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II Congresso Nacional de Administração e Ciências Contábeis AdCont e 14 de outubro de 2011 Rio de Janeiro RJ

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Empreendedorismo Social: O Tema sob a Perspectiva das Quatro Dimensões de Gartner

Eveline de Oliveira Gomes – Cursando Mestrado em Administração/UEM Universidade Estadual de Maringá

Eveline.gomes@gmail.com

Grace Kelly Novais Botelho – Cursando Mestrado em Administração/UEM Universidade Estadual de Maringá

gracekbotelho@gmail.com

Luís Carlos Barbosa – Especialização em Administração de Marketing e Propaganda/UEL Universidade Estadual de Londrina

E-mail: makx9@hotmail.com

Resumo

O empreendedorismo social é um tema emergente no campo do empreendedorismo e por isso tem recebido cada vez mais atenção da área acadêmica. Entidades como a Ashoka, a Social Venture Network, a Aliança Empreendedora, a Artemísia e a Bolsa de Valores Sociais e Ambientais traduzem o impacto e a relevância que esse tema causa na sociedade. Sendo o tema mais recente no campo acadêmico do que na prática, o presente artigo procura identificar e analisar o que foi publicado, nos últimos cinco anos, em alguns periódicos nacionais e internacionais e em anais de eventos nacionais na área de Administração e Empreendedorismo, buscando os aspectos sob os quais o tema vem sendo estudado, classificando-os, principalmente, de acordo com o quadro conceitual proposto por Gartner (1985), embora esse quadro não tenha sido originalmente elaborado para analisar o empreendedorismo social. A pesquisa se caracteriza por ser bibliográfica e os resultados mostraram que grande parte dos artigos se apresenta sob a forma de estudos de caso, o que evidencia a necessidade dos pesquisadores de conhecer como se dá a prática do empreendedorismo social para então poder elaborar as formulações teóricas que expliquem o fenômeno. A busca pela formulação de teoria ainda é pequena se comparada aos estudos empíricos, o que se justifica pelo fato de o empreendedorismo social ainda estar em processo de conceituação e delimitação. Além disso, os resultados mostraram que não obstante as quatro dimensões propostas por Gartner (1985), talvez seja possível incluir uma quinta dimensão relativa aos empreendimentos sociais: a do impacto gerado por eles no meio em que atuam, sendo este um aspecto relevante para pesquisas futuras.

Palavras-chave: Empreendedorismo, Empreendedorismo Social, ONGs Área Temática: Estratégia, Organizações e Gestão da Informação

1. Introdução

A constituição do empreendedorismo como campo de pesquisa é discutida por diversos autores. Gartner (1990) analisou essa questão a partir da falta de uma definição para o termo empreendedorismo e procurou estabelecê-la através da exploração dos significados subjacentes que pesquisadores e professores possuíam sobre o empreendedorismo. Shane e Venkataraman (2000) ressaltaram a ausência de um quadro conceitual e a forte existência de

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estudos apenas de fenômenos empíricos dentro do campo. Segundo esses autores, a pesquisa em empreendedorismo pode ser realizada com quadros conceituais diferentes de acordo com o foco desejado, que pode ser na existência, descoberta e exploração de oportunidades ou, simplesmente, com um quadro conceitual mais amplo.

Bruyat e Julien (2000) desenvolvem sua abordagem da definição do empreendedorismo como um campo de pesquisa a partir de sua constatação da não existência de um acordo quanto ao objeto de investigação e, assim, propõem uma reformulação dos conceitos relacionados ao empreendedorismo existentes até então. Para eles, “um campo de pesquisa só pode ser construído e ganhar legitimidade se puder ser diferenciado dos campos vizinhos” (p. 166). Assim, mesmo que os limites do campo sejam um pouco confusos na periferia, é fundamental que seu cerne, temas principais, possua definições com um nível mínimo de consenso.

Da mesma forma como o empreendedorismo foi discutido como campo de pesquisa, também o empreendedorismo social se apresenta como um tema a ser estudado, mas que ainda não está propriamente definido ou delimitado. Mort et al (2002) chamam a atenção para a necessidade de uma conceitualização do que é, na verdade, o empreendedorismo social e como ele está relacionado, em suas principais características, ao chamado empreendedorismo comercial ou com fins lucrativos. Austin et al (2006), por sua vez, abordam de outra forma essa relação: o empreendedorismo social é semelhante ou diferente do empreendedorismo comercial?

Em uma publicação mais recente, Townsend e Hart (2008) apresentam essa abordagem sob um ponto de vista diferente: a escolha da forma organizacional. Para eles, não há mais uma separação entre empreendedorismo comercial, com fins lucrativos, e empreendedorismo social, necessariamente sem fins lucrativos. Esses autores apresentam o empreendedorismo social como uma entidade híbrida, que mescla objetivos voltados à criação de valor social com elementos de foco lucrativo.

A Ashoka (2011), organização sem fins lucrativos, de alcance mundial, foi criada no ano de 1980 com o objetivo de apoiar empreendedores sociais, atuando na sua identificação e no investimento em seus projetos, na colaboração em rede desses empreendedores e no suporte à infraestrutura do setor social como um todo. A Social Venture Network (2011), criada em 1987 nos Estados Unidos, tem por objetivo não só apoiar o empreendedorismo social mas também conectar esses empreendedores à líderes empresariais e à investidores em potencial de forma a expandir seu impacto sobre a sociedade.

No Brasil, a Aliança Empreendedora (2011) é uma OSCIP – Organização da Sociedade Civil de Interesse Público, existente desde 2005, com o objetivo de apoiar e fomentar o empreendedorismo comunitário, através tanto de sua equipe própria quanto de uma rede de parceiros com objetivos semelhantes. Essa rede inclui a Ashoka (no Brasil desde 1986) assim como a Artemísia Negócios Sociais (desde 2004), a Avina (de origem panamenha e atuante no Brasil desde 2001) e a Bolsa de Valores Sociais e Ambientais (órgão integrante da BOVESPA e em atuação desde junho de 2003 na área social, incluindo a área ambiental a partir de 2007).

Sendo o tema mais recente no campo acadêmico do que na prática, o principal objetivo do presente trabalho é identificar e analisar o que foi publicado nos últimos cinco anos, em termos de empreendedorismo social, em alguns periódicos nacionais e internacionais e em anais de eventos nacionais na área de Administração e Empreendedorismo, buscando os principais aspectos sob os quais o tema vem sendo estudado. Adicionalmente, buscamos classificar a literatura encontrada de acordo com o quadro conceitual proposto Gartner (1985).

A escolha por esse quadro se dá em função de pretendermos identificar a correlação existente entre a pesquisa realizada de forma ampla sobre o tema empreendedorismo e o direcionamento específico que o empreendedorismo social demanda.

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Assim, este trabalho está estruturado da seguinte forma: primeiramente apresenta-se uma revisão de literatura sobre empreendedorismo e, principalmente, o empreendedorismo social; em segundo lugar, descreve-se os aspectos metodológicos da análise das publicações selecionadas para este estudo; em terceiro, realiza-se as discussões dos resultados encontrados e, por fim, há a apresentação das considerações finais e possíveis direções futuras.

2. Empreendedorismo e Empreendedorismo Social 2.1 Empreendedorismo

Shane e Venkataraman (2000) conceituam o empreendedorismo a partir de uma abordagem mais complexa do que a até então adotada por outros autores. Se Schumpeter (1997) relacionou a existência do empreendedor primordialmente à geração de inovação, Shane e Venkataraman (2000) argumentam que não se pode definir o empreendedorismo apenas em termos de quem é o empreendedor e o que ele faz ou, ainda, somente relacionado ao ato de se abrir um novo negócio.

A definição do empreendedorismo como campo de pesquisa deve levar em consideração não só os itens acima mas também a presença de oportunidades lucrativas e a presença de indivíduos empreendedores (Shane e Venkataraman, 2000). Da mesma forma, Julien (2010) destaca que só é possível estudar o empreendedorismo a partir de uma visão ampla, que inclua as características pessoais do empreendedor, características da organização e do setor em que ele opera, o ambiente sócio-econômico onde está inserido, além do tempo/época quando tudo ocorre. Ainda assim, somente essa abordagem não é suficiente.

Segundo o autor, a abordagem do empreendedorismo deve ser multidisciplinar, incluindo a antropologia, a psicologia, a sociologia geográfica e a sociologia econômica, entre outras áreas do conhecimento.

É interessante também observar o resgate que Bruyat e Julien (2000) fazem dos conceitos existentes até então no empreendedorismo. Esses autores ressaltam a perspectiva econômica da definição do tema apresentada por Cantillon (para quem o empreendedor é alguém que assume o risco e pode apropriar qualquer lucro legitimamente), por Turgot e Say (para quem o empreendedor é diferente do capitalista: enquanto o último assume o risco e a incerteza, o primeiro obtém e organiza os fatores de produção para criar valor) e por Schumpeter (que, conforme já citado, tem o empreendedor como aquele que desempenha a função de inovação que habilita o sistema liberal a persistir, indo além de suas contradições).

Para Bruyat e Julien (2000) essas definições não se constituem em uma tentativa de criar um novo campo de pesquisa, sendo que uma definição só pode ser considerada boa se for “um constructo a serviço das questões de busca que sejam de interesse da comunidade científica em um dado momento” (pp. 167-168).

Assim, Shane e Venkataraman (2000, p. 218) definem o empreendedorismo “como o exame erudito de como, por quem e com quais efeitos as oportunidades para a criação de futuros bens e serviços são descobertas, avaliadas e exploradas”.

De forma complementar, Bruyat e Julien (2000) colocam que o campo do empreendedorismo se preocupa, primordialmente, com o mercado, sendo este essencialmente privado, incluindo as organizações sem fins lucrativos e cooperativas, assim como a parcela do setor público cujas atividades estão relacionadas com a venda de produtos e serviços no mercado. Assim, os empreendedores não estão envolvidos apenas com trocas mercantis mas estas são geralmente mais extensas e vitais para a confirmação de sua natureza empreendedora.

2.2 As dimensões de Gartner

Gartner (1985) desenvolveu um quadro conceitual teórico com o objetivo de descrever a criação de novos negócios e para isso ele combinou as quatro dimensões normalmente

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estudadas em relação ao tema que os pesquisadores abordavam, quase sempre, de forma separada. As dimensões dizem respeito ao (1) indivíduo que cria um novo negócio, ao (2) processo de criação do negócio, ao (3) ambiente em que a organização foi criada e à (4) organização em si. Essas dimensões foram pensadas por ele para o empreendedorismo chamado comercial. Entretanto, utilizaremos dela para classificar os artigos sobre empreendedorismo social de nossa pesquisa entendendo que o tema está inserido no campo maior do empreendedorismo.

A dimensão do indivíduo (1) abarca aspectos do empreendedor como a necessidade de realização, lócus de controle interno, propensão ao risco, experiência prévia, idade e educação (Gartner, 1985, p. 702).

A dimensão do processo (2) de criação de um novo negócio compreende variáveis como a identificação da oportunidade, a acumulação prévia de recursos ou a busca pelo financiamento, a produção do produto ou preparação dos serviços, a construção de uma organização e a resposta do empreendedor à sociedade e ao governo (Gartner, 1985, p. 702).

A terceira dimensão se refere ao ambiente (3) em que a organização é criada e que influencia no seu processo de criação. Aspectos ambientais englobam questões como disponibilidade de capital de risco, presença de outros empreendedores mais experientes, acesso à fornecedores, clientes ou novos mercados em potencial, condições de vida, força de trabalho disponível, entre outros (Gartner, 1985, p. 702).

Por fim, temos a quarta dimensão (4), que se refere à própria organização criada. Essa dimensão engloba o foco do empreendimento, o lançamento de novos produtos ou serviços, diferenciação, licenciamento, mudança nas regras governamentais, joint ventures, transferência geográfica, adoção de modelo de franquia, entre outros (Gartner, 1985, p. 702).

2.3 Empreendedorismo Social

Compreendendo que o empreendedorismo engloba não só as atividades que objetivam o lucro como também as chamadas organizações sem fins lucrativos, que têm por objetivo a criação de valor social, é importante retomar os autores citados na introdução, Mort et al (2002), destacando que, no caso do empreendedorismo social, por ser uma área do empreendedorismo que ainda não tem a sua conceituação amplamente estabilizada, esta deve partir do que ele não é para se chegar ao que ele é, abrangendo a missão e as características operacionais das organizações.

O conceito de empreendedorismo social é estabelecido por Mort et al (2002, p. 79)

“em termos de qualidades individuais de liderança”. Para eles, “o empreendedorismo social tem sido visto em termos de uma liderança catalisadora em áreas de interesse social com o propósito de mudança, tanto em termos de preocupação com a área social como políticas públicas relacionadas a essa área de preocupação social” (p. 79).

Reforçando a observação realizada em nossa introdução, Dees (2001) ressalta o fato de que o empreendedorismo social como prática não é um fenômeno recente, mas sua linguagem sim. Segundo o autor, além de atividades sem fins lucrativos, “o empreendedorismo social pode incluir negócios lucrativos com propósitos sociais, tais como bancos de desenvolvimento comunitário, e organizações híbridas, que mesclem elementos sem fins lucrativos com elementos com fins lucrativos, tais como abrigos para sem-tetos que iniciem negócios para treinar e empregar seus residentes” (p. 1). Isso também é referenciado por Townsend e Hart (2008), cujo trabalho enfoca a escolha da forma organizacional (com ou sem fins lucrativos) para a operacionalização de um negócio social.

Os quadros 1 e 2 complementam a conceituação de empreendedorismo social: o primeiro traz uma perspectiva caracterizante do tema, enquanto o segundo aborda as definições de quem são os empreendedores sociais.

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Quadro 1 - Conceitos sobre empreendedorismo social

Autor Definição/Conceituação

Leadbetter (1997)

O uso do comportamento empreendedor para fins sociais e não para fins lucrativos ou, alternativamente, que os lucros gerados a partir de atividades de mercado sejam usados para o benefício específico de um grupo menos favorecido.

Fowler (2000) Empreendedorismo Social é a criação de estruturas sócio-econômicas viáveis, relações, instituições, organizações e práticas que rendem e sustentam benefícios sociais.

Mort et al. (2002) Uma construção multidimensional envolvendo a expressão de comportamento empreendedoramente virtuoso para alcançar a missão social... a capacidade de reconhecer oportunidades de criar valor social e características-chave de tomada de decisão de inovação, pró-atividade e assunção de riscos.

Shaw (2004) O trabalho da comunidade, voluntários e organizações públicas bem como de empresas privadas para objetivos sociais e não apenas o lucro.

Said School (2005)

Uma abordagem profissional, inovadora e sustentável para uma mudança sistemática que resolva as falhas de mercado e compreenda as oportunidades sociais.

Fuqua School (2005)

A arte de, simultaneamente, buscar tanto o retorno social quanto o financeiro em um investimento (the “double” bottom line)

Schwab

Foundation (2005)

Aplicação de abordagens práticas, inovadoras e sustentáveis para o benefício da sociedade em geral, com ênfase naqueles que estão marginalizados e pobres.

NYU Stern (2005) O processo de utilizar habilidades de negócio e empreendedoras para criar abordagens inovadoras para problemas sociais. “Esses negócios com e sem fins lucrativos buscam a double bottom line de impacto social e auto-sustentabilidade financeira ou lucratividade.”

MacMillan (2005) (Wharton Center)

Processo pelo qual a criação de novos negócios leva à valorização da riqueza social de modo que tanto a sociedade quanto o empreendedor se beneficiem.

Tan et al. (2005) Produzir lucros através da inovação em face do risco, com o envolvimento de um segmento da sociedade e onde o todo ou parte dos benefícios revertem a favor desse mesmo segmento da sociedade.

Mair e Marti (2006a)

...um processo de criação de valor pela combinação de recursos em novas maneiras...

pretende, primariamente, explorar e aproveitar oportunidades para criar valor social através da estimulação da mudança social ou para satisfazer necessidades sociais.

Martin e Osberg (2007)

Empreendedorismo social é: 1) a identificação de um equilíbrio estável, ainda injusto, que exclui, marginaliza ou causa sofrimento a um grupo que não dispõe dos meios necessários para transformar o equilíbrio; 2) a identificação de uma oportunidade e o desenvolvimento de uma nova proposta de valor social para desafiar o equilíbrio, e 3) forjar um novo equilíbrio estável para aliviar o sofrimento do grupo alvo por meio da imitação e criação de um ecossistema estável, em torno do novo equilíbrio para garantir um futuro melhor para o grupo e para a sociedade.

Fonte: Zahra et al. (2009)

Vemos aqui que, segundo esses autores, o empreendedorismo social herda suas características do empreendedorismo, diferenciando-se desse apenas no fato de a motivação do empreendedor ser a criação de valor social para o meio em que está inserido, sendo que essa criação não é indissociável dos aspectos mercantis que o negócio social pode assumir.

Quanto às características dos empreendedores sociais, essas não se diferenciam em muito dos empreendedores comerciais e abrangem a capacidade de identificar oportunidades valiosas, empregar a inovação, aceitar riscos, alavancar recursos, agregar valor etc. com o diferencial de ter, por objetivo final, a criação de valor social.

No entanto, existem atividades empresariais que podem ser confundidas com o empreendedorismo social: são aquelas relacionadas à responsabilidade social empresarial.

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Quadro 2 – Conceitos sobre empreendedores sociais

Fonte Definição/Conceituação

Thake e Zadek (1997)

Empreendedores sociais são dirigidos por um desejo de justiça social. Eles procuram uma ligação direta entre suas ações e uma melhoria na qualidade de vida das pessoas com as quais trabalham e aquelas que procuram servir. Eles visam produzir soluções que sejam financeira, organizacional, social e ambientalmente sustentáveis.

Dees (1998) Desempenhar o papel de agentes de mudança no setor social por: 1) Adotar uma missão para criar e manter o valor social (não apenas o valor privado), 2) Reconhecer e procurar obstinadamente por novas oportunidades para servir a essa missão, 3) Engajar-se em um processo contínuo de inovação, adaptação e aprendizagem, 4) Agir com ousadia sem estar limitado pelos recursos atualmente em mãos, e 5) Exibir uma responsabilidade intensificada pela clientela servida e pelos resultados gerados.

Reis (1999) (Kellogg Foundation)

Empreendedores sociais criam valor social através da inovação e da alavancagem de recursos financeiros... para o desenvolvimento social, econômico e comunitário.

Brinkerhoff (2001) Indivíduos procurando constantemente por novas formas de servir suas comunidades e adicionar valor aos serviços existentes.

Drayton (2002) Um agente de mudança importante, cujo núcleo de valores está centrado na identificação, abordagem e solução de problemas sociais.

Alford et al.

(2004)

Cria soluções inovadoras para problemas sociais imediatos e mobiliza as idéias, capacidades, recursos e condições sociais necessárias para as transformações sociais.

Harding (2004) Empreendedores motivados por objetivos sociais para instigar algum tipo de nova atividade ou empreendimento.

Peredo e McLean (2006)

Empreendedorismo social é exercitado onde uma pessoa ou um grupo... objetiva a criação de valor social... mostra uma capacidade de reconhecer e tirar vantagem de oportunidades... emprega inovação... aceita um grau de risco acima da média... e é extremamente engenhoso... na consecução de seu empreendimento social.

Fonte: Zahra et al. (2009)

A fim de tentar esclarecer as fronteiras existentes entre o empreendedorismo social, o empreendedorismo comercial e a responsabilidade social empresarial, Oliveira (2004) apresenta uma comparação entre esses conceitos. Enquanto a responsabilidade social está centrada na idéia de um empresário ou organização que procuram agir de forma socialmente responsável mas que, ainda assim, tem por objetivo principal o lucro financeiro, o empreendedorismo social remete à outros objetivos: a criação de valor social, que nem sempre estará atrelada à objetivos de lucratividade. É por esse motivo que o empreendedorismo social é normalmente referenciado como uma atividade coletiva e de integração (Oliveira, 2004; Zahra et al., 2009)

3. Aspectos metodológicos da pesquisa

Esta pesquisa se caracteriza por ser bibliográfica e se propor a analisar o que já foi publicado sobre determinado tema, no caso o empreendedorismo social, em alguns periódicos e eventos tanto nacionais quanto internacionais, o que se constitui em dados secundários de pesquisa (Marconi e Lakatos, 2006).

Para atingirmos os objetivos propostos para este artigo, selecionamos dois periódicos internacionais, dois nacionais, e os anais de dois eventos expressivos nacionalmente na área de Administração e Empreendedorismo. A seguir, apresentamos uma breve consideração sobre cada publicação analisada nesta pesquisa:

1. Journal of Business Venturing (JBV). É um periódico norte-americano que busca valorizar a diversidade existente no contexto da pesquisa em empreendedorismo em termos de multidisciplinaridade, multifuncionalidade e multicontextualidade. Para esta pesquisa foram analisados os volumes publicados entre janeiro/2006 e janeiro/2011.

2. Entrepreneurship Theory and Practice (ETP). É uma publicação oficial da USASBE – Associação Norte-Americana para Pequenos Negócios e Empreendedorismo, e

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tem por missão contribuir para o avanço da pesquisa no campo do empreendedorismo. Para esta pesquisa foram analisados os volumes publicados entre dezembro/2005 e dezembro/2010.

3. Revista de Administração de Empresas (RAE). Foi a primeira revista brasileira científica publicada na área de administração, no ano de 1961, editada pela Escola de Administração de Empresas da Fundação Getúlio Vargas. Para esta pesquisa foram analisadas as edições publicadas no período de dezembro/2005 a dezembro/2010.

4. Revista Organizações e Sociedade (OES). É uma publicação da Universidade Federal da Bahia existente há 17 anos que se propõe a ser um canal de divulgação de resultados de investigações de temas no campo de estudo de organizações e sociedades. Para esta pesquisa foram analisadas as edições publicadas entre dezembro/2005 e dezembro/2010.

5. Anais do Enanpad. É a publicação dos trabalhos apresentados no Encontro da Associação Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação em Administração. Tendo em vista o grande volume de material selecionado para o evento a cada ano (860 artigos no ano de 2010, 909 no ano de 2009, 1001 em 2008, 982 em 2007 e 848 artigos no evento de 2006), foram analisados os artigos apresentados sob o tema Inovação e Empreendedorismo, sendo que a sua identificação foi complementada através da busca com a palavra-chave “empreendedorismo”

nos CDs dos anais, no período de 2006 a 2010.

6. Anais do Egepe. É a publicação dos trabalhos apresentados no Encontro de Estudos sobre Empreendedorismo e Gestão de Pequenas Empresas. O Encontro, iniciado no ano de 2000, se propõe a constituir um espaço de debate para o campo do empreendedorismo e, para esta pesquisa, foram analisados os artigos apresentados na divisão de Empreendedorismo dos eventos ocorridos nos anos de 2005 a 2010.

Após a seleção dos periódicos e anais, foi realizada a identificação de todos os artigos publicados nos últimos cinco anos e que estivessem relacionados ao tema empreendedorismo de forma geral. Isso foi feito através da análise de títulos e subtítulos. Quando não foi possível estabelecer a relação com o tema somente através desses itens, foi realizada a leitura do resumo e palavras-chave para confirmação. Esse processo resultou em 1036 artigos relacionados de alguma forma com o tema empreendedorismo.

Com os artigos sobre empreendedorismo identificados, procedemos então à classificação desses artigos de acordo com a sua relação com o empreendedorismo social, tema de nossa pesquisa. Essa identificação também foi realizada através da leitura de título e subtítulos e, quando não foi possível estabelecer a relação somente através desses itens, procedemos à leitura de resumo e palavras chave e, em alguns casos, do texto completo.

Esse processo resultou em 46 artigos relacionados de alguma forma com o tema empreendedorismo social, conforme demonstrado na tabela 1.

Tabela 1 – Distribuição dos artigos identificados por periódico

Periódico/ Anais Total de Artigos Artigos Emp. Social

1. Journal of Business Venturing 171 2

2. Entrepreneurship Theory and Practice 239 11

3. Revista de Administração de Empresas 107 1

4. Revista Organizações e Sociedade 197 6

5. Anais do Enanpad 128 10

6. Anais do Egepe 194 16

Totais 1036 46

Fonte: elaborado pelos autores a partir dos dados coletados

Tendo em vista que a pesquisa científica pode utilizar métodos variados e se apresentar sob diversos enfoques, buscamos na literatura de empreendedorismo um quadro conceitual que pudesse ser útil na classificação dos artigos identificados. Dessa forma, optamos pela utilização do quadro proposto por Gartner (1985), sob o qual o estudo do empreendedorismo pode se apresentar por meio de quatro dimensões: individual, ambiental,

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organizacional e processual. Semelhante classificação foi utilizada por Valencia e Lamolla (2005) e Cassol et al (2007) em estudos de publicações acerca do empreendedorismo feminino.

Adicionalmente, buscou-se a caracterização dos artigos identificados quanto: a) ao número de autores, b) à filiação acadêmica dos autores, e c) características metodológicas da pesquisa sendo que foi utilizado o software Microsoft Excel como auxílio para a organização dos dados. No próximo item, são apresentados e discutidos os resultados encontrados.

4. Resultados e Discussão 4.1 Caracterização dos artigos

Iniciamos a análise dos artigos identificados a partir de sua caracterização quanto ao número de autores e filiação acadêmica, conforme demonstram as tabela 2 e 3.

Tabela 2 – Distribuição dos artigos pelo número de autores

Autores Artigos %

1 11 23,91%

2 20 43,48%

3 8 17,39%

4 2 4,35%

5 5 10,87%

Total 46 100,00%

Fonte: elaborado pelos autores a partir dos dados coletados

Tabela 3 – Distribuição dos autores conforme filiação acadêmica

Instituição Autores

UFU 7

UFC 6

UNIMEP, Mackenzie e UFRN 5

UEM, UFBA, UNIVALI, University of Cambridge, UFPR e UFSC 4

UECE, Uninove, USP, FUMEC e Harvard Business School 3

Unifor, UFG, UFPE, UNIFEI, UFRGS, University of Victoria (Canadá) e Auckland University of

Technology (Nova Zelândia) 2

UFAL, UFRJ, Open University, Oregon State University, PUC-PR, University of North Dakota, Universidade Positivo, University of Minnesota, Indiana University, North Carolina State University,

Ryerson University (Canadá), Simon Fraser University, Texas A&M University, The Ohio State University, The University of Western Ontario, UTFPR, Vanderbilt University, University of Oklahoma, University of Oxford, Åbo Akademi University (Finlândia), Babson College, Business

School of Birmingham, FEAD/Minas, FEI/SP, Florida International University e George Mason University (Virginia)

1

Fonte: elaborado pelos autores a partir dos dados coletados

Verifica-se que a maior parte dos artigos foi escrita por um (23,91%) e dois autores (43,48%). Isso reflete a presença de orientandos e orientadores, no último caso, tratando-se principalmente da publicação de resultados de pesquisas em cursos de mestrado, doutorado e pós-doutorado. Dos artigos publicados individualmente, há um equilíbrio entre artigos teóricos (6) e aqueles com base empírica, principalmente estudos de caso (5).

Quanto à filiação acadêmica, devido à variedade de publicações pesquisadas era esperada, também, uma grande variedade de instituições representadas nos artigos selecionados, o que demonstra, de certa forma, o alcance que o tema empreendedorismo social tem no meio acadêmico embora esta pesquisa não tenha por objetivo demonstrar a expressividade desse alcance.

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Observa-se ainda que os autores estrangeiros são mais propensos a pesquisar e publicar em conjunto com autores de outras instituições do que os brasileiros. Dos 25 artigos brasileiros com dois ou mais autores, apenas 20% (5) foram escritos por autores de instituições diferentes enquanto que dos 10 artigos estrangeiros com dois ou mais autores, 70% (7) foram escritos em colaboração com outras instituições.

Em relação às características metodológicas dos artigos analisados, procurou-se classificar a pesquisa em ensaio teórico ou teórico-empírica. Os resultados estão apresentados na tabela 4:

Tabela 4 – Distribuição das características metodológicas por artigo

Característica Artigos %

Ensaio Teórico 11 23,91%

Teórico-Empírico 35 76,09%

Total 46 100%

Fonte: elaborado pelos autores a partir dos dados coletados

Como podemos observar 76,09% dos artigos analisados são pesquisas de ordem teórico-empírica, o que reflete o fato de o empreendedorismo social ainda ser uma temática em desenvolvimento dentro do campo do empreendedorismo, o que leva os autores a procurarem na prática do mercado a observação do tema ainda em desenvolvimento teórico.

4.2 As dimensões de Gartner e a abordagem dos artigos

Conforme vimos anteriormente, Gartner (1985) desenvolveu um quadro conceitual teórico com o objetivo de descrever a criação de novos negócios e para isso ele combinou as quatro dimensões normalmente estudadas em relação ao tema que os pesquisadores usualmente abordavam de forma separada. Essas dimensões, que dizem respeito ao indivíduo que cria um novo negócio, ao processo de criação do negócio, ao ambiente em que a organização foi criada e à organização em si, foram pensadas por ele para o empreendedorismo chamado comercial.

Assim, apresenta-se a seguir como os artigos pesquisados podem ser analisados conforme essas dimensões e também quais são os principais temas abordados por eles.

A dimensão do indivíduo (1), que compreende os aspectos relacionados ao empreendedor, está presente em sete dos quarenta e seis artigos analisados.

Desses, um artigo apresentou, ainda, a dimensão organizacional de forma complementar.

Análises sobre espírito empreendedor (Scarpim et al., 2005), características dos empreendedores sociais (Rossoni et al, 2006) e similaridades e diferenças entre empreendedores sociais e comerciais (Meyskens et al., 2010) estão inseridas nessa dimensão.

A dimensão do processo (2) de criação de um novo negócio compreende variáveis relacionadas ao “antes” da abertura de um novo negócio e, dos quarenta e seis artigos presentes nesta pesquisa, oito apresentaram estudos que tinham como foco o processo de criação de um negócio social; destes, 3 artigos apresentaram, ainda, a dimensões ambiental, individual e organizacional de forma complementar. França Filho e Cunha (2009) estudaram o processo de incubação de negócios sociais, Onozato e Teixeira (2008) abordam a criação de empreendimentos sociais no Estado do Paraná e também encontramos análises concernentes à identificação de oportunidades de negócios sociais (Cohen e Winn, 2007; Corner e Ho, 2010).

A terceira dimensão se refere ao ambiente (3) em que a organização é criada e que influencia no seu processo de criação. Em nossa pesquisa, sete artigos se propunham a estudar aspectos relacionados ao ambiente em que a organização é criada e posteriormente inserida.

Fontes de financiamento (Grimes, 2010), tomada de decisão do ponto de vista de capitalistas de risco social (Miller e Wesley, 2010) e a economia solidária como alternativa ao

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desenvolvimento econômico (Webering, 2008) são alguns dos pontos discutidos nos artigos qualificados sob essa dimensão.

Por fim tem-se a quarta dimensão (4), que se refere à própria organização criada, englobando itens como o foco do empreendimento, transferência geográfica, diferenciação, entre outros. Dos quarenta e seis artigos analisados para esta pesquisa, vinte e dois abordam algum aspecto do empreendimento social criado. A principal característica metodológica nesse grupo é o uso da pesquisa qualitativa com estudo de caso. Temas como a escolha da forma organizacional (Kristruck e Beamish, 2010; Townsend e Hart, 2008;), modelos de gestão organizacional (Alves et al, 2009; Rodrigues, 2007) e a viabilidade das franquias sociais (Sousa, 2008; Tracey e Jarvis, 2007) estavam presentes nesses artigos.

A tabela 5 resume a distribuição dos artigos conforme as dimensões analisadas acima e inclui uma quinta dimensão que será analisada a seguir.

Tabela 5 – Distribuição dos artigos pelas dimensões do quadro conceitual de Gartner

Dimensão Artigos %

Indivíduo 7 15,22%

Processo 8 17,39%

Ambiente 7 15,22%

Organização 22 47,83%

Impacto 2 4,35%

Total 46 100%

Fonte: elaborado pelos autores a partir dos dados coletados

Com a análise qualitativa dos artigos, buscando relacioná-los em maior ou menor grau às dimensões propostas por Gartner (1985), foram identificados dois artigos que não estavam relacionados a elas. Esses artigos (Almeida e Santos, 2010; Nassif et al, 2010) analisavam o impacto gerado pelos empreendimentos sociais nas comunidades em que estavam inseridos.

Embora estudem o ambiente em que a organização está não poderiam ser enquadrados na dimensão ambiental tendo em vista que o próprio Gartner (1985) coloca o ambiente como a dimensão que influencia a organização e não o contrário, estabelecendo que as variáveis que a organização pode controlar estão automaticamente inseridas na quarta dimensão.

Dessa forma, os dois artigos analisados não poderiam ser classificados na dimensão ambiental, por não se tratarem de estudos da influência da comunidade sobre o empreendimento social, assim como não poderiam ser enquadrados na dimensão organização, pois o impacto que um empreendimento social causa no meio em que se insere não pode ser controlado por ele. Por fim, foi considerada adequada a inclusão de uma quinta dimensão de forma a contemplar esse aspecto específico dos empreendimentos sociais que tem, por objetivo principal, criar valor social e assim impactar o meio onde se inserem.

5. Considerações Finais

Analisando como o tema empreendedorismo social tem sido estudado através de publicações e eventos da área de Administração e Empreendedorismo verificamos que grande parte dos artigos (45, 65%) se apresenta sob a forma de estudos de casos, o que evidencia a necessidade dos pesquisadores de conhecer como se dá a prática do empreendedorismo social para então poder elaborar as formulações teóricas que expliquem o fenômeno. A busca pela formulação de teoria ainda é pequena (4,35%) se comparada aos estudos empíricos, o que se justifica pelo fato de o empreendedorismo social ainda estar em processo de conceituação e delimitação.

A classificação dos artigos de acordo com as dimensões propostas por Gartner (1985) reflete a prevalência dos estudos de caso relatada no parágrafo anterior. A organização como foco da pesquisa corresponde à 47,83% dos artigos analisados, estando diretamente

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relacionada ao método de estudo de caso. O aspecto interessante nesse processo de classificação foi identificar pelo menos dois artigos que não se enquadravam nessas dimensões e que possibilitam a inclusão de uma quinta dimensão à análise efetuada: o impacto que os empreendimentos sociais provocam na sociedade e na comunidade local onde estão inseridos. Esse foi um aspecto do empreendedorismo social pouco abordado pelos artigos analisados e se traduz em uma opção para pesquisas futuras.

É importante destacar, ainda, que durante o processo de levantamento, identificação e classificação dos artigos por diversas vezes foram identificadas pesquisas que tratavam, primordialmente, de empreendimentos e empreendedorismo sustentável. Por mais que o tema se aproxime do objeto do presente estudo, Dean e McMullen (2007) recordam que enquanto o empreendedorismo social é dirigido por uma missão e mantém os objetivos lucrativos em segundo plano, o empreendedorismo sustentável é pautado “por sua redução de falhas de mercado ambientalmente relevantes por meio da exploração de oportunidades potencialmente lucrativas” (pp. 50).

Por esse motivo, os artigos que abordam o empreendedorismo sustentável, ainda que este traga benefícios sociais mesmo que indiretamente, não foram incluídos em nosso estudo.

O mesmo ocorreu com as pesquisas relacionadas à responsabilidade social empresarial.

Embora esta também busque a criação de valor social, ela é, normalmente, uma iniciativa de empresas comerciais, já constituídas, que o fazem como uma forma de responder aos anseios da sociedade por empresas mais justas e engajadas socialmente. Essas atividades, frequentemente, são protagonistas de ações de marketing dessas empresas com o objetivo não só de promover o impacto social desejado, mas também de reverter pontos positivos à imagem da empresa que continua tendo por objetivo principal a lucratividade (Morais et al., 2005).

O estudo desses dois temas, mas principalmente o empreendedorismo sustentável, também é relevante para o contexto atual, assim como seria relevante a existências de maiores estudos que relacionassem o empreendedorismo sustentável com o empreendedorismo social, de forma a potencializar a atuação dos empreendimentos sociais.

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