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M. PAULO FILHO
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tUmmfM*» i Ofletnaa -. Av. Gomes Freire, 81/8S. Correio da
KTOATOR^HETE
COSTA REOQ
Fundador-EDjküNDO, BII1ENCOUHT Manhã
¦Sa. SEÇÃO—d F
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' ' - v^&^tmér- Pr«s- Wilco./-.;- 22-46 ABAIXADA A«ERl|NA
DIRKTOR • O ERCCTB
M A RI O ALVE S
Administração — Av. Comes Krrlr*. 81/83*
RIO DE JANEIRO, QUINTA-FEIRA', Í9.DE SETEMBRO DE 1946
N. 15.91*1A N O X I. V I
PROMULGADA, ONTEM, SOLENEMENTE, A NOVA CONSTITUIÇÃO
NO MUNDO POLÍTICO
«COMPOSIÇÃO DO MINISTÉRIO - PRESIDÊNCIA DA CÂMARA
- CASO DE MINAS ti™hÍ&Ü ontem m PaMdo S™i^lM,que ° *tner*> Dutra resolvera fazer mesmo a recom- Pwlçâo do ministório. Aceiterá a demissão solicitada poF todos os atuais ministros. , .... SUB %***íco I1"* desfruta de sua inümidadt declara o uwàil dente da Republica „;°,X Çipio. pensara em fizer apenas h2 ?iS*u demíssoes e deixando í«ac"''ari outras. Depois, p™
rem, modificou seu nlano. dot
^« «oUvos, inclusl^p-?!
SK '5? de*no*Mtr-iria preferen- cias, nâo multo adequadas. Mi- «Ustroa que eram ti_oe, e ainda, ÍkZlhi? ¦iK!'m a *-stM horas Tr?h.fíSl?luÍa^?/lt€Lí*nn«!|. o dó h-ftlhfíií ' da ViV&0< terão su- estatutos na remodelação.
O ministro da Justiça, ir.
Carlos Lm, qUe desejava sair ontem mesmo, permanecerá na So ««?'? rÍgu'ns dias- a ***>
•do general Dutra, enquanto êste pensa nos nomes que devem en-
»» Çar? o, novo ministério.
Mais tardei o discurso publi-
«o,?»d.0sg*en<!r?* Du>ra <*onflr-
mava totalmente a noticia. AH
«e fala em "recomposição dos orgaos governamentais".
O SR. OCTAVIO MANGABEI- RA E' CANDIDATO DO
GENERAL DUTRA Promulgada, ontem, a Consti- tuiçSo, para cujo trabalho con- vergiam todas as atenções e energias da Assembléia, esta, ainda sob o efeito das ultimas semanas de atividade constitu- cional, elegerá hoje o vice-t _>- sidente da Republica. Estes dois fatos nao permitiram até aqui uma demarche positiva no sen- ,.° da composição da Mesa da futura Câmara dos Demitado».
O unico nome articulado, até agora, é o do sr. Octavio Man- gabeira para a presidência da mesma,
O lider da Minoria é cândida- to cio próprio general Dutra, que assim desviou em sentido opôs-, to o movimento de uma pode- rosa ala do P. S. D. inclinada á indicação dos srs. Arthur de Souza Costa ou Benedito Vala- dares.
Essa^ mesma ala, acatando as simpatias demonstradas pelo presidente da Republica para comosr. Octavio Mangabelra.
parece que não regateará o seu voto.ap nome: do lider da Mino-
?a* Sef*5 KBÜio, o sr. Bene- oito Valadares procurou recen- temente i o ar., Octavio Manga-
'-^W*ft'WC9^
^'^pbíitò de vista dõ *.er.erai Dutra, tipos recusar o sr. Octa- vio Mangabeira a pasta das Re- laçSw.gtferidteg, 6 de que ne-
«Britava de^ua presença em outro alto poito da Republica, de modo a qUe o povo sentisse a evidencia do necessário e as- siduo contacto entre êle eoli- der da U. D. N., fator que de muito contribuirá para o bom êxito da chamada politica de coalizão. , -
MOMENTOS DÉ INTENSA VIBRAÇÃO E CRANDES~EXPANSÓES CÍVICAS NA ASSEMBLÉIA .lEIW hoje, do vice
PRESIDENTE DA REPÚBLICA
Aoraesino tempo, estando o sr. Mangabeira na presidência aa câmara, essa circunstancia, por si só, exprimirá aos olhos da
£?çr£/ ¦"?«UI*.a!-5*! e dignidade do Poder Legislativo, que está nos cuidados do presidente da -Republica prestigiar em toda a Jinna.
A eleição da Mesa da Câmara dos Deputados terá lugar possi- velmente segunda ou terça-fei- ra vindoura. Provavelmente antes da eleição será estudada a questão do regimento interno, Íf-T.f iendVue *_ f°rmula mais viável será a adoção do Regi- mento da Câmara anterior, ex- tinta com o golpe dé 10 de no- vembro. Eleita que esteja a Mesa, iniciará esta imediata- mente a elaboração do novo Re- gimento.
ESCLARECIMENTO DO SR VALADARES Foi ontem noticiado que o sr.
Benedito Valadares teria pro- curado o sr. Octavio Mangabei- ra para lhe declarar que nao era 'queremista"
e que estava dis- posto a retirar a tandidatura. do sr. Bias Fontes ao governo constitucional de Minas Gerais, desde que o sr. Carlos Luz pro- cedesse da mesma forma quan- to a sua.
Ontem, na Assembléia Cons- tituinte, o sr. Benedito Vaiada- res declarou em palestra, que a sua visita ao lider da U. D. N., tivera como objetivo apenas co- municar-lhes a deliberação do P. S_ D. de só tratar da orga- nizaçao das mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Fé- deral depois da eleição do vice- presidente da Republica. Acres- çentou que, naturalmente, no decorrer da palestra, houve oca- siao de falar na politica minei- ra, tendo tido, então, oporturii- dade de frisar os altos sentimen- tos do sr. Bias Fortes,,que ain- da agora não hesitaria em acei- tar uma fórmula que evitasse a luta dentro do seu partido em Minas Gerais. .
Foi só o que houve — finali- zouo sr. Valadares.
O SR. OCTAVIO MANGABEI- RA NO GUANABARA O sr. Octavio Mangabeira, lider da minoria, esteve no Pa- lacio Guanabara, ontem pela manhã, tendo . coníerenciado, durante uma hora, com o pre- sidente da Republica.
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Rosas vermelhas, de mistura, com" folhagens e fitos verde- amarelas, ornamentavam a me- sa do recinto do Palácio Tira- dentes, onde foi promulgada a Constituição. Da mesma forma eskvam ornamentadas todas as tribunas. Viam-se ainda gran- des cestas de flores aos cantos, além de muitos refletores.
Três bandeiras brasileiras eram empu-ihadas pelos cadê-
Flagrante sensacional, colhido no momento em que o presidente Melo Viana assinava a Constituição
democracia, este foi o ato de promulgação mais democrático .ia visto no Brasil, onde tantas Constituições tem sido promul- gadas.
Em frente a Mesa, sentaram- se os ministros e outras autori- dades, como o interventor em São Paulo. Ficaram sumidos, abafados pela multidão. Faltan- do dez minutos para as 15 ho- ras, o presidente sr. Melo Via-.
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pela execução do Hino Nacio- nal. E ás 15,05, dizia o sr. Melo Viana as palavras finais e sole- nes da cerimônia: "promulgamos a Constituição dos Estados Uni- dos do Brasil".
A Orquestra executou o hino da Independência e teve inicio a assinatura dos autógrafos da Constituição. Os membros da Mesa assinaram em primeiro lu- gar. Féz-se depois a chamada dos representantes para a assi- natura..Começou pelo P. S. D.
e pelo Território do Acre.
OS CONSTITUINTES DE 1934
Convidados, muitos dos cons- tituiptes de 1934 compareceram.
Nao houve, porem, lugar espe- ciai para eles. Não encontraram quem os recebesse e os ajuntas- sem para uma fotografia, que teria importância histórica. Sem ritmo, espalharam-se pela Casa.
Uns tomaram assento no recln- .to; outros ficaram atrás da Me- sa, ainda vários preferiram co- locar-se junto as bancadas da imprensa.
Entre outros, conseguimos no- tar os seguintes: M. Paulo Fi- lho, da Bahia; Teixeira Leite, de Pernambuco, era "classista*'
«¦*._¦'• Odilon Braga, de Minas;
Arthur Santos, do Paraná; An- tonlo Ferreira Neto, Abelardo Marinho, Sebastião de Oliveira, Martins e Silva, Álvaro Ventu- ra, todos "classistas"; Virgílio de Melo Franco, de Minas; Osório Borba, de Pernambuco; Pereira Carneiro, do Distrito Federal;
Fábio Sodré, do Estado do Rio Coelho de Janeiço; Antônio Jorge Ma- chado. do Paraná; Carlos Gomes de Oliveira, de Santa Catarina;
Barros Cassai é/Minuanò de Moura, do Rio Grande do Sul;
Nono Macedo, de Goiás.
O P. T. B. APOIA O SR.
NEREU RAMOS Reuniii-se ontem, ás 9 horas, a Comissão Executiva do Parti- do Trabalhista Brasileiro a fim I de escolher o candidato do par-' tido á vice-presidência da Repu- blica. Após duas horas de de- bate, a Comissão'decidiu apoiar a candidatura do sr. Nereu Ra- mos.
O SR. PRESTES NO CATETE O general 'Dutra
teve ontem, no palácio do Catete, o seu pri- meiro contacto pessoal com o sr.
Luiz Carlos Prestes. O secreta-
._ _—„. .__,._ se- nhoras e crianças, em pé ou sen-
tadas nas bancadas. Se isso é tado de aplausos e interrompido á.sua O presidente tia República recebe o senador Melo Viana,
presidente da Assembléia Constituinte, no Catete tes de terra, mar e ar, postados
junto á Mesa, de frente para as bancadas, perfilados, impecá- ve:? nos seus uniformes visto- sos. ...
O recinto estava totalmen- te cheio. Não eram só represen- tantes da, nação. Era uma mui- tidão heterogênea. Havia
na abriu a sessão, tendo direita o presidente do Supre- mo Tribunal Federal, ministro José Linhares, e á esquerda o cardeal-arcebisjxi do Rio de Ja- neiro, D. Jaime Câmara. Foi lida a ala da sessão anterior, a que não faltou uma retificação.
Em seguida, o presidente pro- nunciou seu discurso, entrecor-
DEFENDA-SE DO TIFO!
com oa esterilLSadores
S A L U S
INTERRUPÇÃO O discurso do sr. Melo Viana foi interrompido logo no segun- do periodo. "Emergimos de um regime ditatorial sombrio" ¦*- disse o presidente da Assembléia
— "em que as garantias indi.
viduals foram canceladas, super- pon'do-se o arbítrio onipoderoso ao direito o á justiça".
Palmas ecoaram no recinto.
Romperam os acordes do Hino Nacional da Orquestra Sinfóni- ca Brasileira. Todos ficam do pé, em silêncio. Finalmente, ir.
rompem as aclamações.
A condenação no "regime di- tatorial sombrio" teve a aprova- ção do plenário e a sanção do Hino.
O SR. MANGABEIRA AS- SUME A PRESIDÊNCIA Retirando-se paia acompanhiir o presidente do Supremo Tri- bunal Federal, sr. José Linha- res, e o cardeal-arcebispo, dom Jaime Câmara, o sr. Melo Vi- anal passou a presidência da sessão ao sr. Otíivio Mangabei- ra, que recebeu vibrantes acla- mações, partidas tanto do recin.
to, como das tribunas e gale.
rias. Flores foram atiradas das tribunas.
DE MULETAS O deputado pelo Piauí, sr.
Rodrigues, vitima, há tempos, cie tini desastre de au- tomovel no Espírito Santo, ain- dii usa muletas. Compareceu as.
sim á Assembléia1 c recebeu muitas palmas quando se movi- montou, para assinar a Consti- tuição, amparado por vários co- legas.
A PRIMEIRA VAIA E AS
OUTRAS .
A primeira vaia íol expontn- nea, atordoante, a única de significação. Muitas outras" es- trugiram; talvez com a mesma duração. Nenhuma, porém, com
¦¦ emoção que causou a primei- ra, violenta, inesperada. Foi quando pronunciaram o nome do sr. Agamemnon Magalhães.
O alvejado ficou lívido. Sorriu, com esforço... Os llmpanos re- clamaram atenção. Tiveram de soar demoradamento.
As outras vaias passaram a ser esperadas. O sr. Barreto Pinlo tinha tanta certeza da vaia, que chegou a preparar um discurso. Quis falar, mas o sr.
Lauro Lopes, que presidia a sessão no momento, não o con.
sentiu., O discurso, que deseja, va fazer, .era para dizer que a democracia era aquilo. Não agrada a todos. Entretanto, não se atemoriza com os apupos, nem se envaidece com os aplau- sos. Tem a noção do dever cum- prido e de haver trabalhado pa.
ra uma Constituição digna do Brasil. Nunca fugiu á solidário- dade ao seu chefe. (Se dissesse isso, levaria oulrq vaia, pois o chefe do sr. Barreto Pinto é o sr. Getulio Vargas). E iria terí minar dizendo que reconhece o valor dos grandes espíritos de-
mocráticos que concorreram pa- ra que se chegasse àquele gran- de' dia, e entre esses nomes ci- taria o de Eduardo Gomes. Esse o discurso que não foi dito, es- sas as palavras "que morreram na garganta".
A primeira vaia, o sr. Melo Viana, então na presidência, de- pois de reclamar atenção, decla- rou que não fazia evacuar as tribunas, pois via nelas uma ns.
sistência ilusjtre.
Além das acima referidas, re.
gistrarmh-se; á proporção que seus nomes iam sendo chamados, vaias aos seguintes representan- tes: Souza Costa, Benedito Va.
ladares, Vargas Neto, Arruda Câmara, Ugo Borghi, Marcou- des Filho.
NERVOSISMO DO SE- NADOR ALEIXO O senador Onofre Pinto Alei- xo, da Bahia, não se distinguiu nunca pela sua eloqüência du- rante os trabalhos da Assem- bleia Constituinte. Nem pela eloqüência nem por algum ou- tro atributo, de voz ou de gestos.
Entende-se perfeitamente o mal-estar, o complexo, o desa- justamento do senador mudo numa casa palradora. Ele pre- cisava se distinguir por algum ato, e os dias dn Assembléia estavam findando.
Uma ultima oportunidade é sempre uma oportunidade, e ei-Ia que Onofre Pinto Aleixo correu atraz dela ontem, dia daPromulgação, distinguindo-so
afinal — que custo: — por ai- guniu cpusa,
O povo satisfeito com o retor- no do pais á ordem democrática, expandia-se exuberantemente nas tribunas dn Assembléia em manifestações ruidosas, enqunn- to os deputados assinavam n nova Constituição.
O senador ficou atônito, o truc se explica, pois andava dosacos- ttimado de manifestações demo- cratiens. Ficou nervoso. fKicou furioso. Correu n tribuna de imprensa e ameaçou de dedo cm nste, uma senhora, aliás paren- ta de um seu colegn da Consti- tuinte, que expansiva, esturdin, çpmunicatlvri, festejava h pro- mulgação da Carta Magna.
A senhora estranhou a nmc;v*
ça, mas não deixou o sr. Alei- xo sem n resposta merecida.
Foi ;i primeira afirmação pes- i
A Assembléia Constituinte -•
reune-sc hoje ns u horas nn sun pVimeiva sessão «pós u pro- mulgacáo da Constituição c a , pemMtiimi antes da separação i dns duas Casas ilo Congresso,
Será procedida á eleição p;i- rn preenchimento do cargo dó vico-prvsidente dn ,'epúhlicn.
lestaurndo na nova Caria Polir tica.
Apoiado pelas forças ni.ijnri- tnrln. dn Assembléia, serã sut i tragado o nomõ do _cnndor*Nc'^
' reu Ramos, apresentado pelo Diretório Nacional do P. S. D.
A U. D. N. u delnaii partidos da minoria roncoi-rerâo ao piei- to com a candidatura d\i senhor José Américo de Almeida
o r.c.iv. VOTARÁ SO SK. |055È AMÉRICO Comunicam* mi» j
"A
Cvmiis.Jo.Evcativ*¦"<"« IVuii-
«iii Comunista ,1» Hn.il ícuiihi*.. . lun ,\e ,l.lil*rr.sr «.Mire a (josiçio ,1.
m» bi*.n.»,l* no Çíinsr-.stj N ncioii.il, tiu-tnto ,\ cUk-So a vi,tf-*í*ircn'*!t*n',M.'*i ,i» R.iuiWi.-*,
P.-trmii.. o P.C.U, «ixsí-t um cin.ü-iitrt c»|»« df c*>nK"*8,.r as o.mntfj iH-lilic-a., ii« con-w.r-ist' var* tsuibfleccr um clima ilo har- monU .unid.süt mire os brasileiro*-.
tÃo md.í^ensí.vt) no momento mt
•jjjc iniciamft* uma *í,\>c nova' na tí.I* ,i,i jviU com*" promnlgàcio tia Carta Constitucional de i,vth.
Xo entanto, >> lançamento d.» >*an*
didatup* do íénatlor Xtreu Ramo*,
*.*m
prtvio mim\\\mento vom o*-, demais lurlidos poltlicús, e a pOMe*
rior intTSenlacJo do mmio do çr.
los. Américo de Almeida: iloiermi- naram que o P.C.U. ,c itcfiiiiss*
em_fa.-e da situação criada.
Xo nue dit rtspeiio ao camluíaio do l'.S.l>.( n..o twdrria o'1'.C.IÍ.
apoia-lo, por se tratar do lider do partido do covèrno oue lomnu inü- meras medidas resiriiisas às lilwr- dades, como a uroibiçiín dc cimii- cios, alenlailo" a imprensa,1 fedia- ' menlo de sindicatos c prisões <!t:
srei-isias. .muiios dos quais ainda m*
encontram r.o c.ircere. Uonjre ,!e co- loo-At-**» contra fatt atos reaoinn**»*"
nos, o sr, Xereu R«mtl! os defen- den inlransiceniinieiite. Dúranlc i elabbrãçio da Carta Constitucional, o aluai .andldato do l*.>.]>., (-„m„
lider da maioria, ntRoü taaatlva*
mente, as maiores »'nTra-õ«i demo- crilleaa do povo bi-MlIeiro, levando seus .orrelicionarios a votar cnnlra
«^ autonomia dos principais munlcí- pios e do Distrito Federai, cqnira .i anislia. pelo estado de silio prevtti- tivo t pela supressão das imuniila- dei parlametitatrs cm determinados CilOl.
A candidaiura do sr. los' Àn*fl vtií* *"•-*¦•«'•••» «Preseiiiada pela V-0,y..~lm o apoio do, .p-riH.i-,
•aeneirí»,
«m brròjlção A da maioria, tnereveo a atenção do p.t' 1!, .\,-.'.
llr de não ,-oiiconlar com a àtitndr' -oiulacionlsta <!a U.D.N., f».
«ndo crandes cçncessües ao parti- do majoritário no t,v.inte a pm- hlemss rilais da democracia,- prin- èipalraenle, quando da voiícão rio si- no preventivo, o P.C.U. mio lem nenhuma reüricão a "mvtentar au nome do sr. losé Ameri,-,, de At- me!d.t. lisura oue cora de nt-sli- pio popular em \irludc de s.ia<\ ,,,'- nliecldas tradições <lrmí*cr.iti-.*«. ft evidente ,jue ao P.C.U. não mo P'*rla ::o só o nome rio candidato, mas a c-Halilia d.-\ democracia e os
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(Continun nn .t.* png.)
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com vários companheiros de bancada, oompareceu incorpo- rado á visila que a Assembléia Constituinte fez ao chefe do Go- verno por motivo da promulga
«w« *w»wu_. -avav*.-.. v obwcio- vci.nu íjui aiuuvu ua promulga- rio geral do Partido. Comunista, ção da nova Q_;ta. Acabado o
discurso do general Dutra, o sr.
Luiz Carlos Prestes, a exemplo dos demais representantes pre- sentes, cumprimentou, com um aperto de mão, ò presidente da Republica.
Wy \w^ mWMmÊÊ BIWmmmW^WrY*--"P^Bl' >.J* '
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Quando o sr. Octavio Mn^tlieirn, sob palmas da assistènrii, assinava n Constituição
outros mcp.es, mas sempre cotn (Continun nn ò.-'1 pág.)
Presentes finíssimos:
Clrarrelnu e pondritrs franceses
¦ r pr.it.i — Uipirciras Inglesas oV PS.'.*.— >*_lu«lros nunh.ll n ."asa U.\\ rc.vt.eu. — n. Kosarla !'..
ãlcrcailo das Flore.. (SO.O! 1 pois est&niò ¦>opni,\ui«n„
( ramos do Parlamento.
APLAUSOS A assistâb,cia aplaudiu caloro»j saiiu-ir.e ò primeiro chamado a j
! assinar a Constituição, o depu-!
| tado pelo Acre. sr. Castelo ' 1 Branco e depois, especialmente, j : os representantes udenista. To- I O lenço branco, símbolo da campanha dc libertação nacional, quando era ontem acerin.l
numa expressiva homenagem ao brigadeiro Eduardo Gomeso o» recinto ila Constituinte,