• Nenhum resultado encontrado

Universidade Estadual de Londrina

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Universidade Estadual de Londrina"

Copied!
40
0
0

Texto

(1)

Estadual de Londrina

CENTRO DE EDUCAÇÃO FÍSICA E ESPORTE CURSO DE BACHARELADO EM EDUCAÇÃO FÍSICA

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

REPRODUTIBILIDADE DE MEDIDAS DO ACELERÔMETRO ACTIGRAPH GT3X EM

CRIANÇAS

Isaias da Silva Ramos

LONDRINA - PARANÁ

2011

(2)
(3)

DEDICATÓRIA

A minha família, pelo total apoio e compreensão nos momentos mais difíceis...

Ao meu mestre da vida, Daisaku Ikeda, pelas preciosas orientações e exemplo de dignidade.

A minha namorada, por estar sempre ao meu lado e sempre me incentivar...

E em especial ao meu pai, pelo seu exemplo de luta, coragem e perseverança na vida.

Amo todos vocês!

(4)

AGRADECIMENTOS

Aos professores Marcelo Romanzini e Ademar Avelar, pelas preciosas contribuições e orientações no desenvolvimento deste trabalho. Ambos participaram ativamente do meu processo de formação, auxiliando nos trabalhos de iniciação científica, monitoria acadêmica e em tantas outras ocasiões. Aproveito a ocasião também para estender este agradecimento ao segundo membro da banca, professor Edilson Cyrino, pessoa que contribuiu imensamente na minha formação, tanto em sala de aula, como oferecendo a oportunidade de participação no grupo de pesquisa o qual coordena. Tenho toda a convicção que se o presente trabalho possui algum mérito de qualidade, se deve a vocês professores, que, acima de tudo, são grandes valores humanos e profissionais diferenciados em nossa área.

Aos colegas e amigos do grupo de pesquisa GEPEMENE e GEAFSQ, pelo aprendizado compartilhado, pela convivência e por todos os momentos que, de alguma forma, me ajudaram a crescer pessoal e profissionalmente. Agradeço também ao professor Mathias Loch, pelas oportunidades e orientações oferecidas no grupo de estudo, e aos colegas de grupo David Ohara e Danilo Silva, pelo companheirismo e predisposição sempre presente em ajudar da forma que fosse precisa. Tenho certeza que nossa área tem muito a ganhar com profissionais de primeira linha como vocês.

Ao programa de iniciação científica PROIC/UEL, pelos dois anos de financiamento dos meus estudos e a oportunidade oferecida de cursar um ensino superior diferenciado, possibilitando o desenvolvimento de trabalhos acadêmicos e idas a congressos científicos da área.

Finalizando meus agradecimentos aos colegas acadêmicos, sou especialmente grato aos companheiros de turma Cristina Lima, Erick Eches e Bruna Garcia, por estarmos juntos desde o primeiro ano e sempre desenvolvendo trabalhos e participando juntos de atividades acadêmicas.

Aos meus pais Euclydes Ramos Jr. e Maria Onízia Ramos e minha irmã Mariana Ramos, espelhos e pilares da minha vida, por todo o carinho, compreensão e dedicação incondicional oferecida. Vocês são grandes valores humanos e as pessoas mais importantes da minha vida.

A minha namorada Larissa Geremias, por estar ao meu lado por tantos anos e ainda não ter pensado em casamento (risos). Grande companheira, amante, amiga em todas as horas e um exemplo de pessoa. Acredito que temos muito a crescer, independentemente do que o futuro nos reservar.

E as demais pessoas que passaram pela minha vida nestes últimos 4 anos, professores, amigos e colegas que possibilitaram meu crescimento e desenvolvimento profissional, pessoal e acima de tudo, humano.

Muito, muito obrigado!

(5)

EPÍGRAFE

"As pessoas não são nobres desde o nascimento, mas se enobrecem através de suas ações. As pessoas não são medíocres desde o seu nascimento, mas tornam-se assim através de suas ações. Se existem alguma diferença entre as pessoas, então essa diferença está somente nas suas realizações."

Daisaku Ikeda

(6)

RAMOS, Isaias da Silva. Reprodutibilidade de medidas do acelerômetro ActiGraph GT3X em crianças. 39 páginas. Trabalho de Conclusão de Curso. Curso de Bacharelado em Educação Física. Centro de Educação Física e Esporte. Universidade Estadual de Londrina, 2011.

RESUMO

A prática de atividade física tem sido associada nas últimas décadas à promoção da saúde, o que tem motivado diversos pesquisadores e profissionais a desenvolverem métodos cada vez mais acurados para avaliá-la em diversas populações. Os acelerômetros são aparelhos que detectam movimentos em diferentes eixos do corpo, registrando-os em unidade de medida count. No entanto, a reprodutibilidade das medidas obtidas entre os aparelhos da ActiGraph (modelo GT3X) parece uma questão pouco esclarecida na literatura, especialmente considerando situações reais de uso em populações específicas, como por exemplo, em crianças durante as atividades físicas habituais. Assim, o objetivo do presente estudo foi verificar a reprodutibilidade de acelerômetros de mesma marca e modelo para a medida da atividade física habitual em crianças na faixa etária de 7 a 10 anos. Para tanto, duas unidades do ActiGraph GT3X foram posicionadas em ambos os lados do quadril para medir a atividade física habitual durante o recreio escolar. O coeficiente de correlação intraclasse (ICC) entre as unidades foi elevado e significante em todas as análises (eixo 1: R = 0,99; eixo 2: R = 0,95;

eixo 3: R = 0,90; vetor magnitude: R = 0,98; em todas as medidas: P < 0,01). O coeficiente de variação relativo (CV) mínimo registrado foi de 3,9% (eixo 1) e o máximo de 10,3% (eixo 3).

A plotagem de Bland e Altman demonstrou que 94% dos casos ficaram dentro dos limites de concordância esperados. Os resultados sugerem que a nova versão do acelerômetro ActiGraph (GT3X) apresenta elevada reprodutibilidade e consistência de medida em crianças durante atividades físicas cotidianas .

Palavras-Chave: acelerometria; atividade física; crianças; medidas e avaliação.

(7)

RAMOS, Isaias da Silva. Reliability of accelerometer ActiGraph GT3X’s measurements in children. 39 pages. End of Course Work. Course Bachelor of Physical Education.

Physical Education and Sport Center. Londrina State University, 2011.

ABSTRACT

The practice of physical activity has been associated in recent decades to health promotion, which has motivated many researchers and professionals to develop more accurate methods to assess it in various populations. Accelerometers are devices that detect movements in different axes of the body, recording them in unit of measurement „count‟. However, the reliability of measurements between units of ActiGraph (GT3X model) seems a bit unclear in the literature, especially considering real situations of use in specific populations, such as in children during daily physical activities. Thus, the aim of this study was to verify the reliability of accelerometers of the same make and model for the measurement of daily physical activity in children aged 7 to 10 years. For this, two units of ActiGraph GT3X were positioned on both sides of the hip to measure physical activity during school recess. The intraclass correlation coefficient (ICC) between the units was high and significant in all analysis (axis 1: R = 0.99, axis 2: R = 0.95, axis 3: R = 0.90; vector magnitude: R = 0.98; in all measures: P < 0.01). The coefficient of variation (CV) recorded minimum of 3.9% (axis 1) and a maximum of 10.3% (axis 3). The Bland and Altman plot showed that 94% of cases were within the expected limits of agreement. According to these results, the new version of the accelerometer ActiGraph (GT3X) has high reliability and consistency of measurement in children during daily physical activities.

Keywords: accelerometry; physical activity; children; measures and evaluation.

(8)

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Informações básicas sobre estudos de reprodutibilidade inter e intra instrumentos envolvendo diferentes marcas de acelerômetro.

19 Tabela 2 - Caracterização dos participantes em valores absolutos, média e

desvio-padrão.

21 Tabela 3 - Média e desvio-padrão (counts/min) dos diferentes eixos do

movimento e do vetor magnitude das unidades ActiGraph GT3X durante 15 min de avaliação (n = 27 / casos = 405).

24

Tabela 4 - Coeficiente de correlação intraclasse (ICC) e coeficiente de variação (%) entre as unidades ActiGraph GT3X durante 15 min de avaliação (n = 27 / casos = 405).

25

(9)

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Representação gráfica dos valores de atividade física (counts/min) das unidades ActiGraph GT3X pareadas por eixo do movimento.

*P = 0,03

25

Figura 2 - Distribuição do CV inter instrumentos dos diferentes eixos do movimento e do vetor magnitude de acordo com a frequência dos casos (minutos avaliados).

27

Figura 3 - Plotagem de Bland e Altman para as médias e as diferenças inter instrumentos em todos os eixos e no vetor magnitude (n = 27 / Casos = 405). *P < 0,01

30

(10)

LISTA DE SIGLAS, ABREVIAÇÕES E SÍMBOLOS

7164 Modelo de acelerômetro uniaxial da ActiGraph. 13

Count Unidade de medida dos acelerômetros. 15

Cpm Counts por minuto 28

Caltrac Marca de acelerômetro uniaxial 15

CSA Computer Science Applications, Inc. 19

CV Coeficiente de variação. 18

DP Desvio-padrão 21

Epoch Medida de counts por unidade de tempo. 22

GT1M Modelo de acelerômetro uniaxial da ActiGraph. 19

GT3X Modelo de acelerômetro triaxial da ActiGraph. 12

ICC Coeficiente de correlação intraclasse. 18

IMC Índice de massa corporal. 18

IQR Amplitude interquartil 25

LSI Monitor de Atividade Motora Integrado de Larga Escala. 14

MET Equivalente metabólico 13

MML Mini Motionlogger. 17

RT3 Modelo de acelerômetro da StayHealthy, Inc. 16

(11)

SUMÁRIO

RESUMO... v

ABSTRACT... vi

LISTA DE TABELAS... vii

LISTA DE FIGURAS... viii

LISTA DE SIGLAS, ABREVIAÇÕES E SÍMBOLOS... ix

1 INTRODUÇÃO... 11

2 REVISÃO DA LITERATURA... 13

2.1 Características gerais dos acelerômetros... 13

2.2 Evolução dos acelerômetros... 14

2.3 Validade e reprodutibilidade em diferentes estudos... 15

3 MÉTODOS... 21

3.1 Amostra... 21

3.2 Antropometria... 21

3.3 Acelerometria... 22

3.4 Medida de atividade física... 23

3.5 Análise estatística... 23

4 RESULTADOS... 24

5 DISCUSSÃO... 31

6 CONCLUSÃO... 35

REFERÊNCIAS... 36

APÊNDICE I... 39

(12)

1 INTRODUÇÃO

A prática de atividade física tem sido associada nas últimas décadas à promoção da saúde, o que tem motivado diversos pesquisadores e profissionais a desenvolverem métodos cada vez mais acurados para avaliá-la em diversas populações. Com a finalidade específica de quantificar a atividade física em crianças, alguns métodos foram elaborados nas últimas décadas, sendo considerada como “padrão-ouro” a quantificação obtida por observação direta (FREEDSON & MELANSON, 1996). Apesar desta técnica permitir análise detalhada do padrão de atividades físicas das crianças, também possui limitações importantes no quesito aplicabilidade, uma vez que demanda avaliadores experientes e tempo considerável de observação. Esses fatos acabam limitando sua aplicação apenas para pequenos grupos ou, mais especificamente, em casos clínicos.

Considerando a necessidade crescente de se obter medidas mais precisas e aplicáveis em estudos clínicos e epidemiológicos, existe uma preocupação iminente com o desenvolvimento e aperfeiçoamento de técnicas e métodos mais robustos para avaliação da atividade física. Certamente uma categoria de instrumentos que tem se destacado nos últimos anos são os sensores de movimento, como os pedômetros e os acelerômetros, especialmente este último, por se tratar de sensores eletrônicos portáteis de alta tecnologia que permitem medir a aceleração de um corpo em diferentes eixos. Apesar da aparente vantagem na utilização deste aparelho para mensuração da atividade física, a escolha da marca e do modelo adequado para os fins do estudo é um ponto chave que requer atenção por parte do pesquisador, tanto pelas especificações próprias de cada equipamento, quanto pela variedade de marcas e modelos disponíveis no mercado com diferentes níveis de sensibilidade.

Nesse sentido, o acelerômetro da marca ActiGraph, modelo triaxial (GT3X), é um aparelho de inserção recente no mercado internacional. Apesar da validade e reprodutibilidade de modelos mais antigos desta mesma marca já terem sido reportadas em estudos prévios (ESLIGER & TREMBLAY, 2006; ROTHNEY et al., 2008), a literatura carece de estudos de reprodutibilidade inter instrumentos envolvendo o modelo triaxial.

Considerando que a consistência dos dados entre os aparelhos da mesma marca e

modelo é um fator fundamental para medir a sua confiabilidade em situações de uso distintas,

torna-se necessária a realização deste tipo de investigação, especialmente considerando

situações reais de uso em populações específicas, como por exemplo, em crianças durante as

atividades físicas habituais. Assim, o objetivo do presente estudo foi verificar a

(13)

reprodutibilidade de acelerômetros de mesma marca e modelo para a medida da atividade

física habitual em crianças na faixa etária de 7 a 10 anos.

(14)

2 REVISÃO DA LITERATURA

2.1 Características gerais dos acelerômetros

Os acelerômetros, em sua definição mais básica, são aparelhos capazes de registrar a aceleração sobre os objetos. Embora estejam integrados a produtos e bens de consumo variados (ex: carros, aparelhos celulares, vídeo-games), destacam-se aqui, os sensores eletrônicos que equipam monitores de atividade física. Nesta área, os sensores de movimento baseados em acelerometria têm alcançado destaque nas últimas décadas, sendo considerado atualmente como um dos métodos mais comuns para avaliação da atividade física habitual.

Portanto, na presente revisão o termo „acelerômetro‟ será usado unicamente para se referir a este método de avaliação.

Os sensores de movimento baseados em acelerometria são portáteis, possíveis de serem afixados na cintura do indivíduo e podem ser de três tipos: uniaxiais, que são sensíveis a movimentos num único eixo (geralmente vertical), os biaxiais, sensíveis a movimentos em dois eixos (vertical e ântero-posterior) e triaxiais, sensíveis a movimentos nos três eixos (vertical, ântero-posterior e lateral). Existem também os chamados unidirecionais, que são especialmente sensíveis a movimentos em uma única direção, apesar de detectarem algumas variações em outros eixos.

Os modelos atuais utilizam um condutor piezoelétrico capaz de fornecer diferentes sinais conforme a intensidade e a frequência do movimento realizado. A unidade de medida output comumente utilizada nos aparelhos é o count. Embora esta medida esteja relacionada à magnitude do movimento realizado, o count isoladamente não representa valor biológico, e necessita ser interpretado de acordo com algumas classificações (ex: pontos de corte para nível atividade física) ou relacionado a outros valores (ex: gasto energético em calorias;

METs) para que adquira significância. Vale ressaltar que esta é uma das grandes dificuldades enfrentadas por profissionais e pesquisadores para o uso dos acelerômetros.

Para contornar esta situação, pesquisas têm sido desenvolvidas com diferentes marcas

e modelos visando estabelecer equações para a estimativa do gasto energético (TROST et al.,

1998), calibrações do aparelho durante atividades físicas habituais (MATTOCKS et al., 2007),

além de analisar a validade concorrente frente a outros métodos, como a calorimetria indireta

(LOUIE et al., 1999) e a água duplamente marcada (LEENDERS et al., 2006).

(15)

2.2 Evolução dos acelerômetros

Segundo Welk et al. (2002), um dos primeiros sensores desenvolvidos para estudos do movimento foi o LSI (Large-Scale Integrated Motor Activity Monitor, ou em tradução livre:

Monitor de Atividade Motora Integrado de Larga Escala), fabricado na década de 1970 para estudos com pacientes psiquiátricos. Este dispositivo utilizava um mecanismo chave de mercúrio para detectar os movimentos e uma base com gravador que recebia os dados por telemetria. Embora, este primeiro modelo tenha demonstrado o potencial do instrumento para pesquisas em atividade física, a tecnologia usada nas chaves de mercúrio apresentava limitações quando o aparelho era usado em estudos de campo. O substituto encontrado para resolver o problema foram os sensores piezoelétricos.

Basicamente, o funcionamento de um sistema equipado com este tipo de sensor é o seguinte: o transdutor recebe o sinal mecânico (movimento), e em seguida o retransmite em forma de corrente elétrica. Os elementos piezoelétricos têm a capacidade de mudar sua resistência ao serem submetidos a diferentes acelerações, alterando o sinal de saída produzido de acordo com o movimento do aparelho. A eficiência desse sistema é reconhecida até o presente momento, de modo que todos os modelos recentes utilizam este tipo de mecanismo como base para suas leituras de acelerometria.

Outra evolução a ser destacada nos aparelhos é quanto à coleta de dados. Atualmente

grande parte dos modelos necessita de um software computacional e uma interface de

conexão para ser inicializado, além do descarregamento dos dados, calibragem e configuração,

abandonando o uso da comunicação por telemetria. Adicionalmente, alguns modelos

oferecem recursos extras, como um contador de passos embutido (pedômetro) e até mesmo

um inclinômetro, que considera também a postura corporal (ex: ActiGraph GT3X), embora,

até o presente momento, apenas um trabalho científico foi publicado investigando

exclusivamente esta funcionalidade (McMAHON et al., 2010). Ainda assim, os pesquisadores

reportaram validade limitada e dependente da localização em que o acelerômetro é afixado.

(16)

2.3 Validade e reprodutibilidade em diferentes estudos

Nas últimas décadas houve um crescente interesse no desenvolvimento de métodos mais robustos e aplicáveis para mensuração da atividade física, que motivaram inúmeras investigações objetivando validar técnicas, aparelhos, registros e questionários de atividade física. Isolar o máximo possível a variável atividade física tem se mostrado um grande desafio, no entanto, essencial para verificar o seu real impacto sobre diversos indicadores de saúde. No que se refere a estudos com acelerômetros, algumas investigações foram de grande importância para verificar a qualidade e a consistência dos dados obtidos por diferentes marcas e modelos.

Sallis et al. (1990) conduziram dois estudos com o objetivo de testar a validade e a reprodutibilidade do acelerômetro Caltrac em escolares de 8 a 13 anos, de ambos os sexos. No primeiro estudo participaram 20 meninos e 15 meninas, que utilizaram por dois dias o acelerômetro Caltrac, além de um monitor de frequência cardíaca. Uma sub-amostra utilizou dois acelerômetros, um no lado esquerdo e outro no lado direito do quadril, de modo a testar a reprodutibilidade inter instrumentos. Foi encontrada uma correlação moderada considerando os dois dias de testes (r = 0,48) entre a medida em counts do acelerômetro com a média da freqüência cardíaca nas diferentes horas do dia. Com relação à reprodutibilidade inter instrumentos, os valores encontrados foram elevados (R = 0,96). No segundo estudo os pesquisadores submeteram 15 crianças a uma caminhada em esteira por 10 min, em três velocidades diferentes (aproximadamente 5, 6 e 8 km/h) enquanto utilizavam dois acelerômetros afixados um em cada lado do quadril. O consumo de oxigênio durante os testes foi mensurado por um analisador de gases. Os pesquisadores encontraram novamente uma reprodutibilidade inter instrumentos elevada nas diferentes velocidades do teste (R = 0,89).

No entanto, talvez o maior achado deste estudo tenha sido a forte correlação encontrada entre os valores em counts, registrados pelos acelerômetros nas diferentes velocidades, com o consumo de oxigênio expresso em kcal/kg/min (r = 0,82). Neste caso, um count equivaleu em média a 0,101 kcal/kg/min, considerando as três velocidades do teste.

Os achados dos estudos de Sallis et al. (1990) foram de grande contribuição para a

literatura, visto que trouxeram importantes indicativos sobre a validade e a reprodutibilidade

do aparelho Caltrac, especialmente no se refere à forte correlação encontrada entre um valor

biológico (consumo de oxigênio) com a medida count utilizada pelos acelerômetros. Durante

muitos anos, uma das grandes barreiras para a utilização destes aparelhos em pesquisas foi

(17)

justamente a dificuldade na interpretação dos valores registrados pelo instrumento, que por si só não possuem valor biológico. No entanto, medidas em counts obtidas por outras marcas podem ser diferentes da obtida pelo Caltrac, devido ao fato de cada fabricante atribuir um valor para a unidade de medida, aos diferentes modelos existentes no mercado, à calibração utilizada e a qualidade do instrumento em si.

Para tentar esclarecer questões acerca do uso de diferentes marcas, Rothney et al.

(2008) testaram a validade de várias equações de regressão linear desenvolvidas para os acelerômetros da ActiGraph, Actical e RT3 com a calorimetria indireta em 85 adultos, de ambos os sexos. Resultados discordantes foram encontrados, sendo que algumas equações comumente utilizadas para estimar o gasto energético superestimaram atividades físicas sedentárias e de intensidade baixa. Entretanto, todas as marcas em geral mediram a atividade física habitual com erro médio de 2% com relação à calorimetria indireta. Apesar de ser uma diferença pequena para estudos de natureza epidemiológica, os pesquisadores alertam para o fato de este percentual poder ser relevante quando o objetivo é mensurar o nível de atividade física habitual em estudos clínicos. Um indivíduo sedentário poderia ter sua atividade física superestimada e ser classificado como atendendo determinados critérios quando na verdade não está.

Esta aparente tendência de superestimação do gasto energético também foi reportada em outro estudo que utilizou a marca Caltrac em crianças de 9 a 12 anos para investigar a validade do equipamento em situações de repouso e caminhadas em esteira com diferentes velocidades. Os percentuais de superestimação variaram entre 7% em repouso, até 25% para a caminhada ativa (BRAY et al., 1992).

Os estudos supracitados demonstram a dificuldade de se converter o movimento do

corpo em gasto energético usando somente como base a acelerometria. Essa característica se

torna mais evidente ao se comparar resultados de estimativa de gasto energético diário obtido

com acelerômetros (utilizando diferentes equações) com as medidas obtidas pelo método de

água duplamente marcada. Leenders et al. (2006) encontraram sub e superestimação do gasto

energético diário na ordem de -10 a 101% para equações desenvolvidas para o modelo Tritac

e de -29 a 24% para equações desenvolvidas para o modelo da ActiGraph. Das 14 equações

testadas, apenas duas desenvolvidas para o ActiGraph evoluíram de modo semelhante às

medidas obtidas pela água duplamente marcada, mas ainda neste caso, a diferença entre os

valores de gasto energético diário entre os dois métodos foi bastante grande e variável. Estes

resultados sugerem que os pesquisadores talvez queiram evitar o uso de acelerômetros para

estimar o gasto energético diário em condições de vida real, e que talvez seja recomendado

(18)

apenas utilizá-los para medir os padrões de atividade física habitual. Apesar destes e de outros resultados, é importante ressaltar a existência de inúmeras variáveis intervenientes e limitações metodológicas que podem confundir a análise de dados, como a faixa etária da população, o gênero, a composição corporal e com quais tipos de exercícios foram realizados os estudos de validação.

Por outro lado, no que tange à detecção de padrões de atividade física, os acelerômetros parecem mais eficientes. Em crianças entre 6 a 10 anos, modelos das marcas MML, CSA e BioTrainer conseguiram distinguir atividades de caminhada, trote e corrida realizadas em esteira ergométrica em velocidades de 4 a 8 Km/h (P < 0,05) (GARCIA et al., 2004). No mesmo estudo, os pesquisadores encontraram reprodutibilidade intra instrumentos de moderada a elevada para tarefas realizadas em esteira ergométrica (R = 0,64 para o BioTrainer; R = 0,77 para o CSA; R = 0,98 para o MML) e também na plataforma de força (R

= 0,69 para o BioTrainer; R = 0,86 para o CSA; R = 0,98 para o MML). No que se refere à reprodutibilidade inter instrumentos, nas tarefas realizadas em esteira, houve forte correlação apenas entre o CSA e o MML (variando entre r = 0,86 e 0,92). Já nas demais comparações feitas entre as marcas este índice foi apenas moderado (variando entre r = 0,65 e 0,75). Para as tarefas realizadas na plataforma de força, a maior correlação encontrada também foi entre o CSA e o MML (variando entre r = 0,66 e 0,75).

Os acelerômetros também se mostraram válidos para análise das características do sono e inatividade física envolvendo adolescentes senegaleses entre 13 a 15 anos (GARNIER

& BÉnÉFICE, 2006). Neste caso, a acelerometria foi utilizada em condições de vida real por 72 horas, mesmo nas horas de vigília. De acordo com os resultados, as meninas foram mais inativas fisicamente que os meninos (4 horas e 23 minutos contra 2 horas e 49 minutos) e também dormem por um período maior que seus pares do gênero masculino (7 horas e 45 minutos contra 8 horas e 9 minutos). Os pesquisadores sugerem que a técnica pode ser utilizada em estudos epidemiológicos como uma ferramenta para investigar doenças crônicas associadas à inatividade física e às desordens do sono.

No que tange especificamente à reprodutibilidade inter e intra acelerômetros, Esliger e

Tremblay (2006) realizaram experimentos utilizando os acelerômetros Actical, ActiGraph e

RT3 em condições laboratoriais controladas. Uma plataforma vibratória hidráulica que se

movimentava em diferentes frequências no plano vertical foi utilizada. Os principais achados

do estudo foram que o acelerômetro Actical teve a melhor reprodutibilidade tanto intra quanto

inter instrumentos (CVi

ntra

= 0.5%, CV

inter

= 5.4%) em comparação com o ActiGraph (CV

intra

=

3.2%, CV

inter

= 8.6%). Outro achado interessante neste estudo foi a grande discrepância entre

(19)

os counts registrados pelos três modelos nos testes realizados com a plataforma vibratória.

Isto dificulta a pressuposição de um modelo superior e demonstra a inviabilidade de se comparar os valores atribuídos aos counts pelos diferentes fabricantes. Adicionalmente, outra possível explicação para a discrepância encontrada no estudo é a diferença de sensibilidade entre os aparelhos. O Actical é um acelerômetro unidirecional, o ActiGraph (modelo 7164) é uniaxial, ao passo que o RT3 é um modelo triaxial. Assim, mais estudos parecem necessários para compreender porque aparelhos desenvolvidos para medir o mesmo fenômeno comportam-se de modo tão diferente, ainda que submetidos a testes padronizados. Vale ressaltar que nem todas as diferenças encontradas nos estudos podem ser explicadas apenas pela variedade entre os modelos e marcas. Utilizando-se também do ActiGraph 7164, outras duas investigações apresentam resultados distintos. Tryon (2005) avaliou a reprodutibilidade intra instrumentos em um protocolo de teste-reteste em quatro unidades num pêndulo de precisão. Os valores de correlação encontrados foram elevados e significantes (entre R = 0,988 e 0,996; P < 0,01). Por outro lado, em estudo de campo, Toschke et al. (2007) reportaram baixa e moderada reprodutibilidade intra instrumentos em condições de vida real (entre r = 0,31 e 0,51).

Alguns outros fatores poderiam explicar as discrepâncias observadas entre os resultados dos diferentes estudos. Um exemplo são os protocolos utilizados para avaliar a precisão mecânica dos acelerômetros, que difere entre as investigações, com alguns estudos utilizando equipamentos específicos e outros utilizando sujeitos em situação de vida real.

Importante também destacar as diferenças entre os procedimentos estatísticos utilizados para

verificar a precisão e a concordância dos dados. É comum encontrar investigações que adotem

apenas o ICC ou a correlação de Pearson como medida de reprodutibilidade e deixem de

apresentar medidas complementares, como os índices de concordância e variabilidade dos

dados. Existe ainda a questão acerca do local de afixação dos aparelhos, tratando-se de

estudos de campo. Embora em grande parte dos estudos seja comum o posicionamento das

unidades na região da cintura/quadril do sujeito, algumas investigações compararam a

influência do local de afixação e de diferentes ângulos de posicionamento na estimativa do

gasto energético (FEITO et al., 2011; SWARTZ et al., 2000). Os acelerômetros Actical

parecem sofrer influência significante do ângulo de posicionamento e do IMC do participante,

superestimando em até 35% o gasto energético de indivíduos obesos em atividade de

caminhada em esteira, para uma variação de 10° na angulação padrão de afixação (P < 0,01)

(FEITO et al., 2011). Adicionalmente, grande parte das equações para estimar o gasto

energético é desenvolvida com os aparelhos sendo utilizados na região da cintura/quadril.

(20)

Pesquisa realizada com acelerômetros ActiGraph (modelo 7164) demonstrou que o ganho de exatidão obtido com a adição de dados do punho (na elaboração de equações bivariadas) acaba sendo compensado pelo tempo extra necessário para analisar os dados.

Outra questão interveniente é a necessidade da utilização de pelo menos dois acelerômetros durante a avaliação, o que na época poderia inviabilizar a aplicabilidade do método em virtude do alto custo dos aparelhos (SWARTZ et al., 2000). Finalmente, com relação às possíveis diferenças significantes pela utilização dos equipamentos em diferentes posições no quadril, a reprodutibilidade inter instrumentos parece variar consideravelmente de acordo com a marca utilizada (TROST, MCIVER & PATE, 2005). Especificamente envolvendo instrumentos da marca ActiGraph, foi encontrado um único estudo com o modelo 7164, que apresentou elevada reprodutibilidade inter instrumentos (ICC = 0,80 e CV = 8,9%) considerando o posicionamento das unidades em diferentes locais no quadril em atividades realizadas em esteira. No entanto, embora pequena, houve diferença significante (P < 0,05) entre o posicionamento com referência na linha axilar anterior média e o posicionamento na linha axilar anterior e posterior. (WELK, SCHABEN & MORROW, 2004). A tabela 1 apresenta um resumo das principais características das investigações abordadas na presente revisão.

Tabela 1. Informações básicas sobre estudos de reprodutibilidade inter e intra instrumentos envolvendo diferentes marcas de acelerômetro.

Estudo Afixação dos instrumentos

Sensores de movimento

Medida de reprodutibilidade inter instrumentos

Medida de

reprodutibilidade intra instrumentos

Esliger e Tremblay (2005)

Plataforma vibratória

Actical, ActiGraph 7164, RT3

CV

inter

; EPM, ICC CV

intra

; EPM; ICC

Sallis et al.

(1990)

Hemicorpos do quadril

Caltrac -- ICC

Toschke et al.

(2007)

Lado direito do quadril e sobre o umbigo

ActiGraph 7164 Correlação de Pearson

Correlação de Pearson

Tryon (2005) Pêndulo de precisão

AMI e BuzzBee ActiGraph

-- Correlação de Pearson

Welk, Schaben e Morrow (2004)

Diferentes

posições no quadril

ActiGraph 7164, Tritac-R3D, Actical e BioTrainer Pro

Coeficiente G; ICC --

(21)

A breve análise realizada sobre o tema deixa clara a importância de estudos de

validade e reprodutibilidade para os diferentes modelos e marcas de acelerômetros disponíveis

no mercado. Embora acelerômetros ActiGraph de modelos uniaxiais ou biaxiais (como o 7164

e o GT1M, respectivamente) já tenham validade e reprodutibilidade constatada em diversos

estudos, modelos mais recentes do mesmo fabricante (como o GT3X triaxial) ainda carecem

de atenção científica.

(22)

3 MÉTODOS

3.1 Amostra

Numa primeira etapa, a proposta de estudo foi apresentada para uma escola da rede pública do município de Londrina/PR. Após o aceite da instituição, a proposta de participação voluntária foi apresentada aos alunos de todas as turmas do 2°, 3° e 4° ano letivo do ensino fundamental. Entre os interessados foram sorteados 30 alunos regularmente matriculados, na faixa etária entre 7 a 10 anos, de ambos os sexos. Os participantes foram previamente informados quanto aos objetivos do estudo, e levaram para suas residências um Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (apêndice I) que deveria ser assinado pelos pais ou responsáveis. A amostra final foi composta por 27 participantes (tabela 2) que retornaram o aceite e compareceram para coleta de dados nos momentos solicitados. A participação no estudo foi voluntária, sendo inclusive permitida a desistência da criança sem que houvesse qualquer tipo de sanção.

Tabela 2. Caracterização dos participantes em valores absolutos, média e desvio-padrão.

Rapazes (n = 18) Moças (n = 9) Total (n = 27)

Idade (anos) 8,7 8,8 8,7

Massa corporal (kg) 35,4 36,5 35,5

Estatura (cm) 134,3 135,9 134,9

IMC (Kg/m

2

) 19,2 19,2 19,2

Esta investigação faz parte de um projeto mais amplo intitulado “Desenvolvimento e

Validação de um Modelo Matemático de Predição do VO2-Pico pelo Teste de

Corrida/Caminhada de 9 Minutos Realizado em Quadra em Crianças e Adolescentes de 7 a 12

anos” que foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Estadual de

Londrina (processo 16494/2011), estando de acordo com a resolução 196/96 sobre estudos

envolvendo seres humanos.

(23)

3.2 Antropometria

Para caracterização da amostra foram coletados dados de massa corporal (balança de plataforma digital) e estatura (estadiômetro de madeira), de acordo com os procedimentos descritos por Gordon et al. (1988). Por meio das medidas obtidas foi calculado o índice de massa corporal (IMC), expresso pela equação: massa corporal/estatura

2

.

3.3 Acelerometria

Para os testes de reprodutibilidade foram utilizadas duas unidades do acelerômetro ActiGraph, modelo GT3X (Manufacturing Technology, Inc, MTI). O aparelho é leve e compacto, com um peso de 27 gramas e dimensões 3,8 cm x 3,7 cm x 1,8 cm. Utiliza um acelerômetro triaxial com transdutor sólido sensível aos movimentos realizados entre 0,05 até 2,5G de magnitude. Um conversor analógico/digital (ADC) converte o movimento detectado em sinal elétrico num intervalo de frequência entre 0,25 até 2,5 Hz. Segundo o fabricante, o uso deste intervalo é adequado para detectar o movimento humano normal e rejeitar vibrações menores causadas pela cinta de afixação. O aparelho oferece o resultado numa unidade de medida chamada count. Esta unidade de medida está relacionada à intensidade e à frequência do movimento realizado. Os dados gerados são armazenados em 16MB de memória flash não-volátil e descarregados em um computador por meio do software ActiLife utilizando um cabo de interface USB. Todos os acessórios, incluindo a cinta elástica de afixação, o software de tratamento de dados e os cabos de conexão são fornecidos pelo fabricante junto com o equipamento.

Antes de serem utilizados, os aparelhos foram devidamente sincronizados a um timer digital e configurados para registrar os movimentos com intervalo (epoch) de um segundo. O uso de um intervalo curto justifica-se devido à intermitência característica das atividades físicas realizadas por crianças. Posteriormente, os valores foram convertidos e apresentados em counts/min.

(24)

3.4 Medida de atividade física

Inicialmente foram posicionadas duas unidades do acelerômetro ActiGraph GT3X em cada criança, tendo como referência a linha axilar anterior média, sobre o osso do quadril, nos hemicorpos direito e esquerdo, de acordo com os procedimentos descritos por John, Tyo e Bassett (2010). Em seguida os participantes foram monitorados durante 15 min no recreio fora de sala de aula, sendo instruídos a manterem suas atividades habituais. Os sujeitos foram previamente instruídos quanto à correta utilização dos acelerômetros durante a avaliação e após este período os aparelhos foram recolhidos pelos avaliadores.

3.5 Análise estatística

Inicialmente os dados foram descarregados através do software ActiLife e tratados no pacote estatístico Microsoft Office Excel 2007. Em seguida, para aplicação dos testes inferenciais, todos os dados foram transportados para o pacote estatístico SPSS versão 17.0.

Após a realização dos procedimentos citados, o teste de Shapiro-Wilk foi utilizado para

verificar a distribuição dos dados. A estatística descritiva foi empregada para caracterização

dos participantes, descrição dos valores obtidos pelos diferentes eixos do movimento e do

vetor magnitude. (valores expressos em média, desvio-padrão, mediana e amplitude

interquartil). O teste „t‟ de student para dados pareados foi utilizado para a comparação entre

as unidades ActiGraph. Para as análises de reprodutibilidade foram utilizados o coeficiente de

correlação intraclasse (ICC) e o coeficiente de variação (CV). A plotagem de Bland e Altman

foi utilizada para verificar a concordância dos dados. O nível de significância adotado para

todas as análises foi de P < 0,05.

(25)

4 RESULTADOS

Inicialmente, as medidas registradas pelos equipamentos em counts/seg foram somadas em intervalos de 60 s e posteriormente tabuladas em counts/min. Este procedimento gerou 15 medidas pares para cada participante (15 minutos do período de avaliação; duas unidades ActiGraph posicionadas em cada participante). Deste modo, embora o total de participantes avaliados tenha sido 27, o número de casos (minutos avaliados por unidade) foi de 405.

Após a realização do procedimento descrito acima, as médias entre os eixos das unidades foram pareadas e comparadas entre si (tabela 3). O teste „t‟ de student apontou diferença estatisticamente significante apenas para a medida do vetor magnitude (P = 0,03).

Tabela 3. Média e desvio-padrão (counts/min) dos diferentes eixos do movimento e do vetor magnitude das unidades ActiGraph GT3X durante 15 min de avaliação (n = 27 / casos = 405).

Eixo Unidade 1* Unidade 2* P

Eixo 1 1894,58±1323,08 1896,09±1307,15 0,86

Eixo 2 1784,62±892,31 1767,44±928,85 0,20

Eixo 3 1931,34±946,54 1895,90±909 0,08

Vetor magnitude 3585,27±1819,17 3557,51±1804,24 0,03

*Para efeito de padronização, a unidade 1 era sempre afixada no hemicorpo direito e a unidade 2 sempre no hemicorpo esquerdo do participante.

A figura 1 demonstra a representação gráfica das médias entre os acelerômetros para

os três eixos do movimento e também para o vetor magnitude. A tabela 4 apresenta a

reprodutibilidade inter instrumentos calculada por meio do coeficiente de correlação

intraclasse (ICC) e a variabilidade relativa dos dados, checada pelo coeficiente de variação

(CV). Todas as correlações encontradas foram elevadas (acima de R = 0,90) e

estatisticamente significantes (P < 0,001). Já para o coeficiente de variação os valores

medianos encontrados foram considerados baixos, sendo que a maior variação foi observada

entre as unidades no eixo 3 (10,3%) e a menor variação no vetor magnitude (3,6%).

(26)

Figura 1. Representação gráfica dos valores de atividade física (counts/min) das unidades ActiGraph GT3X pareadas por eixo do movimento. *P = 0,03.

Tabela 4. Coeficiente de correlação intraclasse (ICC) e coeficiente de variação (%) entre as unidades ActiGraph GT3X durante 15 min de avaliação (n = 27 / casos = 405).

Eixo ICC (IC95%) P Mediana e amplitude

interquartil (IQR) do CV (%)

Eixo 1 0,991 (0,989 - 0,993) <0,001 3,9 (2,3)

Eixo 2 0,956 (0,947 - 0,964) <0,001 7 (11)

Eixo 3 0,901 (0,881 - 0,918) <0,001 10,3 (13) Vetor magnitude 0,989 (0,987 - 0,991) <0,001 3,6 (5)

É importante ressaltar que para o cálculo do CV foram consideradas as médias inter instrumentos para cada caso isolado, fator que gerou uma medida de dispersão dentro do próprio CV. Neste caso, devido à distribuição não paramétrica dos dados relativos ao CV, optou-se pela apresentação dos resultados em mediana e amplitude interquartil (IQR).

A figura 2 apresenta a distribuição do CV inter instrumentos de acordo com a frequência de casos observados. É possível notar que, em todos os eixos analisados, a dispersão relativa foi menor do que 15% na maioria dos casos, o que pode ser considerado um indicativo importante de consistência entre as medidas obtidas com as unidades ActiGraph GT3X.

*

0 500 1000 1500 2000 2500 3000 3500 4000

Eixo 1 Eixo 2 Eixo 3 Vetor magnitude

*

Cou n ts /m in

0 500 1000 1500 2000 2500 3000 3500 4000

Eixo 1 Eixo 2 Eixo 3 Vetor magnitude

Unidade 1

Unidade 2

*

(27)

Mediana: 3,9%

IQR: 2,3%

F re quê nc ia dos c as os ( mi n)

Distribuição do CV Total de casos: 405

Mediana: 7%

IQR: 11%

Total de casos: 405

Distribuição do CV

F re quê nc ia dos c as os ( mi n)

0 15 30 45 60 75 90 105 120 135 150 CV inter instrumentos do eixo 1 (%)

CV inter instrumentos do eixo 2 (%)

0 15 30 45 60 75 90 105 120 135 150

(28)

Figura 2. Distribuição do CV inter instrumentos dos diferentes eixos do movimento e do vetor magnitude de acordo com a frequência dos casos (minutos avaliados).

F re quê nc ia dos c as os ( mi n)

Mediana: 10,3%

IQR: 13%

Total de casos: 405

Distribuição do CV

Mediana: 3,6%

IQR: 5%

F re quê nc ia dos c as os ( mi n)

CV inter instrumentos do eixo 3 (%) ( ( (%(%)

0 15 30 45 60 75 90 105 120 135 150

0 15 30 45 60 75 90 105

Total de casos: 405

Distribuição do CV

0 15 30

CV inter instrumentos do vetor magnitude (%)

(29)

A plotagem de Bland e Altman foi utilizada para verificar a concordância das médias e das diferenças entre os instrumentos. É possível observar na figura 3 que a média das diferenças em todos os eixos analisados e também no vetor magnitude foi pequena (-1,51 cpm para o eixo 1; 17,18 cpm para o eixo 2; 35,43 cpm para o eixo 3; 27,75 cpm para o vetor magnitude), sendo que a maioria dos casos se concentrou dentro do limite de concordância de

± 2 DP em todas as análises (94% dos casos), indicando uma dispersão aceitável com relação

à média das diferenças entre os eixos. Adicionalmente, apenas para o eixo 2 foi observada

uma leve tendência, porém significante (R

2

= 0,019; P = 0,006), de aumento da variabilidade

entre os acelerômetros para as intensidades mais elevadas de movimento.

(30)

(31)

Figura 3. Plotagem de Bland e Altman para as médias e as diferenças inter instrumentos em

todos os eixos e no vetor magnitude (n = 27 / Casos = 405). *P < 0,01

(32)

5 DISCUSSÃO

O presente estudo testou a reprodutibilidade de medidas de atividade física obtidas com acelerômetros triaxiais (GT3X) da marca ActiGraph em crianças de 7 a 10 anos. Os índices de reprodutibilidade foram considerados elevados (todos acima de R = 0,90), com variação mediana considerada baixa (CV mínimo de 3,6% para o vetor magnitude e máximo de 10,3% para o eixo 3) e concordância aceitável (94% dos casos dentro do limite de ± 2 DP com relação à média das diferenças entre os instrumentos).

Inicialmente a comparação entre as médias por meio do teste „t‟ de student para dados pareados revelou diferenças estatisticamente significantes apenas para o vetor magnitude ( P = 0,03). Vale ressaltar que esta diferença pode estar associada ao grande número de casos (minutos avaliados) derivados dos 27 participantes. Em termos de análise estatística pode se dizer que o estudo foi composto de 405 casos por unidade de acelerômetro. Este grande número pode ser a causa para a significância estatística encontrada entre médias e DP aparentemente semelhantes (3585,27 ± 1819,17 cpm e 3557,51 ± 1804,24 cpm, para o vetor magnitude, nas unidades 1 e 2, respectivamente). Deste modo, apenas este resultado isolado não parece ser suficiente para explicar o comportamento dos dados entre os acelerômetros, tratando-se apenas de uma análise estatística complementar.

Já no que diz respeito aos achados acerca dos elevados índices de reprodutibilidade encontrados no presente estudo, alguns estudos demonstram que modelos mais antigos da mesma marca (ActiGraph) apresentam resultados semelhantes. Esliger e Tremblay (2006) reportaram elevada reprodutibilidade em três experimentos realizados com diferentes frequências de oscilação em plataforma vibratória utilizando o ActiGraph 7164 (uniaxial).

Neste estudo, o ICC inter instrumentos foi elevado (entre R = 0,995 e 0,999; P > 0,01) e o

CV

inter

considerado baixo (entre 5-12%) em todos os experimentos. Utilizando também o

modelo 7164, desta vez num protocolo de teste-reteste, Tryon (2005) avaliou a

reprodutibilidade intra instrumentos de quatro unidades num pêndulo de precisão. Os valores

de ICC encontrados também foram elevados (entre R = 0,988 e 0,996; P < 0,01). Em

contrapartida, Toschke et al. (2007) reportaram baixa e moderada reprodutibilidade intra

instrumentos para o modelo 7164 em condições de vida real (entre r = 0,31 e 0,51). No

entanto, estes resultados podem ser explicados pelo protocolo utilizado. Enquanto nos estudos

supracitados foram realizados experimentos em situações laboratoriais bem controladas, no

estudo de Toschke et al. (2007) o protocolo foi livre e a comparação feita entre os diferentes

(33)

dias. Logo, a explicação para estes resultados provavelmente se encontra nos próprios hábitos de vida dos participantes, que acabam variando conforme os dias analisados, tornando-se medidas não comparáveis diretamente.

É importante ressaltar que, embora o presente estudo também tenha testado os indivíduos em situação de vida real (durante o recreio escolar), a comparação realizada foi inter instrumentos, não sendo, portanto, afetada diretamente pela heterogeneidade das diferentes atividades habituais realizadas pelos participantes durante os 15 minutos de avaliação. Esta situação pode ser observada pelos elevados índices de reprodutibilidade encontrados em nossas análises, que corroboram outras investigações já citadas anteriormente (ESLIGER & TREMBLAY, 2006; TRYON, 2005). Adicionalmente, a metodologia utilizada no presente estudo pode ser considerada uma vantagem em termos de validade externa, já que o protocolo de testes foi livre para realização de atividades físicas habituais, ou seja, muito próximas à realidade diária dos participantes.

Outro ponto a ser considerado diz respeito à comparabilidade entre modelos antigos e recentes. Embora os achados do presente estudo corroborem investigações anteriores sobre o tema, são discutíveis quais são as medidas realmente comparáveis entre os diferentes modelos de acelerômetro. Cada fabricante pode atribuir um valor diferente para a unidade de medida count. No entanto, os modelos da MTI/ActiGraph

tm

, sejam eles uniaxiais biaxiais ou triaxiais, utilizam o eixo 1 para as medidas de aceleração vertical, o eixo 2 para acelerações laterais e o eixo 3 para acelerações ântero-posteriores. A princípio, a única medida que difere entre os modelos é do vetor magnitude, pois inclui todos os eixos disponíveis em determinado modelo numa equação que pode ser utilizada para estimar o gasto calórico. Adicionalmente, alguns estudos têm apontado que medidas obtidas entre os diferentes modelos da ActiGraph parecem ser diretamente comparáveis desde que pareadas pelo eixo correspondente (JOHN, SASAKI

& FREEDSON, 2010; LEE et al., 2010).

O presente estudo também analisou a consistência dos dados por meio da plotagem de

Bland e Altman. Este procedimento é importante em estudos de validação e reprodutibilidade,

uma vez que possibilita checar a heterocedasticidade dos dados. Na presente investigação, a

plotagem possibilitou observar se a dispersão dos casos observados varia de forma constante

com relação à média das diferenças entre as unidades ActiGraph GT3X. Os resultados

apontaram para homocedasticidade dos dados em todas as análises realizadas, com 94% dos

casos distribuídos dentro do limite de ± 2 DP. Apenas o eixo 2 apresentou heterocedasticidade

confirmada estatisticamente (P = 0,006), com leve tendência de aumento da variabilidade das

medidas entre as unidades conforme aumento da intensidade do movimento registrado. Este

(34)

resultado corrobora com a literatura sobre o tema revisada por Trost, Mciver e Pate (2005), que sugere que a variabilidade entre as unidades aumenta significantemente com movimentos de muito baixa ou muito alta frequência. No entanto, a dispersão dos casos nos demais eixos e no vetor magnitude não confirmou esta hipótese. Uma possível explicação para estes resultados é que, no presente estudo, a intensidade das atividades realizadas não atingiu valores considerados vigorosos ou de alta frequência. Apenas para efeito de esclarecimento, utilizando o ActiGraph GT3X, embora não envolvendo especificamente a faixa etária estudada, Sasaki, John e Freedson (2010) desenvolveram pontos de corte utilizando os valores obtidos com o vetor magnitude para diferentes intensidades de atividade física em adultos jovens (leve: até 2491 cpm; moderada: 2491-5944 cpm; intensa: 5945-10.536 cpm; muito intensa: >10.536 cpm). De acordo com a classificação proposta pelos pesquisadores, a frequência média dos movimentos registrados no presente estudo ficou muito abaixo do ponto de corte para atividade física intensa (vetor magnitude: 3585,27 cpm e 3557,51 cpm, para as unidades 1 e 2, respectivamente) e poucos foram os casos que se dispersaram além dos 6000 cpm no vetor magnitude (menos de 6% dos casos). Estes dados poderiam explicar por que não foi confirmada a tendência de aumento da variabilidade nas intensidades mais altas de movimento.

É necessário também analisar algumas possíveis limitações no delineamento utilizado que poderiam estar comprometendo os achados do presente estudo. A primeira delas se refere ao local de afixação dos instrumentos. Embora o posicionamento na região do quadril seja uma recomendação do próprio fabricante (e até de alguns pesquisadores que justificam argumentando que o local está mais próximo do centro de massa do corpo humano), a fixação das unidades em hemicorpos opostos pode produzir uma variação de medida que não está associada com uma limitação do equipamento, mas com a natureza do movimento realizado (TROST, MCIVER & PATE, 2005). No entanto, para efeito de padronização com outras investigações já realizadas, os pesquisadores optaram pela manutenção do delineamento proposto. Adicionalmente, os procedimentos adotados não permitiram uma análise estratificada por intensidade do movimento, de modo que, é possível que existam diferenças nos índices de reprodutibilidade de acordo com diferentes pontos de corte adotados para classificar a atividade física. Sugere-se que as próximas investigações supram tais limitações e continuem auxiliando a esclarecer questões acerca da confiabilidade dos sensores eletrônicos de movimento para utilização clínica e epidemiológica.

No que tange às aplicações práticas dos resultados encontrados, a elevada

reprodutibilidade entre os instrumentos permite que pesquisadores e profissionais obtenham

(35)

dados consistentes ao utilizarem o ActiGraph GT3X em situações de vida real. Vale ressaltar

que a faixa etária investigada tende a apresentar atividade física inconsistente, com picos de

elevada e baixa intensidade em intervalos de tempo relativamente curtos. De qualquer modo,

esta característica parece não ter gerado um grande impacto nas medidas obtidas,

demonstrando que o modelo utilizado é confiável para medidas em crianças durante

atividades físicas habituais.

(36)

6 CONCLUSÃO

De acordo com achados do presente estudo, a nova versão do acelerômetro ActiGraph

(GT3X) apresenta elevados índices de reprodutibilidade inter instrumentos, baixa variação e

elevada consistência entre as medidas durante atividades físicas habituais em crianças de 7 a

10 anos.

(37)

REFERÊNCIAS

BRAY, Molly S.; MORROW, James R. Jr.; PIVARNIK James M.; BRICKER, John T.

Caltrac Validity for Estimating Caloric Expenditure With Children. Pediatric Exercise Science, Springfield, v.4, n.2, p.166-79, maio 1992.

ESLIGER, Dale W.; TREMBLAY, Mark S. Technical Reliability Assessment of Three Accelerometer Models in a Mechanical Setup. Medicine & Science in Sports & Exercise, Madison, v.38, n.12, p.2173-81, dez. 2006.

FREEDSON, Patty S.; MELANSON, Edward L. Physical activity assessment: a review of methods. Critical Reviews in Food Science and Nutrition, Amherst, v.36, n.5, p.385-96, maio 1996.

FEITO, Yuri; BASSETT, David R.; TYO, Brian; THOMPSON, Dixie L. Effects of body mass index and tilt angle on output of two wearable activity monitors. Medicine &

Science in Sports & Exercise, Madison, v.43, n.5, p.861-6, maio 2011.

GARCIA, Anne W.; LANGENTHAL, Carla R.; ANGULO-BARROSO, Rosa M; GROSS, Melissa M. A Comparison of Accelerometers for Predicting Energy Expenditure and Vertical Ground Reaction Force in School-Age Children. Measurement in Physical Education and Exercise Science, Cleveland, v.8, n.3, p.119-44, nov. 2004.

GARNIER, Denis; BÉnÉFICE, Èric. Reliable Method to Estimate Characteristics of Sleep and Physical Inactivity in Free-Living Conditions Using Accelerometry. Annals of

Epidemiology, Raleigh, v.16, n.5, p.364-9, nov. 2006.

GORDON, Claire C.; CHUMLEA, William C.; ROCHE, Alex F. Stature, recumbent length, and weight. In: LOHMAN, Timothy G.; ROCHE, Alex F.; MARTORELL, Reynaldo.

Anthropometric standardizing reference manual. Champaign, Illinois: Human Kinetics Books, 1988. p.3-8.

JOHN, Dinesh; SASAKI, Jeffer E.; FREEDSON, Patty S. Comparison of Activity Counts from the ActiGraph GT3X and GT1M. INTERNATIONAL CONGRESS ON PHYSICAL ACTIVITY AND PUBLIC HEALTH (ICPAPH), 1, 2010, Sidney. Disponível em:

<http://www.theactigraph.com/article/research-database/validation/comparison-of-activity- counts-from-the-actigraph-gt3x-and-gt1m/>. Acessado em: 17 nov. 2011.

JOHN, Dinesh; TYO, Brian; BASSETT, David R. Comparison of Four ActiGraph

Accelerometers during Walking and Running. Medicine & Science in Sports & Exercise, Madison, v.42, n.2, p.368-74, fev. 2010.

LEE, Ka Y.; MACFARLANE, Duncan; FASCM; CERIN, Ester. Do Three Different Generations of the ActiGraph Accelerometer Provide the Same Output? ACSM 2010:

AMERICAN COLLEGE OF SPORTS MEDICINE (ACSM) ANNUAL MEETING, 57, 2010, Baltimore. Disponível em: < http://www.theactigraph.com/article/research-

database/validation/do-three-different-generations-of-the-actigraph-accelerometer-provide-

the-same-output/>. Acessado em: 17 nov. 2011.

(38)

LEENDERS, Nicole Y.; SHERMAN, William M.; NAGARAJA, Haikady N. Energy expenditure estimated by accelerometry and doubly labeled water: do they agree?

Medicine & Science in Sports & Exercise, Madison, v.38, n.12, p.2165-72, dez. 2006.

LOUIE, Lobo; ESTON, Roger G.; ROWLANDS, Ann V.; TONG, Kwok K.; INGLEDEW, David K.; FU, Frank H. Validity of Heart Rate, Pedometry, and Accelerometry for Estimating the Energy Cost of Activity in Hong Kong Chinese Boys. Pediatric Exercise Science, Springfield, v.11, n.3, p.229-39, ago. 1999.

MATTOCKS, Calum; LEARY, Sam; NESS, Andy; DEERE, Kevin; SAUNDERS, Joanne;

TILLING, Kate; et al. Calibration of an accelerometer during free-living activities in children. International Journal of Pediatric Obesity, Londres, v.2, n.4, p.218-26, jan. 2007.

McKENZIE, Thomas L.; SALLIS, James F.; NADER, Philip R. SOFIT: System for

observing fitness instruction time. Journal of Teaching in Physical Education, Champaign, v.11, n.2, p.195-205, jan. 1992.

McMAHON, Gregory C.; BRYCHTA, Robert J.; CHEN, Kong Y. Validation of the ActiGraph (GT3X) Inclinometer Function. Medicine & Science in Sports & Exercise, Madison, v.42, n.5, p.489, jun. 2010.

ROTHNEY, Megan P.; SCHAEFER, Emily V.; NEUMANN, Megan M.; CHOI, Leena;

CHEN, Kong Y. Validity of Physical Activity Intensity Predictions by ActiGraph, Actical, and RT3 Accelerometers. Obesity, Silver Spring, v.16, n.8, p.1946-52, ago. 2008.

SALLIS, James F.; BUONO, Michael J.; ROBY, Julia J.; CARLSON, Dana; NELSON, Julie A. The Caltrac accelerometer as a physical activity monitor for school-aged children.

Medicine & Science in Sports & Exercise, Madison, v.22, n.5, p.698-703, out. 1990.

SALLO, Maarike; SILLA, Raiot. Physical activity with moderate to vigorous intensity in preschool and first-grade schoolchildren. Pediatric Exercise Science, Champaign, v.4, n.1, p.44-54, fev. 1997.

SASAKI, Jeffer E.; JOHN, Dinesh; FREEDSON, Patty S. Calibration of the ActiGraph GT3X Activity Monitor. INTERNATIONAL CONGRESS ON PHYSICAL ACTIVITY AND PUBLIC HEALTH (ICPAPH), 1, 2010, Sidney. Disponível em:

<http://www.theactigraph.com/article/research-database/validation/calibration-of-the- actigraph-gt3x-activity-monitor/>. Acessado em: 18 nov. 2011.

SWARTZ, Ann M.; STRATH, Scott J.; BASSETT, David R. Jr.; O'BRIEN, William L.;

KING, George A.; AINSWORTH, Barbara E. Estimation of energy expenditure using CSA accelerometers at hip and wrist sites. Medicine & Science in Sports & Exercise, Madison, v.32, n.9, p.S450-56, set. 2000.

TOSCHKE, Julia A.; KRIES, Rüdiger V.; ROSENFELD, Eva; TOSCHKE, André M.

Reliability of physical activity measures from accelerometry among preschoolers in free-

living conditions. Clinical Nutrition, Edinburgh, v.26, n.4, p.416-20, maio 2007.

(39)

TROST, Stewart G.; MCIVER, Kerry L.; PATE, Russell R. Conducting Accelerometer- Based Activity Assessments in Field-Based Research. Medicine & Science in Sports &

Exercise, Madison, v.37, n.11, p.S531-43, nov. 2005.

TROST, Stewart G.; WARD, Dianne S.; MOOREHEAD, Susan M.; WATSON, Philip D.;

RINER, William; BURKE, Jeanmarie R. Validity of the computer science and applications (CSA) activity monitor in children. Medicine & Science in Sports & Exercise, Madison, v.30, n.4, p.629-33, abr. 1998.

TRYON, Warren W.; The reliability and validity of two Ambulatory Monitoring ActiGraphs. Behavior Research Methods, West Lafayette, v.37, n.3, p.492-7, ago. 2005.

WELK, Gregory J. Use of Accelerometry-Based Activity Monitors to Assess Physical

Activity. In: ___________. Assessments for Health-Related Research. Champaign, Illinois:

Human Kinetics Books, 2002, p.125-39.

WELK, Gregory J.; SCHABEN, Jodee A.; MORROW, James R. Jr. Reliability of

accelerometry-based activity monitors: a generalizability study. Medicine & Science in

Sports & Exercise, Madison, v.36, n.9, p.1637-45, set. 2004.

(40)

APÊNDICE I

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA CENTRO DE EDUCAÇÃO FÍSICA E ESPORTE

Universidade Estadual de Londrina - Rodovia Celso Garcia Cid | PR-445 Km 380 | Centro de Educação Física e Esporte - Departamento de Educação

Física | Telefone: (43) 3371-4238 e-mail: deptfef@uel.br

Londrina, 28 de abril de 2011.

Senhores Pais e/ou Responsáveis

Estamos realizando uma pesquisa intitulada “Reprodutibilidade de medidas do acelerômetro ActiGraph GT3X em crianças”. Esta pesquisa tem por objetivo verificar se os acelerômetros (aparelho portátil fixado na cintura) são instrumentos apropriados para medir a atividade física realizada por crianças. Dessa forma, solicitamos aos senhores pais que assinem este Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, autorizando seu filho (a) a participar desta pesquisa, que será realizada nas dependências do Colégio Aplicação da Universidade Estadual de Londrina.

Inicialmente serão medidos o peso corporal e a estatura e em seguida, durante o período do recreio, a quantidade de movimentos realizados pelo seu filho será registrada por meio de dois acelerômetros fixados na cintura. Informamos que estes procedimentos são totalmente seguros e não representam risco a integridade física e psicológica do seu filho.

Faz-se necessário esclarecer que será mantido o sigilo e a privacidade de identidade dos participantes, bem como de seus pais e/ou responsáveis, mediante a assinatura do presente Termo (abaixo) e ressaltar que o seu filho terá a liberdade de se recusar a participar da pesquisa ou retirar seu Consentimento, sem qualquer tipo de penalização escolar. Além disso, informo que esta pesquisa não possui qualquer vínculo com o estabelecimento escolar em que teu filho se encontra matriculado.

Certo de contar com sua colaboração para a concretização desta investigação, agradecemos antecipadamente a atenção dispensada e colocamo-nos à sua disposição para quaisquer esclarecimentos (profeta_clark@hotmail.com , fone: (43) 3348-7334 / 8421-1350 ou pelo Comitê de Ética em Pesquisa Envolvendo Seres Humanos da Universidade Estadual de Londrina, localizado na Avenida Robert Kock, nº 60, fone (43) 3371 – 2490).

______________________________

Graduando Isaias Ramos Pesquisador Principal

--- AUTORIZAÇÃO

Autorizo meu filho (a) ... a participar da pesquisa “Reprodutibilidade de medidas de atividade física obtidas com acelerômetros em escolares do município de Londrina/PR”, estando ciente dos procedimentos, objetivos e importância da realização desta.

Londrina, 28 de abril de 2011.

_______________________________________

Assinatura dos pais e/ou responsáveis __________________________________________

Assinatura ou impressão dactiloscópica do (a) participante

OBS.: Este Termo de Consentimento Livre e Esclarecido possui 2 (duas) vias: 1 (uma) via entregue

ao participante da pesquisa e 1 (uma) via fica sob a guarda do pesquisador principal.

Referências

Documentos relacionados

Para preparar a pimenta branca, as espigas são colhidas quando os frutos apresentam a coloração amarelada ou vermelha. As espigas são colocadas em sacos de plástico trançado sem

Foram analisados a relação peso-comprimento e o fator de condição de Brycon opalinus, em três rios do Parque Estadual da Serra do Mar-Núcleo Santa Virgínia, Estado de São

A gestão do PNAE em âmbito municipal é responsabilidade da Secretaria Municipal de Educação, que deve garantir na escola o acesso universal, equânime, regular e contínuo

Então são coisas que a gente vai fazendo, mas vai conversando também, sobre a importância, a gente sempre tem conversas com o grupo, quando a gente sempre faz

A presente dissertação é desenvolvida no âmbito do Mestrado Profissional em Gestão e Avaliação da Educação (PPGP) do Centro de Políticas Públicas e Avaliação

De acordo com o Consed (2011), o cursista deve ter em mente os pressupostos básicos que sustentam a formulação do Progestão, tanto do ponto de vista do gerenciamento

análise dos documentos legais norteadores da Política de Formação do Estado do Rio de Janeiro. No terceiro capítulo é elaborado um plano de intervenção em que são

Na apropriação do PROEB em três anos consecutivos na Escola Estadual JF, foi possível notar que o trabalho ora realizado naquele local foi mais voltado à