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ESTUDOS PRÉVIOS DE PLANEAMENTO ESTRATÉGICO

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Academic year: 2021

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(1)

C Â M A R A M U N I C I P A L D E O D I V E L A S

D e p a r t a m e n t o d e P l a n e a m e n t o E s t r a t é g i c o

ESTUDOS PRÉVIOS DE PLANEAMENTO

ESTRATÉGICO

Práticas, Representações e Aspirações da População

(Volume II)

(2)

Ficha Técnica:

Coordenação:Paula Correia - Socióloga, DPE Elaboração: Carla Matias – Socióloga

Susana Neves - Socióloga

(3)

Índice

ÍNDICE

NOTA INTRODUTÓRIA --- 1

1 – PERFIS DA POPULAÇÃO – ASPECTOS DEMOGRÁFICO E SÓCIO-ECONÓMICO--- 5

1.1 – Sexo e Grupos Etários--- 5

1.2 – Estruturas Familiares--- 7

1.3 – Estado Civil --- 9

1.4 – Nível de Instrução ---12

1.5 – Estrutura Sócio-Profissional ---18

1.5.1 – Condição Perante o Trabalho---18

1.5.2 – Situação na Profissão---22 1.5.3 – Grupos Profissionais ---23 1.6 – Traços Político-Religiosos ---24 1.6.1 – Posicionamento Político---24 1.6.2 – Posicionamento Religioso ---26 1.7 – Reflexões Finais ---28

2 – AS QUESTÕES DA QUALIDADE DE VIDA---30

2.1 – Habitat---36

2.1.1 – Condições de habitabilidade – Espaço Privado---38

2.1.2 – Qualidade Urbanística – Espaço Público ---40

2.2 – Ambiente Urbano---51

2.2.1 – Meio Ambiente Físico ---53

2.2.2 – Meio Ambiente Social---62

2.3 – Mobilidade Espacial ---67

2.3.1 – Movimentos Pendulares---67

2.4 – Nível de Vida ---82

2.4.1 – Rendimentos Pessoais ---82

(4)

2.4.3 – Estrutura de Classe ---89

2.5 – Reflexões Finais ---92

3 – IDENTIDADES CULTURAIS LOCAIS ---95

3.1 – Sentimento de Pertença – “Enraizamento Local” ---99

3.1.1 – Trajectórias geográfica e residencial---99

3.1.2 – Expectativas face ao Local de Residência --- 104

3.2 – Sociabilidades e Tempos Livres--- 107

3.2.1 – Interacções e Redes de Sociabilidade Locais --- 107

3.2.2 –Tempos Livres – Espaços e Tempos de Acção--- 115

3.2.3 – Participação Associativa --- 134

3.3 – Conhecimento e Avaliação e Usos do Espaço Social Local --- 138

3.3.1 – Práticas e usos dos equipamentos e espaços culturais de referência local--- 138

3.4 – Representações e Imagens Sócio-Espaciais --- 141

3.4.1 – Memórias Sociais --- 142

3.4.2 – Elementos de Referência Sócio-Espacial --- 147

3.4.3 – Reabilitação Urbana--- 151 3.4.4 – Imagens Urbanas --- 156 3.5 – Reflexões Finais--- 161 NOTA METODOLÓGICA --- 164 CONCLUSÃO --- 166 BIBLIOGRAFIA--- 173 ANEXOS--- 180

(5)

Índice

ÍNDICE DE QUADROS

[Quadro 1] – Condição perante o trabalho da população do Concelho (%)---18

[Quadro 2] – Taxas de actividade masculina, feminina e total da população das freguesias do concelho de Odivelas---21

[Quadro 3] – Síntese – Avaliação dos 3 equipamentos/Infraestruturas da zona de residência, pior e melhor avaliados, da população do Concelho ---43

[Quadro 4] – Três principais situações de resolução prioritária ---45

[Quadro 5] – Projectos/empreendimentos considerados prioritários, por freguesia---49

[Quadro 6] – Consequências previstas em relação à construção de novas vias, por freguesia---49

[Quadro 7] – Agentes responsáveis pela poluição---60

[Quadro 8] – Avaliação do ambiente geral da freguesia segundo a freguesia ---62

[Quadro 9] – Inquiridos que não se sentem nada seguros nos locais considerados segundo a freguesia ---65

[Quadro 10] – Local de trabalho/estudo da população do Concelho segundo o sexo---70

[Quadro 11] – Local de trabalho por grupos profissionais ---71

[Quadro 12] – Tempo médio de deslocação trabalho/estudo ---72

[Quadro 13] – Médias de tempo de deslocação – apenas para o trabalho/ empregados por meio de transporte utilizado – dia de trabalho ---78

[Quadro 14] – Tipo de transporte utilizado pelos empregados por classe social ---79

[Quadro 15] – Avaliação negativa face ao dinheiro disponível (mal) por escalões etários ---86

[Quadro 16] – Avaliação negativa face ao dinheiro disponível (mal) por sexo ---86

[Quadro 17] – Avaliação negativa face ao dinheiro disponível (mal) pela avaliação da situação pessoal global---87

[Quadro 18] – Estrutura de classes por freguesia ---91

[Quadro 19] – Naturalidade da população do Concelho --- 100

[Quadro 20] – Práticas culturais agregadas – Quadro Síntese (%) --- 123

[Quadro 21] – Práticas culturais mais e menos regulares – Quadro Síntese --- 124

[Quadro 22] – Participação associativa (%) --- 134

[Quadro 23] – Associações mais participadas (quatro) por freguesia (%)--- 135

(6)

[Quadro 25] – Conhecimento do património histórico das Freguesias de

Caneças e Ramada (%)--- 148

[Quadro 26] – Aspectos que aconselharia a ver na freguesia segundo a Freguesia --- 150

[Quadro 27] – Imagens da Freguesia, segundo a Freguesia --- 158

[Quadro 28] – O que tem sido feito de mais importante na Freguesia segundo a Freguesia--- 160

[Quadro 29] – Distribuição da amostra por freguesias do concelho de Odivelas--- 165

ÍNDICE DE GRÁFICOS [Gráfico 1] – Distribuição da população do Concelho por sexo --- 5

[Gráfico 2] – Distribuição da população do Concelho por grupos etários (%) --- 6

[Gráfico 3] – Tipos de família da população do concelho de Odivelas (%)--- 8

[Gráfico 4] – Estado civil da população do concelho de Odivelas (%)---10

[Gráfico 5] – Nível de escolaridade da população do concelho de Odivelas (%) ---12

[Gráfico 6] – Condição perante o trabalho da população do concelho de Odivelas ----19

[Gráfico 7] – Situação na profissão da população do Concelho de Odivelas ---22

[Gráfico 8] – Grupos profissionais da população do Concelho de Odivelas ---23

[Gráfico 9] – Posicionamento político da população do Concelho (%) ---25

[Gráfico 10] – Posicionamento religioso da população do Concelho (%) ---27

[Gráfico 11] – Satisfação face a casa ---39

[Gráfico 12] – Avaliação da zona de residência da população do Concelho---41

[Gráfico 13] – Avaliação dos equipamentos/Infraestruturas na zona de residência da população do Concelho (Perfil de Médias) ---43

[Gráfico 14] – Índice de Satisfação dos equipamentos da zona de residência da população do Concelho ---46

[Gráfico 15] – Índice de Satisfação dos equipamentos da zona de residência, por Freguesia---47

[Gráfico 16] – Avaliação do meio ambiente físico da zona de residência---54 [Gráfico 17] – Avaliação negativa (má) do meio ambiente físico da zona

(7)

Índice

[Gráfico 18] – Índice de satisfação do meio ambiente físico da zona

de residência, segundo a freguesia ---58

[Gráfico 19] – Inquiridos que consideram a sua freguesia poluída, segundo a freguesia---60

[Gráfico 20] – Avaliação do ambiente geral da freguesia ---61

[Gráfico 21] – Avaliação da zona de residência face ao policiamento---63

[Gráfico 22] – Avaliação da segurança em locais quotidianos (Perfil de médias) ---64

[Gráfico 23] – Avaliação do ambiente social e de convívio da zona de residência---65

[Gráfico 24] – Inquiridos que avaliam negativamente o ambiente social e de convívio da zona de residência, segundo a freguesia---66

[Gráfico 25] – Local de trabalho/estudo da população do Concelho ---69

[Gráfico 26] – Meio de transporte utilizado para trabalho/estudo da população do Concelho ---75

[Gráfico 27] – Meio de transporte utilizado para o trabalho pelos empregados do Concelho segundo o local de trabalho ---77

[Gráfico 28] – Avaliação da rede de transportes/rede viária ---80

[Gráfico 29] – Nível de rendimentos ---83

[Gráfico 30] – Avaliação face ao dinheiro disponível---84

[Gráfico 31] – Avaliação negativa face ao dinheiro disponível (mal) por freguesia---85

[Gráfico 32] – Avaliação face à situação pessoal global ---86

[Gráfico 33] – Posse de determinados bens ---88

[Gráfico 34] – Importância atribuída a determinados bens ---89

[Gráfico 35] – Estrutura de Classes da população do Concelho ---91

[Gráfico 36] – Tempo de residência na freguesia (%) --- 101

[Gráfico 37] – Onde vivia anteriormente (%) --- 102

[Gráfico 38] – Razões da mudança (%) --- 104

[Gráfico 39] – Quem sente a freguesia como sendo sua por freguesia (%)--- 106

[Gráfico 40] – Avaliação da relação com os vizinhos (%)--- 108

[Gráfico 41] – Com quem são as suas relações de vizinhança – Freguesia da Pontinha (%)--- 113

[Gráfico 42] – Quem costuma ocupar os seus tempos livres na freguesia - sem ser em casa (%) --- 116

[Gráfico 43] – Locais onde passam a maior parte do tempo livre, durante a semana e ao fim-de-semana --- 118

(8)

[Gráfico 44] – Perfil de Médias da frequência das práticas culturais--- 124 [Gráfico 45] – Quem costuma passar férias fora da residência habitual

por freguesia e Concelho (%)--- 131 [Gráfico 46] – Locais onde habitualmente passam férias (%) --- 132 [Gráfico 47] – Quem costuma viajar durante as férias por

freguesia e Concelho (%)--- 133 [Gráfico 48] – Onde costumam viajar (%)--- 133 [Gráfico 49] – Conhecimento e participação nas manifestações

simbólicas em cada freguesia (%)--- 145 [Gráfico 50] – Interesse em ver realizadas outras iniciativas na Freguesia (%)--- 147 [Gráfico 51] –Grau de conhecimento do património histórico da freguesia de

Caneças (Gráfico de Perfil de Médias) --- 149 [Gráfico 52] – Avaliação da conservação dos monumentos (%) --- 152 [Gráfico 53] – Conhecimento dos Planos de Salvaguarda

e de Reabilitação da Zona Antiga, segundo a Freguesia (%) --- 155 [Gráfico 54] – Imagens da Freguesia (%) --- 157 [Gráfico 55] – Imagens do bairro/localidade onde residem (%) --- 159 [Gráfico 56] – O que tem sido feito de mais importante

(9)

Índice

ÍNDICE DE QUADROS – ANEXOS

[Quadro 1] – Distribuição da população das freguesias do Concelho

segundo o sexo--- 180

[Quadro 2] – Distribuição da população das freguesias do concelho de Odivelas segundo os grupos etários --- 181

[Quadro 3] – Distribuição da população das freguesias do concelho de Odivelas segundo os grupos etários e sexo (%) --- 181

[Quadro 4] – Tipos de família da população das freguesias do Concelho--- 181

[Quadro 5] – Tipos de família da população das freguesias do Concelho (%) --- 182

[Quadro 6] – Tipos de família da população das freguesias do Concelho (%) --- 182

[Quadro 7] – Estado civil da população do Concelho segundo os escalões etários (%)--- 183

[Quadro 8] – Nível de escolaridade da população das freguesias do Concelho de Odivelas (%) --- 184

[Quadro 9] – Nível de escolaridade da população das freguesias do concelho de Odivelas (%)--- 185

[Quadro 10] – Nível de escolaridade da população do concelho de Odivelas e Portugal (%)--- 185

[Quadro 11] – Distribuição da população do Concelho e de Portugal dos 15 aos 64 anos por nível de ensino e sexo--- 186

[Quadro 12] – População do concelho de Odivelas por nível de ensino e sexo --- 186

[Quadro 13] – População das freguesias e concelho de Odivelas segundo o sexo e o nível de ensino--- 187

[Quadro 14] – População do concelho de Odivelas por nível de ensino e escalões etários --- 188

[Quadro 15] – População das freguesias e concelho de Odivelas por escalões etários e nível de ensino--- 189

[Quadro 16] – Condição perante o trabalho da população das freguesias do concelho de Odivelas --- 190

[Quadro 17] – Condição perante o trabalho da população das freguesias do concelho de Odivelas --- 190

[Quadro 18] – Condição perante o trabalho da população das freguesias do concelho de Odivelas, segundo o sexo (%)--- 191

(10)

[Quadro 19] – Condição perante o trabalho da população do Concelho

de Odivelas por nível de ensino (%) --- 192

[Quadro 20] – Situação na profissão da população das freguesias do concelho de Odivelas --- 192

[Quadro 21] – Grupos profissionais da população das freguesias do concelho de Odivelas --- 192

[Quadro 22] – Grupos profissionais da população das freguesias do concelho de Odivelas --- 193

[Quadro 23] – Posicionamento político da população das freguesias do concelho de Odivelas (%)--- 193

[Quadro 24] – Posicionamento político da população das freguesias do concelho de Odivelas, segundo os escalões etários (%) --- 194

[Quadro 25] – Índice de ocupação --- 196

[Quadro 26] – Avaliação negativa (má) da zona de residência por freguesia --- 196

[Quadro 27] –Três equipamentos pior avaliados por freguesia --- 197

[Quadro 28] – Listagem de equipamentos/infraestruturas considerados prioritários no Concelho --- 198

[Quadro 29] – Três principais equipamentos considerados prioritários segundo a freguesia--- 199

[Quadro 30] – Avaliação dos espaços verdes segundo o nível de instrução --- 199

[Quadro 31] – Avaliação dos espaços verdes segundo a classe social--- 199

[Quadro 32] – Índice de satisfação com o meio ambiente físico da zona de residência segundo o sexo --- 200

[Quadro 33] – Índice de satisfação com o meio ambiente físico da zona de residência segundo os escalões etários --- 200

[Quadro 34] – Considera a freguesia poluída? --- 200

[Quadro 35] – Quem considera a freguesia poluída por classe social--- 201

[Quadro 36] – Agentes responsáveis pela poluição segundo a freguesia --- 201

[Quadro 37] – Avaliação do ambiente geral da freguesia segundo a idade--- 201

[Quadro 38] – Avaliação do policiamento segundo os escalões etários --- 202

[Quadro 39] – Avaliação da segurança nas ruas do bairro onde mora depois da meia-noite segundo o sexo --- 202

(11)

Índice

[Quadro 40] – Avaliação da segurança nas ruas do bairro onde mora depois

da meia-noite segundo os escalões etários --- 203

[Quadro 41] – Inquiridos que não se sentem nada seguros nas ruas do bairro onde moram depois da meia-noite, segundo o sexo por freguesia --- 203

[Quadro 42] – Local de trabalho dos empregados por freguesia --- 204

[Quadro 43] – Local de estudo dos estudantes por freguesia --- 204

[Quadro 44] – Meio de transporte utilizado para o trabalho da população empregada por freguesia --- 205

[Quadro 45] – Meio de transporte utilizado para o estudo da população estudantil por freguesia--- 206

[Quadro 46] – Meio de transporte utilizado pelos empregados por freguesia --- 206

[Quadro 47] – Meio de transporte utilizado pelos empregados por freguesia, segundo o local de trabalho --- 207

[Quadro 48] – Meio de transporte utilizado para o trabalho pelos empregados do Concelho segundo o local de trabalho --- 208

[Quadro 49] – Avaliação da rede viária / rede de transportes por freguesia --- 208

[Quadro 50] – Avaliação má da rede viária / rede de transportes por freguesia --- 208

[Quadro 51] – Consequências da construção da CRIL e da CREL --- 209

[Quadro 52] – Rendimentos pessoais do agregado segundo os escalões etários ---- 209

[Quadro 53] – Rendimentos pessoais do agregado segundo a classe social --- 210

[Quadro 54] – Rendimentos pessoais do agregado por freguesia--- 210

[Quadro 55] – Rendimentos pessoais do agregado segundo os grupos profissionais --- 211

[Quadro 56] – Naturalidade da população do Concelho segundo os escalões etários --- 212

[Quadro 57] – Naturalidade da população do Concelho segundo a freguesia de residência --- 212

[Quadro 58] – Naturalidade da população do Concelho por freguesia de residência (%)--- 213

[Quadro 59] – Tempo de residência na freguesia segundo a freguesia (%) --- 213

[Quadro 60] – Tempo de residência na freguesia segundo os escalões etários (%) --- 213

[Quadro 61] – Tempo de residência na freguesia por naturalidade (%)--- 214

(12)

[Quadro 63] – Razões da mudança de residência segundo

os escalões etários (%) --- 215

[Quadro 64] – Razões da mudança de residência por local de residência anterior (%) --- 215

[Quadro 65] – Principais razões porque sentem a freguesia como sua, por freguesia --- 216

[Quadro 66] – Principais razões porque NÃO sentem a freguesia como sua, por freguesia --- 216

[Quadro 67] – Recomendaria aos seus amigos a freguesia para viver, por freguesia (%)--- 216

[Quadro 68] – Porque recomendaria aos seus amigos a freguesia para viver, por freguesia (3 principais razões) --- 217

[Quadro 69] – Porque NÃO recomendaria aos seus amigos a freguesia para viver, por freguesia (3 principais razões) --- 217

[Quadro 70] – Quem, no futuro gostaria de ficar a residir na freguesia (%)--- 217

[Quadro 71] – Avaliação da relação com os vizinhos por freguesia (%) --- 218

[Quadro 72] – Avaliação da relação com os vizinhos segundo os escalões etários (%) --- 218

[Quadro 73] – Avaliação da relação com os vizinhos segundo o sexo (%) --- 218

[Quadro 74] – Tipo de relações de vizinhança (%) --- 219

[Quadro 75] – Tipo de relações de vizinhança segundo os escalões etários (%) --- 219

[Quadro 76] – Tipo de relações de vizinhança segundo o tempo de residência na freguesia (%) --- 219

[Quadro 77] – Vizinhos com quem se dá segundo a freguesia (%) --- 220

[Quadro 78] – Quem convive com os vizinhos, por freguesia, segundo os escalões etários (%)--- 220

[Quadro 79] – Opinião sobre a presença de outras raças/etnias no seu bairro ou freguesia--- 220

[Quadro 80] – Opinião sobre a presença de outras raças/etnias no seu bairro ou freguesia segundo os escalões etários (%) --- 220

[Quadro 81] – Opinião sobre a presença de outras raças/etnias no seu bairro ou freguesia segundo o sexo (%)--- 220 [Quadro 82] – Avaliação da convivência entre as diferentes etnias/raças

(13)

Índice

[Quadro 83] – Avaliação que os indivíduos fazem de como se sentem em relação

aos amigos, família e colegas, segundo os escalões etários (%)--- 222

[Quadro 84] – Quem costuma ocupar os seus tempos livres na freguesia (sem ser em casa), segundo os escalões etários, por freguesia (%)-- 223

[Quadro 85] – Quem costuma ocupar os seus tempos livres na freguesia (sem ser em casa), segundo o tempo de residência na freguesia (%) --- 224

[Quadro 86] – Razões porque não costumam ocupar os tempos livres na freguesia (%)--- 224

[Quadro 87] – Principais locais da freguesia onde costumam ocupar os tempos livres, segundo a freguesia (%)--- 224

[Quadro 88] – Locais onde passam a maior parte do tempo livre, durante a SEMANA e FIM-DE-SEMANA, segundo os escalões etários (%) --- 225

[Quadro 89] – Locais onde passam a maior parte do tempo livre, durante a SEMANA e FIM-DE-SEMANA, por freguesia (%)--- 226

[Quadro 90] – Locais onde passam a maior parte do tempo livre, durante a SEMANA e FIM-DE-SEMANA, segundo o sexo (%) --- 226

[Quadro 91] – Locais onde passam a maior parte do tempo livre, durante a SEMANA e FIM-DE-SEMANA, segundo o tempo de residência (%) --- 227

[Quadro 92] – Grelha de Lalive D’Epinay de identificação dos tempos livres --- 227

[Quadro 93] – Média da frequência das práticas culturais--- 228

[Quadro 94] – Média da Frequência das práticas culturais segundo a freguesia--- 229

[Quadro 95] – Média da frequência das práticas culturais segundo o sexo--- 230

[Quadro 96] – Média da frequência das práticas culturais segundo os escalões etários --- 231

[Quadro 97] – Média da Frequência das práticas culturais segundo o nível de escolaridade--- 232

[Quadro 98] – Média da Frequência das práticas culturais segundo a condição perante o trabalho --- 233

[Quadro 99] – Média da frequência das práticas culturais segundo a classe social -- 234

[Quadro 100] – Participação nas actividades (%)--- 235

[Quadro 101] – Com quem desenvolveu actividades (%)--- 235

(14)

[Quadro 103] – Locais onde habitualmente passam férias segundo

os escalões etários (%) --- 237 [Quadro 104] – Onde costumam passar as férias segundo escalões etários (%) --- 238 [Quadro 105] – Onde costumam passar as férias segundo o

nível de rendimentos (%) --- 238 [Quadro 106] – Onde costumam viajar segundo o nível de instrução (%)--- 240 [Quadro 107] – Associações mais participadas (quatro) por freguesia, segundo

os escalões etários (%)--- 241 [Quadro 108] – Associações mais participadas (quatro) segundo

o nível de instrução (%) --- 242 [Quadro 109] – Associações mais participadas (quatro) segundo a condição

perante o trabalho (%) --- 242 [Quadro 110] – Associações mais participadas (quatro) segundo

a posição política (%) --- 242 [Quadro 111] – Se conhece e participa que actividades desenvolvem, por freguesia

(3 mais enumeradas - excluindo o NS/NR )--- 243 [Quadro 112] – Principais razões porque não participa, por freguesia

(2 com mais percentagens) (%)--- 243 [Quadro 113] – Quem visitou/utilizou equipamentos concelhios por freguesia (%) --- 244 [Quadro 114] – Quem visitou/utilizou equipamentos concelhios, segundo os

escalões etários (%)--- 244 [Quadro 115] – Conhecimento das entidades associativas por freguesia (%) --- 245 [Quadro 116] – Conhecimento dos equipamentos nas freguesias (%)--- 246 [Quadro 117] – Avaliação dos equipamentos mais conhecidos, por freguesias (%)-- 247 [Quadro 118] –Actividades que gostaria de ver realizadas na freguesia

(3 mais enunciadas) por freguesias --- 248 [Quadro 119] – Actividades que gostaria de ver realizadas na freguesia,

segundo a freguesia--- 248 [Quadro 120] – Actividades que gostaria de ver realizadas na freguesia (em 1º lugar),

segundo os escalões etários (%) --- 249 [Quadro 121] – Conhecimento das actividades/iniciativas da freguesia,

segundo a freguesia (%) --- 250 [Quadro 122] – 3 actividades/iniciativas mais conhecidas e/ou participadas

(15)

Índice

[Quadro 123] – Conhecimento e participação nas manifestações simbólicas em

cada freguesia (%)--- 251 [Quadro 124] – Conhecimento e participação nas manifestações simbólicas em

cada freguesia, segundo o tempo de residência

na zona de residência (%)--- 252 [Quadro 125] – Costuma participar na festa da cidade de Odivelas --- 252 [Quadro 126] – Participação na festa da cidade de Odivelas,

segundo os escalões etários (%) --- 253 [Quadro 127] – Participação na festa da cidade de Odivelas, segundo o

tempo de residência (%) --- 253 [Quadro 128] – Interesse da realização da festa da cidade de Odivelas --- 253 [Quadro 129] – Interesse da realização da festa da cidade de Odivelas,

segundo o sexo --- 254 [Quadro 130] – Interesse na realização da festa da cidade Odivelas

segundo o tempo de residência na Freguesia --- 254 [Quadro 131] – Opinião acerca da Feira de Odivelas (%) --- 254 [Quadro 132] – Opinião acerca da Feira de Odivelas (3 mais expressivas)

segundo o sexo (%) --- 254 [Quadro 133] – Opinião acerca da Feira de Odivelas (3 mais expressivas),

segundo os escalões etários (%) --- 255 [Quadro 134] – Opinião acerca da Feira de Odivelas (3 mais expressivas),

segundo o tempo de residência na Freguesia (%) --- 255 [Quadro 135] – Interesse nas manifestações simbólicas – em 1º lugar--- 255 [Quadro 136] – Interesse nas manifestações simbólicas – em 1º lugar,

segundo os escalões etários (%) --- 255 [Quadro 137] – Conhecimento do património histórico da freguesia de Caneças, segundo o sexo --- 256 [Quadro 138] – Conhecimento do património histórico da freguesia de Caneças,

segundo os escalões etários--- 256 [Quadro 139] – Conhecimento do património histórico de Caneças,

segundo o tempo de residência na Freguesia--- 257 [Quadro 140] – Grau de conhecimento do Moinho das Covas (Freguesia da Ramada),

(16)

[Quadro 141] – Opinião sobre as potencialidades da Estação Arqueológica –

Castro da Amoreira--- 258 [Quadro 142] – Conhecimento do mercado de Caneças --- 258 [Quadro 143] – Razões para a promoção ou não do turismo na

freguesia de Caneças --- 260 [Quadro 144] – Utilização dos espaços/equipamentos de lazer a considerar para

a zona florestal, a norte da freguesia de Caneças --- 261 [Quadro 145] – Opinião dos inquiridos sobre os aspectos que a reabilitação

da Zona Antiga deveria contemplar, segundo a Freguesia --- 262 [Quadro 146] – Imagens da Freguesia segundo os escalões etários (%) --- 263 [Quadro 147] – Imagem da Freguesia, segundo o sexo, por Freguesia (%)--- 263 [Quadro 148] – Imagens da Freguesia segundo o tempo de residência,

por Freguesia (%)--- 263 [Quadro 149] – Imagens do bairro/localidade onde residem por freguesia --- 264 [Quadro 150] – O que tem sido feito de mais importante na Freguesia--- 265 [Quadro 151] – Distribuição da amostra por freguesias e lugares do

concelho de Odivelas --- 266 [Quadro 152] – Distribuição da amostra por freguesias, segundo a condição

perante o trabalho, o sexo e os escalões etários--- 267 [Quadro 153] – Grelha de Análise --- 269

(17)

Índice

ÍNDICE DE GRÁFICOS – ANEXOS

[Gráfico 1] – Distribuição da população das freguesias do

concelho de Odivelas por grupos etários (%)--- 180 [Gráfico 2] – Estado civil da população das freguesias do concelho

de Odivelas (%)--- 183 [Gráfico 3] – Estado civil da população das freguesias do Concelho

de Odivelas segundo o sexo (%)--- 184 [Gráfico 4] – Nível de escolaridade da população das freguesias

do concelho de Odivelas (%)--- 185 [Gráfico 5] – Distribuição da população do Concelho e de Portugal dos

15 aos 64 anos por nível de ensino --- 186 [Gráfico 6] – População do concelho de Odivelas por nível de ensino e sexo --- 187 [Gráfico 7] – População do concelho de Odivelas por nível de

ensino e escalões etários --- 188 [Gráfico 8] – Condição perante o trabalho da população do concelho

de Odivelas segundo o sexo (%)--- 190 [Gráfico 9] – Taxas de desemprego masculina, feminina e total da população

das freguesias do Concelho de Odivelas --- 191 [Gráfico 10] – Posicionamento político da população do

concelho de Odivelas, segundo o sexo (%) --- 194 [Gráfico 11] – Posicionamento religioso da população das freguesias do

concelho de Odivelas (%)--- 195 [Gráfico 12] – Posicionamento religioso da população do

concelho de Odivelas segundo os escalões etários (%) --- 195 [Gráfico 13] – Quem considera a freguesia poluída segundo os escalões etários ---- 200 [Gráfico 14] – Quem avalia negativamente o policiamento da zona de residência

por freguesia--- 202 [Gráfico 15] – Inquiridos que avaliam negativamente o ambiente social e de convívio

da zona de residência segundo o sexo--- 203 [Gráfico 16 – Inquiridos que avaliam negativamente o ambiente social e de convívio

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[Gráfico 17] – Kruskal-Wallis Test - Tempo de deslocação casa/trabalho

– empregados --- 205 [Gráfico 18] – Kruskal-Wallis Test - Tempo de deslocação casa/estudo

– estudantes --- 205 [Gráfico 19] – Razões da mudança de residência recodificada --- 215 [Gráfico 20] – Avaliação da convivência entre as diferentes etnias/raças no

seu bairro ou freguesia (%)--- 221 [Gráfico 21] – Avaliação da convivência entre as diferentes etnias/raças no

seu bairro ou freguesia segundo o sexo (%)--- 221 [Gráfico 22] – Avaliação que os indivíduos fazem de como se sentem

em relação aos amigos, família e colegas (%)--- 222 [Gráfico 23] – Quem costuma ocupar os seus tempos livres na freguesia

(sem ser em casa), segundo o sexo, por freguesia (%) --- 223 [Gráfico 24] – Espaços/equipamentos necessários para melhorar a ocupação

dos tempos livres na freguesia de Odivelas (%)--- 225 [Gráfico 25] – Quem costuma passar férias fora da residência

habitual por escalões etários (%) --- 236 [Gráfico 26] – Quem costuma passar férias fora da residência habitual

(sim) segundo o nível de rendimentos (%) --- 237 [GRÁFICO 27] – Quem costuma passar férias fora da residência

habitual (sim) segundo a condição perante o trabalho (%) --- 237 [Gráfico 28] – Onde costumam passar as férias (%) --- 238 [Gráfico 29] – Quem costuma viajar durante as férias

segundo escalões etários (%) --- 239 [Gráfico 30] – Quem costuma viajar durante as férias segundo

a condição perante o trabalho (%)--- 239 [Gráfico 31] – Quem costuma viajar durante as férias segundo

o nível de ensino (%) --- 239 [Gráfico 32] – Quem costuma viajar durante as férias segundo o nível

de rendimentos (%) --- 240 [Gráfico 33] – Participação associativa (%)--- 241 [Gráfico 34] – Associações mais participadas (quatro) segundo o sexo (%) --- 242 [Gráfico 35] – Actividades que gostaria de ver realizadas na freguesia

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Índice

[Gráfico 36] – Costuma participar na festa da cidade de

Odivelas segundo o sexo (%) --- 253 [Gráfico 37] – Conhecimento do património histórico da freguesia de Caneças--- 256 [Gráfico 38] – Avaliação da conservação dos monumentos, segundo a Freguesia -- 257 [Gráfico 39] – Soluções apontadas para a recuperação do Mercado de Caneças---- 258 [Gráfico 40] – Opinião sobre as condições que as freguesias

da Ramada e Caneças têm para desenvolver o turismo (%)--- 259 [Gráfico 41] – Razões para a promoção ou não do turismo na Zona Norte

da freguesia da Ramada (%) --- 259 [Gráfico 42] – Importância atribuída à criação de espaços/equipamentos

de lazer na zona florestal, a norte da freguesia de Caneças --- 260 [Gráfico 43] – Meios através dos quais os inquiridos de Odivelas tiveram

conhecimento do Plano de Salvaguarda e Reabilitação do

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NOTA INTRODUTÓRIA

No estudo da cidade, organização particular do espaço, são relevantes a dimensão histórica (objecto de análise em volume anterior), enquanto análise das mudanças sofridas ao longo do tempo, bem como o sentido dessa mudança, e a dimensão das práticas sociais que modelam o território, em relação à qual nos debruçaremos neste volume.

O presente trabalho parte de toda uma panóplia de informação obtida pelo projecto da Carta Cultural desenvolvido pelo Município de Loures. É um Projecto iniciado em 1994, sobre a responsabilidade do Departamento Sócio-Cultural, com aprovação no Plano Director Municipal, nos programas e projectos do domínio sócio-cultural, mais especificamente no Programa “Expressões Artísticas e Culturais”.

O Projecto da Carta Cultural, que se insere num plano de desenvolvimento culturalmente perspectivado, tem como principal opção estratégica a descentralização da cultura, com a prossecução de iniciativas culturais locais e a melhoria progressiva da rede de equipamentos culturais.

O objectivo global é, pois, “proceder a um diagnóstico sócio-cultural aprofundado que

permita: definir uma rede de equipamentos culturais; estudar e promover protocolos de utilização conjunta de equipamentos, diagnosticar a oferta e a procura culturais, bem como rentabilizar e revitalizar espaços, tendo em atenção as formas de vida e necessidades culturais da população.” ( C.M.L/D.S.C – GEPC, 1994:1).

A realização deste diagnóstico perfilha uma perspectivação cultural do desenvolvimento, na qual o conceito de cultura é entendido enquanto universo de representações, valores e normas orientadores dos comportamentos dos indivíduos em contextos sociais.

Na linha do que defende Augusto Santos Silva (in A.A.V.V; 1988: 28), adjectivar o desenvolvimento com a palavra cultura pressupõe a subordinação dos objectivos, meios e estratégias de desenvolvimento ao primado das maneiras de sentir, pensar e agir dos grupos sociais, cujas necessidades urge satisfazer e projectos concretizar. Da mesma

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Nota Introdutória

forma, implica uma atenção especial a esses grupos e aos universos culturais que lhes são próprios, utilizando estes enquanto recurso para possíveis intervenções.

Qualquer estratégia de desenvolvimento, deve, portanto, submeter-se ao universo cultural específico dos diferentes grupos sociais, de modo a que qualquer intervenção contemple as necessidades, aspirações e projectos da população.

Não obstante o vasto âmbito da Carta Cultural circunscrevemo-nos aqui à vertente da procura cultural, mais concretamente às questões relativas à qualidade de vida e às identidades culturais locais.

Questões que são consentâneas com o âmbito de actuação do Departamento que tutela este trabalho – Departamento de Planeamento Estratégico do Município de Odivelas. De facto, só com um conhecimento o mais aprofundado possível da realidade concelhia, das necessidades e aspirações da população, se poderá planear para um desenvolvimento sustentável, que contemple, à priori, a implicação da sociedade civil em todo o processo. Aquela começa a intervir e exige cada vez mais a sua participação no processo de desenvolvimento urbano. Em particular, os movimentos sociais, cujo peso tende a ser cada vez maior, tendem a canalizar as suas preocupações para as questões do urbanismo, que afecta grande parte da população mundial e, mais especificamente, para as da qualidade de vida urbana.

Esta maior intervenção da sociedade civil, ainda que relativa, é simultânea da emergência de novos agentes com influência no processo de planeamento e da descentralização de competências urbanísticas que confluem na transferência destas do poder central para o poder local.

A abordagem daquelas duas temáticas, embora não tenham sido definidas como prioritárias no Projecto inicial, prende-se com a relevância que as mesmas assumem numa sociedade que ambiciona proporcionar aos seus cidadãos um desenvolvimento equilibrado nos vários domínios que a vida humana encera.

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Um dos grandes desafios actuais coloca-se justamente ao nível da (re)construção dos territórios urbanos, enquanto espaços de identidade e cidadania ambiental, económica e socialmente sustentáveis. Na génese deste desafio está, entre outras coisas, a necessidade de garantir a integridade e o equilíbrio do legado patrimonial natural e cultural a transmitir às futuras gerações.

O enfoque às questões do espaço e do local subjacente a estas temáticas mais não é que a consciência da identidade pela qual um espaço colectivo é definido. Identidade entendida como “fronteira”, no sentido de um horizonte possível, ou seja, de abertura à mudança sem, no entanto, entrar em ruptura com o tecido social.

Embora, mais do que nunca, tudo isto tenha como cenário de fundo um espaço global, à escala planetária. Daí que o glocal, que resulta da articulação entre o global e o local, seja, inevitavelmente, o palco de todos os acontecimentos.

Qualquer processo de desenvolvimento deve, pois, ser entendido enquanto fenómeno global, de âmbitos económico e social, mas também, e sobretudo, de âmbito estrutural, que implica profundas transformações sócio-culturais e até institucionais.

A introdução de objectivos de desenvolvimento sustentável ao nível da gestão urbanística e do planeamento das cidades coloca as questões do território, as do direito do urbanismo e do direito do ambiente no cerne de desafios a que a gestão autárquica e os instrumentos de política local têm tido dificuldade em perspectivar.

Daí que sejam vários os desafios que ao planeamento estratégico urge cumprir, entre eles:

O desenvolvimento de linhas de estratégia construídas a pensar no longo prazo, com previsões a respeito dos seus impactos e da sua relação com o processo de globalização – importância da prospectiva e da globalização;

A definição de um projecto de cidade integrado e estruturado – identificação de potencialidades e estrangulamentos com reflexo em políticas integradas e de

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Nota Introdutória

alteração de comportamentos; necessidade de auscultar e envolver directamente as populações nos projectos de cidade;

A valorização e protecção dos recursos ambientais e da equidade social e cultural – o equilíbrio ambiental e a qualidade de vida, elementos chave para a qualidade urbana – são, a par da componente económica, elementos fundamentais para a sustentabilidade das cidades;

Só uma intervenção eficaz da sociedade civil no governo da cidade, contrariando a tendência dominante de aprovação à posteriori, não põe em causa a coesão social e territorial e a implementação de sistemas de redistribuição. A participação constitui, pois, um elemento fulcral do planeamento estratégico.

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1 – PERFIS DA POPULAÇÃO – ASPECTOS DEMOGRÁFICO E SÓCIO-ECONÓMICO Dá-se início a este volume com uma sumária caracterização demográfica e sócio-económica da população inquirida no Concelho de Odivelas. Temos por objectivo traçar “perfis” dos indivíduos com o intuito de perceber a existência ou não de perfis sociais diferenciados no território Concelhio e, em caso afirmativo, sublinhar os factores que interferem nessa diferenciação.

1.1 – Sexo e Grupos Etários

A distribuição da população do Concelho segundo o sexo traduz o maior peso das mulheres, à semelhança do que acontece a nível nacional. Tal como consta do [Gráfico 1], do total da amostra para o concelho de Odivelas, 1834 indivíduos, foram inquiridos 958 mulheres (52.2%) e 876 homens (47.8%), verificando-se, desta forma, um ligeiro predomínio do sexo feminino em relação ao masculino.

[GRÁFICO 1] – Distribuição da população do Concelho por sexo

Masculino 47,8% Feminino

52,2%

A distribuição da população das freguesias segundo o sexo, [vide Quadro 1 - Anexos], reflecte precisamente esta realidade, com o maior peso, em todas elas, das mulheres, com especial enfoque para as freguesias da Ramada e de Olival Basto.

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Perfis da População – Aspectos Demográficos e Sócio-Económicos

No que respeita à distribuição da população segundo os escalões etários, foram definidos cinco grupos, com base nos dados dos Censos de 91, que contemplam toda a população do Concelho com idade superior a 14 anos. Da leitura do [Gráfico 2] resulta que no total da amostra o escalão mais representado é o dos 30 aos 44 anos (31.1%), seguido do escalão dos 45 aos 64 anos (27.5%). Corresponde, em suma, ao maior peso na população concelhia dos indivíduos em idade activa.

[GRÁFICO 2] – Distribuição da população do Concelho por grupos etários (%)

8,7 23,1 31,1 27,5 9,6 0 5 10 15 20 25 30 35 14 aos 17 anos 18 aos 29 anos 30 aos 44 anos 45 aos 64 anos 65 e + anos

A análise da distribuição da população de cada uma das freguesias pelos grupos etários [vide Gráfico 1 - Anexos] permite distinguir claramente as freguesias mais jovens do Concelho – Famões, Póvoa de Santo Adrião e Ramada, com um peso de jovens com idades dos 14 aos 17 anos de, respectivamente, 10.1%, 9.9% e 9.5%. Pelo contrário, as freguesias de Caneças, Pontinha e Olival Basto surgem como as mais envelhecidas; apresentam maiores percentagens de população com 65 e mais anos, respectivamente, 12.6%, 12.1% e 11.6%.

No [vide Quadro 2 - Anexos] é possível, com uma leitura diferente da anterior, perceber em que freguesias há um maior ou menor peso de cada um dos grupos etários considerados. Assim, é nas freguesias da Póvoa de Santo Adrião e Famões que os mais jovens – 14 aos 17 anos – estão mais representados.

Esta última freguesia destaca-se ainda pelo peso dos jovens do escalão etário seguinte. O grupo dos 30 aos 44 anos tem maior peso nas freguesias da Póvoa de Santo Adrião e

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na Ramada, enquanto o escalão etário que se lhe segue tem maior representatividade em Olival Basto. Os mais idosos têm maior peso percentual, como seria de esperar, nas freguesias mais envelhecidas – Caneças, Pontinha e Olival Basto.

Na distribuição da população por grupos etários e sexo [vide Quadro 3 - Anexos], podemos constatar o aumento do peso das mulheres à medida que aumenta a idade, para todas as freguesias. É sobretudo no escalão etário dos 65 e mais anos que é particularmente evidente o maior peso do sexo feminino em detrimento do sexo masculino. Corresponde, na realidade, ao que se verifica na sociedade portuguesa em que nos escalões etários superiores predominam as mulheres, fruto de uma maior esperança de vida.

1.2 – Estruturas Familiares

O estudo das estruturas familiares assume especial relevância num contexto de profundas transformações nos padrões de formação dos agregados familiares. A esta questão associam-se também mudanças nos padrões de comportamento face à fecundidade, sendo acentuada a queda verificada nos índices de fecundidade na maior parte dos países ocidentais, Portugal incluído, em relação ao qual deixou de estar assegurada a substituição das gerações, desde 1982.

A análise das estruturas familiares da população do Concelho [Gráfico 3 e vide Quadro 4 - Anexos]revela uma distribuição semelhante à presente a nível nacional: a supremacia da família conjugal nuclear, que contempla 56.9% dos inquiridos.

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Perfis da População – Aspectos Demográficos e Sócio-Económicos

[GRÁFICO 3] – Tipos de família da população do concelho de Odivelas (%)

5,8 13,1 18,4 56,9 5,1 0,7 0 10 20 30 40 50 60 Família unipessoal -vivendo sozinho Família extensa -coabitando c/ out. familiares Família conjugal nuclear - casal s/ filhos Família conjugal nuclear - casal c/ filhos Família monogenitorial -mães c/ filhos Família monogenitorial -pais c/ filhos

Segue-se os casais sem filhos (18.4%) e as famílias extensas, que têm uma presença não negligenciável (13.1%). Relativamente ao primeiro – casais sem filhos, poder-se-á afirmar que se trata de jovens casais, que seguem uma tendência bem patente nos últimos anos em que “a mudança no ciclo de vida dos indivíduos pouco se prolonga numa

ligação conjugal sem filhos. Assiste-se, sim, à passagem generalizada de uma situação pré-conjugal para a vida reprodutiva, embora, (...) as ligações conjugais sejam cada vez mais tardias.” (Inquérito à Fecundidade e Família, INE, 1997: 15).

De facto, segundo os dados que constam deste mesmo inquérito, parece ser cada vez mais tardia a saída dos jovens da casa dos pais. A manutenção destes até mais tarde no agregado familiar poderá relacionar-se com o prolongamento da formação escolar, bem como com as dificuldades de acesso à habitação e ao mercado de trabalho, o que retarda o momento de formação da sua própria família.

De referir ainda as famílias monogenitoriais, 5.8%, quase exclusivamente constituídas por mães com filhos. Já nos últimos recenseamentos, 1991, se assistia a esta tendência, ou seja, a um número de famílias monoparentais que, ainda que reduzido, é superior nas mulheres. Há, com efeito, uma diferença assinalável entre a percentagem de mulheres

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que vive com filhos e sem cônjuge e a percentagem de homens na mesma situação. A esta realidade não se pode dissociar o facto de ser às mulheres a quem normalmente cabe a responsabilidade da guarda dos filhos aquando do divórcio, o que faz com que o mercado matrimonial dos recasamentos lhes seja habitualmente menos favorável que aos homens separados/divorciados.

A distribuição da população de cada uma das freguesias segundo o tipo de família [vide Quadro 5 - Anexos] segue, de um modo geral, a mesma tendência do Concelho. Ressalve-se o caso de Famões em relação ao segundo tipo de família mais representado, sendo que para esta freguesia a família extensa assume uma posição preponderante, contrariamente às restantes freguesias, em que o casal sem filhos surge invariavelmente como o tipo de família onde se inserem mais residentes, em segundo lugar.

Numa análise diferente da anterior, que possibilita verificar em que freguesias é mais preponderante cada tipo de família [vide Quadro 6 - Anexos], podemos constatar que há um peso bastante semelhante da família conjugal nuclear – casal com filhos nas várias freguesias. Porém, importa destacar a freguesia da Ramada (15.4%). Já em relação à família conjugal nuclear – casal sem filhos, é de destacar Caneças (19.5%) e Pontinha (17.8%). As famílias monogenitoriais têm uma presença mais acentuada na Pontinha; a família unipessoal em Odivelas e a extensa em Famões.

1.3 – Estado Civil

O estudo das estruturas familiares da população do Concelho prossegue com a análise do estado civil dos inquiridos, com o conhecimento das diferentes situações conjugais. Assim, e conforme se pode comprovar pela leitura do [Gráfico 4], a grande maioria da população concelhia (59.4%) é casada; seguem-se os solteiros, com 28.4% e depois os viúvos (5.5%).

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Perfis da População – Aspectos Demográficos e Sócio-Económicos

[GRÁFICO 4] – Estado civil da população do concelho de Odivelas (%)

Casado 59,4% Separado/ divorciado 3,7% Solteiro/vivendo conjugalmente 3,1% Viúvo 5,5% N/R 0,1% Solteiro 28,4%

As restantes situações são muito pouco comuns, seja a de separado/divorciado, seja a de solteiro vivendo/conjugalmente, o que traduz o peso ainda bem enraizado das uniões socialmente reconhecidas e institucionalizadas. A conjugalidade informal está ainda longe de constituir uma prática comum entre a população residente no Concelho, continuando a dar lugar a uma vida conjugal predominantemente ligada a modelos formalmente reconhecidos.

Embora a população do Concelho não seja bem o exemplo disso, importa no entanto, referir as alterações em geral em matéria de nupcialidade. As relações conjugais são cada vez mais tardias e, por outro lado, não obstante a preponderância do casamento legal, este não constitui já a única forma de relacionamento.

Reportando este tipo de análise para cada uma das freguesias que compõem o Concelho [vide Gráfico 2 - Anexos], podemos confirmar os resultados que se verificam para o total da população concelhia. Se em todos estes territórios é maioritário o estado civil casado, com especial destaque para a freguesia de Caneças (70.5%), não se pode ignorar uma maior distribuição, ainda que pouco equitativa, da população de Odivelas pelos diferentes tipos de estado civil. Esta freguesia não só apresenta, comparativamente com as restantes, a mais baixa percentagem de casados como as mais elevadas percentagens de solteiros, solteiros/vivendo conjugalmente e separados/divorciados.

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A idade está fortemente associada a mudanças de estatuto conjugal, tal como se pode confirmar pelo cruzamento entre o estado civil e aos escalões etários dos inquiridos [vide Quadro 7 - Anexos]. Nos dois escalões etários mais jovens, como seria de esperar, prevalece o estado civil solteiro.

O número significativo de solteiros entre os jovens do escalão dos 18 aos 29 anos prende-se concerteza com as alterações na estrutura do sistema escolar, com implicações no prolongamento da condição juvenil e uma maior dilatação dos tempos e percursos escolares e, por outro lado, com a dificuldade de inserção no mercado de trabalho; torna-se, assim, difícil obter autonomia da família de origem, adquirir casa própria, o que leva ao retardamento da idade para casar ou constituir família.

Importa ressaltar a tendência geral, a nível nacional, para, tanto homens como mulheres, adiarem o momento, quer do casamento quer do nascimento do primeiro filho. Porém, o mesmo não se verificou com gerações anteriores.

Se para as gerações que actualmente têm idades superiores a 45 anos as idades medianas ao primeiro casamento foram ligeiramente mais tardias, para as gerações que se lhe seguem verificou-se um abaixamento das mesmas. Para tal terá contribuído “a

modernização e urbanização da sociedade portuguesa, que levou a um maior individualismo nos laços sociais”, o que “terá, durante certo período, feito diminuir os constrangimentos familiares à decisão de contrair casamento, legal ou de facto.” (idem,

21).

À medida que aumenta a idade, até aos 64 anos, constata-se o aumento dos que são casados; a partir dos 65 anos a percentagem daqueles diminui para dar maior peso aos viúvos.

A presença de outras situações conjugais, menos comuns, não obstante a fraca representatividade, são-no essencialmente no caso dos solteiros/vivendo conjugalmente nas classes etárias dos 18 aos 29 anos e dos 30 aos 44 anos; os separados/divorciados têm maior presença nas classes dos 30 aos 64 anos.

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Perfis da População – Aspectos Demográficos e Sócio-Económicos

O estado civil da população das diferentes freguesias segundo os escalões etários dos inquiridos segue a mesma tendência que a verificada para o total da população concelhia. A distribuição do estado civil da população do Concelho segundo o sexo [vide Gráfico 3 - Anexos] revela, em termos relativos, a predominância dos homens nos estados civis solteiro e casado, enquanto as mulheres têm maior relevo no estado de viuvez e separado/divorciado.

1.4 – Nível de Instrução

A população do concelho de Odivelas [Gráfico 5], não destoando da população portuguesa, apresenta níveis de escolaridade relativamente baixos; atente-se na elevada percentagem dos que apenas possuem ensino primário – 35.6% e nos que não sabem ler/escrever ou que sabem ler/escrever sem terem frequentado a escola – 7.5%. Segue-se, em peso percentual, os que têm ensino secundário unificado (17.8%) e ensino preparatório (11.8%). O reverso desta situação é a baixa percentagem dos que possuem qualificações superiores: somente 5.9% têm ensino superior e 3.2% ensino médio.

[GRÁFICO 5] – Nível de escolaridade da população do concelho de Odivelas (%)

3,7 3,8 35,6 11,7 17,8 8,5 9,4 3,2 5,9 0,4 0 5 10 15 20 25 30 35 40

Não sabe ler nem escrever Sabe ler e escrever Ensino primário Ensino preparatório Ens. sec. Unificado Ens. Comp. (10º/11º ano) 12º ano Ensino médio Ensino superior N/R

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À semelhança do que se verifica no Concelho, em todas as freguesias o ensino primário surge como o nível de escolaridade predominante das populações [vide Quadro 8 e Gráfico 4 - Anexos]. Destaque-se, a este propósito, as freguesias de Caneças e Pontinha, com 52.1% e 39.2% das suas populações com este nível de ensino, ao que não será alheio o peso nestes territórios dos indivíduos mais velhos, tendencialmente menos escolarizados.

A situação é ainda menos favorável se a estes dados associarmos o peso dos analfabetos – 11.1% para Caneças e 14.3% para a Pontinha. Neste caso, 63.2% e 53.5% da população destas respectivas freguesias têm níveis de escolaridade que não ultrapassam o ensino primário.

Entre as freguesias cuja população mais representada está nos níveis de escolaridade mais elevados temos Odivelas, Póvoa de Santo Adrião e Ramada, com, respectivamente, 16.6%, 11.8% e 10.3% dos seus residentes a possuírem escolaridade média e superior. Nos antípodas desta situação está Caneças, freguesia com menor percentagem relativa de indivíduos que possuem escolaridade média e superior – apenas 2.3%, bem como a freguesia da Pontinha, com 4.6% de indivíduos em situação semelhante.

A análise do nível de escolaridade com maior representatividade em cada uma das freguesias permite confirmar que o analfabetismo e o ensino primário estão mais presentes nas freguesias de Caneças e Pontinha, sendo que esta última também se destaca ao nível do ensino preparatório.

Olival Basto assume relevância pela percentagem dos que possuem ensino secundário unificado, assim como a Ramada. Esta última, juntamente com Odivelas e Famões, destaca-se nos níveis de ensino complementar e 12.º ano. O ensino médio está mais presente na freguesia de Odivelas, assim como o ensino superior, seguida da Póvoa de Santo Adrião e da Ramada.

Em relação à maior representatividade dos vários níveis de escolaridade em cada uma das freguesias do Concelho [vide Quadro 9 - Anexos], podemos concluir pela maior presença do analfabetismo e ensino primário nas freguesias da Pontinha e Caneças,

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Perfis da População – Aspectos Demográficos e Sócio-Económicos

Aquelas constituem, de facto, as freguesias com maior percentagem de população com escolaridade muito baixa, ao que não será alheio a própria formação destes territórios – populações rurais, com fracos recursos escolares, constituindo actualmente uma população mais envelhecida.

O que nos remete para uma temática tão premente que é a da cultura, mais concretamente a da cultura popular. As diferentes proveniências geográficas deixam antever traços culturais diferenciados, o que deverá ser tido em conta na problemática mais abrangente das identidades culturais locais, a desenvolver mais adiante.

Freguesias mais rejuvenescidas, como Odivelas, Ramada, Famões ou Póvoa de Santo Adrião fazem notar-se, não só pela menor percentagem dos que possuem níveis escolares mais baixos como pela percentagem mais alta dos que possuem uma escolaridade mais elevada. Atente-se sobretudo no caso de Odivelas, sendo que dos inquiridos que possuem níveis de ensino médio e superior, respectivamente 31% e 23.9%, residem nesta freguesia.

Revelou-se pertinente a comparação destes dados com os homólogos para o total da população portuguesa, para o ano de 1997, patentes na publicação do Instituto Nacional de Estatística intitulada Indicadores Sociais (1998).

Considerando apenas os indivíduos com idade compreendida entre os 15 e os 64 anos, ou seja, a população em idade habitualmente considerada activa, conclui-se que a população concelhia apresenta, não só mais baixa percentagem de analfabetos como superioridade no que respeita aos indivíduos que possuem formação secundária e superior, embora neste último caso essa superioridade não seja muito expressiva [vide Quadro 10 e Gráfico 5 - Anexos].

A introdução nesta análise da variável sexo revela-se profícua, fazendo emergir uma realidade muitas vezes repetida nos últimos tempos – a escolaridade é desigual entre os dois sexos. Não obstante o ensino primário ser o nível de instrução predominante em ambos os casos, em geral as mulheres são menos escolarizadas que os homens. Porém, a observação desta desigualdade face à educação merece uma análise mais fina.

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A distribuição da população por níveis de escolaridade e sexo [vide Quadro 11 - Anexos] revela a supremacia do sexo feminino quer nos níveis de escolaridade mais baixos quer nos mais elevados. Tal constatação advém com certeza, por um lado, da exclusão a que algumas das mulheres mais velhas estariam votadas ao nível da escolaridade, ainda para mais numa altura em que esta não seria obrigatória; por outro, constata-se que as mulheres jovens frequentam em maior número o ensino superior - são, em geral, mais escolarizadas que os homens.

A leitura deste quadro permite distinguir, pois, situações que se prendem directamente com o contexto histórico do processo de escolarização da sociedade portuguesa. A menor escolarização feminina – maior percentagem de mulheres nos dois primeiros níveis considerados – liga-se profundamente com o papel tradicionalmente atribuído à mulher no espaço doméstico. A preponderância das mulheres nos últimos níveis escolares reflecte a crescente mudança social e cultural, bem como a evolução económica e política da sociedade portuguesa.

Voltando à análise da população do concelho de Odivelas, mais concretamente à distribuição da sua população por níveis de ensino e sexo [vide Quadro 12 - Anexos] confirma-se que em ambos os sexos o ensino primário é o nível mais representado – 36.1% para o sexo masculino e 35.1% para o feminino. Segue-se o ensino secundário unificado, para os homens, com 13.2%, e, para as mulheres este nível e, ex-aequo, o 12.º ano – 10.3%. as mulheres apresentam, ainda que com uma expressão relativa, maiores pesos nos níveis escolares mais elevados.

O cruzamento desta questão com o sexo [vide Gráfico 6 - Anexos] vem reforçar o anteriormente referido. As mulheres começam por estar mais representadas ao nível do analfabetismo, para diminuírem o seu peso entre os níveis de ensino primário e complementar. Reforçam a sua posição nos níveis seguintes, destacando-se o 12.º ano e o ensino superior.

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Perfis da População – Aspectos Demográficos e Sócio-Económicos

A mesma tendência se vislumbra em relação à generalidade das freguesias do Concelho. Como se pode confirmar, relativamente aos analfabetos [vide Quadro 13 - Anexos], as mulheres estão sempre em superioridade percentual, qualquer que seja a freguesia em questão. A este nível, as diferenças entre sexos mais notórias fazem sentir-se nas freguesias de Caneças e Olival Basto, que apresentam elevadas taxas de analfabetismo. Na Póvoa de Santo Adrião e em Famões, freguesias mais escolarizadas, é onde esse hiato menos se faz sentir.

É sobretudo a partir do 12.º ano que se inverte esta tendência, ou seja, que as mulheres, porventura as mais novas, passam a estar em predominância, nesses níveis de ensino, relativamente aos homens.

Se em todas as freguesias, e em ambos os sexos, a maioria dos inquiridos tem o ensino primário, importa salientar as freguesias de Odivelas e Ramada, em relação às quais não só a percentagem dos que possuem esse nível de ensino é relativamente baixa, por comparação às restantes freguesias, como esses valores se aproximam muito dos que possuem ensino secundário unificado.

Ao nível da idade dos inquiridos verifica-se uma distribuição desigual das qualificações escolares. Os dois primeiros escalões (14-17 e 18-29 anos) surgem como os mais escolarizados, fruto da evolução registada ao nível da política educativa, consubstanciada no alargamento da escolaridade obrigatória para nove anos e ainda pelo facto de nas sociedades contemporâneas as credenciais académicas constituírem um dos principais mecanismos de inserção na vida activa. Como refere António Barreto e al (1996: 47), “A

cobertura integral da população jovem pelo sistema educativo está assegurada desde os fins dos anos 70. A expansão rápida dos graus secundário e superior tem vindo a verificar-se desde então”.

Da análise do [vide Quadro 14 e Gráfico 7 - Anexos], acerca da distribuição da população do concelho de Odivelas por níveis de ensino e escalões etários, pode concluir-se que o grau de escolaridade e a idade são variáveis inversamente proporcionais.

Com efeito, à medida que a análise evolui para os escalões etários mais elevados aumenta a percentagem dos que possuem níveis de escolaridade mais baixos ou são

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mesmo analfabetos. Este mesmo facto pode ser comprovado pelos que do escalão dos 14 aos 17 anos são analfabetos ou possuem ensino primário, respectivamente, 0.6% e 3.8%, e pelos que com 65 e mais anos se encontram na mesma situação – 38.1% e 54%, na mesma ordem.

A idade relativamente baixa dos inquiridos do escalão dos 14 aos 17 anos explica que a sua maioria, 44%, tenha uma escolaridade que não ultrapassa o secundário unificado, ou mesmo o ensino preparatório (29.6%). Importa alertar para o facto de estes jovens se encontrarem ainda em idade escolar e de ainda não terem terminado as suas trajectórias escolares, pelo que a interpretação dos dados não pode ser entendida como definitiva. No escalão seguinte é já visível o aumento da escolaridade, sobretudo ao nível do 12.º e ensino superior. O escalão dos 18 aos 29 anos, pode afirmar-se, é o mais escolarizado. Verificam-se neste escalão etário, comparativamente com os restantes, percentagens mais elevadas, desde o ensino complementar até ao superior. Considerando que, em alguns casos, possivelmente, a escolaridade ainda não estará concluída, este escalão terá tendência para subir a sua escolaridade, mantendo assim a sua superioridade em relação aos outros.

Não deixa de ser curioso, no entanto, o facto de se registarem iletrados em todos os escalões etários, bem como indivíduos cuja escolaridade não ultrapassa o ensino primário: é o caso de 3.8% e de 9.7% dos inquiridos, respectivamente dos dois primeiros escalões etários.

A análise desta mesma questão para cada uma das freguesias [vide Quadro 15 - Anexos] evidencia a tendência supra referida. O escalão etário dos 65 e mais anos tem uma escolaridade que raramente supera o ensino primário. Os inquiridos com idade entre os 18 e os 44 anos são, em geral, os mais escolarizados.

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Perfis da População – Aspectos Demográficos e Sócio-Económicos

1.5 – Estrutura Sócio-Profissional da População 1.5.1 – Condição Perante o Trabalho

O estatuto ocupacional assume um lugar importante nas sociedades actuais. Estas, marcadas por uma complexa divisão social do trabalho, quaisquer que sejam os sectores económicos, são absolutamente estruturadas pela inserção, assunção e dissociação do tempo profissional. O estatuto ocupacional define, assim, por um lado, o momento face ao tempo profissional e, por outro, a situação nesse tempo, isto é, diferencia quem trabalha de quem está desempregado e de quem é doméstico.

No que respeita à condição perante o trabalho da população do concelho de Odivelas [Quadro 1] formaram-se dois grandes grupos: o dos activos, representado por 63.2% de indivíduos, e o dos inactivos (36.8%).

Quanto ao primeiro importa salientar os empregados – 57.5%, ao que não será alheio o facto de se tratar de uma população cuja estrutura etária é relativamente jovem, portanto com um grupo de indivíduos em idade activa bastante considerável.

Relativamente ao segundo grupo, é de salientar os reformados (14.2%), que já saíram da vida activa, bem como os estudantes (11.6%) que a breve trecho irão entrar no mundo do trabalho. As domésticas contemplam 8.2% da população, leia-se mulheres, às quais se associa ainda um papel de certa forma tradicional face à casa e à família.

[QUADRO 1] – Condição perante o trabalho da população do Concelho (%)

Condição perante o trabalho N.º %

Empregado 1055 57,5 Trabalhador-estudante 40 2,2 Desempregado e já trabalhou 61 3,3 À procura 1.ºemprego 3 0,2 ACTIVOS Total 1159 63,2 Doméstica 151 8,2 Estudante 212 11,6 Reformado 260 14,2

Serviço militar obrigatório 2 0,1

Incapacitado permanente p/ trabalho 29 1,6

Não trabalha nem procura emprego 21 1,1

Total 675 36,8

INACTIVOS

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Uma leitura mais imediata destes dados obtém-se pela associação dos trabalhadores com os trabalhadores-estudantes, donde se conclui que 59.7% da nossa população está empregada; o desemprego afecta 3.5% dos inquiridos e noutra situação encontram-se 2.8%; as restantes categorias mantêm-se [Gráfico 6].

[GRÁFICO 6] – Condição perante o trabalho da população do concelho de Odivelas

Empregado 59,7% Outras 2,8% Reformado 14,2% Desempregado 3,5% Doméstica 8,2% Estudante 11,6%

A distribuição da população de cada uma das freguesias segundo a condição perante o trabalho [vide Quadros 16 e 17 - Anexos] permite constatar uma distribuição semelhante à que se verifica no Concelho. Em todas as freguesias são os empregados que estão em maioria, com particular destaque para as freguesias de Famões (65.1%), Póvoa de Santo Adrião (61.2%) e Ramada (60.8%).

De um modo geral o segundo grupo mais representado é o dos reformados, com maior expressão em Caneças (17.6%), Olival Basto (17.1%) e Pontinha (17%), em qualquer dos casos com valores homólogos superiores ao do Concelho. A excepção neste segundo grupo com maior peso remete-nos para as freguesias da Póvoa de Santo Adrião, Ramada e Famões, cujas percentagens de estudantes são superiores à dos reformados. No caso de Odivelas as duas categorias apresentam valores muito próximos.

A distribuição da população pelas diferentes categorias de condição perante o trabalho liga-se estreitamente com a respectiva estrutura etária e, consequentemente, com os grupos etários funcionais presentes em cada uma das freguesias.

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Perfis da População – Aspectos Demográficos e Sócio-Económicos

A posição desfavorável das mulheres por relação aos homens face ao mercado de trabalho é notória [vide Gráfico 8 - Anexos]. São elas quem mais está desempregada – 4.2% do sexo feminino para 2.7% do sexo masculino. No caso concreto da população concelhia essa vulnerabilidade ao nível do emprego é bem manifesta nas taxas de desemprego1 [vide Gráfico 9 - Anexos], de 7.7% para as mulheres e 3.8% para os

homens.

Por outro lado, apenas 50.1% das mulheres está empregada, enquanto 70.2% dos homens se encontram na mesma situação. Uma percentagem considerável de mulheres – 15.8% - dedica-se exclusivamente às tarefas domésticas.

Ainda relativamente às taxas de desemprego por freguesia e sexopodemos constatar que estas são sempre bastante mais elevadas para as mulheres que para os homens, sendo de referir, com grandes diferenças entre sexos, as freguesias da Ramada, da Pontinha, de Olival Basto e Caneças.

Olival Basto e Pontinha são as freguesias que apresentam taxas de desemprego total superiores à concelhia. Todas as restantes têm taxas de desemprego inferiores a 5.5%; destaca-se Famões, por apresentar a taxa de desemprego mais baixa.

Quanto à taxa de actividade por freguesia e sexo [Quadro 2] verificam-se taxas totais relativamente semelhantes entre as várias freguesias. Será de destacar, porém, Famões, Póvoa de Santo Adrião e Ramada com taxas de actividade superiores à do Concelho, respectivamente de, 68.2%, 64.6% e 64.3%.

Uma vez mais é bem evidente a diferenciação conferida pelo sexo no que respeita a esta taxa – em todas as freguesias existem taxas de actividade masculina bastante superiores às do sexo oposto. Ressaltam as freguesias de Famões, Caneças e Olival Basto, com diferenças entre sexos de, respectivamente, 23.9%, 23.8% e 20.1%, favoráveis aos homens.

1 Taxa de Desemprego = (Número de Desempregados/ População Activa) * 100;

Taxa de Desemprego Feminina = (Número de Desempregadas Mulheres/ População Activa Feminina) * 100; Taxa de Desemprego Masculina = (Número de Desempregados Homens / População Activa Masculina) * 100.

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[QUADRO 2] – Taxas de actividade masculina, feminina e total da população das freguesias do concelho de Odivelas

Freguesias Taxa Actividade Masculina Taxa Actividade Feminina Taxa de Actividade Total Caneças 73,4 49,6 60,9 Odivelas 65,4 56,8 60.9 Pontinha 72,4 52,8 62,3

Póvoa de Santo Adrião 72,4 57,4 64,6

Famões 80,3 56,4 68,2

Olival Basto 71,9 51,8 61,2

Ramada 74,7 55,0 64,3

Concelho 72,9 54,3 63,2

De um modo geral, qualquer que seja a freguesia a percentagem de homens empregados é sempre superior à das mulheres [vide Quadro 18 - Anexos]; estas estão em maior número nas restantes categorias consideradas, salvo duas excepções: no caso de Odivelas o número de homens desempregados e reformados é superior ao das mulheres; no caso da Póvoa de Santo Adrião é sensivelmente igual a percentagem de mulheres e homens estudantes.

Da análise da condição perante o trabalho por nível de ensino da população [vide Quadro 19 - Anexos] conclui-se que há uma relativa homogeneidade da escolaridade, ou seja, ensino primário, em quatro categorias, a saber: empregados (33.8%), domésticas (57.6%), reformados (58.1%) e outras situações (48.1%).

Ao nível dos estudantes verifica-se uma distribuição mais ou menos equitativa entre os que possuem ensino secundário unificado, ensino complementar e 12.º ano. Quanto aos desempregados importa destacar os inquiridos com escolaridade igual ou superior ao 12.º ano – 28.2%. Este facto reflecte um pouco a realidade nacional, em que um dos aspectos significativos do desemprego em Portugal respeita à sua dimensão e evolução por níveis de habilitação literária.

As taxas de desemprego apresentam-se mais altas nas habilitações de grau mais elevado, sendo de salientar o caso dos jovens com cursos de ensino superior. A evolução registada reflecte uma diminuição do peso do desemprego nas habilitações mais baixas, e

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Perfis da População – Aspectos Demográficos e Sócio-Económicos

possível observar este facto, quer ao nível do total de desempregados quer em relação aos jovens, sendo, no entanto, mais visível neste último grupo. É um dado que poderá relacionar-se com o aumento do fluxo de saída de jovens com maior escolaridade, contingente este que o sistema produtivo tem revelado incapacidade em absorver.

1.5.2 – Situação na Profissão

No que respeita à situação na profissão da população concelhia [Gráfico 7] verifica-se que a grande maioria dos que são empregados são assalariados/trabalhadores por conta de outrem (83.2%); seguem-se, mas numa percentagem bastante inferior, os isolados/trabalhadores por conta própria (10.9%) e os patrões (3.7%).

[GRÁFICO 7] – Situação na profissão da população do Concelho de Odivelas

3,7 10,9 0,6 83,2 0,5 1,1 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 Patrão Isolado/trab.conta própria Trab. empreendimento familiar Assalariado/Trab. conta outrém Outra situação N/R

Esta análise, reportada às várias freguesias do Concelho [vide Quadro 20 - Anexos], é semelhante à deste, em que o grupo mais representado é o dos assalariados. Saliente-se, no entanto, os isolados/trabalhadores por conta própria com um peso significativo na freguesia da Ramada (19.4%).

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