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por que a maioria das micro e pequenas empresas no Brasil não se torna rica?

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Academic year: 2022

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Introdução

Era uma vez... um homem jovem demais para ser avô.

Pelo menos era o que sentia o avô de 52 anos do recém nascido Rudah, que, por sua vez, parecia bem à vontade no papel de neto. Bem brasileiro, latino-americano, neto de um avô engenheiro, que se tornou especialista em mar- keting e estudante de filosofia. Nos últimos 11 anos tem trabalhado numa instituição que presta serviços de apoio às micro e pequenas empresas, e dedicou os últimos cinco a estudar e responder à seguinte questão:

“por que a maioria das micro e pequenas empresas no Brasil não se torna rica?”

O avô de Rudah intuía que a resposta desta pergunta não passava pela área técnica. Ou melhor, não dependia tão- somente das soluções técnicas como análise de custos, fi- nanças, mercado, tecnologia, planejamento, etc., pois to- dos estes assuntos eram abordados de maneira eficiente na maioria dos programas que a instituição no qual trabalhava oferecia aos empresários e os resultados, ainda assim, sob o ponto de vista da riqueza, não apresentavam melhoras.

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Na verdade, a riqueza em si não era o foco da referida organi- zação. As atenções da instituição eram voltadas para a gestão, com vistas especiais à sobrevivência das pequenas empresas.

E o avô de Rudah percebia, ano após ano, que as empresas não cresciam de forma vigorosa de modo a se tornarem mé- dias ou grandes. Não precisaria nem de pesquisa formal e es- truturada para conhecer esta situação. Era possível observar

“a olho nu”. E isto o incomodava. E o incomodava de tal forma que para ele era absolutamente inaceitável ver a re- alidade de a imensa maioria dessas empresas permanecerem no mercado, ao longo de muitos anos, apenas sobrevivendo para os seus donos terem uma opção de trabalho. Apenas faturando o suficiente para não fechar as portas. Sem criar riqueza substancial e duradoura. Sem buscar a liderança em seus segmentos. Sem inovar. Sem ditar tendências, ou ao menos segui-las. Sem acumular reservas de capital para financiar investimentos de expansão ou se equipar com tec- nologias de vanguarda. Sem arriscar em novos produtos, ou em mercados dinâmicos. Os empresários não se tornavam executivos de suas próprias empresas.

Um dia, em suas reflexões, o avô de Rudah se surpreendeu com a seguinte pergunta: se os empresários das pequenas empresas não são ricos, talvez porque não saibam o cam- inho a seguir, mas os consultores especialistas em pequenos negócios, que a eles dão consultoria, esses devem ser? A descoberta dessa investigação foi altamente constrangedo- ra. Não encontrou entre todos que conhecia, e ele conhe- cia muitos, um só milionário. Todos eram tão “não-ricos”, quanto “não-ricos” eram os empresários a quem prestavam assessoria. E mais embaraçosa ainda se tornava a resposta na medida em que o próprio avô, na qualidade de empre- gado da instituição de apoio à pequena empresa, também não deixava de ser ele próprio um consultor especializado, e igual a esses, dependia do emprego para sobreviver. Não era rico. Trabalhava por obrigação, não por opção.

Ele caiu na real. O avô de Rudah se deu conta de que,

“simplesmente”, não sabia o que era ser rico e menos ainda

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como se tornar uma pessoa rica. Como poderia ensinar a alguém aquilo que não conhecia? Decidiu aprender a ficar rico. Ele intuiu que tinha uma grande vantagem: não se- riam os conhecimentos técnicos que tinha que o levariam ao destino da riqueza, óbvio. Isto o conduziu a outras dis- ciplinas de conhecimento.

Então o avô de Rudah desenvolveu um novo olhar para o seu problema.

Um olhar até então jamais visto no mundo corpora- tivo: a liberdade. Foi buscar neste tema óbvio a res- posta para aquilo que o incomodava. Fez uma inda- gação incomum: “será que os empresários da pequena empresa tinham liberdade para se tornarem ricos”?

A questão assim colocada se tornou o fio condutor de sua investigação.

E é exatamente isto que o pai-do-pai do Rudah vem fa- zendo ao longo dos últimos anos. Estudando a “liberdade necessária para a criação da riqueza pessoal” a fim de compreender sua essência e então relatar aos empresários da pequena empresa. E mais. Como traduzir a questão da

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liberdade ao olhar próprio da cultura brasileira e quiçá lati- no-americana? Neste percurso foi necessário estudar vários pensadores de diferentes linhas de pensamento.

Uma das abordagens estudadas o levou a um cam- inho singular. A da experimentação e, simultanea- mente, observação de si mesmo, enquanto se torna livre.

Podemos traduzir este caminho pela seguinte expressão:

“fazer ver o que se mostra a partir de si tal como se mos- tra desde si”. Em palavras simples significa observar o que se apresenta a todo o momento para nós mesmos. É uma abordagem que trata, portanto, de relatar, e não de explicar.

De relatar a doação da possibilidade da riqueza e do desejo que em nós essa possibilidade desperta.

Após cinco anos de estudos desenvolveu e testou alguns conceitos em diferentes setores da economia, com diferentes grupos de empresários e diferentes regiões geográficas, cujos resultados foram surpreendentes.

Nesse meio tempo nasceu o Rudah! Como ele gosta de preservar sua intimidade, não anunciou imediatamente para seus colegas o nascimento do neto. Mas uma idéia lhe ocorreu: concentrar suas energias para revelar ao filho de seu filho suas descobertas sobre como se tornar um empresário rico. Decidiu então iniciar, aos cinqüenta e dois anos, a própria experiência de alcançar a liberdade necessária para poder trabalhar por opção, e não mais por obrigação. Até então estava estudando a criação da riqueza pessoal. Agora faria em si próprio a “a busca da liberdade necessária para acumular a sua primeira pequena fortuna”.

Iria vivenciar essa busca intencional, não na forma de patrimônio, como a aquisição de casas, carros e terrenos, mas em dinheiro disponível e aplicado no sistema econômi- co-financeiro que lhe proporcionasse uma renda suficiente para trabalhar por opção. Esta foi a definição de rico que o avô de Rudah traçou como meta de sua investigação.

Acumular um dinheiro suficiente para poder trabalhar por opção e nunca mais por obrigação. Um milhão de

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reais seria um valor emblemático para se definir uma pes- soa rica. Poderia ser outro o valor? Poderia e pode. O foco é: alcançar a liberdade para se ter a possibilidade de esco- lher de verdade o que fazer na vida.

E neste percurso iria ser um observador de cada gesto seu.

Iria ao mesmo tempo observar a si próprio e ser o observado de si mesmo. Se tivesse êxito relataria a essência dessa jor- nada ao neto.

Esta seria sua herança e sua homenagem ao filho-de-seu- filho:

O relato da essência da criação da primeira pequena fortuna.

Contudo, o relato da “essência” não significa a descrição da história do avô tal qual ela aconteceu. Nem tampouco a apresentação de fórmulas do tipo “passo a passo para o Rudah alcançar o seu primeiro milhão de reais”. O avô sabe que a história dele jamais vai poder ser repetida por outra pessoa. Ele compreende que seria arrogância de sua parte se proclamasse ao seu neto ou aos empresários da pequena empresa a conhecida expressão “se eu con- segui vocês também podem”. Ele sabe que a liberdade necessária para acumular a primeira pequena fortuna de filhos de ricos empresários é distinta da dos filhos de pais pobres ou da classe média, bem como é diferente para um jovem de vinte e cinco anos e seu avô de cinqüenta e dois.

Está claro para o pai-do-pai do Rudah que cada qual tem que percorrer o curso próprio de sua história, o que é óbvio, mas que nem sempre parece, dada a ansiedade que existe para se conhecer a trajetória do “outro” que se deu bem na vida, como se isso, num passe de mágica, pudesse revelar a nós um segredo que nos daria um atalho para o êxito. O que jamais é verdade, pois cada um traz consigo um jeito só seu, inconfundível e insubstituível, de ver e viver o mundo.

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Por conta dessa compreensão o avô forçará o neto a cam- inhar o caminho. Dará pistas para ele buscar o conheci- mento, ou mesmo confirmar por conta própria as infor- mações disponibilizadas, pois sabe que a experiência em si é algo definitivo, de primeira mão, e é absolutamente intransferível.

Daí a importância de relatar a essência, esta sim de acesso possível ao conhecimento de todos. A essência trata dos elementos primordiais, como a liberdade, a intenciona- lidade, a intuição, Deus, o amor, que permitem que as histórias aconteçam do jeito que acontecem. A compreen- são da essência de sua jornada foi que permitiu ao avô ter a percepção clara e distinta da razão pela qual “empresário rico também vai para o céu”. Conhecendo a dinâmica das essências, tanto o Rudah quanto os empresários, poderão estudá-las, compreendê-las, e cada qual do seu jeito in- corporá-las em seus propósitos de vir a se tornarem ricos.

O avô do Rudah tem consciência que, sem esse conheci- mento que irá repassar ao neto, ele levaria muitíssimo mais tempo para chegar ao mesmo resultado, ou talvez jamais chegasse à sua primeira pequena fortuna. Entretanto, com as informações que disponibilizará aumentará em muito a possibilidade de, num tempo razoável, o neto alcançar a sua liberdade pessoal e financeira, mesmo tendo nascido em família de renda média. Isto também aconteceria se sua origem fosse de família de baixa renda.

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Portanto, caro Rudah, se você está lendo estas linhas é porque o pai-do-seu-pai teve êxito no seu desafio e a for- ma que ele escolheu para lhe contar a experiência vivida foi através de conversas com você ainda recém-nascido.

Assim, desde cedo o avô iniciou conversas freqüentes, nada infantis, com o neto. Criou até uma história para envolver o Rudah nos diálogos, a qual deu o nome de

“o mundo dos nós”. Mas... acho que estou me anteci- pando. Deixa que isto o próprio avô vai contar.

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