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Cooperativismo | Editora LT

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Academic year: 2021

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Introdução

Por muito tempo, a educação profissional foi desprezada e considera-da de segunconsidera-da classe. Atualmente, a opção pela formação técnica é festejaconsidera-da, pois alia os conhecimentos do “saber fazer” com a formação geral do “conhe-cer” e do “saber ser”; é a formação integral do estudante.

Este livro didático é uma ferramenta para a formação integral, pois alia o instrumental para aplicação prática com as bases científicas e tecnológicas, ou seja, permite aplicar a ciência em soluções do dia a dia.

Além do livro, compõe esta formação do técnico o preparo do professor e de campo, o estágio, a visita técnica e outras atividades inerentes a cada plano de curso. Dessa forma, o livro, com sua estruturação pedagogicamente elaborada, é uma ferramenta altamente relevante, pois é fio condutor dessas atividades formativas.

Ele está contextualizado com a realidade, as necessidades do mundo do trabalho, os arranjos produtivos, o interesse da inclusão social e a aplicação cotidiana. Essa contextualização elimina a dicotomia entre atividade intelectual e atividade manual, pois não só prepara o profissional para trabalhar em ati-vidades produtivas, mas também com conhecimentos e atitudes, com vistas à atuação política na sociedade. Afinal, é desejo de todo educador formar cidadãos produtivos.

Outro valor pedagógico acompanha esta obra: o fortalecimento mútuo da formação geral e da formação específica (técnica). O Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) tem demonstrado que os alunos que estudam em um curso técnico tiram melhores notas, pois ao estudar para resolver um pro-blema prático ele aprimora os conhecimentos da formação geral (química, física, matemática, etc.); e ao contrário, quando estudam uma disciplina geral passam a aprimorar possibilidades da parte técnica.

Pretendemos contribuir para resolver o problema do desemprego, pre-parando os alunos para atuar na área científica, industrial, de transações e comercial, conforme seu interesse. Por outro lado, preparamos os alunos para ser independentes no processo formativo, permitindo que trabalhem durante parte do dia no comércio ou na indústria e prossigam em seus estu-dos superiores no contraturno. Dessa forma, podem constituir seu itinerário formativo e, ao concluir um curso superior, serão robustamente formados em relação a outros, que não tiveram a oportunidade de realizar um curso técnico.

Por fim, este livro pretende ser útil para a economia brasileira, aprimo-rando nossa força produtiva ao mesmo tempo em que dispensa a importação de técnicos estrangeiros para atender às demandas da nossa economia.

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Por que a Formação Técnica de Nível Médio É Importante?

O técnico desempenha papel vital no desenvolvimento do país por meio da criação de recursos humanos qualificados, aumento da produtividade industrial e melhoria da quali-dade de vida.

Alguns benefícios do ensino profissionalizante para o formando:

• Aumento dos salários em comparação com aqueles que têm apenas o Ensino Médio. • Maior estabilidade no emprego.

• Maior rapidez para adentrar ao mercado de trabalho. • Facilidade em conciliar trabalho e estudos.

• Mais de 72% ao se formarem estão empregados.

• Mais de 65% dos concluintes passam a trabalhar naquilo que gostam e em que se

formaram.

Esses dados são oriundos de pesquisas. Uma delas, intitulada “Educação profissional e você no mercado de trabalho”, realizada pela Fundação Getúlio Vargas e o Instituto Votorantim, comprova o acerto do Governo ao colocar, entre os quatro eixos do Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE), investimentos para a popularização da Educação Profissional. Para as empresas, os cursos oferecidos pelas escolas profissionais atendem de forma mais eficiente às diferentes necessidades dos negócios.

Outra pesquisa, feita em 2009 pela Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (Setec), órgão do Ministério da Educação (MEC), chamada “Pesquisa nacional de egressos”, revelou também que de cada dez alunos, seis recebem salário na média da categoria. O per-centual dos que qualificaram a formação recebida como “boa” e “ótima” foi de 90%.

Ensino Profissionalizante no Brasil e

Necessidade do Livro Didático Técnico

O Decreto Federal nº 5.154/2004 estabelece inúmeras possibilidades de combinar a

formação geral com a formação técnica específica. Os cursos técnicos podem ser ofertados da seguinte forma:

a) Integrado – Ao mesmo tempo em que estuda disciplinas de formação geral o aluno também recebe conteúdos da parte técnica, na mesma escola e no mesmo turno. b) Concomitante – Num turno o aluno estuda numa escola que só oferece Ensino

Médio e num outro turno ou escola recebe a formação técnica.

c) Subsequente – O aluno só vai para as aulas técnicas, no caso de já ter concluído o Ensino Médio.

Com o Decreto Federal nº 5.840/2006, foi criado o programa de profissionalização para a modalidade Jovens e Adultos (Proeja) em Nível Médio, que é uma variante da forma integrada.

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Em 2008, após ser aprovado pelo Conselho Nacional de Educação pelo Parecer CNE/CEB nº 11/2008, foi lançado o Catálogo Nacional de Cursos Técnicos, com o fim de orientar a oferta desses cursos em nível nacional.

O Catálogo consolidou diversas nomenclaturas em 185 denominações de cursos. Estes estão organizados em 13 eixos tecnológicos, a saber:

1. Ambiente e Saúde

2. Desenvolvimento Educacional e Social 3. Controle e Processos Industriais 4. Gestão e Negócios

5. Turismo, Hospitalidade e Lazer 6. Informação e Comunicação 7. Infraestrutura

8. Militar

9. Produção Alimentícia 10. Produção Cultural e Design 11. Produção Industrial 12. Recursos Naturais 13. Segurança.

Para cada curso, o Catálogo estabelece carga horária mínima para a parte técnica (de 800 a 1 200 horas), perfil profissional, possibilidades de

temas a serem abordados na formação, possibilidades de atuação e infra-estrutura recomendada para realização do curso. Com isso, passa a ser um

mecanismo de organização e orientação da oferta nacional e tem função indu-tora ao destacar novas ofertas em nichos tecnológicos, culturais, ambientais e produtivos, para formação do técnico de Nível Médio.

Dessa forma, passamos a ter no Brasil uma nova estruturação legal para a oferta destes cursos. Ao mesmo tempo, os governos federal e estaduais pas-saram a investir em novas escolas técnicas, aumentando a oferta de vagas. Dados divulgados pelo Ministério da Educação apontaram que o número de alunos matriculados em educação profissional passou de 993 mil em 2011 para 1,064 milhões em 2012 – um crescimento de 7,10%. Se considerarmos os cursos técnicos integrados ao ensino médio, esse número sobe para 1,3 millhões. A demanda por vagas em cursos técnicos tem tendência a aumentar, tanto devido à nova importância social e legal dada a esses cursos, como também pelo crescimento do Brasil.

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Comparação de Matrículas Brasil

Comparação de Matrículas da Educação Básica por Etapa e Modalidade – Brasil, 2011 e 2012.

Etapas/Modalidades de Educação Básica Matrículas / Ano 2011 2012 Diferença 2011-2012 Variação 2011-2012 Educação Básica 62 557 263 62 278 216 –279 047 –0,45 Educação Infantil 6 980 052 7 295 512 315 460 4,52% • Creche 2 298 707 2 540 791 242 084 10,53% • Pré-escola 4 681 345 4 754 721 73 376 1,57% Ensino Fundamental 30 358 640 29 702 498 –656 142 –2,16% Ensino Médio 8 400 689 8 376 852 –23 837 –0,28% Educação Profissional 993 187 1 063 655 70 468 7,10% Educação Especial 752 305 820 433 68 128 9,06% EJA 4 046 169 3 861 877 –184 292 –4,55% • Ensino Fundamental 2 681 776 2 516 013 –165 763 –6,18% • Ensino Médio 1 364 393 1 345 864 –18 529 –1,36%

Fonte: Adaptado de: MEC/Inep/Deed.

No aspecto econômico, há necessidade de expandir a oferta desse tipo de curso, cujo principal objetivo é formar o aluno para atuar no mercado de trabalho, já que falta traba-lhador ou pessoa qualificada para assumir imediatamente as vagas disponíveis. Por conta disso, muitas empresas têm que arcar com o treinamento de seus funcionários, treinamento este que não dá ao funcionário um diploma, ou seja, não é formalmente reconhecido.

Para atender à demanda do setor produtivo e satisfazer a procura dos estudantes, seria necessário mais que triplicar as vagas técnicas existentes hoje.

Podemos observar o crescimento da educação profissional no gráfico a seguir:

Educação Profissional Nº de matrículas* 1 362 200 1 250 900 1 140 388 1 036 945 927 978 780 162 2007 2008 2009 2010 2011 2012

Fonte: Adaptado de: MEC/Inep/Deed. * Inclui matrículas de educação profissional integrada ao ensino médio.

As políticas e ações do MEC nos últimos anos visaram o fortalecimento, a expansão e a melhoria da qualidade da educação profissional no Brasil, obtendo, nesse período, um crescimento de 74,6% no número de matrículas, embora esse número tenda a crescer ainda mais, visto que a experiência internacional tem mostrado que 30% das matrículas da educação secundária correspondem a cursos técnicos; este é o patamar idealizado pelo Ministério da Educação. Se hoje há 1,064 milhões de estudantes matriculados, para atingir essa porcentagem devemos matricular pelo menos 3 milhões de estudantes em cursos técnicos dentro de cinco anos.

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Para cada situação pode ser adotada uma modalidade ou forma de Ensino Médio pro-fissionalizante, de forma a atender a demanda crescente. Para os advindos do fluxo regular do Ensino Fundamental, por exemplo, é recomendado o curso técnico integrado ao Ensino Médio. Para aqueles que não tiveram a oportunidade de cursar o Ensino Médio, a oferta do PROEJA estimularia sua volta ao ensino secundário, pois o programa está associado à for-mação profissional. Além disso, o PROEJA considera os conhecimentos adquiridos na vida e no trabalho, diminuindo a carga de formação geral e privilegiando a formação específica. Já para aqueles que possuem o Ensino Médio ou Superior a modalidade recomendada é a subsequente: somente a formação técnica específica.

Para todos eles, com ligeiras adaptações metodológicas e de abordagem do professor, é extremamente útil o uso do livro didático técnico, para maior eficácia da hora/aula do curso, não importando a modalidade do curso e como será ofertado.

Além disso, o conteúdo deste livro didático técnico e a forma como foi concebido refor-ça a formação geral, pois está contextualizado com a prática social do estudante e relaciona permanentemente os conhecimentos da ciência, implicando na melhoria da qualidade da formação geral e das demais disciplinas do Ensino Médio.

Em resumo, há claramente uma nova perspectiva para a formação técnica com base em sua crescente valorização social, na demanda da economia, no aprimoramento de sua regulação e como opção para enfrentar a crise de qualidade e quantidade do Ensino Médio.

O Que É Educação Profissional?

O ensino profissional prepara os alunos para carreiras que estão baseadas em ativi-dades mais práticas. O ensino é menos acadêmico, contudo diretamente relacionado com a inovação tecnológica e os novos modos de organização da produção, por isso a escolari-zação é imprescindível nesse processo.

Elaboração dos Livros Didáticos Técnicos

Devido ao fato do ensino técnico e profissionalizante ter sido renegado a segundo pla-no por muitos apla-nos, a bibliografia para diversas áreas é praticamente inexistente. Muitos docentes se veem obrigados a utilizar e adaptar livros que foram escritos para a graduação. Estes compêndios, às vezes traduções de livros estrangeiros, são usados para vários cursos superiores. Por serem inacessíveis à maioria dos alunos por conta de seu custo, é comum que professores preparem apostilas a partir de alguns de seus capítulos.

Tal problema é agravado quando falamos do Ensino Técnico integrado ao Médio, cujos alunos correspondem à faixa etária entre 14 e 19 anos, em média. Para esta faixa etária é preciso de linguagem e abordagem diferenciadas, para que aprender deixe de ser um sim-ples ato de memorização e ensinar signifique mais do que repassar conteúdos prontos.

Outro público importante corresponde àqueles alunos que estão afastados das salas de aula há muitos anos e veem no Ensino Técnico uma oportunidade de retomar os estudos e ingressar no mercado profissional.

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O Livro Didático Técnico e o Processo

de Avaliação

O termo avaliar tem sido constantemente associado a expressões como: realizar pro-va, fazer exame, atribuir notas, repetir ou passar de ano. Nela a educação é concebida como mera transmissão e memorização de informações prontas e o aluno é visto como um ser passivo e receptivo.

Avaliação educacional é necessária para fins de documentação, geralmente para em-basar objetivamente a decisão do professor ou da escola, para fins de progressão do aluno.

O termo avaliação deriva da palavra valer, que vem do latim vãlêre, e refere-se a ter valor, ser válido. Consequentemente, um processo de avaliação tem por objetivo averiguar o "valor" de determinado indivíduo.

Mas precisamos ir além.

A avaliação deve ser aplicada como instrumento de compreensão do nível de apren-dizagem dos alunos em relação aos conceitos estudados (conhecimento), em relação ao desenvolvimento de criatividade, iniciativa, dedicação e princípios éticos (atitude) e ao processo de ação prática com eficiência e eficácia (habilidades). Este livro didático ajuda, sobretudo para o processo do conhecimento e também como guia para o desenvolvimento de atitudes. As habilidades, em geral, estão associadas a práticas laboratoriais, atividades complementares e estágios.

A avaliação é um ato que necessita ser contínuo, pois o processo de construção de conhecimentos pode oferecer muitos subsídios ao educador para perceber os avanços e dificuldades dos educandos e, assim, rever a sua prática e redirecionar as suas ações, se necessário. Em cada etapa registros são feitos. São os registros feitos ao longo do processo educativo, tendo em vista a compreensão e a descrição dos desempenhos das aprendiza-gens dos estudantes, com possíveis demandas de intervenções, que caracterizam o proces-so avaliativo, formalizando, para efeito legal, os progresproces-sos obtidos.

Neste processo de aprendizagem deve-se manter a interação entre professor e aluno, promovendo o conhecimento participativo, coletivo e construtivo. A avaliação deve ser um processo natural que acontece para que o professor tenha uma noção dos conteúdos assi-milados pelos alunos, bem como saber se as metodologias de ensino adotadas por ele estão surtindo efeito na aprendizagem dos alunos.

Avaliação deve ser um processo que ocorre dia após dia, visando à correção de er-ros e encaminhando o aluno para aquisição dos objetivos previstos. A esta correção de ru-mos, nós chamamos de avaliação formativa, pois serve para retomar o processo de ensino/ aprendizagem, mas com novos enfoques, métodos e materiais. Ao usar diversos tipos de avaliações combinadas para fim de retroalimentar o ensinar/aprender, de forma dinâmica, concluímos que se trata de um “processo de avaliação”.

O resultado da avaliação deve permitir que o professor e o aluno dialoguem, buscando encontrar e corrigir possíveis erros, redirecionando o aluno e mantendo a motivação para o progresso do educando, sugerindo a ele novas formas de estudo para melhor compreensão dos assuntos abordados.

Se ao fizer avaliações contínuas, percebermos que um aluno tem dificuldade em assimilar conhecimentos, atitudes e habilidades, então devemos mudar o rumo das coi-sas. Quem sabe fazer um reforço da aula, com uma nova abordagem ou com outro colega professor, em um horário alternativo, podendo ser em grupo ou só, assim por diante.

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Pode ser ainda que a aprendizagem daquele tema seja facilitada ao aluno fazendo práticas discursivas, escrever textos, uso de ensaios no laboratório, chegando à conclusão que este aluno necessita de um processo de ensi-no/aprendizagem que envolva ouvir, escrever, falar e até mesmo praticar o tema.

Se isso acontecer, a avaliação efetivamente é formativa.

Neste caso, a avaliação está integrada ao processo de ensino/apren-dizagem, e esta, por sua vez, deve envolver o aluno, ter um significado com o seu contexto, para que realmente aconteça. Como a aprendizagem se faz em processo, ela precisa ser acompanhada de retornos avaliativos visando a fornecer os dados para eventuais correções.

Para o uso adequado deste livro recomendamos utilizar diversos tipos de avaliações, cada qual com pesos e frequências de acordo com perfil de docência de cada professor. Podem ser usadas as tradicionais provas e testes, mas, procurar fugir de sua soberania, mesclando com outras criativas formas.

Avaliação e Progressão

Para efeito de progressão do aluno, o docente deve sempre conside-rar os avanços alcançados ao longo do processo e perguntar-se: Este aluno progrediu em relação ao seu patamar anterior? Este aluno progrediu em relação às primeiras avaliações? Respondidas estas questões, volta a per-guntar-se: Este aluno apresentou progresso suficiente para acompanhar a próxima etapa? Com isso o professor e a escola podem embasar o deferi-mento da progressão do estudante.

Com isso, superamos a antiga avaliação conformadora em que eram exigidos padrões iguais para todos os “formandos”.

Nossa proposta significa, conceitualmente, que ao estudante é dado o direito, pela avaliação, de verificar se deu um passo a mais em relação às suas competências. Os diversos estudantes terão desenvolvimentos diferenciados, medidos por um processo avaliativo que incorpora esta pos-sibilidade. Aqueles que acrescentaram progresso em seus conhecimentos, atitudes e habilidades estarão aptos a progredir.

A base para a progressão, neste caso, é o próprio aluno.

Todos têm o direito de dar um passo a mais. Pois um bom processo de avaliação oportuniza justiça, transparência e qualidade.

Tipos de Avaliação

Existem inúmeras técnicas avaliativas, não existe uma mais adequada, o importante é que o docente conheça várias técnicas para poder ter um con-junto de ferramentas a seu dispor e escolher a mais adequada dependendo da turma, faixa etária, perfil entre outros fatores.

Avaliação se torna ainda mais relevante quando os alunos se envol-vem na sua própria avaliação.

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A avaliação pode incluir:

1. Observação 2. Ensaios 3. Entrevistas

4. Desempenho nas tarefas 5. Exposições e demonstrações 6. Seminários

7. Portfólio: Conjunto organizado de trabalhos produzidos por um

alu-no ao longo de um período de tempo.

8. Elaboração de jornais e revistas (físicos e digitais) 9. Elaboração de projetos 10. Simulações 11. O pré-teste 12. A avaliação objetiva 13. A avaliação subjetiva 14. Autoavaliação

15. Autoavaliação de dedicação e desempenho 16. Avaliações interativas

17. Prática de exames

18. Participação em sala de aula 19. Participação em atividades

20. Avaliação em conselho pedagógico – que inclui reunião para avaliação

discente pelo grupo de professores.

No livro didático as “atividades”, as “dicas” e outras informações destaca-das poderão resultar em avaliação de atitude, quando cobrado pelo professor em relação ao “desempenho nas tarefas”. Poderão resultar em avaliações se-manais de autoavaliação de desempenho se cobrado oralmente pelo professor para o aluno perante a turma.

Enfim, o livro didático, possibilita ao professor extenuar sua criativida-de em prol criativida-de um processo avaliativo retroalimentador ao processo ensino/ aprendizagem para o desenvolvimento máximo das competências do aluno.

Objetivos da Obra

Além de atender às peculiaridades citadas anteriormente, este livro está de acordo com o Catálogo Nacional de Cursos Técnicos. Busca o desenvolvi-mento das habilidades por meio da construção de atividades práticas, fugin-do da abordagem tradicional de descontextualizafugin-do acúmulo de informações. Está voltado para um ensino contextualizado, mais dinâmico e com o suporte da interdisciplinaridade. Visa também à ressignificação do espaço escolar, tor-nando-o vivo, repleto de interações práticas, aberto ao real e às suas múltiplas dimensões.

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Ele está organizado em capítulos, graduando as dificuldades, numa linha da lógica de aprendizagem passo a passo. No final dos capítulos, há exercícios e atividades complemen-tares, úteis e necessárias para o aluno descobrir, fixar, e aprofundar os conhecimentos e as práticas desenvolvidos no capítulo.

A obra apresenta diagramação colorida e diversas ilustrações, de forma a ser agradá-vel e instigante ao aluno. Afinal, livro técnico não precisa ser impresso num sisudo preto--e-branco para ser bom. Ser difícil de manusear e pouco atraente é o mesmo que ter um professor dando aula de cara feia permanentemente. Isso é antididático.

O livro servirá também para a vida profissional pós-escolar, pois o técnico sempre necessitará consultar detalhes, tabelas e outras informações para aplicar em situação real. Nesse sentido, o livro didático técnico passa a ter função de manual operativo ao egresso.

Neste manual do professor apresentamos:

• Respostas e alguns comentários sobre as atividades propostas. • Considerações sobre a metodologia e o projeto didático.

• Sugestões para a gestão da sala de aula. • Uso do livro.

• Atividades em grupo. • Laboratório.

• Projetos.

A seguir, são feitas considerações sobre cada capítulo, com sugestões de atividades suplementares e orientações didáticas. Com uma linguagem clara, o manual contribui para a ampliação e exploração das atividades propostas no livro do aluno. Os comentários sobre as atividades e seus objetivos trazem subsídios à atuação do professor. Além disso, apre-sentam-se diversos instrumentos para uma avaliação coerente com as concepções da obra.

Referências Bibliográficas Gerais

FREIRE, P. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1997.

FRIGOTTO, G. (Org.). Educação e trabalho: dilemas na educação do trabalhador. 5. ed. São Paulo: Cortez, 2005.

BRASIL. LDB 9394/96. Disponível em: <http://www.mec.gov.br>. Acesso em: 23 maio 2009. LUCKESI, C. C. Avaliação da aprendizagem na escola: reelaborando conceitos e recriando a prática. Salvador: Malabares Comunicação e Eventos, 2003.

PERRENOUD, P. Avaliação: da excelência à regulação das aprendizagens – entre duas lógi-cas. Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 1999.

ÁLVAREZ MÉNDEZ, J. M. Avaliar para conhecer: examinar para excluir. Porto Alegre: Artmed, 2002.

SHEPARD, L. A. The role of assessment in a learning culture. Paper presented at the Annual Meeting of the American Educational Research Association. Available at: <http://www.aera. net/meeting/am2000/wrap/praddr01.htm>.

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Orientações gerais

Este trabalho foi elaborado com o objetivo de oferecer subsídios em relação à abordagem de temas importantes relacionados ao cooperativismo.

Assim sendo, o livro Cooperativismo foi organizado em dez capítulos, onde os temas são abordados de forma simples objetivando oferecer ao aluno ferramentas básicas para que possa melhor estruturar sua atividade cooperada e suas decisões. A obra também trata de outro ponto imprescindível ao cooperativismo que são a compreensão sobre a ética e o relacionamento interpessoal; bem como, a susten-tabilidade e o cooperativismo. Isto é, a sustensusten-tabilidade emerge com singular impor-tância, posto que seja um assunto que vem sendo discutido nas diversas esferas sociais e político-econômicas.

Portanto, pensar sobre o cooperativismo dentro do conceito sustentável, torna-se mais que um alinhamento com a demanda de mercado, ou seja, é uma condição para viabilizar a manutenção da vida.

A obra também traz um panorama sobre a economia solidária que surge com considerável mecanismo de desenvolvimento econômico e social, dado ao acirra-mento da globalização e suas exigências trabalhistas para tornar as organizações mais competitivas.

O livro também oferece alguns aspectos financeiro-contábeis que auxiliam no processo de administração da cooperativa. Outro aspecto relevante é a ética e as relações interpessoais que mostra que as cooperativas são formadas por pessoas que se relacionam entre si, entre clientes, fornecedores, governos, entre outros, com a intenção de buscar a melhor convivência.

Objetivos do material didático

• Entender como surgiu o cooperativismo. • Saber sobre as sociedades cooperativas.

• Analisar a constituição e a gestão da cooperativa.

• Explorar a contabilidade e suas formas (propostas de receitas, custos e despesas).

• Identificar balanço patrimonial e índices.

• Saber sobre demonstrativos e demonstração dos resultados. • Dominar fluxo de caixa.

• Identificar grupos e formas de fluxo de caixa. • Compreender sobre ética e seus aspectos.

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Princípios pedagógicos

O livro apresenta uma abordagem teórica dos conceitos de cooperativismo que são apresentados e debatidos, transmitindo assim o conhecimento necessário de forma clara, possibilitando ao aluno o entendimento de um assunto tão relevante e necessário. Pois, gradativamente o aluno é conduzido a refletir sobre a “cooperação” como um todo.

Articulação do conteúdo

O professor pode interagir com qualquer outra área que aborde a temática ética, relações humanas, gestão de pessoas e àquelas que desenvolvam conteúdos vinculados às relações de trabalho.

A temática debatida pertence à área das ciências sociais aplicadas, possibi-litando ao professor desempenhar uma abordagem interdisciplinar com outros campos da ciência, como direito, sociologia, história, artes.

Atividades complementares

Caro professor, além das atividades, você também poderá utilizar em suas aulas vídeos, documentários e filmes que retratem os contextos trabalhados no livro. Bem como, aplicação de trabalhos e pesquisas que ajudarão na fixação dos conteúdos.

Sugestão de leitura

ALENCASTRO, C. N. S. Ética empresarial na prática: liderança, gestão e responsabi-lidade corporativa. Curitiba: Ibepex, 2010.

BELLEN, H. M. V. Indicadores de sustentabilidade: uma análise comparativa. 2. ed. Rio de Janeiro: FVG, 2006.

CATANI, A. M. O que é capitalismo. 34 ed. São Paulo: Brasiliense, 2003.

CARTILHA DO COOPERATIVISMO. Disponível em: <http://www.phoenixconsultores. com.br/page/artigo03.htm>.

DAINEZE, M. A. Códigos de ética empresarial e as relações da organização com seus públicos. Prêmio Ethos 2003. Disponível em: <http:// www.ethos.org.br.htm>.

Sugestão de planejamento

Este manual foi elaborado para dar suporte ao livro Cooperativismo e ser utilizado para 50 horas em sala de aula, divididos em dois semestres.

São apresentados, além do conteúdo, sites, glossários, figuras, tabelas, etc., com explicações extras para melhor fixação.

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Semestre 1

Primeiro bimestre

Capítulo 1 – O que cooperativismo?

Capítulo 2 – Ramos do cooperativismo e sociedades cooperativas

Capítulo 3 – A constituição e a gestão da cooperativa

Objetivos

• Abordar sobre a história do cooperativismo. • Conhecer os ramos do cooperativismo. • Entender como se constitui uma cooperativa.

• Aprender sobre os conceitos; estatuto e capital social.

Atividades

Para enriquecer o conhecimento e a observação, o aluno pode navegar em sites confiáveis que mostre os fatos históricos que motivaram o surgimento do cooperativismo, bem como fazer uma comparação com o atual momento, tendo como ponto de partida as condições sociais, tecno-lógicas e econômicas.

Professor, para iniciar o primeiro bimestre é importante esclarecer

ao aluno: o que é objeto social, a denominação e como se constitui uma cooperativa.

Segundo bimestre

Capítulo 4 – Contabilidade

Capítulo 5 – Balanço patrimonial e índices

Capítulo 6 – Demonstrativo de sobras ou perdas do exercício versus

demonstração dos resultados do exercício (DRE)

Objetivos

• Utilizar contabilidade e saber sobre contabilização. • Saber o que é balanço patrimonial e índices.

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Atividades

Professor, para iniciar o segundo bimestre sobre os conceitos de contabilidade e

índices econômicos financeiros, o objetivo é demonstrar ao aluno que ele tem a capacidade exercer uma leitura diferenciada sobre o trabalho cooperado, de forma a viabilizar uma visão mais crítica e técnica sobre a manutenção e a saúde financeira da atividade cooperada. Para tanto, o trabalho em grupo é de suma importância para enfatizar o trabalho.

Semestre 2

Primeiro bimestre

Capítulo 7– Fluxo de caixa

Capítulo 8 – Relacionamento interpessoal e ética

Objetivos

• Entender sobre fluxo de caixa. • Identificar grupos e formas de caixa. • Ter a dimensão comunitária.

• Saber sobre o ambiente de trabalho e equipes.

Atividades

Professor, valorize o conceito sobre ética em todos os níveis: interpessoal (indivíduo

e seu comportamento), relações de trabalho (ética profissional e o código de ética). Sugira alguns filmes que trate do assunto com a finalidade de apoio pedagógico.

Segundo bimestre

Capítulo 9 – Sustentabilidade e cooperativismo

Capítulo 10 – Cooperativismo e economia solidária

Objetivos

• Entender sustentabilidade. • Conhecer os aspectos históricos. • Analisar a economia solidária.

Atividades

Professor, após a aula expositiva de como se dá a economia solidária e como o

cooperativismo atua, propor aos alunos que desenvolvam em uma comunidade a economia solidária e o trabalho cooperado.

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Orientações didáticas e respostas das

atividades

Capítulo 1

Orientações

As aulas deverão ser teóricas e ao final de cada tema procurar interagir com os alunos, verificando e sanando dúvidas.

Professor, quanto ao desenvolvimento do primeiro capítulo é importante que

se tenha como eixo a contextualização do aluno e sua realidade de vida, rela-cionando-a com o histórico do cooperativismo, de forma a possibilitar que se estabeleça uma identificação, ainda que de forma progressiva, mas que tenha resultado positivo.

Respostas – páginas 19-20

1) Cooperar é atuar em conjunto, buscando superar as dificuldades e, assim, alcançar um objetivo.

2) Comunismo primitivo, modo de produção asiático, escravismo clássico, modo de produção feudal e modo de produção capitalista.

3) Capitalismo comercial, capitalismo industrial e capitalismo financeiro. 4) O cooperativismo moderno surgiu durante o período do capitalismo

indus-trial. Este momento histórico é marcado pela Revolução Industrial, que trouxe uma importante mudança nas relações de trabalho. Os industriais, burgueses donos dos meios de produção (dinheiro, máquinas, edificações, etc.) ofereciam baixos salários e condições sub-humanas para os proletários, trabalhadores que possuíam unicamente sua força de trabalho.

5) Os trabalhadores (proletariados) eram obrigados a longas jornadas de tra-balho, quase nenhum período de descanso, eram tradados, muitas vezes com desrespeito, e o trabalho infantil nas fábricas ocorriam normalmente. As crianças trabalhavam de forma exaustiva e recebiam salário inferior ao do adulto. Além desses fatores, a industrialização deslocou o trabalhador rural de seu habitat natural, ou seja, do campo para as cidades. As cidades, por sua vez, não possuíam estrutura urbana para o aumento da população. Assim, as pessoas eram expostas ao convívio de esgotos a céu aberto, água sem o devido encanamento, doenças, falta de emprego, fome, violência, etc. 6) A primeira cooperativa foi fundada em 21 de dezembro de 1814 em

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7) Resposta pessoal.

Sugestão de resposta: observamos que no capitalismo há uma

pre-carização do trabalho no qual os trabalhadores correm o risco de perderem alguns direitos adquiridos para viabilizar um menor custo para as organizações que precisam, cada vez mais, serem competitivas no mercado global. O elemento humano, não é o centro das atividades e sim o lucro. Dessa forma, sempre haverá uma manipulação das pessoas de forma exploratória para que as organizações cheguem ao seu objetivo. As cooperativas se posicionam como possibilidades de realizações econômico-financeiras de forma menos exploratórias, respeitando-se o ambiente e a sociedade.

8) O cooperativismo no Brasil teve início alguns séculos antes do surgi-mento da primeira cooperativa moderna. Suas raízes datam da época da colonização e aflorou no final do século XIX.

9) Caráter urbano. 10) Resposta pessoal. 11) Resposta pessoal. 12) Resposta pessoal. 13) • art. 5º, inciso XVIII;

• art. 146, inciso III, alínea “c”; • art. 174, §§ 2º, 3º e 4º; • art. 187, incisso VI; • art. 192.

14) Professor, trabalhar a resposta da questão (14) em sala de aula, juntamente com os alunos.

Capítulo 2

Orientações

Caro professor, apresentar o histórico do surgimento do cooperati-vismo no Brasil e alguns de seus ramos. Aqui é importante trabalhar como no primeiro capítulo, de forma a aproximar o histórico do cooperativismo no Brasil com a realidade vivida pelos alunos.

Trabalhar com a linha do tempo (do cooperativismo no Brasil) de forma a introduzir elementos regionais e locais nos âmbitos: econômicos, tecnológicos e sociais. Também é interessante trabalhar em sala de aula com documentários, notícias em revistas, jornais, vídeos, etc.

(18)

Respostas – páginas 30-31

1) As sociedades cooperativas são uma sociedade de pessoas civis que possuem uma forma jurídica própria. Constituídas para prestar serviços aos associados.

2) A adesão à cooperativa ocorre de forma livre. Não há um limite definido para a quan-tidade máxima de associados, mas para que se inicie uma cooperativa, ela deve conter no mínimo 20 associados (pessoas físicas).

3) O aspirante deve conhecer a doutrina, a filosofia, os objetivos, o estatuto, os direitos e deveres do associado e a estrutura da cooperativa. Além disso, o candidato deve ter o propósito de ser um associado fiel, atuante e participativo. Como característica impor-tante, ele deve ser um empreendedor.

4) Há limites à entrada de um novo associado, como quando este apresentar conflito de interesses ou impossibilidade técnica de prestação de serviços.

5) É importante que as cooperativas conquistem a independência financeira para que não fiquem totalmente dependentes de empréstimos bancários. Isso é possível por meio de reservas financeiras conquistadas por meio de planejamentos econômico e financeiro dos seus associados.

6) Por meio de reservas financeiras conquistadas por planejamentos econômicos de seus associados.

7) A administração da sociedade cooperativista é feita por meio de decisões assembleares. 8) Sobras líquidas ou superávit de caixa em sociedades mercantis receberiam a

denomi-nação de lucro.

9) Nas sociedades cooperativistas, as sobras líquidas retornam ao associado de forma proporcional às operações empreendidas pelo mesmo.

10) Resposta pessoal. 11) Resposta pessoal.

12) Professor, trabalhar a resposta da questão (12) juntamente com os alunos.

Capítulo 3

Orientações

Professor, esse capítulo visa esclarecer o que é o objeto social, a denominação, os sócios e como se constitui uma cooperativa. Para tanto, após a aula expositiva, formar grupos para desenvolver a seguinte atividade:

Atividades em grupos:

a) Os alunos deverão escolher uma cooperativa já existente.

b) Deverão efetuar, com o auxílio do professor, uma análise da cooperativa com os princípios estudados nesse capítulo, de forma a identificá-los na composição e atuação da cooperativa.

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19

Segue um conceito de roteiro para a análise, caso seja oportuno. Contudo, os alunos poderão atuar de forma livre, sem precisar utilizar o roteiro de forma obrigatória:

Nome da cooperativa Localidade:

Data da fundação:

Roteiro para a análise:

a) Os sócios são todos Pessoas Físicas?

b) Caso haja pessoas jurídicas na cooperativa, você identifica conflito de interesses nesses associados?

c) Tendo uma cópia do estatuto da cooperativa, procure identificar e assinalar os seguintes itens:

I. a denominação, sede, prazo de duração, área de ação, objeto da sociedade, fixação do exercício social e da data do levantamento do balanço geral;

II. os direitos e deveres dos associados, natureza de suas responsabilidades e as condições de admissão, demissão, eliminação e exclusão e as normas para sua representação nas assembleias gerais;

III. o capital mínimo, o valor da quota-parte, o mínimo de quotas-partes a ser subscrito pelo associado, o modo de integralização das quotas- partes, bem como as condições de sua retirada nos casos de demissão, eliminação ou de exclusão do associado;

IV. a forma de devolução das sobras registradas aos associados, ou do rateio das perdas apuradas por insuficiência de contribuição para cobertura das despesas da sociedade;

V. o modo de administração e fiscalização, estabelecendo os respectivos órgãos, com definição de suas atribuições, poderes e funcionamento, a representação ativa e passiva da sociedade em juízo ou fora dele, o prazo do mandato, bem como o processo de substituição dos administradores e conselheiros fiscais; VI. as formalidades de convocação das assembleias gerais e a maioria requerida

para a sua instalação e validade de suas deliberações, vedado o direito de voto aos que nelas tiverem interesse particular sem privá-los da participação nos debates;

VII. os casos de dissolução voluntária da sociedade;

VIII. o modo e o processo de alienação ou oneração de bens imóveis da sociedade; IX. o modo de reformar o estatuto;

X. o número mínimo de associados.

d) Desenhe o organograma da estrutura organizacional da cooperativa.

e) Dentro desse organograma, identifique as funções e quem as realiza nos níveis: estratégico; tático e operacional.

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Respostas – página 43

1) Nas sociedades cooperativas o objeto social pode ser de serviços (de qualquer natureza), produtos ou comércio. Estes são modalidades de atividades que seus cooperados empregam e que constituem a estrutura da cooperativa. 2) Sim, as sociedades cooperativas podem sem compostas por pessoas físicas

e/ou jurídicas, contudo, para que uma pessoa jurídica possa pertencer a uma cooperativa, ela não pode ter fins lucrativos ou possuir por objetivo uma atividade idêntica ou correlata à das pessoas naturais que compõe o mesmo quadro social da cooperativa, pois isso poderia indicar um conflito de interesses.

3) Conforme a Lei nº 5.764/71, a sociedade cooperativa é estabelecida por meio da deliberação de uma assembleia geral, que é composta por seus fundadores. A deliberação deve ser devidamente registrada na ata da assembleia geral. 4) A ata deve conter as seguintes informações, sob pena de nulidade:

a. Nome da entidade, sede e objeto de funcionamento.

b. O nome, a nacionalidade, a idade, o estado civil, a profissão e a residência dos seus associados e dos eleitos para os órgãos de administração, fiscali-zação e outros.

c. O valor e número da quota-parte de cada um dos associados e a aprovação do estatuto da sociedade.

5) A cooperativa deverá apresentar a documentação, de acordo com as exigências das leis vigentes na ocasião, aos órgãos competentes no prazo máximo de 30 dias a partir do seu nascimento. Quando os órgãos competentes aprovarem os atos de constituição da cooperativa, os documentos deverão ser enviados à Junta Comercial local que os registrará, arquivará e os publicará. É somente mediante a esses passos que a cooperativa ganha personalidade jurídica para atuar.

6) O estatuto é composto por regras e normas jurídicas, conforme acordo entre os sócios ou fundadores, que vão orientar e regulamentar a sociedade coope-rativa. O estatuto social é fruto da deliberação da assembleia que define a operação, administração, objeto entre outros relativos ao interesse social. Em outras palavras, o estatuto é a forma e a razão de ser da cooperativa. 7) A cooperativa necessita, como qualquer empreendimento, de dinheiro para

movimentar suas atividades. Quando os associados ingressão na coopera-tiva ou quando iniciar uma nova cooperacoopera-tiva, eles adquirem as chamadas cotas-partes que nada mais é que a injeção de dinheiro em forma de capitali-zação. O conjunto dessas cotas-partes forma o capital social da cooperativa.

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8) O Brasil apresenta, em sua maioria, o modelo de administração latino, no qual as sociedades cooperativas são administradas por meio da assembleia, portanto, o órgão máximo administrativo é a assembleia-geral.

9) • Definir os objetivos e metas Planejar. • Definir as políticas organizar.

• Definir a estratégia controlar. • Levantar os recursos necessários. • Controlar.

10) • Definir as táticas coordenar. • Delegar autoridade dirigir.

• Distribuir e supervisionar as tarefas.

• Orientar e controlar a execução das tarefas.

11) Executar as tarefas executar (pessoal, recursos materiais, financeiros, produção/ serviços, comercialização, assistência técnica).

12) Resposta pessoal.

Capítulo 4

Orientações

Nesse capítulo trabalharemos alguns conceitos de contabilidade e índices econômicos financeiros, com o objetivo de propiciar ao aluno a capacidade de exercer uma leitura dife-renciada sobre o trabalho cooperado, de forma a viabilizar uma visão mais crítica e técnica sobre a manutenção e a saúde da atividade cooperada.

Tão importante quanto descobrir as possibilidades e vantagens do cooperativismo e como fazer parte dele, é conhecer as ferramentas e ser capaz de ler os indicadores que viabilizam a permanência das atividades cooperada. Portanto, apresentamos algumas ferramentas econômico-financeiras que possibilitam uma melhor visão do andamento da cooperativa.

Respostas – página 60

1) São atos praticados entre a cooperativa e seus associados e entre as cooperativas entre si, quando estas forem associadas para a obtenção dos objetivos sociais. Os asso-ciados fornecem seus produtos à cooperativa para a comercialização dos mesmos. Por sua vez a cooperativa repassa aos associados os resultados.

2) Os atos não cooperativos são aqueles praticados entre a cooperativa e terceiros não cooperados. Aplicações financeiras e contratação de terceiros não associados para a prestação de serviços.

3) As sobras são equivalentes ao lucro e as perdas são equivalentes ao prejuízo. 4) Professor, para melhor entendimento, resolver essa questão em sala de aula.

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Capítulo 5

Orientações

É por meio do balanço patrimonial que vemos a situação financeira e patrimonial da cooperativa. Portanto, professor, o trabalho nesse capítulo é exercitar/praticar por meio de questionários, leituras e trabalhos individuais e em grupos.

Respostas – página 72

1) As sobras, após a destinação estatutária, deve ser posta à disposição da assembleia geral. Já as perdas, quando a cooperativa não possuir reservas legais para cobri-las, elas deverão ser rateadas entre os cooperados, de forma a não gerar saldo negativo para o próximo período.

2) O balanço patrimonial possibilita ver, em um determinado momento, a situação finan-ceira e patrimonial da cooperativa.

3) O balanço patrimonial é composto pelo:

Ativo  é a parte que contém os bens, os direitos. Passivo  é a parte que contém as obrigações.

Patrimônio líquido  que contém os recursos próprios da cooperativa.

4) Ativo circulante (AC)  Contém as contas compostas por bens e direitos, que já estão convertidas em dinheiro ou que poderão se converter em dinheiro a contar da data de lançamento do balanço patrimonial até o fim do exercício seguinte.

Ativo não circulante  Contém as contas, bens e direitos, que poderão ser convertidas em dinheiro, após o final do exercício seguinte, a contar da data de lançamento do balanço patrimonial. O ativo não circulante é composto por subdivisões:

Ativo realizável a longo prazo (RLP)  Contém as contas que vencerão após o fim do exercício social seguinte.

Ativo permanente (AP)  É composto por contas que representam bens materiais ou imateriais. Bens materiais são os bens que podemos pegar. Por exemplo: carro, casa. Os bens imateriais são bens que não podemos tocar, porém, somos beneficiados por eles. Por exemplo: marcas, patentes, benfeitorias, ativo diferido, etc. Como exemplo de ativo diferido temos os gastos:

De implantação e pré-operacionais; com pesquisa e desenvolvimento de produtos; de implantação de sistemas e métodos; de reorganização ou reestruturação.

Passivo circulante  Contém as contas que a cooperativa ou a empresa terá que pagar no exercício seguinte ao do balanço patrimonial.

Passivo exigível a longo prazo (PELP)  Contém as contas que devem ser pagas após o término do exercício social seguinte ao do balanço patrimonial.

Resultados de exercícios futuros (RE)  Contêm as contas de receitas futuras que foram recebidas antecipadamente.

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5) Professor, essa questão deverá ser feita em sala de aula, para que o aluno desenvolva a atividade e questione quanto a dúvidas.

Capítulo 6

Orientações

Nesse capítulo trabalharemos o demonstrativo de sobras ou perdas do exercício – objetivando possibilitar ao aluno uma leitura crítica sobre o anda-mento econômico-financeiro da cooperativa e de suas próprias atividades. Para tanto, o professor poderá propor a seguinte atividade:

• Análise em grupo de um demonstrativo de sobras ou perdas do exercício (dado pelo professor a cada grupo), podendo os grupos apresentar suges-tões para melhoria (caso seja necessário) dos índices. Após a reflexão, os alunos poderão apresentar o resultado da análise para toda turma.

Respostas – página 81

1) Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) é uma ferramenta que apresenta de forma sintética as operações feitas durante um determi-nado período, normalmente esse período é de um ano, e permite saber se houve sobras ou perdas líquidas. Ele fornece o resultado econômico, nas cooperativas na forma de perdas ou sobras, que impactam direta-mente o valor do patrimônio líquido da cooperativa. Nas cooperativas, o DRE é chamado de Demonstrativo de Sobras ou Perdas do Exercício à Disposição da Assembleia Geral Ordinária (AGO).

2) A receita operacional bruta é composta pelo total faturado, ou seja, pelo total vendido pela cooperativa.

3) As deduções e os abatimentos são compostos pelos valores a serem calculados e deduzidos diretamente sobre o valor das vendas. São eles: a. Os impostos faturados – São aqueles que têm as vendas como base de

cálculo. Exemplos: PIS; Cofins; ICMS; IPI; ISS; etc.

b. Os descontos incondicionais concedidos – São os descontos promocio-nais dados no ato da venda e que são, obrigatoriamente, destacados na nota fiscal.

c. As vendas canceladas – Após a venda ter sido feita e o produto ter sido entregue, o comprador desiste da compra e devolve o produto ao emissor da nota fiscal. Essa devolução é feita de maneira formal e legal.

4) A receita operacional líquida é o resultado da subtração do total das deduções e abatimentos da receita operacional bruta.

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5) Os custos operacionais representam os gastos que são necessários para que a cooperativa realize os seus objetivos contratuais. Sua composição pode apresentar:

• Custo das mercadorias vendidas – Que é o preço da compra e dos gastos com as mercadorias que serão revendidas.

• Custo dos produtos vendidos – É composto por todos os custos de fabricação mais o custo do produto que será vendido.

• Custo dos serviços prestados – é composto pelos gastos que são necessários para que o serviço possa ser prestado.

6) A sobra ou a perda bruta é o resultado pela subtração É aquele apurado pela dedução dos custos da receita operacional líquida.

7) As despesas operacionais são os gastos de manutenção feitos para que a empresa possa continuar atuando. Exemplos:

• Despesas com vendas – São as despesas feitas para o cuidado com a estru-tura de vendas, possibilitando a continuidade das atividades de vendas ou melhoria da imagem institucional em relação aos clientes da cooperativa. • Despesas administrativas e gerais – São as despesas feitas para a

ma-nutenção da estrutura administrativa da cooperativa. Elas podem ser classificadas como pessoal (são os gastos feitos com encargos e salários referentes aos empregados da administração).

• Material de consumo – São os gastos feitos com materiais para a manutenção das atividades administrativas.

• Serviços prestados – São gastos feitos com a terceirização e outros serviços contratados junto a terceiros.

• Encargos diversos – São os gastos feitos com os impostos sobre bens e outras taxas administrativas.

8) Professor, trabalhar essa questão juntamente com os alunos.

Capítulo 7

Orientações

Ao apresentarmos o conceito de fluxo de caixa, objetiva-se possibilitar ao aluno uma leitura que o capacite a ver, com clareza, o fluxo de entrada e saída de dinheiro ou outros recursos que a cooperativa tenha. Tal visão possibilita uma tomada de decisão de forma mais segura na gestão da cooperativa. Sugestão de atividade:

A análise em grupo de um fluxo de caixa (dado pelo professor a cada grupo), podendo os grupos apresentar sugestões (caso seja necessário).

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Respostas – páginas 88-89

1) A contabilidade entende por “caixa” o montante de dinheiro que há nos cofres da empresa (caixa), bancos ou o investimento que pode ser convertido em dinheiro no prazo de até 3 meses.

2) O fluxo de caixa tem por objetivo prever, em dado período de tempo, as entradas e as saídas dos recursos financeiros da cooperativa. Dessa forma, pode-se avaliar melhor a necessidade ou não de se contrair empréstimos ou qual o melhor destino para as sobras.

3) Permite que a cooperativa consiga cumprir suas negociações normalmente, atua como proteção em casos de acontecimentos inesperados que exijam uma saída de dinheiro rápida.

4) Para se ter um fluxo de caixa otimizado, de forma a gerar uma gestão mais eficiente, devemos observar alguns pontos importantes, tais como:

• Promover o recebimento mais rápido, mais cedo possível dos pagamentos a que a cooperativa tem direito.

• Conseguir prazos mais longos e em datas mais favoráveis, de acordo com as entradas de dinheiro que a cooperativa terá. Assim a cooperativa poderá realizar os pagamentos de suas obrigações.

• Trabalhar de forma a ter o mínimo de estoque possível, sem prejudicar as vendas, por meio de um giro constante. Ou seja, evitar produtos parados no estoque sem vender ou falta de estoques para as vendas.

5) O fluxo de caixa se organiza em três grupos:

• Atividades operacionais: são as atividades que estão ligadas à prestação de serviços e à compra e venda de produtos.

• Atividades de investimentos: encontramos aqui as saídas de dinheiro refe-rente à compra de ativos imobilizados (edifícios, instalações de fábricas, máquinas, equipamentos, etc.). O empréstimo feito a terceiros é compreen-dido como um investimento, portanto também se enquadra nesse grupo. • Atividades de financiamentos: nessas atividades encontramos os valores que

atuam de forma a obtenção de recursos para a cooperativa. Esses recursos podem ser da própria cooperativa ou proveniente de terceiros. Assim temos os recursos de longo e curto prazo, recebimentos em decorrência da emissão de debêntures. Já na saída temos o pagamento do valor principal de empréstimos tomados de terceiros.

6) O ciclo de caixa é compreendido entre os dias que vão do pagamento de dupli-catas até o recebimento de duplidupli-catas.

7) Professor, trabalhar essa questão juntamente com os alunos em sala de aula. 8) Professor, responder/trabalhar essa questão juntamente com os alunos.

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Capítulo 8

Orientações

O desenvolvimento de uma cooperativa implica vários fatores, tais como os jurídicos (legais), os contábeis, os financeiros-econômicos, mas também e, principalmente, o relacio-namento entre as pessoas.

Visto que no cooperativismo temos o ato de cooperar para o desenvolvimento de seus cooperados, é importante que entendamos alguns fundamentos das relações interpessoais. Assim, pode-se criar na cooperativa um clima saudável no qual haja harmonia nas relações para que todos possam da melhor forma possível, alcançarem seus objetivos em conjunto.

A questão da ética é inseparável do tema cooperativismo, posto que, ao se trabalhar de forma cooperada, têm-se dois eixos que exigem postura ética rígida:

• Eixo da vida  os desgastes dos recursos e das relações pessoais exigem uma postura que paute as ações no mundo do trabalho e dos negócios de forma diferente, respeitando a vida.

• Eixo do cooperativismo  é em decorrência das ações que desrespeitavam a vida e as pessoas (durante o Capitalismo Industrial) e surge o cooperativismo. Por si só, o cooperativismo se propõe como uma nova forma de conviver e viver econo-micamente.

A cooperativa não é um núcleo fechado, antes, é um organismo vivo que se relaciona com o meio e dele faz parte. Assim, faz-se importante neste momento, apresentar ao aluno noções de ética, para que ele possa constituir seu sujeito ético com as exigências da vida e do cooperativismo.

Sugestão de atividades:

Em relação à ética  Estudo de caso: o professor entregará a cada grupo um estudo de caso no qual os grupos farão uma análise ética. Após a reflexão, os alunos poderão apresentar o resultado da análise para a sala.

Em relação ao relacionamento interpessoal  Estudo de caso: o professor entregará a cada grupo um estudo de caso no qual os grupos farão uma análise e apresentarão sugestões de melhoria das condições apontadas no texto.

Observação: o texto pode ser elaborado pelo professor de forma a conter questões

que envolvam as condições de trabalho no ambiente, as relações pessoais, incentivos e motivação-desmotivação, produtividade, etc. O objetivo é propiciar aos grupos uma análise crítica na qual eles possam identificar elementos a serem mudados ou melhorados e tomarem decisões de mudança.

Respostas – página 102

1) A ética é parte da filosofia responsável pela investigação dos princípios que motivam, distorcem, disciplinam ou orientam o comportamento humano, refletindo especial-mente a respeito da essência das normas, valores, prescrições e exortação presentes

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2) É a articulação dos valores que conduzem a conduta empresarial. As Empresas e as organizações percebem que se pode agregar valor às relações com seus parceiros, funcionários, clientes, e muitos outros públicos, por meio de seus códigos de ética. O código de ética empresarial é o reflexo do conjunto de valores centrais da organização, que orienta e dá diretrizes de como os indivíduos "deveriam" agir. O código de con-duta empresarial é uma lista de prescrições, às quais geralmente estão relacionadas penalidades para a violação, que dizem como os indivíduos "devem" agir.

3) O estímulo é algo externo. Um estímulo não parte da pessoa, mas ela o recebe de seu ambiente externo. Já a motivação é um elemento interno da pessoa. Não vem de fora. 4) Na base da pirâmide se encontram as necessidades fisiológicas básicas que são

necessárias para a sobrevivência da pessoa. Exemplos: descanso, alimentação, moradia-abrigo, necessidades sexuais, etc.

No próximo nível da pirâmide encontramos as necessidades de segurança. Essa neces-sidade só surge quando as fisiológicas são satisfeitas. Dentro da cooperativa, quando se tomam decisões de forma incorreta, gerasse o sentimento de insegurança, que pode prejudicar o andamento das atividades. Exemplos: busca de proteção contra as ameaças ou privação, proteger-se do perigo, busca de estabilidade (financeira, amorosa, etc.). No terceiro nível da pirâmide encontramos as necessidades sociais, que se referem à necessidade de amor, aceitação, pertença, amizade etc. Quando essas necessidades não são supridas, podem desencadear problemas de relacionamento, hostilidade, difi-culdade de adaptação social, etc.

No penúltimo nível superior da pirâmide encontramos a necessidade de estima. Aqui temos um elemento interno na pessoa, pois envolve a autoconfiança e a autoestima. Trata-se de como a pessoa se percebe, se vê. Aqui também, encontramos a necessi-dade de aprovação social, de prestigio, de status, respeito, etc. Quando satisfeita essa necessidade, a pessoa se fortalece, porém quando não satisfeita ela pode gerar senti-mentos de inferioridade e dependência.

No ponto mais alto da pirâmide encontramos a necessidade de autorrealização. Essa necessidade está relacionada ao potencial de desenvolvimento da pessoa (ser empre-gado) para um desenvolvimento contínuo (do ser).

5) Segundo Herzberg, os fatores higiênicos não são suficientes para garantir a motivação. Assim, quando esses fatores são empregados de forma excelente pela organização, apenas conseguem, como resultado, evitar a insatisfação do colaborador; ao passo que, quando mal empregados, causam a insatisfação.

6) O fator motivação está ligado ao sentimento de satisfação, à autorrealização, ao cres-cimento, ao desenvolvimento das potencialidades, ao reconhecimento profissional no ambiente em que se está por meio das tarefas desenvolvidas (essas tarefas devem ser desafiadoras, porém com um grau de complexidade compatível com a capacidade do trabalhador, e ao mesmo tempo, possuírem significado para o trabalhador).

7) Não. O sucesso de uma cooperativa não está ligado somente aos aspectos administra-tivos, pois, a cooperativa é composta por pessoas que se relacionam entre si, com a sociedade e com o meio ambiente. Portanto, para alcançar êxito em suas atividades, a cooperativa deve buscar melhorar, cada vez mais, as relações interpessoais e estabe-lecer um código ético que promova o bem-estar de todos.

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Capítulo 9

Orientações

Ao colocarmos o aluno em contato com o tema sustentabilidade e

cooperativismo, objetiva-se esclarecer que não se pode mais atuar nos

campos da produtividade e da economia de forma a não considerar a escassez dos recursos que mantém a vida no planeta.

A sustentabilidade não se refere somente aos recursos naturais, mas também ao modo/jeito com que as pessoas se relacionam no processo pro-dutivo (seres humanos – máquinas).

Assim sendo, podemos expor o cooperativismo como um importante meio com o qual se podem aliar formas de produção e comercialização conscientes e responsáveis com uma concepção humana das relações sociais e trabalhistas. É possível ao cooperativismo apresentar propos-tas e resultados mais eficientes e eficazes para a linha de tensão gerada:

Produção x Manutenção da Vida com Qualidade – Sustentabilidade. Sugestão de atividades:

Trabalho em grupo. Os alunos podem pesquisar as práticas de sus-tentabilidade feitas pelas cooperativas – ou uma cooperativa específica. Aqui, o grupo pode sugerir ações, caso perceba que as práticas de susten-tabilidade possam ser tratadas de outra forma, melhoradas ou ampliadas. Após a reflexão, os alunos poderão apresentar o resultado da análise para a sala.

Respostas – páginas 108-109

1) O conceito “sustentável” indica algo apto ou passível de sustentação, sustentado é aquilo que já tem garantida a sustentação. Dessa forma, percebe-se que aquilo que é "sustentado" possui um prazo de validade. No universo físico, todas as coisas possuem um prazo de validade, ou seja, um limite. Portanto, a sustentabilidade possui seu sentido ligado à harmonização do emprego dos recursos naturais para a manutenção da vida.

2) É o ciclo de crescimento econômico de caráter constante e perene, alicerçado em bases estáveis.

3) A gestão sustentável refere-se à habilidade de condução de uma organização, da sociedade, de uma comunidade ou de uma nação por meio de processos que priorizem a valorização do capital humano, natural e financeiro.

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4) Com a mecanização do trabalho agrícola teve início ao êxodo rural, ou seja, a população rural sai dos campos onde viviam e trabalhavam e começam a se diri-gir para os novos focos de trabalho que lhe permitam sobreviver, ou seja, as fábri-cas. À medida que as famílias migram para os arredores das fábricas, ocorre a (super) povoação dos espaços. As condições de vida, tais como o saneamento básico, a luz e a alimentação eram precários. Esses elementos conjugados resultam no aparecimento das doenças. Nas Fábricas, os funcionários trabalha-vam 10 horas ou mais em troca um salário que lhes permitia apenas a sobre-vivência, ou seja, o mínimo necessário para alimentar-se repondo as energias necessárias para produzir mais. As crianças trabalhavam pesadamente nas indústrias e recebiam um valor muito inferior aos adultos, pois não havia leis que regulasse a jornada de trabalho, a remuneração ou mesmo o trabalho infantil. Buscava-se, sobretudo, o lucro, o crescimento e a expansão de territórios para a aquisição de matérias-primas com baixo custo e onde fosse possível vender os produtos prontos a preços máximos. Percebe-se então, o acirramento de um processo contínuo de degradação do meio ambiente e da força de trabalho (ser humano), onde as consequências não são levadas em conta, sendo o obje-tivo maior o lucro. Os recursos naturais esgotam-se com o passar do tempo, a força de trabalho adoece de forma singular a cada período de tempo, como por exemplo, há uma notável mudança no aumento das doenças psíquicas-emocionais em relação as doenças físicas.

5) O cooperativismo emerge como um importante meio com o qual pode-se chegar mais facilmente ao resultado amplo da sustentabilidade. Aliando-se formas de produção e comercialização conscientes e responsáveis com uma concepção humana das relações sociais e trabalhistas, é possível ao cooperativismo apre-sentar propostas e resultados mais eficientes e eficazes para a linha de tensão gerada: Produção x Manutenção da Vida com Qualidade – Sustentabilidade. 6) Sim. A sustentabilidade pode ser usada como vantagem competitiva, porém,

deve haver um cuidado para que ela não seja instrumentalizada de forma a apenas ser motivo de propaganda para a imagem das organizações, enquanto que na prática seus fundamentos não são levados a sério.

7) Não. O pensar em sustentabilidade ultrapassa a fronteira das questões ambientais abrangendo as relações humanas na sociedade e no trabalho. As práticas sustentáveis abrangem a vida humana e as demais formas de vida no planeta e os recursos naturais, compondo um grande desafio: desenvolver formas de produção e comércio que se equilibrem com a manutenção da vida, com qualidade, no planeta.

8) Professor, resolver essa questão juntamente com os alunos. 9) Resposta pessoal.

9) Resposta pessoal. 10) Resposta pessoal. 11) Resposta pessoal.

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Capítulo 10

Orientações

No Capítulo 10 apresentamos ao aluno a economia solidária, pois, trata-se de inicia-tivas que dinamizam as economias locais, garantindo trabalho digno e renda às famílias envolvidas, além de promover a preservação ambiental, por meio de projetos produtivos de forma coletiva.

Busca-se aqui, apresentar a economia solidária como um elemento que se conjuga com o cooperativismo dinamizando a economia local e dignificar o ser humano.

Sugestões de atividades:

Professor, apresente aos alunos, após a aula expositiva, uma comunidade que

desen-volva a economia solidária e o trabalho cooperado. Depois, em sala de aula, faça um “bate--papo” levantando questões que levem a todos a participar.

Sugira que os alunos, em grupos, possam debater e analisar a viabilidade da economia solidária na região em que moram e como poderiam começar articular a implantação da mesma.

Respostas – página 117

1) Economia solidária é um jeito diferente de produzir, vender, comprar e trocar o que é preciso para viver. Sem explorar os outros, sem querer levar vantagem, sem destruir o ambiente. Cooperando, fortalecendo o grupo, cada um pensando no bem de todos e no próprio bem. É compreendido também, como um conjunto de práticas econômicas que abrangem a produção, a distribuição, a poupança e o crédito.

2) As características da economia solidária são: cooperação, autogestão, dimensão econômica e solidariedade.

3) As alterações que a globalização operou ao longo das últimas décadas nos âmbitos econômico e social afetaram as estruturas do modelo tradicional da relação de trabalho. Esse fato gerou a precarização das relações formais de trabalho levando os trabalhadores, em meio à tendência de desemprego, a aceitarem ocupações que seus direitos sociais são deixados de lado visando apenas a sua sobrevivência. Essa crise também propiciou o surgimento de outras formas de organização do trabalho. Em vir-tude disso, verifica-se a ocorrência de “experiências coletivas de trabalho” e produção nos espaços rurais e urbanos, por meio das cooperativas de produção e consumo, das associações de produtores, redes de produção consumo comercialização, instituições financeiras voltadas para empreendimentos populares solidários, empresas de auto-gestão, entre outras formas de organização.

4) • Economicamente, é um jeito de fazer a atividade econômica de produção, oferta de serviços, comercialização, finanças ou consumo baseado na democracia e na cooperação, o que chamamos de autogestão: ou seja, na economia solidária não existe patrão nem empregados, pois todos os/as integrantes do empreendimento

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• Culturalmente, é também um jeito de estar no mundo e de consumir (em casa, em eventos ou no trabalho) produtos locais, saudáveis, da economia solidária, que não afetem o meio-ambiente, que não tenham transgênicos e nem benefi-ciem grandes empresas. Neste aspecto, também simbólico e de valores, esta-mos falando de mudar o paradigma da competição para o da cooperação de da inteligência coletiva, livre e partilhada.

• Politicamente, é um movimento social que luta pela mudança da sociedade, por uma forma diferente de desenvolvimento, que não seja baseado nas grandes empresas nem nos latifúndios com seus proprietários e acionistas, mas sim um desenvolvimento para as pessoas e construída pela população a partir dos valores da solidariedade, da democracia, da cooperação, da preservação ambiental e dos direitos humanos.

5) A economia solidária teve sua expansão gerada pelas instituições e entidades que apoiavam as iniciativas comunitárias e pela “constituição e articulação de cooperativas populares, redes de produção e comercialização, feiras de coopera-tivismo e economia solidária, etc.

6) I. Existência de relações comerciais mais justas, solidárias, duradouras e trans-parentes.

II. Co-responsabilidade nas relações comerciais entre os diversos participantes da produção, comercialização e consumo.

III. Valorização, nas relações comerciais, da diversidade étnica e cultural e do conhecimento das comunidades tradicionais.

IV. Transparência nas relações comerciais, na composição dos preços praticados e na elaboração dos produtos, garantindo acesso à informação acerca dos pro-dutos, processos, e organizações que participam do comércio justo e solidário. 7) I. Promover o desenvolvimento sustentável, a justiça social, a soberania, e a

segurança alimentar e nutricional.

II. Garantir os direitos dos produtores, comerciantes e consumidores nas relações comerciais.

III. Promover a cooperação entre produtores, comerciantes e consumidores e suas respectivas organizações para aumentar a viabilidade destas, reduzindo riscos e dependência econômica.

IV. Promover o exercício de práticas de autogestão nos processos de trabalho e nas definições estratégicas e cotidianas dos empreendimentos, bem como a transparência e democracia nas instâncias, direção e coordenação das ativi-dades produtivas e gerenciais.

V. Estimular relações de solidariedade a partir do comprometimento perma-nente com a justa distribuição dos resultados e com a melhoria das condições de vida dos participantes.

(32)

VII. Valorizar as práticas de preservação e de recuperação do meio-ambien-te, com ênfase na produção de produtos de base agroecológica e nas ativi-dades de extrativismo sustentável.

8) Professor, a resposta é pessoal, porém, deixamos um pequeno texto para ajudar na reflexão:

A economia solidária e o cooperativismo emergem da lacuna gerada pelo sistema Capitalista em relação ao fator trabalho-produção-remuneração. Tal lacuna ampliou-se com a expansão global da economia neoliberalista. Os trabalhadores encontram nesta forma de organização o meio de pro-duzir e gerar renda mais justa. São por meio dessas associações que se fortalecem os pequenos empreendedores.

A questão da sustentabilidade tão debatida em todas as esferas da sociedade ganha aqui fortes aliados. A sustentabilidade não deve ser abordada apenas quanto a práticas de exploração responsáveis que possam apenas postergar o esgotamento total dos recursos naturais, mas primordialmente, a sus-tentabilidade deve ser compreendida e implementada no cotidiano como práticas de manutenção da vida saudável no planeta. Não se pode conceber um meio ambiente sustentável quando a sociedade estiver adoecida. Adoe-cida por um sistema de exploração dos recursos vitais humano-ambientais. Assim sendo, o cooperativismo e a economia solidária, enquanto práticas que promovem o bem-estar socioeconômico permite o estabelecimento de relações humanas mais saudáveis do ponto de vista exploratório.

Dessa forma, têm-se dois pilares fortes para a construção sólida de bases econômicas, sociais e ambientais.

9) Resposta pessoal. 10) Resposta pessoal.

Referências

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