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RATING Dezembro de 2003 SOLIDEZ FINANCEIRA. Baixo Risco de Crédito BANCO INDUSTRIAL DO BRASIL S/A. Fatores Positivos 1) A CLASSIFICAÇÃO OBTIDA

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1) A CLASSIFICAÇÃO OBTIDA

O Comitê de Classificação de Risco da Austin Rating, em reunião no dia 12 de fevereiro de 2004 confirmou o rating A para o Banco Industrial do Brasil S.A.

O Banco Industrial do Brasil opera com regularidade e vem crescendo sob alavancagem controlada. O lucro acumulado em 2003, de R$ 10,9 milhões representa uma rentabilidade sobre o patrimônio de 9%, abaixo da média registrada nos exercícios anteriores. O fato da rentabilidade de 2003, assim como a receita de crédito inferior às do exercício anterior é contábil, já que o patrimônio líquido assim como a captação do banco inclui uma parcela em moeda estrangeira, lastreada em títulos cambiais travados a R$ 3,20. Ao expurgar tal efeito verificamos que o Industrial mantém o desempenho dentro dos padrões obtidos em anos anteriores, fechando 2003 com volume na carteira de crédito ligeiramente superior a R$ 400 milhões.

Para 2004 tem como estratégia dar continuidade no crescimento sustentado da carteira de crédito com foco em operações de crédito de curto prazo para médias empresas, aproximadamente 65% da carteira, repasses do BNDES, com 25% de participação e uma parte menor (10%) alocado em operações de crédito pessoal consignado em folha de pagamento. Pelo lado do funding salientamos que o Banco não está limitado aos tradicionais CDBs, promovendo a abertura de novos canais de captação.

Fatores Positivos

• Comprometimento e participação do acionista em todas as decisões estratégicas do Banco Industrial bem como das outras empresas que controla;

• O Banco opera com estrutura de capital pouco alavancada com ativos direcionados para operações de crédito de boa qualidade;

• Política de crédito é seletiva no que se refere à prospecção e manutenção de clientes;

• Abertura e exploração de novas fontes de funding, principalmente captação via fundos e clientes private;

• Abertura de agência em Grand Cayman diminuirá o custo de captação externa.

Fatores Negativos

• Reduzida economia de escala, tornando suas captações mais vulneráveis às oscilações da economia;

• Estratégia de crescimento centrada no segmento de middle market – clientes médios cuja tendência é de aumento da competição.

BRASIL: BANCOS ANÁLISE DE RISCO DE BANCOS

RATING – Dezembro de 2003

BANCO INDUSTRIAL DO BRASIL S/A

SOLIDEZ FINANCEIRA

A

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2) ASPECTOS QUALITATIVOS 2.1) Controle Acionário

O Banco Industrial do Brasil S/A é controlado por Carlos Alberto Mansur, o qual também exerce o cargo de presidente do banco com uma participação efetiva no processo decisório da organização.

No segmento não financeiro, o acionista adquiriu em 1973 a Fábrica de Produtos Alimentícios Vigor, tradicional empresa no setor em que atua.

Posteriormente, novas empresas foram compradas, ficando o grupo assim formado: Cia. Leco de Produtos Alimentícios (adquirida em 1982), Danvigor – Indústria e Comércio Ltda.(criada em 1986 a partir de uma

joint-venture com o grupo dinamarquês MD Foods, onde cada

um detêm 50% de participação), Laticínios Flor da Nata Ltda (adquirida em 1989), Refino de Óleos Brasil Ltda.(adquirida em 1995), Vipe – Processamento de Dados (criada em 1978 para desenvolver um processamento de dados entre as diversas empresas do grupo). A estrutura acionária do grupo é a seguinte:

2.2) Administração

Juntamente com o presidente, a alta administração é feita por quatro Diretores Executivos: Administrativo, Operacional, Comercial e Financeiro. As decisões estratégicas são tomadas por esses membros em reuniões de Comitê, conforme quadro a seguir:

Membros do Comitê Desde

Carlos Alberto Mansur Jan/94

Enrique J. Zaragoza Duena Jan/95

Fernando Ferraz Marcondes de Souza Jan/94

Luiz Castellani Perez Jan/95

Eduardo Barcelos Guimarães Set/01

Reportando-se ao Diretor Administrativo estão os superintendentes de tecnologia e crédito, as áreas administrativas de operações financeiras e comerciais, além do jurídico e recursos humanos. A diretoria financeira inclui as operações no mercado interbancário, internacional e operações de captação. As operações de varejo, incluindo-se as operações de arrendamento mercantil e as operações da Corretora de Seguros estão subordinadas à Diretoria Operacional. Abaixo da Diretoria Comercial está a Gerência Geral Comercial que inclui três plataformas.

As decisões estratégicas são tomadas em reuniões de Diretoria (Comitês) realizadas semanalmente, incluindo o Presidente, e os quatro Diretores Executivos (Administrativo, Operacional, Comercial e Financeiro).

Especificamente para gerenciar os riscos e aperfeiçoar seus instrumentos de controle constituíram-se os seguintes Comitês: Risco de Crédito e Risco de Mercado, que assessoram a presidência e estão representados, juntamente com as diretorias acima citadas no organograma a seguir:

Presidência Comitê Risco de Mercado Diretoria Financeira Diretoria Comercial Diretoria Operacional Diretoria Administrativa Comitê Risco de Crédito 7,02% S/A FÁBRICA DE PROD. ALIM.

VIGOR 98,19% CAP. VOTANTE 73,64% CAP.TOTAL CARLOS ALBERTO MANSUR C.M. IND.COM. LTDA 99,99% DAN VIGOR INDUSTR.COM. LATIC. LTDA 50,00 %

CRM INC NOVA YORK USA

100,00 %

SALVATI

100,00 %

1,05%

0,01% CIA LECO DE PROD ALIMENTÍCIOS 100,00% CAP.VOTANTE 80,00% CAP.TOTAL LEGENDA : - - - PESSOA FÍSICA ______ PESSOA JURÍDICA

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2.3) Participações Societárias

O Banco Industrial participa diretamente das seguintes empresas:

• IB Administradora de Cartões;

• Industrial do Brasil Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários;

• Monceau Consultoria e Serviços.

Em 2003 O Banco Industrial S.A. promoveu uma reestruturação societária, os quais os detalhes estão abaixo:

(a) Em Assembléia Geral Extraordinária de 1o de abril de 2003, foi deliberada a incorporação da controlada, Industrial do Brasil Administração e Fomento Comercial Ltda., pelo controlador, o Banco Industrial do Brasil S.A.. Devido a essa incorporação a Monceau Consultoria e Serviços Ltda., passou a ser controlada direta do banco.

(b) Em 11 de julho de 2003, o Banco Industrial formalizou no Banco Central o pedido de abertura de carteira de arrendamento mercantil e por meio de Assembléia Geral Extraordinária, de 1º de outubro de 2003, incorporou a controlada Industrial do Brasil Arrendamento Mercantil S.A. Esse processo encontra-se em fase de homologação pelo Banco Central. (c) O banco solicitou ao Banco Central autorização

de abertura de agência em Grand Cayman, a qual encontra-se em processo de aprovação.

2.4) Estratégia de Negócio

Sob a denominação de Banco Industrial do Brasil S/A, a instituição iniciou suas atividades em janeiro de 1994, após aquisição do Banco Santista do Grupo Bunge y Born, fundado em 1988.

Inicialmente focado em operações de tesouraria, redirecionou sua estratégia para crédito a partir de 1995, permanecendo até hoje como foco da estratégia operacional.

O banco é permeado por uma política conservadora, funcionando com folga de liquidez. A filosofia do acionista é de operar pouco alavancado, o que garante maior proteção, frente aos cenários de crise. O banco apresenta histórico de folga no índice da Basiléia. A

Adicionado à estratégia centrada em crédito que permanece inalterada, para 2004 espera-se a abertura de novas alternativas de funding, principalmente via fundos de investimento e operações internacionais envolvendo clientes private.

Realiza operações de tesouraria que são destinadas à resguardar a liquidez do Banco com eventuais ganhos com arbitragem na curva de juros. Além do gerenciamento do fluxo de caixa e dos descasamentos do banco, têm como função, precificar as taxas a serem utilizadas nas operações de captação, sendo que a variação das taxas a serem praticadas estão dentro de intervalo que foi previamente aprovado pela Diretoria Executiva.

A prospecção de clientes de crédito é seletiva, levando-se em consideração exigências e condições para enquadramento da empresa no mercado alvo do banco.

2.5) Política de Crédito

É definida pelo Comitê Risco de Crédito, composto pelo Presidente e quatro Diretores Executivos (Operacional, Comercial, Administrativo e Financeiro).

O Comitê de Crédito reúne-se semanalmente para tomar decisões referentes à aprovação de limites, definição de alçadas e acompanhamento do desempenho da carteira sob vários aspectos. Apenas o Presidente e os quatro Diretores têm direito de voto. O Comitê só é realizado com a presença mínima de três membros.

O core business concentra-se nas operações de crédito com garantia de recebíveis para as empresas de middle

market com faturamento mensal entre R$ 1 milhão e R$

10 milhões enquadradas no perfil do Banco Industrial do Brasil. Sempre com garantias reais, a aprovação é feita por alçadas. O Gerente Geral de Crédito aprova operações de R$ 150 mil até 90 dias e o Diretor Regional aprova operações de R$ 200 mil até 180 dias.

A decisão para operações de limite entre 200 mil e R$ 600 mil exige a presença de um dos membros da Diretoria Estatutária: Operacional ou Comercial. Toda operação de limite superior a R$ 600 mil é decidida pelo Comitê de Crédito composto pelo controlador e Diretoria Estatutária. A concentração é de no máximo R$ 5 milhões por cliente. O número de operações desse porte é reduzido.

O atual modelo de gerenciamento de risco pondera basicamente duas variáveis: Cliente e Operação. No primeiro é mensurado o risco da empresa com base na

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A segunda categoria de risco é determinado pela modalidade de operação praticada (natureza do crédito), destinação dos recursos, reciprocidade (rentabilidade versus risco) e principalmente pelas garantias oferecidas. Nas análises de desconto de recebíveis, acrescenta-se um caráter mais empírico, incluindo a checagem e confirmação do título junto ao sacado, verificação de restritivos e o grau de concentração dentro da carteira. O grau de garantia pode variar de acordo o histórico de liquidez dos recebíveis cedidos pelos clientes, que neste caso constitui a principal determinante de risco.

2.6) Política de Captação

A política de captação exerce importante papel na administração financeira do grupo. Em moeda local, os recursos captados concentram-se nos depósitos a prazo sendo a maior parte com instituições financeiras, empresas e clientes institucionais. Outras fontes de captação são os repasses de instituições oficiais.

O banco é atuante em repasses junto ao BNDES, objetivando atender o cliente médio, com taxas favoráveis.

Paralelamente, o Industrial complementa sua captação com recursos externos, que são repassados no mercado local. Destaca-se que com a abertura da agência em Grand Cayman, os custos das captações externas serão reduzidos.

As empresas do grupo chegaram a participar em 20% dos recursos captados, mas atualmente têm uma participação pouco significativa.

Vale ressaltar ainda, que o grupo opera bem capitalizado, decorrência do funding dos acionistas, o que diminui sua dependência de recursos de terceiros e possíveis oscilações no mercado.

2.7) Política de Tesouraria

A atividade de trading, subordinada à Diretoria Financeira, tem como principal objetivo o gerenciamento do fluxo de caixa e a formação de taxas e preços, não sendo sua principal fonte de receita.

A política é determinada pelo Comitê Risco de Mercado composto pelo Presidente, Diretores Estatutários juntamente com a participação dos Diretores de tesouraria e risco.

O Industrial procura operar “casado”, transformando os recursos captados em taxas pós-fixadas em prefixadas, adequando-os aos ativos de crédito. Para evitar descasamentos de prazo ou moeda utilizam-se principalmente de operações futuras de DI e swap.

Privilegiando a operação em mercados de maior liquidez, gerencia este índice para cada um dos mercados futuros em que atua: câmbio, bolsa e juros.

Os controles de risco de mercado foram implementados a partir de 1998, tendo como principais indicadores de risco os gaps de moedas e as posições de mark to

market, além da exposição máxima a riscos definida pelo

Comitê Risco de Mercado.

Apesar de não ser sua principal fonte de receita, a Tesouraria do banco Industrial está atenta às oportunidades propiciadas pelas oscilações do mercado. No entanto evita assumir posições expostas a flutuações de fatores de mercado, devido principalmente ao seu porte.

O VaR (Value at Risk) utilizado é válido para um dia, com risco máximo de 1% do Patrimônio Líquido, e um intervalo de confiança de 98%.

2.7) Política de Disclosure

As informações obtidas junto ao banco, bem como aquelas publicadas em jornais, permitem delinear a evolução da estratégia adotada. Sua política de

disclosure pode ser considerada muito boa.

3) ASPECTOS QUANTITATIVOS (Consolidado) 3.1) Captação

O passivo total do Banco Industrial totalizou R$ 903,9 milhões em dezembro de 2003, representando um crescimento de 15,7% sobre o ano anterior. A evolução dos volumes captados por produto foi a seguinte:

Dez/03 Dez/02 Dez/01

Depósitos à Vista 14.301 6.863 9.913

Depósitos Interfinanceiros 18.116 8.821 2.017

Depósitos a prazo 277.478 165.582 124.784

Captação no Mercado Aberto 250.993 250.663

-Recursos de Aceites e Emissão

de Títulos - 24.032 18.942

Obrigações por empréstimos 66.959 45.209 35.651

Obrigações por Repasses no

país 90.102 79.226 46.143

Obrigações por repasse no exterior 23.386 2.985 8.717 Instrumentos financeiros derivativos 85 5.359 -Assunção de dívidas 7.200 10.058 -TOTAL 748.620 598.740 246.167

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A maior parcela dos recursos captados refere-se a depósitos a prazo. Ao final de dezembro de 2003 o saldo dessa rubrica era de R$ 277,5 milhões, valor 67,6% maior, que o verificado em dezembro de 2002. Do montante atual 89,1% vence no curto prazo.

As captações no mercado aberto montam R$ 251 milhões. São compromissos de recompra de títulos a preços fixos.

O aumento das Obrigações por repasses no país (13,7%) refere-se aos recursos do BNDES e FINAME, com vencimento final em janeiro de 2011, sendo atualizados pela TJLP.

As obrigações por repasses no exterior são decorrente de duas captações. A primeira de fixed rate notes, foi emitida em fevereiro de 1997, com vencimento em fevereiro de 2005, cujo saldo é de R$ 29,3 milhões. A Segunda, são short term notes, emitidos em dezembro de 2003, com vencimento para dezembro de 2004 e saldo de R$ 29,3 milhões.

Os recursos de aceites e emissão de títulos referiam-se às debêntures emitidas pela Industrial Leasing em maio de 2000 e que já foram integralmente resgatadas. O patrimônio líquido final de 2003 montava R$ 125,6 milhões, representando um crescimento de 3,9% sobre o patrimônio líquido de dezembro de 2002, que era de R$ 120,9 milhões.

3.2) Aplicação

As operações de crédito e arrendamento mercantil encerraram 2003 com saldo de R$ 410,0 milhões, que representa um aumento de 36,7% ante o valor final de 2002.

A composição da carteira de crédito consolidada se encontra-se dividida da seguinte forma (Valores em milhares de reais):

Por modalidade de operação: Dez/03 Dez/02 Dez/01

Resolução nº 63 3.366 37.999 27.542

Conta Garantida 98.093 52.470 50.272

Financiamento de Importação 28.955 21.736 27.118

Aquisição de direitos creditórios 5.031 26.427 26.840

Desconto de Títulos 69.734 18.894 8.889

BNDES – FINEM 77.556 47.643 18.577

Capital de Giro 58.255 35.654 16.942

CDC 25.378 11.203 4.268

Arrendamento Mercantil 10.242 12.089 16.904

Por ramo de atividade: Dez/03 Dez/02 Dez/01

Indústria 194.050 88.611 79.652

Comércio 46.706 45.668 26.011

Outros Serviços 123.583 120.838 85.899

Pessoa Física 45.649 44.829 38.679

Total antes da provisão 409.988 299.946 230.241

Por prazo de vencimento: Dez/03 Dez/02 Dez/01

A vencer em mais de 60 meses 5.950 9.652 7.605

A vencer entre 36 e 60 meses 22.088 23.056 12.556

A vencer entre 12 e 36 meses 59.762 63.427 34.918

A vencer entre 3 e 12 meses 84.790 80.494 77.855

A vencer até 3 meses 232.147 117.075 92.216

Vencidas 5.251 4.665 5.091

Total antes da Provisão 409.988 298.369 230.241

3.3) Resultado

A receita de intermediação financeira de 2003 alcançou montante de R$ 146,5 milhões, apresentando queda de 15,6% ante o valor de 2002. O ganho com operações de crédito foi de R$ 83,1 milhões e o referente a operações de arrendamento mercantil de R$ 5,8 milhões.

Embora menores que os verificados em 2002, os valores citados não significam queda na atividade de crédito, principal foco do Industrial, e sim um componente cambial, já que parte do funding é externo e gera impacto tanto nas receitas quanto nas despesas relacionadas. Assim, as despesas de empréstimos, cessões e repasses encerraram 2003 com montante de R$ 17,6 milhões, com redução de 68,0% na comparação com 2002.

No que se refere aos custos, as despesas administrativas totalizaram R$ 12,9 milhões e as de pessoal R$ 13,6 milhões, com queda de 7,3% e 15,3% respectivamente, com relação a 2003.

O Banco Industrial do Brasil S/A registrou nesse ano, lucro de R$ 10,9 milhões, bem divido entre o primeiro e o segundo semestre.

3.4) Indicadores de Desempenho (Consolidado) ADEQUAÇÃO DO CAPITAL (%)

Dez/01 Dez/02 Dez/03

Capitalização 35,5 18,3 16,1

(6)

prazo e da maior utilização das linhas oficiais de repasse no país e no exterior. O Banco opera sob alavancagem controlada, com folga no índice da Basiléia e com imobilização reduzida, perfeitamente condizentes com o seu perfil como instituição financeira.

LIQUIDEZ (%)

Dez/01 Dez/02 Dez/03

Depend. Interbancário 0,8 1,3 2,3

Liquidez Corrente 148,6 101,8 101,5

Liquidez Imediata 57,4 75,3 59,9

Em comparação com os padrões do segmento de atuação do Industrial, os indicadores de liquidez estão em patamar inferior.

QUALIDADE DO ATIVO (%)

Dez/01 Dez/02 Dez/03

Inadimplência 2,2 1,3 1,5

Provisionamento 2,2 1,4 1,5

Comprometimento do PL 5,2 3,2 4,7

A política de crédito encontra-se refletida nos indicadores de qualidade do ativo. Além de melhores que a mediana dos pares do Industrial do Brasil, os índices de qualidade do ativo apresentam bastante regularidade não sendo observada nenhuma discrepância que mereça ser destacada.

CUSTO (%)

Dez/01 Dez/02 Dez/03

Intermediação 18,3 18,7 13,6

Eficiência 63,8 55,9 59,7

Custo Total 27,5 23,7 17,4

Os custos do Industrial estão bem equacionados, em linhas gerais diminuíram em 2003, mesmo o indicador de referência à eficiência encontra-se dentro da mediana alcançada pelo mercado.

RENTABILIDADE (%)

Dez/01 Dez/02 Dez/03

Sobre o pat. Líquido 15,3 20,9 8,7

Sobre o ativo 4,0 3,2 1,2

Sobre a ativid. bancária 10,3 17,0 11,5 O Banco Industrial vem mantendo regularidade nas operações. A queda de rentabilidade perante os anos anteriores e que já havia sido registrada no resultado do primeiro semestre de 2003 não reflete uma piora de suas operações, sendo esta fruto da oscilação cambial. O patrimônio líquido do Banco Industrial é composto em parte por investimento em moeda estrangeira, os quais interferem no resultado conforme variação do câmbio. O efeito ocorrido no primeiro semestre se prolongou durante o ano de 2003, já que o câmbio encerrado em 31

dezembro, com dólar cotado a R$ 2,889 ficou próximo ao registrado em 30 de junho, que foi de R$ 2,872. GESTÃO (%)

Dez/01 Dez/02 Dez/03

Custo Operacional 6,0 3,8 2,9

Concentração em Crédito 66,9 38,7 45,6

Taxa Crescimento PL 8,9 29,6 3,9

A estrutura reduzida e eficiente do Banco Industrial encontra-se refletida no indicador de custo operacional, que é menor que o verificado no exercício anterior, visto que tanto as despesas administrativas, quanto as de pessoal diminuíram no último exercício.

4) GESTÃO DE RISCOS 4.1) Risco de Crédito

O resultado do Banco Industrial é proveniente, na sua maior parte, das operações de crédito no segmento de atacado focando as empresas do middle market e no varejo, atuando em diversos segmentos.

Verificamos um aumento da concorrência no segmento de clientes médios com a entrada de grandes players neste nicho de pessoa jurídica. Conseqüentemente os

spreads praticados em operações desta natureza para o

nicho do banco tendem no médio prazo a decrescer. A aprovação e acompanhamento das operações é bastante criteriosa, contendo um manual de normas que se encontra em vigor desde abril de 1998.

Devido ao nível hierárquico ser bastante reduzido o Industrial proporciona soluções ágeis e relativamente customizadas, mostrando-se eficiente.

Os clientes prospectados pelo Departamento Comercial são reavaliados pelo departamento de análise verificando-se o enquadramento segundo os parâmetros estipulados pelo Comitê.

4.2) Risco de Mercado

O banco realiza operações com derivativos, que se destinam a atender às necessidades próprias, no sentido de reduzir à exposição a riscos de mercado, moeda e juros. As carteiras são controladas e consolidadas pela área de Informações Gerenciais, sob gestão da Diretoria Administrativa, a qual tem por responsabilidade apurar o valor de mercado das posições de derivativos e dos seus respectivos objetos de hedge.

Essas informações são encaminhas à Mesa Financeira para a gestão intra day. Durante o dia, a Mesa possui informações sobre a posição das diversas carteiras ativas e passivas do banco, e providencia os instrumentos de hedge necessários, de acordo com a política previamente definida pela administração. As posições descobertas são acompanhadas

(7)

constantemente para verificação de que estão dentro dos limites aprovados pelo Comitê Risco Mercado.

As operações são utilizadas para proporcionar liquidez e estão representadas por transações com opções e “swaps”, realizadas na Bolsa de Valores -BOVESPA, Bolsa de Mercadorias e Futuros - BM&F e Central de Custódia e Liquidação Financeira de Títulos Privados – CETIP.

4.3) Riscos Operacionais 4.3.1) Riscos Legais

As alterações constantes na legislação são o fator preponderante no risco da atividade bancária. Apesar disto, os órgãos regulatórios têm se mostrado eficientes no sentido de fortalecer o nosso sistema financeiro, cuja performance não tem sido prejudicada nos últimos anos por esses fatores.

O banco e suas controladas vêm contestando judicialmente a legalidade da exigência de diversos impostos e contribuições. Os valores envolvidos estão sendo provisionados e apresentados na rubrica “Outras obrigações – Provisões para passivos contingentes”. Quando requerido pela justiça, são efetuados depósitos judiciais, apresentados na rubrica “Outros créditos – Devedores por depósito em garantia”. O Banco, baseado na opinião de seus assessores legais, não espera a ocorrência de perdas no desfecho desses processos, além das já provisionadas.

4.3.2) Controles Internos

Em termos operacionais, o processo de crédito encontra-se bem estruturado. O acompanhamento e controle da carteira são eficientes, tanto para as operações de atacado como de varejo, sendo que nas operações de atacado é feito caso a caso enquanto que nas operações de varejo, faz-se a checagem das duplicatas por amostragem dependendo da classificação obtida pelo cliente. Muitos bancos médios estão se voltando para o

middle market, pois os spreads obtidos têm-se mostrado

generosos e compensam os riscos embutidos no porte dos clientes.

4.3.3) Compliance

O banco tem se ajustado ao cumprimento da Resolução emanada pelo BACEN referente às normas de crédito estabelecidas. Os critérios anteriormente adotados foram

acompanhar de perto os riscos de insolvência do setor bancário.

Nos últimos anos a sua atuação tem demonstrado ser forte o suficiente na condução da resolução dos problemas em que o setor passou, quer com a utilização de programas como o Proer e o Proes ou através de fusões entre as instituições sadias e as deficitárias. Por não ser uma atividade causadora de impactos ambientais, o setor não tem sido alvo de Organizações não Governamentais, bem como o risco de greve nos parece distante, já que o nível de desemprego atual é alto, inibindo qualquer iniciativa nesse sentido.

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Comitê de Crédito e Risco

Erivelto Rodrigues (Presidente) Luis Miguel Santacreu

Jorge U. S. Alves Tadeu Marcelo Resca Rodrigo Indiani

Departamento de Análise de Risco

Jorge U. S. Alves

Tadeu Marcelo Resca Luis Miguel Santacreu Pablo Mantovanni Rodrigo Indiani

Departamento Comercial

Décio Baptista dos Santos Sandra Andrade

Austin Rating Consultoria e Serviços Ltda. Rua Leopoldo Couto Magalhães, nº 110 São Paulo – SP

Tel.: (11) 3709-1500 Classificação da Austin Rating

Solidez Financeira

AAA - O banco apresenta solidez financeira intrínseca excepcional. Normalmente trata-se de grandes instituições dotadas de negócio seguro e valorizado, excelente situação financeira atual e histórica. O ambiente empresarial e setorial podem variar sem, contudo, afetar as condições intrínsecas de funcionamento do banco. O risco é quase nulo.

AA - O banco apresenta solidez financeira intrínseca excelente. São instituições dotadas de negócio seguro e valorizado, boa situação financeira atual e histórica. O ambiente empresarial e setorial podem variar sem, porém, afetar as condições de funcionamento do banco. O risco é irrisório.

A - O banco apresenta solidez financeira intrínseca boa. São instituições dotadas de negócio seguro e valorizado, boa situação financeira atual e histórica. O ambiente empresarial e setorial podem variar sem, porém, afetar as condições de funcionamento do banco. O risco é muito baixo.

BBB - O banco apresenta solidez financeira intrínseca adequada. Normalmente são instituições com ativos dotados de cobertura. Tais bancos apresentam situação financeira razoável e estável. O ambiente empresarial e setorial podem ter uma variação mais acentuada do que nas categorias anteriores e apresenta algum risco nas condições intrínsecas de funcionamento do banco. O risco é baixo

BB - O banco apresenta solidez financeira intrínseca regular. Apresenta parâmetros de proteção adequados mas vulneráveis às condições econômicas, gerais e setorial que podem afetar as condições intrínsecas de funcionamento do banco. O risco é médio.

B - O banco apresenta solidez financeira intrínseca regular. Apresenta parâmetros de proteção adequados, tem uma vulnerabilidade grande às condições econômicas, gerais e setoriais que podem afetar as condições intrínsecas de funcionamento do banco. O risco é médio.

CCC - O banco apresenta baixa solidez financeira, exigindo eventual assistência externa, apresenta uma vulnerabilidade muito grande às condições econômicas, gerais e setorial que podem afetar as condições intrínsecas de funcionamento do banco. O risco é alto.

CC - O banco apresenta baixa solidez financeira, exigindo eventual assistência externa, apresenta uma vulnerabilidade muito grande às condições econômicas, gerais e setorial que podem afetar as condições intrínsecas de funcionamento do banco. O risco é muito alto.

C - O banco apresenta péssima solidez financeira, exigindo eventual assistência externa. Tais instituições estão limitadas por um ou mais dos seguintes elementos: negócio de questionável valor; condições financeiras deficientes e um ambiente empresarial altamente desfavorável. O risco é altíssimo.

Rating é uma classificação de risco, por nota ou símbolo. Esta expressa a capacidade do emitente de título de dívida negociável ou inegociável em honrar seus compromissos de juros e amortização do principal até o vencimento final. O rating pode ser do emitente, refletindo sua capacidade em honrar qualquer compromisso de uma maneira geral, ou de uma emissão específica, onde é considerada apenas a capacidade do emitente em honrar aquela obrigação financeira determinada.

As informações obtidas pela Austin Rating foram consideradas como adequadas e confiáveis. As opiniões e simulações realizadas neste relatório constituem-se no julgamento da Austin Rating acerca do emitente, não se configurando, no entanto em recomendação de investimento para todos os efeitos.

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