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Análise da flexibilidade em praticantes de Yoga de um estúdio da cidade de Tubarão-SC

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ANÁLISE DA FLEXIBILIDADE EM PRATICANTES DE YOGA DE UM ESTÚDIO DA CIDADE DE TUBARÃO-SC

FLEXIBILITY ANALYSIS IN YOGA PRACTICERS OF A TUBARÃO-SC CITY STUDIO

Carla Beatriz de Jesus Lima Marcos Paulo Huber Resumo: A flexibilidade é uma das principais aptidões físicas relacionadas a qualidade funcional e motora, sob essa perspectiva observa-se a crescente busca pela prática de yoga a fim de melhorar tal aptidão. O presente estudo teve como objetivo analisar os níveis de flexibilidade em praticantes de yoga em um estúdio em Tubarão-SC, o instrumento de pesquisa utilizado foi o Flexiteste adaptado (Araújo, 2005), a amostra foi constituída por 18 indivíduos com faixa etária entre 25 a 55 anos, os dados obtidos foram transcritos para o programa Excel, resultados de p<0,05 foram considerados significativos e a diferença entre médias foi verificada através do teste t student. Em relação aos movimentos propostos pelo flexiteste a amostra obteve melhores resultados para a flexão do quadril (FQ) que alcançou a gradação média de 2,78 ±0,94, enquanto alcançou menor média para extensão do quadril (EQ) apresentando 2,06 ±0,64, o sexo feminino apresentou maior média nos níveis de flexibilidade (20,36 ±3,78) em relação aos homens (19,14 ±3,67), porém não foram encontradas diferenças estatísticas entre o grupo feminino e masculino (p= 0,51), em comparação a faixa etária, homens entre 25 a 40 anos alcançaram a pontuação média total de 20,0 ±4,08, e 40 a 55 anos 18 ±3,46, já as mulheres na faixa etária dos 25 aos 40 anos apresentou a pontuação de 22,33 ±3,67 no flexíndice, enquanto entre 40 a 55 anos alcançaram a pontuação média de 18 ±2,45. Diante dos resultados obtidos é possível concluir que os praticantes de yoga constituintes nessa amostra apresentaram a classificação média positiva segundo o flexíndice proposto por Araújo, portanto apresentam níveis satisfatórios de flexibilidade, observa-se também a necessidade de estudar os possíveis benefícios do yoga nas demais capacidades físicas, a fim de se obter resultados mais palpáveis sobre seus benefícios na capacidade funcional.

Palavras-chave: Flexibilidade. Yoga. Flexiteste.

Abstract: Flexibility is one of the main physical skills related to functional and motor quality, from this perspective there is a growing search for yoga practice in order to improve such fitness. The present study aimed to analyze the flexibility levels in yoga practitioners in a studio in Tubarão-SC, the research instrument used was the adapted Flexitest (Araújo, 2005), the sample consisted of 18 individuals aged between 25 At 55 years of age, the data obtained were transcribed into the Excel program, results of p <0.05 were considered significant and the difference between means was verified by the Student t test. Regarding the movements

Artigo apresentado como requisito parcial para a conclusão do curso de Graduação em Ed. Física Bacharelado

da Universidade do Sul de Santa Catarina – UNISUL. 2019.

 Acadêmico do curso Ed. Física Bacharelado da Universidade do Sul de Santa Catarina – Unisul. E-mail:

karlla.jt@hotmail.com.

 Orientador Mestre em ciências da saúde pela Universidade do Sul de Santa Catarina.

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proposed by the flexitest, the sample obtained better results for hip flexion (CF), which reached the average gradation of 2.78 ± 0.94, while reaching the lowest mean for hip extension (EQ), presenting 2.06 ± 0.64, females had higher mean flexibility levels (20.36 ± 3.78) than men (19.14 ± 3.67), but no statistical differences were found between the female and male groups (p = 0.51), compared to age group, men between 25 and 40 years old reached the total average score of 20.0 ± 4.08, and 40 to 55 years old 18 ± 3.46, while women in the age group of 25 to 40 years old presented the score of 22.33 ± 3.67 in the flexic index, while between 40 and 55 years reached the average score of 18 ± 2.45. Given the results obtained, it is possible to conclude that the yoga practitioners in this sample presented the positive average classification according to the Araújo flexic index, thus presenting satisfactory levels of flexibility. to obtain more tangible results on their benefits on functional capacity.

Keywords: Flexibility. Yoga Flexitest.

1 INTRODUÇÃO

Sob a perspectiva de cuidados integrais e promoção de saúde, observa-se o crescente interesse pela prática do Yoga como disciplina que considera o indivíduo sob uma perspectiva abrangente, sob os níveis físico, mental, espiritual e social (DALEPRANE, 2011).

A palavra "yoga" quer dizer "união", e nos sistemas filosóficos e religiosos indianos, significa a unificação consciente entre os aspectos materiais e espirituais do homem. O objetivo final da prática de Yoga consiste justamente no alcance desta integração (BLAY, 2004).

Com o passar dos séculos essa filosofia milenar originária da Índia passou por adaptações mantendo sua essência e seus objetivos. Hermógenes (2005) afirma que a prática de Yoga é capaz de produzir efeitos revigorantes propiciando ao praticante um estado permanente de vigor, serenidade, autoconfiança, equilíbrio físico e emocional, clareza mental e resistência à fadiga, substituindo ansiedades, fobias, conflitos e comportamentos neuróticos. As sessões de Yoga são compostas pela prática de exercícios respiratórios que equilibram a bioenergia (pranayamas), posturas físicas (ásanas) de alongamento, força isométrica e equilíbrio, o relaxamento psicofísico (yoganidra) e a meditação (dhyana).

Araújo (2006) define a flexibilidade como uma das principais variáveis da aptidão física relacionada à saúde e ao desempenho, é definida como a amplitude máxima passiva fisiológica de um dado movimento articular. Dantas (1995) afirma que a capacidade de alongamento muscular está diretamente relacionada com a capacidade de flexibilidade articular (ângulo de amplitude de uma determinada articulação). Ambas as capacidades físicas são inerentes aos seres humanos e estão sujeitas ao genótipo e ao fenótipo particular de cada indivíduo. Em geral, uma pessoa sedentária tende a ter sua flexibilidade diminuída com o

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passar do tempo, estando sua condição físicas adaptada apenas as exigências da sua rotina diária.

A flexibilidade pode ser definida como amplitude de movimento possível em uma ou em várias articulações. É desenvolvida pelo alongamento dos tecidos moles em torno de uma articulação, sendo de grande valor para os atletas em muitos esportes, pois pode melhorar significativamente o seu desempenho geral (DANTAS, 1995).

A redução da flexibilidade muscular pode predispor o indivíduo a desenvolver diversas lesões no sistema musculoesquelético, desvios posturais, dores e mudanças no ritmo lombo-pélvico. No que se refere aos músculos isquiotibiais, a redução em sua flexibilidade poderia acarretar alterações funcionais das articulações do quadril e da coluna lombar (Carregaro et al., 2007).

O Flexiteste, um método para a medida e a avaliação da mobilidade passiva de 20 movimentos, em que cada um deles é quantificado em uma escala ordinal de 0 a 4, contempla esses dois aspectos importantes, ao permitir concomitantemente a obtenção de um escore global denominado de Flexíndice e a análise individualizada e comparativa para cada um dos 20 movimentos estudados articulares (ARAÚJO, 2006).

Diante desses pressupostos e a escassez de estudos nacionais acerca do tema, surge um problema a ser discutido: Qual o nível de flexibilidade de praticantes de Yoga de um estúdio de Tubarão – SC?

O levantamento desses dados pode ser relevante para a comunidade científica, pois proporciona informações relevantes que podem colaborar para o mundo da pesquisa, abrindo a possibilidade para que haja mais estudos evidenciando os efeitos do Yoga em outras variáveis.

O presente estudo pode trazer informações importantes acerca do tema proporcionando conhecimento e direcionamento aos profissionais da área da Educação Física, sendo tal modalidade um interessante nicho de trabalho, contribuindo para a atualização e qualidade quanto ao conhecimento dos efeitos do yoga a fim de proporcionar uma melhora na qualidade de vida e saúde.

1 METODOLOGIA

O presente estudo caracteriza-se como estudo transversal de campo, com abordagem quantitativa. Foram coletados os dados de 18 alunos que praticam yoga regularmente em um

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estúdio de yoga em Tubarão-SC, o instrumento utilizado para avaliar os níveis de flexibilidade foi o Flexiteste (Araújo, 2005), no gabarito de avaliação foram inclusas informações pessoais como nome, idade e sexo. O processo de coleta de dados foi da seguinte forma: o teste, coleta de medidas e o questionário foram aplicados momentos antes da aula de yoga, conforme o protocolo de teste e a disponibilidade dos alunos que assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE). Os dados obtidos foram transcritos para o programa Excel, resultados de p<0,05 foram considerados significativos e a diferença entre médias foi verificada através do teste t student.

Dos vinte movimentos do Flexiteste (Figura 1), foram escolhidos oito movimentos: flexão, extensão e abdução do quadril, flexão e flexão lateral do tronco, extensão + adução posterior do ombro, extensão posterior a partir da abdução de 180° no ombro e extensão posterior do ombro. O protocolo de avaliação da flexibilidade articular foi executado de forma passiva máxima os 8 movimentos descritos acima, no lado direito do corpo, onde o avaliador movimentou o segmento avaliado até o seu limite, comparando-o seguidamente o grau de amplitude de movimento ao gabarito de avaliação, dando o conceito relativo ao movimento que mais se aproxima do gabarito.

Figura 1 – Descrição dos movimentos do flexiteste

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Cada movimento (figura 1) é retratado em gradações que variam de 0 a 4, perfazendo um total de cinco valores possíveis de classificação. Somente números inteiros podem ser atribuídos aos resultados, de forma que as amplitudes de movimentos intermediários entre duas gradações são sempre consideradas pelo valor inferior (FERNANDES, 1998).

A avaliação do nível de flexibilidade da amostra é classificada de acordo com a tabela de classificação abaixo (Figura 2).

Figura 2- Normas de classificação do nível de flexibilidade

Fonte: FERNANDES, F. J. Avaliação física. Ribeirão Preto: vermelinho, 1998.

2 RESULTADOS

A amostra foi composta por 18 indivíduos, no qual constituiu por 11 mulheres e 7 homens, a amostra feminina foi constituída por 6 mulheres que tinham idade entre 25 e 40 anos e 5 que tinham entre 40 a 55 anos, enquanto a amostra masculina contava com 4 homens com idade entre 25 a 40 anos e 3 na faixa etária dos 40 a 55 anos.

Na tabela 1 os oito movimentos do flexiteste adaptado foram representados por siglas, a sigla FQ representa o movimento de flexão do quadril; EQ a extensão do quadril; AQ a abdução do quadril; FT a flexão do tronco; FLT flexão lateral do tronco; EAO a extensão e adução do ombro; APO abdução posterior do ombro e EPO extensão posterior do ombro. A amostra obteve melhores resultados para a FQ que alcançou a gradação média de 2,78 ±0,94, enquanto alcançou menor média para EQ apresentando 2,06 ±0,64 (tabela 1).

Sobre o desempenho da amostra foi observado que a amostra feminina apresentou melhor desempenho na execução da FQ alcançando a gradação média de 3 ±1,0, e menor desempenho na EQ 2,09 ±0,70, já a amostra masculina apresentou melhor desempenho na execução da FLT apresentando a gradação média de 2,86 ±0,69, e menor desempenho também para EQ alcançando 2 ±0,58 na média do flexíndice (tabela 1).

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Tabela 1- Médias (FQ), (EQ), (AQ), (FT), (FLT), (EAO), (APO) e (EPO).

Movimento Mulheres Homens Geral

FQ 3 2,43 2,78 EQ 2,09 2 2,06 AQ 2,45 2,29 2,39 FT 2,27 2,43 2,33 FLT 2,64 2,86 2,72 EAO 2,64 2,14 2,44 APO 2,55 2,29 2,41 EPO 2,73 2,71 2,72 Média ± DP 2,55 ±0,28 2,39 ±0,14 2,48 ±0,11

Fonte: Elaboração do autor, 2019.

Comparando a média alcançada entre gêneros (tabela 2), observou-se que o sexo feminino apresentou maior média nos níveis de flexibilidade obtendo a pontuação média de 20,36 ±3,78 no flexíndice, enquanto a amostra do sexo masculino obteve a pontuação média de 19,14 ±3,67, porém a comparação das médias de pontuações desses grupos não obteve diferença significativa sendo (p= 0,51).

Tabela 2- Pontuação média alcançada entre homens e mulheres.

Pontuação DP

Mulheres 20,36 3,78

Homens 19,74 3,67

p= 0,51 Fonte: Elaboração do autor, 2019.

No gráfico 1 foi comparado as pontuações médias do flexíndice entre faixa etária, homens entre 25 a 40 anos alcançaram a pontuação média total de 20,0 ±4,08, e 40 a 55 anos 18 ±3,46, já as mulheres na faixa etária dos 25 aos 40 anos apresentou a pontuação de 22,33 ±3,67 no flexíndice, enquanto entre 40 a 55 anos alcançaram a pontuação média de 18 ±2,45.

Gráfico 1- Pontuação média alcançada entre homens e mulheres de 25 a 40 anos e 40 a 55 anos.

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25-40 anos 45-55 anos 0 5 10 15 20 25 20 18 0 0 22.33 18 0 0

Pontuação flexíndice

masculino feminino

Fonte: Elaboração do autor, 2019

3 DISCUSSÃO

Neste estudo procurou-se analisar o nível de flexibilidade em praticantes de yoga, desta forma, comparando os resultados entre homens e mulheres, foi encontrada diferença não significativa entre a pontuação média entre esses grupos (tabela 2), o estudo de Ribeiro e colaboradores (2010) procurou identificar o nível de flexibilidade de homens e mulheres de diferentes faixas etárias através do teste de sentar e alcançar seguindo protocolo do Canadian Standardized Test of Fitness (CSTF), contando com uma amostra de 16.405 sujeitos (11.114 mulheres e 5.291 homens) praticantes e não praticantes de exercícios físicos regulares, neste estudo também não foram encontrados resultados significativos entre os gêneros, porém foi observado que indivíduos ativos apresentaram índices mais elevados de flexibilidade quando comparados aos sedentários, ainda assim a amostra investigada apresentou valores inferiores aos recomendados pela tabela proposta pelo CSTF.

Estudos afirmam que vários fatores podem interferir na flexibilidade, como genética, gênero, idade, volume muscular, e adiposo, tipo de treinamento, temperatura e ambiente. O estudo de Wilhelms e colaboradores (2010) destaca a variável gênero, pois afirma que as mulheres são geralmente mais flexíveis que os homens.

Níveis muito elevados de flexibilidade articular, parecem não estar associados com excelência de desempenho desportivo, Scheper e colaboradores (2013), sugere que a hipermobilidade articular possa estar associada a uma maior predisposição a lesões musculares, tendíneas e articulares e a algumas outras doenças específicas do tecido conjuntivo ou a determinadas enfermidades clínicas. Porém tal aptidão física quando presente

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em níveis baixos, pode provocar desvios posturais, comprometendo a capacidade funcional, diminuindo assim a qualidade de vida (ACHOUR, 2002).

Como pode-se observar no gráfico 1, a pontuação do flexíndice diminuiu na faixa etária dos 45 aos 55 anos tanto nos indivíduos do sexo feminino quanto masculino, ainda assim tais resultados apresentaram classificação médio positivo na pontuação do flexíndice. Rebelatto (et.al, 2006) afirma que conforme envelhecemos, maior é a tendência a redução da flexibilidade e mobilidade articular, podendo apresentar um maior risco de quedas nessa população. Dessa forma os resultados apresentados por essa população no presente estudo, podem demonstrar a importância da inclusão de exercícios de flexibilidade como o yoga nos programas de exercícios físicos a fim de otimizar e manter essa aptidão física.

Seguindo o pressuposto do ganho e manutenção da flexibilidade conforme maior idade, o estudo de Farinatti (et.al, 2014) analisou e comparou o ganho de flexibilidade de idosos na prática de yoga e calistenia através do flexiteste, onde um grupo praticou yoga por 12 meses e o outro praticou calistenia por também 12 meses, os resultados mostraram aumentos significativos de flexibilidade total no grupo yoga (por 22,5 pontos) e o grupo calistenia (5,8 pontos) (p <0,01 para cada), concluindo que a prática de yoga com movimentos lentos/ passivos foi mais eficaz em melhorar a flexibilidade em comparação com a calistenia com movimentos rápidos/ dinâmicos.

Em geral, os resultados da amostra apresentaram bons índices de flexibilidade (tabela 2), considerando a classificação do flexíndice de Araújo todos ficaram na classificação médio positivo, no estudo de Zenatti (et.al, 2013), foi avaliado as aptidões físicas flexibilidade e força em seis mulheres fisicamente ativas, submetidas a um programa de treinamento de dois meses de Hatha Yoga, mesmo não apresentando diferenças estatísticas entre o pré-teste (49,8 ± 5,94) e o pós-teste (50,1 ± 5,70) (p= 0,86), os resultados demonstraram tendência para a melhora da flexibilidade nestas mulheres submetidas ao treinamento de yoga, já que se mostraram na classificação do flexíndice de média a grande, como a amostra deste estudo já era adaptada, os autores sugerem que isso possa justificar o fato dos resultados não alcançarem significância estatística.

Passos e colaboradores (2017) menciona em seu estudo sobre a maior abrangência de movimentos e articulações que o flexiteste permite mensurar, criando a possibilidade de detalhar o perfil de flexibilidade de cada indivíduo ao respeitar as peculiaridades de cada movimento testado, os autores ainda afirmam que não é incomum encontrar pessoas que possuam elevada amplitude de movimento em determinada articulação e pouca ou até nenhuma amplitude em outra.

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Perante as características e peculiaridades dos intermovimentos, o presente estudo identificou melhores índices de flexibilidade na execução da flexão do quadril (FQ), e o menor índice para extensão do quadril (FQ) (tabela 1), no estudo de Neto (et.al, 2006), que também procurou comparar os níveis de flexibilidade em diferentes articulações de homens e mulheres de várias faixas etárias, utilizando também o flexiteste adaptado, também encontrou médias inferiores para extensão do quadril em todos os grupos, enquanto as melhores médias encontraram-se no movimento de abdução do ombro e quadril. Dessa forma, é possível observar que o grau de flexibilidade não é homogêneo em nosso corpo, variando, em realidade, para cada articulação e para cada movimento (DICKINSON, 1968).

O estudo recente de Vicente (2018), comparou dois métodos de intervenção, sendo eles o yoga e o alongamento sobre a flexibilidade e qualidade de vida em 29 mulheres hipertensas pós-menopausa, a flexibilidade foi aferida através do teste “sentar e alcançar” no banco de Wells antes de iniciar e ao final das intervenções, os resultados para o grupo yoga foram 20,64±1,90 (pré-intervenções) e 26,84±2,15 (pós-intervenções) e significância p≤0,00, enquanto para o grupo alongamento 18,47±2,50 e 24,64±2,10 p≤0,00 respectivamente, embora observou-se melhoras significativas na flexibilidade, não foram detectadas diferenças entre os 2 grupos de intervenção, sendo assim o autor salienta a necessidade de mais estudos para determinar o papel da flexibilidade e aumento de mobilidade articular sobre a qualidade de vida e sobre as implicações destes ganhos na manutenção da integridade articular.

4 CONCLUSÃO.

Os resultados obtidos pelo presente estudo permitem concluir que praticantes de yoga apresentaram níveis de flexibilidade satisfatórios, considerando a classificação do flexiteste de Araújo, todos atingiram a classificação médio positivo, dessa forma pode-se concluir também que o yoga pode ser considerada uma boa estratégia na preservação e otimização de tal capacidade física, podendo proporcionar melhor qualidade de vida.

O conjunto de observações explorado no presente estudo pode sugerir a necessidade de mais pesquisas sobre os efeitos do yoga nas demais aptidões físicas, que não foram abordadas neste estudo, a fim de obter dados mais palpáveis sobre os efeitos do yoga na qualidade de vida de maneira funcional.

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REFERÊNCIAS

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DALEPRANE, MARINA LIMA. Efeitos da intervenção Hatha Yoga nos níveis de ansiedade e estresse de mulheres mastectomizadas. 2011. Dissertação de Mestrado. Universidade Federal do Espírito Santo.

DANTAS, E. H. M. Flexibilidade:alongamento e flexionamento. 3. ed. Rio de Janeiro: Shape, 1995.

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DE ARAÚJO, Claudio Gil Soares; DE ARAÚJO, Denise Sardinha Mendes Soares.

Flexiteste: utilização inapropriada de versões condensadas. 2004. DICKINSON R.V. The specificity of flexibility. Res Q 1968;39:792-4.

FARINATTI, Paulo et al. Flexibility of the elderly after one-year practice of yoga and calisthenics. International journal of yoga therapy, v. 24, n. 1, p. 71-77, 2014.

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AGRADECIMENTOS

Agradeço aos deuses e meus guias espirituais que em sua sabedoria e onipresença, me guiaram e me proporcionaram discernimento, clareza e perseverança mesmo nos momentos em que tudo levava a crer que não poderia dar certo. Ao meu orientador Marcos Paulo Huber pelos conselhos e paciência, aos meus amigos por toda força e ajuda, a minha família que mesmo longe acreditaram em mim e me enviaram boas energias e a universidade pela oportunidade!

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