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Centro Federal de Educação Tecnológica. Celso Suckow da Fonseca. Projeto Pedagógico

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Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca

E E n n g g e e n n h h a a r r i i a a d d e e A A l l i i m m e e n n t t o o s s

Projeto Pedagógico

1º semestre de 2014

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CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA CELSO SUCKOW DA FONSECA – CEFET/RJ

Diretor-Geral

Carlos Henrique Figueiredo Alves

Vice-Diretor-Geral Maurício Saudanha Motta

Diretora de Ensino Gisele Maria Ribeiro Vieira

Chefe do Departamento de Educação Superior Weber Figueiredo da Silva

Coordenador do Curso de Engenharia de Alimentos Breno Pereira de Paula

Diretor de Pesquisa e Pós-Graduação Pedro Manuel Calas Lopes Pacheco

Diretora de Extensão Maria Alice Caggiano de Lima

Diretor de Administração e Planejamento Diego Moreira de Araújo Carvalho

Diretora de Gestão Estratégica Fernando Ramos Corrêa

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SUMÁRIO

I – DADOS DE IDENTIFICAÇÃO ... 4

II – APRESENTAÇÃO ... 5

III – O CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA CELSO SUCKOW DA FONSECA – CEFET/RJ .... 6

Breve Histórico ... 6

Inserção Regional ... 9

Filosofia, Princípios, Missão e Objetivos ... 11

Campus Valença ... 12

Caracterização Regional ... 13

O Curso de Engenharia de Alimentos do CEFET/RJ ... 14

IV – JUSTIFICATIVA E PERTINÊNCIA DO CURSO ... 16

A Importância da Engenharia de Alimentos no Contexto Atual ... 17

V – OBJETIVOS DO CURSO ... 19

Objetivo Geral ... 19

Objetivos Específicos ... 19

Competências e Habilidades Essenciais ... 23

Competências e Habilidades Complementares ... 24

Organização Curricular ... 25

Disciplinas Eletivas Curriculares ... 28

Estágio Supervisionado ... 29

Trabalho de Conclusão de Curso ... 31

Atividades Complementares ... 35

Grade Curricular ... 35

ENGENHARIA DE ALIMENTOS ... 40

DISCIPLINAS OPTATIVAS ... 40

IX – PROCEDIMENTOS DIDÁTICOS E METODOLÓGICOS ... 51

X – PROCESSOS DE AVALIAÇÃO ... 52

Avaliação do Rendimento Escolar ... 52

Sistema de Avaliação do Projeto do Curso ... 53

XI – ATIVIDADES DE PESQUISA ... 55

XII – ATIVIDADES DE EXTENSÃO ... 58

XIII – GESTÃO ACADÊMICA DO CURSO ... 60

XIV – CORPO DOCENTE ... 62

XV – INFRAESTRUTURA ... 64

Instalações Gerais ... 64

Instalações Específicas ... 65

Biblioteca ... 66

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I – DADOS DE IDENTIFICAÇÃO

Denominação: Curso de Engenharia de Alimentos

Modalidade: Bacharelado

Habilitação: Industrial de Alimentos

Titulação Conferida: Engenheiro de Alimentos

Ano de início do funcionamento do Curso: 2014

Duração do Curso: 5 anos

Criação do curso: Ata da Reunião do Conselho Diretor (CODIR) realizada no dia 09 de agosto de 2013 onde foi aprovado o mérito para criação do Curso Engenharia de Alimentos.

Regime Acadêmico: Semestral

Número de vagas oferecidas: 25/semestre

Turno de oferta: Integral

Endereço

Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca – CEFET/RJ Campus Valença

Departamento de Ciência e Tecnologia de Alimentos

Rua Voluntários da Pátria, 30, Belo Horizonte – Valença-RJ – CEP: 27.600-000 www.CEFET/RJ.br

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II – APRESENTAÇÃO

Este Projeto Pedagógico foi desenvolvido com base no Estatuto e no Regimento próprios do CEFET; na Lei que regulamenta a profissão de Engenheiro no país (Lei 5.194, de 24/12/1966); na Lei de Diretrizes e Bases para a Educação Nacional (Lei 9.394, de 20/12/1996);

na Resolução nº 1010 de 22/08/05, do Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (CONFEA), e seu órgão - o Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (CREA);

nas Diretrizes Curriculares Nacionais para os Cursos de Graduação em Engenharia (Resolução CNE/CES, de 11/03/2002); e, por fim, no Parecer do CNE/CES que institui a carga horária mínima dos Cursos de graduação e bacharelados na modalidade presencial (Parecer CNE/CES nº 329, de 11/11/2004).

As propostas apresentadas neste projeto estão em consonância com as orientações estabelecidas pelo MEC na elaboração das Diretrizes Curriculares, uma vez que:

 demonstram a preocupação com a qualidade do Curso de Graduação de modo a permitir o atendimento das contínuas modificações do mercado de trabalho;

 ressaltam a necessidade da formação de um profissional generalista que irá buscar na Educação Continuada conhecimentos específicos e especializados;

 apontam a necessidade de desenvolvimento e aquisição de novas habilidades para além do ferramental técnico da profissão;

 valorizam as atividades externas, pleiteando para elas valores a serem quantificados na formação do graduando em Engenharia;

 discutem a necessidade de adaptação do conteúdo programático às novas realidades que se apresentam ao CEFET, passando estas adaptações inclusive pela criação de novas disciplinas ou modificação das cargas horárias já existentes.

O Projeto Pedagógico aqui apresentado é fruto de uma coletânea de estudos variados e resultado de um trabalho em conjunto, organizado pela coordenação do curso. Todo corpo docente também foi convidado a participar, revisando o programa de suas disciplinas, atualizando a bibliografia e adequando a metodologia de ensino e o sistema de avaliação de forma a estruturar o curso conforme as Diretrizes Curriculares e as recomendações do MEC. Os alunos também têm oportunidade de participar de forma efetiva, através de seus relatos, questionamentos e solicitações feitos junto à coordenação.

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III – O CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA CELSO SUCKOW DA FONSECA – CEFET/RJ

No Brasil, os Centros Federais de Educação Tecnológica refletem a evolução de um tipo de instituição educacional que, no século XX, acompanhou e ajudou a desenvolver o processo de industrialização do país.

Breve Histórico

Situada na cidade que foi capital da República até 1960, a instituição ora denominada CEFET/RJ teve essa vocação definida desde 1917, quando, criada a escola Normal de Artes e Ofícios Wenceslau Brás pela Prefeitura Municipal do Distrito Federal – origem do atual Centro –, recebeu a incumbência de formar professores, mestres e contramestres para o ensino profissional. Tendo passado à jurisdição do Governo Federal em 1919, ao se reformular, em 1937, a estrutura do então Ministério da Educação, também essa Escola Normal é transformada em liceu destinado ao ensino profissional de todos os ramos e graus, como aconteceu às Escolas de Aprendizes Artífices, que, criadas nas capitais dos Estados, por decreto presidencial de 1909, para proporcionar ensino profissional primário e gratuito, eram mantidas pela União.

Naquele ano de 1937 tinha sido aprovado o plano de construção do liceu profissional que substituiria a Escola Normal de Artes e Ofícios. Antes, porém, que o liceu fosse inaugurado, sua denominação foi mudada, passando a chamar-se Escola Técnica Nacional, consoante o espírito da Lei Orgânica do Ensino Industrial, promulgada em 30 de janeiro de 1942. A essa Escola, instituída pelo Decreto-Lei n 4.127, de 25 de fevereiro de 1942, que estabeleceu as bases de organização da rede federal de estabelecimentos de ensino industrial, coube ministrar cursos de 1 ciclo (industriais e de mestria) e de 2 ciclo (técnicos e pedagógicos).

O Decreto n 47.038, de 16 de outubro de 1959, traz maior autonomia administrativa para a Escola Técnica Nacional, passando ela, gradativamente, a extinguir os cursos de 1 ciclo e atuar na formação exclusiva de técnicos. Em 1966, são implantados os cursos de Engenharia de Operação, introduzindo-se, assim, a formação de profissionais para a indústria em cursos de nível superior de curta duração. Os cursos eram realizados em convênio com a Universidade Federal do Rio de Janeiro, para efeito de colaboração do corpo docente e expedição de diplomas. A necessidade de preparação de professores para as disciplinas específicas dos cursos técnicos e dos cursos de Engenharia de Operação levou, em 1971, à criação do Centro de Treinamento de Professores, funcionando em convênio com o Centro de Treinamento do Estado da Guanabara

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É essa Escola que, tendo recebido outras designações em sua trajetória – Escola Técnica Federal da Guanabara (em 1965, pela identificação com a denominação do respectivo Estado) e Escola Técnica Federal Celso Suckow da Fonseca (em 1967, como homenagem póstuma ao primeiro Diretor escolhido a partir de uma lista tríplice composta pelos votos dos docentes) –, transforma-se em Centro Federal de Educação Tecnológica pela Lei n 6.545, de 30 de junho de 1978.

Desse modo, desde essa data, o Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca – CEFET/RJ, no espírito da lei que o criou, passou a ter objetivos conferidos a instituições de educação superior, devendo atuar como autarquia de regime especial, nos termos do Art.4o da Lei no 5.540, de 21/11/68, vinculada ao Ministério da Educação e Cultura, detentora de autonomia administrativa, patrimonial, financeira, didática e disciplinar.

Em 06/10/78, através do Parecer no 6.703/78, o Conselho Federal de Educação aprovou a criação do Curso de Engenharia, com as habilitações Industrial Mecânica e Industrial Elétrica, sendo esta última com ênfases em Eletrotécnica, Eletrônica e Telecomunicações.

No primeiro semestre de 1979, ingressaram no CEFET/RJ as primeiras turmas do Curso de Engenharia, nas habilitações Industrial Elétrica e Industrial Mecânica, oriundas do Concurso de vestibular da Fundação CESGRANRIO.

Em 29/09/82, o então Ministro de Estado da Educação e Cultura, usando da competência que lhe foi delegada pelo Decreto no 83.857, de 15/08/79, e tendo em vista o Parecer no 452/82 do CFE, conforme consta do Processo CFE no 389/80 e 234.945/82 do MEC, concedeu o reconhecimento do Curso de Engenharia do CEFET/RJ, através da Portaria no 403 (Anexo I), publicada no D. O. U. do dia 30/09/82.

A partir do primeiro semestre de 1998, iniciaram-se os cursos de Engenharia de Produção e de Administração Industrial, bem como os Cursos Superiores de Tecnologia. No segundo semestre de 2007, deu-se início o Curso de Engenharia Civil.

A partir de 1992, o Centro passou a ofertar, também, Cursos de Mestrado em programas de Pós-graduação stricto-sensu. Atualmente o CEFET/RJ oferece Mestrado em Tecnologia, cuja área de concentração é Tecnologia, Gestão e Inovação, e Mestrado Profissional no Ensino de Ciências e Matemática, com duas áreas de concentração: Novas Tecnologias no Ensino da Física e Novas Tecnologias no Ensino da Matemática.

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No primeiro semestre de 2008 iniciou-se a primeira turma de Mestrado em Engenharia Mecânica e Tecnologia de Materiais. Este Mestrado tem uma única área de concentração, Mecânica dos Sólidos e Materiais, para a produção de conhecimento em duas linhas de pesquisa, a saber: Modelagem e Simulação de Sistemas Mecânicos, e Processamento e Caracterização de Materiais.

Esse breve histórico retrata de certa forma, as mudanças que foram se operando no ensino industrial no país, notadamente no que diz respeito à ampliação de seus objetivos, voltados, cada vez mais, para atuar em resposta aos níveis crescentes das exigências profissionais do setor produtivo em face do avanço tecnológico e da globalização econômica. Os Centros Federais de Educação Tecnológica, por sua natural articulação com esse setor, são sensíveis à dinâmica do desenvolvimento, constituindo-se em agências educativas dedicadas à formação de recursos humanos capazes de, em diferentes níveis de intervenção, aplicar conhecimentos técnicos e científicos às atividades de produção e serviços.

Trazendo, em sua história, o reconhecimento social da antiga Escola Técnica, o CEFET/RJ expandiu-se academicamente e em área física. Hoje, a instituição conta com uma unidade-sede (Maracanã), e quatro unidades de ensino descentralizadas – uma em Nova Iguaçu, município da Baixada Fluminense; outra em Maria da Graça, bairro da cidade do Rio de Janeiro; duas outras nos municípios de Petrópolis e de Nova Friburgo, além de um Campus em Itaguaí, Angra dos Reis e outro em Valença.

A atuação educacional do CEFET/RJ inclui, então, a oferta regular de cursos de ensino médio e de educação profissional técnica de nível médio, cursos superiores de tecnologia e de graduação, cursos de mestrado, além de atividades de pesquisa e de extensão, estas incluindo cursos de pós-graduação lato sensu entre outros.

No ano de 2004, teve início, na Unidade Descentralizada de Nova Iguaçu, o Curso de Engenharia de Controle e Automação Industrial, sendo implementado na Unidade Maracanã no segundo semestre de 2005. Nesta mesma época, segundo semestre de 2005, a Unidade Descentralizada de Nova Iguaçu iniciou o curso de Engenharia de Produção.

Integrando, inclusive, o Pólo Universitário da Baixada Fluminense, o CEFET/RJ é desafiado e se desafia a contribuir no desenvolvimento do Estado do Rio de Janeiro e da região, atento às Diretrizes de Política Industrial, Tecnológica e de Comércio Exterior do país. Voltado a uma formação profissional que deve ir ao encontro da inovação e do desenvolvimento tecnológico,

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da modernização industrial e potencialização da capacidade e escala produtiva das empresas aqui instaladas, da inserção externa e das opções estratégicas de investimento em atividades portadoras de futuro – sem perder de vista a dimensão social do desenvolvimento –, o Centro se reafirma como uma instituição pública que deseja continuar a formar quadros para os setores de metal-mecânica, petroquímica, energia elétrica, eletrônica, telecomunicações, informática, alimentos e outros que conformam a produção de bens e serviços no país.

Inserção Regional

Segundo dados estimados pelo IBGE para o ano de 2005, o Estado do Rio de Janeiro com 43.696,1 km2, abriga uma população de cerca de 15 milhões de habitantes (15.383.407), sendo a unidade da Federação de maior concentração demográfica, 352,05 habitantes/km2, especialmente na Região Metropolitana, constituindo-se assim em um grande mercado consumidor de bens e serviços. Encontra-se em posição geográfica privilegiada, no centro da região geo-econômica mais expressiva do País sendo, o segundo Estado em importância econômica do Brasil. A expansão do crescimento industrial contribuiu para o avanço da participação do PIB do Rio de Janeiro no Produto Interno Bruto Brasileiro, indo de 13,1%, em 1997, para 15,8%, em 2005.

Admitindo-se um raio de 500 km, a partir da cidade do Rio de Janeiro, atingindo São Paulo, Belo Horizonte e Vitória, identifica-se uma região geo-econômica de grande importância sob o ponto de vista abastecedor/consumidor. Nesta região encontra-se 32% da população do País, 65% do produto industrial, 65% do produto de serviços e 40% da produção agrícola.

Através dos portos desta região são realizados 70% em valor das exportações brasileiras.

A prestação de serviços e a indústria exercem papel fundamental na economia fluminense. Áreas como telecomunicações e tecnologia da informação são áreas de grande interesse para a prestação de serviços.

O setor industrial do Rio de Janeiro é o segundo mais importante do País. Indústrias como a metalúrgica, siderúrgica, gás-química, petroquímica, naval, automobilística, audiovisual, cimenteira, alimentícia, mecânica, editorial, gráfica, de papel e celulose, de extração mineral, extração e refino de petróleo, química e farmacêutica comprovam a diversidade da estrutura do setor industrial do Rio de Janeiro e sua potencialidade econômica.

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O Estado do Rio de Janeiro destaca-se pela expressiva representatividade de suas indústrias de base, como por exemplo, a Petrobrás (petróleo e gás natural), líder mundial no ramo, com tecnologia própria na extração de petróleo em águas profundas. O Estado do Rio de Janeiro é o maior produtor de petróleo e gás natural do País, respondendo por 82% e 45% da produção nacional, respectivamente. A Companhia Siderúrgica Nacional (aços planos), por exemplo, é a maior da América Latina. Entre as diversas indústrias existentes estão a Cosigua (aços não planos), a Valesul (alumínio), a Ingá (zinco) e a Nuclep (equipamentos pesados).

Na indústria naval, uma das atividades econômicas mais antigas do Brasil - onde o Rio é pioneiro, o estado detém mais de 85% da capacidade nacional instalada, inovando na construção de grandes plataformas de petróleo e em sofisticadas embarcações de apoio offshore.

O Pólo Automotivo, com a Peugeot-Citröen, as empresas do tecnopólo e a Volkswagen Caminhões, é um dos mais modernos do mundo, exporta para os principais mercados e consolida a liderança tecnológica do país neste setor.

Em decorrência principalmente de sua base tecnológica, o Estado do Rio de Janeiro tem gerado inúmeras oportunidades para indústrias de alta tecnologia, como a química fina, novos materiais, biotecnologia, mecânica de precisão e eletro-eletrônica, onde o Pólo Tecnológico é o grande centro deste segmento industrial.

A expansão da demanda interna, notadamente observada em gêneros como Bebidas e Perfumaria, Sabões e Velas, ressalta-se também o desempenho dos setores produtores de Material Plástico e de Materiais não Metálicos.

O Estado apresenta um comércio dinâmico e uma atividade financeira intensa somados a uma pujante indústria de turismo.

O Estado do Rio de Janeiro representa uma alternativa disponível para projetos agropecuários modernos, intensivos em tecnologia, dentro do atual modelo agrícola brasileiro de cada vez mais buscar o crescimento da produção através do aumento da produtividade.

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Filosofia, Princípios, Missão e Objetivos

Corresponde à filosofia orientadora da ação no CEFET/RJ compreender essa instituição educacional como um espaço público de formação humana, científica e tecnológica.

Compreender, ainda, que:

• todos os servidores são responsáveis por esse espaço e nele educam e se educam permanentemente;

• os alunos são co-responsáveis por esse espaço e nele têm direito às ações educacionais qualificadas que ao Centro cabe oferecer;

• a convivência, em um mesmo espaço acadêmico, de cursos de diferentes níveis de ensino e de atividades de pesquisa e extensão compõe a dimensão formadora dos profissionais preparados pelo Centro (técnicos, tecnólogos, engenheiros, administradores, docentes e outros), ao mesmo tempo em que o desafia a avançar no campo da concepção e realização da educação tecnológica.

A filosofia institucional expressa-se, ainda, nos princípios norteadores do seu projeto político-pedagógico, documento (re)construído com a participação dos segmentos da comunidade escolar (servidores e alunos) e representantes dos segmentos produtivo e outros da sociedade.

Integram tais princípios:

• defesa da educação pública e de qualidade;

• autonomia institucional;

• gestão democrática e descentralização gerencial;

• compromisso social, parcerias e diálogo permanente com a sociedade;

• adesão à tecnologia a serviço da promoção humana;

• probidade administrativa;

• valorização do ser humano;

• observância dos valores éticos;

• respeito à pluralidade e divergências de idéias, sem discriminação de qualquer natureza;

• valorização do trabalho e responsabilidade funcional.

EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA NO CEFET/RJ E

N S I N O

Educação Básica Educação Profissional Técnica Cursos de Graduação (Cursos Superiores de

Tecnologia, Bacharelado e Licenciatura) Cursos de Pós-Graduação

Cursos de Extensão PESQUISA E EXTENSÃO

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Observadas a finalidade e as características atribuídas aos Centros Federais de Educação Tecnológica e a responsabilidade social de que essas se revestem, o CEFET/RJ assume como missão institucional:

Promover a educação mediante atividades de ensino, pesquisa e extensão que propiciem, de modo reflexivo e crítico, na interação com a sociedade, a formação integral (humanística, científica e tecnológica, ética, política e social) de profissionais capazes de contribuir para o desenvolvimento cultural, tecnológico e econômico dessa mesma sociedade.

Orientados pela legislação vigente, constituem objetivos prioritários do CEFET/RJ:

• ministrar educação profissional técnica de nível médio, de forma articulada com o ensino médio, destinada a proporcionar habilitação profissional para diferentes setores da economia;

• ministrar ensino superior de graduação e de pós-graduação lato sensu e stricto sensu visando à formação de profissionais e especialistas na área tecnológica;

• ministrar cursos de licenciatura, bem como programas especiais de formação pedagógica, nas áreas científica e tecnológica;

• ofertar educação continuada, por diferentes mecanismos, visando à atualização, ao aperfeiçoamento e à especialização de profissionais na área tecnológica;

• realizar pesquisas, estimulando o desenvolvimento de soluções tecnológicas de forma criativa e estendendo seus benefícios à comunidade;

• promover a extensão mediante integração com a comunidade, contribuindo para o seu desenvolvimento e melhoria da qualidade de vida, desenvolvendo ações interativas que concorram para a transferência e o aprimoramento dos benefícios e conquistas auferidos na atividade acadêmica e na pesquisa aplicada;

• estimular a produção cultural, o empreendedorismo, o desenvolvimento científico e tecnológico, o pensamento reflexivo, com responsabilidade social.

Campus Valença

O campus Valença ocupa as instalações do antigo Instituto Técnico e Profissionalizante do Vale do Rio Preto – ITERP, que conta com modernas instalações prediais, dotadas de infraestrutura e de recursos materiais suficientes para possibilitar o funcionamento de cursos técnicos regulares de Educação Profissional.

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O referido Instituto foi construído e equipado com recursos provenientes do Programa de Expansão da Educação Profissional – PROEP, por força de convênio entre o Ministério da Educação e a Fundação Educacional Dom André Arcoverde, de Valença – RJ.

Em 23 de julho de 2009 foi assinado Termo entre o Secretário da SETEC/MEC, os dirigentes do CEFET/RJ e da Fundação Educacional Dom André Arcoverde, tendo por objetivo a federalização do ITERP e sua incorporação à estrutura multicampi do CEFET/RJ.

O campus Valença foi inaugurado virtualmente no governo do Presidente Luis Inácio Lula da Silva, em Brasília, em 1º de fevereiro de 2010, em comemoração oficial com o representante da Unidade, Prefeito de Valença e do Diretor Geral do CEFET/RJ, Professor Miguel Badenes Prades Filho.

O primeiro curso técnico ofertado no campus Valença pertence ao eixo tecnológico de produção alimentícia, com formação técnica em Agroindústria. Esse é o primeiro campus do CEFET/RJ a oferecer esse tipo de curso técnico. A primeira turma desse curso ingressou no segundo semestre de 2010, com 40 alunos.

O campus Valença conta com a seguinte estrutura física: 06 salas de aulas; 01 laboratório de informática; 01 laboratório de análise de alimentos; 01 laboratório de microbiologia;

01 laboratório de análise sensorial; 01 laboratório de tecnologia de alimentos de origem vegetal;

01 laboratório de tecnologia de panificação; 06 salas (Professores/Tecnologia de Informação/Secretaria/Gerência Administrativa/Gerência Acadêmica); 01 biblioteca; e 01 auditório.

Serão construídos através das obras de estruturação do campus Valença em 2014: 10 salas de aulas; 01 laboratório de química analítica/físico-química; 01 laboratório de química orgânica; 01 laboratório de física; 01 laboratório de operações unitárias; 01 laboratório de tecnologia de produtos cárneos; 01 laboratório de tecnologia de produtos lácteos; 01 laboratório de tecnologia de bebidas; 01 laboratório de cálculo/desenho técnico; 17 gabinetes para professores (sendo cada gabinete ocupado por 02 professores).

Caracterização Regional

O município de Valença está localizado no sul do estado do Rio de Janeiro, a uma altitude de 560 metros, com população estimada em 2010 de 71.843 habitantes [2]. Possui cinco distritos: Conservatória ("Cidade das Serestas"), Barão de Juparanã ("Cidade dos Barões"), Parapeúna, Santa Isabel do Rio Preto e Pentagna.

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O território da atual sede do município de Valença era habitado, por volta de 1789, pelos índios Coroados, que dominavam toda a zona compreendida entre os rios Paraíba do Sul e Preto. O nome Coroados é uma denominação geral dos portugueses para todas as tribos que usavam cocares em forma de coroa.

Valença apresenta uma área de 1.305 km² (a segunda maior do estado do Rio de Janeiro), estando situada no Vale do Paraíba Fluminense, antigamente conhecido como “Vale do Café”. Após a abolição da escravatura o perfil sócio-econômico do município de Valença tem sido redesenhado. A decadência da produção cafeeira deu lugar à criação de gado, transformando o município, até a década de 1940, em um dos maiores fornecedores de leite e exportador interno de laticínios. Hoje o município de Valença é o maior produtor de leite do estado do Rio de Janeiro.

O município é essencialmente agrícola, possuindo, atualmente, 2.000 produtores de leite, além de diversas agroindústrias familiares e/ou de pequeno porte voltadas para esse e outros gêneros alimentícios.

O Curso de Engenharia de Alimentos do CEFET/RJ

O Governo Federal através do Decreto Lei 68644 de 21/05/1971 reconheceu o Curso de Engenharia de Alimentos e o seu currículo mínimo foi estabelecido na nova concepção de ensino de Engenharia no Brasil nas resoluções do Conselho Federal de Educação 48/76 e 52/76 e Portaria 1695/94 do Ministério da Educação e dos Desportos.

A profissão de Engenheiro de Alimentos foi regulamentada através da lei nº 5.194, de dezembro de 1966, e a Resolução 218, de 29/06/1973 do CONFEA. Dispõe as atividades profissionais, caracterizando o exercício profissional como de interesse social e humano. Para tanto, especifica que atividades do engenheiro deverão importar na realização de empreendimentos tais como: aproveitamento e utilização de recursos naturais do país;

desenvolvimento industrial e agropecuário do Brasil.

O Curso de Engenharia de Alimentos do CEFET/RJ está em acordo com o estabelecido nas Diretrizes Curriculares Nacionais para os Cursos de Graduação em Engenharia, aprovada pela Resolução CNE/CES de 11/03/2002.

Nas referidas Diretrizes, o Art. 3o destaca a necessidade de que se garanta ao

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capacitado a absorver e desenvolver novas tecnologias, estimulando a sua atuação crítica e criativa na identificação e resolução de problemas, considerando os seus aspectos políticos, econômicos, sociais, ambientais e culturais, com visão ética e humanística, em atendimento às demandas da sociedade. Essa Resolução define os princípios e objetivos que devem pautar a formação em Engenharia, arrola conhecimentos, habilidades e competências que tal formação requer e exige. Além disso, estabelece núcleos que todo o curso de Engenharia, independente de sua modalidade, deve possuir. Trata-se de um núcleo de conteúdos básicos, um núcleo de conteúdos profissionalizantes e um núcleo de conteúdos específicos, que caracterizam a modalidade.

Nesse sentido, a atual concepção do Curso de Engenharia Industrial de Alimentos do CEFET/RJ segue sendo sustentada pelos princípios que regem os fins do Centro; pelo que dispõe a Lei 9.394, de 20/12/1996, que estabelece as Diretrizes e Bases para a Educação Nacional, pela Resolução Nº 1.010, de 22/08/05 do CONFEA, que estabelece as competências para o desempenho das atividades profissionais pertinentes as diversas modalidades da engenharia e pelo que determina as Diretrizes Curriculares Nacionais para os Cursos de Graduação em Engenharia, Resolução CNE/CES de 11/03/2002.

A matriz curricular atual prevê uma carga horária total obrigatória de 4.896 horas-aula (4.080 horas). Esta será a carga horária mínima para que o aluno receba o título de graduado em Engenharia de Alimentos. Nesta carga horária, 4.158 horas-aula (3.465 horas) são referentes às disciplinas obrigatórias, 216 horas-aula (180 horas) relativas às optativas, 144 horas-aula (120 horas) ao projeto de Final de Curso e 378 horas-aula (315 horas) ao estágio supervisionado.

Neste último caso, estágio curricular, a carga horária mínima exigida, estabelecida pela Resolução CNE/CES de 11/03/2002, é de 160 horas. A carga horária mínima total do curso exigida foi estabelecida pelo Parecer CNE/CES nº 329, de 11/11/2004, e corresponde a 3.600 horas.

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IV – JUSTIFICATIVA E PERTINÊNCIA DO CURSO

O Projeto Pedagógico do Curso de Engenharia de Alimentos do CEFET/RJ, procura contemplar as exigências deste novo tempo, que solicita um profissional cada vez mais atualizado e capaz de responder efetivamente aos desafios impostos pelas contínuas e irreversíveis mudanças tecnológicas, mantendo uma janela aberta para perceber, captar e compreender as demandas do mercado de trabalho.

A formação do engenheiro acontecerá a partir do resgate, da assimilação, da construção e reconstrução de conhecimentos, redefinindo a aprendizagem como um compromisso histórico, onde a formação do profissional, técnica e intelectual, está inserida no contexto nacional e mundial.

Para atender a este cenário, o curso busca fornecer uma formação teórica sólida, enfatizar os valores éticos e proporcionar uma visão de conjunto do mercado de trabalho, consolidados com o fornecimento de atividades práticas e de pesquisa.

A educação é, sem dúvida, um dos pilares fundamentais dos direitos humanos, da democracia e do desenvolvimento sustentável. Deve ser acessível a todos, fazendo prevalecer os valores e ideais de uma cultura de paz.

Dentro desta visão, o curso de Engenharia de Alimentos busca elaborar um currículo orientado às necessidades do mercado, explorando didáticas de ensino mais interativas, motivantes, envolventes, que promovam a auto-aprendizagem e, principalmente, entendendo a graduação como uma etapa do processo de educação continuada.

É um desafio constante pesquisar, refletir, compreender e recriar propostas, métodos e técnicas, de forma a conceber uma formação educacional nítida e apropriada aos desdobramentos que estão ocorrendo nas formas de pensar, de construir conhecimentos, de ensinar e de educar com diferentes tendências, concepções e abordagens pedagógicas.

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A Importância da Engenharia de Alimentos no Contexto Atual

A indústria de alimentos do Brasil ocupa um lugar de destaque no cenário econômico nacional e internacional. A produção de alimentos e bebidas esta na primeira posição entre todos os seguimentos do setor industrial, isto significa uma parcela importante do PIB brasileiro que tem origem neste segmento, além de este ser o setor da indústria que mais emprega.

A qualidade e a competitividade dos produtos fazem com que produtos brasileiros estejam em mais de 200 mercados de todo o mundo.

A produção de alimentos vem sofrendo modificações. A evolução tecnológica, com o avanço da biotecnologia e o surgimento da nanotecnologia, potencializou a quantidade de alimentos disponível para o consumo.

O aumento da produção de alimentos e a maior exigência do mercado mundial por produtos de melhor qualidade são impulsionados por alguns fatores que determinam a demanda de alimentos, como:

- População: Vem aumentando a cada ano. Em 1950 a população mundial era de 2,53 bilhões; em 2009 passou para 6,83 bilhões (um aumento de 170%), sendo que regiões mais pobres foram as que mais cresceram;

- Urbanização: Gera pesado impacto no mercado de alimentos;

- Educação, informação e intercambio cultural: Melhores níveis de escolaridade determinam a demanda por produtos alimentícios mais adequados para o seu consumo;

- Estrutura etária e familiar e a mulher no mercado de trabalho, redução da taxa de natalidade e um aumento de expectativa de vida: Isto indica uma alteração do perfil das necessidades nutricionais dos produtos a serem consumidos;

- Renda: Que interfere quantitativa e qualitativamente na demanda por alimentos.

O ritmo de vida nos centros urbanos e mudanças na estrutura familiar são alguns dos motivos da busca por produtos que economizem tempo e esforço.

Aumento das refeições prontas e semiprontas, embalagens de fácil abertura, fechamento e descarte, preparo em forno micro-ondas e serviço delivery. Essa tendência converge com as necessidades de produtos saudáveis que promovam o bem-estar.

Consumidores mais bem informados procuram por produtos com baixo impacto ambiental, sem associação a maus-tratos de animais, rotulagem ambiental, embalagem reciclável ou reciclada.

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Neste cenário o Engenheiro de Alimentos é peça fundamental para que as indústrias de alimentos possam suprir todas as demandas do mercado impulsionando o crescimento do setor. Desta forma o Engenheiro de Alimentos pode atuar em diversas áreas, tais como: na supervisão de produção, na gestão da qualidade, no controle de qualidade, no desenvolvimento de novos produtos, no suporte técnico de vendas, no gerenciamento industrial, na pesquisa científica, entre outros.

A criação deste curso é um importante passo para que o CEFET/RJ campus Valença transforme-se em um centro de excelência de ensino, pesquisa e extensão na área de ciência e tecnologia de alimentos no estado do Rio de Janeiro. Valença é um município estratégico para as pretensões do CEFET/RJ, uma vez que está localizado próximo dos três maiores parques industriais do Brasil, São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. Estes estados também possuem os maiores centros de pesquisa e universidades na área de ciência e tecnologia de alimentos.

Valença é o município maior produtor de leite no estado do Rio de Janeiro e possui pelo menos 30 agroindústrias de pequeno porte, sendo, a maioria, laticínios, seguido de alambiques produtores de cachaça e processadoras de frutas e hortaliças. Várias indústrias de alimentos de grande porte estão instaladas em municípios próximos a Valença, como a Coca-Cola em Porto Real, a Nestlé em Três Rios, a Brasil Foods em Barra do Piraí, a AmBev e a Nestlé em Barra Mansa e a Chinezinho em Valença.

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V – OBJETIVOS DO CURSO

Objetivo Geral

A formação em Engenharia de Alimentos deve atribuir ao profissional habilitação para exercer atividades técnicas e administrativas desde a caracterização e controle de matérias primas (alimentos “in natura”) até a comercialização do produto final, passando pelo controle, planejamento, projeto e desenvolvimento de produtos e processos, para que alimentos sejam produzidos ou conservados com o objetivo de diminuir perdas, minimizar custos e suprir demandas em situações diversas.

Dentre as áreas importantes na cadeia de produção encontram-se: armazenamento, desenvolvimento de produtos, processos e equipamentos, estabelecimento de custos, administração industrial e garantia de qualidade. Outros pólos de atuação abrangem o planejamento, confecção de projeto e implantação de instalações industriais. Docência e pesquisa constituem-se também em importantes campos de atuação do Engenheiro de Alimentos e realizam-se em Universidades, Institutos de Pesquisa e Órgãos da Administração.

Objetivos Específicos

 Propiciar, por meio dos conteúdos das disciplinas obrigatórias do curso, o conhecimento necessário para capacitar o graduando a desempenhar as atribuições do engenheiro, aplicadas à indústria de alimentos, conforme definidas na resolução CNE/CES 11/2002;

 Formar engenheiros com habilitação em Engenharia de Alimentos, para atuar nas áreas de produção, desenvolvimento científico, extensão e desenvolver sua capacidade para o empreendedorismo;

 Despertar o aluno desde o primeiro período para os problemas da área, iniciando mais cedo possível o seu processo na aprendizagem da engenharia de alimentos e dando uma visão global do curso;

 Favorecer um ambiente propício para o desenvolvimento de projetos de pesquisas;

 Permitir ao aluno vivenciar a prática profissional durante o curso, por meio do cumprimento de estágios curriculares e estágio curricular obrigatório em empresas ou instituições de ensino ou pesquisa da área de atuação do engenheiro de alimentos;

 Incentivar o aluno no desenvolvimento de atividades curriculares, tais como:

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organização e participação em eventos e órgãos de representação; projetos de extensão; etc, exigindo para a integralização do curso o cumprimento de uma carga horária nestas atividades;

 Desenvolver a capacidade nos alunos de convivência em grupo, de forma a contribuir com sua formação ética política e cultural;

 Propiciar uma formação básica sólida que permita desenvolver no aluno a facilidade do exercício do aprendizado autônomo, propiciando uma permanente busca de atualização e aprimoramento profissional;

 Incentivo de adotar nas disciplinas avaliações individuais, que estimule o aluno aprender a construir e adquirir o seu conhecimento, e em grupos, estimulando os alunos a trabalharem em equipes.

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VI – PERFIL DO EGRESSO

O CEFET/RJ, de acordo com as suas missões e objetivos e atendendo às características do ambiente externo geral e operacional e do ambiente interno, explícitos no contexto do cenário descrito anteriormente, enfatiza a formação do engenheiro de execução, embora não despreze a atenção que merece a preparação do engenheiro de concepção ou de pesquisa.

Seguindo os objetivos do curso, o perfil desejado para o egresso do curso de Engenharia de Alimentos é generalista. Primeiramente, deve apresentar uma formação sólida dos princípios e teorias da Engenharia de Alimentos, principalmente, às relacionadas aos fundamentos da engenharia e tecnologia, priorizando a verticalização dos conteúdos. Com vistas ao mercado de trabalho deverá também possuir conhecimentos específicos nas áreas de controle de qualidade e agronegócios e capacidade para relacionar estas quatro áreas na rotina diária.

Além deste aspecto fundamental, o concluinte do Curso, para obterem diferencial no mercado de trabalho deverá possuir o seguinte perfil profissional:

 Ser capacitado a absorver e desenvolver novas tecnologias, estimulando a sua atuação crítica e criativa na identificação e resolução de problemas, considerando seus aspectos políticos, econômicos, sociais, ambientais e culturais, com visão ética e humanística, em atendimento às demandas da sociedade;

 Possuir uma determinação empreendedora que, posta a serviço de qualquer organização, conduza suas decisões sempre a ações subsequentes, produzindo a satisfação total das necessidades dos clientes, através da capacidade de trabalho interdisciplinar, implementando qualidade em todas as etapas do processo produtivo;

 Possuir habilidade científica que lhe dê condições de especializar-se dentro da área com base suficiente para produzir inovações científicas através do uso de técnicas e, desta forma, impulsionar o progresso tecnológico.

Além do perfil técnico estabelecido, o Engenheiro de Alimentos do CEFET/RJ, campus Valença, deverá possuir, como complementação à sua formação profissional:

 Formação humanística, crítica e reflexiva;

 Capacidade de expressão oral e escrita;

 Habilidade de aprendizagem permanente;

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 Espírito empreendedor, inquisidor e de liderança e senso crítico que permitam a rápida tomada de decisões que o mercado exige;

 Capacidade para resolver problemas, conflitos e gerenciar pessoas.

O perfil dos egressos de um curso de engenharia compreenderá uma sólida formação técnico científica e profissional geral que o capacite a absorver e desenvolver novas tecnologias, estimulando a sua atuação crítica e criativa na identificação e resolução de problemas, considerando seus aspectos políticos, econômicos, sociais, ambientais e culturais, com visão ética e humanística, em atendimento às demandas da sociedade.

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VII – COMPETÊNCIAS E HABILIDADES

Competências e Habilidades Essenciais

Com vistas a atender ao perfil profissional estabelecido, o currículo do Curso de Engenharia de Alimentos, busca permitir que o aluno desenvolva, durante a sua formação, as seguintes competências técnicas e habilidades essenciais e ao pleno exercício de suas atividades profissionais:

 Pautar-se por princípios de ética democrática: responsabilidade social e ambiental, direito à vida, justiça, respeito mútuo, participação, diálogo e solidariedade.

 Atuar em pesquisa básica e aplicada na área de Engenharia de Alimentos, comprometendo-se com a divulgação dos resultados das pesquisas em veículos adequados para ampliar a difusão do conhecimento.

 Portar-se como cidadão-educador, consciente de seu papel na formação de cidadãos, inclusive na perspectiva socioambiental.

 Estabelecer relações entre ciência, tecnologia e engenharia.

 Aplicar a metodologia científica para o planejamento, gerenciamento e execução de processos e técnicas, visando o desenvolvimento de projetos, consultorias, emissão de laudos e pareceres relacionados à área.

 Utilizar os conhecimentos da Engenharia de Alimentos para compreender e transformar o contexto sócio político e as relações nas quais está inserida a prática profissional, conhecendo a legislação pertinente.

 Desenvolver ações estratégicas capazes de ampliar e aperfeiçoar as formas de atuação profissional, preparando-se para a inserção no mercado de trabalho em contínua transformação.

 Orientar escolhas e decisões em valores e pressupostos metodológicos alinhados com a democracia, com respeito à diversidade étnica e cultural e à biodiversidade e desenvolvimento sustentável.

 Atuar, interagindo com diferentes especialidades e diversos profissionais, de modo a estar preparado à contínua mudança do mundo produtivo.

 Avaliar o impacto potencial ou real de novos conhecimentos/tecnologias/serviços e produtos resultantes da atividade profissional, considerando os aspectos éticos, sociais e epistemológicos.

 Comprometer-se com o desenvolvimento profissional constante, assumindo uma

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postura de flexibilidade para mudanças contínuas, esclarecido quanto às opções sindicais e corporativas, inerentes ao exercício profissional.

Tais competências desdobram-se em habilidades específicas que serão trabalhadas no decorrer do programa de formação do Engenheiro de Alimentos, a saber:

 Aplicar conhecimentos matemáticos, científicos, tecnológicos e instrumentais à engenharia.

 Projetar e conduzir experimentos e interpretar resultados.

 Conceber, projetar e analisar sistemas, produtos e processos.

 Planejar, supervisionar, elaborar e coordenar projetos e serviços de engenharia.

 Identificar, formular e resolver problemas de engenharia.

 Desenvolver e/ou utilizar novas ferramentas e técnicas.

 Supervisionar a operação e a manutenção de sistemas.

 Avaliar criticamente a operação e a manutenção de sistemas.

 Comunicar-se eficientemente nas formas escrita, oral e gráfica.

 Atuar em equipes multidisciplinares.

 Compreender e aplicar a ética e a responsabilidade profissional.

 Avaliar o impacto das atividades da engenharia no contexto social e ambiental.

 Avaliar a viabilidade econômica de projetos de engenharia.

 Assumir a postura de permanente busca de atualização profissional.

Competências e Habilidades Complementares

Visando uma formação profissional específica adicional, além de uma formação multidisciplinar, o currículo do Curso de Engenharia de Alimentos permite, também, o desenvolvimento das seguintes competências e habilidades complementares:

 Capacidade de síntese, aliada à capacidade de compreensão e expressão em língua portuguesa;

 Capacidade de obtenção e sistematização de informações;

 Capacidade de compreender os problemas administrativos, sócio-econômicos e

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VIII – ESTRUTURA CURRICULAR

Forma de Ingresso no Curso

O ingresso no Curso de Engenharia de Alimentos do CEFET/RJ se dá através de vestibular anual realizado pela própria Instituição, através do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM). Também é possível o ingresso mediante transferência interna e externa; por convênio de Intercâmbio Cultural e o reingresso para os portadores de diplomas de graduação em áreas correlatas à Engenharia de Alimentos. Existe a possibilidade de transferência ex-ofício:

transferência regida por legislação específica aplicada a funcionários públicos federais e militares.

Quantidade de Vagas

O Curso oferece 25 vagas para o primeiro semestre e 25 vagas para o segundo semestre letivos.

Horário de Funcionamento

O Curso de Engenharia de Alimentos do CEFET/RJ funciona, de forma integral, no horário de 07:00 às 22:00 h.

Organização Curricular

O Curso de Engenharia de Alimentos do CEFET/RJ se desenvolve, normalmente, em cinco anos, o que corresponde a dez períodos letivos, em regime semestral de créditos.

O conjunto de atividades para a formação do Engenheiro de Alimentos é formado pelas disciplinas obrigatórias e eletivas, pelo Estágio Supervisionado, pelo Trabalho de Final de Curso e pelas Atividades Complementares.

Conforme as Diretrizes Curriculares, as disciplinas obrigatórias subdividem-se em:

disciplinas do núcleo de conteúdos básicos; disciplinas do núcleo de conteúdos profissionalizantes; e, disciplinas de extensão e aprofundamento do núcleo de conteúdos profissionalizantes, chamadas de disciplinas do núcleo de conteúdos específicos.

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Núcleo de Conteúdos Básicos: disciplinas comuns a todas as áreas das ciências de engenharia, que proporcionam a base indispensável ao engenheiro, tanto no ramo da tecnologia, quanto no ramo da formação do engenheiro, como na interface com outras áreas, preparação para a pesquisa e formação humana.

DISCIPLINAS DO NÚCLEO DE CONTEÚDOS BÁSICOS

Aulas Semanais

Créditos Teórica Prática Estágio

Cálculo Diferencial e Integral I 4 0 0 4

Biologia Geral 2 0 0 2

Química Experimental 0 2 0 1

Química Geral 4 0 0 4

Introdução à Engenharia de Alimentos 2 0 0 2

Computação 2 2 0 3

Geometria Analítica 4 0 0 4

Desenho Técnico 0 4 0 2

Cálculo Diferencial e Integral II 4 0 0 4

Álgebra Linear 4 0 0 4

Física I 4 0 0 4

Introdução à Administração 4 0 0 4

Metodologia de Pesquisa Científica 2 0 0 2

Estatística Geral 4 0 0 4

Cálculo Diferencial e Integral III 4 0 0 4

Física Experimental 0 2 0 1

Física II 4 0 0 4

Cálculo Numérico 4 0 0 4

Física III 4 0 0 4

Introdução à Economia 2 0 0 2

Microbiologia Geral 2 2 0 3

Estatística Experimental 2 2 0 3

Mecânica dos Materiais 4 0 0 4

Eletrotécnica 4 0 0 4

Resistência dos Materiais 4 0 0 4

Fenômenos de Transporte I 4 0 0 4

Fenômenos de Transporte II 4 0 0 4

Total 82 14 0 89

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Total de carga horária: 1728 horas-aula

(35,29% da carga horária total do curso)

Núcleo de Conteúdos Profissionalizantes Gerais: disciplinas que proporcionam conhecimentos indispensáveis para atuarem na área da engenharia escolhida.

DISCIPLINAS DO NÚCLEO DE CONTEÚDOS PROFISSIONALIZANTES

Aulas Semanais

Créditos Teórica Prática Estágio

Química Orgânica I 4 0 0 4

Química Analítica I 2 2 0 3

Química Orgânica II 4 0 0 4

Química Analítica II 2 2 0 3

Bioquímica Geral 4 0 0 4

Físico Química I 4 0 0 4

Físico Química II 4 0 0 4

Termodinâmica 4 0 0 4

Operações Unitárias I 4 0 0 4

Operações Unitárias II 4 0 0 4

Operações Unitárias Experimental 1 2 0 2

Fundamentos de modelagem, Simulação e

Controle de Processo 4 0 0 4

Total 41 6 0 44

Carga Horária Total 846 horas-aula

(17,28% da carga horária total do curso)

Núcleo de Conteúdos Específicos: disciplinas que proporcionam a base específica para a atuação na Engenharia de Alimentos. Consiste em extensões e aprofundamentos dos conteúdos do núcleo de conteúdos profissionalizantes, bem como de outros conteúdos destinados a caracterizar modalidades.

DISCIPLINAS DO NÚCLEO DE CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

Aulas Semanais

Créditos Teórica Prática Estágio

Matérias Primas I 2 0 0 2

Matérias Primas II 2 0 0 2

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Microbiologia de Alimentos 2 2 0 3

Química e Bioquímica de Alimentos I 2 2 0 3

Higienização na Indústria de Alimentos 4 0 0 4

Análise Sensorial de Alimentos 2 2 0 3

Nutrição Básica 2 0 0 2

Tecnologia de Frutas e Hortaliças 2 2 0 3

Química e Bioquímica de Alimentos II 2 2 0 3

Análise de Alimentos 1 4 0 3

Embalagens para Alimentos 4 0 0 4

Métodos de Conservação de Alimentos 4 0 0 4

Bioengenharia 3 2 0 4

Aditivos e Coadjuvantes na Indústria de

Alimentos 4 0 0 4

Tecnologia de Carnes e Derivados 2 2 0 3

Tecnologia de Pescados 2 2 0 3

Sistemas de Qualidade na Indústria de

Alimentos 4 0 0 4

Tecnologia de Cereais, Raízes e Tubérculos 2 2 0 3

Tecnologia de Óleos e Gorduras 2 2 0 3

Tecnologia de Leite e Derivados 2 2 0 3

Tecnologia de Bebidas 2 2 0 3

Desenvolvimento de Novos Produtos 2 2 0 3

Tratamento de Resíduos na Indústria de

Alimentos 4 0 0 4

Projeto Final I 2 2 0 3

Projeto Final II 2 2 0 3

Total 62 34 0 79

Carga Horária Total 1728 horas-aula

(35,29% da carga horária total do curso)

Disciplinas Eletivas Curriculares

Também chamadas de disciplinas optativas. São aquelas que o aluno pode escolher livremente, de modo a aprofundar seu conhecimento em determinada área, de acordo com seus interesses pessoais ou profissionais.

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DISCIPLINAS OPTATIVAS Aulas Semanais

Créditos Teórica Prática Estágio

Marketing e Estratégia em Agronegócios e

Alimentos 3 0 0 3

Secagem e Armazenamento de Grãos 2 2 0 3

Planejamento Experimental e Otimização de

Processos 2 0 0 2

Esterilização de Alimentos 2 2 0 3

Tecnologia de Pós-Colheita de Frutas e

Hortaliças 2 2 0 3

Tecnologia de Açúcar, Mel e Produtos

Açucarados 2 2 0 3

Tecnologia de Massas e Panificação 2 2 0 3

Tecnologia do Processamento de Ovos 2 2 0 3

LIBRAS – Língua Brasileira de Sinais 2 0 0 2

Carga Horária Total (mínima) 216 horas-aula

Estágio Supervisionado

O Estágio Supervisionado é uma disciplina obrigatória do Currículo Pleno dos Cursos de Graduação do CEFET/RJ, segundo disposições da Lei n° 6.494, de 07 de dezembro de 1977, e Decreto n.° 87.497, de 18 de agosto de 1982. Todo o procedimento adotado para a realização do estágio supervisionado pode ser consultado no Anexo II.

Por meio dessa disciplina, o aluno conhece e participa “in loco” dos principais problemas inerentes à profissão pretendida, melhor se qualificando para o exercício técnico profissional e para a vida societária. Assim, toda uma gama de valores e conhecimentos científicos e socioculturais enriquecerão sua bagagem de vivência, aumentando sua experiência profissional.

A disciplina Estágio Supervisionado tem uma duração mínima de 378 horas para os Cursos de Engenharia, contadas a partir da data de matricula na disciplina, para alunos em efetiva atividade de estágio.

Para matricular-se na disciplina Estágio Supervisionado, o aluno devera ter concluído, no mínimo, 160 (cento e sessenta) créditos.

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Após matricular-se na disciplina de Estágio Supervisionado o aluno deverá procurar, durante o primeiro mês de aulas, a Coordenação dos Cursos de Graduação, Setor de Estágios, para preenchimento da ficha de inscrição e receber as informações necessárias para o cumprimento da disciplina.

O acompanhamento e controle do cumprimento do programa do estágio são feitos através da análise de um relatório realizado pelo aluno e de uma Ficha de Avaliação preenchida pelo Responsável pelo aluno na Empresa. Será considerado aprovado o aluno que obtiver média final igual ou superior a 5,0 (cinco), resultante da média aritmética das duas avaliações citadas, não havendo exame final nesta disciplina.

Além disso, professores supervisores, encarregados pelos Departamentos Acadêmicos, realizam visitas periódicas às empresas. O objetivo destas visitas é verificar o entrosamento pessoal do futuro profissional e sua adaptação à empresa, avaliando se desempenha funções compatíveis com a sua formação acadêmica. Ao mesmo tempo, coloca o CEFET/RJ, seu potencial científico e tecnológico, a serviço da sociedade, colhendo sugestões que melhor aproximem os cursos da realidade empresarial. Com tal procedimento, o CEFET/RJ não só manterá suas grades curriculares atualizadas, mas também a posição de destaque dentre as Instituições de Ensino Superior.

Independente de estar cursando a disciplina Estágio Supervisionado, poderá o aluno fazer estágio em empresas em qualquer semestre letivo, sem, no entanto, obter créditos na disciplina. Esse tipo de estágio, não curricular, poderá ser obtido por conta própria ou através de contato com a Coordenadoria de Estágio e Emprego (COEMP), que providenciará a documentação necessária, de acordo com a Lei nº 6.494.

O CEFET/RJ, através do Setor de Estágio Supervisionado, mantém um serviço de apoio à programação de Visitas Técnicas que sejam do interesse de professores e alunos. Esse serviço se encarrega de fazer os contatos com as empresas, agendar as visitas, e providenciar o transporte junto ao Setor de Transportes do CEFET/RJ.

Estágio/Bolsa auxílio

O CEFET/RJ, como outras Instituições Federais de Ensino Superior (IFES) adota

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desenvolvimento profissional do aluno.

O estágio/bolsa auxílio pode ser exercido por alunos dos cursos de graduação que apresentem rendimento escolar comprovadamente satisfatório e demonstrem suficiente conhecimento da matéria da qual desejam se tornar estagiário. Só poderão candidatar-se os alunos regularmente matriculados, sem dependências em quaisquer disciplinas de semestres anteriores.

O aluno deverá estar disponível para atendimento específico de cada setor e/ou laboratório, em termos de turno e carga horária. A carga horária semanal exigida será de 20 (vinte) horas a ser cumprida de março a dezembro, inclusive. A frequência é obrigatória com um máximo de 10% (dez por cento) de faltas permitidas.

Os estagiários/bolsistas não têm vínculo empregatício; entretanto, tem direito a uma bolsa, como compensação ao esforço e dedicação ao trabalho desenvolvido. Os alunos candidatos ao estágio/bolsa deverão se submeter às normas estabelecidas pela Direção-Geral. A seleção do aluno será realizada pela chefia do departamento ao qual ficará subordinado.

Trabalho de Conclusão de Curso

O Projeto Final ou Trabalho de Conclusão de Curso é o coroamento do Curso de Engenharia de Alimentos e constitui peça fundamental na avaliação dos conhecimentos adquiridos pelo aluno ao longo do curso. Cabe ressaltar que o Projeto Final representa também uma oportunidade de exercitar questões relacionadas ao trabalho em equipe, à pesquisa, ao cumprimento de prazos, ética e responsabilidade profissional. Cada projeto deverá ser elaborado por no máximo 3 (três) alunos.

O Projeto Final está estruturado em duas disciplinas: Projeto Final I e Projeto Final II.

A disciplina Projeto Final I pertence ao 9o Período e a disciplina Projeto Final II pertence ao 10o Período, de forma que o projeto completo deverá ser concluído no prazo de um ano. Essas disciplinas são obrigatórias, correspondem, cada uma, a 72 horas-aula e possuem regulamentação específica, conforme o Anexo III. A disciplina Projeto Final I é pré-requisito da disciplina Projeto Final II.

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Os estudos preliminares para o desenvolvimento do projeto são realizados na disciplina Projeto Final I. Esta primeira etapa contempla a análise de viabilidade, a pesquisa bibliográfica, a compreensão dos fundamentos teóricos que regem o tema, a aquisição de material, quando necessária, esboço do projeto, adequação laboratorial para montagem de protótipos (quando for o caso), definição dos capítulos da monografia e escrita de sua parte inicial.

A etapa seguinte corresponde à realização da disciplina Projeto Final II, nesta etapa, o trabalho será de fato executado.

Cada disciplina de Projeto Final terá um professor coordenador nomeado pelo chefe de departamento. Caberá ao professor coordenador da disciplina Projeto Final I organizar os grupos de projeto, colaborar na indicação do professor orientador e acompanhar a evolução dos trabalhos. O professor coordenador da disciplina Projeto Final II deve definir o período em que se realizarão as defesas dos trabalhos e orientar os alunos quanto ao cumprimento dos prazos. O professor orientador escolhido na disciplina Projeto Final I deverá ser o mesmo da disciplina Projeto Final II. Uma vez concluída, a disciplina Projeto Final I terá validade de um semestre para aqueles que não cursarem o Projeto Final II na sequência.

Banca Examinadora

Deverá ser constituída uma banca com, no mínimo, 3 (três) professores. Será membro desta banca, obrigatoriamente, o professor orientador. Os demais membros são definidos pelo professor orientador da disciplina Projeto Final II. Somente um dos membros da banca pode ser constituído por um professor externo ou profissional de empresa graduado na área do projeto.

Com pelo menos duas semanas de antecedência da data marcada para a defesa, o grupo deve entregar para cada um dos membros da banca uma cópia do projeto encadernada em espiral. Os graus atribuídos aos projetos pelos componentes da banca deverão ser registrados e autenticados no respectivo Livro de Atas.

Na disciplina Projeto Final I não há obrigatoriedade de formação de banca e a avaliação pode ser conduzida pelo professor orientador apenas.

Escolha do Tema

Os projetos versarão obrigatoriamente sobre assuntos relacionados com os objetivos do curso de Engenharia de Alimentos. O tema deverá ser definido na disciplina Projeto Final I,

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do professor orientador, deve ser preenchida, em formulário próprio, a proposta de trabalho e encaminhada ao professor coordenador da disciplina Projeto Final I para devida análise. Uma nova proposta de trabalho relativa ao mesmo projeto precisa ser entregue na disciplina Projeto Final II. Esta deve contemplar as mudanças introduzidas na ideia original apresentada na disciplina Projeto Final I. Caso a proposta não seja aprovada no Projeto Final I, o professor coordenador em conjunto com o professor orientador pode apresentar uma nova sugestão. O professor coordenador deve marcar uma reunião com todos os alunos em situação de projeto, no início do período, para apresentação das normas.

Avaliação

Na disciplina Projeto Final I a avaliação é conduzida pelo professor orientador. Os seguintes critérios serão observados na avaliação do pré-projeto:

- Pesquisa bibliográfica;

- Embasamento teórico;

- Organização e síntese do trabalho;

- Participação de cada membro do grupo;

- Cumprimento do cronograma.

As notas atribuídas ao Projeto Final I variam de zero a dez. Para fins de aprovação e aceitação do pré-projeto, a nota final deverá ser igual ou superior a 5,0 (cinco). A validade da disciplina Projeto Final I é de um semestre.

No caso da disciplina Projeto Final II, a avaliação corresponde à composição de notas fruto da observação de cada componente do grupo pelo professor orientador e demais membros da banca, qualidade do projeto e da apresentação oral. Na avaliação individual os seguintes pontos serão observados:

- Participação;

- Embasamento teórico;

- Cumprimento de prazos.

Na avaliação do projeto os seguintes itens serão levados em consideração:

- Organização do trabalho;

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- Capacidade de síntese;

- Objetividade;

- Norma culta da língua;

- Bibliografia;

- Apresentação e análise dos resultados.

Na apresentação oral será avaliado:

- Postura dos membros do grupo;

- Clareza de ideias;

- Organização da apresentação;

- Domínio do assunto;

- Tempo de apresentação segundo as normas;

- Defesa oral e argumentação.

A nota da disciplina Projeto Final II varia de zero a dez. Durante a defesa oral, cada componente do grupo será argüido sobre qualquer parte do projeto e para ser aprovado deve obter nota final igual ou superior a 5,0 (cinco). A média final do projeto final é constituída por várias notas. Existe uma primeira nota (NT) que é dada pelo orientador para o trabalho escrito (essa nota é igual para todos os membros do grupo) com peso 1. A segunda nota (NO) também é dada pelo orientador, porém, é dada para cada um dos membros do grupo sendo uma nota relativa à orientação propriamente dita, resultante das observações do orientador quanto à participação de cada membro no desenvolvimento do projeto (também com peso 1). As demais notas são dadas pelos membros da banca a cada componente do grupo (nota atribuída ao trabalho escrito e a apresentação). As notas dadas pelos membros da banca (NB) têm peso três.

A média final é então calculada por: MF = (NT + NO + 3NB) / 5

Cabe lembrar que a validade da disciplina Projeto Final II é de um ano. Para o aluno que ficar reprovado no Projeto Final II na primeira defesa será oferecida uma nova oportunidade, pela última vez, dentro do prazo de 6 (seis) meses, decorridos da data da primeira apresentação para refazer o trabalho. O aluno nesta situação deverá efetuar todos os atos relativos à sua matrícula no período correspondente. Após a apresentação do trabalho, o professor orientador

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deve preencher a Ata de Defesa com os graus atribuídos aos membros do grupo. Na ata deve constar a assinatura dos membros da banca e do grupo de projeto final.

Atividades Complementares

As Atividades Complementares são definidas pela Resolução CNE/CES 11, de 11 de março de 2002, no artigo 5, § 2, “Deverão também ser estimuladas atividades complementares, tais como trabalhos de iniciação científica, projetos interdisciplinares, visitas técnicas, trabalhos em equipe, desenvolvimento de protótipos, monitorias, participação em empresas juniores e outras atividades empreendedoras”.

O objetivo das Atividades Complementares é complementar de modo adequado a formação e permitir o aprimoramento pessoal e profissional do futuro engenheiro. Para incentivar a realização de tais atividades o CEFET/RJ promove durante todo período letivo, projetos de iniciação científica, palestras, visitas técnicas, workshop, cursos, feiras técnicas, etc.

O aluno do CEFET/RJ pode concorrer não só a bolsas de Monitoria e Iniciação Científica, mas também a bolsas para a realização de projetos de pesquisa, estágios e atividades acadêmicas no exterior, participando dos vários programas de intercâmbio mantidos pela Instituição.

O CEFET/RJ possui uma empresa Júnior, o CEFET Jr Consultoria, fundada em julho de 2000. Esta empresa é uma entidade civil, sem fins lucrativos, de natureza social, educacional, cultural e tecnológica. Possui, como diferença marcante, o fato de ser constituída e gerida por alunos de graduação do Centro Federal de Educação Tecnológica. Esta empresa oferece consultoria na área de engenharia e administração. Seu principal fim é, sob a orientação de docentes especialistas, desenvolver estudos, análises e diagnósticos dentro de sua esfera de abrangências, capazes de se constituírem em soluções para as demandas de empresas, entidades e da sociedade em geral.

Grade Curricular

O Curso de Engenharia de Alimentos é semestral e está distribuído em 10 períodos letivos. O regime escolar é feito por créditos, sendo que, cada crédito acadêmico corresponde a 18 horas/aulas.

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