII Encontro Tecnológico da Engenharia Civil e Arquitetura Novembro 2009 ISSN

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ENTECA 2009

VII Encontro Tecnológico da Engenharia Civil e Arquitetura

10 -12Novembro 2009 ISSN 1808-3625

AVALIAÇÃO COMPORTAMENTAL DO CONFORTO AMBIENTAL:

ÊNFASE EM ILUMINAÇÃO E VENTILAÇÃO NATURAL EM UM CONJUNTO HABITACIONAL DE INTERESSE SOCIAL

Evaldeir Nicolau de Medeiros

1

Maximiliano dos Anjos Azambuja

2

Edson Alves

3

RESUMO

Este artigo apresenta parte dos resultados de estudos desenvolvidos na área de avaliação pós- ocupação de um conjunto habitacional de interesse social, localizado no bairro Rainha dos Apóstolos, periferia da cidade de Terra-Roxa a Oeste do Estado do Paraná, construído pelo Banco Nacional de Habitação (BNH) em parceria com a Prefeitura do Município. Nesse trabalho utilizou- se a seguinte metodologia: elaboração e aplicação de questionário, avaliando o grau de satisfação ou insatisfação dos usuários com relação ao tamanho dos cômodos, iluminação natural, ventilação natural e sensação térmica. Discute-se a satisfação ou insatisfação dos usuários com relação às suas moradias, para duas tipologias diferentes: residências com 48 m2 (3 quartos) e 36 m2 (2 quartos), totalizando 23 unidades. Analisam-se os resultados para cada um dos parâmetros estudados e sua correlação em porcentagem para um desempenho satisfatório ou insatisfatório das respectivas moradias.

Palavras-chave: Avaliação pós-ocupação. Habitações de Interesse Social. Conforto Ambiental.

1Especialista, Universidade Estadual de Maringá-UEM, Campus Regional de Umuarama, enmedeiros@uem.br

2 Prof. Dr., Universidade Estadual de Maringá-UEM, Campus Regional de Umuarama, Departamento de Tecnologia-DTC, mazambuja@uem.br

3

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1. INTRODUÇÃO

Este estudo refere-se à parte dos resultados desenvolvidos na área de Conforto Ambiental no projeto de pesquisa intitulado “Avaliação Pós-Ocupação Aplicada à Habitação Social em Umuarama e Região” desenvolvida pela área de Tecnologia em Construção Civil da Universidade Estadual de Maringá, Campus Regional de Umuarama (UEM/CAU), com financiamento da Pró- Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação da Universidade Estadual de Maringá, PPG/UEM Nº09/2007, Edital de Apoio a Doutores Recém-Formados. A avaliação foi feita objetivando-se estudar o conforto ambiental e, obviamente, as questões comportamentais em um estudo de caso - O Conjunto Habitacional BNH, no bairro Rainha dos Apóstolos, na cidade de Terra-Roxa, Estado do Paraná.

Especificamente, foi considerada a técnica de Avaliação Pós-Ocupação (APO), com ênfase na análise comportamental do grau de satisfação ou insatisfação dos usuários a respeito de sua moradia para os seguintes parâmetros: tamanho dos cômodos, iluminação artificial, ventilação natural, sensação térmica. O trabalho consistiu, então, em uma pesquisa teórica-prática, com a aplicação dos procedimentos metodológicos de avaliação pós-ocupação, possibilitando a obtenção de resultados mais precisos e abrangentes em relação à avaliação de desempenho técnico das edificações eleitas e a satisfação de seus usuários em relação aos aspectos priorizados.

Quem tem recursos próprios exerce plenamente sua condição existencial de “morador” e o direito básico de construir o seu “lugar de felicidade”. Tudo isso porque participa de todas as etapas de decisão do processo de construir sua moradia. Cada escolha feita nesse processo seja ao adquirir um imóvel pronto ou ao edificar um novo imóvel é investida de grande carga simbólica, revelando aspirações e desejos, é também, um aprendizado e um crescimento pessoal, pois tomar decisões sobre coisas fundamentais como é o caso de estabelecer uma moradia permanente significa envolvimento e comprometimento.

O mesmo não ocorre com os que não possuem recursos próprios. Estes, quando têm acesso à casa própria, não escolhem praticamente nada e, muitas vezes, ainda têm de arcar com os custos de reparação dos erros técnicos que são cometidos nas moradias que lhes são destinadas.

Existe a necessidade de se estabelecer rotinas de avaliação de programas sociais, particularmente no caso de conjuntos habitacionais, que possam gerar diretrizes de projeto, as quais levam em consideração o desempenho físico dos ambientes no decorrer do uso e as necessidades dos níveis de satisfação dos moradores. A Avaliação Pós-ocupação em conjuntos habitacionais pode ser adotada em outras regiões brasileiras por parte de órgãos públicos, privados, faculdades de arquitetura, engenharia, profissionais liberais, fabricantes de materiais e aqueles que comercializam (ROMÉRO; ORNSTEIN, 2003).

A Avaliação Pós-ocupação consiste em se obter diretamente do usuário um julgamento do desempenho do produto entregue segundo o grau de satisfação e de suas necessidades, podendo envolver ainda uma avaliação técnica, visando à apreciação do desempenho, segundo as exigências dos usuários, expressas na forma de requisitos de desempenho para as partes e para o edifício como um todo (SOUZA et al., 1994).

De acordo com Ornstein et al., (1992; 1995; 2003), a APO tem como suporte teórico o princípio da não dissociação entre os conceitos de casa, moradia e habitação e da sua relação com o modo de vida da população que habitam nos conjuntos habitacionais.

Segundo Yazigi (1998), a qualidade dos conjuntos habitacionais de interesse social produzido no país nos últimos anos tem apontado para níveis que, de forma geral, podem ser considerados insatisfatórios, redundando em problemas transferidos aos usuários em gastos incorridos pelo poder público na recuperação e manutenção das edificações precocemente deterioradas, cuja magnitude não é desprezível. Algum esforço tem sido feito no país no sentido de estabelecer uma documentação técnica e mecanismos que possam viabilizar um programa de controle de qualidade envolvendo várias etapas do processo de produção e do uso. Quanto à etapa

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de planejamento e do empreendimento da habitação de interesse social, Yazigi (1998), diz que os problemas principais encontram-se na má localização dos conjuntos, muitas vezes não inseridos na malha urbana e carente de equipamentos urbanos, comunitários e de serviços, e na implantação inadequada às condições do meio físico, propiciando o surgimento de processos e/ou degradação do meio ambiente.

O uso do conjunto habitacional e de suas unidades, embora sendo a mais longa, é a mais carente tecnicamente, quase nenhuma documentação técnica é disponível sobre normas de uso, operação e manutenção do conjunto como um todo e de suas edificações. Essa situação deixa aberto espaço para que a ação do usuário desoriente a omissão do agente promotor, e introduza os fatores de degradação da edificação e seu entorno, fazendo com que o nível de desempenho do conjunto caia abaixo dos mínimos desejados. Mesmo considerando que as ações do controle da qualidade adotadas nas etapas de planejamento, projeto, fabricação de materiais e execução minimizem os problemas patológicos, faz-se necessário programar uma Sistemática de Fiscalização, Operação e Manutenção dos conjuntos habitacionais e suas partes, de forma a assegurar seu desempenho satisfatório ao longo do tempo, de acordo com Yazigi (1998).

2. DESENVOLVIMENTO

Apresentam-se, a princípio, detalhes do objeto de estudo “O conjunto habitacional – BNH, na Cidade de Terra-Roxa”. Posteriormente, os métodos de coleta de dados e uma série de gráficos com os resultados expostos, para os seguintes parâmetros: tamanho dos cômodos, iluminação natural, ventilação natural e sensação térmica. Discutem-se os melhores resultados globais de satisfação dos usuários em relação às suas moradias.

O conjunto está localizado no bairro Rainha dos Apóstolos na cidade de Terra-Roxa a Oeste do Estado do Paraná, distante 630 km da Capital (Curitiba) a 260 m acima do nível do mar, entre a Latitude 24o 09’ 40’’ Sul e Longitude 540 06’ 30’’ W, com ventos predominantes do Sudeste. A temperatura média anual é de aproximadamente 22 ºC, e nos meses de janeiro e fevereiro os valores médios máximos mensais são mais elevados, em torno de 28 ºC. Os períodos mais frios concentram-se nos meses de junho, julho e agosto, com temperaturas médias mínimas mensais em torno de 18 ºC. A precipitação média anual da região é de 1600 mm, com menores valores em junho, julho e agosto, apresentando uma média de 287 mm. Os meses mais chuvosos ocorrem em dezembro, janeiro e fevereiro com a precipitação média de 450 mm.

2.1. Descrição do estudo de caso - Rainha dos Apóstolos

O Conjunto Habitacional BNH foi construído em 1984 sob a responsabilidade do Banco Nacional de Habitação (Antigo BNH) em parceria com a prefeitura do município. O conjunto contém 196 unidades populares, metade com 48 m2 (Tipologia 1 – 3 quartos), e a outra com 36 m2 (Tipologia 2 – 2 quartos), construídas para atender as famílias de baixa renda do município. Foram selecionadas 23 unidades aleatoriamente (por sorteio) para o estudo, sendo 14 unidades para a Tipologia 1 e 9 unidades para Tipologia 2. A coleta de dados foi feita no mês de julho de 2008 e o conjunto habitacional apresenta sistema construtivo convencional em alvenaria, e cobertura em telha ondulada de fibrocimento (mistura homogênea de cimento portland e fibras de amianto).

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Figura 1 – Implantação geral do empreendimento, casa unifamiliar típica do conjunto habitacional de Terra-Roxa

Fonte: Google-Earth, adaptado (2008).

(a) (b)

Figura 2 – Planta original das residências: 3 quartos (a) e 2 quartos (b) Fonte: Medeiros (2008)

Conjunto BNH TERRA-ROXA

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2.2. Procedimentos metodológicos

Empregou-se uma abordagem qualitativa que busca compreender a complexidade das interações entre as pessoas e sua moradia. Os métodos utilizados consistem em pesquisa, entrevistas com os moradores e observações técnicas; onde se buscou identificar aspectos que possam afetar o grau de satisfação dos usuários das residências avaliadas. Este método é usualmente aplicado para avaliação pós-ocupação. Esta avaliação prioriza e analisa métodos e técnicas de Avaliação Pós- Ocupação, enfatizando sua importância para o controle de qualidade na construção civil e especificamente para o caso do conjunto habitacional em questão.

Procurou-se estabelecer critérios comparativos entre o grau de satisfação dado pelo tamanho dos cômodos, iluminação natural, ventilação natural, sensação térmica, associadas às reais necessidades dos usuários.

Foi feita a avaliação comportamental, por parte dos usuários, por meio de questionário constituído de questões abrangendo áreas do conforto ambiental. O questionário utilizado é baseado em Leite (1997); Ornstein e Abiko (2002), adaptado para a avaliação proposta nesta pesquisa. Uma breve descrição é necessária para compreensão do assunto, haja vista que os questionários foram organizados da seguinte forma:

Tamanho dos cômodos: pequeno, médio e grande;

Iluminação natural: bom, médio, ruim e ótimo;

Ventilação natural: bom, médio, ruim e ótimo;

Sensação térmica: bom, médio, ruim e ótimo.

Estabeleceu-se a seguinte seqüência de critérios: bom, médio, ruim e ótimo, para que o entrevistado não fosse influenciado durante as perguntas.

A Tabela 1 apresenta o número de residências avaliadas, número de moradores, tempo de residência e idade do entrevistado e a Tabela 2 apresenta o questionário de Avaliação Comportamental utilizado no trabalho.

Tabela 1 – Número de residências avaliadas, número de moradores, tempo de residência e a idade do entrevistado

Habitação 48m2 3 quartos

Número de moradores

Tempo de residência (em anos)

Idade

Habitação 36m2 2 quartos

Número de moradores

Tempo de residência (em anos)

Idade

1 4 6 33 15 4 7 64

2 3 3 47 16 3 5 48

3 6 6 55 17 3 7 53

4 5 5 57 18 6 4 49

5 2 7 49 19 4 7 54

6 2 7 75 20 7 1 21

7 6 1 28 21 5 2 62

8 4 7 43 22 3 6 61

9 5 6 56 23 4 2 58

10 5 6 62

11 3 2 49

12 3 4 49

13 4 5 25

14 5 3 39

Fonte: Medeiros-2008.

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Tabela 2 – Questionário de avaliação comportamental

1- Endereço Quantidade de quartos:

2- Nome: Idade: Sexo:

3- Grau de instrução EFI EFC EMI EMC ESI ESC Nenhuma

4- Quantas pessoas moram na casa 1 2 3 4 5 6 7 OU MAIS

5 - Quantas pessoas trabalham 1 2 3 4 5 6 7 OU MAIS

6 - Renda familiar (sal. mínimos de 380,00). Até 1 2 3 4 5 6 OU MAIS

7- Há quantos ANOS reside no BNH? Até 1 2 3 4 5 6 7 OU MAIS

8- Local da moradia anterior? Mesma cidade Outra cidade

9- Como você avalia o TAMANHO dos cômodos abaixo?

Sala Quarto 1 Quarto 2 Quarto 3 Cozinha Banheiro

Pequeno

Médio

Grande

10- Como você avalia a ILUMINAÇÃO natural dos cômodos durante o verão?

Sala Quarto 1 Quarto 2 Quarto 3 Cozinha Banheiro

Bom

Médio

Ruim

Ótimo

11- Como você avalia a VENTILAÇÃO NATURAL dos cômodos durante o verão?

Sala Quarto 1 Quarto 2 Quarto 3 Cozinha Banheiro

Bom

Médio

Ruim

Ótimo

12- Como você avalia a SENSAÇÃO TÉRMICA no interior dos cômodos pela manhã nessa época do ano?

Sala Quarto 1 Quarto 2 Quarto 3 Cozinha Banheiro

Bom

Médio

Ruim

Ótimo

Fonte: Medeiros-2008.

Nota: EFI – Ensino Fundamental Incompleto, EFC – Ensino Fundamental Completo, EMI - Ensino Médio Incompleto, EMC - Ensino Médio Completo, ESI – Ensino Superior Incompleto, ESC – Ensino Superior

Completo.

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2.3. Resultados obtidos da análise comportamental

Nos gráficos a seguir são apresentados os resultados obtidos através dos questionários.

Adotou-se as notações (1) para tipologia de 3 quartos e (2) para tipologia de 2 quartos.

Figura 3 – Gráfico de satisfação em relação ao tamanho dos cômodos Fonte: Medeiros (2008).

Figura 4 – Gráfico de satisfação em relação à iluminação natural Fonte: Medeiros (2008).

(8)

Figura 5 – Gráfico de satisfação em relação à ventilação natural Fonte: Medeiros (2008).

Figura 6 – Gráfico de satisfação em relação à sensação térmica Fonte: Medeiros (2008).

2.4. Diagnósticos globalizados

Várias questões para debate podem ser levantas a partir dos gráficos anteriores. Nesse item serão diagnosticados os de maior relevância com relação à satisfação dos usuários, além de comentários gerais. Para o tamanho dos cômodos, observou-se na Figura 3, insatisfação elevada para as duas tipologias na maioria dos cômodos. A Figura 7 mostra a exceção, quarto 1 (1) e quarto 1 (2).

(9)

(a) Quarto 1 (1) (b) Quarto 1 (2) Pequeno Médio Grande

Figura 7 – Satisfação do tamanho dos cômodos Fonte: Medeiros (2008).

Nota-se para o quarto 1 (1), respectivamente, para o tamanho médio e grande, 79% e 21% de satisfação. Enquanto que, para o quarto 1 (2) observou-se um pequeno grau de insatisfação de 11%.

Para Iluminação Natural, observou-se na Figura 4 para as duas tipologias, de maneira geral uma aglomeração dos dados para o parâmetro “bom”. A Figura 8 mostra quatro cômodos que não apresentaram a resposta “ruim” em sua avaliação.

(a) Sala (2) (b) Quarto 2 (2) (c) Banheiro (1) (d) Banheiro (2)

Ruim Médio Bom Ótimo

Figura 8 – Satisfação Iluminação Natural Fonte: Medeiros (2008)

Nenhum dos cômodos selecionados apresentou a resposta “Ótima”. Nota-se para sala (2), respectivamente, para o parâmetro médio e bom, 67% e 33% de satisfação. Enquanto que, para os mesmos parâmetros o quarto 2 (2) apresentou 44% e 56% de satisfação. Ainda, o banheiro (2) apresentou resultados mais eficientes do que banheiro (1).

Para Ventilação Natural, observou-se na Figura 5 para as duas tipologias, seis cômodos com resultados abaixo de 20% e um abaixo de 60%, para o parâmetro “ruim”. Existe claramente a predominância dos valores para o parâmetro “bom”. A Figura 9 mostra quatro cômodos que não apresentaram a resposta “ruim” em sua avaliação.

(10)

(a) Sala (2) (b) Cozinha (2) (c) Banheiro (1) (d) Banheiro (2)

Ruim Médio Bom Ótimo

Figura 9 – Satisfação ventilação natural Fonte: Medeiros (2008).

Nota-se para sala (2), para o parâmetro médio e bom, respectivamente, 11% e 89% de satisfação. Enquanto que, para os mesmos parâmetros a cozinha (2) apresentou 45% e 33% de satisfação. Além disso, apresentou 22% de satisfação para o parâmetro Ótimo. Ainda, o banheiro (1) apresentou resultados mais eficientes do que banheiro (2).

Para Sensação Térmica, observou-se na Figura 6 para as duas tipologias, a predominância dos valores para o parâmetro “bom” e para o cômodo Banheiro (2) 100% de satisfação para o parâmetro ótimo. A Figura 10 mostra quatro cômodos que não apresentaram a resposta “ruim” em sua avaliação.

(a) Sala (2) (b) Banheiro (1) (c) Cozinha (1) (d) Cozinha (2)

Ruim Médio Bom Ótimo

Figura 10 – Satisfação sensação térmica Fonte: Medeiros (2008).

Nota-se para sala (2), para os parâmetros médio e bom, respectivamente, 22% e 78% de satisfação. Enquanto que para o banheiro (1) apresentou 14% e 86% de satisfação. Além disso, a cozinha (1) apresentou resultados mais satisfatórios do que a cozinha (2).

3. CONCLUSÕES

Pode-se concluir que de modo geral, os moradores do Conjunto Habitacional Rainha dos Apóstolos estão satisfeitos com seu imóvel, demonstrando que a expectativa destes em relação a outras tipologias construtivas é praticamente suprimida, sendo que as condições oferecidas são proporcionais à renda familiar e ao estilo de vida destas pessoas, as quais em sua maioria passaram da condição de habitar moradias provisórias ou locadas, para uma casa própria. Contudo, alguns itens não tiveram tão boas qualificações, principalmente quanto ao tamanho dos cômodos. A

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satisfação dos moradores está diretamente ligada aos seguintes fatores: grau de instrução, condições financeiras, sexo e idade. De maneira geral, a técnica empregada para a Avaliação Pós-Ocupação (APO) no conjunto habitacional na cidade de Terra-Roxa mostrou-se adequada e eficiente para avaliar o grau de satisfação dos moradores com relação aos tamanhos dos cômodos, iluminação natural, ventilação natural e sensação térmica.

AGRADECIMENTOS

À Universidade Estadual de Maringá (UEM), Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (PPG), Edital de Apoio a Doutores Recém-Formados, pelo financiamento à pesquisa e ao Centro de Tecnologia (CTC), Campus de Umuarama, pelo apoio à pesquisa.

O artigo apresenta parte dos resultados da pesquisa “Avaliação Pós-Ocupação Aplicada à Habitação Social em Umuarama e Região”, desenvolvida pela área de Tecnologia em Construção Civil da Universidade Estadual de Maringá, Campus Regional de Umuarama (UEM/CAU), com financiamento da Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação da Universidade Estadual de Maringá, PPG/UEM, Edital de Apoio a Doutores Recém-Formados, que contou com a participação dos professores e pesquisadores: Evaldeir Nicolau de Medeiros, Maximiliano dos Anjos Azambuja, Edson Alves, Sérgio Trajano Franco Moreiras, José Luiz Miotto, Alliny Neves Carrasco e Jean Marcel de Oliveira Silva.

REFERÊNCIAS

LEITE, B. C. C. Análise do Desempenho de Edifícios de Escritórios Automatizados Através da Avaliação Pós-Ocupação. 1997. 385p. Dissertação (Mestrado em Arquitetura e Urbanismo) Faculdade de Arquitetura e Urbanismo / Universidade de São Paulo, São Paulo, 1997).

MEDEIROS, E. N. Avaliação Pós-Ocupação de Habitação de Interesse Social. 2008. 62 f.

Monografia (Especialização em Gerenciamento e Planejamento Urbano e Rural). Universidade Estadual de Maringá, Maringá, 2008.

ORNSTEIN, S. W.; ROMÉRO, M. (colab.) - Avaliação pós-ocupação do ambiente construído.

São Paulo: Studio Nobel / EDUSP, 1992. 221p.

ORNSTEIN, S. W.; BRUNA, G; ROMERÓ, M. Ambiente construído e comportamento: a APO e a qualidade ambiental. São Paulo: Estúdio Nobel / FAUUSP / FUPAM, 1995.

ORNSTEIN, S. W. Desempenho do ambiente construído, interdisciplinaridade e arquitetura:

considerações a propósito de uma abordagem sistêmica. São Paulo: FAUUSP, 1995.

ORNSTEIN, S. W.; ABIKO, A. K. Inserção Urbana e Avaliação Pós-Ocupação (APO) da Habitação de Interesse Social. São Paulo: FAUUSP, 2002.

ROMÉRO, M. A.; ORNSTEIN, S. W. Avaliação Pós-Ocupação: Métodos e Técnicas Aplicados à Habitação Social. Porto Alegre, 2003.

SOUZA, et al., Sistema de gestão da qualidade para empresas construtoras. São Paulo: CTE, SEBRAE/SP, Sinduscon-Sp/Projeto, 1994.

Referências

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