• Nenhum resultado encontrado

ICTR 2004 CONGRESSO BRASILEIRO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA EM RESÍDUOS E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL Costão do Santinho Florianópolis Santa Catarina

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "ICTR 2004 CONGRESSO BRASILEIRO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA EM RESÍDUOS E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL Costão do Santinho Florianópolis Santa Catarina"

Copied!
11
0
0

Texto

(1)

ICTR 2004 – CONGRESSO BRASILEIRO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA EM RESÍDUOS E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

Costão do Santinho – Florianópolis – Santa Catarina

Realização:

ICTR – Instituto de Ciência e Tecnologia em Resíduos e Desenvolvimento Sustentável

menu ICTR2004 | menu inicial

PRÓXIMA

INVENTÁRIO DE RESÍDUOS SÓLIDOS INDUSTRIAIS DO ESTADO DO CEARÁ Francisco Alexandre Rocha Pinto Kilza Maria Mendonça de Oliveira Marques Augusta Maria Alencar Quaresma

(2)

INVENTÁRIO DE RESÍDUOS SÓLIDOS INDUSTRIAIS DO ESTADO DO CEARÁ

AUTORES

Francisco Alexandre Rocha Pinto(1)

Químico Industrial, Especialista e Saneamento e Controle Ambiental ambos pela Universidade Federal do Ceará (UFC), Técnico da Superintendência Estadual do Meio Ambiente (SEMACE) desenvolvendo atividades no Núcleo de Controle Ambiental (NUCAM).

Endereço(1): Rua Jaime Vasconcelos, 457, apartamento 104 - Bairro Varjota - Cidade Fortaleza - Estado Ceará - CEP: 60.165-260 - País Brasil - Telefone: (0XX85) 267-7101, e-mail: alexpin@terra.com.br

Kilza Maria Mendonça de Oliveira Marques(2)

Química Industrial pela Universidade Federal do Ceará (UFC) e Especialista em Meio Ambiente pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Técnica da Superintendência Estadual do Meio Ambiente (SEMACE) desenvolvendo atividades no Núcleo de Controle Ambiental (NUCAM).

Augusta Maria Alencar Quaresma(3)

Engenheira Química pela Universidade Federal do Ceará (UFC), Técnica da Superintendência Estadual do Meio Ambiente (SEMACE) desenvolvendo atividades no Núcleo de Controle Ambiental (NUCAM).

RESUMO

Esse trabalho versa sobre o levantamento qualitativo e quantitativo dos resíduos sólidos industriais produzidos no estado do Ceará, principalmente os resíduos:

Classe I, Classe II e Classe III, de acordo com a NBR 10004/1987 - Resíduos sólidos - Classificação da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), produzidos por 738 indústrias em 89 municípios cearenses, realizados pela Superintendência Estadual do Meio Ambiente (SEMACE) para atender a Resolução do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA) nº 313, de 29 de outubro de 2002, que dispõe sobre o Inventário Nacional de Resíduos Sólidos Industriais.

Na realização do levantamento do Inventário Estadual de Resíduos Sólidos Industriais, visando conhecer e caracterizar os resíduos sólidos industriais produzidos no estado Ceará, de forma a subsidiar uma política de gestão voltada para minimização da geração, reutilização, reciclagem, tratamento, armazenamento, transporte e destinação final adequada dos referidos resíduos, priorizando as seguintes atividades, independentemente de porte:

Indústria de beneficiamento de couro;

Extração e beneficiamento de petróleo;

Armazenamento de derivados de petróleo e álcool;

Fabricação de produtos químicos;

Indústrias metálicas, inclusive máquinas e equipamentos;

Montagem de veículos;

Indústrias têxteis;

Siderúrgicas;

Indústria de alimentos (beneficiamento de arroz, castanha de caju, frutos tropicais e bebidas);

Indústria de açúcar, álcool e aguardente;

Indústria moveleira;

Indústria de beneficiamento de papel e papelão;

Indústrias gráficas;

(3)

Geração e distribuição de energia;

Indústria de artefatos de borracha e plástico;

Indústrias de beneficiamento de vidro;

Beneficiamento de minerais não metálicos (mármores, granito, cerâmica e pedra cariri).

PALAVRA CHAVE

Resíduos sólidos industriais, Inventário de Resíduos Sólidos Industriais

METOLOGIA

A metodologia utilizada para a coleta dos dados do Inventário Estadual de Resíduos Sólidos Industriais, pode assim ser descrita:

Convênio - Realização do convênio de cooperação entre o Ministério do Meio Ambiente (MMA), por intermédio do Fundo Nacional do Meio Ambiente (FNMA) e a Superintendência Estadual do Meio Ambiente (SEMACE), Convênio MMA/FNMA nº 06/2001, Processo nº 02000.006411/2000-42, para a realização do Inventário Estadual de Resíduos Sólidos Industriais;

Formação e treinamento da equipe de execução do Inventário - Formada por 03 (três) técnicos de nível superior, com conhecimento em processos industriais e 01 (um) técnico de nível médio com experiência no cadastramento de dados;

Elaboração do Banco de Dados Secundário - Após a definição das tipologias que seriam inventariadas foi elaborado um Banco de Dados Secundário, em formato Microsoft Access, (programa cedido pelo MMA), para controlar o encaminhamento e recebimento dos formulários preenchidos;

Campanha de Divulgação - Para vencer a resistência do público alvo foi elaborada e aplicada Campanha de Divulgação através de notas em jornais, entrevistas nos meios de comunicação, palestras na Federação da s Industrias do Estado do Ceará (FIEC) e sindicatos. Na home page da SEMACE foi criado um texto explicativo com o formulário e seus anexos para download. Uma Central de Atendimento foi instalada para das assistência ao público alvo nas dúvidas quanto ao preenchimento do formulário e dúvidas gerais sobre a elaboração do inventário através do telefone 08002803232 e do e-mail:

inventarioderesiduo@semace.ce.gov.br;

Formulário - Envio do formulário, em papel e em meio magnético, às industriais cujas tipologias foram previamente escolhidas, no período de março de 2002 a dezembro de 2002, em média 110 formulários por mês, por meio da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (EBCT), com aviso de recebimento (AR), contendo envelope carta resposta;

Visita Técnica as Empresas a serem Inventariadas - Optou-se por utilizar a metodologia de visita a todas as empresas a serem inventariadas em lugar da metodologia da declaração de resíduos pelo próprio gerador. Foram visitadas 1.100 empresas constantes do Banco de Dados Secundário, resultando no final 738 empresas inventariadas, para a coleta dos dados necessários e/ou complementação dos não declarados. O período das visitas foi de maio de 2002 a setembro de 2003, para o período de referência de geração de resíduos de 12 meses de operação de janeiro a dezembro do ano de 2001;

Banco de Dados - Formação de um Banco de Dados nem formato Microsoft Access, a partir do Banco de Dados Secundário de todas as informações coletadas nas indústrias, tais como: dados sobre a empresa; processos industriais incluindo matérias-primas e insumos; produção; resíduos (Classe I,

(4)

Classe II e Classe III); formas de armazenamento, transporte, destino final de todos resíduos gerados nos processos industriais;

Tabulação dos Dados - Tabulação Estatística dos dados;

Elaboração do Trabalho Final - Elaboração do trabalho final para divulgação para a sociedade como um todo.

RESULTADOS

Indústrias Inventariadas

As indústrias visitadas 1.100 representam 26,538% do total das indústrias cearenses, dessas, 738 tiveram seus resíduos inventariados que corresponde a 17,805% das 4.145 indústrias instaladas Ceará, conforme Quadro 1.

Quadro 1 - Situação das industrias na execução do Inventário - Ceará-2001

TOTAL DE INDÚSTRIAS

NO CEARÁ

TOTAL DE INDÚSTRIAS

VISITADAS

SITUAÇÃO DAS INDÚSTRIAS

VISITADAS

INDÚSTRIAS VISITADAS EM RELAÇÃO AO TOTAL

DAS INDÚSTRIAS CEARENSES (%)

PERCENTUAL EM RELAÇÃO ÀS 1.100

INDÚSTRIAS VISITADAS (%) 738 inventariadas 17,805 67,091 347 paralisadas ou

desativadas 8,372 31,545

4.145 1.100

15 com o endereço

inconsistente 0,362 1,364

Fonte: Pesquisa direta SEMACE, Banco de Dados de Resíduos Sólidos Industriais, 2001.

O universo amostral das indústrias inventariadas, 738 instaladas em 89 municípios, representa 48,369% dos 184 municípios do Ceará, nas Macrorregiões de Planejamento do Estado do Ceará.

Porte das Indústrias Inventariadas

O porte das indústrias inventariadas pode ser visto no Quadro 2.

Quadro 2 - Porte das indústrias inventariadas - Ceará-2001

PARÂMETROS AVALIADOS SEGUNDO A PORTARIA Nº 201, DE 13 DE OUTUBRO DE 1999

DA SEMACE PORTE DAS

INDÚSTRIA S

NÚMERO DE INDÚSTRIA

S

PERCENTUAL (%)

Área total (m2) Capital (UFIR-CE) Número de Empregados

Pequeno 221 29,946 ≤ 2.000 ≤ 600,00 ≤ 50

Médio 384 52,033 >2.000 ≤ 10.000 > 600,00 ≤ 8.000,00 > 50 ≤ 100 Grande 122 16,531 > 10.000 ≤ 40.000 > 8.000,00 ≤

80.000,00

> 100 ≤ 1.000 Excepcional 11 1,490 > 40.000 > 80.000,00 > 1.000

TOTAL 738 100,00

Fonte: Pesquisa Direta SEMACE, Banco de Dados de Resíduos Sólidos Industriais, 2001.

(5)

Resíduos segundo o Estado Físico

Os resultados obtidos demonstram que os resíduos no estado líquido com 595,42 toneladas, correspondem a 0,117% do total inventariado; resíduos no estado pastoso ou semi-sólido com 3.712,14 toneladas, representam 0,729% e resíduos no estado sólido no total de 504.761,48 toneladas, 99,154% do total inventariado, conforme Quadro 3.

Quadro 3 - Resíduos, segundo o estado físico - Ceará-2001

CÓDIGO ESTADO QUANTIDADE (t/ano)

Percentual (%)

L Liquido 595,42 0,117

P Pastoso ou semi-sólido 3.712,14 0,729

S Sólido 504.761,48 99,154

TOTAL 509.069,03 100,000

Fonte: Pesquisa Direta SEMACE, Banco de Dados de Resíduos Sólidos Industriais, 2001.

Resíduos Inventariados por Classe

O total dos resíduos inventariados por classe são apresentados no Quadro 4.

Quadro 4 - Total de resíduos, segundo as Classes I, II e III - Ceará-2001

CLASSE DOS RESÍDUOS QUANTIDADES (t/ano) Percentual (%)

Classe I 115.238,41 22,637

Classe II 276.600,64 54,335

Classe III 117.229,98 23,028

TOTAL 509.069,03 100,000

Fonte: Pesquisa Direta SEMACE, Banco de Dados de Resíduos Sólidos Industriais, 2001.

Resíduos Inventariados segundo a Classificação Nacional de Atividade Econômica (CNAE) e por Classe

Os resíduos representados pelas atividades: Fabricação de produtos alimentícios e bebidas e Fabricação de produtos de minerais não-metálicos somam 68,274% do total dos resíduos, sendo que a atividade Fabricação de produtos alimentícios e bebidas, representa 46,637% do total dos resíduos por atividades. Os resíduos classificados pelas atividades: Fabricação de produtos têxteis; Metalúrgica básica;

Fabricação de artefatos de couro, artigos de viagem e calçados; Fabricação de celulose, papel e produtos de papel; Fabricação de produtos de metal exceto máquinas e equipamentos totalizam 24,705% e os demais resíduos das outras atividades somam 7,021% do total de resíduos, conforme Quadro 5.

(6)

Quadro 5 - Resíduos - Classes I, II e III, por atividades, segundo CNAE - Ceará- 2001

SEÇÃO DIVISÃO DENOMINAÇÃO CLASSE I(t/ano)

CLASSE II (t/ano)

CLASSE III (t/ano)

TOTAL (t/ano)

Percentu al (%) C 11 Extração de petróleo e

serviços relacionados 579,53 57,55 0,15 637,23 0,125 D 15 Fabricação de produtos

alimentícios e bebidas 102.606,21 132.368,88 2.438,88 237.413,96 46,637 D 17 Fabricação de produtos têxteis 261,85 34.538,95 972,14 35.772,94 7,027 D 18 Confecção de artigos do

vestuário e acessórios 96,17 1.903,40 25,20 2.024,77 0,398 D 19

Preparação de couros e fabricação de artefatos de couro, artigos de viagem e calçados

6.697,17 17.305,84 2.455,76 26.458,77 5,197 D 20 Fabricação de produtos de

madeira 0,54 1.742,26 1,21 1.744,02 0,343 D 21 Fabricação de celulose, papel

e produtos de papel 8,57 16.731,70 5,29 16.745,56 3,289 D 22 Edição, impressão e

reprodução de gravações 23,12 1.162,86 6,77 1.192,75 0,234 D 23

Fabricação de coque, refino de petróleo, elaboração de combustíveis nucleares e produção de álcool

725,70 3.152,21 25,35 3.903,26 0,767 D 24 Fabricação de produtos químicos87,63 1.893,23 605,27 2.586,13 0,508 D 25 Fabricação de artigos de

borracha e plástico 5,18 4.948,73 0,55 4.954,46 0,973 D 26 Fabricação de produtos de

minerais não-metálicos 21,17 2.754,77 107.370,9

5 110.146,89 21,637 D 27 Metalurgia básica 698,24 30.422,50 2.095,40 33.216,14 6,525 D 28

Fabricação de produtos de metal - exceto máquinas e equipamentos

2.307,47 11.251,37 18,91 13.577,75 2,667 D 29 Fabricação de máquinas e

equipamentos 34,85 1.257,31 1,21 1.293,37 0,254 D 31 Fabricação de máquinas,

aparelhos e materiais elétricos 409,04 930,27 2,03 1.341,34 0,263 D 34

Fabricação e montagem de veículos automotores, reboques e carrocerias

157,12 9.045,35 103,06 9.305,53 1,828 D 35 Fabricação de outros

equipamentos de transporte 2,06 133,06 2,00 137,12 0,027 D 36 Fabricação de móveis e

indústrias diversas 80,07 2.235,16 494,26 2.809,50 0,552

D 37 Reciclagem 32,50 144,06 0,00 176,56 0,035

E 40 Eletricidade, gás e água quente 383,03 2.488,91 605,52 3.477,47 0,683 G 50

Comércio e reparação de veículos automotores e motocicletas; e comércio a varejo de combustíveis

13,36 21,30 0,06 34,72 0,007

G 51

Comércio por atacado e representantes comerciais e agentes do comércio

7,84 110,97 0,00 118,81 0,023

TOTAL 115.238,41 276.600,64 117.229,9

8 509.069,03 100,000

Fonte: Pesquisa Direta SEMACE, Banco de Dados de Resíduos Sólidos Industriais, 2001.

(7)

Destinação dos Resíduos para Fora da Indústria, segundo as Classes I, II e III Os resultados obtidos apresentaram as seguintes destinações: R99 - Outras formas de reutilização/reciclagem/recuperação, R02 - Utilização em caldeira, R14 - Aterramento de vias, B05 - Lixão municipal, R12 - Sucateiros intermediários e B02 - Aterro municipal, somam 78,666% do total das destinações para fora da indústria, sendo que R99 - Outras formas de reutilização/reciclagem/recuperação representa 22,698% das destinações totais e as demais destinações 21,334% do total das destinações, conforme Quadro 6.

Quadro 6 - Destinação dos resíduos para fora da indústria, segundo as Classes I, II e III - Ceará-2001

CÓDIGO DESTINAÇÃO CLASSE I

(t/ano)

CLASSE II (t/ano)

CLASSE III (t/ano)

TOTAL (t/ano)

Percent ual (%) B01 Infiltração no solo 0,00 46,00 4,80 50,80 0,017 B02 Aterro Municipal 1.212,31 17.151,86 4.603,50 22.967,67 7,909 B03 Aterro industrial próprio 343,60 157,60 0,00 501,20 0,173 B04 Aterro industrial terceiros 1.648,00 0,00 25,35 1.673,35 0,576 B05 Lixão municipal 627,06 35.338,92 236,42 36.202,40 12,467 B06 Lixão particular 0,00 793,00 0,00 793,00 0,273 B20 Rede de esgoto 60,90 139,20 0,00 200,10 0,069 B30 Outras formas de disposição 384,90 9.235,26 152,07 9.772,23 3,365 R01 Utilização em forno industrial (exceto

em fornos de cimento) 887,60 1.593,26 100,00 2.580,86 0,889 R02 Utilização em caldeira 40.194,11 937,30 0,00 41.131,41 14,164 R03 Co-processamento em fornos de

cimento

52,60 1,20 0,00 53,80 0,019 R04 Formulação de *blend* de resíduos 4,00 0,00 0,00 4,00 0,001 R06 Incorporação em solo agrícola 290,48 13.772,47 0,00 14.062,95 4,843 R08 Ração Animal 1.841,10 6.879,28 0,00 8.720,38 3,003 R09 Reprocessamento de solventes 4,80 0,00 0,00 4,80 0,002 R10 Re-refino de óleo 35,30 0,00 0,00 35,30 0,012 R11 Reprocessamento de óleo 0,00 0,40 0,00 0,40 0,000 R12 Sucateiros intermediários 77,58 21.800,71 1.896,92 23.775,21 8,187 R13 Reutilização/reciclagem/recuperação

interna

300,00 8.648,93 1.537,27 10.486,20 3,611 R14 Aterramento de vias 0,00 7,10 38.442,30 38.449,40 13,241

R99 Outras formas de

reutilização/reciclagem/recuperação 5.992,19 50.575,23 9.344,59 65.912,01 22,698 T01 Incinerador 366,92 0,00 0,00 366,92 0,126 T12 Neutralização 0,38 0,00 0,00 0,38 0,000 T34 Outros tratamentos 2.421,00 9.751,38 470,63 12.643,01 4,354 TOTAL 56.744,83 176.829,09 56.813,86 290.387,78 100,000

Fonte: Pesquisa Direta SEMACE, Banco de Dados de Resíduos Sólidos Industriais, 2001.

Destinação dos Resíduos para a Própria Indústria, segundo as Classes I, II e III Os resultados obtidos apresentaram as seguintes destinações: R13 - Reutilização/reciclagem/recuperação interna e R02 - Utilização em caldeiras, somam 86,131% do total das destinações para a própria indústria, sendo que a destinação R13 - Reutilização/reciclagem/recuperação interna representa 52,153% do total das destinações e as demais destinações 13,869% do total das destinações, segundo o Quadro 7.

(8)

Quadro 7 - Destinação dos resíduos para a própria indústria, segundo as Classes I, II e III - Ceará-2001

CÓDIGO DESTINAÇÃO CLASSE I

(t)/ano

CLASSE II (t/ano)

CLASSE III (t/ano)

TOTAL (t/ano)

Percent ual (%) B01 Infiltração no solo 0,00 10,00 0,00 10,00 0,005

B03 Aterro industrial próprio 4.210,18 0,00 0,01 4.210,19 1,971 B30 Outras formas de disposição 0,00 617,63 6,00 623,63 0,292

R01

Utilização em forno industrial

(exceto em fornos de cimento) 6.060,00 3,74 0,00 6.063,74 2,839 R02 Utilização em caldeira 45.653,46 26.910,32 0,00 72.563,78 33,978 R06 Incorporação em solo agrícola 250,00 16.329,95 372,00 16.951,95 7,938

R08 Ração Animal 0,00 720,00 0,00 720,00 0,337

R09 Reprocessamento de solventes 55,00 0,00 0,00 55,00 0,026 R10 Re-refino de óleo 180,00 0,00 0,00 180,00 0,084 R13

Reutilização/reciclagem/

Recuperação interna 707,77 52.733,54 57.937,97 111.379,28 52,153 R14 Aterramento de vias 0,00 0,00 613,50 613,50 0,287 R99

Outras formas de reutilização/

Reciclagem/recuperação 1,54 46,80 144,00 192,34 0,090 TOTAL 57.117,95 97.371,98 59.073,48 213.563,41

100,00 0

Fonte: Pesquisa Direta SEMACE, Banco de Dados de Resíduos Sólidos Industriais, 2001.

Resíduos Sem Destino Definido, Armazenados na Área da Indústria, segundo as Classes I, II e III

Os seguintes armazenamentos: S32 - A granel em solo, área descoberta, S01 - Tambor em piso impermeável e S13 - Caçamba sem cobertura, somam 90,628% do total dos armazenamentos, sendo que somente o armazenamento S32 - A granel em solo, área descoberta representa 69,795%, e as demais formas de armazenamento 9,372% do total dos armazenamentos, conforme Quadro 8.

Quadro 8 - Resíduos sem destino definido, armazenados na área da indústria, segundo as Classes I, II e III - Ceará-2001

CÓDIGO TIPO DE ARMAZENAMENTO CLASSE I (t/ano)

CLASSE II (t/ano)

CLASSE III (t/ano)

TOTAL (t/ano)

Percentu al (%)

S01 Tambor em piso

impermeável,área coberta 119,97 496,21 0,00 616,18 12,040 S02 A granel em piso impermeável,

área coberta 41,85 97,56 6,14 145,55 2,844

S05 Bombona em piso

impermeável, área coberta 1,13 0,10 0,00 1,23 0,024

S11 Tambor em piso

impermeável,área descoberta 41,68 0,00 0,00 41,68 0,814 S12 A granel em piso impermeável,

área descoberta 0,00 16,20 2,00 18,20 0,356 S13 Caçamba sem cobertura 450,00 0,00 0,00 450,00 8,793 S19 Lagoa sem impermeabilização 0,00 225,00 0,00 225,00 4,396 S31 Tambor em solo, área descoberta 48,00 0,00 0,00 48,00 0,938 S32 A granel em solo, área

descoberta 673,00 1.564,50 1.334,50 3.572,00 69,795 TOTAL 1.375,63 2.399,57 1.342,64 5.117,84 100,000

(9)

Fonte: Pesquisa Direta SEMACE, Banco de Dados de Resíduos Sólidos Industriais, 2001.

Armazenamento dos Resíduos na Própria Indústria, segundo as Classes I, II e III

Os resultados obtidos apresentaram os seguintes tipos de armazenamentos: S32 - A granel em solo, área descoberta, S02 - A granel em piso impermeável, área coberta e S22 - A granel em solo, área coberta, que somam 90,996% do total dos armazenamentos, sendo que somente o armazenamento S32 - A granel em solo, área descoberta representa 45,208%, e as demais formas de armazenamento 9,004% do total dos armazenamentos, segundo o Quadro 9.

Quadro 9 - Armazenamento dos resíduos na própria indústria, segundo as Classes I, II e III - Ceará-2001

CÓDIGO DESTINAÇÃO CLASSE I

(t/ano)

CLASSE II (t/ano)

CLASSE III (t/ano)

TOTAL (t/ano)

Percent ual (%) S01 Tambor em piso impermeável,área

coberta 372,91 687,96 0,50 1.061,37 0,497

S02 A granel em piso impermeável,

área coberta 33.102,62 25.004,52 3.094,31 61.201,45 28,657 S03 Caçamba com cobertura 4.460,00 0,30 0,00 4.460,30 2,089 S04 Tanque com bacia de contenção 5.316,60 200,00 0,00 5.516,60 2,583 S05 Bombona em piso impermeável,

área coberta 2,42 246,00 0,20 248,62 0,116

S08 Outros Sistemas de

Armazenamento 8,26 3.126,54 4,30 3.139,10 1,470 S09 Lagoa com impermeabilização 0,00 20,00 0,00 20,00 0,009 S11 Tambor em piso impermeável,área

descoberta 1,30 1,44 0,01 2,75 0,001

S12 A granel em piso impermeável,

área descoberta 11,00 69,25 2.627,10 2.707,35 1,268 S13 Caçamba sem cobertura 0,00 1.692,00 0,00 1.692,00 0,792 S14 Tanque sem bacia de contenção 100,00 0,00 0,00 100,00 0,047 S21 Tambor em solo, área coberta 267,04 5,60 0,20 272,84 0,128 S22 A granel em solo, área coberta 13.464,00 21.133,98 1.987,20 36.585,18 17,131 S25 Bombona em solo, área coberta 2,00 0,00 0,00 2,00 0,001 S31 Tambor em solo, área descoberta 5,00 0,90 0,00 5,90 0,003 S32 A granel em solo, área descoberta 4,80 45.183,49 51.359,66 96.547,95 45,208 TOTAL 57.117,95 97.371,98 59.073,48 213.563,41 100,000

Fonte: Pesquisa Direta SEMACE, Banco de Dados de Resíduos Sólidos Industriais, 2001.

Resíduos Gerados nos Anos Anteriores aos últimos 12 meses (passivo), armazenados na área da Indústria, segundo as Classes I, II e III.

O passivo inventariado apresentou-se com as seguintes formas de armazenamento:

S32 - A granel em solo, área descoberta e S02 - A granel em piso impermeável, área coberta somam 98,065% do total dos armazenamentos, sendo que somente o armazenamento S32 - A granel em solo, área descoberta representa 93,811%, e as demais formas de armazenamento 1,935% do total dos armazenamentos, conforme Quadro 10.

(10)

Quadro 10 - Resíduos gerados nos anos anteriores aos últimos 12 meses (passivo), armazenados na área da indústria, segundo as Classes I, II e III - Ceará-2001

CÓDIGO TIPO DE ARMAZENAMENTO CLASSE I (t/ano)

CLASSE II (t/ano)

CLASSE III (t/ano)

TOTAL (t/ano)

Percentu al (%) S01 Tambor em piso impermeável,

área coberta 408,49 56,50 5,10 470,09 0,192 S02 A granel em piso impermeável,

área coberta 10.104,41 209,01 82,00 10.395,42 4,254 S08 Outros Sistemas de

Armazenamento 3,76 3,41 0,00 7,17 0,003

S11 Tambor em piso impermeável,

área descoberta 36,60 0,00 0,00 36,60 0,015

S12 A granel em piso impermeável,

área descoberta 3.169,80 313,77 167,76 3.651,33 1,495 S14 Tanque sem bacia de contenção 15,00 0,00 0,00 15,00 0,006 S19 Lagoa sem impermeabilização 3,00 120,00 0,00 123,00 0,050 S21 Tambor em solo, área coberta 2,40 2,00 0,00 4,40 0,002 S22 A granel em solo, área coberta 0,00 68,52 0,00 68,52 0,028 S31 Tambor em solo, área descoberta 271,00 76,00 1,00 348,00 0,142 S32 A granel em solo, área descoberta 8.964,50 210.908,88 9.353,40 229.226,78 93,811 S35 Bombona em solo, área descoberta 2,00 0,00 0,00 2,00 0,001 TOTAL 22.980,96 211.758,09 9.609,26 244.348,31 100,000

Fonte: Pesquisa Direta SEMACE, Banco de Dados de Resíduos Sólidos Industriais, 2001.

CONCLUSÕES

O Inventário de Resíduos Sólidos Industriais do Estado do Ceará, de acordo com a Resolução do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA) nº 313, de 29 de outubro de 2002, veio preencher uma lacuna existente no Estado com relação às informações básicas referentes aos resíduos sólidos industriais gerados no parque industrial cearense.

A Legislação Ambiental especifica que é da responsabilidade do gerador os resíduos sólidos industriais, especialmente os perigosos, desde a geração até o destino final, que serão feitas de forma a atender os requisitos de proteção ambiental e de saúde pública., bem como a apresentação do Plano de Gerenciamento dos Resíduos Sólidos Industriais.

Cabe aos Órgãos Ambientais Estaduais a exigência da Gestão Ambientalmente Adequada para os resíduos sólidos industriais, principalmente para os resíduos perigosos.

Uma Gestão Ambientalmente Adequada envolve todas as etapas dos resíduos, desde a origem até a disposição final, passando pela minimização da geração, reutilização, reciclagem, tratamento, armazenamento, transporte e a destinação final.

No entanto, o industrial consciente, inteligentemente opta pela aplicação de estratégias tecnológicas em benefício do uso racional das matérias-primas e da redução de resíduos gerados na produção. Transformar matérias-primas em produtos e não em resíduos, traz benefícios de ordem financeira indiscutível, somados às vantagens ambientais que acontecem duplamente: redução do volume de resíduos lançados na natureza e um menor consumo de recursos naturais.

(11)

O Inventário de Resíduos Sólidos Industriais é um instrumento facilitador da gestão dos resíduos industriais e pode servir como ferramenta para a execução de uma Política de Resíduos Sólidos voltada ao desenvolvimento sustentável.

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

ABNT. Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 10004 - Resíduos sólidos - classificação. Rio de Janeiro, set. 1987. 48 p.

BRASIL. Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA). Resolução no 313, de 29 de outubro de 2002. Brasília: Diário Oficial da União, edição de 22 de novembro de 2002.

CEARÁ. Superintendência Estadual do Meio Ambiente (SEMACE). Portaria nº 201, de 13 de outubro de 1999. Fortaleza: Diário Oficial do Estado do Ceará, edição de 27 de outubro de 1999.

______. Lei nº 13.103, de 24 de janeiro de 2001. Dispõe sobre a política estadual de resíduos sólidos e dá outras providências correlatas. Fortaleza: Diário Oficial do Estado do Ceará, edição de 05 de fevereiro de 2001.

______. Decreto nº 26.604, de 16 de maio de 2002. Regulamenta a Lei nº 13.103, de 24 de janeiro de 2001 que dispõe sobre a política estadual de resíduos sólidos do Estado do Ceará. Fortaleza: Diário Oficial do Estado do Ceará, edição de 17 de maio de 2002.

FIEC. Federação das Industriais do Ceará. Guia Industrial do Ceará 2000/2001.

Fortaleza. 419 p. il.

ROCCA, Alfredo Carlos C. et. al. Resíduos sólidos industriais. 2. ed. Ver. Ampl.

São Paulo: CETESB, 1993. 233p. il.

Referências

Documentos relacionados

Em outros países nórdicos, nos quais o governo tem o controle sobre a venda do álcool, como a Finlândia, a Noruega, a Suécia e a Islândia, onde se costuma consumir muito

Nesse contexto, objetiva-se analisar os cuidados ambientais e as interações de atendimento entre a equipe de enfermagem e o recém-nascido (RN) prematuro inter- nado e à

Este estudo centra-se na implementação da metodologia CLIL, associando a aprendizagem de Inglês (Língua Estrangeira) e de Ciências Naturais, na tentativa de perceber as

COLETA LIXO COMERCIAL/INDUSTRIAL/HOSPITALAR 1.6.0.0.43.02 SERVIÇOS DEST... ÁREA

18 Vcc entrada de alimentación 2 Puerto interfaz serial RS232 a conec- tar al puerto serial 9 por medio del cable null modem. 3 Puertos USB 2.0 (no

A utilização de um cabo de alimentação do tipo blindado é necessário para ficar em conformidade com os limites de emissões da FCC e para evitar interferências na recepção

O 42 o Conselho Diretor da Organização Pan-Americana da Saúde, 52 a Sessão do Comitê Regional da Organização Mundial da Saúde para as Américas, reuniu-se em Washington, D.C.,

Designação oficial para o transporte (ADR) : Não aplicável Designação oficial para o transporte (IMDG) : Não aplicável Designação oficial para o transporte (IATA) :