Em meio às dificuldades financeiras que a maior parte dos novos estádios brasileiros vivem, a WTorre tem refeito as contas com o Allianz Parque. E não é por administração de dívidas, mas sim por adiantamento no retorno do inves-timento realizado para a construção da arena do Palmeiras.
A construtora não abre valores de fa-turamento por questão contratual, mas
a WTorre prevê, no momento, que o retorno com o estádio deva acontecer entre o oitavo e décimo ano da arena. Originalmente, a empresa tinha previ-são de recuperar os investimentos en-tre o 12º e o 13º ano.
Para a WTorre, há considerável im-portância em antecipar o retorno. A cada cinco anos, o Palmeiras passa a ganhar mais 5% do lucro líquido do
WTorre prevê retorno mais
cedo com Allianz Parque
POR DUDA LOPESB O L E T I M
NÚMERO DO DIA
EDIÇÃO • 797 SEXTA-FEIRA, 14 DE JULHO DE 2017
WTorre não tem direito sobre os ingressos dos jogos
do Palmeiras; bilheteria é toda do tima paulista. Ainda assim, tem conseguido comercializar espaços corporativos, camarotes e patrocínios para a nova arena.
2mi
De euros terá que pagar
o Barcelona ao Santos
pelo ‘Caso Neymar’,
segundo determinação
da Fifa anunciada na
quinta-feira.
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U N I T E D É O T I M E M A I S VA L I O S O O Manchester United ficou em terceiro lugar no ranking da revista Forbes com os clubes mais valiosos do mundo. A equipe inglesa ficou atrás apenas de Dallas Cowboys (NFL) e New York Yankees (MLB). Logo atrás dos ingleses aparecem Barcelona e Real Madrid. O trio são os únicos times de futebol no top ten da publicação. O ranking é completado apenas por franquias das grandes ligas dos Estados Unidos.
A U D I E N T R A N A
F Ó R M U L A E
A Audi confirmou sua entrada na Fórmula E, categoria do automobilismo que só usa carros elétricos. A equipe terá o nome de Audi Sport Abs Schaeffler e irá estrear na temporada 2017/2018. A escuderia irá utilizar a estrutura que era da Abt Sportsline.
“A Fórmula E oferece o espetáculo do motor no coração de cidades fascinantes”, disse Dieter Gass, diretor da Audi Motorsport.
V Ô L E I R E N ATA
A P R E S E N TA T I M E
O Vôlei Renata apresentou o elenco para a disputa da próxima Superliga masculina em evento na fábrica da Selmi, fabricante da marca Renata, em Sumaré (SP). Nova patrocinadora do clube de Campinas, a Renata ocupará o lugar da Brasil Kirin, que encerrou parceria com a equipe.
O time ainda conta com outras marcas parceiras, como MRV Engenharia e Unimed Campinas
Allianz Parque. A partir do 15º ano, o clube fica com 20%, o que, na questão financeira, o torna sócio majoritário do negócio.
No total, a WTorre investiu R$ 690 milhões na obra. O valor inclui a demolição do antigo Palestra Itália, a construção de pré-dios para o clube e até intervenções nas vias ao redor da arena.
Em conversa com a Máquina do Esporte, Rogério Dezembro, CEO do braço da WTorre que gerencia o estádio, a Capital Live, reforçou o plano da companhia com o Allianz Parque. “Temos uma série de compromissos com os parceiros aqui: eu preciso ter outras atividades fora do futebol. Se eu tiver só jogo, eu sou só mais um estádio de futebol. Essa diversidade de atividades é que torna a arena atrativa ao mercado”.
Os ganhos do estádio são provenientes de vendas de cama-rotes, publicidade e alugueis, além das 10 mil cadeiras que a WTorre já comercializa após entrar na justiça com o Palmeiras. Mas Dezembro admite que o carro-chefe do estádio ainda é o futebol: “O calendário de jogos é a principal atração da arena. É mau negócio tirar o Palmeiras do Allianz Parque”.
O plano com shows é uma particularidade do modelo de negó-cios da WTorre. Ao considerar apenas o aluguel do estádio, eles não representam ganhos à administração quando o Palmeiras é deslocado de sua casa; o time tem que ser ressarcido por isso. No entanto, os acordos comerciais são valorizados porque in-cluem a presença de shows, inclusive no contrato com a Allianz. Até mesmo os camarotes têm o acordo. Alguns torcedores chegam a reclamar da saída do time do estádio, mas a maioria das cabines é vendida para pessoas jurídicas, que também se beneficiam com as apresentações musicais.
O recorde de audiência de Palmeiras x Corinthians na última quarta-feira é a síntese de um dos maiores proble-mas que o Brasileirão tem para decolar como um produto de fato nacional.
No fim dos anos 90, quando a Glo-bo aumentou o valor e passou a ter ex-clusividade na transmissão dos jogos, adotamos o critério de regionalização da transmissão do futebol no país.
Numa época em que Silvio Santos e Gugu formavam uma poderosa tabe-linha que chegava a liderar a audiên-cia, a Globo teve no futebol sua tábua de salvação. Os domingos passaram a ter mais jogos às 16h, sempre com
apelo para cada praça de exibição. Quase 20 anos depois, a fórmula não mudou. Mas o comportamento do público, sim. O futebol já não tem o mesmo peso para gerar audiência, e a Globo não é mais ameaçada.
Mesmo assim, a escolha dos jogos da TV segue o mesmo critério de antes. O futebol precisa ser regional. Não há possibilidade de um grande jogo de apelo nacional ser exibido para todo o Brasil. Nem mesmo a disputa para de-finir o time campeão tem transmissão ao vivo em todo o território nacional.
Isso derruba o Brasileirão como pro-duto. A cultura do torcedor é a
rivali-dade regional. Só é possível à elite que tem condições de pagar pelo PPV ver de fato o Campeonato Brasileiro.
O futebol brasileiro precisa entender o conceito de um torneio nacional.
Nesta semana, a NFL divulgou uma arrecadação recorde de US$ 7,5 bi-lhões. O motivo? O novo acordo de TV para a transmissão dos jogos da quinta-feira à noite, que valorizou-se em 50%. Um único jogo por semana, exibido em rede nacional, gera o valor total pago pelos direitos do Brasileiro.
Quando isso irá mudar por aqui?
Busca por audiência é entrave
para Brasileirão de fato nacional
O P I N I Ã O
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Na quarta-feira à noite, Corinthians e Palmei-ras fizeram mais um clássico no ano que cele-bra o centenário da rivalidade entre as equipes. E, com o bom momento vivido pelos clubes, a Globo conseguiu números recordes no Ibope.
O jogo rendeu 41 pontos de média para a Globo, com participação de 57% das televisões ligadas. Em Campeonatos Brasileiros, essa foi a melhor audiência em 12 anos para a emissora em São Paulo.
A última vez que a Globo havia atingido um número tão alto no torneio nacional havia sido em 2005, quando o Corinthians enfrentou o São Caetano. Na época, o time alvinegro con-tava com Carlos Tevez e outros jogadores reno-mados que se consagraram campeões
brasilei-ros ao fim da temporada.
Ao considerar a audiência geral de futebol entre clubes, o número perde apenas para a segunda final da Copa Libertadores de 2012. Na ocasião, o Corinthians venceu o Boca Ju-niors e se consagrou campeão do torneio pela primeira vez. Foram 48 pontos na época, com 75% de participação.
No Rio de Janeiro, a transmissão foi para a partida entre Vitória e Vasco. Nesse caso, não houve muitos atrativos, e a audiência não saiu da média. O jogo rendeu 24 pontos, com parti-cipação de 36% entre as televisões ligadas.
Cada ponto no Ibope equivale a 70,5 mil resi-dências na Grande São Paulo e 44 mil residên-cias na região metropolitana do Rio de Janeiro.
Palmeiras x Corinthians rende melhor
audiência na Globo em 12 anos
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POR REDAÇÃO POR ERICH BETING
Após deixar a camisa do Santos, a startup de seguros Thinkseg a-certou contrato de patrocínio com o Fluminense. O contrato é válido por um ano, e a empresa irá ocu-par espaço na barra traseira da camisa da equipe carioca.
A estreia da marca no uniforme será no dia 23, contra o Corinthi-ans. O logo da empresa também ficará estampado em backdrops utilizados durante coletivas de im-prensa com jogadores e o técnico
Abel Braga, além de placas publi-citárias no Centro de Treinamento da equipe carioca.
“Estamos muito felizes com o que é, na verdade, a renovação de uma parceria que nasceu na final do Estadual do Rio e que, agora, se consolida definitivamente”, afir-mou André Mizrahi, diretor de marketing do Fluminense.
Na semana passada, a empresa teve contrato rescindido com o Santos após a Caixa notificar o
time. O banco estatal, patrocina-dor máster do clube, considerou a Thinkseg como uma concorrente no ramo de seguros.
No Fluminense não há esse prob-lema, já que a equipe das Laranjei-ras é uma dos poucos clubes da Sé-rie A que não fechou com a Caixa. Em 2016, o clube havia usado o logo da instituição bancária nos três últimos meses da temporada por conta de um acordo pontual, que não foi renovado.
“Estamos muito satisfeitos de voltar com a parceria e estampar nossa marca na camisa do Flumi-nense. E, mais ainda, em nos juntar à especial torcida que nos acolheu com tanto carinho durante a final do Campeonato Carioca”, disse André Gregori, CEO da Thinkseg.
Para ativar o patrocínio, a em-presa dará desconto de 5% aos sócios-torcedores do Fluminense que baixarem o aplicativo da em-presa e adquirirem o seguro de au-tomóvel na plataforma.
POR ADALBERTO LEISTER FILHO
Após deixar Santos, Thinkseg
acerta com o Fluminense
A Fina (Federação Internacional de Natação) terá seu próprio canal de streaming para a transmissão das provas do Campeonato Mundial da modalida-de, que será realizado em Budapeste, na Hungria, a partir desta sexta-feira (dia 14) e até 30 de julho.
“A FinaTV será uma porta de entrada para o es-porte com o objetivo de cultivar uma nova geração
de fãs que consomem conteúdos a todo momento e em todas as plataformas”, afirmou Julio Maglio-ne, presidente da Fina. “O lançamento desse novo serviço amplia o alcance global de nossas compe-tições”, acrescentou o dirigente uruguaio.
Os vídeos estarão disponíveis para smartphones, desktops e televisores via AirPlay e Chromecast.