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Kriterion vol.49 número117

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Academic year: 2018

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KRITERION, Belo Horizonte, nº 117, Jun./2008, p. 249-250

DESCARTES, René. Tutte le Lettere 1619-1650. A cura di Giulia Belgioioso. Milano: R. C. S. Libri I edizione Bompiani Il Pensiero Occidentale, 2005. 3104 p.

DESCARTES, René. Lettres, Exemplare Annotato Dell’institut de France (Edizione di Claude Clerselier, 1666-1667). A cura di Jean-Robert Armogathe e Giulia Belgioioso. Lecce: Conte, 2005. Tome I 540 p., T II 567 p., T III 646 p., Appendice Tome I 83 p., Appendice T II 114 p., Ap-pendice T III 92 p.

José Raimundo Maia Neto* jrmaia@fafi ch.ufmg.br

Descartes manteve extensa correspondência com alguns dos principais

fi lósofos e teólogos de sua época. Para citar somente os mais conhecidos: os franceses Mersenne e Arnauld e os ingleses Hobbes e More. A correspondên-cia de Descartes é valiosa não somente pela discussão de questões polêmicas suscitadas pelas obras publicadas, ou pelos detalhes biográfi cos e intelectuais que ajudam a compreensão das doutrinas, mas principalmente por conter es-boços de doutrinas cartesianas em diferentes áreas da fi losofi a. Uma doutrina basilar do cartesianismo, a doutrina da criação das verdades eternas, não é explicitada em nenhuma de suas obras publicadas, sendo detalhada somente na correspondência.

As duas publicações da correspondência de Descartes acima citadas, pro-movidas pelo Centro di Studi su Descartes e il Seicento da Universidade de Lecce, ultrapassam, conjuntamente, 5.000 páginas e representam uma contri-buição inestimável para os estudos cartesianos.

A edição das cartas em italiano é bilíngüe. Todas as cartas são reprodu-zidas na língua em que foram escritas por Descartes (latim, francês e, em 3

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casos, holandês), com traduções originais para o italiano. O volume atualiza a publicação de referência da correspondência de Descartes – a edição das obras completas por Charles Adam e Paul Tannery, originalmente publicada em 1897-1913 – incorporando cartas descobertas mais recentemente. A edição leva também em conta pesquisas recentes que permitem corrigir ou especifi -car lacunas da edição de Adam e Tannery no que concerne a data, atribuição do correspondente e outros detalhes biográfi cos e históricos. A edição possui ainda uma introdução e notas explicativas de grande erudição e os seguintes índices e tábuas: tábuas de correspondências entre as principais edições das cartas de Descartes; lista das cartas por correspondentes; fi cha biográfi ca de cada correspondente; cronologia da vida de Descartes; léxico da correspon-dência; índice remissivo dos nomes; cronologia de toda a corresponcorrespon-dência; bibliografi a.

A outra publicação é uma reprodução fac-símile de um exemplar especial da primeira edição da correspondência de Descartes, editada em três volu-mes por Claude Clerselier em 1657, 1659 e 1667. Esta primeira edição da correspondência de Descartes é crucial para todos os estudiosos da recepção de Descartes no fi nal do século XVII e início do XVIII. Com efeito, produziu grande impacto tanto nos simpatizantes como nos antagonistas de Descartes a publicação das cartas pessoais do fi lósofo já então reconhecido como o grande pensador da modernidade. Estas cartas reveleram posições de Descartes até então desconhecidas sobre a moral, a religião e a fi losofi a natural, questões então amplamente controversas em torno do cartesianismo.

A reprodução do exemplar do Institute de France é especialmente re-levante por ter pertencido a Adrien Baillet, primeiro biógrafo de Descartes, quando planejava editar as obras completas do fi lósofo. O exemplar traz assim anotações preciosas não só de Baillet (falecido antes de realizar o seu projeto) como de dois outros estudiosos da época (Jean-Baptiste Le Grand e Jean-Ro-bert Chouet) que deram continuidade ao projeto editorial de Baillet. Baillet dispunha de manuscritos de Descartes (trazidos precariamente da Suécia após o falecimento do fi lósofo) infelizmente desaparecidos no século XVIII. Suas anotações foram bastante utilizadas por Adam e Tannery na edição das obras completas de Descartes. Entretanto, Adam e Tannery não exploraram todo o potencial destas notas, somente agora colocado à disposição dos estudiosos.

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