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Rev. adm. empres. vol.11 número2

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(1)

NOTfclAS

2.a geração: abordagem funcional, método de caso, análise behaviorística, ênfase na avaliação de audiência e freqüência, uso de métodos estatísticos simples para contrôle.

COMUNICAÇÕES MERCAPOLÓGICAS'-

MODfLO OPERACIONAL DO SISTEMA DE PROPAGANDA

Alberto de Oliveira Lima Filho*

1. Introdução. 2. Características do modêlo de referência.

1. Introdução

.As técnicas de propaganda ensinadas nas universidades americanas e praticadas pelas agências dos EUA têm apresentado um pro-gresso extraordinãrio, a partir do período em que as comunicações em mercadologia pas-saram a ser consideradas como um

subsis-tema do sistema de marketing, podendo

assim ser operados e controlados mediante métodos quantitativos tais como: PERT-CPM,

análise marginal, modelos heurísticos, pro-gramação linear simulação etc.

Charles Yang afirma que o ensino de pro-paganda passou por três gerações que são distinguidas pelas seguintes características: 1

l.a geração: propaganda artesanal, intui-tiva, baseada em experiência, com uso de tabulações e relatórios simples para as fun-ções de contrôle.

• Professor-'6djunto do Departamento de Mercadologia da Escola de AdminlStraçlLo de Emprêsaa de SILo Paulo. da FundaçlLo Getúlio Vargas.

1 YANG.Charles. Advertising as a BYstems discipline. x.s.u .• agO. de 1969. mimeogr.

Rio de Janeiro

3.a geração: abordagemsistémica, com inte-gração quantitativa e behaviorística, inter-disciplinar, modelos matemátícos e sistemas de informação para planejamento e contrôle

da mídia.2

1!:ste comentário tem como objetivos: 1. descrever o modêlo de referência, utili-zado na 3.a geração, o qual apresenta a inte-ração entre as diversas variãveis que cons-tituem o subsistema de comunicações em

marketing-propaganda; 2. examinar o

pro-cesso operacional do mercado de referência; 3. indicar fontes bibliogrãficas recentes sô-bre o assunto.

Mídia: aportuguesamento da palavra latina media, plural de medium (substantivo neutro da segunda decnnação) , tradução: meio. usada em inglês com o sentido mais amplo de vetculeção, tipo de veiculo. número de inserções etc. As agências de propaganda aportuguesaram a grafia a partir da pronúncia inglêsa.

(2)

FIGURA 1 SUB-SISTEMA DE PROPAGANDA - FLUXO OPERACIONAL Orçamento de Propagando I--I I I I I I : Orçamento

pr02n~: __

J

Básic

2

'Inputs'· Básicos I I I Sistemas de Informação Objetivos de IIMarketing" "Inputs" Suplementares

Análise de Pesquiso de Informação Consumidor "Marketing" .sôbre Produtos

9

9

9

Atividades

3 4

Estabelecimen-to dos Obje-Requisitos de Informações poro o Consumidor Programo de Operações

"Outputs" Programo de Operações

I

Informações poro :

o CÇ>~d:r __

J

Objetivos de

-- =atividades

- _ == informações

Fonte: Charles Yang.

A figura 1 mostra, mediante um diagrama do fluxo operacional, os inputs básicos suple-mentares, as atividades. desenvolvidas, e finalmente os outputs do subsistema de pro-paganda.!

As .atividades 1 e 2 são esquematizadas, como operações auxiliares da propaganda, mas devem ser consideradas como imprescin-díveis para o desempenho ótimo do programa de comunicações, pois refletem o suporte organizacional que deve ser oferecido por outras áreas da emprêsa.

As atividades 3, 4, 5 e 6 são desenvolvidas pelo próprio subsistema de propaganda. Nota-se que as mesmas são informadas pelo sistema de pesquisa daemprêsa e orientadas pelos objetivos de marketing.

Os outputs das atividades 3, 4, 5 e 6 são

também denominados operações de

propa-3 YANG,Charles.Management ot media programa - a systems approach. Pré-edição. M1chigan State University, 1970. East Lansing, Michigan, 1970.

Obs.N. do A.: Os trabalhos de Yang representam um trata-mento pioneiro na integração das atividades de propaganda e sua interligação com outras áreas operacionais doa emprêsa,

108

I I

Siste";a$ de Infor'l'ação

·

Mercado e Conjuntura

0..--_

2 _-, Modêlo Operacional da Estruturo Modêlo Operacional Atividades

5 6 II

I

• Apropriação do _.

Orçamento de Orçamento Suplementar

9

Seqüência Operacional

O

Estruturo do Organização

O

L..

"Output" - Planejamento de mídia (Fiqura 2)

- modêlo de referência

ganda e geram todo o esfôrço promocional da emprêsa (ver figura 2).

O programa de operações define as seqüên-cias e as operações que uma campanha deve desenvolver. Geralmente esta atividade pode ser esquematizada pelo uso de uma rêde

PERT-CPM, a qual identifica as diversas

ativi-dades, sua seqüência e também a quantidade de tempo que deve ser atribuída a cada está-gio da campanha de propaganda. A principal contribuição do uso de um modêloPERT-CPM

é a possibilidade de se poder determinar com relativa precisão o lead time da campanha.

Os requisitos de informações para o consu-midor definem com precisão, tendo como base fases preliminares de pesquisa, a natureza das variáveis de comunicação que são espe-radas pelos consumidores. Esta fase é de real importância pois torna compatíveis as infor-mações que sãoesperadaspelos consumidores e os fatôres de comunicação a serem utiliza-dos na mídia e na mensagem.

(3)

FIGUlA 2 MODIlLO DE Il.EFEUNCIA.

f ••dboc:k (mudallÇa de propD9ClMoobj.ti,o)

A

,

T

E116;io do Sist.mo Fr.qüi"ó., 'ÍlIII.ro de de Distribuiçõo A.udiêJl(ia

Núm.ro de

lI'el$oo~

Mercados

- Veículos

Obs.:O~ $íltlbolo5aciltl~ estõo upl;(odos FIO tuw

Os objetivos de propaganda são concebidos, no modêlo, como o que se procura atingir com o esfôrço de promoção. Genericamente podem ser definidos os seguintes objetivos:

Atenção. Conhecimento. Interêsse. Atitude. Preferência. Lealdade.

Tendo em mente os objetivos de propagan-da, parte-se para o próximo estágio, o qual é a determinação do orçamento; tem sido co-mum adotar-se a técnica de orçar campa-nhas em duas fases, ou sejam:

La fase: orçamento básico - integral para a campanha.

2.a fase: orçamento suplementar, ou de con-tingência, utilizado quando fatôres exógenos alteram o esquema inicial.

2. Características do moâêlo de referência

Passamos, a seguir, ao modêlo de referência, que tem dimensões operacionais e oferece também possibilidades de contrôle.

As fases subseqüentes da administração dos programas de propaganda (esquematiza-das na figura 2) são as mais interessantes sob o ponto de vista de contrôle, e por outro lado refletem o estágio de conhecimento atin-gido na 3.a geração anteriormente mencio-nada.

Abril/Junho 1971·

O modêlo de referência define inputs e pro-cessos de operação da programação de cam-panhas. O modêlo apresenta as características operacionais que constam no quadro L

Resumidamente, o modêlo de referência opera da seguinte maneira: a partir de uma verba orçamentária de propaganda, a qual foi determinada nas fases descritas na fi-gura 1, é iniciado o processo de distribuição do orçamento entre os vários estágios do sis-tema de distribuição (componentes da via de distribuição), entre diferentes mercados ou áreas de comércio, e finalmente entre diver-sos veículos como, por exemplo, rádio, TV,

revistas etc. Em outras palavras, nesta fase procura-se a decisão de quanto investir em propaganda dirigida a varejistas (por

exem-plo) , em que regiões e 'com que tipo de

veículo.

A próxima fase é destinada a estimativa do tamanho da audiência atingida pelo out-put de comunicação quando pela operação anterior. O tamanho total da audiência no modêlo em questão é calculado da seguinte forma:

I

T =

1:

AiN,

i =1

Ai

=

número de pessoas em um segmento de mercado expostas a uma inserção em um veículo i (i

=

1, 2, 3 ... I)

N, = número de inserções em um veículo i durante um determinado período

T = tamanho total da audiência, que é igual a soma total do número de vêzesque um anúncio é visto pelos membros de um

seg-mento de mercado durante um certo

pe-ríodo.4 Alguns autores denominam

t

como

o total de exposições atingido por uma série de anúncios.

O modêlo prossegue determinando os efei-tos ou output de comunicação, o que vale

, &te parâmetro ainda é de natureza preliminar. pois devem ser calculados outros critérios de avalla,çâo da audiência ou seja:

(4)

QUADRO I

I

SIMBOLO DESCRiÇÃO DO PROCESSO DE OPERAÇÃO

= Despesas de propaganda - orçamento BÁSICO 2 -

r---r

-

= Distribuição do orçamento (média a/ocation).

Rateio da Mídia

'---- ••.•~ a - Distribuição entre estágios do sistema de distribuição. Exemplo: indústrios atacadistas-varejistas. b - Distribuição entre mercados. Exemplo: norte, sul, centro etc.

c - Distribuição entre veículos. Exemplo: Manchete, Veja, Realidade.

3-rr-.

~ N.· de exposições

=output da mídia

o

I 2

3

- =número máximo de inserçães compradas.

4 -

r---,

Função de Resposta R(x) (response funetion)

400

~

300

200

x

I 2 3

transformação = número de pessoas atingidas

por 1, 2, 3, n inserções.

I

•.. N.·

.-

de audiência O ... 200.000

I .... 300.000 2 400.000

3 ... 700.000

4

5-~ = output de comunicação

~ número total de pessoas que expostas ao veículo ti.eram sua atenção despertada pelo produto anunciado. 6 -

r---,

transformação = número de pessoas que apresentam atitude fa.orável, por terem lido o anúncio.

N.· de Compras

N.·de compras

C =f(A)

N.· de compradores com atitude favorável

(5)

dizer o número de pessoas na audiência, que por terem visto o anúncio adotaram uma atitude fenomenal e compraram o produto.

O modêlo ainda oferece a possibilidade

[eeâback ou seja reavaliar a estratégia do planejamento e programação da mídia em qualquer fase do processo.

T

a) Freqüência F

= -

onde T

=

tamanho da audiência

M M:=número de mdívíduos em um determinado seg-mento.

Exemplo:

F= 1200exposições400 pessoas

=

3 exposições por pessoa.

b) Cobertura, B é definido como o número total de pessoas expostas a um anúncio no mínimo, em um dado período de tempo.

Para dois velculos 1 e 2, a cobertura de uma inserção em cada veiculo sem:

R= Ai + Ao _ AlO. AI (I = I, 2, 3 .... 1)

Para uma exposíção completa sôbre êstes cálculos veja: MONTGOMERY, David & URBAN, Gleen. Management science in marketing. New Jersey, Prentlce HaII, 1968. Capo3.

Referências 'bibliográficas

BASS, F. & LoUSLADE, R. An expIoration of linear

programming in media seIection. Jourruü ot Marketing Research, 3: 179-88, maio 1966.

GENSH, D. Computer modeIs in advertising media selection. Journal ot Marketing Research, 5: 414-7, novo 1968.

ESTANTE DE UNGUA PORTUGUESA

Com a publicação da Estante de Lingua Portuguêsa, sob a direção do Professor Rocha lima, a Fundação

Getúlio Vargas vem colaborar no aprimoramento do magistério em nosso país: trata-se de um conjunto

homogêneo de três séries de livros indispensáveis à boa formação de professôres e estudantes universitários

de letras.

A primeira série, em curso de publicação, - intitulada Universidade - consta de reimpressão e

lança-mento de estudos lingüísticos do porte dêstes:

1. FONnlCA SINTATICA, de Sousa da Silveira.

2. MEIOS DE EXPRESSA0 E ALTERAÇõES SEMANTICAS, de Said Ali.

3. TEXTOS QUINHENTISTAS, de Sousa da Silveira.(a sair)

4. O FATOR PSICOLóGICO NA EVOLUÇAO SINTATICA, de Cândido Jucá (filho).

5. ENSAIOS DE L1NGOrSTICA E FILOLOGIA, de Leodegário A. de Azevedo Filho.

6. A UNGUA DO BRASIL. Gladstone Chaves de Melo. (a sair)

Nas principais livrarias ou pelo reembôlso postal. Pedidos para a Fundação Getúlio Vargas, Serviço

de Publicações, Praia de Botafogo 188,C.P. 21.120, ZC-05, Rio de Janeiro, GB.

Imagem

FIGURA 1 SUB-SISTEMA DE PROPAGANDA - FLUXO OPERACIONAL Orçamento de Propagando  I--I I I I I I : Orçamento pr02n~: __ J Básic 2'Inputs'·BásicosIIISistemasdeInformaçãoObjetivosdeIIMarketing""Inputs"Suplementares

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