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BOLETIM INFORMATIVO 01/2014 PROCESSO N.º ABRAHÃO SADIGURSKY E OUTROS VS. PETROBRÁS

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Salvador, 07 de março de 2014

BOLETIM INFORMATIVO 01/2014

PROCESSO N.º 0203500-71.1989.5.05.0015 ABRAHÃO SADIGURSKY E OUTROS VS. PETROBRÁS

Prezado Sr(a). Cliente,

O escritório Catharino, Mesquita & Fonseca Advogados Associados vem informar os pontos abaixo destacados para os clientes, autores do processo que ficou conhecido como “processo da PL”, que não tiveram seus cálculos apurados pelo perito do juízo (38):

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c) medida jurídica adotada para solução do pagamento dos 38 reclamantes sem cálculo;

d) expectativa do escritório sobre a medida jurídica adotada para solução do pagamento dos 38 reclamantes sem cálculo;

e) falecimentos de reclamantes;

f) mudança de advogado;

g) considerações finais;

A – HISTÓRICO DO PROCESSO

Em 1986 o Prof. José Martins Catharino, sócio fundador do escritório, representando o Sindicato dos “Trabalhadores na Indústria da Extração de Petróleo no Estado da Bahia” ingressou com um dissídio coletivo de natureza jurídica contra a Petrobrás (ação coletiva perante o Tribunal Regional do Trabalho).

Neste dissídio foi até às origens da Petrobrás e sustentou que a lei que a criou, a famosa 2.004 de 1953, não estava sendo cumprida integralmente no que tange ao pagamento da participação nos lucros aos seus empregados. Corajosamente e de forma pioneira o Tribunal Regional do Trabalho da 5ª Região julgou procedente o dissídio deferindo a pretensão. Essa decisão foi mantida pelas instâncias superiores.

Nos idos de 1989 ingressou com execução em favor de mais de 2.000 reclamantes contra a Petrobrás, promovendo uma série de ações plúrimas contendo mais ou menos 200 reclamantes cada qual.

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No decorrer do procedimento a Justiça decidiu unificar as diversas ações perante a 15ª Vara do Trabalho, acarretando, portanto, na enorme quantidade de reclamantes (atualmente exatamente 1.208) como autores no processo n.º 0203500-71.1989.5.05.0015.

A ação foi julgada favoravelmente aos reclamantes, tendo transitado em julgado a condenação no curso do ano 2000.

No início do ano de 2001 os reclamantes iniciaram o processo de execução da sentença. Em meados de 2008, o perito do juízo apresentou seu laudo (cálculos) apontado um crédito de R$ 154.795.782,52 em favor de 1.170 reclamantes (excetuados os 38 sem cálculos).

No curso da execução, ao final de 2008, a Petrobrás foi obrigada a contestar o laudo com os cálculos apresentados pelo perito, tendo apontado suposto erro e indicado valores individuais para 958 reclamantes que em sua opinião seriam “corretos”.

Diante disso, em 2009 o escritório realizou um pedido de reconhecimento de confissão e pagamento da soma das 958 planilhas/reclamantes, total de R$ 32.833.686,811 (trinta e dois milhões, oitocentos e trinta e três reais e oitenta e um centavos), como parcela incontroversa em favor dos 958 reclamantes, o que foi aceito pelo juiz e pago pela empresa em meados de 2010.

Durante os anos de 2011 a 2013 esses 958 autores receberam parte do crédito (a parcela dita incontroversa), estando apenas em questionamento para receber a diferença apurada pelo perito.

1 Esse valor é juridicamente denominado “crédito incontroverso”, porque a Petrobrás reconheceu como devido, não havendo mais como ser questionado em qualquer fase do

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No entanto, 250 (duzentos e cinquenta) dos reclamantes, não obtiveram qualquer crédito por duas situações de fato e direito:

- 212 porque não obtiveram parcela incontroversa;

- 38 porque não tiveram seus cálculos apurados pelo perito do juízo;

Essas duas situações de fato impediram, até hoje, qualquer recebimento de dinheiro para este grupo de 250 reclamantes.

É exatamente essa situação que o escritório vem tentando mudar. Convém aqui ressaltar que foram diversas as tentativas do escritório e do juízo no sentido de resolução da questão de forma mais célere, vejamos exemplificativamente:

- vários contatos com o setor de recursos humanos para apresentação da

documentação;

- diversos pedidos para apresentação de documentos à justiça;

- pedido de arbitramento de valor para os reclamantes;

- pedido de conferência de prazo para apresentação de cálculos;

- pedido de multa por litigância de má-fé, indenização etc.;

Isso porque a empresa vinha se utilizando de todos os recursos possíveis para retardar e/ou impedir o cumprimento da sentença judicial em favor dos reclamantes (tais como retirar os autos do processo e não devolver etc.).

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Diante disso, o escritório passou a atuar com tamanha firmeza que desistiram de fazê-lo ao final de 2012, tendo inclusive substituído os advogados da empresa no processo e solicitado audiência para conciliação em meados de 2013.

Nesta oportunidade a empresa se mostrou afeita ao pagamento em proposta a ser realizada ao juízo e ao escritório. Contudo, passado quase 01 ano ainda não o fizeram. Em que pese ausência de proposta, fizemos o máximo para evitar a continuidade do processo, estando todos, inclusive o juízo da 15ª Vara, livres para aplicar as sanções cabíveis à empresa no processo.

B - SITUAÇÃO ATUAL DOS 38 RECLAMANTES SEM CÁLCULO

O perito do juízo não pode apresentar os cálculos em favor de 38 dos reclamantes porque a empresa até hoje não entregou os dados funcionais e financeiros desses reclamantes, em que pese diversos pedidos do escritório, decisões judiciais etc.

Em 2011 o escritório solicitou a aplicação de sanções decorrentes dos atos temerários da empresa no sentido de retardar e/ou impedir o andamento do procedimento (chamado ato atentatório à dignidade da Justiça) com a imposição de sanções de multa e indenizações correspondentes em favor dos 38 reclamantes prejudicados.

O juízo atendeu o pedido do escritório vindo a intimar a empresa a fazê-lo no prazo legal sob pena de aplicação das sanções requeridas.

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C - MEDIDA JURÍDICA ADOTADA PARA SOLUÇÃO DO PAGAMENTO DOS 38 RECLAMANTES SEM CÁLCULO

Em razão disso, fizemos os seguintes pedidos:

- arbitramento do maior cálculo apurado pelo juízo para efeito de penhora, com

oferecimento de prazo para apresentação de cálculo sob de confissão e total pagamento;

- aplicação de pena de litigância de má-fé à empresa;

- indenização de 20% sobre o valor do cálculo de cada reclamante, em seu respectivo favor;

D - EXPECTATIVA DO ESCRITÓRIO SOBRE A MEDIDA JURÍDICA ADOTADA PARA SOLUÇÃO DO PAGAMENTO DOS 38 RECLAMANTES SEM CÁLCULO

Este pleito tem razoável probabilidade de êxito, podendo vir a ser aceito e efetivado em até 01 ano (podendo vir a ser mais ou menos, dependendo do tempo do Poder Judiciário).

E – FALECIMENTO DE RECLAMANTES

No caso de eventual falecimento de algum dos reclamantes é extremamente importante o contato dos herdeiros com o escritório para a promoção de habilitação incidental dos herdeiros e/ou espólio no processo, com a devida atualização cadastral (telefone, email, endereço, contrato, procuração, dados bancários etc.).

Assim, diante desse evento solicitamos o imediato contato para o fornecimento da certidão de óbito, relação de herdeiros com documentos comprobatórios etc. para a

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habilitação e contatos futuros, evitando inclusive o atraso no eventual recebimento de créditos.

F – MUDANÇA DE ADVOGADO

A eventual mudança de advogado importa na rescisão do contrato mantido com o escritório e importará no duplo pagamento de honorários, não sendo desejável para as partes (cliente e escritório) inclusive porque fatalmente retardará o término do processo porque, como vem acontecendo, o juízo quando decidir algo concederá vista a cada advogado habilitado para a eventual manifestação.

Em 2008 alguns reclamantes o fizeram, tendo pago honorários ao escritório e ao novo advogado, tendo a maioria absoluta já retornado inclusive por falta de cumprimento das promessas desse novo patrono.

O escritório promoverá as ações judiciais de cobrança cabíveis contra aqueles que permaneceram com outros advogados e também representará o advogado perante o Tribunal de Ética e disciplina da OAB que “atravessar” o escritório.

Diante disso, solicitamos que aqueles que o fizeram retornem ao escritório. Com isso, repetimos: agilizará o processo e diminuirá seus custos para a obtenção do crédito.

F – CONSIDERAÇÕES FINAIS

Como amplamente informado, é preciso paciência e confiança, porque essa é uma guerra que tem que ser vencida através de pequenas batalhas, e, se for viável aos reclamantes, certamente o faremos através de um acordo entre o escritório e o jurídico da empresa.

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Contudo, informamos ao juízo e a Petrobrás que as eventuais negociações para acordo serão realizadas paralelamente ao processo, que deve continuar a tramitar normalmente, sem qualquer suspensão e/ou interrupção, o que foi aceito por ambos.

Finalmente, agradecemos a confiança depositada no patrocínio do escritório ao longo de todos estes anos, salientamos que mais do que nunca acreditamos no seu direito à “PL” e que continuaremos trabalhando firme para resolver o processo na maior brevidade e resultado econômico possível.

Em caso de dúvidas e/ou maiores informações podem nos contatar nos telefones (71-3242-1588 ou 71-9102-1440) e/ou emails conhecidos (pl83@catharino.com.br).

Atenciosamente,

CATHARINO, MESQUITA & FONSECA ADVOGADOS ASSOCIADOS

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